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Comércio Internacional p/ AFRFB-2013
Teoria e Questões Prof. Ricardo Vale – Aula 07
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AULA 07: CONTRATOS INTERNACIONAIS E
INCOTERMS
SUMÁRIO PÁGINA
1- Palavras Iniciais 1
2- Contratos Internacionais 2 - 10
3- Convenção de Viena sobre o contrato de compra e
venda internacional
10 - 21
4- Termos Internacionais de Comércio (INCOTERMS) 21 - 56
5- Questões Comentadas 56 - 59
6- Lista de Questões e Gabarito 60 - 73
Olá, amigos concurseiros, tudo bem?
Hoje falaremos de um assunto que, tradicionalmente, sempre é cobrado em provas de Comércio Internacional. Eu diria, inclusive, que se você
entender tudo dessa nossa aula, já terá um pontinho garantido na prova de AFRFB.
Estudaremos hoje sobre os contratos internacionais, os INCOTERMS
2012 e, ainda, sobre a Convenção de Viena sobre o Contrato de Compra e Venda Internacional (CVIM). A ESAF sempre gostou de cobrar, em suas
provas, conhecimentos sobre os INCOTERMS. Nos últimos concursos, todavia, temos percebido que essa banca examinadora passou a ter predileção pela
CVIM.
Todos preparados? Vamos em frente!
Um abraço a todos,
Ricardo Vale
[email protected] http://twitter.com/#!/RicardoVale01
http://www.facebook.com/rvale01
“O segredo do sucesso é a constância no objetivo!”
____________________x___________________
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1-CONTRATOS INTERNACIONAIS:
1.1-Conceitos Iniciais:
A globalização econômico-comercial aumentou o grau de integração e
vinculação entre pessoas físicas e jurídicas no cenário internacional. A conduta desses agentes em suas relações comerciais é regida pelos contratos
internacionais, que são instrumentos destinados a regular as obrigações e direitos das partes, materializando a vontade originária de cada uma delas.
Mas o que é um contrato? Quais suas características principais?
Para responder essa pergunta, temos que recorrer ao direito civil e à Teoria Geral dos Contratos!
Segundo a doutrina civilista, contratos são negócios jurídicos
originados a partir de um acordo de vontades, que cria, modifica ou extingue direitos. Por meio de um contrato, se estabelece um vínculo jurídico
entre duas ou mais pessoas. São elementos constitutivos de um contrato os seguintes: as partes, o objeto, o local de celebração e o local de execução.
Mas o que seriam então “contratos internacionais”?
A definição do conceito de contrato internacional não é algo corriqueiro, havendo diferentes visões doutrinárias sobre o assunto. No Brasil,
a posição dominante é no sentido de considerar-se que contrato internacional é o que possui elementos que possibilitem sua
vinculação a sistemas jurídicos diferentes. Nesse sentido, se os elementos
constitutivos de um contrato (partes, objeto, local de celebração e local de execução) estiverem conectados a mais de um Estado, este será, por
excelência, internacional.1
O contrato de compra e venda internacional é um instrumento jurídico consensual, bilateral, oneroso, comutativo e típico. Mas o que
significa cada uma dessas características?
Bem, para entendermos cada uma dessas características, temos que
falar um pouco sobre direito civil! Nesse sentido, os contratos podem se classificar de diferentes formas:
a) Consensuais ou reais: São consensuais os contratos que se
reputam perfeitos e acabados com a aceitação das partes (consenso). São reais os contratos que somente se consideram formados com a entrega efetiva
da coisa. O contrato de compra e venda, por considerar-se formado com a aceitação da proposta, classifica-se como consensual.
1 STRENGER, Irineu. Contratos Internacionais do Comércio. 4. ed. São Paulo: LTR, 1998.
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b) Bilaterais (sinalagmáticos) ou unilaterais: São bilaterais os contratos que envolvem obrigações recíprocas, isto é, quando os contratantes
são simultaneamente credor e devedor um do outro. Por sua vez, são unilaterais os contratos em que apenas uma parte se obriga perante a outra. O
contrato de compra e venda envolve obrigações recíprocas e, portanto, é bilateral ou sinalagmático.
c) Onerosos ou gratuitos: São onerosos os contratos em que há contraprestações. Por outro lado, são gratuitos os contratos dos quais apenas
uma parte tira proveito. O contrato de compra e venda, por envolver contraprestações (o comprador paga o preço e o vendedor entrega a
mercadoria) classifica-se como oneroso.
d) Comutativos ou aleatórios: São comutativos os contratos que envolvem prestações equivalentes e cuja equivalência pode ser aferida. Nos
contratos comutativos, as prestações são certas e definidas. Os contratos aleatórios, por sua vez, envolvem prestações incertas de uma ou de ambas as
partes. Nesse tipo de contrato, as prestações ficam na dependência de um fato
futuro e imprevisível. Os contratos de compra e venda se classificam como comutativos.
e) Típicos ou atípicos: São típicos os contratos que possuem
previsão na lei por serem os mais comuns e importantes. Os atípicos, por sua vez, não encontram previsão legal. O contrato de compra e venda está
previsto em diversas legislações nacionais e, inclusive, em convenções internacionais. Portanto, trata-se de um contrato típico.
Esquematizando:
Quando se fala em contratos internacionais celebrados por empresas
brasileiras, há duas questões importantes a serem definidas:
- Qual será a legislação aplicável ao contrato? Para responder essa perguntar, precisamos observar o que dispõe a Lei de Introdução às
Normas do Direito Brasileiro (LIDB). Segundo o art. 9º da LIDB, para qualificar
CONTRATO INTERNACIONAL
- Consensual
- Bilateral (sinalagmático)
- Oneroso
- Comutativo
- Típico
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e reger as obrigações, aplica-se a lei do país em que estas tiverem sido constituídas. Importante ressaltar que a obrigação (ex: contrato) reputa-se
constituída no domicílio do proponente (quem faz a proposta).
- Qual será a jurisdição competente para apreciar controvérsia envolvendo o contrato? A resposta para essa pergunta está no art. 88 do
Código de Processo Civil, que dispõe que a autoridade judiciária brasileira é
competente quando: i) o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; ii) a obrigação tiver de ser cumprida no Brasil e; iii) a
ação se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil.
Em que pese a previsão desse dispositivo do CPC, as partes poderão decidir, em cláusula contratual específica, qual o foro competente para
apreciar controvérsia envolvendo o contrato.
1.2- Cláusula de força maior e cláusula de hardship:
As operações de compra e venda internacional estão sujeitas a
diversos fatos imprevisíveis e inevitáveis que fogem do controle das partes
(fator aleatório). Podem ocorrer, por exemplo, fenômenos da natureza (terremotos, tsunamis, tempestades), acontecimentos de ordem política
(guerras, revoluções, greves) ou mesmo crises econômicas. Tudo isso pode vir a frustrar a execução do contrato.
A cláusula de força maior e a cláusula de hardship existem,
justamente, para fazer frente a essas situações imprevisíveis e inevitáveis, buscando restabelecer o equilíbrio contratual. A lógica de ambas as cláusulas
repousa no princípio “rebus sic stantibus”, segundo o qual caso haja uma alteração substancial das circunstâncias que envolveram a formação do
contrato, este poderá ser alterado.
Nesse sentido, a cláusula de força maior e a cláusula de hardship são
muito importantes nos contratos internacionais de compra e venda, sendo fundamental que, ao celebrarem contratos de compra e venda, as empresas
prevejam essas cláusulas, uma vez que qualquer operação está sujeita à ocorrência de circunstâncias imprevistas e inevitáveis. Destaque-se que a
redação da cláusula de força maior e da cláusula de hardship varia de contrato para contrato, não havendo padronização internacional para isso.
Mas qual é a diferença entre cláusula de força maior e a cláusula de hardship?
Tanto a cláusula de hardship quanto a cláusula de força maior
existem para fazer frente a situações imprevisíveis e inevitáveis. Todavia, a cláusula de força maior se aplica quando a execução contratual se
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torna inviável, isto é, o contrato se torna inexequível. Por sua vez, a cláusula de hardship se aplica quando o contrato se torna
substancialmente mais oneroso, porém, ainda assim, poderá ser executado.
Esquematizando:
1.3- Garantias em um contrato internacional:
Quando é celebrado um contrato internacional, é normal que as
partes queiram se precaver ao máximo dos riscos contratuais. É possível, por exemplo, que o vendedor forneça mercadorias estragadas ou não preste um
serviço adequado. Ou, ainda, que o vendedor assuma o compromisso de
fornecer um determinado serviço, mas depois desista. Para se precaver dos prejuízos advindos desse tipo de situação, as partes podem exigir garantias
nos contratos.
Há, fundamentalmente, 4 (quatro) tipos de garantias que podem ser utilizados em um contrato internacional: bid bond, supply bond,
performance bond e refundment bond.
A bid bond, também chamada de garantia de oferta, é apresentada
pelo vendedor (contratado) como forma de garantir que honrará sua proposta comercial. É muito comum em licitações, em que se exige dos participantes a
apresentação de uma garantia. Destaque-se que a bid bond será executada quando, após ter sido vencedora de uma licitação, a empresa desistir de
fornecer as mercadorias ou serviços previstos na proposta. Pelas suas características, a bid bond se aplica tanto aos contratos de compra e venda de
mercadorias quanto aos contratos de prestação de serviços.
A supply bond, também chamada de garantia de fornecimento, é
exigida pelo comprador (contratante) como forma de se certificar de que o vendedor (contratado) irá fornecer a mão-de-obra e as mercadorias
necessárias para a execução de um contrato de prestação de serviços. Aplica-se, portanto, apenas a contratos de prestação de serviços em que haja
fornecimento de mercadorias.
CLÁUSULA DE FORÇA MAIOR
CLÁUSULA DE HARDSHIP
O contrato se tornou inexequível
O contrato se tornou substancialmente mais
oneroso
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A performance bond, também chamada de garantia de desempenho, tem como objetivo assegurar que o contrato seja cumprido
satisfatoriamente (mercadorias entregues ou serviços prestados). Por sua natureza, a performance bond se aplica tanto aos contratos de fornecimento
de mercadorias quanto aos contratos de prestação de serviços. Essa garantia pode ser exigida tanto pelo vendedor (contratado) quanto pelo comprador
(contratante). Assim, caso alguma das partes não cumpra suas obrigações contratuais, ela será executada. É o caso, por exemplo, em que um serviço
não é prestado adequadamente pelo vendedor ou, ainda, a mercadoria fornecida não atende as especificações técnicas previstas no contrato.
Por último, a refundment bond pode ser exigida quando, em um contrato internacional, o comprador (contratante) faz algum adiantamento ao
vendedor (contratado). Ela é executada quando, após ter sido feita a antecipação de um pagamento, o contrato não é cumprido. Destaque-se que a
refundment bond, por suas características, é exigida do vendedor (contratado).
Esquematizando:
Essas garantias podem ser apresentadas individualmente ou em conjunto, umas com as outras. Pode ocorrer, por exemplo, de, em um
contrato de compra e venda de mercadorias, o comprador exigir do vendedor uma performance bond. Adicionalmente, caso o comprador tenha efetuado um
pagamento antecipado, ele poderá também exigir uma refundment bond. Nessa situação, caso as mercadorias não sejam fornecidas, as duas garantias
(performance bond e refundment bond) serão executadas.
Vejamos como esse assunto pode ser cobrado em prova!
GARANTIAS EM UM CONTRATO
INTERNACIONAL
- BID BOND: garantia de oferta
- SUPPLY BOND: garantia de fornecimento
-PERFORMANCE BOND: garantia de desempenho
- REFUNDMENT BOND: garantia de reembolso
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1. (AFTN-1998 - adaptada)- O contrato de compra e venda internacional é classificado, juridicamente, como consensual, bilateral,
oneroso, comutativo e típico.
Comentários:
De fato, o contrato de compra e venda internacional é instrumento
consensual (reputa-se perfeito e acabado com a aceitação das partes), bilateral (envolve obrigações recíprocas), oneroso (envolve contraprestações),
comutativo (envolve prestações equivalentes e que podem ser aferidas) e típico (previsto em diversas legislações nacionais e em instrumentos
internacionais). Questão correta.
2. (AFRF-2003) - Nos contratos internacionais de compra e venda, a
diferença entre cláusula de força maior e a cláusula de hardship reside em que na primeira, a circunstância é imprevista mas evitável,
enquanto que na segunda é imprevista e inevitável; na primeira, o contrato se torna exequível e na segunda, inexequível.
Comentários:
A questão está errada por dois motivos:
1)- A cláusula de hardship e a cláusula de força maior dizem respeito a situações imprevisíveis e inevitáveis.
2)- A cláusula de força maior se aplica quando o contrato se tornou
inexequível. Já a cláusula de hardship se aplica quando o contrato se tornou
substancialmente mais oneroso.
3. (AFRF-2003)- Nos contratos internacionais de compra e venda, a cláusula de força maior e a cláusula de hardship se referem a
circunstâncias imprevisíveis e inevitáveis. Todavia, enquanto a primeira tem a ver com circunstâncias que impossibilitam a execução
contratual; a segunda diz respeito a circunstâncias que tornam o contrato substancialmente mais oneroso, porém exeqüível.
Comentários:
Essa questão descreve perfeitamente a cláusula de força maior e a cláusula de hardship! Ambas dizem respeito a circunstâncias imprevisíveis e
inevitáveis. No entanto, ao passo que a cláusula de força maior determina o que ocorre quando a execução contratual torna-se impossível, a cláusula de
hardship determina o que ocorre quando a execução contratual se torna muito mais onerosa. Questão correta.
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4. (Questão Inédita)- A bid bond é uma garantia presente em contratos internacionais que é executada quando uma empresa, tendo
realizado uma proposta comercial e sido vencedora de uma seleção, se recuse a formalizá-la mediante celebração de um contrato.
Comentários:
A bid bond será executada quando uma empresa, após sagrar-se vencedora de um certame licitatório, recusa-se a assinar o contrato, isto é, a
formalizar a proposta que havia feito anteriormente. Questão correta.
5. (Questão Inédita)- A supply bond é utilizável nos contratos de prestação de serviços e de venda de mercadorias.
Comentários:
A supply bond somente pode ser utilizada em contratos de prestação de serviços que dependam do fornecimento de mercadorias. Assim, executa-se
a supply bond quando, nesse tipo de contrato, as mercadorias necessárias não são fornecidas. Perceba, caro amigo, que o contrato em si é de fornecimento
de mercadorias, embora envolva a prestação de serviços. Questão errada.
6. (Questão Inédita)- A refundment bond é executada sempre que
um serviço não é prestado a contento do seu tomador ou ainda quando a mercadoria fornecida não atende às especificações previstas no
contrato.
Comentários:
A garantia executada quando um serviço não é prestado
adequadamente ou, ainda, quando a mercadoria não atende as especificações técnicas previstas no contrato, é a performance bond. A refundment bond é
executada quando, após ter sido adiantada uma parcela do pagamento, o contrato não é cumprido. Questão errada.
7. (Questão Inédita)- A performance bond será executada no contrato de compra e venda de mercadorias quando a mercadoria não
for entregue, somente podendo ser exigida pelo contratante para que o contratado a apresente.
Comentários:
Tanto o comprador (contratante) quanto o vendedor (contratado) poderão apresentar a performance bond. Ela será
executada quando qualquer um deles não cumprir suas obrigações contratuais. Se o vendedor não fornecer as mercadorias ou fornecê-las fora das
especificações, essa garantia será executada. Por sua vez, se o comprador não
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efetuar o pagamento dos valores previstos no contrato, essa garantia também será executada. Questão errada.
8. (AFRF-2002.2)- A modalidade de crédito documentário através
do qual, na eventualidade de inadimplência ou recusa do comprador (importador), seja formalizada uma garantia bancária internacional,
normalmente no valor de 20% (vinte por cento) da operação em favor
do vendedor (exportador) como forma de ressarcimento de despesas incorridas pela não-quitação do Draft at Sight, é identificada como
performance bond.
Comentários:
Em primeiro lugar, o que significa “draft at sight”?
Não é difícil, meus amigos! Pessoal, “draft at sight” é o mesmo que
uma cobrança documentária à vista, que é uma das modalidades de pagamentos internacionais.
Se o comprador não quitou o draft at sight, isto é, não pagou o valor
cobrado pelo banco, a performance bond poderá ser executada. Lembre-se de
que a performance bond é executada quando qualquer uma das partes não cumprir suas obrigações contratuais. Assim, poderá ser exigida tanto do
vendedor quanto do comprador. O inadimplemento contratual por parte de qualquer um deles dá ensejo à execução da performance bond.
Questão correta.
9. (CODESP-SP-2011)- A redação da cláusula de força maior é igual em todos os contratos, pois é estabelecida pela Câmara de Comércio
Internacional.
Comentários:
A redação da cláusula de força maior varia de contrato para contrato.
Questão errada.
10. (CODESP-SP-2011)-Objetivando regular modificações
imprevisíveis que possam gerar desequilíbrios econômicos entre as partes, podem ser inseridas nos contratos de compra e venda
internacionais cláusulas hardship.
Comentários:
A cláusula de hardship serve para regular modificações imprevisíveis
e inevitáveis que gerem desequilíbrios econômicos entre as partes, tornando o contrato substancialmente mais oneroso, porém exeqüível. Questão correta.
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11. (CODESP-SP-2011)- Nos contratos estabelecidos com intervenção de empresas brasileiras, o fórum competente para resolver eventuais
litígios, advindos do contrato, deverá estar situado no Brasil, independente da nacionalidade do outro outorgante.
Comentários:
É possível que litígios decorrentes de contratos celebrados por empresas brasileiras sejam apreciados pelo Poder Judiciário de outro Estado.
Questão errada.
2- Convenção de Viena sobre o Contrato de Compra e Venda
Internacional de mercadorias (CVIM):
2.1- Generalidades:
A Convenção de Viena sobre o Contrato de Compra e Venda
Internacional de Mercadorias (CVIM) foi celebrada em 1980 no âmbito da UNCITRAL (United Nations Comission on International Trade Law), estando em
vigor desde 1988.
A UNCITRAL é uma comissão das Nações Unidas (ONU) que se dedica à reforma da legislação mercantil em nível mundial, tendo como
objetivo modernizar e harmonizar as regras do comércio internacional.
A CVIM é, nesse sentido, uma iniciativa da UNCITRAL, elaborada com
o objetivo de uniformizar regras para os contratos de compra e venda internacional, tendo em vista a multiplicidade de legislações nacionais a
reger o assunto. Atualmente, há 79 Estados-partes da CVIM, dentre os quais se encontra o Brasil, que aderiu à referida Convenção em
04/03/2013, data na qual o Brasil depositou seu instrumento de adesão junto à ONU.
