Aula 06 - ARTE ROMANA 1 - Escultura e Pintura

7/16/2019 Aula 06 - ARTE ROMANA 1 - Escultura e Pintura

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CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO

ARQUITETURA E URBANISMO

HISTÓRIA DA ARTE E DA ARQUITETURA I

ANA KYZZY FACHETTI



AULA 6Antiguidade Clássica

ESCULTA E PINTURA ROMANAS



ESCULTA ROMANA



ESCULTURA

Os retratos

- Geralmente representavam os governadores ou imperadores, enaltecendo sua pessoa;- Também representavam figuras paternas;- Influências etruscas e Greco-helenísticas;- Realismo;- Bustos, estátuas e estátuas equestres.

Certos tipos de escultura tinham funções sérias e importantes na Roma antiga, e são elas quedão continuidade à viva tradição escultural – retratos e relevos narrativos.

ARTE ROMANA



ESCULTURA

ARTE ROMANA

Calígola

Os retratos

Bustos



ESCULTURA

ARTE ROMANA

Os retratos

Bustos



Constantino, o Grande. Início do século

IV d.c. Mármore. Altura: 2.44 m. MuseuCapitolino. Roma

ESCULTURA

ARTE ROMANA

Os retratos

Bustos


http://slidepdf.com/reader/full/aula-06-arte-romana-1-escultura-e-pintura 8/49Caracalla

ESCULTURA

ARTE ROMANA

Os retratos



Estátua Equestre de Marco Aurélio. 161-80 d.c. Bronze.

Tamanho acima do natural. Piazza deI Campidoglio,Roma.

ESCULTURA

ARTE ROMANA

Os retratos

Figuras equestres



ESCULTURA

ARTE ROMANA

Os relevos narrativos

Ao longo de toda Roma, as estátuas e os relevos escultóricos adornaram os edifícios públicos eprivados. De fato, algumas construções romanas foram pouco mais do que suportesmonumentais para a escultura.

Ao invés da beleza ideal retratada pelos gregos em suas esculturas, os romanos retratavam aspessoas como de fato elas eram, sem aquele idealismo de uma beleza hipotética. As estátuasromanas representam figuras verdadeiras da casta social.

Claro que existiam muitas estátuas dos principais deuses, como Júpiter, Minerva ou Juno, mas os

artistas concentravam-se primordialmente em retratar personalidades.



Ara Pacis - O monumento foi decorado com frisos e relevos

mostrando procissões, cenas alegóricas da mitologia e sacrifícios;Pretendia-se que as pessoas, ao menos aquelas que pertenciam àfamília imperial, tivessem seus retratos reconhecíveis, até mesmoas crianças que vestem pequenas togas.

ESCULTURA

ARTE ROMANA


Cortejo imperial



Ara Pacis

ESCULTURA

ARTE ROMANA




O escultor romano delicia-se com ahumanização dos detalhes, tem maiorpreocupação de dar uma ilusão deprofundidade espacial do que havia nosrelevos gregos, de modo que alguns dosrostos mais distante de nós parecemengastados na pedra do fundo;

Essa ilusão ou profundidade dada a umespaço sem profundidade atingiu seupleno desenvolvimento nos grandespainéis narrativos que faziam parte deum arco triunfal construído em 81 d.C.,para celebrar as vitórias do imperadorTito. Um deles mostra o cortejo da

vitória, realizado após a conquista deJerusalém por Roma;

ESCULTURA

ARTE ROMANA




ESCULTURA

ARTE ROMANA

Os relevos narrativos Cortejo da vitória, realizado após a conquistade Jerusalém por Roma, 81 d.C., Arco de Tito.



À direita, o cortejo distancia-se de nós e desaparece através de

um arco colocado obliquamente ao plano de fundo, de tal formaque, na verdade, apenas a sua metade mais próxima surge:

um artifício radical, porém eficaz, para transmitir aprofundidade da cena.

ESCULTURA

ARTE ROMANA






Os romanos tinham o hábito de pintar nas paredes, imitando janelas e varandas quereproduziam cenas externas com paisagens e animais, dando uma ideia de maior tamanho aoambiente.Reproduziam também cenas de teatro ou cópias de trabalhos gregos, declarando uma influênciaque nunca foi negada ou disfarçada.

Entretanto, os romanos diferiam dos gregos no temperamento básico, muito mais realista.Isso se reflete de forma nítida na escultura.

A fonte dos estudos da pintura romana estão sobretudo nas cidades escavadas de Pompéia eHerculano, que foram soterradas pelas lavas do vulcão Vesúvio e tiveram suas característicaspreservadas pelas cinzas vulcânicas.

