Aula 03 INSS

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questões para concurso publico 2016 do INSS, muito bom para preparação do candidato

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  • DIREITO PREVIDENCIRIO PACOTE DE TEORIA E QUESTES PARA ANALISTA DO INSS

    PROFESSOR PAULO ROBERTO FAGUNDES

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    ANALISTA DO SEGURO SOCIAL DO INSS

    AULA 03

    Empresa e empregador domstico: conceito previdencirio. Financiamento da Seguridade Social. Receitas da Unio. Receitas das contribuies sociais: das empresas, do empregador domstico, do produtor rural, do clube de futebol profissional, sobre a receita de concursos de prognsticos, receitas de outras fontes. FUNDAMENTAO LEGAL: artigos 10, 11, 15 a 19 e 22 a 27 da Lei n 8.212/91 (Lei de Custeio) e artigos 12, 194 a 197, 200 a 205 e 211 a 213 do Decreto n 3.048/99 (Regulamento da Previdncia Social). Artigo 195 da Constituio Federal. EMPRESA E EMPREGADOR DOMSTICO: CONCEITO PREVIDENCIRIO EMPRESA

    O legislador conceitua empresa como firma individual ou sociedade que assume o risco da atividade econmica urbana ou rural, com fins lucrativos ou no, a ela equiparando-se os rgos e as entidades da administrao pblica direta ou indireta.

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    Ainda de acordo com a legislao previdenciria, equipara-se a empresa para fins de cumprimento de obrigaes previdencirias: I - o contribuinte individual, em relao ao segurado que lhe presta servios; II - a cooperativa, conforme definida nos arts. 1.093 a 1096 da Lei n 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Cdigo Civil); III - a associao ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade, inclusive o condomnio; IV - a misso diplomtica e a repartio consular de carreiras estrangeiras; V - o operador porturio e o rgo Gestor de Mo-de-Obra (OGMO); VI - o proprietrio do imvel, o incorporador ou o dono de obra de construo civil, quando pessoa fsica, em relao a segurado que lhe presta servios.

    Observem que, de acordo com o exposto, uma empresa de trabalho temporrio, os Municpios, uma instituio financeira, uma agroindstria, uma entidade beneficente e at mesmo uma embaixada enquadram-se no conceito de empresa. Portanto, para facilitar nosso entendimento, basta verificar que, para fins previdencirios, o conceito de empresa amplssimo. EMPREGADOR DOMSTICO Empregador domstico a pessoa, a famlia ou a entidade familiar que admite empregado domstico a seu servio, mediante remunerao e sem finalidade lucrativa. Detalhe importante do empregador domstico diz respeito ao seu enquadramento legal: no segurado do INSS, mas tambm no equiparado empresa. Em relao s questes dos concursos, devemos lembrar que o tratamento dispensado ao empregador domstico, na forma da lei, diferenciado quando comparado com o das empresas. Por exemplo: o empregador domstico est dispensado de apresentar a GFIP (obrigao acessria comum s empresas), a base de clculo da sua contribuio o

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    salrio-de-contribuio (com observncia de limite mximo) do empregado domstico a seu servio, e no o total das remuneraes pagas, devidas ou creditadas, como ocorre com as empresas. RECEITAS DA SEGURIDADE SOCIAL

    De acordo com a Constituio Federal, os recursos necessrios para custear as despesas da seguridade social (benefcios previdencirios, assistncia social e sade) vm das seguintes fontes:

    Oramentos Fiscais da Unio, Estados, Distrito Federal e

    Municpios; Contribuies sociais incidentes sobre a folha de salrios dos

    trabalhadores, de responsabilidade dos trabalhadores e das empresas;

    Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social COFINS;

    Contribuio Social Sobre o Lucro CSLL; Contribuio sobre a Renda Lquida de Concursos de

    Prognsticos; Contribuio do importador ou equiparado.

    Obs. importante: A Constituio Federal determina que essas

    receitas devam cobrir indistintamente todas as despesas afins da seguridade social, a exceo da contribuio sobre a folha de salrios (empresas e trabalhadores), restrita ao pagamento de benefcios do Regime Geral de Previdncia Social, conforme estabelece o artigo 167, XI, da CF, que veda a utilizao dos recursos provenientes das contribuies sociais da empresa, incidentes sobre a folha de salrios e demais rendimentos do trabalho, e do trabalhador previstas no art. 195, I, a, e II, da CF, para a realizao de despesas distintas do pagamento de benefcios do regime geral de previdncia social de que trata o art. 201, da CF. O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL

    O financiamento da seguridade social envolve o poder pbico e a participao da sociedade de forma direta e indireta, mediante recursos provenientes dos oramentos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municpios e de contribuies sociais.

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    Segundo o princpio da solidariedade, no apenas os segurados do sistema, mas a sociedade como um todo concorre para o seu custeio.

    O regime de financiamento da seguridade social brasileira o de repartio simples com pacto intergeracional e no de capitalizao (poupana) individual.

    Os contribuintes de hoje sero os beneficirios no futuro,

    enquanto que os beneficirios atuais j foram contribuintes no passado.

    Isto explica a possibilidade de trabalhador, mesmo sem carncia, receber benefcio, desde que atendidas outras condies estabelecidas em lei, como por exemplo, no caso de acidente do trabalho ocorrido com um empregado no seu primeiro dia de trabalho. FINANCIAMENTO DIRETO E INDIRETO

    O financiamento da seguridade social pode ser direto ou indireto. O financiamento direto aquele em que os recursos so provenientes das contribuies sociais, cuja finalidade especfica o custeio exclusivo da seguridade social. O financiamento indireto ocorre mediante receitas oramentrias da Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios, cuja finalidade, a princpio, a cobertura das despesas gerais decorrentes das atividades estatais, tais como, educao e segurana pblica, dentre outras. REGIME CONTRIBUTIVO

    A fruio das prestaes da Previdncia Social condicionada ao pagamento de contribuies sociais, ou seja, o recolhimento das contribuies condio indispensvel para o acesso s prestaes. Na sade e na assistncia social no h necessidade de contribuio especfica dos beneficiados. PRINCPIOS CONSTITUCIONAIS APLICVEIS AO CUSTEIO Equidade na forma de participao no custeio

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    As contribuies devem estar relacionadas com as possibilidades de cada contribuinte.

    Portanto, buscando uma justa participao no custeio da

    Seguridade Social, apenas aqueles que estiverem em iguais condies contributivas que tero que contribuir da mesma forma, ou seja, as pessoas devem contribuir para com a Previdncia de acordo com as suas possibilidades. Diversidade da base de financiamento

    O financiamento da Seguridade deve buscar vrias fontes de custeio, vedada a aquisio de recursos atravs de fonte nica, sob pena de esgot-la.

    O custeio provm de toda a sociedade, de forma direta e

    indireta, e da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, sendo as principais receitas:

    Os oramentos pblicos;

    As contribuies dos empregadores e empresas, incidindo sobre: folha de salrios, receita ou faturamento e lucro;

    As contribuies dos trabalhadores e demais segurados da

    previdncia social;

    A receita proveniente de concursos de prognsticos (loteria);

    A do importador ou equiparado. LEGISLAO CONSTITUCIONAL

    O art. 195 da Constituio Federal dispe sobre as regras gerais do financiamento da seguridade social, estipulando as fontes de recursos por meio dos quais mantido o sistema de seguridade social. Tradicionalmente, esse dispositivo muito cobrado nas provas das entidades organizadoras dos concursos pblicos. Eis o inteiro teor desse artigo:

    Art. 195, CF. A seguridade social ser financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos oramentos da Unio, dos Estados, do

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    Distrito Federal e dos Municpios, e das seguintes contribuies sociais:

    I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada

    na forma da lei, incidentes sobre:

    a) a folha de salrios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer ttulo, pessoa fsica que lhe preste servio, mesmo sem vnculo empregatcio;

    b) a receita ou o faturamento;

    c) o lucro;

    II - do trabalhador e dos demais segurados da previdncia

    social, no incidindo contribuio sobre aposentadoria e penso concedidas pelo regime geral de previdncia social de que trata o art. 201;

    III - sobre a receita de concursos de prognsticos.