A adesão do Brasil à CVIM foi aprovada pelo Congresso Nacional em 18 de outubro de 2012, por meio do Decreto
Legislativo nº 538/2012.
A aprovação do Congresso Nacional representou uma autorização para que o Estado brasileiro pudesse aderir ao tratado, o que
foi feito no dia 04/03/2013.
A CVIM entrará em vigor no Brasil somente em 01º de abril de
2014, no primeiro dia do mês seguinte ao término do prazo de 12 meses do depósito do instrumento de adesão.
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Imagine você um contrato de compra e venda celebrado entre uma empresa alemã e uma empresa chinesa. Qual será a legislação aplicável a esse
contrato? A legislação da Alemanha ou a legislação da China? O objetivo da CVIM é justamente evitar esse conflito de legislações, uniformizando as regras
aplicáveis aos contratos de compra e venda internacional.
Mas quais são as vantagens da utilização da CVIM?
Em primeiro lugar, a adoção de um diploma jurídico único no
comércio internacional é algo que possibilita maior previsibilidade e segurança jurídica aos agentes econômicos, sejam eles compradores ou
vendedores. Com efeito, quando alguém atua no comércio internacional, é de todo desejável que tenha familiaridade com a legislação aplicável a um
contrato de compra e venda de mercadorias.
Alguém aí conhece a legislação chinesa sobre contrato de compra e
venda? Eu não faço a mínima ideia! Pois bem, imagine que uma empresa brasileira exporte mercadorias para a China e a esse contrato se aplique a
legislação chinesa! Nesse caso, o exportador brasileiro não teria qualquer familiaridade com a legislação aplicável à sua operação e, portanto, entraria
em um ambiente de insegurança jurídica. Seria muito melhor que fosse aplicada ao contrato uma lei que as duas partes conhecem, concordam? Essa
“lei” seria a CVIM.
Em segundo lugar, a utilização da CVIM não privilegia nenhum
sistema jurídico, não impõe critérios a favor de países mais ou menos desenvolvidos e não cria organismos nacionais ou internacionais para a
imposição de regras. Ressalte-se que a CVIM não envolve interesses governamentais (tarifas aduaneiras, barreiras comerciais, etc), mas tão
somente interesses privados. Trata-se de norma aplicável a privados e que, como tal, não é de utilização obrigatória. Dessa forma, ainda que um Estado
a tenha ratificado, os particulares não precisam utilizá-la caso não o queiram. Em outras palavras, a CVIM é uma convenção que não vincula os
Estados nacionais.
Em terceiro lugar, considerando-se que não haverá necessidade de
contratação de profissionais especializados no direito de outros países, haverá redução do custo dos contratos e, consequentemente, maior rentabilidade das
transações e desenvolvimento do comércio internacional.
Por fim, vale ressaltar que a utilização da CVIM, ao proporcionar integração jurídica, facilita a integração econômica e a resolução mais
rápida e eficaz para conflitos que envolvam contratos de compra e venda internacional de mercadorias.
Pois bem, agora que já entendemos as vantagens da CVIM, vejamos algumas de suas principais disposições!
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2.2- Princípios Fundamentais:
A CVIM possui os seguintes princípios fundamentais, os quais estão dispersos em seu texto: i) autonomia da vontade; ii) princípio do caráter
internacionais; iii) uniformidade; iv) boa-fé; v) informalidade; vi) neutralidade (não impõe critérios em favor de economias mais ou menos desenvolvidas).
A autonomia da vontade está explícita no art. 6º, que estabelece que as partes contratuais podem excluir a aplicação da Convenção de
Viena a um contrato de compra e venda, assim como derrogar qualquer de suas disposições ou modificar-lhe os efeitos.
O princípio do caráter internacional impõe que a interpretação
dos institutos jurídicos mencionados na CVIM deve ser realizada abstraindo-se
do sentido que lhes é concedido pelos ordenamentos jurídicos nacionais. Assim, ela não deve ser interpretado à luz do direito nacional, mas sim
segundo a doutrina e jurisprudência internacionais.
O princípio do caráter internacional está intimamente ligado ao princípio da uniformidade. Na interpretação da CVIM, o hermeneuta deve
buscar aplicar valores jurídicos que permitam alcançar a universalidade a que se propõe a CVIM. Cabe destacar que a Convenção de Viena tem a difícil tarefa
de uniformizar as regras aplicáveis aos contratos de compra e venda celebrados tanto por empresas de países onde vigora o direito codificado
quanto por empresas onde vigora o “common law”. O art. 7º, parágrafo 1º, da
CVIM deixa explícito os princípios da uniformidade e do caráter internacional:
Artigo 7º
(1) Na interpretação da presente Convenção ter-se-á em conta o seu caráter internacional bem como a necessidade de
promover a uniformidade da sua aplicação e de assegurar o respeito da boa fé no comércio internacional.
A CVIM tem como um dos seus principais objetivos a harmonização
de regras aplicáveis aos contratos de compra e venda internacional, dispondo sobre seus mais variados aspectos: transporte, seguro, indenizações
por violação contratual, propriedade industrial, transferência de risco, perdas e danos, juros, obrigações de vendedores e compradores, dentre outros.
O princípio da boa fé, por sua vez, prevê que a interpretação da
CVIM deve ser realizada considerando-se a conduta que se espera de um homem padrão médio. Em outras palavras, o princípio da boa fé representa a
obrigação de razoabilidade na interpretação.
A informalidade se evidencia no art. 11 da CVIM, que dispõe que “o
contrato de compra e venda não tem de ser concluído por escrito nem de constar de documento escrito e não está sujeito a nenhum outro requisito de
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forma.” Ao contrário, o contrato poderá ser provado por qualquer meio, inclusive a prova testemunhal.
A neutralidade guarda correlação com o princípio da uniformidade.
O texto da Convenção de Viena, assim como sua interpretação, não estabelece tratamento diferenciado para países mais ou menos desenvolvidos.
2.3- Aplicação da Convenção de Viena sobre o Contrato de Compra e Venda Internacional de Mercadorias:
Em que situações é aplicada a CVIM?
A resposta a essa pergunta nos é dada pelo art. 1º da referida Convenção. Vejamos:
“Art. 1º
(1) Esta Convenção aplica-se aos contratos de compra e venda de mercadorias entre partes que tenham seus estabelecimentos em Estados distintos:
(a) quando tais Estados forem Estados Contratantes; ou
(b) quando as regras de direito internacional privado levarem à aplicação da lei de um Estado Contratante.
(2) Não será levado em consideração o fato de as partes terem seus estabelecimentos comerciais em Estados distintos, quando
tal circunstância não resultar do contrato, das tratativas entre as partes ou de informações por elas prestadas antes ou no
momento de conclusão do contrato.
(3) Para a aplicação da presente Convenção não serão considerados a nacionalidade das partes nem o caráter civil ou
comercial das partes ou do contrato.”
Interpretando-se o parágrafo 1º do dispositivo supracitado, chegamos à conclusão de que, como regra geral, a CVIM se aplica aos contratos de
compra e venda de mercadorias (bens tangíveis móveis) celebrados entre partes que tenham estabelecimento em Estados diferentes, desde que
ambos os Estados sejam partes contratantes da referida Convenção. Nesse caso, a CVIM será automaticamente aplicada, a menos que ambas as
partes contratuais se manifestem de forma contrária.
Imaginemos, para ilustrar a situação acima apresentada, dois países
A e B, ambos partes-contratantes da CVIM. Se for celebrado um contrato de compra e venda de mercadorias entre uma empresa situada no país A e outra
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empresa situada no país B, a CVIM será a ele aplicável, a menos que eles se manifestem de forma contrária.
A CVIM não dispõe sobre o conceito de “estabelecimento”. No
entanto, a doutrina mais abalizada afirma que, para a caracterização de estabelecimento, não há necessidade de constituição de pessoa
jurídica. Nessa esteira, os elementos básicos do conceito de estabelecimento
são a permanência e a regularidade das negociações realizadas no local.
Outra possibilidade de aplicação da CVIM é “... quando as regras de direito internacional privado levarem à aplicação da lei de um Estado
Contratante.” Para ilustrar a hipótese acima apresentada, imaginemos que é celebrado um contrato de compra e venda de mercadorias entre uma empresa
situada no país A (parte contratante da CVIM) e uma empresa situada no país B (que não é parte contratante da CVIM). Imaginemos, ainda, que a legislação
do país A estabeleça que aos contratos celebrados entre empresas estrangeiras e empresas situadas em seu território será aplicada sua legislação interna.
Nesse caso, considerando que será aplicada a legislação do país A e que o país
A é parte-contratante da CVIM, esta será aplicável ao caso in concretu.
Ainda acerca da aplicação da CVIM, cabe destacar as regras estabelecidas pelos §2º e §3º do art.1º.
O §2º estabelece que “... não será levado em consideração o fato
de as partes terem seus estabelecimentos comerciais em Estados distintos,
quando tal circunstância não resultar do contrato, das tratativas entre as partes ou de informações por elas prestadas antes ou no momento de
conclusão do contrato.” Desta feita, concluímos que, para que o contrato de compra e venda de mercadorias seja considerado internacional, deverá haver
menção ao fato de que as partes possuem estabelecimentos comerciais em Estados distintos. Tal menção poderá ser feita no próprio contrato, nas
tratativas entre as partes ou em informações por ela prestadas antes ou no momento da conclusão do contrato.
O §3º estabelece, por sua vez, que para a aplicação da CVIM “...
não serão considerados a nacionalidade das partes nem o caráter civil ou
comercial das partes ou do contrato”. Assim, se duas empresas A e B tiverem a mesma nacionalidade, mas estiverem localizadas em Estados distintos, isso
não irá retirar o caráter internacional do contrato que celebrarem. Da mesma forma, não importa a natureza jurídica das partes no contrato de compra e
venda. O caráter internacional do contrato é determinado exclusivamente em função do local dos estabelecimentos das partes
contratuais. Se as partes contratuais tiverem estabelecimento em Estados diferentes, o contrato será internacional; caso as partes contratuais tenham
estabelecimento no mesmo Estado o contrato não será internacional.
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Mesmo antes de o Brasil ter ratificado a CVIM, nós já a estudávamos. Será que isso significa que, mesmo não tendo ratificado a CVIM, ela poderia
ser aplicada a um contrato de compra e venda celebrado por empresa brasileira?
Sim. A CVIM poderia ser aplicada a um contrato de compra e venda
celebrado por empresa brasileira na hipótese do art. 1º, parágrafo 1º, alínea b
(“quando as regras de direito internacional privado conduzirem à aplicação da lei de um Estado contratante”).
A Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro (LIDB)2
estabelece, em seu art. 9º, que para qualificar e reger as obrigações, deverá ser aplicada a lei do país em que estas se constituírem (lex loci celebrationis).
Adicionalmente, o art. 9º, § 2º da LIDB dispõe que a obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o proponente. Tendo em
mente esse dispositivo, imagine um contrato de compra e venda celebrado entre uma empresa brasileira e uma empresa alemã e considere que a
empresa alemã é a proponente (que faz a proposta!). Nesse caso, pelo art. 9º,
§ 2º da LIDB, o contrato em questão será regulado pela legislação alemã. Considerando que a Alemanha é signatária da CVIM, esta irá aplicar-se ao caso
concreto.
Cabe destacar o art. 95 da CVIM, que dispõe que “qualquer Estado pode declarar, no momento do depósito do seu instrumento de
ratificação, de aceitação, de aprovação ou de adesão, que não ficará vinculado pela alínea "b" do parágrafo 1 do artigo 1º da presente
Convenção.” Segundo esse dispositivo, os contratos de compra e venda celebrados por empresas com estabelecimento em um Estado que tenha
apresentado reservas ao art. 1º, parágrafo 1º, alínea b da CVIM somente
serão regidos pela referida Convenção se celebrados com empresas com estabelecimento em outro Estado contratante.
A China, por exemplo, ao aderir à CVIM, apresentou reservas ao
dispositivo supracitado. Suponha, então, que uma empresa chinesa (na condição de proponente) celebre um contrato com uma empresa brasileira.
Segundo o art. 1º, parágrafo 1º, alínea b, a CVIM seria aplicável a esse contrato. No entanto, como a China apresentou reservas a esse dispositivo, a
lei reguladora do contrato será a lei chinesa (aplicação do art. 9º, § 2º da LIDB).
2 A Lei de Introdução às normas do direito brasileiro é a principal norma de direito
internacional privado do ordenamento jurídico brasileiro.
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2.4- Não-aplicação da Convenção de Viena sobre o Contrato de Compra e Venda Internacional de Mercadorias:
Há certos tipos de contratos de compra e venda aos quais não se
aplica a CVIM. Vejamos o teor do art. 2º da Convenção de Viena!
Art. 2º - A presente Convenção não regula as vendas:
(a) de mercadorias compradas para uso pessoal, familiar ou
doméstico, a menos que o vendedor, em qualquer momento anterior à conclusão do contrato ou na altura da conclusão deste, não soubesse nem devesse saber que as mercadorias eram
compradas para tal uso;
(b) em leilão;
(c) em processo executivo;
(d) de valores mobiliários, títulos de crédito e moeda;
(e) de navios, barcos, hovercraft e aeronaves;
(f) de eletricidade.
São basicamente dois motivos que levam à inaplicabilidade da
Convenção de Viena. O primeiro é em razão do objetivo do comprador; o segundo diz respeito à natureza do objeto contratual.
Quanto ao objetivo do comprador, cabe destacar que se as mercadorias forem compradas para uso não-profissional (pessoal, familiar ou
doméstico), a compra e venda não poderá ser regulada pela CVIM. Da mesma forma, se as mercadorias foram adquiridas em leilão ou processo executivo
não será aplicada a CVIM.
Em relação à natureza do objeto contratual, há alguns bens cuja compra e venda não pode ser regulada pela CVIM. São eles: i) os valores
mobiliários, títulos de crédito e moeda; ii) navios, barcos, hovercrafts e aeronaves e; iii) eletricidade.
O art. 3º da CVIM reconhece a aplicabilidade da Convenção também aos contratos que envolvam a compra e venda de mercadorias a serem
fabricadas ou produzidas. No entanto, a CVIM não se aplica quando o comprador tiver que fornecer uma parte essencial dos elementos
materiais necessários para a produção da mercadoria. É o caso em que, por exemplo, o comprador fornece toda a madeira a ser utilizada na produção
de determinados móveis. Com efeito, é possível perceber que, nessa situação, o vendedor está ofertando um serviço ao comprador, ficando caracterizado um
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contrato de prestação de serviços (e não uma compra e venda de mercadorias!).
2.5- Formação do Contrato:
A Convenção de Viena dispõe, em sua segunda parte, sobre a formação do contrato de compra e venda internacional. Inicialmente, cabe
destacar que, segundo a CVIM, o contrato de compra e venda de mercadorias conclui-se no momento em que a aceitação da proposta contratual se
torna eficaz.
O conceito de proposta contratual está definido no art. 14 da CVIM.
Segundo o referido dispositivo, proposta contratual é uma proposta destinada a uma ou mais pessoas que, além de ser suficientemente
precisa, indica a vontade de seu autor de a ela vincular-se em caso de aceitação. Considera-se que uma proposta é suficientemente precisa quando
ela designa as mercadorias e, expressa ou implicitamente, fixa a quantidade e o preço ou dá indicações que permitam determiná-los.
Se uma proposta for dirigida a pessoas indeterminadas (um panfleto ou e-mail promocional, por exemplo), ela é considerada apenas um convite
para contratar, a menos que a pessoa que fez a proposta tenha indicado claramente o contrário.
Mas quando é que uma proposta se torna eficaz?
Uma proposta comercial se torna eficaz quando chega ao seu destinatário. É possível, todavia, que uma proposta comercial, ainda que
irrevogável, seja retirada, desde que a retratação chegue ao destinatário antes ou ao mesmo tempo da proposta.
Cabe destacar também que, até o momento da conclusão de um
contrato, uma proposta comercial poderá ser revogada, desde que a revogação chegue ao destinatário antes de este ter expedido uma
aceitação.
Quando uma proposta comercial chega ao destinatário, ela poderá ser
rejeitada ou aceita. A rejeição, ao chegar ao proponente, tem como efeito a extinção da proposta comercial. Por sua vez, a aceitação, ao chegar ao
proponente, torna-se eficaz e materializa a conclusão do contrato de compra e venda.
Nos termos do art. 18, parágrafo 1º, da CVIM, a aceitação poderá
ser expressa ou tácita. Será expressa quando houver uma declaração do
destinatário da proposta comercial; será tácita quando o destinatário da
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proposta adotar comportamento que evidencie o seu assentimento. A aceitação também poderá ser retirada, desde que a retratação chegue
ao proponente antes ou no momento em que a aceitação teria se tornado eficaz.
Para visualizarmos a formação de um contrato de compra e venda
internacional regulado pela CVIM, nada melhor do que um exemplo!
Consideremos, como informação inicial, que Alemanha e França
ratificaram a CVIM. A empresa A (com estabelecimento situado na Alemanha) inicia negociações com uma empresa B (com estabelecimento situado na
França). Após as negociações, a empresa A emite uma proposta comercial tendo como destinatária a empresa B e a envia por meio dos correios. Ocorre
que a proposta é extraviada e não chega à destinatária. Poderemos, então, considerá-la uma proposta eficaz? Não, a proposta comercial somente se torna
eficaz quando chega ao destinatário.
Suponha, entretanto, que a proposta comercial tenha chegado à
empresa B e, portanto, se tornado eficaz. Nessa situação, a empresa A poderá retirar a proposta? Também não! A proposta comercial somente pode ser
retirada se a retratação chegar antes ou ao mesmo tempo que a proposta. No entanto, é possível que a empresa A revogue a proposta comercial, desde que
o faça antes de a empresa B ter expedido a aceitação.
Se a empresa B aceitar a proposta comercial e esta aceitação chegar
à empresa A, o contrato de compra e venda reputa-se constituído. Todavia, caso a empresa B rejeite a proposta comercial, esta será extinta.
Caso a empresa B tenha aceitado a proposta, mas dela desista a
posteriori, terá que correr contra o tempo. Para retirar a aceitação, a retratação da empresa B deverá chegar à empresa A antes ou no momento em
que a aceitação teria se tornado eficaz.
2.6- Obrigações do comprador e vendedor:
A Convenção de Viena sobre o Contrato de Compra e Venda
Internacional de Mercadorias (CVIM) teve como objetivo central a
uniformização de regras sobre compra e venda de mercadorias. Para alcançar esse objetivo, ela dispõe, em sua terceira parte, sobre as regras gerais
aplicáveis a esse tipo de contrato, tecendo considerações sobre as obrigações das partes contratuais.