Nos temas das pinturas se incluem acontecimentos históricos, mitos, cenas da vida cotidiana,retratos e natureza-morta, dividido em quatro estilos:

A PINTURA ROMANA



A PINTURA ROMANA



A pintura foi a arte tardia romana e primitiva cristã, tomando o lugar que era reservado àescultura na arte clássica;Assim, a pintura foi a arte popular dos romanos, caracterizada pela produção em massa, sendo aprodução artística mais autêntica da cultura romana e a sua principal herança;A pintura era noticiário, anunciação, cartaz, crônica, caricatura e documentário, uma espécie de

teatro filmado;

O romano tinha um desejo insaciável pela ilustração e com isso desenvolveu-se o que se algunshistoriadores chamam de “estilo cinematográfico”:

agrada aos iletrados, pois para eles a realidade é a única fonte de prazer (característicaque será a base da educação religiosa na Idade Média cristã). Também chamado de

“estilo contínuo”, surge no século II d.C.;

Principais tipos:Pintura mural e Afrescos.

A PINTURA ROMANA



As suas principais característicassão:1. Primeiro sintoma do impulsoartístico anticlássico, poisdissolve a fixação da cena e

emprega a representação deuma cena contínua;

Os mistérios dionisíacos. Pompéia (sec. I d.C.)

A PINTURA ROMANA



As suas principais características são:

2. Acelera a dissolução da arte antiga apartir de figuras leves e planas, vaporosase menos materiais.

A primavera ( I d.C.)

A PINTURA ROMANA




3. A representação não é concentrada emuma única cena mais em várias, como naarte egípcia, que cria a ilusão de um filme

que se desenvolve nas paredes.

As Núpcias (detalhe) Roma (sec. I d.C.)

Essa função quase cinematográfica da arteromana satisfazia o desejo do público deexperimentar a obra de arte como algo

direto e completo;

Desse modo, a arte romana tinha umafunção pública diferente da grega;

Possuía a função de entreter, fazerpropaganda, ilustrar e decorar.

A PINTURA ROMANA




4. Os corpos perdem o volume corpóreo, asolidez estrutural e a consistência física(esse fato já prepara para a arte cristã

medieval).

Afresco de Campania

A PINTURA ROMANA




5. Ilusionismo, obtido por meio daprofundidade, como no relevo narrativo – perspectiva ilusionista.

Quadro da Casa de Lívia (esposa de Augusto). Começo do século I d.C.

A PINTURA ROMANA Casa dos Vetti , em Pompeia.



Detalhe do quadro da Casa de Lívia (esposa de Augusto). Começo do século I d.C.

A PINTURA ROMANA



AS PINTURAS DE POMPÉIA

A PINTURA ROMANA

A decoração em afresco ou em mosaico dos edifícios pompeianos foi usada como instrumentopara atribuir uma data aos edifícios e para fornecer informações sobre este estilo artísticos dosromanos na antiguidade.

Um estudo atento conduziu à identificação de quatro estilos sucessivos na pintura pompeiana,que coexistem frequentemente nas mesmas casas, testemunhando intervenções de restauro ede restruturação realizadas em períodos diferentes:

I Estilo

II EstiloIII EstiloIV Estilo



A PINTURA ROMANA

I Estilo

Também conhecido como estilo

em incrustação –

Século II atémetade do século I a.C.;

Caracteriza-se pela imitação derevestimentos helenísticos emmármore, feita com estuques

lúcidos e monos originais.

Estuque - Massa feita com pó de mármore amassado com cal, gesso e areia ou o ornamentofeito com esta massa.

Detalhe de mural em Primeiro Estilo (primitivo), Pompeia.




Detalhe de mural na Villa di Arianna, em Primeiro Estilo(tardio ou de transição), Castellammare di Stabia.

A PINTURA ROMANA

I Estilo




A PINTURA ROMANA

II Estilo

Ou estilo da arquitetura emperspectiva;

Da metade ao início do Séc. I a.C.;Introduziu elementos do gostoromano na pintura;

Caracteriza-se pela procura de um

efeito ilusório de ampliação dasparedes com arquiteturas falsas;

Emergem cenas mitológicas,heroicas ou religiosasrepresentadas com uma fortepolicromia.


Afresco da Villa de Fannius Synistor emBoscoreale. Metropolitan Museum of Art.



Villa de Oplontis, Torre Annunziata

A PINTURA ROMANA


II Estilo



http://pt.wikipedia.org/wiki/Pintura_da_Roma_Antiga

A PINTURA ROMANA


II Estilo

Um célebre representante do Segundo Estilo, embora atípico pela presença dominante da figurahumana, está no triclinium da Villa dos Mistérios, em Pompeia, uma admirável série de cenas

com pessoas em escala natural colocadas contra um panorama arquitetônico que se assemelhaa um cenário de teatro.As cenas têm uma interpretação controversa, pode ser que retratem os ritosde iniciação nos Mistérios de Dionísio e/ou ordálios pré-nupciais.Apesar de fortemente figurativo, a influência arquitetônica reminiscente do estilo anterior serevela no próprio modelado estatuesco das figuras, com um desenho seguro e de alta

qualidade, mas um tanto rígido, acentuando seu caráter monumental e racionalmenteorganizado.O conjunto é dinamizado pelo colorido vibrante e pela variedade de atitudes das figuras.