    IV - do importador de bens ou servios do exterior, ou de quem

    a lei a ele equiparar. LEGISLAO INFRACONSTITUCIONAL

    Os principais instrumentos normativos infraconstitucionais

    sobre o financiamento da Seguridade Social so a Lei n 8.212, de 24 de julho de 1991, que dispe sobre a organizao da Seguridade Social e institui o respectivo plano de custeio e o Decreto n 3.048, de 6 de maio de 1999 (Regulamento da Previdncia Social). RECEITAS DA SEGURIDADE SOCIAL NO MBITO FEDERAL

    De acordo com o artigo 11, da lei 8.212/91 (Custeio) c/c o artigo 195 do Decreto 3.048/99 (Regulamento da Previdncia Social), no mbito federal, o oramento da Seguridade Social composto das seguintes receitas:

    I - receitas da Unio (oramentrias); II - receitas das seguintes contribuies sociais (tributrias):

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    a) das empresas, incidentes sobre a remunerao paga, devida ou creditada aos segurados e demais pessoas fsicas a seu servio, mesmo sem vnculo empregatcio;

    b) dos empregadores domsticos, incidentes sobre o salrio-de-contribuio dos empregados domsticos a seu servio;

    c) dos trabalhadores, incidentes sobre seu salrio-de-contribuio;

    d) das associaes desportivas que mantm equipe de futebol profissional, incidentes sobre a receita bruta decorrente dos espetculos desportivos de que participem em todo territrio nacional em qualquer modalidade desportiva, inclusive jogos internacionais, e de qualquer forma de patrocnio, licenciamento de uso de marcas e smbolos, publicidade, propaganda e transmisso de espetculos desportivos;

    e) incidentes sobre a receita bruta proveniente da comercializao da produo rural;

    f) das empresas, incidentes sobre a receita ou o faturamento e o lucro; e

    g) incidentes sobre a receita de concursos de prognsticos. III - receitas de outras fontes (excludas s receitas

    oramentrias e tributrias).

    CONTRIBUIO DA UNIO

    O custeio da seguridade social financiado tambm pelo Estado, que destina parcela de seu oramento para tal finalidade (financiamento indireto). Como j afirmamos anteriormente, os recursos oramentrios destinam-se, a princpio, ao custeio das despesas gerais do Estado.

    A proposta de oramento da seguridade social ser elaborada

    de forma integrada pelos rgos responsveis pela sade, previdncia social e assistncia social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes oramentrias, assegurada a cada rea a gesto de seus recursos. Porm, em face da autonomia financeira dos entes federativos, as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios destinadas seguridade

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    social constaro dos respectivos oramentos, no integrando o oramento da Unio (Art. 195, 1 e 2, CF).

    A contribuio da Unio constituda de recursos adicionais do

    Oramento Fiscal, fixados obrigatoriamente na Lei Oramentria anual.

    A Unio participa do financiamento da seguridade social

    mediante recursos adicionais de seu oramento fiscal, fixados obrigatoriamente na lei oramentria anual.

    Estes recursos se encontram no oramento da seguridade

    social, abrangendo todas as entidades e rgos a ela vinculados, da administrao direta ou indireta, bem como os fundos e fundaes institudos e mantidos pelo Poder Pblico e assegurada a destinao de recursos, alm do pagamento dos encargos previdencirios, para as aes de sade e assistncia social. COBERTURA DE INSUFICINCIAS

    O dficit do sistema de financiamento que atinge os segurados deve ser coberto com recursos do Tesouro Nacional, pois alm dos recursos previstos no oramento, a Unio responsvel pela cobertura de eventuais insuficincias financeiras oriundas do pagamento dos benefcios de prestao continuada da previdncia social. CONTRIBUIES DOS ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E DOS MUNICPIOS

    As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios destinadas seguridade social constaro dos respectivos oramentos, no integrando o oramento da Unio (Art. 195, 1, CF).

    Alm dos recursos dos Entes Pblicos, outra forma de financiamento atravs das contribuies sociais. As contribuies sociais so consideradas pela maioria dos doutrinadores e pelo STF como modalidade de tributo, distintas dos impostos, taxas, contribuies de melhoria e dos emprstimos compulsrios, tendo como principal peculiaridade a destinao especfica de seu produto seguridade social.

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    RECEITAS DA SEGURIDADE SOCIAL COM DESTINAO ESPECIAL

    Em regra as receitas da seguridade no tem destinao vinculada, compondo como um todo o oramento da seguridade. Na elaborao do oramento da seguridade que h a distribuio do montante dos recursos, at ento indiscriminados, conforme a rea na qual se dar sua aplicao, garantindo-se a cada uma delas (previdncia, sade e assistncia social) a gesto dos seus respectivos recursos (CF, art. 195, 2). EMPRESAS EM DBITO COM A SEGURIDADE SOCIAL

    A pessoa jurdica em dbito com o sistema da seguridade social sofre diversas restries. Entre elas, temos as seguintes proibies: contratar com o poder pblico e receber benefcios ou incentivos fiscais ou creditcios do poder pblico (art. 195, 3, da Constituio Federal). Isto se justifica pelo fato de no ser razovel uma empresa em dbito com o poder pblico receber recursos originrios dos cofres pblicos. COMPETNCIA RESIDUAL

    A Constituio Federal no exaustiva das fontes de custeio da Seguridade Social, tendo em vista que o art. 195, 4, determina que possam ser institudas outras fontes para o custeio, observado o art. 154, I, CF (competncia residual para a criao de novas contribuies no previstas na CF).

    Este artigo determina que somente atravs de lei

    complementar possa ser criada uma nova contribuio social sem previso expressa na Constituio. Todavia, ao contrrio, caso a contribuio j esteja prevista na CF, bastar uma lei ordinria para a sua criao. PRINCPIO DA PREEXISTNCIA DA FONTE DE CUSTEIO OU DA CONTRAPARTIDA

    Conforme a Constituio Federal, para garantir a solvabilidade do sistema, evitando assim um desequilbrio no sistema securitrio, nenhum benefcio ou servio da seguridade social pode ser criado,

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    majorado ou estendido sem que haja lei estabelecendo previamente sua fonte de custeio (CF, art. 195, 5). PRINCPIO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL

    Conforme o art. 195 6, CF, da Constituio Federal, as contribuies sociais s podero ser exigidas decorridos noventa dias da data da publicao da lei que as houver institudo ou modificado.

    Segundo este princpio conhecido como anterioridade

    nonagesimal ou noventena, necessrio o interstcio de noventa dias para se efetuar alguma modificao quanto exigibilidade das contribuies sociais, no apenas para seu aumento ou criao.

    Este princpio (noventena) no se confunde com o da

    anterioridade comum, estabelecido no art. 150, III, b, da CF que probe a cobrana dos tributos em geral (exemplo: imposto) no mesmo exerccio financeiro da publicao da lei que os instituiu ou aumentou, vale dizer, nesse caso, a exigncia s poder ocorrer a partir do ano seguinte a sua instituio, o que no ocorre com as contribuies sociais, que podem ser exigidas dentro do mesmo exerccio financeiro (ano civil), desde que observado o perodo de noventa dias. IMUNIDADE

    A Constituio Federal estabelece no art. 195, 7, da Constituio Federal, que so isentas de contribuio para a Seguridade Social as entidades beneficentes de assistncia social que atendam s exigncias estabelecidas em lei. Na verdade, trata-se de uma imunidade.

    O STF j pacificou o entendimento que, quando a prpria Carta

    Constitucional exclui alguma hiptese da incidncia tributria caso de imunidade e no de iseno, mesmo quando ela no faa uso expressamente deste termo, entretanto este distino s relevante quando a organizadora do concurso fizer essa distino, caso contrrio tanto faz considerarmos como iseno, conforme consta do texto constitucional ou imunidade.

    Para as provas de concursos fundamental considerarmos que,

    nem todas as entidades beneficentes de assistncia social so isentas (imunes) em relao ao pagamento de contribuies previdencirias,

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    mas apenas as entidades que cumpram as exigncias estabelecidas em lei.

    A lei que estabelece os requisitos bsicos e essenciais deve ser

    complementar, cabendo lei ordinria competncia para os requisitos meramente formais, conforme entendimento do STF. CONTRIBUIO DO SEGURADO ESPECIAL

    A categoria dos segurados especiais composta do produtor rural, do parceiro rural, do meeiro rural, do arrendatrio rural e do pescador artesanal e assemelhados. Segundo o art. 195, 8, da Constituio Federal, o segurado especial contribui para a seguridade social mediante a aplicao de uma alquota sobre o resultado da comercializao da sua produo.

    Ao contrrio do que muitos pensam, nessa hiptese, a CF no

    estabelece uma iseno para o segurado especial, mas apenas determina que o fato gerador dessa contribuio seja a comercializao da sua produo. evidente que, se no houver comercializao, tambm no haver recolhimento de contribuio, como ocorre, na prtica, com quase todos os segurados especiais.