Segundo o art. 30 da CVIM, são obrigações do vendedor entregar
as mercadorias, transferir a propriedade sobre elas e, se for o caso, remeter os documentos que se lhe referem.
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O art. 53 da CVIM, por sua vez, dispõe que são obrigações do comprador pagar o preço e aceitar a entrega das mercadorias.
Vejamos como esse assunto pode ser cobrado em prova!
12. (AFRFB-2009)- A Convenção de Viena sobre contratos de Compra
e Venda Internacional de Mercadorias (CVIM) é instrumento jurídico que vincula Estados Nacionais em torno do objetivo de harmonizar
internacionalmente as fórmulas que definem as obrigações e direitos dos exportadores e importadores em torno da comercialização de um
bem internacionalmente.
Comentários:
A CVIM não vincula Estados Nacionais. Dessa forma, ainda que um
Estado tenha ratificado a CVIM, as empresas desse Estado poderão deixar de utilizá-la caso assim desejem. Questão errada.
13. (AFRFB-2009)- A Convenção de Viena sobre contratos de Compra e Venda Internacional de Mercadorias (CVIM), firmada no âmbito da
Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), estabelece procedimentos padrões para a celebração de
contratos comerciais internacionais entre agentes privados.
Comentários:
A CVIM foi celebrada no âmbito da UNCITRAL, que é uma comissão
das Nações Unidas destinada a promover o aperfeiçoamento e a evolução do direito do comércio internacional. Questão errada.
14. (AFRFB-2009)- A Convenção de Viena sobre contratos de Compra
e Venda Internacional de Mercadorias (CVIM), celebrada no âmbito da
Câmara Internacional de Comércio (CCI), é instrumento de direito privado que rege os atos administrativos e jurídicos que envolvem a
transferência da propriedade da mercadoria transacionada internacionalmente.
Comentários:
A CVIM foi celebrada no âmbito da UNCITRAL. A CCI é uma organização não-governamental, de caráter privado, responsável pela criação
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dos INCOTERMS. Estudaremos sobre os INCOTERMS mais à frente, ainda na aula de hoje. Questão errada.
15. (AFRFB-2009)- A Convenção de Viena sobre contratos de Compra
e Venda Internacional de Mercadorias (CVIM), firmada no âmbito das Nações Unidas, uniformiza as regras sobre compra e venda de
mercadorias, envolvendo aspectos como transporte, seguro,
transferência de riscos, propriedade industrial, pagamentos e indenizações por não cumprimento de obrigações, mercadoria
avariada, danos e prejuízos.
Comentários:
O principal objetivo da CVIM é a harmonização das regras aplicáveis
aos contratos de compra e venda internacional, em seus diversos aspectos. Questão correta.
16. (Questão Inédita)- Na interpretação dos institutos jurídicos
definidos pela Convenção de Viena sobre o Contrato de Compra e Venda Internacional (CVIM), o hermeneuta deve abstrair-se do sentido
que lhes é dado pelos ordenamentos jurídicos nacionais, levando em consideração o caráter internacional da referida Lei Modelo.
Comentários:
De acordo com o princípio do caráter internacional, a CVIM não deve ser aplicada à luz do direito nacional, mas sim segundo a
doutrina e jurisprudência internacionais. Questão correta.
17. (Questão Inédita)- Nos termos da CVIM, o caráter internacional
de um contrato de compra e venda de mercadorias independe do local dos estabelecimentos das partes contratuais.
Comentários:
O local de estabelecimento das partes contratuais é fundamental na determinação do caráter internacional de um contrato de compra e venda.
Questão errada.
18. (Questão Inédita)- Nos termos da CVIM, considera-se concluído um contrato de compra e venda internacional de mercadorias quando a
proposta comercial torna-se eficaz.
Comentários:
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Segundo a CVIM, o contrato de compra e venda internacional de mercadorias considera-se concluído no momento em que a aceitação da
proposta comercial se torna eficaz. Questão errada.
19. (Questão Inédita)- A CVIM é utilizada para regular contratos internacionais de compra e venda de bens tangíveis, inclusive quando
o comprador fornecer uma parte essencial dos elementos materiais
necessários para a produção desses bens.
Comentários:
A CVIM não se aplica quando o comprador tiver que fornecer uma parte essencial dos elementos materiais necessários para a produção da
mercadoria. Questão errada.
20. (Questão Inédita)- Nos termos da CVIM, são considerados de
compra e venda os contratos de fornecimento de mercadorias a fabricar ou a produzir, a menos que o contratante que as encomende
tenha de fornecer uma parte essencial dos elementos materiais necessários para o fabrico ou produção.
Comentários:
Os contratos de fornecimento de mercadorias a fabricar ou produzir são considerados contratos de compra e venda, a eles se aplicando a CVIM. No
entanto, a CVIM não será aplicada quando o contratante que encomendar as mercadorias tiver que fornecer uma parte essencial dos elementos materiais
necessários para sua produção. Questão correta.
3- TERMOS INTERNACIONAIS DE COMÉRCIO (INCOTERMS):
3.1- Generalidades:
Quando é celebrado um contrato internacional de compra e venda de
mercadorias, várias cláusulas devem ser decididas pelas partes contratuais (importador e exportador). Será necessário determinar onde serão entregues
as mercadorias ao importador, se será contratado um seguro da carga ou,
ainda, quem procederá ao desembaraço aduaneiro. Dessa forma, a celebração de um contrato dessa natureza não é tarefa simples, a ela devendo ser
concedida especial atenção, uma vez que as cláusulas contratuais, além de se refletirem na formação do preço das mercadorias, permitem que as partes
possam usufruir de maior segurança jurídica.
Os INCOTERMS (International Commercial Terms) foram criados pela Câmara de Comércio Internacional (CCI) em 1936 justamente com o
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objetivo de simplificar a celebração de contratos internacionais de compra e venda. Trata-se de fórmulas contratuais que definem as obrigações de
vendedores e compradores nesse tipo de contrato. Ao invés de se utilizar várias cláusulas contratuais, definindo as responsabilidades do
exportador e do importador em cada fase da cadeia logística, é muito fácil uma única formula que resuma tudo em poucas letras. Essa é a lógica dos
INCOTERMS! Cabe destacar que os INCOTERMS não se aplicam aos contratos de prestação de serviços, mas apenas aos contratos de compra e
venda de mercadorias.
Suponha que seja celebrado um contrato de compra e venda entre
uma empresa brasileira (importadora) e uma empresa estrangeira (exportadora). Por óbvio, será necessário que eles definam onde ocorrerá a
entrega da mercadoria e quais custos serão responsabilidade de cada um. Pode ser estabelecido, por exemplo, que a mercadoria será considerada
entregue pelo vendedor ao comprador a bordo do navio no porto de embarque e que, além disso, o vendedor irá arcar com o frete e seguro internacionais. Ao
invés de especificar todas essas cláusulas no contrato de compra e venda, basta que vendedor e comprador digam que será usado o INCOTERM CIF
(Cost, Insurance and Freight). Tudo ficou, sem dúvida alguma, muito mais fácil!
A Câmara de Comércio Internacional (CCI) é uma organização não-governamental de amplitude global que tem como objetivos promover o
comércio internacional e o crescimento econômico, representando o setor empresarial junto aos governos. Para alcançar seus objetivos, a CCI, dentre
outras ações, atua na criação de regras uniformes para reger as relações comerciais. Dentre essas regras, estão os INCOTERMS.
Em virtude de serem criados por uma organização não-governamental, os INCOTERMS não são de utilização obrigatória, ou seja, são
usados facultativamente pelas partes em um contrato de compra e venda de mercadorias. Eles não são normas internacionais, mas apenas um
conjunto consolidado e padronizado dos usos e costumes alfandegários e de entrega utilizados no mundo.3
Mas se não são obrigatórios, os INCOTERMS possuem algum valor
jurídico?
Sim. Apesar de serem de utilização facultativa, os INCOTERMS
possuem valor jurídico quando mencionados em um contrato de compra e venda internacional. Se as partes contratuais definiram que irão
utilizar um INCOTERM para regular as obrigações que regem um determinado contrato, elas passam automaticamente a estarem vinculadas a essa fórmula
3 KEEDI, Samir. Transportes, Unitização e Seguros Internacionais de Carga. 5ª edição,
Ed Aduaneiras, 2011.
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contratual. Essa vinculação decorre de dois princípios gerais da teoria dos contratos: o princípio “pacta sunt servanda” e o princípio “lex inter partes”.
Além de definirem as obrigações de compradores e vendedores em
contratos internacionais de compra e venda de mercadorias, os INCOTERMS também são usados como forma de padronizar as estatísticas nacionais e
internacionais de comércio. Nesse sentido, as estatísticas das exportações
são usualmente apresentadas em base FOB, ao passo que as estatísticas das importações são apresentadas em base CIF (valor acrescido do seguro e do
frete internacional).
O objetivo dessa padronização (exportações em base FOB e importações em base CIF) é evitar que dois países contabilizem, ao
mesmo tempo, custos de transporte e de seguro, o que faria que, ao analisar os números do comércio global, tivéssemos uma visão distorcida das
trocas internacionais. Assim, quando o Brasil exporta para os EUA, por exemplo, ele não contabiliza em sua balança comercial os valores de frete e
seguro; os EUA, entretanto, na mesma operação, irá contabilizar esses
valores.
A primeira versão dos INCOTERMS foi criada em 1936.
Posteriormente, seguiram-se diversas outras revisões, as quais chegaram ao número de 7 (sete); 1953, 1967, 1976, 1980, 1990, 2000 e 2010. As
sucessivas revisões dos INCOTERMS existem em virtude da necessidade de
que as regras comerciais acompanhem a evolução das relações comerciais entre os países.
Levando-se em consideração que os INCOTERMS não são normas
internacionais, uma versão mais atual não revoga a anterior. Dessa forma, todas as versões dos INCOTERMS, mesmo as mais antigas, ainda
podem se utilizadas em um contrato de compra e venda internacional de mercadorias. Para isso, basta que as partes deixem explícito no contrato qual
será a versão dos INCOTERMS aplicável. Caso as partes contratuais não especifiquem qual versão está sendo utilizada, poderá haver dúvidas de
interpretação, prejudicando a segurança jurídica da operação.
INCOTERMS
Criados em 1936 pela CCI
Definem as obrigações de vendedores e
compradores em um contrato de compra
e venda internacional de mercadorias
São utilizados facultativamente, mas, quando
mencionados em um contrato, vinculam as
partes.
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Os INCOTERMS também podem ser objeto de alteração pelas partes contratuais, desde que elas entrem em acordo. Nesse sentido, é possível que
sejam efetuados aditamentos ou reduções nas atribuições do vendedor ou do comprador. Por exemplo, o INCOTERM EXW determina que o
desembaraço de exportação será feito pelo importador. No entanto, por razões burocráticas, isso pode ser complexo. Assim, os contratantes podem
determinar que o INCOTERM a ser utilizado será o EXW mas que, adicionalmente, o exportador será responsável pelo desembaraço de
exportação.
O conhecimento exato dos INCOTERMS é fundamental para a
logística de uma operação de comércio exterior, pois define o momento em que o vendedor transfere ao comprador as responsabilidades quanto
aos custos e riscos. A transferência da responsabilidade quanto aos riscos ocorre no momento em que o vendedor entrega a mercadoria no local
definido pelas partes. Já a transferência da responsabilidade quanto aos custos, efetiva-se quando cessam as obrigações de custeio que couberem ao
vendedor. A depender do INCOTERM utilizado, o momento em que é transferida a responsabilidade quanto aos riscos não coincide com o momento
em que é transferida a responsabilidade quanto aos custos.
Os INCOTERMS também são importantes para a determinação do
preço das mercadorias. Com efeito, cada cláusula contratual nos permite identificar os elementos que compõe o preço de uma mercadoria. Ao usar a
cláusula contratual CIF (Cost Insurance and Freight), por exemplo, sabe-se que ao preço da mercadoria deverá ser somado o valor do frete e seguro
internacionais. Em virtude disso, os INCOTERMS são conhecidos como “cláusulas de preço”.
Destaque-se, ainda, que, ao proceder a escolha dos INCOTERMS, exportadores e importadores deverão observar as especificidades da
legislação interna de seus países. Imaginem, por exemplo, que um contrato seja formalizado baseando-se no INCOTERM Ex Works. Nessa fórmula
contratual, quem realiza o desembaraço para exportação é o comprador. Pode existir alguma norma no país de origem da mercadoria que não permita que
uma empresa estrangeira realize o despacho para exportação ou mesmo proceda ao licenciamento da operação. Nessa situação, o INCOTERM Ex-Works
não poderá ser utilizado.
3.2- INCOTERMS 2010:
Passaremos agora a estudar especificamente cada uma das fórmulas contratuais previstas na versão INCOTERMS 2010. Quando oportuno, faremos
remissão também a alguns INCOTERMS da versão anterior, para fins de
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comparação e de entendimento do que foi alterado com a nova publicação da CCI.
A versão INCOTERMS 2010, publicada pela CCI, possui uma
introdução e, logo em seguida, uma explicação de cada termo. Antes de cada termo, há notas de orientação (guidance notes), as quais visam a orientar
vendedores e compradores na escolha do INCOTERM mais adequado à
operação pretendida.
Uma modificação importante na versão INCOTERMS 2010 é que ela afirma explicitamente que as notas de orientação (guidance notes) e a
introdução não integram a estrutura dos INCOTERMS, possuindo caráter de meras orientações 4.
Além disso, na versão INCOTERMS 2010, o texto deixa explícito que as fórmulas contratuais nele previstas podem ser usadas tanto em
contratos de compra e venda internacionais como em contratos de compra e venda domésticos. O objetivo é permitir que as empresas, ao
usar os INCOTERMS em contratos domésticos, possam se acostumar com sua utilização. Destaque-se que essa previsão não existia na versão INCOTERMS
2000.
Vamos ao estudo de cada um dos INCOTERMS da versão 2010!
3.2.1- EXW (Ex Works- named place of delivery):
O termo EXW é o que representa maior nível de obrigações ao comprador e, simultaneamente, o menor nível de obrigações para o vendedor.
Quando esse INCOTERM é utilizado, o vendedor se compromete a disponibilizar a mercadoria ao comprador em seus próprios domínios
(nas suas próprias instalações). Em outras palavras, as obrigações do vendedor se encerram no momento em que ele acondiciona a mercadoria na
embalagem de transporte.
Costuma-se dizer que, no INCOTER EXW, a mercadoria é entregue pelo vendedor ao comprador no “chão da fábrica” e, a partir daí, todas as
despesas serão de responsabilidade do comprador. O comprador deverá arcar
até mesmo com as despesas de carregamento no veículo transportador.
Nos INCOTERMS em geral, o desembaraço aduaneiro de exportação será sempre de responsabilidade do exportador (vendedor),
enquanto o desembaraço aduaneiro de importação será de
4 KEEDI, Samir. Transportes, Unitização e Seguros Internacionais de Carga. 5ª edição, Ed Aduaneiras, 2011.
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responsabilidade do importador (comprador). No entanto, para o INCOTERM EXW, até mesmo o desembaraço aduaneiro de exportação será de
responsabilidade do importador (comprador). Esse é o único INCOTERM em que isso ocorre!
Ao vincular esse termo em um contrato de compra e venda, é
necessário que se identifique explicitamente onde será entregue a mercadoria,
ou seja, deverá ser nomeado um local de entrega na origem. O INCOTERM EXW pode ser usado para qualquer tipo de transporte ou mesmo para o
transporte multimodal.
3.2.2- FCA (Free Carrier - named place of delivery):
O termo FCA (Free Carrier) impõe a obrigação de que o vendedor
entregue a mercadoria ao transportador, seja na propriedade do próprio vendedor ou em outro local designado. A partir daí, todos os
custos e riscos irão correr por conta do comprador. Teremos, então, duas situações possíveis:
a) Mercadorias entregues ao transportador no estabelecimento do vendedor: as despesas de carregamento do veículo
serão responsabilidade do vendedor.
b) Mercadorias entregues em outro local designado: o vendedor entregará as mercadorias prontas para serem desembarcadas. Percebe-se que,
nesse caso, o vendedor embarcou as mercadorias em um veículo e levou-as a um local designado. Nesse local, as despesas de descarregamento serão de
responsabilidade do comprador.
No INCOTERM FCA, o desembaraço aduaneiro de exportação fica por
conta do vendedor (exportador) e o desembaraço aduaneiro de importação será responsabilidade do comprador (importador). Dessa forma, a execução
das formalidades alfandegárias e o pagamento dos direitos aduaneiros são de responsabilidade do vendedor.
O FCA pode ser utilizado em qualquer modo de transporte ou
mesmo para o transporte multimodal.
3.2.3- FAS (Free Alongside Ship – named port of shipment):
O termo FAS (Free Alongside Ship) estabelece que as mercadorias deverão ser entregues pelo vendedor ao comprador ao lado do navio
no porto de embarque nomeado. A partir daí, todas as despesas e riscos
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serão de responsabilidade do comprador. Considerando que a mercadoria é entregue ao lado do navio, as despesas de carregamento deste serão de
responsabilidade do comprador.
O FAS pode ser utilizado apenas para o transporte marítimo ou hidroviário interior (o próprio nome já nos indica isso!). O desembaraço
aduaneiro de exportação é responsabilidade do exportador e o desembaraço
aduaneiro de importação fica por conta do importador.
3.2.4- FOB (Free on Board- named port of shipment):
Na versão INCOTERMS 2000, esse termo estabelecia que a
mercadoria seria considerada entregue ao comprador no momento em que ela “transpusesse a amurada do navio” no porto de embarque. Essa redação
gerava alguns problemas e dificuldades de interpretação. Em razão disso, o termo FOB foi alterado na revisão INCOTERMS 2010.
Segundo a versão INCOTERMS 2010, o termo FOB impõe ao
vendedor a obrigação de entregar a mercadoria ao vendedor a bordo do
navio designado pelo comprador, no porto de embarque. A partir desse momento, é transferida toda a responsabilidade pelos custos e riscos do
vendedor ao comprador.
O INCOTERM FOB somente pode ser utilizado para o transporte marítimo ou hidroviário interior. O desembaraço aduaneiro de exportação
fica a cargo do exportador (vendedor), enquanto o desembaraço aduaneiro de importação é responsabilidade do importador (comprador).
3.2.5- CPT (Carriage Paid To – named place of destination):
O INCOTERM CPT (Carriage Paid To) estabelece que o vendedor
deverá entregar a mercadoria ao transportador no local acordado e, além disso, arcar com as despesas referentes ao frete internacional
até um local designado.
