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BIORREMEDIAO DE REAS
DEGRADADAS POR RESDUOS
SLIDOS URBANOS
CONSIDERAES GERAIS - DEFINIES
Lixo forma de disposio final de resduosslidos urbanos pela simples descarga no solo,
sem critrios tcnicos e medidas de proteo ao
meio ambiente ou sade pblica
Tambm tratada como descarga a cu aberto inadequada e ilegal segundo a legislao
brasileira
CONSIDERAES GERAIS - DEFINIES
CONSIDERAES GERAIS - DEFINIES
Biorremediao: Processo seqencial que,
fundamentado em critrios de bio-engenharia e
normas operacionais especficas, permite o efetivo
tratamento dos resduos slidos no solo e seus
efluentes lquidos e gasosos, em nvel primrio,
secundrio e tercirio, evitando a poluio do
solo, ar e recursos hdricos.
NOTECarimbo
CONSIDERAES GERAIS - DEFINIES
Aterro sanitrio celular: uma varivel do
aterro sanitrio convencional, caracterizando-se
por um processo seqencial que permite o efetivo
tratamento dos resduos slidos
Clula de aterro: Elemento unitrio ou
derivada do aterro sanitrio celular, onde os
resduos so efetivamente tratados
CONSIDERAES GERAIS - DEFINIES
Acetognese: parte do processo de decomposio
microbiana, onde a matria orgnica
sintetizada por microorganismos produtores de
acetato, ou seja, sntese do acetato via hidrlise
da matria orgnica.
NOTECarimbo
CONSIDERAES GERAIS - DEFINIES
Metanognese: parte do processo de
decomposio microbiana, onde cidos orgnicos
so sintetizados por microorganismos
consumidores de cidos, os quais produzem gases
como o metano e dixido de carbono.
CONSIDERAES GERAIS - DEFINIES
Lixiviao bacteriana: definida como um
processo de reciclagem de microorganismos e
enzimas no interior da massa de resduos
aterrada, com o objetivo de obter sua
bioestabilizao
CONSIDERAES GERAIS - DEFINIES
Inoculao: Ato de introduzir microorganismos
e nutrientes nos reatores
NOTECarimbo
CONSIDERAES GERAIS - DEFINIES
A decomposio da matria orgnica pode ser
divida em duas fases:
1 - Bactrias acetognicas so utilizadas para
produzir cido actico e outros cidos a partir da
matria orgnica e solubilizar a carga orgnica e
metais pesados presentes nos resduos slidos
2 - Bactrias metanognicas e acetotrficas so
usadas para consumir a carga de cidos
produzindo biogs e um composto biognico.
CONSIDERAES GERAIS - DEFINIES
Aps a fase metanognica, em funo das reaes
bioqumicas e da mudana do pH, os metais
pesados so precipitados e levados a formas mais
estveis, menos solveis
CONSIDERAES GERAIS - DEFINIES
Orgnicos
Complexos
cidos
Orgnicos+
4CH
2CO
Bactrias
formadoras
de cidos
Bactrias
formadoras de
metano
CONSIDERAES GERAIS - DEFINIES
Estgio no metanognico: hidrlise, captura de
energia, formao de cidos orgnicos, produo
de amnia, gua e de gases como H2 e CO2
Estgio metanognico: quebra de acetato
formando metano e dixido de carbono. Outros
gases so tambm produzidos como N2 e H2S.
Ocorre tambm nesta fase, a desnitrificao e
nitrificao a partir de
4NH
CONSIDERAES GERAIS - DEFINIES
CONSIDERAES GERAIS - DEFINIES
Nitrificao
pH timo: 7,5 a 8
Inibio por diversas substncias
Temperatura tima: 25 a 35C
Desnitrificao
pH timo: 7,0 a 7,5
Temperatura tima: 35 a 50C
CONSIDERAES GERAIS - DEFINIES
Matria
Orgnica
cido Actico
Outros cidoscido
Propinico
CH4
15% 65%
17%
13% 15%
35%
72%
15%
20%
Fase cida
Fase Metnica
AVALIAO DO IMPACTO AMBIENTAL
POLUIO DO SOLO E VETORES DE
DOENAS
Alterao das caractersticas fsicas, qumicas e
biolgicas do solo atravs de substncias
provenientes da degradao biolgica do lixo
Por conter substncias de alto teor energtico e
oferecer disponibilidade de gua, alimento e
abrigo, o lixo preferido por inmeros
organismos vivos como nicho ecolgico
AVALIAO DO IMPACTO AMBIENTAL
POLUIO DO SOLO E VETORES DE
DOENAS
Vermes
Bactrias
Fungos
Actinomicetos
Vrus
Ratos
Baratas
Moscas
Animais de maior
porte
MICROVETORES MACROVETORES
AVALIAO DO IMPACTO AMBIENTAL
POLUIO DO SOLO E VETORES DE
DOENAS
Muitos organismos utilizam o lixo durante toda
sua vida, enquanto outros fazem uso apenas em
determinados perodos. Este fenmeno constitui
em um problema, pois o lixo passa a ser uma
fonte contnua de agentes patognicos.
