8
Carlos Maurício G. Ribeiro e-mail: [email protected] Esterilização e Desinfecção I. Definição: 1.1. Esterilização - destruição, por métodos químicos ou físicos, de todas as formas de vida microbiana, inclusive esporos. 1.2. Desinfecção - destruir apenas micróbios patogênicos. Consiste em destruir, remover ou reduzir por agente químico, microrganismos patogênicos na forma vegetativa presentes em material inanimado (superfície inerte) sem que haja, necessariamente, destruição de todo microrganismo presente, como esporos bacterianos e fúngicos. Desinfetante: agente químico que promove a desinfecção de superfície inerte. 1.3. Assepsia - termo empregado para designar descontaminação de tecidos vivos, como pele e mucosas, através de técnicas que impedem a penetração de microrganismos em locais estéreis. Em cirurgia diminuem contaminação dos instrumentos, equipe cirúrgica e paciente. Anti-séptico: substância de baixa causticidade e hipoalergênica aplicável na pele ou outro tecido vivo, prevenindo o desenvolvimento microbiano através da inibição do metabolismo ou morte dos microrganismos. 1.4. Sanitização - Em indústrias de alimentos, se refere à eliminação dos microrganismos em utensílios e equipamentos impedindo a deterioração de alimentos ou transmissão de infecções por produtos alimentícios. II. Regras Básicas para Limpeza e Desinfecção Limpeza abrange remoção de sujidade, matéria orgânica (óleo, gordura, sangue ou pus) ou qualquer material estranho aderido a instrumentos e superfícies. Deve, obrigatoriamente, preceder a desinfecção e esterilização. É necessário durante essa atividade o uso de equipamento de proteção individual (EPI). Para execução da limpeza de ambiente ou material alguns critérios devem ser observados: a) Iniciar limpeza da área menos contaminada para mais contaminada. b) Iniciar pelo teto, depois paredes, e por último, piso. c) Proceder à varredura úmida, evitando dispersar aerossol. d) Em área crítica, usar três baldes: água pura; água e sabão; solução. e) Em área semi-crítica e não crítica, usar dois baldes: água pura e água e sabão. f) Limpar em sentido único, cima para baixo e linhas paralelas, nunca em vai e vem. g) Banheiros, lavar vaso sanitário por último, onde será desprezada toda água suja. h) Material usado na limpeza deve ser limpo e guardado em local apropriado. i) Áreas críticas serão limpas no mínimo duas vezes ao dia, e sempre que preciso. j) Áreas semi-críticas serão limpas no mínimo uma vez ao dia, ou sempre que preciso. k) Desinfetante após limpeza, quando há possibilidade de contaminação com matéria orgânica. Atenção Tudo que não pode ser esterilizado deve ser desinfetado. Tudo o que pode ser esterilizado não deve ser apenas desinfetado. (Cottone, cols.,1996) De acordo com a Resolução RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, as definições quanto às condições ambientais necessárias ao auxílio do controle da infecção de serviços de saúde dependem de pré-requisitos dos diferentes ambientes do Estabelecimento Assistencial de Saúde, quanto a risco de transmissão da mesma. Nesse sentido, eles podem ser classificados: 1. Áreas críticas - ambientes onde existe risco aumentado de transmissão de infecção, onde se realizam procedimentos de risco, com ou sem pacientes, ou onde se encontram pacientes imunodeprimidos. 2. Áreas semi-críticas - compartimentos ocupados por pacientes com doenças infecciosas de baixa transmissibilidade e doenças não infecciosas. 3. Áreas não-críticas - todos os demais compartimentos dos estabelecimentos assistenciais de saúde não ocupados por pacientes, onde não se realizam procedimentos de risco. III. Esterilização por Meios Físicos: 3.1. Esterilização pelo calor: método mais eficaz, podendo-se utilizá-lo sob várias formas. No entanto, pré-requisitos essenciais devem ser observados antes de submeter o material à esterilização: 1 o . Nenhum artigo será esterilizado em condições inadequadas de limpeza, deve estar lavado e seco no momento de sofrer esterilização. 2 o . Tempo de esterilização obedece a critérios estabelecidos de acordo com a técnica preconizada, permitindo contato efetivo do material a ser esterilizado durante todo processamento. 3 o . Em caso de esterilização pelo calor, a temperatura deve estar constantemente acima do nível ideal suportável pelo microrganismo. 4 o . Ao utilizar esterilização a vapor sob pressão, observar umidade relativa alta no interior das câmaras de esterilização, que proporciona aumento da eficiência germicida por alterar a parede celular microbiana. 5 o . Padronização do material, de forma que contenha o mesmo tipo de elemento (roupas, instrumentais, líqüidos, etc.), evitando falhas no processo final. Materiais de constituição diferente requerem diferentes padrões de aquecimento.