    O segurado especial contribui atualmente com o valor

    equivalente a 2% da receita bruta da comercializao da sua produo, alm de 0,1% dessa mesma receita, a ttulo de seguro de acidente do trabalho. PROGRESSIVIDADE DAS CONTRIBUIES SOCIAIS

    Atendendo ao princpio da equidade no custeio, o art. 195, 9, da Constituio Federal prev a possibilidade de progressividade das alquotas e da base de clculo das contribuies sociais, ou seja, podem ser estabelecidas de forma diferenciada em funo da atividade econmica ou da utilizao intensiva de mo-de-obra, do porte da empresa e a condio estrutural do mercado de trabalho.

    Este dispositivo constitucional permite que sejam criados,

    atravs de lei, mecanismos para estimular contratao de trabalhadores e de favorecimento as pequenas empresas, que possuem um menor capital ou de incentivo a certas atividades econmicas consideradas estratgicas, como por exemplo, de tecnologia da informao - TI.

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    TRANSFERNCIA DE RECURSOS O art. 195, 10, da Constituio Federal, preceitua que Unio deve transferir recursos para os demais entes federativos e os Estados para os Municpios, destinados ao Sistema nico de Sade, conforme preceitos estabelecidos em lei. VEDAO DE ANISTIA OU ISENO O pargrafo 11, do art. 195, da Constituio Federal, proibiu a concesso de perdo das contribuies previdencirias atravs de lei em montante superior aquele que for estabelecido em lei complementar, objetivando, com isso, o no comprometimento do equilbrio financeiro da Previdncia Social. CUMULATIVIDADE DAS CONTRIBUIES

    A teor do artigo 195, pargrafos 12 e 13, da Constituio Federal, as contribuies sociais incidentes sobre o faturamento das empresas e do importador sero no-cumulativas, de acordo com o que dispuser lei especfica. Obs.: a Unio no pode fazer uso das receitas oriundas das contribuies sobre a folha de salrios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a pessoas fsicas pela prestao de servios para pagamento de despesas com seu regime previdencirio prprio (previdncia dos servidores pblicos, p. ex.), com o quadro funcional ou com a administrao geral do INSS e demais entidades constantes no art. 18 da Lei 8.212/91. As contribuies das empresas sobre a receita ou faturamento e o lucro podem ser utilizadas com tal finalidade, desde que assegurados os recursos necessrios para as reas de sade e assistncia social. VEDAO DE CONTRIBUIO SOCIAL SOBRE APOSENTADORIAS

    A Constituio Federal (art. 195, inciso II, segunda parte) veda a incidncia de contribuies sociais sobre aposentadoria e penses

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    concedidas pelo regime geral da previdncia social. No h vedao semelhante para os aposentados e pensionistas dos regimes previdencirios prprios (art.40, CF), como os servidores federais ocupantes de cargo efetivo, que podero ter seus proventos tributados normalmente. CONTRIBUIES SOCIAIS FATO GERADOR Em regra, constitui fato gerador da obrigao previdenciria principal, tanto em relao ao segurado de qualquer categoria, como em relao empresa ou equiparado empresa, ou ainda em relao ao empregador domstico, o exerccio de atividade remunerada. Notem que este fato gerador (atividade remunerada) aplica-se exclusivamente as contribuies para o custeio especfico da previdncia social e no para as contribuies destinadas a seguridade social (faturamento, lucro). No caso das contribuies previdencirias, ocorre uma operao casada onde o mesmo fato gerador (atividade remunerada) gera contribuies do contratante (empresa) e do contratado (trabalhador). Na prtica, caso um empregado receba uma remunerao mensal de R$ 1.000,00 da empresa tomadora do seu servio, este valor representar a base de clculo sobre a qual vai incidir a alquota de 20% da contribuio bsica da empresa e de 8% da contribuio do empregado. Essa regra do fato gerador das contribuies previdencirias (atividade remunerada) poder ser excepcionada nos termos da legislao vigente, como por exemplo, no caso das contribuies substitutivas incidentes sobre a comercializao do produtor rural, cuja finalidade desonerar (substituir) as contribuies sobre a folha de pagamento, conforme iremos analisar mais adiante. CONTRIBUIO DAS EMPRESAS Noes iniciais:

    Conforme foi observado acima, a empresa obrigada a recolher especificamente para o custeio da Previdncia Social contribuies que recaem sobre o exerccio de atividade remunerada (exemplo: a

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    folha de salrios). Vamos analisar essas contribuies sociais previdencirias a

    cargo da empresa ou do equiparado, observadas as disposies especficas da legislao previdenciria acerca do tema. Contribuio bsica

    Corresponde a alquota de 20% Incidente sobre o total das remuneraes pagas, devidas ou creditadas, no decorrer do ms, a segurados que lhes prestem servios (pessoas fsicas: empregados, avulsos, contribuintes individuais), a qualquer ttulo. Alquotas SAT (seguro de acidentes do trabalho)

    Destina-se ao financiamento dos benefcios concedidos em razo do grau de incidncia de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho (benefcios de natureza acidentria).

    As alquotas variam de acordo com o grau de risco de acidentes

    e molstias ocupacionais, na seguinte proporo:

    a) 1% - grau leve;

    b) 2% - grau mdio;

    c) 3% - grau grave. Obs.: caso o segurado exera atividade em condies especiais que possam ensejar aposentadoria especial aps 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos de trabalho sob exposio a agentes nocivos prejudiciais sua sade e integridade fsica, alm da contribuio acima, devida pela empresa ou equiparado a contribuio adicional destinada ao financiamento das aposentadorias especiais, sendo aplicados os seguintes percentuais sobre a remunerao paga, devida ou creditada ao segurado empregado e trabalhador avulso, conforme o tempo exigido para a aposentadoria especial seja de 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, respectivamente: 12% (doze por cento), 9% (nove por cento) e 6% (seis por cento). Servios prestados por cooperados atravs da cooperativa de trabalho

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    Corresponde a alquota de 15 % sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestao de servios, relativamente a servios que lhes so prestados por cooperados, por intermdio das cooperativas de trabalho.

    Ateno: cuidado para no confundir, o contribuinte de direito nesse caso a empresa contratante dos cooperados atravs da cooperativa de trabalho, e no a prpria cooperativa. Entretanto, caso a cooperativa possua outros trabalhadores no cooperados que lhe prestaram servios remunerados (exemplo: empregados), dever recolher a contribuio bsica de 20% sobre o total das remuneraes desses trabalhadores. Instituies financeiras

    Estas entidades devem recolher um adicional de 2,5% sobre a folha de salrio de seus empregados e tambm sobre a remunerao paga aos contribuintes individuais. CONTRIBUIES SUBSTITUTIVAS Conforme j foi analisado, essas contribuies tm por finalidade afastar a incidncia das contribuies sobre a folha de pagamento (trabalho remunerado) substituindo-as por outros fatos geradores, como ocorre, por exemplo, com a receita decorrente da comercializao da produo rural e da receita bruta dos espetculos esportivos. Dessa forma, a inteno do poder pblico, atravs de opo poltica do legislador, incentivar o exerccio de certas atividades, diminuindo o peso da carga tributria. Produtor rural (pessoa jurdica) A contribuio calculada com a aplicao de 2,5% sobre a receita bruta da comercializao da produo rural do produtor rural pessoa jurdica, inclusive da agroindstria e 0,1% da receita bruta proveniente da comercializao dessa produo, para financiamento especfico das prestaes por acidente do trabalho.

    No se aplica a substituio s agroindstrias de piscicultura, de carcinicultura, de suinocultura e de avicultura, bem como s sociedades cooperativas.

    Observem que, nesse caso, a contribuio da pessoa

    jurdica rural incide sobre a comercializao da produo rural

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    e no sobre as remuneraes dos empregados, da serem consideradas como substitutivas da folha de pagamento. Portanto, importante ratificar que no h substituio em relao s contribuies a seu cargo, incidentes sobre o total das remuneraes ou das retribuies pagas ou creditadas, a qualquer ttulo, no decorrer do ms, aos segurados contribuintes individuais. Clubes de futebol

    A contribuio dos Clubes de Futebol Profissional destinada seguridade social corresponde a 5% da receita bruta decorrente dos espetculos desportivos de que participe em todo territrio nacional, em qualquer modalidade desportiva, inclusive jogos internacionais, e de qualquer forma de patrocnio, licenciamento de uso de marcas e smbolos, publicidade, propaganda e transmisso de espetculos desportivos.