Quando esse termo é usado em um contrato de compra e venda, pode-se identificar que a transferência da responsabilidade quanto aos
riscos ocorre em momento diverso da transferência da responsabilidade quanto aos custos. A responsabilidade quanto aos riscos
é transferida pelo vendedor ao comprador no momento em que a mercadoria é entregue ao transportador no local acordado. Já a responsabilidade quanto aos
custos persiste com o vendedor até a chegada ao local de destino.
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Um detalhe importante: o local nomeado, que acompanha o INCOTERM CPT, não é onde a mercadoria será entregue ao transportador, mas
sim até onde o frete internacional será pago. Dessa forma, quando se usa o INCOTERM CPT- Porto de Santos, significa que o frete será pago até o Porto de
Santos e, ainda, que esse porto está situado no país de destino (país importador). Essa é uma particularidade dos INCOTERMS do Grupo “C”!
O termo CPT pode ser utilizado para qualquer tipo de transporte, inclusive o multimodal. O desembaraço aduaneiro de exportação será de
responsabilidade do vendedor (exportador); por sua vez, o desembaraço aduaneiro de importação será de responsabilidade do comprador (importador).
3.2.6- CIP (Carriage and Insurance Paid To - named place of destination):
O INCOTERM CIP é bem similar ao CPT. Nele, o vendedor tem a
obrigação de entregar a mercadoria ao transportador no local acordado e, além disso, arcar com as despesas referentes ao frete e ao
seguro internacionais.
Nesse termo, a transferência da responsabilidade quanto aos riscos
também ocorre em momento diferente ao da transferência da responsabilidade quanto aos custos. A responsabilidade quanto aos riscos encerra-se no
momento da entrega da mercadoria ao transportador; a responsabilidade quantos aos custos, no momento em que a mercadoria
chega ao local de destino.
Alguém poderia perguntar: “Se o vendedor tem que pagar o seguro internacional, a responsabilidade quanto aos riscos é mesmo transferida no
momento da entrega da mercadoria ao transportador?”
Sim. De fato, o vendedor deve contratar o seguro internacional. No
entanto, a apólice de seguro tem como beneficiário o comprador. Essa é a maior prova de que a responsabilidade quanto aos riscos se transfere no
momento da entrega da mercadoria ao transportador. Cabe destacar que o seguro internacional contratado pelo vendedor deverá possuir a cobertura
mínima (que equivale a 110% do valor da operação!)
Assim como no INCOTERM CPT, o local nomeado será o local de
destino da mercadoria, até onde o frete e o seguro internacional serão pagos. Dessa maneira, se estiver previsto em um contrato o INCOTERM CIP –
Porto de Paranaguá, isso significa que o frete e o seguro internacionais serão pagos até esse porto e que trata-se de uma importação brasileira.
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O termo CIP pode ser utilizado em qualquer tipo de transporte, inclusive o multimodal. O desembaraço aduaneiro de exportação será de
responsabilidade do vendedor (exportador), enquanto o desembaraço aduaneiro de importação ficará por conta do comprador (importador).
3.2.7- CFR (Cost and Freight – named port of destination):
A versão INCOTERMS 2000 (versão anterior) dispunha que, no termo CFR, a mercadoria se considerava entregue ao comprador no momento em que
“transpunha a amurada do navio” no porto de embarque. Como essa redação gerava dúvidas e polêmicas de interpretação, o INCOTERM CFR foi alterado na
nova versão.
Na versão INCOTERMS 2010, o termo CFR estabelece que o vendedor
deverá entregar a mercadoria ao comprador a bordo do navio no porto de embarque e, adicionalmente, arcar com as despesas de frete até o porto
de destino.
Quando se usa esse INCOTERM, há dois pontos críticos, isto é, a
responsabilidade quanto aos custos é transferida em local diverso ao da transferência da responsabilidade quanto aos riscos. A
responsabilidade do vendedor quanto aos riscos cessa no momento em que ele entrega a mercadoria a bordo do navio no porto de embarque. Já a
responsabilidade quanto aos custos se encerra com a chegada da mercadoria ao porto de destino designado.
O local nomeado será o porto de destino da mercadoria, até
onde o vendedor deverá arcar com o frete internacional. Aproveitando a oportunidade, vamos a uma rápida comparação entre os termos CFR e FOB, no
que diz respeito ao local nomeado. Vamos lá!
- CFR – Porto de Santos: Nesse caso, o Porto de Santos é o local
de destino das mercadorias. Trata-se de uma importação brasileira.
- FOB – Porto de Santos: Aqui, o Porto de Santos é o local onde a mercadoria será embarcada com destino ao exterior. Trata-se de uma
exportação brasileira.
O termo CFR somente pode ser utilizado no transporte aquaviário.
Mais uma vez, o desembaraço aduaneiro de exportação cabe ao vendedor, enquanto o desembaraço aduaneiro de importação compete ao comprador.
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3.2.8- CIF (Cost, Insurance and Freight – named port of destination):
O termo CIF também teve a redação alterada em relação à versão anterior, cabendo ao vendedor entregar a mercadoria ao comprador a
bordo do navio no porto de embarque e, adicionalmente, arcar com as despesas referentes ao frete e ao seguro internacionais.
Nesse INCOTERM, também há dois momentos distintos quanto à transferência de responsabilidades. A responsabilidade quanto aos riscos é
transferida após a entrega da mercadoria a bordo do navio; por sua vez, a responsabilidade do vendedor quanto aos custos se encerra com a chegada da
mercadoria no porto de destino.
O seguro internacional contratado pelo vendedor deverá ter a
cobertura mínima, o que equivale a 110% do valor da operação.
O local nomeado será o porto de destino da mercadoria, que será até onde o vendedor arcará com as despesas de frete e seguro internacionais. O
termo CIF somente pode ser utilizado no transporte aquaviário (marítimo ou hidroviário interior).
O desembaraço aduaneiro de exportação será responsabilidade do vendedor (exportador), enquanto o desembaraço aduaneiro de importação
caberá ao comprador (importador).
3.2.9- DAT (Delivered at Terminal – named terminal at port or place of
destination):
O termo DAT (Delivered at Terminal) é uma novidade do INCOTERMS 2010 em relação à versão anterior. Ele substituiu o termo DEQ (Delivered Ex
Quay), que impunha ao vendedor a obrigação de entregar a mercadoria no cais, isto é, em um terminal portuário.
Com a introdução do INCOTERM DAT, passa a ser possível a entrega da mercadoria também em um terminal externo. Por meio desse termo, o
vendedor entrega as mercadorias ao comprador em um terminal nomeado, já desembarcadas do veículo transportador. Considera-se
terminal “qualquer local, coberto ou não, como um cais, armazém, pátio de contêiner ou terminal de carga rodoviário, ferroviário ou aéreo”. 5
Esse INCOTERM pode ser utilizado em qualquer tipo de transporte,
inclusive o multimodal. Na exportação, os trâmites aduaneiros serão de responsabilidade do vendedor, enquanto na importação caberão ao comprador. 5 KEEDI, Samir. Transportes, Unitização e Seguros Internacionais de Carga. 5ª edição, Ed Aduaneiras, 2011.
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3.2.10- DAP (Delivered at Place – named place of destination):
O termo DAP (Delivered at Place) também é uma inovação da versão INCOTERMS 2010, tendo substituído os termos DAF, DES e DDU. Vejamos
rapidamente o que dispõem esses INCOTERMS da versão anterior:
- DAF (Delivered at Frontier): o vendedor entrega a mercadoria
embarcada no veículo transportador no ponto de fronteira designado, mas antes da divisa alfandegária do país de destino.
- DES (Delivered Ex Ship): o vendedor entrega a mercadoria ao
comprador a bordo do navio no porto de destino.
- DDU (Delivered Duty Unpaid): o vendedor entrega a mercadoria
no estabelecimento do comprador, não desembarcada do veículo transportador.
O INCOTERM DAP, por sua vez, impõe que o vendedor deverá
entregar a mercadoria em um local de destino nomeado, ainda embarcada no veículo transportador. Esse destino poderá ser um porto,
um ponto de fronteira ou até o estabelecimento do comprador.
Se a mercadoria for entregue em um porto embarcada no navio que a
transportou, o DAP estará cumprindo a função do antigo DES. Já se a mercadoria for entregue em um ponto de fronteira, ele cumprirá a função do
DAF. Por último, se a entrega for no estabelecimento do comprador, será cumprida a função do antigo DDU.
Esse termo poderá ser utilizado em qualquer tipo de transporte, inclusive o multimodal. O desembaraço de exportação caberá ao vendedor e
o desembaraço de importação ficará por conta do comprador.
3.2.11- DDP (Delivered Duty Paid – named place of destination):
Enquanto o termo EXW (Ex Works) apresenta o maior nível de
obrigações para o comprador, o termo DDP (Delivered Duty Paid) é o que apresenta maiores responsabilidades para o vendedor.
Esse INCOTERM estabelece que o vendedor deverá entregar a
mercadoria no local de destino designado, embarcada no veículo
transportador e, além disso, arcar com o pagamento dos direitos aduaneiros. Destaque-se que o local de destino designado poderá ser o
estabelecimento do comprador.
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O DDP poderá ser utilizado em qualquer tipo de transporte, inclusive o multimodal. Tanto o desembaraço aduaneiro de exportação quanto o
desembaraço aduaneiro de importação serão de responsabilidade do vendedor (exportador). Em razão disso, considera-se que, no DDP, a mercadoria é
entregue ao comprador já desembaraçada para importação.
3.2.12- Classificação dos INCOTERMS:
Conforme já estudamos, na versão INCOTERMS 2010, há 11 termos
contratuais, os quais podem ser divididos da seguinte forma6:
a) Divisão em Grupos por Modos de Transporte: Há INCOTERMS
que podem ser utilizados apenas no transporte aquaviário; outros INCOTERMS podem ser utilizados para qualquer modal de transporte ou até mesmo
transporte multimodal.
Podem ser utilizados apenas no transporte aquaviário os seguintes termos: FAS (Free Alongside Ship), FOB (Free on Board), CFR (Cost and
Freight) e CIF (Cost, Insurance and Freight).
Podem ser utilizados em qualquer tipo de transporte ou no transporte
multimodal os seguintes termos: EXW (Ex Works), FCA (Free Carrier), CPT (Carriage Paid To), CIP (Carriage and Insurance Paid To), DAT (Delivered at
Terminal), DAP (Delivered at Place) e DDP (Delivered Duty Paid)
b) Divisão em Grupos para Seguro: Há apenas dois INCOTERMS
em que há obrigação de contratação do seguro. São os termos contratuais CIF (Cost, Insurance and Freight) e CIP (Cost and Insurance Paid To), os quais
impõem ao vendedor a contratação do seguro internacional. Nos outros 9 (nove) INCOTERMS, poderá haver contratação de seguro internacional, mas
este não será obrigatório.
c) Divisão em Grupos para Entrega: Quanto ao local de entrega, os INCOTERMS podem ser divididos em quatro grupos, cada um deles tendo
como inicial uma letra (E, F, C e D). Os INCOTERMS iniciados com as letras E, F e C são utilizados em contratos de partida; os INCOTERMS iniciados com a
letra D são utilizados em contratos de chegada. Assim, temos a seguinte
divisão:
- Grupo E: EXW (Ex Works)
6 A classificação que apresentamos baseia-se no entendimento de Samir Keedi, um dos
maiores especialistas brasileiros no assunto e que, inclusive, atuou diretamente na elaboração dos INCOTERMS 2010.
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- Grupo F: FCA (Free Carrier), FAS (Free Alongside Ship) e FOB (Free on Board).
- Grupo C: CPT (Carriage Paid To), CIP (Carriage and Insurance Paid
To), CFR (Cost and Freight), CIF (Cost, Insurance and Freight)
- Grupo D: DAT (Delivered at Terminal), DAP (Delivered at Place) e
DDP (Delivered Duty Paid).
Na versão INCOTERMS 2000 (versão anterior e que ainda pode ser usada!), não existiam os termos DAT (Delivered at Terminal) e DAP (Delivered
at Place). Esses termos substituíram os antigos DEQ (Delivered Ex Quay), DAF (Delivered at Frontier), DES (Delivered Ex Ship) e DDU (Delivered Duty
Unpaid). Na versão INCOTERMS 2000, tínhamos, portanto, 13 (treze) termos;
na versão 2010, são 11 (onze).
4- O Brasil e os INCOTERMS 2010:
Com a entrada em vigor da versão INCOTERMS 2010, o governo
brasileiro decidiu que seria necessário tornar pública a possibilidade de que as empresas brasileiras utilizassem as novas regras. Por isso, editou a Resolução
CAMEX nº 21/2011, que “dispõe sobre os INCOTERMS e estabelece que nas exportações e importações brasileiras serão aceitas quaisquer condições de
venda praticadas no comércio internacional, desde que compatíveis com o ordenamento jurídico nacional”.
A Resolução CAMEX nº 21/2011 detalhou as obrigações do vendedor e do comprador em cada uma das fórmulas contratuais previstas na versão
INCOTERMS 2010. Adicionalmente, ela dispôs sobre duas especificidades importantes da aplicação dos INCOTERMS face à legislação brasileira:
1) Nas importações brasileiras, não pode ser utilizado o DDP,
já que o vendedor estrangeiro não dispõe de condições legais para proceder ao desembaraço aduaneiro.
2) Nas exportações brasileiras em que se utilizar a modalidade EXW, fica subentendido que o desembaraço aduaneiro de exportação
será realizado pelo exportador brasileiro. Perceba que, nesse caso, é necessário fazer um aditamento ao INCOTERM.
O art. 3º da Resolução CAMEX nº 21/2011 dispõe, ainda, que a
utilização das condições de venda nela previstas não modifica as responsabilidades legais das pessoas envolvidas nas operações de exportação
e de importação perante as autoridades administrativas.
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A utilização dos INCOTERMS, como já sabemos, é facultativa. Logo, é plenamente possível que sejam utilizadas outras condições de venda
praticadas no comércio internacional. A Resolução CAMEX nº 21/2011 reconhece isso expressamente e faz menção a duas outras condições de venda
(não previstas nos INCOTERMS 2010!): i) C+F (Cost Plus Freight) e; ii) C+I (Cost Plus Insurance).
Na condição C+F, o vendedor arca com os custos e riscos das tarefas no país de exportação, bem como contrata e paga o transporte internacional
convencional. Já na condição C+I, o vendedor arca com os custos e riscos das tarefas no país de exportação, bem como contrata e paga o seguro de
transporte internacional convencional. Ambas as condições de venda podem ser usadas em qualquer modalidade de transporte.
Destaque-se, por fim, que, segundo a Resolução CAMEX nº 21/2011,
caso a operação tenha como base outra condição de venda diferente das que expressamente menciona, deverá ser utilizado, nos documentos e registros de
comércio exterior, o código OCV (Outras Condições de Venda).
Vejamos como esse assunto pode ser cobrado em prova!
21. (ACE-2008)- Apesar de amplamente disseminado, é facultativo o
emprego dos INCOTERMS na celebração de um contrato de comércio exterior; mas, uma vez acordado o seu uso, o termo escolhido adquire
força contratual, definindo, então, a repartição dos custos e os direitos e as obrigações das partes em relação às condições de entrega e
transferência de propriedade da mercadoria objeto do contrato.
Comentários:
Os INCOTERMS são de utilização facultativa, mas quando
mencionados em um contrato de compra e venda adquirem força contratual e vinculam as partes. Questão correta.
22. (TRF-2005-adaptada)- De acordo com a versão INCOTERMS-
2010, na fórmula contratual EXW, a obrigação básica do vendedor
consiste em disponibilizar a mercadoria no seu próprio estabelecimento, para que então transfira a responsabilidade sobre ela
para o comprador.
Comentários:
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No INCOTERM EXW, a mercadoria é considerada entregue pelo vendedor no chão da fábrica, isto é, em seu próprio estabelecimento. Trata-se
do INCOTERM que envolve maior grau de responsabilidade para o comprador. Questão correta.
23. (TRF-2005-adaptada)- De acordo com a versão INCOTERMS-
2010, na fórmula contratual FOB, cabe ao vendedor arcar com todas as
despesas até o momento em que a mercadoria é colocada a bordo do navio indicado pelo comprador, no porto de embarque.
Comentários:
Na versão INCOTERMS 2010, a fórmula contratual FOB prevê que a
mercadoria será considerada entregue pelo vendedor ao comprador a
bordo do navio no porto de embarque. Cabe destacar que na versão INCOTERMS 2000, havia uma pequena diferença. E isso pode ser objeto de
“pegadinha” em prova! Naquela versão, estava previsto que nos INCOTERMS FOB, CIF e CFR a mercadoria seria considerada entregue após “transpor a
amurada do navio” no porto de embarque. Cuidado! O que vale hoje é que a mercadoria será considerada pelo vendedor ao comprador a bordo do navio no
porto de embarque. Questão correta.
24. (TRF-2005-adaptada)- De acordo com a versão INCOTERMS-2010, na fórmula contratual CIF, o vendedor apenas tem a
responsabilidade de disponibilizar a mercadoria a bordo do navio
indicado pelo comprador no porto de embarque e arcar com o frete até o porto de destino.
Comentários:
No INCOTERM CIF, o vendedor disponibiliza a mercadoria a bordo do
navio no porto de embarque e, adicionalmente, arca com o frete e o seguro
internacionais. A assertiva se esqueceu de mencionar a obrigação do vendedor de arcar com o seguro internacional. Questão errada.
25. (TRF-2005-adaptada)- De acordo com a versão INCOTERMS-
2010, na fórmula contratual DAT, compete ao vendedor entregar a mercadoria ao transportador indicado pelo comprador, no local
determinado, momento a partir do qual a responsabilidade pelo bem corre por conta do comprador.
Comentários:
O INCOTERM que prevê que o vendedor deverá entregar a mercadoria ao transportador indicado pelo comprador é o FCA (Free Carrier). O
INCOTERM DAT (Delivered at Terminal) prevê que a mercadoria será considerada entregue pelo vendedor ao comprador em um terminal nomeado,
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já desembarcadas do veículo transportador. Destaque-se que esse terminal será no país de destino. Questão errada.
26. (TRF-2005-adaptada)- De acordo com a versão INCOTERMS-
2010, na fórmula contratual FCA, compete ao vendedor arcar com todas as despesas, incluindo a liberação para a exportação, até o
momento em que a mercadoria é colocada ao lado do costado do
navio, no porto de embarque.
Comentários:
O INCOTERM que prevê que o vendedor deverá arcar com todas as despesas até o momento em que a mercadoria é colocada ao lado do costado
do navio, no porto de embarque, é o FAS (Free Alongside Ship). O INCOTERM
FCA prevê que a mercadoria será entregue pelo vendedor ao transportador designado. Questão errada.