Aula 05 - Esterilização e Desinfecção - Enfermagem 2012

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Aula 05 - Esterilização e Desinfecção - Enfermagem 2012

Carlos Maurício G. Ribeiro e-mail: [email protected]

EEsstteerriilliizzaaççããoo ee DDeessiinnffeeccççããoo

I. Definição:

1.1. Esterilização - destruição, por métodos químicos ou físicos, de todas as formas de vida microbiana, inclusive esporos.

1.2. Desinfecção - destruir apenas micróbios patogênicos. Consiste em destruir, remover ou reduzir por agente químico, microrganismos

patogênicos na forma vegetativa presentes em material inanimado (superfície inerte) sem que haja, necessariamente, destruição de todo

microrganismo presente, como esporos bacterianos e fúngicos.

Desinfetante: agente químico que promove a desinfecção de superfície inerte.

1.3. Assepsia - termo empregado para designar descontaminação de tecidos vivos, como pele e mucosas, através de técnicas que

impedem a penetração de microrganismos em locais estéreis. Em cirurgia diminuem contaminação dos instrumentos, equipe cirúrgica e

paciente.

Anti-séptico: substância de baixa causticidade e hipoalergênica aplicável na pele ou outro tecido vivo, prevenindo o desenvolvimento

microbiano através da inibição do metabolismo ou morte dos microrganismos.

1.4. Sanitização - Em indústrias de alimentos, se refere à eliminação dos microrganismos em utensílios e equipamentos impedindo a

deterioração de alimentos ou transmissão de infecções por produtos alimentícios.

II. Regras Básicas para Limpeza e Desinfecção

Limpeza abrange remoção de sujidade, matéria orgânica (óleo, gordura, sangue ou pus) ou qualquer material estranho aderido a

instrumentos e superfícies. Deve, obrigatoriamente, preceder a desinfecção e esterilização. É necessário durante essa atividade o uso de

equipamento de proteção individual (EPI). Para execução da limpeza de ambiente ou material alguns critérios devem ser observados:

a) Iniciar limpeza da área menos contaminada para mais contaminada.

b) Iniciar pelo teto, depois paredes, e por último, piso.

c) Proceder à varredura úmida, evitando dispersar aerossol.

d) Em área crítica, usar três baldes: água pura; água e sabão; solução.

e) Em área semi-crítica e não crítica, usar dois baldes: água pura e água e sabão.

f) Limpar em sentido único, cima para baixo e linhas paralelas, nunca em vai e vem.

g) Banheiros, lavar vaso sanitário por último, onde será desprezada toda água suja.

h) Material usado na limpeza deve ser limpo e guardado em local apropriado.

i) Áreas críticas serão limpas no mínimo duas vezes ao dia, e sempre que preciso.

j) Áreas semi-críticas serão limpas no mínimo uma vez ao dia, ou sempre que preciso.

k) Desinfetante após limpeza, quando há possibilidade de contaminação com matéria orgânica.

Atenção

Tudo que não pode ser esterilizado deve ser desinfetado.

Tudo o que pode ser esterilizado não deve ser apenas desinfetado. (Cottone, cols.,1996)

De acordo com a Resolução – RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, as definições quanto às

condições ambientais necessárias ao auxílio do controle da infecção de serviços de saúde dependem de pré-requisitos dos diferentes

ambientes do Estabelecimento Assistencial de Saúde, quanto a risco de transmissão da mesma. Nesse sentido, eles podem ser

classificados:

1. Áreas críticas - ambientes onde existe risco aumentado de transmissão de infecção, onde se realizam procedimentos de risco, com ou

sem pacientes, ou onde se encontram pacientes imunodeprimidos.

2. Áreas semi-críticas - compartimentos ocupados por pacientes com doenças infecciosas de baixa transmissibilidade e doenças não

infecciosas.

3. Áreas não-críticas - todos os demais compartimentos dos estabelecimentos assistenciais de saúde não ocupados por pacientes, onde

não se realizam procedimentos de risco.

III. Esterilização por Meios Físicos:

3.1. Esterilização pelo calor: método mais eficaz, podendo-se utilizá-lo sob várias formas. No entanto, pré-requisitos essenciais devem ser

observados antes de submeter o material à esterilização:

1o. Nenhum artigo será esterilizado em condições inadequadas de limpeza, deve estar lavado e seco no momento de sofrer esterilização.

2o. Tempo de esterilização obedece a critérios estabelecidos de acordo com a técnica preconizada, permitindo contato efetivo do material a

ser esterilizado durante todo processamento.

3o. Em caso de esterilização pelo calor, a temperatura deve estar constantemente acima do nível ideal suportável pelo microrganismo.

4o. Ao utilizar esterilização a vapor sob pressão, observar umidade relativa alta no interior das câmaras de esterilização, que proporciona

aumento da eficiência germicida por alterar a parede celular microbiana.