    Tambm nessa hiptese ocorre a substituio, porque no h

    contribuio sobre a folha de pagamento (empregados), porm obrigatrio que a associao desportiva mantenha equipe de futebol profissional, filiada federao de futebol do respectivo Estado, ainda que mantenha outras modalidades desportivas, e que seja organizada na forma da Lei n 9.615, de 1998.

    Cabe entidade promotora do espetculo, assim entendida

    como a federao, a confederao ou a liga responsvel pela organizao do evento, a responsabilidade de efetuar o desconto de 5 % da receita bruta decorrente dos espetculos desportivos e o respectivo recolhimento RFB, no prazo de at 2 dias teis aps a realizao do evento.

    No caso do contrato de patrocnio, a empresa ou entidade

    patrocinadora, que aquela que destina recursos associao desportiva que mantm equipe de futebol profissional a ttulo de patrocnio, licenciamento de uso de marcas e smbolos, publicidade, propaganda e transmisso de espetculos desportivos, tem o prazo de at o dia 20 do ms seguinte ao da celebrao do contrato para efetuar o recolhimento de 5% da receita bruta decorrente do contrato. Para fins de aferio de base de clculo, considera-se receita bruta: I - a receita auferida, a qualquer ttulo, nos espetculos desportivos de qualquer modalidade, devendo constar em

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    boletins financeiros emitidos pelas federaes, confederaes ou ligas, no sendo admitida qualquer deduo, compreendendo toda e qualquer receita auferida no espetculo, tal como a venda de ingressos, recebimento de doaes, sorteios, bingos, shows; II - o valor recebido, a qualquer ttulo, que possa caracterizar qualquer forma de patrocnio, licenciamento de uso de marcas e smbolos, publicidade, propaganda e transmisso de espetculos desportivos. Ateno: no podem ser substitudas, portanto a associao desportiva que mantm clube de futebol profissional fica obrigada ao pagamento das seguintes contribuies: I - 20% (vinte por cento) sobre os valores pagos a contribuintes individuais que lhe prestem servios; II - 15% (quinze por cento) sobre o valor bruto da nota fiscal, fatura ou recibo de servios prestados por cooperados, por intermdio de cooperativas de trabalho. Empresas optantes pelo Simples Nacional A microempresa (ME) e a empresa de pequeno porte (EPP) optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadao de Tributos e Contribuies devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte contribuem na forma estabelecida nos artigos 13 e 18 da Lei Complementar n 123, de 2006 (Simples Nacional), em substituio s contribuies previdencirias de que tratam os artigos 22 e 22-A da Lei n 8.212/91. CONTRIBUIO DO EMPREGADOR DOMSTICO

    A contribuio do empregador domstico de 12% sobre o salrio-de-contribuio do empregado domstico a seu servio, que a remunerao registrada na Carteira de Trabalho e Previdncia Social.

    Notem que a base de clculo dessa contribuio o salrio-de-

    contribuio do empregado domstico e no o total das remuneraes dos trabalhadores a seu servio, como ocorre com a base de clculo da contribuio bsica das empresas em geral. Isto significa que, no caso da contribuio do empregador domstico,

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    deve ser observado o limite mximo (teto) estabelecido pela Previdncia Social.

    Contribuio do segurado especial

    A categoria do segurado especial composta do produtor rural, do parceiro rural, do meeiro rural, do arrendatrio rural e do pescador artesanal e assemelhados.

    Segundo disposio constitucional j analisada anteriormente, o

    segurado especial contribui para a seguridade social mediante a aplicao de uma alquota sobre o resultado da comercializao da sua produo (tambm incide para o contribuinte individual como produtor rural). Essa contribuio funciona da seguinte forma:

    a) 2% da receita bruta da comercializao da sua produo; b) 0,1% da receita bruta da comercializao da sua produo

    para financiamento das prestaes por acidente de trabalho;

    O curioso que essa contribuio compulsria no exerce nenhuma influncia no valor do benefcio do segurado especial, por outras palavras, em relao ao valor do benefcio irrelevante que este segurado comercialize ou no o produto rural.

    Outro aspecto relevante que o segurado especial tambm

    poder contribuir facultativamente como contribuinte individual, sendo que, somente nesse caso, ter direito a percepo dos benefcios previdencirios calculados de acordo com o valor da mdia das suas contribuies. RECEITA PROVENIENTE DA CONTRIBUIO SOBRE OS CONCURSOS DE PROGNSTICOS

    Constitui receita da seguridade social a renda lquida dos concursos de prognsticos, excetuando-se os valores destinados ao Programa de Crdito Educativo.

    Consideram-se concursos de prognsticos todos e quaisquer

    concursos de sorteios de nmeros, loterias, apostas, inclusive as

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    realizadas em reunies hpicas, nos mbitos federal, estadual, do Distrito Federal e municipal.

    A renda lquida o total da arrecadao, deduzidos os valores

    destinados ao pagamento de prmios, de impostos e de despesas com a administrao, conforme fixado em lei, que inclusive estipular o valor dos direitos a serem pagos s entidades desportivas pelo uso de suas denominaes e smbolos.

    Uma parcela de sua arrecadao tem por destino obrigatrio o

    custeio do Programa de Crdito Educativo, e o restante do produto apurado vertido para a seguridade em geral. OUTRAS RECEITAS

    Constituem outras receitas da Seguridade Social, todas aquelas que no tenham natureza oramentria ou natureza tributria, assim sendo, todos os demais ingressos estaro enquadrados nas hipteses abaixo:

    a) as multas, a atualizao monetria e ou juros moratrios;

    b) a remunerao recebida por servios de arrecadao,

    fiscalizao e cobrana prestados a terceiros;

    c) as receitas provenientes de prestao de outros servios e de fornecimento ou arrendamento de bens;

    d) as demais receitas patrimoniais, industriais e financeiras;

    e) as doaes, legados, subvenes e outras receitas eventuais;

    f) 50% (cinqenta por cento) dos valores obtidos da apreenso de

    todo e qualquer bem de valor econmico em decorrncia do trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins;

    g) 40% (quarenta por cento) do resultado dos leiles dos bens

    apreendidos pelo Departamento da Receita Federal;

    h) outras receitas previstas em legislao especfica.

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    QUESTES COMENTADAS

    01. (analista judicirio execuo de mandados TRF 2 Regio FCC 2012) Euclia, recm-casada, contratou Mirtes para laborar em sua residncia na qualidade de empregada domstica. Euclia procedeu ao devido registro na CTPS de Mirtes, mas, ao final do primeiro ms de labor, ficou com dvidas sobre a alquota de recolhimento da contribuio previdenciria devida em razo do contrato de trabalho da referida empregada domstica e ligou para sua irm, Julia, que advogada. Julia lhe respondeu que a contribuio do empregador domstico de (A) 20% do salrio mnimo. (B) 20% do salrio-de-contribuio do empregado domstico a seu servio. (C) 8% do salrio-de-contribuio do empregado domstico a seu servio. (D) 12% do salrio-de-contribuio do empregado domstico a seu servio. (E) 11% do salrio-de-contribuio do empregado domstico a seu servio. Comentrios A contribuio previdenciria do empregador domstico de 12% sobre o salrio-de-contribuio do empregado domstico a seu servio. A base de clculo dessa contribuio o salrio-de-contribuio do empregado domstico e no o total da sua remunerao, como ocorre com a contribuio bsica das empresas em geral. Isto significa que, tanto no caso da contribuio do empregador domstico, como tambm na contribuio do empregado domstico, deve ser observado o limite mximo (teto) estabelecido pela Previdncia Social, atualmente fixado em R$ 4.159,00, mesmo que o empregado domstico receba remunerao acima desse valor. Gabarito: D 02. (juiz do trabalho 1 Regio FCC 2012) Podero ter alquotas ou bases de clculo diferenciadas, em razo da

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    atividade econmica, da utilizao intensiva de mo de obra, do porte da empresa ou da condio estrutural do mercado de trabalho, as contribuies sociais destinadas seguridade social devidas (A) por empresas ou por seus trabalhadores, com ou sem vnculo empregatcio. (B) por empresas ou por seus trabalhadores com vnculo empregatcio. (C) por empresas, quaisquer segurados da previdncia social, apostadores de concursos de prognsticos e importadores de bens ou servios. (D) por empresas, exclusivamente incidentes sobre a folha de pagamentos. (E) por empresas, incidentes sobre a folha de pagamentos, receita ou faturamento ou lucro. Comentrios Atendendo ao princpio da equidade no custeio, o artigo 195, 9, da CF, estabelece que as contribuies sociais do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre a folha de salrios e demais rendimentos do trabalho, sobre a receita ou o faturamento e sobre o lucro podero ter alquotas ou bases de clculo diferenciadas, em razo da atividade econmica, da utilizao intensiva de mo-de-obra, do porte da empresa ou da condio estrutural do mercado de trabalho. Ao prever a possibilidade de estabelecimento das alquotas e da base de clculo das contribuies sociais de forma diferenciada (progressividade) em quatro hipteses apenas para as empresas, esse dispositivo constitucional permite que sejam criados, atravs de lei, mecanismos para estimular contratao de trabalhadores e de favorecimento as pequenas empresas, que possuem um menor capital ou de incentivo a certas atividades econmicas consideradas estratgicas, como por exemplo, de tecnologia da informao - TI. Gabarito: E 03. (juiz do trabalho 4 Regio FCC 2012) Recursos provenientes de contribuies sociais de seguridade incidentes sobre a folha de pagamentos das empresas podem ser utilizados para a realizao de despesas com