27. (AFRF-2003- adaptada) - Em relação aos contratos internacionais
de venda celebrados por brasileiros, devem ser celebrados com a adoção dos Incoterms, Revisão 2010, devendo o preço ser o corrente
no mercado internacional para o prazo pactuado, o qual deve seguir as praxes comerciais internacionais de acordo com as peculiaridades do
produto, podendo variar de pagamento a vista até 180 dias da data do embarque, sendo consideradas financiadas as vendas com prazo de
pagamento superior a 180 dias.
Comentários:
Três pontos importantes nessa assertiva:
1) Os INCOTERMS são de utilização facultativa. Logo, está errado dizer que eles devem ser usados em contratos internacionais de compra e
venda celebrados por brasileiros.
2) O preço deve ser o corrente no mercado internacional para o prazo efetuado, isto é, deverá ser compatível com as práticas internacionais de
comércio.
3) O prazo de pagamento poderá variar de pagamento à vista até
360 dias da data do embarque. Consideram-se financiadas as vendas com prazo superior a 360 dias.
Por tudo o que comentamos, a questão está errada.
28. (AFRF-2003) - Os Incoterms 2010 (International Commercial Terms / Termos Internacionais do Comércio), conjunto de regras
internacionais que estabelecem um padrão de definições de caráter
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uniformizador, são 13 termos, representados por siglas de três letras, distribuídos em 4 grupos identificados pelas letras E, F, C, D, que vão
da obrigação mínima para o exportador à obrigação máxima para o exportador, alguns dos quais são aplicáveis apenas a determinado
modal de transporte.
Comentários:
Três pontos importantes:
1) A versão INCOTERMS 2010 prevê apenas 11 fórmulas
contratuais, as quais se dividem em 4 (quatro) grupos identificados pelas letras E, F, C e D. Isso torna a questão errada.
2) Os INCOTERMS vão da obrigação mínima para o exportador até a obrigação máxima para o exportador. Nesse sentido, o INCOTERM
EXW representa o mínimo de obrigações para o exportador e o máximo de obrigações para o importador. Por outro lado, o INCOTERM DDP representa o
máximo de obrigações para o exportador e o mínimo de obrigações para o importador.
3) Há INCOTERMS que somente se aplicam ao transporte marítimo. É o caso do FAS, FOB, CFR e CIF. Os outros INCOTERMS se aplicam
a todos os tipos de transporte, inclusive o multimodal (EXW, FCA, CPT, CIP, DAT, DAP, DDP)
29. (AFRF-2003-adaptada) - Os Incoterms (International Commercial
Terms) são administrados pela OMC (Organização Mundial do Comércio) e divulgados pela Câmara de Comércio Internacional;
atualmente está em vigor a Revisão 2000, que trouxe pequenas mudanças em relação aos Incoterms 1990; obrigam apenas o
exportador e o importador que os adotarem, tendo os contratantes
liberdade de especificar alterações ou aditamentos.
Comentários:
A administração e publicação dos INCOTERMS não compete à OMC, mas sim à Câmara de Comércio Internacional (CCI). Atualmente, está
em vigor a versão INCOTERMS 2010, cuja utilização é facultativa, ou seja,
obriga apenas o exportador e o importador que fizerem menção aos INCOTERMS no contrato internacional de compra e venda. Questão errada.
30. (AFRF-2003-adaptada)- São publicados e revistos pela Câmara de
Comércio Internacional; atualmente está em vigor a Revisão 2010, que trouxe algumas mudanças em relação aos Incoterms 2000; obrigam
apenas o exportador e o importador que os adotarem, não tendo os contratantes liberdade de especificar alterações ou aditamentos.
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Comentários:
Os contratantes (exportador e importador) possuem sim liberdade para especificar alterações ou aditamentos. Questão errada.
31. (AFRF-2002.2 - adaptada) - Os INCOTERMS contêm em seu bojo cláusulas padronizadas que, na essência, resumem, definem e
simplificam um contrato internacional de compra e venda.
Comentários:
De fato, os INCOTERMS são cláusulas contratuais padronizadas que
simplificam os contratos internacionais de compra e venda de mercadorias. Vale ressaltar que eles não se aplicam aos contratos de fornecimento de
serviços. Questão correta.
32. (AFRF-2002.2 - adaptada) - Nos INCOTERMS versão 2010, evidenciando contratos de partida (embarque) a correspondência é
com os termos “E” e “D”.
Comentários:
Os INCOTERMS que amparam contratos de partida são os dos grupos
E, F e C. Os INCOTERMS do grupo D amparam contratos de chegada. Questão errada.
33. (AFRF 2002.1 - adaptada) - Numa operação de compra e venda internacional foi adotada, pelo comprador e vendedor, a cláusula
Incoterms-2000, DES - Delivered Ex-Ship (Entregue a partir do navio). Por essa cláusula, os bens são colocados à disposição do comprador a
bordo do navio e no porto de destino, não desembaraçados para importação.
Comentários:
O INCOTERM DES não existe na versão INCOTERMS 2010, mas não é por isso que deixaremos de estudá-lo. Lembre-se de que uma nova versão dos
INCOTERMS não revoga as versões anteriores, que poderão continuar sendo usadas. O INCOTERM DES previa que a mercadoria seria considerada
entregue pelo vendedor ao comprador a bordo do navio no porto de destino, não desembaraçada para importação. Questão correta.
34. (AFRF 2002.1- adaptada) - Num determinado contrato de compra e venda internacional foi adotada a cláusula Incoterms EXW - Ex works
(significando Na Origem). Por essa cláusula, o vendedor entrega as mercadorias quando ele as coloca à disposição do comprador, no porto
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de embarque designado, não desembaraçados para exportação e não carregados em qualquer veículo coletor.
Comentários:
O INCOTERM EXW (Ex Works) prevê que o vendedor irá disponibilizar as mercadorias em seu próprio estabelecimento, não
desembaraçada para exportação e não carregadas em qualquer veículo coletor. Em outras palavras, as mercadorias são disponibilizadas no chão da
fábrica. A partir daí, todos os custos correm por conta do comprador. Questão errada.
35. (AFRF 2002.1 - adaptada) - Numa compra e venda internacional,
vendedor e comprador conveniaram determinada cláusula Incoterms-
2010, através da qual ficou acertado que as mercadorias serão entregues pelo vendedor ao comprador a bordo do navio no porto de
embarque e já desembaraçados para exportação. A partir desse momento o comprador arca com todos os custos e riscos, de perda ou
dano às mercadorias, inclusive contrato de transporte. A cláusula conveniada FOB - Free on Board (Livre à bordo).
Comentários:
O INCOTERM FOB (Free On Board) prevê que o vendedor irá entregar as mercadorias ao comprador a bordo do navio no porto de
embarque. A partir daí, todos os custos e riscos correrão por conta do comprador. Destaque-se que o desembaraço de exportação é realizado pelo
exportador. Essa é, aliás, a regra geral para todos os INCOTERMS, à exceção do EXW. Questão correta.
36. (ACE-2002)- Os Termos Internacionais de Comércio
(INCOTERMS) são um conjunto de regras e técnicas que orientam uma
operação de compra e venda internacional no tocante à formação do preço da mercadoria transacionada e à definição das modalidades de
transporte a serem utilizadas.
Comentários:
Os INCOTERMS são fórmulas que definem os direitos e obrigações
do vendedor e do comprador em um contrato de compra e venda internacional. Embora o INCOTERM influencie na determinação do preço da
mercadoria transacionada, seu objetivo não é esse. Questão errada.
37. (ACE-2002)- Os Termos Internacionais de Comércio (INCOTERMS) são fórmulas que definem direitos e obrigações das
partes em um contrato internacional de compra e venda quanto ao
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pagamento de fretes, seguros, embarque, desembarque, desembaraço alfandegário, entre outros.
Comentários:
Perfeita a definição dos INCOTERMS! São cláusulas que definem os direitos e as obrigações das partes em um contrato internacional de compra e
venda. Questão correta.
38. (AFRF-2000 - adaptada)- Na modalidade FOB (Free on Board) dos INCOTERMS caberá ao vendedor colocar as mercadorias à disposição
do comprador nas suas instalações ou noutro local nomeado, não desembaraçada para exportação nem embarcadas em qualquer veículo
coletor.
Comentários:
No INCOTERM FOB, cabe ao vendedor colocar as mercadorias à
disposição do vendedor à bordo do navio no porto de embarque. No INCOTERM EXW é que o vendedor colocará as mercadorias à disposição do comprador em
seu próprio estabelecimento. Questão errada.
39. (AFRF-2000 - adaptada)- Na modalidade DAT (Delivered at
Terminal) dos INCOTERMS caberá ao vendedor entregar as mercadorias no porto de desembarque nomeado, na data ou dentro do
período acordado, na maneira habitual desse porto e à bordo do navio designado pelo comprador.
Comentários:
Na modalidade DAT dos INCOTERMS, caberá ao vendedor entregar as mercadorias em um terminal designado no país de destino, já desembarcadas
do veículo transportador. Questão errada.
40. (AFRF-2000 - adaptada)- Na modalidade DAP (Delivered at Place)
dos INCOTERMS caberá ao vendedor entregar as mercadorias no porto de embarque nomeado, na data ou dentro do período acordado, na
maneira habitual desse porto e a bordo do navio designado pelo comprador.
Comentários:
Na modalidade DAP (Delivered at Place), o vendedor deverá entregar a mercadoria ao comprador em um local de destino nomeado,
ainda embarcada no veículo transportador. Esse destino poderá ser um porto, um ponto de fronteira ou até o estabelecimento do comprador. Questão
errada.
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41. (Analista dos Correios-2011)- Os INCOTERMS são empregados para padronizar os indicadores nacionais e internacionais de comércio,
sendo os valores das exportações convencionalmente designados na modalidade FOB (Free on Board) e os das importações na modalidade
CIF (Cost, Insurance and Freight).
Comentários:
Os INCOTERMS são usados, subsidiariamente, como forma de
padronizar as estatísticas nacionais e internacionais de comércio. Na apresentação dessas estatísticas, as importações são consideradas em base
CIF e as exportações em base FOB. Questão correta.
42. (Analista dos Correios-2011)- Na modalidade FOB, o exportador é
responsável pela mercadoria até o momento em que ela cruzar a amurada da embarcação, quando de seu embarque, sendo de
responsabilidade do importador todos os custos relativos ao frete e ao seguro.
Comentários:
A questão foi considerada correta, mas caberia recurso. Na verdade, pela versão INCOTERMS 2010, a cláusula FOB prevê que a mercadoria é
considerada entregue pelo vendedor ao comprador “a bordo do navio” no porto de embarque. Por isso, afirmamos que a questão está, na verdade, errada.
43. (Analista dos Correios-2011)- Em uma operação comercial regida
pelo termo CIF, o importador assume todos os custos e responsabilidades sobre a mercadoria desde o seu embarque até a sua
entrega no local de destino final, independentemente da modalidade de transporte selecionada.
Comentários:
Pelo INCOTERM CIF, o frete e o seguro internacionais serão de responsabilidade do exportador (e não do importador!). Questão errada.
44. (Analista dos Correios-2011)- No termo EXW (Ex Works), o vendedor se compromete a entregar a mercadoria no destino final
indicado pelo comprador sem quaisquer ônus, para este, relativos a embarque, frete e seguro.
Comentários:
Pela cláusula contratual EXW, o vendedor disponibiliza a mercadoria ao comprador no chão da fábrica. Questão errada.
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45. (Analista dos Correios-2011)- Como os INCOTERMS não são objeto de nenhum acordo internacional vinculante, o seu emprego em
contrato internacional de compra e venda é facultativo.
Comentários:
A utilização dos INCOTERMS é facultativa, uma vez que eles não são
objeto de nenhum acordo internacional. Os INCOTERMS são normas privadas, criadas pela Câmara de Comércio Internacional (CCI). Questão correta.
46. (AFRF-2000)-As atualizações sucessivas do Incoterms
(International Commerce Terms), desde 1936, têm ocorrido por iniciativa da CCI - Câmara de Comércio Internacional.
Comentários:
Os INCOTERMS foram criados em 1936 pela CCI e, desde essa data, foram sofrendo inúmeras alterações. Questão correta.
47. (AFRF-2000- adaptada)- Ao elaborarem o contrato de compra e venda, as partes, visando estabelecer um maior grau de compromisso
para o vendedor, escolherão, o INCOTERM DDP (Delivered Duty Paid).
Comentários:
O INCOTERM que representa maior grau de obrigações para o
vendedor (exportador) é o DDP (Delivered Duty Paid). Nesse INCOTERM, o vendedor deverá entregar as mercadorias no estabelecimento do comprador e,
ainda, arcar com os direitos aduaneiros incidentes sobre a operação. Questão correta.
48. (AFRF-2000-adaptada)- Os INCOTERMS (International Commerce
Terms) limitam-se a orientar os termos da exclusiva relação entre o vendedor e o comprador de bens tangíveis e intangíveis.
Comentários:
Os INCOTERMS são aplicáveis apenas aos contratos de compra e venda internacionais de mercadorias (bens tangíveis). Não se pode utilizar os
INCOTERMS para contratos de fornecimento de serviços (intangíveis). Questão errada.
49. (AFTN-1998 - adaptada)- A responsabilidade pela contratação do seguro para cobertura de riscos no transporte internacional de bens é
do exportador, em operações sob a modalidade CIF (Cost, Insurance and Freight).
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Comentários:
Na modalidade CIF, compete ao exportador (vendedor) arcar com os custos referentes ao transporte e seguro internacionais. Questão correta.
50. (AFTN-1998-adaptada)- Ao se eleger um INCOTERM para uma operação comercial, as partes definem suas obrigações respectivas na
operação, as condições de venda, a modalidade de transporte e a forma de contratação e liquidação de câmbio.
Comentários:
Ao escolher um INCOTERM, as partes definem suas obrigações em uma operação de comércio exterior com relação a seguro, transporte,
despesas com carregamento e descarregamento, desembaraço aduaneiro, etc. O INCOTERM não tem qualquer relação com a forma de contratação e
liquidação de câmbio. Questão errada.
51. (AFTN-1996)- O uso dos International Commercial Terms (INCOTERMS) é facultativo e, por conseqüência, os mesmos não
configuram norma contratual se incorporados em um contrato
internacional.
Comentários:
De fato, o uso dos INCOTERMS é facultativo. Entretanto, quando empregados em um contrato, eles adquirem valor jurídico e vinculam as
partes. Questão errada.
52. (ACE-1997)- Sob a regra do INCOTERM CFR- Exportação (Custo e
Frete), a obrigação de contratar seguro marítimo recai sobre o vendedor.
Comentários:
Na modalidade CFR, o vendedor (exportador) entrega as mercadorias ao vendedor a bordo do navio no porto de embarque e, ainda, arca com as
despesas referentes ao frete internacional. Assim, o seguro internacional, caso seja contratado, ficará por conta do importador (comprador). Questão errada.
53. (ACE-1997)- A contratação do transportador internacional sob o
regime Free on Board- FOB é de responsabilidade do exportador.
Comentários:
Na modalidade FOB, o exportador (vendedor) transfere a
responsabilidade quanto aos custos e riscos ao importador (comprador) ao
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entregar as mercadorias a bordo do navio no porto de embarque. Assim, a contratação do transporte internacional caberá ao importador. Questão errada.
54. (AFTN-1996)- Os International Commercial Terms (INCOTERMS)
estabelecem as condições de pagamento e a modalidade de operação cambial que regerão uma operação comercial.
Comentários:
As condições de pagamento e a modalidade de operação cambial de uma operação comercial não são definidas pelos INCOTERMS. Questão errada.
55. (Questão Inédita)- O emprego dos INCOTERMS é facultativo em um contrato de compra e venda, mas quando utilizado adquire força
contratual vinculando as partes em respeito aos princípios do pacta sunt servanda e lex inter partes.
Comentários:
Os INCOTERMS, por terem sido criados por uma organização não-governamental, não são de utilização obrigatória. No entanto, quando
vinculados a um contrato de compra e venda, vinculam as partes e têm validade jurídica em respeito aos princípios do pacta sunt servanda e lex inter
partes. Questão correta.
56. (Questão Inédita)- De acordo com o INCOTERM DEQ (versão INCOTERMS 2000), a mercadoria é entregue pelo exportador ao
importador no porto de destino designado ainda a bordo do navio. Até
esse momento, todos os custos e riscos serão suportados pelo vendedor, inclusive o frete e seguro internacional.
Comentários:
A assertiva descreve o INCOTERM DES (INCOTERMS 2000). De
acordo com a cláusula contratual DEQ (INCOTERMS 2000), a mercadoria é
considerada entregue no cais do porto de destino, ou seja, ela é desembarcada do navio. Questão errada.
57. (Questão Inédita)- A fórmula contratual CIF implica no
pagamento do frete e seguro internacional pelo exportador, mas a transferência da responsabilidade quanto aos riscos ocorre no
momento em que a mercadoria transpõe a amurada do navio.
Comentários:
De fato, quando se usa a cláusula contratual CIF, o frete e o seguro
internacional são de responsabilidade do vendedor. No entanto, a transferência
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da responsabilidade quanto aos riscos ocorre quando a mercadoria é entregue ao comprador a bordo do navio no porto de embarque (e não quando a
mercadoria transpõe a amurada do navio!)
Bastante atenção aqui! Pela versão INCOTERMS 2000, a questão estaria correta, pois a mercadoria era considerada entregue após transpor a
amurada do navio. No entanto, segundo a versão INCOTERMS 2010, a
mercadoria é considerada entregue a bordo do navio no porto de embarque. Questão errada.
58. (Questão Inédita)- Quando se utiliza o INCOTERM DAF (versão
INCOTERMS 2000), o vendedor deverá entregar a mercadoria ao comprador não desembarcada do veículo transportador, no ponto de
fronteira designado, mas antes da divisa alfandegária do país de destino.
Comentários:
No INCOTERM DAF (versão INCOTERMS 2000), a mercadoria é entregue pelo vendedor no ponto de fronteira alfandegado. Chamo sua atenção
para duas características do DAF que costumam ser esquecidas: a mercadoria é entregue não-desembarcada e antes da divisa alfandegária do país de
destino. Questão correta.
59. (Questão Inédita)- São permitidas em um contrato de compra e
venda adições ou exclusões de obrigações previstas nos INCOTERMS 2010.
Comentários:
Os INCOTERMS, por não serem normas públicas, admitem adições ou exclusões de responsabilidade às fórmulas previstas, a critério das partes
contratantes. Questão correta.
60. (Questão Inédita)- Na fórmula contratual CIF, a responsabilidade pelos danos e riscos é transferida ao comprador no momento em que
as mercadorias chegam ao porto de destino, já que, por meio desse INCOTERM, o exportador compromete-se a contratar o frete e o seguro
internacional.