5o. Padronização do material, de forma que contenha o mesmo tipo de elemento (roupas, instrumentais, líqüidos, etc.), evitando falhas no

processo final. Materiais de constituição diferente requerem diferentes padrões de aquecimento.

Page 2: Aula 05 - Esterilização e Desinfecção - Enfermagem 2012

Carlos Maurício G. Ribeiro e-mail: [email protected]

UNIPLI - Enfermagem - 2012 Página 2

3.1.1. Esterilização por Calor Seco: através de estufas com temperaturas entre 160º e 180oc por período de 45 minutos.

a) Mecanismo de ação - desidrata e oxida proteínas, é um processo mais lento e com menor poder de penetração do que o calor úmido.

Utiliza forno de parede dupla isolado termicamente (forno Pasteur), aquecido a gás, vapor ou eletricidade. Dentro do forno, a disposição do

material deve permitir circulação de ar quente.

Flambagem em chama direta no bico de Bunsen é empregada para esterilizar alça ou fio de metal que entra em contato com

culturas bacterianas ou materiais clínicos.

b) Indicação - Vantajoso ao penetrar em sólidos, líqüidos não aquosos e cavidades fechadas. Vidros e metais como instrumentos não

cromados e com corte fino, seringas, agulhas ocas, tubos de ensaio e pipetas, vidraria em geral. Também indicado para pó estável ao calor,

ceras e líqüidos não aquosos (vaselina, parafina, óleo mineral, silicone, injeções oleosas e glicerol puro).

c) Desvantagens - Alta temperatura e longo período para obter esterilização. Menos penetrante e uniforme do que o calor úmido,

inadequado para plásticos, tecidos e borrachas.

Bico de Bunsen: funciona a gás e serve para aquecer materiais não-inflamáveis. Na parte inferior o bico de Bunsen tem uma abertura (ou

janela), que pode ficar mais aberta ou fechada, girando-se o anel. Quando a janela está “fechada” a entrada de ar é mínima e a chama do

gás torna-se amarelada; quando a janela está “aberta”, a chama torna-se azulada, pois a combustão é mais completa e atinge a

temperatura máxima (cerca de 1.100ºC).

Chama azulada – combustão de O2

Alta temperatura

Chama amarelada – queima de gás

Temperatura insuficiente

3.1.2. Esterilização por Calor Úmido (vapor) saturado sob pressão - utiliza vapor saturado de água, livre de qualquer outro gás, em

temperatura acima de 100oc (normalmente entre 121o e 123oc).

a) Mecanismo de ação - elimina microrganismos ao quebrar ligações químicas envolvidas na conformação de proteínas, causando

coagulação. O calor úmido sob forma de vapor à pressão proporciona temperaturas mais elevadas do que água em ebulição (100oc) e

maior poder de penetração. Na autoclave, uma exposição de 15-20 minutos a 108-110oc é suficiente para destruir qualquer bactéria

esporulada. No entanto, é de suma importância eliminar o ar residual da autoclave, utilizando apenas vapor superaquecido.

b) Indicações - método mais comum de esterilização de artigos críticos, sendo indicado para reprocessar materiais termorresistentes.

Ausência de resíduos tóxicos também constitui vantagem desse método.

c) Desvantagens - Não pode ser utilizado em artigos e substâncias termossensíveis.

3.1.3. Tyndallização (esterilização fracionada) - aquecimento repetidas vezes do mesmo material, durante + ½ hora, durante 2 ou 3 dias

consecutivos, a temperatura de 100o C, destruindo bactérias, inclusive seus esporos.

3.1.4. Pasteurização - tem como objetivo principal destruir microrganismos patogênicos associados aos alimentos. Trata-se mais de

desinfecção do que esterilização. Tem como objetivo secundário aumentar a vida de prateleira do alimento, reduzindo taxas de alterações

microbiológicas e enzimáticas. Produtos pasteurizados podem conter muitos organismos vivos capazes de crescer, limitando sua vida de

prateleira. Assim, pasteurização é combinada com outros métodos de conservação, e muitos produtos pasteurizados são estocados sob

refrigeração. Utilizada industrialmente para leite, vinhos, cervejas, sucos de frutas. É essencial que ao término do processo o material seja

submetido a resfriamento brusco, para não manter temperaturas de 30o a 40oc propícias para o desenvolvimento de bactérias

remanescentes. Existem três tipos de pasteurização:

a) Pasteurização lenta - temperaturas menores durante maior intervalo de tempo. Melhor para pequenas quantidades de leite, por exemplo,

leite de cabra. Temperatura utilizada de 65˚C durante trinta minutos.

b) Pasteurização rápida - altas temperaturas durante curtos intervalos de tempo. Mais utilizada para leite ensacado, do tipo A, B e C.