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    (A) auxlios ou subvenes a instituies privadas de assistncia sade, inclusive com fins lucrativos. (B) benefcio bsico do programa bolsa-famlia, destinado a unidades familiares em situao de extrema pobreza. (C) aes e servios pblicos do Sistema nico de Sade. (D) benefcio de prestao continuada de um salrio mnimo devido a idoso que comprove no possuir meios de prover a prpria manuteno e nem de t-la provida por sua famlia. (E) salrio-maternidade devido trabalhadora avulsa e empregada do microempreendedor individual. Comentrios O artigo 167, XI, da CF veda a utilizao dos recursos provenientes das contribuies sociais do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre a folha de salrios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer ttulo, pessoa fsica que lhe preste servio, mesmo sem vnculo empregatcio, e tambm das contribuies sociais do trabalhador e dos demais segurados da previdncia social de que trata o art. 195, I, a, e II, da CF, para a realizao de despesas distintas do pagamento de benefcios do regime geral de previdncia social de que trata o art. 201, da CF. Portanto, a CF probe de forma expressa a utilizao desses recursos para cobrir outras despesas que no sejam o pagamento de benefcios do regime geral de previdncia social RGPS, mesmo que essas despesas estejam relacionadas com outras reas da seguridade social, tais como a sade e a assistncia social. A nica alternativa que traz benefcios do Regime Geral (salrio-maternidade) a letra E, as demais tratam de benefcios e servios da sade e da assistncia social. Gabarito: E 04. (juiz do trabalho 11 Regio FCC 2012) Quanto ao custeio da seguridade social, INCORRETO afirmar: (A) A seguridade social ser financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos dos oramentos da Unio, Estados, Distrito Federal e dos municpios. (B) As contribuies sociais do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada no podero ter alquotas ou bases de clculo diferenciadas em razo da atividade econmica ou da

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    condio estrutural do mercado de trabalho, em razo do princpio da isonomia. (C) As entidades beneficentes de assistncia social que atendam s exigncias estabelecidas em lei so isentas de contribuio para a seguridade social. (D) A concesso de remisso ou anistia das contribuies sociais do empregador incidente sobre a folha de salrios vedada, para dbitos em montante superior ao fixado em lei complementar. (E) A seguridade social tambm ser financiada por recursos provenientes das contribuies sociais do importador de bens ou servios do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. Comentrios A letra B est incorreta porque o artigo 195, 9, da CF, estabelece que as contribuies sociais do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre a folha de salrios e demais rendimentos do trabalho, sobre a receita ou o faturamento e sobre o lucro podero ter alquotas ou bases de clculo diferenciadas, em razo da atividade econmica, da utilizao intensiva de mo-de-obra, do porte da empresa ou da condio estrutural do mercado de trabalho. Gabarito: B 05. (juiz do trabalho 20 Regio FCC 2012) Sobre os pagamentos feitos pela indstria empregadora, no ms, a todos os empregados e avulsos incidem as seguintes alquotas, a ttulo de contribuio previdenciria: (A) 20%, acrescida de 1%, 2% ou 3%, conforme o grau de risco de acidente do trabalho na atividade preponderante da empresa. (B) 22,5%, acrescida de 1%, 2% ou 3%, conforme o grau de risco de acidente do trabalho na atividade preponderante da empresa. (C) 20%, acrescida de 6%, 9% ou 12%, conforme o grau de risco de acidente do trabalho na atividade preponderante da empresa. (D) 20%, acrescida de 6%, 9% ou 12%, se a atividade preponderante da empresa ensejar a concesso de aposentadoria especial aps 25, 20 ou 15 anos de contribuio. (E) 20%, acrescida de 1%, 2% e 3%, se a atividade preponderante da empresa ensejar a concesso de aposentadoria especial aps 25, 20 ou 15 anos de contribuio. Comentrios

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    A contribuio previdenciria bsica das empresas em geral corresponde a alquota de 20% incidente sobre o total das remuneraes pagas, devidas ou creditadas, no decorrer do ms, a segurados que lhes prestem servios (empregados e avulsos).

    Alm dessa contribuio, a legislao previdenciria impe as empresas outra contribuio destinada exclusivamente ao financiamento dos benefcios concedidos em razo do grau de incidncia de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho GILRAT (benefcios de natureza acidentria).

    As alquotas variam de acordo com o grau de risco de acidentes

    e molstias ocupacionais, conforme a atividade preponderante da empresa, na seguinte proporo:

    d) 1% - grau leve; e) 2% - grau mdio; f) 3% - grau grave.

    Caso o segurado exera atividade em condies especiais que possam ensejar aposentadoria especial aps 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos de trabalho sob exposio a agentes nocivos prejudiciais sua sade e integridade fsica, alm dessas contribuies, devida pela empresa ou equiparada uma contribuio adicional. Gabarito: A 06. (juiz do trabalho 20 Regio FCC 2012) A seguridade social ser financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos oramentos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, e das contribuies sociais: (A) do empregador domstico, da empresa e da entidade a ela equiparada, incidentes sobre a folha de salrios e demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer ttulo, pessoa fsica que lhe preste servio, mesmo sem vnculo empregatcio. (B) do empregador e da entidade a ele equiparado na forma da lei, incidentes sobre a folha de salrios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer ttulo, pessoa fsica que lhe preste servio, somente com vnculo empregatcio. (C) do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre a folha de salrios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer ttulo,

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    pessoa fsica que lhe preste servio, mesmo sem vnculo empregatcio. (D) do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre a folha de salrios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer ttulo, pessoa fsica que lhe preste servio, somente com vnculo empregatcio. (E) do empregador e da empresa, incidentes sobre a folha de salrios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer ttulo, pessoa jurdica que lhe preste servio, mesmo sem vnculo empregatcio. Comentrios A letra A est errada porque o art. 195, inciso I, da CF, faz referncia as contribuies sociais do empregador em geral, sem restringi-la apenas ao empregador domstico. A letra B est errada porque alm de no citar a empresa como sujeito passivo das contribuies, juntamente com o empregador e entidade equiparada conforme transcrio literal do texto da Constituio, afirma tambm que as contribuies s incidem sobre rendimentos das pessoas fsicas com vnculo empregatcio. A letra C est certa, de acordo com a transcrio literal do art. 195, inciso I, alnea a, da CF. A letra D est errada ao afirmar que as contribuies sociais s podem incidir sobre os rendimentos das pessoas fsicas que tenham vnculo empregatcio. A letra E est errada porque no inseriu a entidade equipara empresa como sujeito passivo e por afirmar que a base de clculo das contribuies sociais sejam os rendimentos pagos pessoa jurdica. Vale ressaltar que essa hiptese absurda. Gabarito: C 07. (tcnico do seguro social INSS FCC 2012) Entre as fontes de financiamento da Seguridade Social encontra-se (A) a contribuio de melhoria. (B) o imposto de renda. (C) o imposto sobre circulao de mercadorias.