Comentários:
O INCOTERM CIF estabelece que o exportador deve entregar a
mercadoria ao importador a bordo do navio no porto de embarque, momento em que cessam suas responsabilidades quanto aos danos e riscos sofridos por
esta. Entretanto, apesar de transferida a sua responsabilidade nesse momento
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ao importador, o exportador deve arcar com as despesas referentes ao frete e seguro internacionais. Questão errada.
61. (Questão Inédita)- A utilização dos INCOTERMS nos contratos
internacionais de compra e venda, embora não seja obrigatória, vincula os contratantes em virtude dos princípios internacionalmente
aceitos do pacta sunt servanda e lex inter partes.
Comentários:
Os INCOTERMS são de utilização facultativa. No entanto, quando há
menção a um destes em um contrato de compra e venda, eles passam a ter validade legal, ou seja, vinculam as partes contratantes. Questão correta.
62. (Questão Inédita)- São admissíveis adições ou exclusões de responsabilidade aos INCOTERMS originalmente previstos pela Câmara
de Comércio Internacional.
Comentários:
Realmente há essa flexibilidade quanto à adoção dos INCOTERMS,
permitindo que as partes contratantes adicionem ou excluam responsabilidades às fórmulas já previstas pela Câmara de Comércio Internacional. Questão
correta.
63. (Questão Inédita)- Nada impede que os INCOTERMS sejam aplicados aos contratos de prestação de serviços.
Comentários:
Os INCOTERMS somente se aplicam aos contratos de compra e venda de mercadorias. Questão errada.
64. (Questão Inédita)- Os INCOTERMS limitam-se a orientar os termos da relação entre o vendedor e o comprador de bens tangíveis.
Comentários:
Os INCOTERMS podem ser usados em contratos internacionais de compra e venda de mercadorias. Os serviços são intangíveis e a eles não se
aplicam os INCOTERMS. Questão correta.
65. (Questão Inédita)- Ao proceder à escolha do INCOTERM para uma operação específica, os importadores e exportadores deverão observar
as especificidades da legislação interna de seus países.
Comentários:
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Ao eleger o INCOTERM aplicável a uma operação, exportadores e importadores deverão observar se este é compatível com a legislação interna
de seus países. Questão correta.
66. (Questão Inédita)- Os chamados contratos de partida são aqueles baseados nos INCOTERMS do grupo “E”, “F” e “C”. Por sua vez, os
contratos de chegada são aqueles baseados nos INCOTERMS do grupo
“D”.
Comentários:
Os contratos de partida são os do grupo E, F e C; os contratos de chegada são os do grupo D. Questão correta.
67. (Questão Inédita)- Os INCOTERMS não são normas públicas e, portanto, são de utilização facultativa. No entanto, quando vinculados
a um contrato passam a ter validade jurídica.
Comentários:
Os INCOTERMS são de utilização facultativa, mas passam a ter
validade legal quando vinculados a um contrato internacional de compra e venda. Questão correta.
68. (Questão Inédita)- A modalidade EXW (Ex works) do INCOTERMS
2010 representa o mínimo de obrigação para o vendedor, ao passo que a modalidade DDP (Delivery Duty Paid) representa o máximo de
obrigações para este.
Comentários:
Esse enunciado é bastante importante! O INCOTERM EXW é o que
representa o grau mínimo de obrigações para o vendedor e o máximo de obrigações para o comprador. O INCOTERM DDP, por sua vez, é o que
representa o grau máximo de obrigações para o vendedor e o mínimo de
obrigações para o comprador. Questão correta.
69. (Questão Inédita)- Quando é definido um INCOTERM, as partes estabelecem a modalidade de transporte e a forma de contratação e
liquidação do câmbio.
Comentários:
A forma de contratação e liquidação do câmbio não tem nada a ver
com os INCOTERMS, os quais se limitam a fixar os direitos e obrigações do exportador e importador em uma operação de comércio exterior no que se
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refere a despesas com frete e seguro interno e internacional, desembaraço aduaneiro, carga e descarga de mercadorias. Questão errada.
70. (Questão Inédita)- Na modalidade FOB, o vendedor encerra suas
obrigações quando a mercadoria transpõe a amurada do navio (ship's rail) no porto de embarque indicado e, a partir daquele momento, o
comprador assume todas as responsabilidades quanto a perdas e
danos. O desembaraço para exportação é de responsabilidade do comprador.
Comentários:
A questão está errada ao afirmar que o desembaraço para exportação
fica a cargo do comprador. O desembaraço para exportação é sempre
obrigação do vendedor, com exceção do INCOTERM EXW. Já o desembaraço para importação é sempre de obrigação do comprador, com exceção do
INCOTERM DDP. Além disso, pela versão INCOTERMS 2010, a mercadoria é considerada entregue a bordo do navio no porto de embarque (e não quando
transpõe a amurada do navio).
71. (Questão Inédita)- Na modalidade CIF, o vendedor é o responsável pelo pagamento dos custos e do frete necessários para
levar a mercadoria até o porto de destino indicado. O vendedor também é responsável pelo pagamento do seguro referente ao
transporte internacional. No entanto, o valor deste é mínimo, de forma
que cabe ao comprador avaliar a necessidade de contratar cobertura complementar.
Comentários:
O termo CIF atribui ao vendedor a responsabilidade de arcar com os
custos, frete e seguro até o porto de destino. No entanto, a cobertura
contratada pelo vendedor para o seguro somente necessita ser a mínima. Nada impede que o comprador solicite ao vendedor a contratação de
coberturas suplementares, arcando, todavia, com estes custos. Questão correta.
72. (Questão Inédita)- Na modalidade DDU (versão INCOTERMS
2000), o vendedor deve colocar a mercadoria à disposição do comprador, no ponto de destino designado, sem estar desembaraçada
para importação e sem descarregamento do veículo transportador.
Comentários:
O INCOTERM DDU não existe mais na versão 2010. No entanto, à luz
da versão INCOTERMS 2000, no DDU, a mercadoria é entregue no ponto
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de destino designado, não desembaraçada para importação e embarcada. Questão correta.
73. (Questão Inédita)- Na modalidade DDP, o vendedor entrega a
mercadoria ao comprador desembaraçada para importação no local de destino designado.
Comentários:
No DDP, a mercadoria já é entregue pelo vendedor desembaraçada. O único gasto que o comprador terá é o de descarregar a mercadoria. Questão
correta.
74. (Questão Inédita)- Na fórmula DAT (Delivered at Terminal) dos
INCOTERMS 2010, a mercadoria considera-se entregue em um terminal localizado no país de destino, a bordo do veículo
transportador.
Comentários:
O INCOTERM DAT (Delivered at Terminal) prevê que a mercadoria
considera-se entregue em um terminal no país de destino, já desembarcada e não desembaraçada para importação. Questão errada.
75. (Questão Inédita)- Na fórmula DAP (Delivered at Place) dos
INCOTERMS 2010, as mercadorias são entregues pelo vendedor a bordo do veículo transportador num local nomeado, que poderá ser um
porto, ponto de fronteira ou até mesmo o estabelecimento do
comprador.
Comentários:
Isso é exatamente o que prevê o INCOTERM DAP (Delivered at Place)! Essa modalidade substituiu os seguintes INCOTERMS da versão 2000:
DES (mercadoria entregue a bordo do navio), DAF (entregue no ponto de
fronteira) e DDU (entregue no estabelecimento do comprador). Perceba, caro amigo, que o DAP pode desempenhar as funções desses 3 (três) INCOTERMS.
Questão correta.
76. (Questão Inédita)- Os INCOTERMS podem ser usados em contratos de compra e venda internacionais e domésticos.
Comentários:
A versão INCOTERMS 2010 dispõe expressamente que os INCOTERMS podem ser usados em contratos de compra e venda internacionais
e domésticos. Questão correta.
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77. (Questão Inédita)- Em virtude de o vendedor estrangeiro não dispor de condições legais para providenciar o desembaraço para
entrada de bens do País, o DDP não pode ser utilizado na importação brasileira, devendo ser escolhido o DAT ou DAP no caso de preferência
por condição disciplinada pela CCI.
Comentários:
Segundo a Resolução CAMEX nº 21/2011, o DDP não pode ser
utilizado nas importações brasileiras, uma vez que o exportador não possui condições legais para realizar o desembaraço de importação. Questão correta.
78. (Questão Inédita)- Em virtude de o comprador estrangeiro não
dispor de condições legais para providenciar o desembaraço para saída
de bens do País, fica subentendido que esta providência é adotada pelo vendedor, sob suas expensas e riscos, no caso da exportação
brasileira.
Comentários:
No Brasil, o desembaraço aduaneiro de exportação não pode ser
realizado pelo comprador estrangeiro, em virtude de disposições legais. Logo, mesmo quando for utilizado o INCOTERM EXW, o desembaraço aduaneiro de
exportação será realizado pelo vendedor. Isso é o que prevê a Resolução CAMEX nº 21/2011. Questão correta.
79. (Questão Inédita)- A utilização dos INCOTERMS não modifica as
responsabilidades legais das pessoas envolvidas nas operações de exportação e de importação perante as autoridades administrativas.
Comentários:
De acordo com o art. art. 3º da Resolução CAMEX nº 21/2011, “a utilização das condições de venda previstas nesta Resolução não modifica as
responsabilidades legais das pessoas envolvidas nas operações de exportação e de importação perante as autoridades administrativas”. Questão correta.
80. (Questão Inédita)- A legislação brasileira de comércio exterior reconhece a possibilidade de que, em uma operação de exportação ou
importação, sejam utilizadas outras condições de venda não previstas na versão INCOTERMS 2010, como o C+F (Cost Plus Freight) e o C+I
(Cost Plus Insurance).
Comentários:
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A Resolução CAMEX nº 21/2011 reconhece a possibilidade de que sejam usadas, nas operações de comércio exterior brasileiras, outras condições
de venda além das previstas no INCOTERMS 2010. Questão correta.
81. (Ceará Portos-2004)- INCOTERMS são regras a serem utilizadas nas transações comerciais internacionais que definem, dentro da
estrutura de um contrato de compra e venda de mercadorias, os
direitos e obrigações do comprador e vendedor, estabelecendo um conjunto padrão de definições e critérios a serem respeitados.
Comentários:
Os INCOTERMS são regras que definem as responsabilidades de
compradores e vendedores em um contrato internacional de compra e venda.
Questão correta.
82. (Ceará Portos-2004)-As regras estabelecidas pelos INCOTERMS são válidas não somente para as negociações entre os importadores e
exportadores, como também para aquelas levadas a efeito entre outros atores envolvidos no processo, como despachantes,
seguradoras e transportadores.
Comentários:
Os INCOTERMS dizem respeito apenas às obrigações de exportadores
e importadores (vendedores e compradores) em um contrato internacional de compra e venda. As responsabilidades dos outros atores envolvidos em uma
operação de comércio exterior não são reguladas pelos INCOTERMS. Questão errada.
83. (Ceará Portos-2004)- Os INCOTERMS compreendem um conjunto de 15 siglas que traduzem os critérios que deverão nortear um dado
processo de compra e venda de mercadoria.
Comentários:
Na versão INCOTERMS 2010, há 11 cláusulas contratuais diferentes
(11 siglas diferentes). Questão errada.
84. (Ceará Portos-2004)- FOB (Free on Board), CIF (Cost, Insurance and Freight), FAS (Free Alongside Ship) e DDU (Delivered Duty
Unpaid) são alguns dos termos que podem ser empregados, como INCOTERMS, nos contratos de compra e venda de mercadorias.
Comentários:
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Questão bem tranqüila! Ela relaciona algumas das cláusulas contratuais dos INCOTERMS. Cabe ressaltar que a cláusula DDU não existe
mais na versão INCOTERMS 2010. Questão correta.
85. (Ceará Portos-2004)- De acordo com o INCOTERM EXW (Ex Works) o exportador encerra sua participação no negócio quando
acondiciona a mercadoria na embalagem de transporte. Ou seja, a
entrega da mercadoria se dá na porta da fábrica ou depósito, não se responsabilizando o vendedor sequer pelo seu carregamento no meio
de transporte utilizado.
Comentários:
Segundo a cláusula contratual EXW, a mercadoria é considerada
entregue pelo vendedor ao comprador no chão da fábrica, ou seja, as obrigações do vendedor se encerram no momento em que ele acondiciona a
mercadoria na embalagem de transporte. Nem mesmo o carregamento da mercadoria é responsabilidade do vendedor. Questão correta.
86. (Ceará Portos-2004)- O INCOTERM FAS (Free Alongside Ship)
indica que o vendedor tem a obrigação de colocar a mercadoria ao longo do convés do navio no porto de embarque, ou seja, todo o custo
e o risco de estivagem da carga a bordo fica sob a responsabilidade do vendedor.
Comentários:
Pela cláusula contratual FAS, a mercadoria é considerada entregue pelo vendedor ao comprador ao lado do costado do navio no porto de
embarque. As despesas com a colocação da mercadoria a bordo do navio, assim como o risco dessa operação, ficam sob a responsabilidade do
comprador. Questão errada.
87. (Ceará Portos-2004)- Uma vez agregados aos contratos de
compra e venda, os INCOTERMS passam a ter força legal, com significado jurídico preciso e efetivamente determinado.
Comentários:
Os INCOTERMS são de utilização facultativa. No entanto, quando previstos em um contrato de compra e venda, passam a ser juridicamente
vinculantes. Questão correta.
88. (Ceará Portos-2004)- Os INCOTERMS são também denominados cláusulas de preço pelo fato de cada termo designar os elementos que
compõem o preço da mercadoria e o transporte da mesma até o porto
de embarque.
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Comentários:
De fato, os INCOTERMS são também denominados cláusulas de preço, uma vez que cada termo influencia na composição de preços de uma
mercadoria. A questão, todavia, está errada ao dizer que os INCOTERMS designam os elementos de transporte da mercadoria até o porto de embarque.
Na verdade, essa é uma visão restrita! Os INCOTERMS definem as
responsabilidades do vendedor e comprador em relação ao transporte. Mas ao definirem isso, determinam onde deve ser a entrega da mercadoria ao
comprador (porto de embarque, porto de destino, estabelecimento do comprador, terminal no país de destino, etc). Questão errada.
89. (Petrobrás-2007)- Na fórmula EXW (Ex Works), a mercadoria é
entregue no estabelecimento do comprador.
Comentários:
Pela cláusula EXW, a mercadoria é considerada entregue no
estabelecimento do vendedor. Questão errada.
90. (Petrobrás-2007)- De acordo com a condição FAS (Free Alongside
Ship), são de responsabilidade do comprador todas as despesas que forem efetuadas até o momento da colocação da mercadoria, liberada
para exportação, no cais do porto de embarque, ao lado do costado do navio, no seu ponto de atracação.
Comentários:
Na cláusula FAS, todas as despesas incorridas até o momento da colocação da mercadoria, liberada para exportação, ao lado do navio no porto
de embarque, são de responsabilidade do vendedor. Questão errada.
91. (Petrobrás-2007)- A responsabilidade do vendedor por todas as despesas, riscos e danos que ocorrerem até a colocação da mercadoria
a bordo do navio indicado pelo comprador é característica da condição FOB.
Comentários:
De fato, na condição contratual FOB, o vendedor é responsável por todas as despesas, riscos e danos que ocorrerem até a colocação da
mercadoria a bordo do navio no porto de embarque. Questão correta.
92. (Petrobrás-2007)-De acordo com a condição FOB, é
responsabilidade do comprador contratar e pagar o valor do frete bem como pagar todos os impostos cobrados em razão da exportação.
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Comentários:
De acordo com a cláusula FOB, a contratação do frete internacional é de responsabilidade do comprador. No entanto, o desembaraço de exportação
e, consequentemente, o pagamento dos impostos na exportação, é de responsabilidade do exportador. Questão errada.
93. (Petrobrás-2007)- No caso de emprego da fórmula CFR (Cost and Freight), correm por conta do vendedor as despesas relativas à
colocação da mercadoria a bordo do navio e o valor do frete até o porto de destino.
Comentários:
Na fórmula contratual CFR, o vendedor disponibiliza as mercadorias ao comprador a bordo do navio no porto de embarque e, adicionalmente, arca
com o valor do frete internacional. Questão correta.
94. (Petrobrás-2007)- De acordo com a cláusula CIF (Cost, Insurance anda Freight), o vendedor é responsável pela emissão e pelo
pagamento das custas referentes à obtenção de documentos que,
emitidos no país de origem ou no de embarque, são necessários para a entrada da mercadoria no país de destino.
Comentários:
Questão difícil! Na cláusula contratual CIF, o desembaraço aduaneiro
de exportação é de responsabilidade do exportador, ao passo que o
desembaraço aduaneiro de importação é de responsabilidade do importador. Logo, pode-se concluir que somente cabe ao vendedor a emissão e o
pagamento de custas referentes aos documentos necessários para o desembaraço de exportação. Questão errada.
95. (CODESP-SP- 2011)- Em contratos com cláusula de entrega FOB
(Free on Board), a mercadoria será entregue no navio escolhido pelo vendedor e os produtos serão considerados entregues quando
cruzarem a amurada do navio que os transportará.
Comentários:
Na cláusula FOB, a mercadoria é considerada entregue pelo vendedor
a bordo do navio escolhido pelo comprador. Questão errada.
96. (CODESP-SP- 2011)- As empresas importadoras brasileiras
podem efetuar operações de importação com máxima segurança se utilizarem contratualmente a condição de entrega DDP.
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Comentários:
Conforme prevê a Resolução CAMEX nº 21/2011, nas importações brasileiras não se pode utilizar a condição de entrega DDP. Questão errada.
97. (CODEVASF-2003- adaptada)- Na cláusula contratual FAS (Free Alongside Ship), o vendedor deve arcar com todos os riscos de perda
ou dano até a entrega das mercadorias ao lado do navio no porto de embarque nomeado.
Comentários:
Na cláusula contratual FAS, o vendedor deve disponibilizar as mercadorias ao lado do navio no porto de embarque. Logo, todos os custos e
riscos até esse momento são de responsabilidade do vendedor. Questão correta.
98. (CODEVASF-2003- adaptada)- Na cláusula contratual CIF (Cost,
Insurance and Freight), o vendedor deve obter, à sua própria custa, o seguro da carga e entregar as mercadorias ao comprador, já
desembaraçadas para a importação.
Comentários:
Na condição CIF, o seguro internacional é de responsabilidade do
vendedor. No entanto, o desembaraço de importação é responsabilidade do comprador. Questão errada.
99. (CODEVASF-2003- adaptada)- Na cláusula contratual DDP (Delivery Duty Paid), o vendedor deve entregar as mercadorias ao
comprador, no local de destino nomeado, já desembaraçadas para importação, mas não desembarcadas.