Temperatura utilizada de 75˚C durante 15 a 20 segundos. Este tipo de pasteurização também é denominada HTST (High Temperature and

Short Time) alta temperatura e curto tempo.

c) Pasteurização muito rápida - temperaturas utilizadas oscilam entre 130˚C a 150˚C, durante três a cinco segundos. Este tipo é mais

conhecido como UHT (Ultra High Temperature) ou longa vida.

Page 3: Aula 05 - Esterilização e Desinfecção - Enfermagem 2012

Carlos Maurício G. Ribeiro e-mail: [email protected]

UNIPLI - Enfermagem - 2012 Página 3

Método Modo de Ação Temperatura Tempo

(minutos)

Material

Calor úmido

(autoclave)

Desnaturação de proteínas 121-123o C 30 Luvas, gazes, meios de cultura,

instrumentos cirúrgicos,

vidraria, 170o C 60 Vidraria e utensílios

Calor seco

(forno)

Desnaturação e oxidação de proteínas 160o C 120 Pó, vaselinas e óleos

150o C 180 Instrumentos cirúrgicos,

vidraria, seringas, agulhas

3.2. Filtração: Esterilização de gases termolábeis e soluções de vitaminas, enzimas, açucares, soros, entre outras substâncias que não

podem ser submetidas ao calor. Consiste em passar material a ser esterilizado por superfícies filtrantes. Técnica esterilizante conforme

diâmetro dos poros (igual ou inferior a 0.2 μm), não permite passagem de bactérias, embora não retenha vírus.

Filtros podem ser de vários tipos – velas porosas, discos de amianto, filtros de vidro poroso, de celulose, e filtros “millipore”

(membranas de acetato de celulose ou de policarbonato). Atualmente os filtros mais utilizados são os de amianto (Seitz) e membranas de

celulose (Milipore); autoclaváveis. Filtração a vácuo acelera o processo de filtração, usado com líquidos de alta viscosidade. Esse tipo de

filtração tem vantagens sobre filtração simples, por ser mais rápida e deixar menor quantidade de impurezas e solventes no sólido. O

aumento da velocidade de filtração é provocado por aumento no fluxo de filtrado devido à sucção provocado pelo vácuo.

Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Esteriliza%C3%A7%C3%A3o_%28materiais%29"

3.3. Esterilização por radiação ionizante: tratamento com raios gama, beta, raios X ou elétrons acelerados. Tem grande poder de

penetração, ao formar radicais reativos nas moléculas, alterando composição química da célula. Exclui a luz ultravioleta, radiação não-

ionizante de baixa energia e com pouco poder de penetração. a) Mecanismo de ação - altera molécula de DNA nos microrganismos, com quebra de seqüências e lesão de bases nitrogenadas.

b) Indicações - idênticas às utilizadas para o óxido de etileno. Não recomendada em equipamentos eletrônicos, artigos e plásticos instáveis

e muitos produtos farmacêuticos e alimentícios.

c) Desvantagens - Disponibilidade de espaço físico para instalações de equipamentos de grande porte, precauções de segurança,

aparelhagem dispendiosa limitando seu uso. Materiais como polipropileno e nylon sofrem degradação oxidativa. Polivinil clorídrico (PVC)

gera hidrogênio clorídrico e Teflon gera hidrogênio fluorídrico, desintegrando-se em pó.

Page 4: Aula 05 - Esterilização e Desinfecção - Enfermagem 2012

Carlos Maurício G. Ribeiro e-mail: [email protected]

UNIPLI - Enfermagem - 2012 Página 4

3.4. Esterilização por luz ultravioleta: causa danos ao DNA celular por formação de dímeros de timina. Possui baixo poder de

penetração, porém diminui população bacteriana em superfícies desde que exposto diretamente. Em uma célula bacteriana, os pontos

críticos são parede celular, membrana citoplasmática e ácido nucléico. O alvo principal da desinfecção por luz ultravioleta (UVC) é o

material genético. Microrganismos são destruídos quando UVC penetra na célula e alcança o ácido nucléico. Esta absorção provoca

rearranjo da informação genética, interferindo com a reprodução da célula. Microrganismos são inativados pelo UVC como resultado do

dano fotoquímico ao ácido nucléico.

A radiação ultravioleta (R-UV) é a parte do espectro eletromagnético referente aos comprimentos de onda entre 100 e 400nm. De

acordo com a intensidade em que é absorvida pelo oxigênio e ozônio e também pelos efeitos fotobiológicos é possível dividir a radiação UV

em três intervalos:

Nome Intervalo espectral (nm) Características

UVC 100 - 280 Completamente absorvida pelo O2 e O3 estratosférico, não atinge a superfície terrestre. Utilizada na

esterilização de água e materiais cirúrgicos.

UVB 280 - 320 Fortemente absorvida pelo O3 estratosférico. Prejudicial à saúde humana, podendo causar queimaduras,

em longo prazo, câncer de pele.