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    (D) a contribuio do Fundo de Garantia do Tempo de Servio. (E) a contribuio social sobre a folha de salrios. Comentrios A letra A est errada porque a contribuio de melhoria um tributo vinculado cuja finalidade o ressarcimento ao Estado pela valorizao de imvel particular em decorrncia de obras pblicas. A letra B e C esto erradas porque os impostos so tributos no vinculados cujo objetivo custear as despesas gerais do Estado e no especificamente a seguridade social. A letra D est errada porque o FGTS, alm de outros objetivos, destinado especificamente ao trabalhador nas hipteses previstas em lei; A letra E est certa, conforme o disposto no art. 195, I, a, da CF, uma das contribuies sociais destinadas ao financiamento da seguridade social a do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre a folha de salrios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer ttulo, pessoa fsica que lhe preste servio, mesmo sem vnculo empregatcio. Gabarito: E 08. (tcnico do seguro social INSS FCC 2012) Joo montou seu prprio negcio em 2010, obteve receita bruta, no ano-calendrio anterior, de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) e optante do Simples Nacional. Joo no pretende receber aposentadoria por tempo de contribuio. Nessa situao, a contribuio previdenciria a ser recolhida por Joo de (A) 20% (vinte por cento) do limite mnimo do salrio de contribuio. (B) 11% (onze por cento) do limite mnimo do salrio de contribuio. (C) 8% (oito por cento) do limite mnimo do salrio de contribuio. (D) 9% (nove por cento) do limite mnimo do salrio de contribuio. (E) 5% (cinco por cento) do limite mnimo do salrio de contribuio. Comentrios

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    A microempresa (ME) e a empresa de pequeno porte (EPP) optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadao de Tributos e Contribuies devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte contribuem na forma estabelecida nos artigos 13 e 18 da Lei Complementar n 123, de 2006 (Simples Nacional), em substituio s contribuies previdencirias de que tratam os artigos 22 e 22-A da Lei n 8.212/91. O Microempreendedor Individual (MEI) a pessoa que trabalha por conta prpria e que se legaliza como pequeno empresrio. Atualmente, necessrio faturar no mximo at R$ 60.000,00 por ano e no ter participao em outra empresa como scio ou titular. Portanto, pelo enunciado da questo, Joo um MEI. O MEI considerado segurado obrigatrio do Regime Geral de Previdncia Social RGPS na condio de contribuinte individual. De acordo com o art. 21, da Lei 8.212/91, como regra, a alquota de contribuio dos segurados contribuinte individual e facultativo ser de vinte por cento sobre o respectivo salrio-de-contribuio.

    Entretanto, o 2, do art. 21, da Lei 8.212/91, com redao dada pela Lei n 12.470/2011, preceitua que, no caso de opo pela excluso do direito ao benefcio de aposentadoria por tempo de contribuio, a alquota de contribuio incidente sobre o limite mnimo mensal do salrio de contribuio ser de 5% (cinco por cento) no caso do microempreendedor individual, de que trata o art. 18-A da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006 (SIMPLES). Gabarito: E 09. (anal judicirio TRF 5 Regio FCC 2012) Considerando as normas constitucionais que tratam do financiamento da Seguridade Social, os benefcios ou os servios que so por ela prestados podero ser criados, majorados ou estendidos (A) sem que haja a previso da correspondente fonte de custeio total. (B) desde que haja a previso da correspondente fonte de custeio total. (C) desde que haja a previso da correspondente fonte de custeio total, apenas para os benefcios e os servios prestados pela previdncia social. (D) sem que haja a previso da correspondente fonte de custeio total, exceto para os servios de assistncia sade, cuja criao,

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    majorao ou extenso dependem da previso de fonte de custeio total. (E) desde que haja a previso da correspondente fonte de custeio total, apenas para os benefcios e servios prestados pela assistncia social. Comentrios As letras A e D esto erradas porque o princpio da contrapartida, previsto no artigo 195, 5, da CF, veda a criao, majorao ou extenso das prestaes da seguridade sem a correspondente fonte de custeio total. A letra B est certa por corresponder literalmente ao princpio da preexistncia do custeio em relao ao benefcio (contrapartida), previsto no art. 195, 5, da CF. As letras C e E esto erradas porque a exigncia de custeio prvio aplica-se a todas as reas da seguridade social (sade, previdncia social e assistncia social). Gabarito: B 10. (procurador do Estado MT FCC 2011) Em relao ao financiamento da Seguridade Social, correto afirmar: (A) A Seguridade Social ser financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, mediante recursos provenientes apenas da Unio e dos Estados e, em certos casos, tambm de contribuies sociais. (B) No mbito federal, o oramento da Seguridade Social composto de receitas, provenientes da Unio, dos Estados, das contribuies sociais e de receitas de outras fontes. (C) Constituem contribuies sociais, as das empresas, incidentes sobre a remunerao paga ou creditada aos segurados a seu servio, com exceo das microempresas. (D) Entre as contribuies sociais encontramos as dos empregadores domsticos. (E) Figuram tambm entre as contribuies sociais as incidentes sobre a receita de concursos de prognsticos e do imposto de importao. Comentrios

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    A letra A est errada porque o DF e os Municpios no foram citados. Alm disso, o financiamento direto proveniente das contribuies sociais. A letra B est errada porque, no mbito federal, as receitas estaduais no integram o oramento da seguridade social. A letra C est errada porque, embora de forma diferenciada, quando optantes pelo SIMPLES, as ME tambm recolhem contribuies sociais. A letra D est certa porque o art. 11, da Lei 8.212/91, estabelece o seguinte: No mbito federal, o oramento da Seguridade Social composto das seguintes receitas: I - receitas da Unio;

    II - receitas das contribuies sociais; III - receitas de outras fontes. Pargrafo nico. Constituem contribuies sociais: a) as das empresas, incidentes sobre a remunerao paga ou

    creditada aos segurados a seu servio; b) as dos empregadores domsticos; c) as dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salrio-de-

    contribuio; d) as das empresas, incidentes sobre faturamento e lucro; e) as incidentes sobre a receita de concursos de prognsticos.

    A letra E est errada porque o imposto de importao est previsto no art. 153 da CF dentro da competncia da Unio. Essa espcie tributria (imposto) distingue-se da contribuio social do importador prevista no art. 195, inciso IV, da CF. Gabarito: D (analista judicirio STJ CESPE 2012) Julgue o item que se segue luz das normas aplicveis seguridade social. 11 Segundo a CF, as contribuies das entidades beneficentes de assistncia social esto entre as fontes de recursos destinados ao financiamento da seguridade social, juntamente com os recursos provenientes dos oramentos da Unio, dos estados, do Distrito Federal e dos municpios.

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    Comentrios Ao contrrio do que afirma o item da questo, o artigo 195, 7, da CF estabelece que so isentas (imunidade) de contribuio social as entidades beneficentes de assistncia social, desde que atendam s exigncias estabelecidas em lei. De qualquer modo, os recursos provenientes dos entes federativos (oramento) no so de natureza tributria (contribuies sociais). Gabarito: errado (analista judicirio TRT 10 Regio CESPE 2012) No tocante a origem, evoluo legislativa no Brasil, conceito e princpios constitucionais da seguridade social, julgue o item subsequente. 12 Considerando que a sade e a assistncia social independam de contribuio, a cobertura desses eventos prescinde de previso legal porque a mais ampla possvel e se destina a todos que dela necessitem. Comentrios Cuidado com as pegadinhas da Cespe. Apesar das aes de sade e assistncia social no exigirem contribuio dos seus beneficirios, dependem de contribuio (financiamento) de toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos oramentrios e das contribuies sociais. Esta a consagrao do princpio da solidariedade na seguridade social, de acordo com o disposto no art. 195, da CF. Gabarito: errado (auditor TCE ES CESPE 2012) Com relao s contribuies sociais destinadas seguridade social e aos benefcios do Regime Geral de Previdncia Social (RGPS), julgue os itens a seguir.

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    13 Cabe ao empregador domstico recolher, junto com a parcela por ele devida, a parcela da contribuio previdenciria devida por segurado que seja seu empregado domstico. Comentrios A contribuio do empregador domstico de 12% sobre o salrio-de-contribuio do empregado domstico a seu servio, que a remunerao registrada na Carteira de Trabalho e Previdncia Social. A contribuio do empregado domstico pode ser de 8%, 9% ou 11%, conforme o seu salrio-de-contribuio de forma progressiva. A responsabilidade pelo recolhimento dessas duas contribuies do empregador domstico, na mesma data, sendo que no caso da contribuio do empregado domstico (8%, 9% ou 11%), o empregador domstico descontar da remunerao que lhe for paga. Gabarito: certo 14 A contribuio social das associaes desportivas que no possuem equipe profissional de futebol, equiparadas a empresas no que se refere contribuio para a seguridade social, incide sobre o montante de sua folha de salrio. Comentrios Outra casca de banana no caminho do candidato, portanto ateno na leitura desse item. Em princpio, nosso primeiro raciocnio que, no caso das associaes desportivas, no h contribuio sobre a folha de pagamento (empregados), por se tratar de hiptese de contribuio substitutiva, incidindo contribuio sobre a receita bruta dos espetculos esportivos e sobre os contratos de patrocnio. Todavia, essencial que, no caso das contribuies substitutivas da folha, a associao desportiva mantenha equipe de futebol profissional, filiada federao de futebol do respectivo Estado, ainda que mantenha outras modalidades desportivas, e que seja organizada na forma da Lei n 9.615, de 1998. Caso contrrio, dever recolher contribuies sobre a folha de pagamentos,