A PINTURA ROMANA


II Estilo

Afresco da Villa dos Mistérios, Pompeia



A PINTURA ROMANA

III Estilo

Ou estilo da parede real;

Desenvolvido na primeira metade

do século I a.C.;

Caracteriza-se por uma técnicafresca e veloz, dita compendiaria(resumida);

Os elementos arquitetônicosapresentados perdem o caráterilusório ou perspectivo do II estiloe assumem um valor ornamental,dominado normalmente porfiguras num fundo escuro.




O Terceiro Estilo representa a continuidade do Segundo numa versão mais livre e ornamentada,mais leve e menos pomposa.

Seus principais elementos constituintes refletem um ecletismo comum a toda arte do períodode Augusto, e incluem uma tendência classicizante, um gosto pela cópia ou derivação de autoresantigos gregos e helenistas, a influência da arte egípcia, e o florescimento do gênero dapaisagem.

As cenas em perspectiva já tendem a não "perfurar" as paredes, o efeito de profundidade éachatado, conferindo uma expansão virtual apenas modesta ao espaço real do ambiente.

Proliferam os detalhes pequeninos e os motivos egípcios comemorando os triunfos de Augustoe Agrippa no Egito, aparecem cores escuras - algumas salas são completamente negras - e sedesenvolve uma técnica metalinguística na representação de pinturas dentro de pinturas.

A PINTURA ROMANA


III Estilo



A PINTURA ROMANA


III Estilo

Casa de Lucretius Fronto,Pompeia. Terceiro Estilo

tardio



A PINTURA ROMANA


III Estilo



Reconstituição da Casa dosVettii, Pompeia.



A PINTURA ROMANA


IV Estilo

Estilo da ilusão arquitetônica ou ornamental;

Caracteriza o período dos restauros posterior ao terremoto de 62 até 79 d.C., ano da erupção;

As suas arquiteturas e perspectivas cenográficas adquirem um caráter fantástico, irreal,acentuando com uma teatralidade pomposa o caráter ornamental do III estilo;

Ainda mais do que seu precedente, só pode ser definido através da palavra ecletismo,recuperando elementos de estilos anteriores e elaborando sobre eles novas configurações.

Algumas de suas características genéricas mais evidentes são uma inclinação para composições

mais assimétricas, uma tendência para o uso de cores mais quentes e vivas, e um maiorrequinte, variedade e liberdade nas ornamentações;

Além destas, as figuras são mais animadas, a técnica da pincelada ficou mais livre, com usointensivo de tracejado para obter as sombras e os volumes, se aproximando deefeitos pontilistas, e se populariza a simulação pictórica de tapeçarias através do uso de largasáreas de uma só cor, com bordas e faixas ornamentais.



A PINTURA ROMANA


IV Estilo

Bodas de Zéfiro e Cloris,

Casa de Naviglio, Pompeia.



A PINTURA ROMANA


IV Estilo

Casa dos Vettii, Pompeia.





Gêneros particulares

A PINTURA ROMANA

Retratos

Retrato de dama, Egito

Retrato em encáustica, Egito



Ambos retratosromanos e

exemplos de

genuínasensibilidade.

Procedentes dePompeia, as

duas mulheres

sãorepresentadascom o cálamo

apoiado noslábios.

Poetisa Padeiro Páquio Próculo


A PINTURA ROMANA

Retratos



Paisagens e arquiteturas


A PINTURA ROMANA

Fragmento de paisagem da Villade Livia, Roma



A pintura de paisageminspirava-se diretamente

na natureza e revestia-sede um grande sentidopoético e bucólico; arepresentação erasonhadora e fantasiosa.

Paisagens e arquiteturas


A PINTURA ROMANA



Pintura popular de Ostia Antica (cidade costeira duranteo Império Romano; hoje faz parte do município de

Roma).

Pintura popular


A PINTURA ROMANA



A pintura romana foi a base de formação da pintura bizantina, e seus ecos permanecem vivosaté hoje através das tradições artísticas preservadas pela Igreja Ortodoxa, enquanto que para oOcidente ela continuou dando inspiração para a elaboração de elementos formais e esquemasdecorativos da primeira Idade Média, notadamente na Renascença Carolíngia.

A pintura da Roma Antiga continuou exercendo uma influência não desprezível ao longo detoda Idade Média europeia, influindo também sobre os estilos Românico e Gótico.

Legado

A PINTURA ROMANA



Considerações

Os quatro estilos não seguem uma ordem cronológicarigorosa, mas existem alguns dados seguros:

O segundo estilo era contemporâneo de Augusto.O terceiro estilo, do reinado de Nero.

O quarto estilo, da destruição de Pompéia.

A PINTURA ROMANA



Considerações

O legado deixado pelo Império Romano se manifesta na

linguagem, literatura, códigos legais, governos, arquitetura,engenharia, medicina, esportes, artes e muitos outros aspectosda vida contemporânea, mesclados de tal forma à nossa culturaque mal nos damos conta da nossa dívida com a Roma antiga.

A PINTURA ROMANA

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