UVA 320 - 400 Sofre pouca absorção pelo O3 estratosférico. É importante para sintetizar vitamina D no organismo. Porém

o excesso de exposição pode causar queimaduras e, em longo prazo, causa envelhecimento precoce.

O Sol emite energia em praticamente todos os comprimentos de onda do espectro eletromagnético permeados pelas diversas linhas

de absorção. 44% de toda essa energia emitida se concentram entre 400 e 700 nm, denominado espectro visível de energia. O restante é

dividido entre radiação ultravioleta (< 400nm) com 7%; infravermelho próximo (entre 700 e 1500nm) com 37% e infravermelho (> 1500nm)

com 11%. Menos de 1% da radiação emitida se concentra acima da região do infravermelho, como microondas e ondas de rádio, e abaixo

da região ultravioleta, como raios X e raios gama.

3.5. Esterilização plasmática: Plasma é considerado o quarto estado da matéria, definido como nuvem de íons, elétrons e partículas

neutras. Plasma pode ser produzido ao se expor matéria na forma gasosa a um forte campo elétrico ou magnético, produzindo radicais

livres capazes de interagir com componentes vitais da estrutura celular. Esta interação interrompe funções em microrganismos, sendo este

o principio esterilizante do gás plasmático. O gás utilizado para este fim é o peróxido de hidrogênio. a) Mecanismo de ação - Injeção de vapor de peróxido de hidrogênio na câmara e emissão de ondas de rádio, resultando em

radicais livres que desnaturam proteínas microbianas, levando à morte celular.

b) Indicações - equipamentos e artigos médico-cirúrgicos, incluindo a maioria dos instrumentos atualmente esterilizados pelo óxido de

etileno. Esse tipo de esterilização é compatível com artigos termossensíveis, válido como processo de esterilização de ciclo curto e rapidez

de reutilização.

c) Desvantagens - Contato direto com peróxido de hidrogênio concentrado causa irritação de pele e grave lesão ocular. Utilizar EPI durante

a manipulação no processo de esterilização.

IV. Esterilização por Meios Químicos:

Alguns desinfetantes quimioesterilizantes podem eliminar esporos com tempo de exposição prolongado (seis a dez horas). Indicados em

materiais afetados pelo calor (plásticos, fios de sutura) como plásticos, fios de sutura, entre outros, gases tóxicos são utilizados, sendo mais

freqüente o óxido de etileno, cujo uso requer equipamento adequado pois o gás é explosivo, e altamente irritante para pele e mucosas.

4.1. Esterilização a óxido de etileno: Gás de alto poder viricida, bactericida (inclusive micobactérias) e fungicida.

Mecanismo de ação - agente alquilante age sobre ácidos nucléicos microbianos.

Indicações - artigos termossensíveis que não podem ser esterilizados por agentes químicos na forma líqüida.

Desvantagens - lenta, inflamável, explosiva, altamente tóxica, carcinogênica, mutagênica e teratogênica.

4.2. Esterilização por formaldeído: Vapor a baixa temperatura e formaldeído (VBTF). Derivado da formalina, solução aquosa contendo 37%

p/v de formaldeído, que libera vapor pelo calor.

Mecanismo de ação - alquilação de grupos amina e sulfidrila de proteínas.

Indicações - semelhante ao do óxido de etileno. Não indicado para artigos que suportam esterilização tradicional em autoclave a vapor.

Desvantagens - lenta, requer autoclave a vapor pré-vácuo com pressões subatmosféricas.

4.3. Esterilização por paraformaldeído: utilização de pastilhas de paraformaldeído (polímero do formaldeído). Não recomendado como

rotina, porém na impossibilidade de utilizar outro método, esse processo pode ser indicado.

Mecanismo de ação - alquilação de grupos amina e sulfidrila de proteínas.

Indicações - semelhantes ao do óxido de etileno. Não indicado para artigos que suportam esterilização tradicional em autoclave a vapor.

Desvantagens - irritante para pele e mucosas, carcinogênico, resistência de esporos de Bacillus e Clostridium esporogenes à temperatura

ambiente, mesmo em exposições prolongadas.

4.4. Esterilização por glutaraldeído à 2% ou 3,2 %: imersão por 10 horas no mínimo.

Page 5: Aula 05 - Esterilização e Desinfecção - Enfermagem 2012

Carlos Maurício G. Ribeiro e-mail: [email protected]

UNIPLI - Enfermagem - 2012 Página 5

V. Desinfecção por Meios Químicos:

Características Ideais de um Desinfetante

1) Amplo espectro; Ação rápida;

2) Não afetado por fatores ambientais (ex: luz);

3) Ativo na presença de matéria orgânica;

4) Compatível com sabões, detergentes e outros produtos químicos;

5) Atóxico (não deve ser irritante para o usuário);

6) Compatível com diversos tipos de materiais (não corrosivo em superfícies metálicas, não causa deterioração de borrachas, plásticos e

outros materiais);

7) Efeito residual na superfície; Fácil manuseio;

8) Inodoro ou de odor agradável;

9) Solúvel em água; Não poluente;

10) Econômico; Estável em concentração original ou diluído;

Desinfetante ideal é capaz de atuar instantaneamente sobre microrganismos sem causar danos ao material ou tecido. Os principais grupos

de desinfetantes são classificados de acordo com características químicas:

Classificação dos Desinfetantes

Desinfecção: Classificação Métodos e Soluções Germicidas

Desinfecção de baixo nível: destrói bactérias (forma

vegetativa), alguns vírus e alguns fungos. M.

tuberculosis, esporos, vírus da Hepatite B (HBV) e vírus

lentos sobrevivem.