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    como qualquer outra empresa. Gabarito: certo (defensor pblico RO CESPE 2012) Acerca do custeio da seguridade social, julgue os seguintes itens. 15 Na CF so previstas cinco espcies de contribuies sociais para o financiamento da seguridade social, vedada a instituio de outras formas de custeio, exceto por emenda constitucional. Comentrios As contribuies sociais previstas no art. 195, da CF, so do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada incidentes sobre a folha de salrios, o faturamento e o lucro, do trabalhador, sobre a receita de concursos de prognsticos e do importador. Alm dessas contribuies, o 4, do art. 195, determina que a lei poder instituir outras fontes destinadas a garantir a manuteno ou expanso da seguridade social, ainda que no tenham previso expressa na Constituio (competncia residual), desde que seja por lei complementar, conforme o art. 154, I. Pelo exposto, verifica-se que no h exigncia de emenda constitucional para a instituio de outras fontes de custeio da seguridade social. Gabarito: errado 16 As contribuies sociais possuem natureza jurdica de tributo e obedecem ao princpio da anterioridade mitigada, podendo ser exigida a sua cobrana aps noventa dias da publicao da lei, ainda que no mesmo exerccio financeiro, nos termos do que dispe a CF. Comentrios Os tributos podem ser classificados quanto s suas espcies em:

    Impostos; Taxas;

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    Contribuio de melhoria; Emprstimos compulsrios; Contribuies parafiscais ou especiais (sociais).

    Atualmente, no paira nenhuma dvida quanto natureza jurdica tributria das contribuies sociais. No tocante ao princpio da anterioridade comum, o art. 150, III, b, da CF veda a cobrana de tributos no mesmo exerccio financeiro da publicao da lei que os instituir ou majorar, portanto s permite a cobrana no exerccio financeiro seguinte (ano civil). Porm, no caso das contribuies sociais, aplica-se a anterioridade nonagesimal (mitigada), em que poder haver a exigncia dentro do mesmo exerccio financeiro, desde que observado o prazo de 90 dias da publicao da lei, conforme previso do art. 195, 6, da CF. Gabarito: certo (juiz federal TRF 2 Regio CESPE 2012) Julgue os itens abaixo de acordo com as normas que regem a seguridade social no Brasil 17 Conforme a CF, a seguridade social ser financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos oramentos da Unio, dos estados, do Distrito Federal e dos municpios, e de determinadas contribuies. Nesse sentido, as contribuies sociais constitucionalmente previstas incluem a contribuio do exportador de servios para o exterior. Comentrios No h previso constitucional de contribuio social do exportador de servios para o exterior como afirma o item da questo. Ateno para no confundir (objetivo da banca) com uma hiptese parecida prevista no art. 195, inciso IV, da CF, includo pela Emenda Constitucional n 42 de 2003, que se refere s contribuies sociais do importador de bens ou servios do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. Gabarito: errado

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    18 A Lei n. 8.212/1991, que institui o plano de custeio da seguridade social, distingue as pessoas que so consideradas empresas daquelas que se equiparam a empresas. Entre as que se equiparam a empresa encontram-se as cooperativas. Comentrios Na legislao previdenciria o conceito de empresa e equiparados empresa bastante amplo. Contudo, o legislador faz uma distino entre esses conceitos.

    O legislador conceitua empresa no art. 15, I, da Lei 8.212/91, como firma individual ou sociedade que assume o risco da atividade econmica urbana ou rural, com fins lucrativos ou no, bem como os rgos e as entidades da administrao pblica direta ou indireta.

    Ainda de acordo com a legislao previdenciria, no art. 15, pargrafo nico, da Lei 8.212/91, equipara-se a empresa para fins de cumprimento de obrigaes previdencirias: I - o contribuinte individual, em relao ao segurado que lhe presta servios; II - a cooperativa, conforme definida nos arts. 1.093 a 1096 da Lei n 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Cdigo Civil); III - a associao ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade, inclusive o condomnio; IV - a misso diplomtica e a repartio consular de carreiras estrangeiras; V - o operador porturio e o rgo Gestor de Mo-de-Obra (OGMO); VI - o proprietrio do imvel, o incorporador ou o dono de obra de construo civil, quando pessoa fsica, em relao a segurado que lhe presta servios. Gabarito: certo (juiz federal TRF 1 Regio CESPE 2011) Julgue o item abaixo com referncia ao financiamento da seguridade social.

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    19 Conforme previso constitucional, nenhum benefcio ou servio da seguridade social ou de previdncia privada poder ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total. Comentrios

    Conforme a Constituio Federal, para garantir a solvabilidade do sistema, evitando assim um desequilbrio no sistema securitrio, nenhum benefcio ou servio da seguridade social pode ser criado, majorado ou estendido sem que haja lei estabelecendo previamente sua fonte de custeio (CF, art. 195, 5).

    Porm a aplicabilidade desse princpio est restrita a

    seguridade social que voltada para as aes de sade, previdncia e assistncia de natureza pblica, no guardando nenhuma relao com a previdncia privada. Gabarito: errado (juiz federal TRF 2 Regio CESPE 2011) Em referncia ao custeio da seguridade social, julgue o item abaixo. 20 Constitui receita da seguridade social a renda bruta dos concursos de prognsticos, excetuando-se os valores destinados ao programa de crdito educativo. Comentrios Conforme o art. 26, da Lei 8.212/91, constitui receita da seguridade social a renda lquida dos concursos de prognsticos, excetuando-se os valores destinados ao Programa de Crdito Educativo. Portanto, essa receita no constituda pela renda bruta como afirma o item da questo.

    A renda lquida o total da arrecadao, deduzidos os valores destinados ao pagamento de prmios, de impostos e de despesas com a administrao, conforme fixado em lei, que inclusive estipular o valor dos direitos a serem pagos s entidades desportivas pelo uso de suas denominaes e smbolos. Gabarito: errado

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    QUESTES SEM COMENTRIOS

    01. (analista judicirio execuo de mandados TRF 2 Regio FCC 2012) Euclia, recm-casada, contratou Mirtes para laborar em sua residncia na qualidade de empregada domstica. Euclia procedeu ao devido registro na CTPS de Mirtes, mas, ao final do primeiro ms de labor, ficou com dvidas sobre a alquota de recolhimento da contribuio previdenciria devida em razo do contrato de trabalho da referida empregada domstica e ligou para sua irm, Julia, que advogada. Julia lhe respondeu que a contribuio do empregador domstico de (A) 20% do salrio mnimo. (B) 20% do salrio-de-contribuio do empregado domstico a seu servio. (C) 8% do salrio-de-contribuio do empregado domstico a seu servio. (D) 12% do salrio-de-contribuio do empregado domstico a seu servio. (E) 11% do salrio-de-contribuio do empregado domstico a seu servio. 02. (juiz do trabalho 1 Regio FCC 2012) Podero ter alquotas ou bases de clculo diferenciadas, em razo da atividade econmica, da utilizao intensiva de mo de obra, do porte da empresa ou da condio estrutural do mercado de trabalho, as contribuies sociais destinadas seguridade social devidas (A) por empresas ou por seus trabalhadores, com ou sem vnculo empregatcio. (B) por empresas ou por seus trabalhadores com vnculo empregatcio. (C) por empresas, quaisquer segurados da previdncia social, apostadores de concursos de prognsticos e importadores de bens ou servios. (D) por empresas, exclusivamente incidentes sobre a folha de pagamentos. (E) por empresas, incidentes sobre a folha de pagamentos, receita ou faturamento ou lucro. 03. (juiz do trabalho 4 Regio FCC 2012) Recursos provenientes de contribuies sociais de seguridade