Comentários:
Na cláusula DDP, o vendedor entrega as mercadorias ao comprador no local de destino designado, já desembaraçada para importação, mas ainda
embarcada no veículo transportador. Questão correta.
100. (CODEVASF-2003- adaptada)- Na cláusula contratual FOB (Free on Board), o vendedor deve entregar as mercadorias, ultrapassada a
amurada do navio, já desembaraçadas para exportação.
Comentários:
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Na condição FOB, o vendedor entrega as mercadorias ao comprador a bordo do navio no porto de embarque (e não quando estas ultrapassam a
amurada do navio!). Questão errada.
QUESTÕES COMENTADAS
1. (ACE-2012) Considerando a Convenção das Nações Unidas sobre
Contratos Internacionais de Compra e Venda de Mercadorias, julgue as assertivas abaixo e assinale a opção correta.
a) A Convenção aplica-se aos contratos internacionais privados de compra e venda de mercadorias, estando aqueles que envolvam entes governamentais
sujeitos à normativa da Organização Mundial do Comércio.
b) A Convenção consagra o princípio da liberdade contratual nos contratos de compra e venda internacional de mercadorias ao reconhecer a possibilidade de
que, mediante desejo das partes, seja a sua aplicação excluída, derrogadas suas disposições ou alterados seus efeitos.
c) Dados o alcance e natureza dos contratos firmados sob sua égide e seus efeitos jurídicos no campo internacional, a Convenção proíbe a celebração de
contratos informais e dispõe sobre a necessidade de instrumento escrito para a formação do contrato.
d) A Convenção estipula normas que determinam as obrigações do vendedor e
em relação aos termos e condição de entrega da mercadoria transacionada,
mas não alcança questões relacionadas à qualidade e condições de uso ou consumo da mesma.
e) A Convenção é aplicada aos contratos celebrados entre pessoas jurídicas de
natureza comercial e não alcança transações entre entes civis e aquelas envolvendo mercadorias transacionadas para uso pessoal, familiar ou
doméstico.
Comentários:
Letra A: errada. A CVIM se aplica a qualquer tipo de contrato
internacional de compra e venda, sendo irrelevante o caráter civil ou comercial das partes contratuais. Assim, mesmo contratos que envolvam
entes governamentais, serão regulados pela CVIM.
Letra B: correta. Pelo princípio da autonomia da vontade, previsto
no art. 6º da CVIM, as partes contratuais podem excluir a aplicação da Convenção de Viena a um contrato de compra e venda, assim como derrogar
qualquer de suas disposições ou modificar-lhe os efeitos.
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Letra C: errada. Um dos princípios da CVIM é o da informalidade.
Letra D: errada. O vendedor tem a obrigação de entregar mercadorias que pela quantidade, qualidade e tipo correspondam às previstas
no contrato e que tenham sido embaladas ou acondicionadas de acordo com a forma prevista no contrato.
Letra E: errada. A aplicação da CVIM independe do caráter civil ou comercial das partes contratuais.
2. (ACE-2012) O termo de comércio que implica compromisso
mínimo para o vendedor, restringido-o à entrega da mercadoria ao comprador em sua propriedade ou em outro local designado, não
desembaraçada para exportação e não embarcada em qualquer veículo
coletor é:
a) Free Carrier (FCA).
b) Free on Board (FOB).
c) Delivered Ex-Ship (DES).
d) Ex Works (EXW).
e) Carriage Paid To (CPT).
Comentários:
O INCOTERM que implica compromisso mínimo para o vendedor é o EXW. A resposta é, portanto, a letra D.
3. (AFRFB/2012) Assinale a opção correta.
a) A Convenção das Nações Unidas sobre Contratos de Compra e Venda Internacional de Mercadorias (CISG) teve impacto relevante na jurisprudência
brasileira após sua ratificação pelo Brasil em 1980.
b) A Nomenclatura Comum do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) pode ser
alterada pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), na forma autorizada pelo Conselho de Comércio do Mercosul.
c) A CISG adota o princípio do interesse público, afastando o princípio de
autonomia da vontade das partes.
d) Os Termos Internacionais de Comércio, ou INCOTERMS 2010, publicados
pela Câmara de Comércio Internacional, estabelecem a distribuição de custos para entrega da mercadoria.
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e) As INCOTERMS 2010 estabelecem regras apenas para as modalidades de transporte marítima e aérea.
Comentários:
Letra A: errada. Em 1980, a Convenção de Viena sobre o Contrato de Compra e Venda Internacional foi assinada. O Brasil aderiu à Convenção
somente em março de 2013.
Letra B: errada. A alteração da NCM compete à CAMEX, na forma autorizada pelos órgãos decisórios do MERCOSUL.
Letra C: errada. A Convenção de Viena sobre o Contrato de Compra e Venda Internacional tem como um de seus princípios fundamentais o do
autonomia da vontade.
Letra D: correta. De fato, os INCOTERMS estabelecem a distribuição de custos e responsabilidades entre vendedor e comprador em um contrato de
compra e venda de mercadorias. Os INCOTERMS são administrados pela Câmara de Comércio Internacional.
Letra E: errada. Os INCOTERMS podem ser utilizados qualquer que seja a modalidade de transporte empregada.
4. (Questão Inédita)- Assinale a alternativa correta sobre a
Convenção de Viena sobre o Contrato de Compra e Venda Internacional (CVIM):
a) A CVIM visa a regular os efeitos que o contrato pode ter sobre a propriedade das mercadorias vendidas.
b) A CVIM prevê que o contrato de compra e venda internacional deverá ser
concluído por escrito, com o objetivo de garantir um “formalismo mínimo” para as relações comerciais.
c) A CVIM aplica-se aos contratos de compra e venda de mercadorias celebrados entre partes que tenham o seu estabelecimento em Estados
diferentes, quando estes Estados sejam Estados contratantes, ou quando as regras de direito internacional privado conduzam à aplicação da lei de um
Estado contratante.
d) Pelas regras da CVIM, o contrato de compra e venda reputa-se constituído
no momento em que a proposta chega ao seu destinatário, tornando-se, então, eficaz.
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e) A ratificação da CVIM por um Estado obriga que todas as empresas que nele tenham estabelecimento utilizem as regras da Convenção em seus contratos
de compra e venda.
Comentários:
Letra A: errada. A CVIM não diz respeito à validade do contrato ou de
qualquer das suas cláusulas e aos efeitos que o contrato pode ter sobre a propriedade das mercadorias vendidas.
Letra B: errada. Segundo a CVIM, o contrato não precisa ser
concluído por escrito.
Letra C: correta. Essas são as duas hipóteses de aplicação da
CVIM: i) quando o contrato tiver sido celebrado entre partes que tenham o seu estabelecimento em Estados diferentes, quando estes Estados sejam
Estados contratantes; ou ii) quando as regras de direito internacional privado conduzam à aplicação da lei de um Estado contratante
Letra D: errada. O contrato de compra e venda reputa-se constituído
quando a aceitação da proposta se torna eficaz.
Letra E: errada. Não há obrigatoriedade de que as empresas que
tenham estabelecimento em Estados contratantes da CVIM adotem as regras dessa convenção em seus contratos de compra e venda de mercadorias,
Predomina o princípio da autonomia da vontade.
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LISTA DE QUESTÕES Nº 01
1. (AFTN-1998 - adaptada)- O contrato de compra e venda internacional é classificado, juridicamente, como consensual, bilateral,
oneroso, comutativo e típico.
2. (AFRF-2003) - Nos contratos internacionais de compra e venda, a
diferença entre cláusula de força maior e a cláusula de hardship reside
em que na primeira, a circunstância é imprevista mas evitável, enquanto que na segunda é imprevista e inevitável; na primeira, o
contrato se torna exequível e na segunda, inexequível.
3. (AFRF-2003)- Nos contratos internacionais de compra e venda, a
cláusula de força maior e a cláusula de hardship se referem a circunstâncias imprevisíveis e inevitáveis. Todavia, enquanto a
primeira tem a ver com circunstâncias que impossibilitam a execução contratual; a segunda diz respeito a circunstâncias que tornam o
contrato substancialmente mais oneroso, porém exeqüível.
4. (Questão Inédita)- A bid bond é uma garantia presente em
contratos internacionais que é executada quando uma empresa, tendo realizado uma proposta comercial e sido vencedora de uma seleção, se
recuse a formalizá-la mediante celebração de um contrato.
5. (Questão Inédita)- A supply bond é utilizável nos contratos de
prestação de serviços e de venda de mercadorias.
6. (Questão Inédita)- A refundment bond é executada sempre que um serviço não é prestado a contento do seu tomador ou ainda quando
a mercadoria fornecida não atende às especificações previstas no contrato.
7. (Questão Inédita)- A performance bond será executada no contrato de compra e venda de mercadorias quando a mercadoria não
for entregue, somente podendo ser exigida pelo contratante para que o contratado a apresente.
8. (AFRF-2002.2)- A modalidade de crédito documentário através do qual, na eventualidade de inadimplência ou recusa do comprador
(importador), seja formalizada uma garantia bancária internacional, normalmente no valor de 20% (vinte por cento) da operação em favor
do vendedor (exportador) como forma de ressarcimento de despesas incorridas pela não-quitação do Draft at Sight, é identificada como
performance bond.
9. (CODESP-SP-2011)- A redação da cláusula de força maior é igual em todos os contratos, pois é estabelecida pela Câmara de Comércio
Internacional.
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10. (CODESP-SP-2011)- Objetivando regular modificações imprevisíveis que possam gerar desequilíbrios econômicos entre as
partes, podem ser inseridas nos contratos de compra e venda internacionais cláusulas hardship.
11. (CODESP-SP-2011)- Nos contratos estabelecidos com intervenção de empresas brasileiras, o fórum competente para resolver eventuais
litígios, advindos do contrato, deverá estar situado no Brasil, independente da nacionalidade do outro outorgante.
12. (AFRFB-2009)- A Convenção de Viena sobre contratos de Compra e Venda Internacional de Mercadorias (CVIM) é instrumento jurídico
que vincula Estados Nacionais em torno do objetivo de harmonizar
internacionalmente as fórmulas que definem as obrigações e direitos dos exportadores e importadores em torno da comercialização de um
bem internacionalmente.
13. (AFRFB-2009)- A Convenção de Viena sobre contratos de Compra
e Venda Internacional de Mercadorias (CVIM), firmada no âmbito da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento
(UNCTAD), estabelece procedimentos padrões para a celebração de contratos comerciais internacionais entre agentes privados.
14. (AFRFB-2009)- A Convenção de Viena sobre contratos de Compra e Venda Internacional de Mercadorias (CVIM), celebrada no âmbito da
Câmara Internacional de Comércio (CCI), é instrumento de direito privado que rege os atos administrativos e jurídicos que envolvem a
transferência da propriedade da mercadoria transacionada internacionalmente.
15. (AFRFB-2009)- A Convenção de Viena sobre contratos de Compra
e Venda Internacional de Mercadorias (CVIM), firmada no âmbito das Nações Unidas, uniformiza as regras sobre compra e venda de
mercadorias, envolvendo aspectos como transporte, seguro, transferência de riscos, propriedade industrial, pagamentos e
indenizações por não cumprimento de obrigações, mercadoria avariada, danos e prejuízos.
16. (Questão Inédita)- Na interpretação dos institutos jurídicos definidos pela Convenção de Viena sobre o Contrato de Compra e
Venda Internacional (CVIM), o hermeneuta deve abstrair-se do sentido que lhes é dado pelos ordenamentos jurídicos nacionais, levando em
consideração o caráter internacional da referida Lei Modelo.
17. (Questão Inédita)- Nos termos da CVIM, o caráter internacional
de um contrato de compra e venda de mercadorias independe do local dos estabelecimentos das partes contratuais.
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18. (Questão Inédita)- Nos termos da CVIM, considera-se concluído um contrato de compra e venda internacional de mercadorias quando a
proposta comercial torna-se eficaz.
19. (Questão Inédita)- A CVIM é utilizada para regular contratos
internacionais de compra e venda de bens tangíveis, inclusive quando o comprador fornecer uma parte essencial dos elementos materiais
necessários para a produção desses bens.
20. (Questão Inédita)- Nos termos da CVIM, são considerados de
compra e venda os contratos de fornecimento de mercadorias a fabricar ou a produzir, a menos que o contratante que as encomende
tenha de fornecer uma parte essencial dos elementos materiais
necessários para o fabrico ou produção.
21. (ACE-2008)- Apesar de amplamente disseminado, é facultativo o
emprego dos INCOTERMS na celebração de um contrato de comércio exterior; mas, uma vez acordado o seu uso, o termo escolhido adquire
força contratual, definindo, então, a repartição dos custos e os direitos e as obrigações das partes em relação às condições de entrega e
transferência de propriedade da mercadoria objeto do contrato.
22. (TRF-2005-adaptada)- De acordo com a versão INCOTERMS-
2010, na fórmula contratual EXW, a obrigação básica do vendedor consiste em disponibilizar a mercadoria no seu próprio
estabelecimento, para que então transfira a responsabilidade sobre ela para o comprador.
23. (TRF-2005-adaptada)- De acordo com a versão INCOTERMS-2010, na fórmula contratual FOB, cabe ao vendedor arcar com todas as
despesas até o momento em que a mercadoria é colocada a bordo do
navio indicado pelo comprador, no porto de embarque.
24. (TRF-2005-adaptada)- De acordo com a versão INCOTERMS-
2010, na fórmula contratual CIF, o vendedor apenas tem a responsabilidade de disponibilizar a mercadoria a bordo do navio
indicado pelo comprador no porto de embarque e arcar com o frete até o porto de destino.
25. (TRF-2005-adaptada)- De acordo com a versão INCOTERMS-2010, na fórmula contratual DAT, compete ao vendedor entregar a
mercadoria ao transportador indicado pelo comprador, no local determinado, momento a partir do qual a responsabilidade pelo bem
corre por conta do comprador.
26. (TRF-2005-adaptada)- De acordo com a versão INCOTERMS-
2010, na fórmula contratual FCA, compete ao vendedor arcar com todas as despesas, incluindo a liberação para a exportação, até o
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momento em que a mercadoria é colocada ao lado do costado do navio, no porto de embarque.
27. (AFRF-2003- adaptada) - Em relação aos contratos internacionais de venda celebrados por brasileiros, devem ser celebrados com a
adoção dos Incoterms, Revisão 2010, devendo o preço ser o corrente no mercado internacional para o prazo pactuado, o qual deve seguir as
praxes comerciais internacionais de acordo com as peculiaridades do produto, podendo variar de pagamento a vista até 180 dias da data do
embarque, sendo consideradas financiadas as vendas com prazo de pagamento superior a 180 dias.
28. (AFRF-2003) - Os Incoterms 2010 (International Commercial
Terms / Termos Internacionais do Comércio), conjunto de regras internacionais que estabelecem um padrão de definições de caráter
uniformizador, são 13 termos, representados por siglas de três letras, distribuídos em 4 grupos identificados pelas letras E, F, C, D, que vão
da obrigação mínima para o exportador à obrigação máxima para o exportador, alguns dos quais são aplicáveis apenas a determinado
modal de transporte.
29. (AFRF-2003-adaptada) - Os Incoterms (International Commercial
Terms) são administrados pela OMC (Organização Mundial do Comércio) e divulgados pela Câmara de Comércio Internacional;
atualmente está em vigor a Revisão 2000, que trouxe pequenas mudanças em relação aos Incoterms 1990; obrigam apenas o
exportador e o importador que os adotarem, tendo os contratantes liberdade de especificar alterações ou aditamentos.
30. (AFRF-2003-adaptada)- São publicados e revistos pela Câmara de
Comércio Internacional; atualmente está em vigor a Revisão 2010, que trouxe algumas mudanças em relação aos Incoterms 2000; obrigam
apenas o exportador e o importador que os adotarem, não tendo os contratantes liberdade de especificar alterações ou aditamentos.
31. (AFRF-2002.2 - adaptada) - Os INCOTERMS contêm em seu bojo cláusulas padronizadas que, na essência, resumem, definem e
simplificam um contrato internacional de compra e venda.
32. (AFRF-2002.2 - adaptada) - Nos INCOTERMS versão 2010,
evidenciando contratos de partida (embarque) a correspondência é com os termos “E” e “D”.
33. (AFRF 2002.1 - adaptada) - Numa operação de compra e venda internacional foi adotada, pelo comprador e vendedor, a cláusula
Incoterms-2000, DES - Delivered Ex-Ship (Entregue a partir do navio). Por essa cláusula, os bens são colocados à disposição do comprador a
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bordo do navio e no porto de destino, não desembaraçados para importação.
34. (AFRF 2002.1- adaptada) - Num determinado contrato de compra e venda internacional foi adotada a cláusula Incoterms EXW - Ex works
(significando Na Origem). Por essa cláusula, o vendedor entrega as mercadorias quando ele as coloca à disposição do comprador, no porto
de embarque designado, não desembaraçados para exportação e não carregados em qualquer veículo coletor.
35. (AFRF 2002.1 - adaptada) - Numa compra e venda internacional, vendedor e comprador conveniaram determinada cláusula Incoterms-
2010, através da qual ficou acertado que as mercadorias serão
entregues pelo vendedor ao comprador a bordo do navio no porto de embarque e já desembaraçados para exportação. A partir desse
momento o comprador arca com todos os custos e riscos, de perda ou dano às mercadorias, inclusive contrato de transporte. A cláusula
conveniada FOB - Free on Board (Livre à bordo).
36. (ACE-2002)- Os Termos Internacionais de Comércio
(INCOTERMS) são um conjunto de regras e técnicas que orientam uma operação de compra e venda internacional no tocante à formação do
preço da mercadoria transacionada e à definição das modalidades de transporte a serem utilizadas.
37. (ACE-2002)- Os Termos Internacionais de Comércio (INCOTERMS) são fórmulas que definem direitos e obrigações das
partes em um contrato internacional de compra e venda quanto ao pagamento de fretes, seguros, embarque, desembarque, desembaraço
alfandegário, entre outros.
38. (AFRF-2000 - adaptada)- Na modalidade FOB (Free on Board) dos INCOTERMS caberá ao vendedor colocar as mercadorias à disposição
do comprador nas suas instalações ou noutro local nomeado, não desembaraçada para exportação nem embarcadas em qualquer veículo
coletor.
39. (AFRF-2000 - adaptada)- Na modalidade DAT (Delivered at
Terminal) dos INCOTERMS caberá ao vendedor entregar as mercadorias no porto de desembarque nomeado, na data ou dentro do
período acordado, na maneira habitual desse porto e à bordo do navio designado pelo comprador.