Álcool etílico e isopropílico;

Hipoclorito de Sódio (100ppm);

Fenólicos;

Iodóforos;

Quaternário de amônia.

Obs.: tempo de exposição < ou = 10 minutos.

Desinfecção de médio nível: destrói além dos

microrganismos atingidos na desinfecção de baixo nível,

como também M. tuberculosis, a maioria dos vírus

(inclusive HBV) e a maioria dos fungos. Ainda

sobrevivem M. intracelulare, esporos bacterianos e vírus

lentos.

Álcool etílico e isopropílico (70 a 90%);

Fenólicos;

Iodóforos;

Hipoclorito de Sódio (100ppm);

Pasteurização 75oc a 30 minutos.

Obs.: depende da concentração e/ou período de exposição.

Desinfecção de alto nível: resistem apenas alguns

tipos de esporos bacterianos mais resistentes e vírus

lentos.

Glutaraldeído;

Solução de Peróxido de Hidrogênio;

Hipoclorito de sódio (1000 ppm);

Cloro e compostos clorados;

Ácido peracético;

Orthophtalaldeído;

Água super oxidada;

Pasteurização 75oc a 30 minutos.

Obs.: Tempo de exposição > ou = 20 minutos.

Não definido: nível de desinfecção depende de

variáveis como temperatura e/ou concentração de

germicidas adicionados no processo.

Calor seco (passar a ferro);

Fervura em água em 30 min;

Formaldeído, pastilhas;

Termodesinfetadoras;

Sanitizadoras

5.1. Fenóis e derivados: Pouco ativo contra gram-negativos; eficaz contra gram-positivos; fungos e vírus lipídicos. Atuam por

desnaturação e precipitação protéica, destruição da parede celular e inativação dos sistemas enzimáticos. Corrosivos de odor

desagradável, pouco inativados por matéria orgânica. São afetados por materiais naturais (madeira, borracha) e plásticos. Incompatíveis

com detergentes catiônicos. Utilizados principalmente na desinfecção de superfícies.

Ex.: Ácido fênico, cresóis, hexaclorofeno (Orto-fenilfenol, Orto-benzil-para-clorofenol, Para-terciário-butilfenol).

5.2. Álcool: Atua por desnaturação protéica e dissolução de lipídios, pouco ativo contra esporos. Apresenta atividade sobre bactérias na

forma vegetativa (inclusive micobactérias), fungos e vírus lipídicos. Utilizado na desinfecção de superfícies externas de equipamentos e

como anti-séptico das mãos. Ex.: Álcool etílico, álcool isopropílico.

Soluções usualmente empregadas de álcool etílico:

. Álcool etílico a 70%

. Álcool etílico a 70% com glicerina a 2%

. Álcool etílico a 70% com 1% de iodo

. Álcool etílico a 70% com 10% de formaldeído

. Álcool etílico a 70% com hipoclorito de sódio (2000 ppm)

Page 6: Aula 05 - Esterilização e Desinfecção - Enfermagem 2012

Carlos Maurício G. Ribeiro e-mail: [email protected]

UNIPLI - Enfermagem - 2012 Página 6

5.3. Sais de Metais Pesados: Atuam por inativação enzimática, não atuam sobre micobactérias e esporos. Compostos mercuriais

(mertiolato) se combinam com enzimas bacterianas e inibem sua atividade; Sais de prata (nitrato de prata); Compostos de zinco (matam

fungos); Compostos de cobre (matam algas). Atualmente em desuso, risco de intoxicação.

Ex.: Sublimado (bicloreto de mercúrio); oxicianeto de mercúrio, mercúrio-cromo; mertiolate, nitrato de prata, sulfato de cobre.