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    incidentes sobre a folha de pagamentos das empresas podem ser utilizados para a realizao de despesas com (A) auxlios ou subvenes a instituies privadas de assistncia sade, inclusive com fins lucrativos. (B) benefcio bsico do programa bolsa-famlia, destinado a unidades familiares em situao de extrema pobreza. (C) aes e servios pblicos do Sistema nico de Sade. (D) benefcio de prestao continuada de um salrio mnimo devido a idoso que comprove no possuir meios de prover a prpria manuteno e nem de t-la provida por sua famlia. (E) salrio-maternidade devido trabalhadora avulsa e empregada do microempreendedor individual. 04. (juiz do trabalho 11 Regio FCC 2012) Quanto ao custeio da seguridade social, INCORRETO afirmar: (A) A seguridade social ser financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos dos oramentos da Unio, Estados, Distrito Federal e dos municpios. (B) As contribuies sociais do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada no podero ter alquotas ou bases de clculo diferenciadas em razo da atividade econmica ou da condio estrutural do mercado de trabalho, em razo do princpio da isonomia. (C) As entidades beneficentes de assistncia social que atendam s exigncias estabelecidas em lei so isentas de contribuio para a seguridade social. (D) A concesso de remisso ou anistia das contribuies sociais do empregador incidente sobre a folha de salrios vedada, para dbitos em montante superior ao fixado em lei complementar. (E) A seguridade social tambm ser financiada por recursos provenientes das contribuies sociais do importador de bens ou servios do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. 05. (juiz do trabalho 20 Regio FCC 2012) Sobre os pagamentos feitos pela indstria empregadora, no ms, a todos os empregados e avulsos incidem as seguintes alquotas, a ttulo de contribuio previdenciria: (A) 20%, acrescida de 1%, 2% ou 3%, conforme o grau de risco de acidente do trabalho na atividade preponderante da empresa. (B) 22,5%, acrescida de 1%, 2% ou 3%, conforme o grau de risco de acidente do trabalho na atividade preponderante da empresa. (C) 20%, acrescida de 6%, 9% ou 12%, conforme o grau de risco de acidente do trabalho na atividade preponderante da empresa.

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    (D) 20%, acrescida de 6%, 9% ou 12%, se a atividade preponderante da empresa ensejar a concesso de aposentadoria especial aps 25, 20 ou 15 anos de contribuio. (E) 20%, acrescida de 1%, 2% e 3%, se a atividade preponderante da empresa ensejar a concesso de aposentadoria especial aps 25, 20 ou 15 anos de contribuio. 06. (juiz do trabalho 20 Regio FCC 2012) A seguridade social ser financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos oramentos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, e das contribuies sociais: (A) do empregador domstico, da empresa e da entidade a ela equiparada, incidentes sobre a folha de salrios e demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer ttulo, pessoa fsica que lhe preste servio, mesmo sem vnculo empregatcio. (B) do empregador e da entidade a ele equiparado na forma da lei, incidentes sobre a folha de salrios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer ttulo, pessoa fsica que lhe preste servio, somente com vnculo empregatcio. (C) do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre a folha de salrios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer ttulo, pessoa fsica que lhe preste servio, mesmo sem vnculo empregatcio. (D) do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre a folha de salrios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer ttulo, pessoa fsica que lhe preste servio, somente com vnculo empregatcio. (E) do empregador e da empresa, incidentes sobre a folha de salrios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer ttulo, pessoa jurdica que lhe preste servio, mesmo sem vnculo empregatcio. 07. (tcnico do seguro social INSS FCC 2012) Entre as fontes de financiamento da Seguridade Social encontra-se (A) a contribuio de melhoria. (B) o imposto de renda. (C) o imposto sobre circulao de mercadorias. (D) a contribuio do Fundo de Garantia do Tempo de Servio. (E) a contribuio social sobre a folha de salrios.

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    08. (tcnico do seguro social INSS FCC 2012) Joo montou seu prprio negcio em 2010, obteve receita bruta, no ano-calendrio anterior, de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) e optante do Simples Nacional. Joo no pretende receber aposentadoria por tempo de contribuio. Nessa situao, a contribuio previdenciria a ser recolhida por Joo de (A) 20% (vinte por cento) do limite mnimo do salrio de contribuio. (B) 11% (onze por cento) do limite mnimo do salrio de contribuio. (C) 8% (oito por cento) do limite mnimo do salrio de contribuio. (D) 9% (nove por cento) do limite mnimo do salrio de contribuio. (E) 5% (cinco por cento) do limite mnimo do salrio de contribuio. 09. (anal judicirio TRF 5 Regio FCC 2012) Considerando as normas constitucionais que tratam do financiamento da Seguridade Social, os benefcios ou os servios que so por ela prestados podero ser criados, majorados ou estendidos (A) sem que haja a previso da correspondente fonte de custeio total. (B) desde que haja a previso da correspondente fonte de custeio total. (C) desde que haja a previso da correspondente fonte de custeio total, apenas para os benefcios e os servios prestados pela previdncia social. (D) sem que haja a previso da correspondente fonte de custeio total, exceto para os servios de assistncia sade, cuja criao, majorao ou extenso dependem da previso de fonte de custeio total. (E) desde que haja a previso da correspondente fonte de custeio total, apenas para os benefcios e servios prestados pela assistncia social. 10. (procurador do Estado MT FCC 2011) Em relao ao financiamento da Seguridade Social, correto afirmar: (A) A Seguridade Social ser financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, mediante recursos provenientes apenas da Unio e dos Estados e, em certos casos, tambm de contribuies sociais. (B) No mbito federal, o oramento da Seguridade Social composto de receitas, provenientes da Unio, dos Estados, das contribuies sociais e de receitas de outras fontes.

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    (C) Constituem contribuies sociais, as das empresas, incidentes sobre a remunerao paga ou creditada aos segurados a seu servio, com exceo das microempresas. (D) Entre as contribuies sociais encontramos as dos empregadores domsticos. (E) Figuram tambm entre as contribuies sociais as incidentes sobre a receita de concursos de prognsticos e do imposto de importao. (analista judicirio STJ CESPE 2012) Julgue o item que se segue luz das normas aplicveis seguridade social. 11 Segundo a CF, as contribuies das entidades beneficentes de assistncia social esto entre as fontes de recursos destinados ao financiamento da seguridade social, juntamente com os recursos provenientes dos oramentos da Unio, dos estados, do Distrito Federal e dos municpios. (analista judicirio TRT 10 Regio CESPE 2012) No tocante a origem, evoluo legislativa no Brasil, conceito e princpios constitucionais da seguridade social, julgue o item subsequente. 12 Considerando que a sade e a assistncia social independam de contribuio, a cobertura desses eventos prescinde de previso legal porque a mais ampla possvel e se destina a todos que dela necessitem. (auditor TCE ES CESPE 2012) Com relao s contribuies sociais destinadas seguridade social e aos benefcios do Regime Geral de Previdncia Social (RGPS), julgue os itens a seguir. 13 Cabe ao empregador domstico recolher, junto com a parcela por ele devida, a parcela da contribuio previdenciria devida por segurado que seja seu empregado domstico. 14 A contribuio social das associaes desportivas que no possuem equipe profissional de futebol, equiparadas a empresas no que se refere contribuio para a seguridade social, incide sobre o montante de sua folha de salrio.

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    (defensor pblico RO CESPE 2012) Acerca do custeio da seguridade social, julgue os seguintes itens. 15 Na CF so previstas cinco espcies de contribuies sociais para o financiamento da seguridade social, vedada a instituio de outras formas de custeio, exceto por emenda constitucional. 16 As contribuies sociais possuem natureza jurdica de tributo e obedecem ao princpio da anterioridade mitigada, podendo ser exigida a sua cobrana aps noventa dias da publicao da lei, ainda que no mesmo exerccio financeiro, nos termos do que dispe a CF. (juiz federal TRF 2 Regio CESPE 2012) Julgue os itens abaixo de acordo com as normas que regem a seguridade social no Brasil 17 Conforme a CF, a seguridade social ser financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos oramentos da Unio, dos estados, do Distrito Federal e dos municpios, e de determinadas contribuies. Nesse sentido, as contribuies sociais constitucionalmente previstas incluem a contribuio do exportador de servios para o exterior. 18 A Lei n. 8.212/1991, que institui o plano de custeio da seguridade social, distingue as pessoas que so consideradas empresas daquelas que se equiparam a empresas. Entre as que se equiparam a empresa encontram-se as cooperativas. (juiz federal TRF 1 Regio CESPE 2011) Julgue o item abaixo com referncia ao financiamento da seguridade social. 19 Conforme previso constitucional, nenhum benefcio ou servio da seguridade social ou de previdncia privada poder ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total. (juiz federal TRF 2 Regio CESPE 2011) Em referncia ao custeio da seguridade social, julgue o item abaixo.

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    20 Constitui receita da seguridade social a renda bruta dos concursos de prognsticos, excetuando-se os valores destinados ao programa de crdito educativo.

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    GABARITO

    01 D 02 E 03 E 04 B 05 A 06 C 07 E 08 E 09 B 10 D 11 E 12 E 13 C 14 C

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    15 E 16 C 17 E 18 C 19 E 20 - E

    At a prxima aula e bons estudos a todos.