40. (AFRF-2000 - adaptada)- Na modalidade DAP (Delivered at Place) dos INCOTERMS caberá ao vendedor entregar as mercadorias no porto
de embarque nomeado, na data ou dentro do período acordado, na maneira habitual desse porto e a bordo do navio designado pelo
comprador.
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41. (Analista dos Correios-2011)- Os INCOTERMS são empregados para padronizar os indicadores nacionais e internacionais de comércio,
sendo os valores das exportações convencionalmente designados na modalidade FOB (Free on Board) e os das importações na modalidade
CIF (Cost, Insurance and Freight).
42. (Analista dos Correios-2011)- Na modalidade FOB, o exportador é
responsável pela mercadoria até o momento em que ela cruzar a amurada da embarcação, quando de seu embarque, sendo de
responsabilidade do importador todos os custos relativos ao frete e ao seguro.
43. (Analista dos Correios-2011)- Em uma operação comercial regida
pelo termo CIF, o importador assume todos os custos e responsabilidades sobre a mercadoria desde o seu embarque até a sua
entrega no local de destino final, independentemente da modalidade de transporte selecionada.
44. (Analista dos Correios-2011)- No termo EXW (Ex Works), o vendedor se compromete a entregar a mercadoria no destino final
indicado pelo comprador sem quaisquer ônus, para este, relativos a embarque, frete e seguro.
45. (Analista dos Correios-2011)- Como os INCOTERMS não são objeto de nenhum acordo internacional vinculante, o seu emprego em
contrato internacional de compra e venda é facultativo.
46. (AFRF-2000)-As atualizações sucessivas do Incoterms
(International Commerce Terms), desde 1936, têm ocorrido por iniciativa da CCI - Câmara de Comércio Internacional.
47. (AFRF-2000- adaptada)- Ao elaborarem o contrato de compra e
venda, as partes, visando estabelecer um maior grau de compromisso para o vendedor, escolherão, o INCOTERM DDP (Delivered Duty Paid).
48. (AFRF-2000-adaptada)- Os INCOTERMS (International Commerce Terms) limitam-se a orientar os termos da exclusiva relação entre o
vendedor e o comprador de bens tangíveis e intangíveis.
49. (AFTN-1998 - adaptada)- A responsabilidade pela contratação do
seguro para cobertura de riscos no transporte internacional de bens é do exportador, em operações sob a modalidade CIF (Cost, Insurance
and Freight).
50. (AFTN-1998-adaptada)- Ao se eleger um INCOTERM para uma
operação comercial, as partes definem suas obrigações respectivas na operação, as condições de venda, a modalidade de transporte e a
forma de contratação e liquidação de câmbio.
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51. (AFTN-1996)- O uso dos International Commercial Terms (INCOTERMS) é facultativo e, por conseqüência, os mesmos não
configuram norma contratual se incorporados em um contrato internacional.
52. (ACE-1997)- Sob a regra do INCOTERM CFR- Exportação (Custo e Frete), a obrigação de contratar seguro marítimo recai sobre o
vendedor.
53. (ACE-1997)- A contratação do transportador internacional sob o
regime Free on Board- FOB é de responsabilidade do exportador.
54. (AFTN-1996)- Os International Commercial Terms (INCOTERMS)
estabelecem as condições de pagamento e a modalidade de operação
cambial que regerão uma operação comercial.
55. (Questão Inédita)- O emprego dos INCOTERMS é facultativo em
um contrato de compra e venda, mas quando utilizado adquire força contratual vinculando as partes em respeito aos princípios do pacta
sunt servanda e lex inter partes.
56. (Questão Inédita)- De acordo com o INCOTERM DEQ (versão
INCOTERMS 2000), a mercadoria é entregue pelo exportador ao importador no porto de destino designado ainda a bordo do navio. Até
esse momento, todos os custos e riscos serão suportados pelo vendedor, inclusive o frete e seguro internacional.
57. (Questão Inédita)- A fórmula contratual CIF implica no pagamento do frete e seguro internacional pelo exportador, mas a
transferência da responsabilidade quanto aos riscos ocorre no momento em que a mercadoria transpõe a amurada do navio.
58. (Questão Inédita)- Quando se utiliza o INCOTERM DAF (versão
INCOTERMS 2000), o vendedor deverá entregar a mercadoria ao comprador não desembarcada do veículo transportador, no ponto de
fronteira designado, mas antes da divisa alfandegária do país de destino.
59. (Questão Inédita)- São permitidas em um contrato de compra e venda adições ou exclusões de obrigações previstas nos INCOTERMS
2010.
60. (Questão Inédita)- Na fórmula contratual CIF, a responsabilidade
pelos danos e riscos é transferida ao comprador no momento em que as mercadorias chegam ao porto de destino, já que, por meio desse
INCOTERM, o exportador compromete-se a contratar o frete e o seguro internacional.
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61. (Questão Inédita)- A utilização dos INCOTERMS nos contratos internacionais de compra e venda, embora não seja obrigatória,
vincula os contratantes em virtude dos princípios internacionalmente aceitos do pacta sunt servanda e lex inter partes.
62. (Questão Inédita)- São admissíveis adições ou exclusões de responsabilidade aos INCOTERMS originalmente previstos pela Câmara
de Comércio Internacional.
63. (Questão Inédita)- Nada impede que os INCOTERMS sejam
aplicados aos contratos de prestação de serviços.
64. (Questão Inédita)- Os INCOTERMS limitam-se a orientar os
termos da relação entre o vendedor e o comprador de bens tangíveis.
65. (Questão Inédita)- Ao proceder à escolha do INCOTERM para uma operação específica, os importadores e exportadores deverão observar
as especificidades da legislação interna de seus países.
66. (Questão Inédita)- Os chamados contratos de partida são aqueles
baseados nos INCOTERMS do grupo “E”, “F” e “C”. Por sua vez, os contratos de chegada são aqueles baseados nos INCOTERMS do grupo
“D”.
67. (Questão Inédita)- Os INCOTERMS não são normas públicas e,
portanto, são de utilização facultativa. No entanto, quando vinculados a um contrato passam a ter validade jurídica.
68. (Questão Inédita)- A modalidade EXW (Ex works) do INCOTERMS 2010 representa o mínimo de obrigação para o vendedor, ao passo que
a modalidade DDP (Delivery Duty Paid) representa o máximo de obrigações para este.
69. (Questão Inédita)- Quando é definido um INCOTERM, as partes
estabelecem a modalidade de transporte e a forma de contratação e liquidação do câmbio.
70. (Questão Inédita)- Na modalidade FOB, o vendedor encerra suas obrigações quando a mercadoria transpõe a amurada do navio (ship's
rail) no porto de embarque indicado e, a partir daquele momento, o comprador assume todas as responsabilidades quanto a perdas e
danos. O desembaraço para exportação é de responsabilidade do comprador.
71. (Questão Inédita)- Na modalidade CIF, o vendedor é o responsável pelo pagamento dos custos e do frete necessários para
levar a mercadoria até o porto de destino indicado. O vendedor também é responsável pelo pagamento do seguro referente ao
transporte internacional. No entanto, o valor deste é mínimo, de forma
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que cabe ao comprador avaliar a necessidade de contratar cobertura complementar.
72. (Questão Inédita)- Na modalidade DDU (versão INCOTERMS 2000), o vendedor deve colocar a mercadoria à disposição do
comprador, no ponto de destino designado, sem estar desembaraçada para importação e sem descarregamento do veículo transportador.
73. (Questão Inédita)- Na modalidade DDP, o vendedor entrega a mercadoria ao comprador desembaraçada para importação no local de
destino designado.
74. (Questão Inédita)- Na fórmula DAT (Delivered at Terminal) dos
INCOTERMS 2010, a mercadoria considera-se entregue em um
terminal localizado no país de destino, a bordo do veículo transportador.
75. (Questão Inédita)- Na fórmula DAP (Delivered at Place) dos INCOTERMS 2010, as mercadorias são entregues pelo vendedor a
bordo do veículo transportador num local nomeado, que poderá ser um porto, ponto de fronteira ou até mesmo o estabelecimento do
comprador.
76. (Questão Inédita)- Os INCOTERMS podem ser usados em
contratos de compra e venda internacionais e domésticos.
77. (Questão Inédita)- Em virtude de o vendedor estrangeiro não
dispor de condições legais para providenciar o desembaraço para entrada de bens do País, o DDP não pode ser utilizado na importação
brasileira, devendo ser escolhido o DAT ou DAP no caso de preferência por condição disciplinada pela CCI.
78. (Questão Inédita)- Em virtude de o comprador estrangeiro não
dispor de condições legais para providenciar o desembaraço para saída de bens do País, fica subentendido que esta providência é adotada pelo
vendedor, sob suas expensas e riscos, no caso da exportação brasileira.
79. (Questão Inédita)- A utilização dos INCOTERMS não modifica as responsabilidades legais das pessoas envolvidas nas operações de
exportação e de importação perante as autoridades administrativas.
80. (Questão Inédita)- A legislação brasileira de comércio exterior
reconhece a possibilidade de que, em uma operação de exportação ou importação, sejam utilizadas outras condições de venda não previstas
na versão INCOTERMS 2010, como o C+F (Cost Plus Freight) e o C+I (Cost Plus Insurance).
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81. (Ceará Portos-2004)- INCOTERMS são regras a serem utilizadas nas transações comerciais internacionais que definem, dentro da
estrutura de um contrato de compra e venda de mercadorias, os direitos e obrigações do comprador e vendedor, estabelecendo um
conjunto padrão de definições e critérios a serem respeitados.
82. (Ceará Portos-2004)- As regras estabelecidas pelos INCOTERMS
são válidas não somente para as negociações entre os importadores e exportadores, como também para aquelas levadas a efeito entre
outros atores envolvidos no processo, como despachantes, seguradoras e transportadores.
83. (Ceará Portos-2004)- Os INCOTERMS compreendem um conjunto
de 15 siglas que traduzem os critérios que deverão nortear um dado processo de compra e venda de mercadoria.
84. (Ceará Portos-2004)- FOB (Free on Board), CIF (Cost, Insurance and Freight), FAS (Free Alongside Ship) e DDU (Delivered Duty
Unpaid) são alguns dos termos que podem ser empregados, como INCOTERMS, nos contratos de compra e venda de mercadorias.
85. (Ceará Portos-2004)- De acordo com o INCOTERM EXW (Ex Works) o exportador encerra sua participação no negócio quando
acondiciona a mercadoria na embalagem de transporte. Ou seja, a entrega da mercadoria se dá na porta da fábrica ou depósito, não se
responsabilizando o vendedor sequer pelo seu carregamento no meio de transporte utilizado.
86. (Ceará Portos-2004)- O INCOTERM FAS (Free Alongside Ship) indica que o vendedor tem a obrigação de colocar a mercadoria ao
longo do convés do navio no porto de embarque, ou seja, todo o custo
e o risco de estivagem da carga a bordo fica sob a responsabilidade do vendedor.
87. (Ceará Portos-2004)- Uma vez agregados aos contratos de compra e venda, os INCOTERMS passam a ter força legal, com
significado jurídico preciso e efetivamente determinado.
88. (Ceará Portos-2004)- Os INCOTERMS são também denominados
cláusulas de preço pelo fato de cada termo designar os elementos que compõem o preço da mercadoria e o transporte da mesma até o porto
de embarque.
89. (Petrobrás-2007)- Na fórmula EXW (Ex Works), a mercadoria é
entregue no estabelecimento do comprador.
90. (Petrobrás-2007)- De acordo com a condição FAS (Free Alongside
Ship), são de responsabilidade do comprador todas as despesas que forem efetuadas até o momento da colocação da mercadoria, liberada
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para exportação, no cais do porto de embarque, ao lado do costado do navio, no seu ponto de atracação.
91. (Petrobrás-2007)- A responsabilidade do vendedor por todas as despesas, riscos e danos que ocorrerem até a colocação da mercadoria
a bordo do navio indicado pelo comprador é característica da condição FOB.
92. (Petrobrás-2007)-De acordo com a condição FOB, é responsabilidade do comprador contratar e pagar o valor do frete bem
como pagar todos os impostos cobrados em razão da exportação.
93. (Petrobrás-2007)- No caso de emprego da fórmula CFR (Cost and
Freight), correm por conta do vendedor as despesas relativas à
colocação da mercadoria a bordo do navio e o valor do frete até o porto de destino.
94. (Petrobrás-2007)- De acordo com a cláusula CIF (Cost, Insurance anda Freight), o vendedor é responsável pela emissão e pelo
pagamento das custas referentes à obtenção de documentos que, emitidos no país de origem ou no de embarque, são necessários para a
entrada da mercadoria no país de destino.
95. (CODESP-SP- 2011)- Em contratos com cláusula de entrega FOB
(Free on Board), a mercadoria será entregue no navio escolhido pelo vendedor e os produtos serão considerados entregues quando
cruzarem a amurada do navio que os transportará.
96. (CODESP-SP- 2011)- As empresas importadoras brasileiras
podem efetuar operações de importação com máxima segurança se utilizarem contratualmente a condição de entrega DDP.
97. (CODEVASF-2003- adaptada)- Na cláusula contratual FAS (Free
Alongside Ship), o vendedor deve arcar com todos os riscos de perda ou dano até a entrega das mercadorias ao lado do navio no porto de
embarque nomeado.
98. (CODEVASF-2003- adaptada)- Na cláusula contratual CIF (Cost,
Insurance and Freight), o vendedor deve obter, à sua própria custa, o seguro da carga e entregar as mercadorias ao comprador, já
desembaraçadas para a importação.
99. (CODEVASF-2003- adaptada)- Na cláusula contratual DDP
(Delivery Duty Paid), o vendedor deve entregar as mercadorias ao comprador, no local de destino nomeado, já desembaraçadas para
importação, mas não desembarcadas.
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100. (CODEVASF-2003- adaptada)- Na cláusula contratual FOB (Free on Board), o vendedor deve entregar as mercadorias, ultrapassada a
amurada do navio, já desembaraçadas para exportação.
LISTA DE QUESTÕES Nº 02
1. (ACE-2012) Considerando a Convenção das Nações Unidas sobre Contratos Internacionais de Compra e Venda de Mercadorias, julgue as
assertivas abaixo e assinale a opção correta.
a) A Convenção aplica-se aos contratos internacionais privados de compra e venda de mercadorias, estando aqueles que envolvam entes governamentais
sujeitos à normativa da Organização Mundial do Comércio.
b) A Convenção consagra o princípio da liberdade contratual nos contratos de
compra e venda internacional de mercadorias ao reconhecer a possibilidade de que, mediante desejo das partes, seja a sua aplicação excluída, derrogadas
suas disposições ou alterados seus efeitos.
c) Dados o alcance e natureza dos contratos firmados sob sua égide e seus efeitos jurídicos no campo internacional, a Convenção proíbe a celebração de
contratos informais e dispõe sobre a necessidade de instrumento escrito para a formação do contrato.
d) A Convenção estipula normas que determinam as obrigações do vendedor e em relação aos termos e condição de entrega da mercadoria transacionada,
mas não alcança questões relacionadas à qualidade e condições de uso ou consumo da mesma.
e) A Convenção é aplicada aos contratos celebrados entre pessoas jurídicas de
natureza comercial e não alcança transações entre entes civis e aquelas
envolvendo mercadorias transacionadas para uso pessoal, familiar ou doméstico.
2. (ACE-2012) O termo de comércio que implica compromisso
mínimo para o vendedor, restringido-o à entrega da mercadoria ao comprador em sua propriedade ou em outro local designado, não
desembaraçada para exportação e não embarcada em qualquer veículo coletor é:
a) Free Carrier (FCA).
b) Free on Board (FOB).
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c) Delivered Ex-Ship (DES).
d) Ex Works (EXW).
e) Carriage Paid To (CPT).
3. (AFRFB/2012) Assinale a opção correta.
a) A Convenção das Nações Unidas sobre Contratos de Compra e Venda
Internacional de Mercadorias (CISG) teve impacto relevante na jurisprudência
brasileira após sua ratificação pelo Brasil em 1980.
b) A Nomenclatura Comum do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) pode ser alterada pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), na forma autorizada
pelo Conselho de Comércio do Mercosul.
c) A CISG adota o princípio do interesse público, afastando o princípio de
autonomia da vontade das partes.
d) Os Termos Internacionais de Comércio, ou INCOTERMS 2010, publicados pela Câmara de Comércio Internacional, estabelecem a distribuição de custos
para entrega da mercadoria.
e) As INCOTERMS 2010 estabelecem regras apenas para as modalidades de
transporte marítima e aérea.
4. (Questão Inédita)- Assinale a alternativa correta sobre a Convenção de Viena sobre o Contrato de Compra e Venda
Internacional (CVIM):
a) A CVIM visa a regular os efeitos que o contrato pode ter sobre a
propriedade das mercadorias vendidas.
b) A CVIM prevê que o contrato de compra e venda internacional deverá ser concluído por escrito, com o objetivo de garantir um “formalismo mínimo” para
as relações comerciais.
c) A CVIM aplica-se aos contratos de compra e venda de mercadorias
celebrados entre partes que tenham o seu estabelecimento em Estados diferentes, quando estes Estados sejam Estados contratantes, ou quando as
regras de direito internacional privado conduzam à aplicação da lei de um Estado contratante.
d) Pelas regras da CVIM, o contrato de compra e venda reputa-se constituído
no momento em que a proposta chega ao seu destinatário, tornando-se, então, eficaz.
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e) A ratificação da CVIM por um Estado obriga que todas as empresas que nele tenham estabelecimento utilizem as regras da Convenção em seus contratos
de compra e venda.
GABARITO – LISTA DE QUESTÕES Nº 01
1. C 23. C 45. C 67. C 89. E
2. E 24. E 46. C 68. C 90. E
3. C 25. E 47. C 69. E 91. C
4. C 26. E 48. E 70. E 92. E
5. E 27. E 49. C 71. C 93. C
6. E 28. E 50. E 72. C 94. E
7. E 29. E 51. E 73. C 95. E
8. C 30. E 52. E 74. E 96. E
9. E 31. C 53. E 75. C 97. C
10. C 32. E 54. E 76. C 98. E
11. E 33. C 55. C 77. C 99. C
12. E 34. E 56. E 78. C 100. E
13. E 35. C 57. E 79. C
14. E 36. E 58. C 80. C
15. C 37. C 59. C 81. C
16. C 38. E 60. E 82. E
17. E 39. E 61. C 83. E
18. E 40. E 62. C 84. C
19. E 41. C 63. E 85. C
20. C 42. E 64. C 86. E
21. C 43. E 65. C 87. C
22. C 44. E 66. C 88. E
GABARITO - LISTA DE QUESTÕES Nº 02
1. Letra B
2. Letra D
3. Letra D
4. Letra C