5.4. Alcális: Atuam por desnaturação protéica Ex.: Soda cáustica, água de cal.

5.5. Halogênios: Atuam por inativação enzimática, e por ação oxidante. Pouco ativos contra esporos. Odor irritante.

55..55..11.. Hipoclorito - liberador de cloro ativo, inativado por matéria orgânica, material natural não protéico, plástico. Incompatível com

detergentes catiônicos, afeta material metálico, muito instável. Apresenta atividade contra bactérias na forma vegetativa (inclusive

micobactérias), esporos, fungos e vírus. O mecanismo de ação envolve inibição de reações enzimáticas, desnaturação de proteínas e

inativação de ácido nucléico. Poder desinfetante do cloro vem da liberação de ácido hipocloroso, decomposto em cloro e oxigênio livre. O

ácido hipocloroso é atraído por membranas dos microrganismos, ocasionando penetração deste composto associado ao dióxido de cloro,

destruindo microrganismos. Estas substâncias têm pouca afinidade por estruturas químicas da célula humana ou animal, e não irritam a

pele. O produto se degrada em produtos naturais, sem causar problemas ambientais.

Compostos inorgânicos liberadores de cloro ativo - hipoclorito de sódio (líquido); hipoclorito de cálcio (sólido).

Aplicações: desinfecção de superfícies em geral, e de contaminação com sangue ou outros fluídos corpóreos, de artigos e recipientes para

descarte de materiais, além de desinfecção de água para consumo humano, água de piscina, alimentos e superfícies relacionadas e

utensílios para recém-nascidos.

55..55..22.. Iodóforo: Apresenta atividade contra bactérias na forma vegetativa (inclusive micobactérias), esporos, fungos e vírus. O mecanismo

de ação principal envolve penetração rápida do iodo pela parede celular, ruptura das estruturas protéicas e de ácidos nucleícos e ação

sobre sua síntese. Aplicações: Anti-séptico das mãos, desinfecção de artigos e recipientes para descarte de materiais, e de superfícies.

5.6. Oxidantes: agentes de oxidação. Ex.: Ozônio, água oxigenada, permanganto de potássio, peróxido de zinco. Desnaturam proteínas,

provocando ruptura da permeabilidade da membrana celular. Inativação de microrganismos dependente de tempo, temperatura e

concentração.

Ex.: Ozônio, peróxido de hidrogênio, ácido peracético, permanganato de potássio, peróxido de zinco.

1. Bactéria sadia 2. Parede celular

atacada pelo Ozônio;

3. Oxidação da

Parede celular;

4,5 e 6. Ruptura e destruição da bactéria.

5.7. Redutores: Atuam por desnaturação protéica:

5.7.1. Formaldeído: Apresentam atividade contra bactérias na forma vegetativa (inclusive micobactérias), esporos, fungos e vírus. O

mecanismo de ação principal envolve alquilação dos grupos amina e sulfidrila de proteínas. Encontrado na forma líquida (formalina 37%

p.p.) ou polimerizada (paraformaldeído). Principais características: atividade na presença de matéria orgânica; pouco afetado por materiais

naturais, plásticos e detergentes; pouco ativo em temperatura inferior a 20o C, requer umidade relativa acima de 70%. Desinfecção de

ambientes fechados (salas, capelas, cabines de segurança), de superfícies, artigos termo-sensíveis e sistemas de hemodiálise.

5.7.2. Glutaraldeído: Apresenta atividade contra bactérias na forma vegetativa (inclusive micobactérias), esporos, fungos e vírus.

Mecanismo de ação envolve alquilação dos grupos sulfidrila, hidroxila, carboxila e amina alterando RNA, DNA e síntese de proteínas.

Principais características: atividade na presença de matéria orgânica; não corrosivo; pouco afetado por materiais naturais, plásticos e

detergentes, soluções ácidas não são esporocidas, mas soluções alcalinas (ativadas) são instáveis. Desinfecção de superfícies metálicas,

artigos termo-sensíveis, recipientes para descarte de materiais.

5.8. Detergentes Catiônicos (Compostos Quaternários de Amônio): inativados por matéria orgânica, material natural e plástico, por

detergentes não iônicos e sabões; estáveis, não corrosivos, pouco fólicos e pouco irritantes para pele e olhos. Ocasionam alterações na

membrana celular bacteriana, não agem sobre micobactérias e esporos. Desinfecção de superfícies em geral (pisos, paredes), relacionadas

com preparo de alimentos. Ex.: Cloreto de benzalcônio, cloreto de metilbenzetônio.

VI. Mecanismo de Ação dos Desinfetantes

Resumidos em:

6.1. Coagulação de proteínas - uso de calor, radiação, formol, ácido fênico, metais pesados, álcool.

6.2. Oxidação - atua sobre enzimas bacterianas causando sua inativação. Ex.: água oxigenada, iodo, cloro, permanganato.

6.3. pH - atua sobre enzimas bacterianas. Ex.: ácidos e bases fortes (soda cáustica, sabões). Ação desinfetante proporcional ao grau de

dissociação eletrolítica.

6.4. Interferência iônica - detergentes e corantes que provocam troca de íons essenciais, levando a paralisação parcial ou completa das

atividades metabólicas da célula bacteriana.

Page 7: Aula 05 - Esterilização e Desinfecção - Enfermagem 2012

Carlos Maurício G. Ribeiro e-mail: [email protected]

UNIPLI - Enfermagem - 2012 Página 7

Agente Espectro de Ação Uso Modo de Ação Tempo de

exposição

Desvantagens

Álcoois (soluções

a 70-80%)

Gram-positivas

Gram-negativas

BAAR

Anti-sépticos

Desinfetantes

Desnaturação protéica,

dissolução de lipídios

Curto

(10 - 15 min.)

Pouco ativo contra

esporos

Fenóis Gram-positivas

Gram-negativas

BAAR

Desinfetantes Desnaturação protéica Efeito

Imediato

Fenol puro é

corrosivo e de odor

desagradável

Compostos

quaternários de

amônio

Gram-positivas

Gram-negativas

Anti-sépticos

Sanitizantes

Desinfetantes

(instrumentos

cirúrgicos)

Alteração da membrana

celular bacteriana

Curto

(10 - 30 min.)

Não agem sobre

BAAR e esporos

Cloro Gram-positivas

Gram-negativas

BAAR

Tratamento de

água

Inativação enzimática,

agente oxidante

Efeito imediato Odor irritante pouco

ativo contra esporos

Iodo Gram-positivas

Gram-negativas

BAAR

Anti-sépticos

Desinfetantes

Inativação enzimática Efeito imediato Odor irritante pouco

ativo contra esporos

Iodóforos Gram-positivas

Gram-negativas

BAAR

Anti-sépticos

Desinfetantes

Inativação enzimática Efeito imediato Pouco ativo contra

esporos

Aldeídos Gram-positivas

Gram-negativas

BAAR

Desinfetantes

(instrumentos e

superfícies)

Desnaturação protéica,

agente alquilante

Curto (formas

vegetativas)

prolongado

(esporos)

Tempo de exposição

longo

Metais pesados Gram-positivas

Gram-negativas

Anti-sépticos

Inativação enzimática Só agem

enquanto em

contato

Não agem sobre

BAAR e esporos

VII. Procedimentos de Desinfecção em Casos de Acidentes:

Situação 1: Derramamento simples de líqüido contaminado, com pouca formação de aerossol (microrganismos de risco I e II).

Procedimento:

Cobrir área afetada com papel toalha.

Colocar desinfetante apropriado sobre o papel, no sentido de fora para dentro.

Aguardar por 30 minutos.

Remover papéis com pinça e colocá-los em sacos plásticos (usar luvas).

Aplicar novamente desinfetante esfregando em seguida.

Situação 2: Derramamento de líquido contaminado com formação de aerossóis (ex.: gotas caindo de pipetas).

Procedimento:

Prender respiração

Abandonar área por alguns minutos

Proceder como no caso de derramamento simples

Situação 3: Queda de cultura em meio líquido ou sólido com quebra de recipiente.

Procedimento:

Prender respiração.

Abandonar área.

Trancar a porta colocando aviso.

Aguardar por 30 minutos.

Certificar quanto à natureza do microrganismo envolvido para decidir sobre:

Proteção necessária

Desinfetante a ser utilizado

Procedimento: aplicação do desinfetante, fumigação ou formaldeído.

Page 8: Aula 05 - Esterilização e Desinfecção - Enfermagem 2012

Carlos Maurício G. Ribeiro e-mail: [email protected]

UNIPLI - Enfermagem - 2012 Página 8

VIII. Desinfetantes - Precauções Gerais Durante o Manuseio:

Ao manipular soluções concentradas usar equipamento de proteção individual (luvas, óculos de proteção, avental).

Ao desinfetar ambientes fechados com formaldeído usar EPIS (luvas, óculos de proteção ou visores, equipamentos de respiração,

avental). Seguir norma de dois homens.

Desinfetantes - Toxicidade*

Agente Químico Irritante para pele Irritante para olhos Irritante para ap. respiratório Tóxico

Formaldeído** + + + +

Glutaraldeído + + - +

Comp. lib. de cloro ativo + + + +

Fenóis sintéticos + + - +

Álcoois - + - +

Iodóforos + + - +

Quaternários de amônio + + - +

* Nas concentrações usualmente recomendadas.

** Potencial carcinogênico.

IX. Anti-séptico

Degrada ou inibe a proliferação de microrganismos na superfície da pele e mucosas. Substâncias usadas para desinfetar ferimentos,

evitando ou reduzindo risco de infecção por ação de bactérias ou demais germes. Concentração não pode ser tóxica para células do

usuário. Alguns anti-sépticos de uso comum são:

a) Álcool etílico (70º),

b) Peróxido de hidrogênio (10 volumes),

c) Eosina (para gram-positivos),

d) Permanganato de potássio,

e) Hipoclorito de sódio (0,48%),

f) Iodopovidona (derivado do iodo, altamente eficaz),

g) Gluconato de clorexidina - provoca ruptura da membrana celular.