AVALIAO DO IMPACTO AMBIENTAL
POLUIO DO SOLO E VETORES DE
DOENAS
Tempo de sobrevivncia de microvetores no lixo
Organismo Dias
Salmonella Typhi 29 70
Endamoeba Histolytica 8 12
Ascaris Lumbricoides 2000 2500
Leptospira Interrogans 15 43
Polio Virus 20 170
Bacilo Tuberculose 150 180
Larvas de vermes 25 - 40
Fonte: K.F. Suberkropp & M.J. Klug.
AVALIAO DO IMPACTO AMBIENTALPOLUIO DAS GUAS
POLUIO FSICA
Mudana de temperatura, dificultando a vida
aqutica: fauna e flora aquticas so muito
sensveis s mudanas de temperatura
Aumento da turbidez, reduzindo a fotossntese
que, por sua vez, reduz o nmero de
microorganismos que formam o plncton, que a
base da cadeia alimentar no meio aqutico
Depreciao da esttica
AVALIAO DO IMPACTO AMBIENTALPOLUIO DAS GUAS
POLUIO BIOQUMICA
A poluio das guas superficiais ou
subterrneas pelo lixo propiciada por uma srie
de fenmenos como a lixiviao, percolao,
arrastamento, soluo etc.
As guas pluviais que percolam atravs da massa
de resduos, transportam um lquido de cor
negra, denominado chorume, caracterstico dos
materiais orgnicos em decomposio
AVALIAO DO IMPACTO AMBIENTALPOLUIO DAS GUAS
O chorume provm de 3 fontes: umidade natural
do lixo, gua de constituio de diversos
materiais e lquido proveniente da dissoluo de
matria orgnica pelas enzimas expelidas pelas
bactrias
A descarga do chorume nas guas provoca
depresso do nvel de oxignio dissolvido,
elevando a DBO. Quando o oxignio reduzido,
as formas de vida superiores so afetadas ou at
mesmo extintas do meio
AVALIAO DO IMPACTO AMBIENTALPOLUIO DAS GUAS
POLUIO BIOLGICA
A poluio biolgica das guas se traduz pela
elevada contagem de coliformes e/ou resduos que
possam provocar a eutrofizao dos corpos
dgua, uma vez que esta apresenta, neste caso,elevados nveis de nutrientes e sais minerais
AVALIAO DO IMPACTO AMBIENTALPOLUIO DAS GUAS
POLUIO DO AR
Poluentes emitidos atravs de gases oriundos da
degradao biolgica do lixo. Estes gases so
provenientes da fase metanognica da
degradao dos resduos
Os poluentes mais comumente emitidos para o
ar, em maiores quantidades so: monxido e
dixido de carbono (CO e CO2), partculas de
xidos de enxofre (SOx), xidos de nitrognio
(NOx) e metano (CH4)
PROCESSOS DE BIORREMEDIAO DOS
IMPACTOS LEVANTADOS
Processos fsicos: aqueles que no alteram a
natureza da matria, o lixo e de seus
contaminantes
Processos qumicos: aqueles que alteram a
natureza da matria e de seus contaminantes,
tendo como fundamento a ao de substncias
qumicas
Processos biolgicos: aqueles que alteram a
natureza da matria e de seus contaminantes,
tendo como fundamento a ao microbiana
PROCESSOS DE BIORREMEDIAO DOS
IMPACTOS LEVANTADOS
Tratamento primrio
Processos fsicos realizados que no alteram as
caractersticas qumicas e biolgicas dos resduos
e de seus contaminantes
PROCESSOS DE BIORREMEDIAO DOS
IMPACTOS LEVANTADOS
Tratamento primrio dos slidos:
Aterramento dirio e cobertura do lixo, onde
estes devem ser compactados at que os
materiais volumosos sejam perfeitamente
adensados
Tratamento primrio de lquidos
Drenagem e captao dos lquidos. As clulas
devem ser providas de drenos horizontais. Os
lquidos drenados devem ser conduzidos a
reatores
Tratamento primrio dos gases
Drenagem e captao dos gases atravs de redes
de drenos verticais e horizontais
PROCESSOS DE BIORREMEDIAO DOS
IMPACTOS LEVANTADOS
Tratamento secundrio
Processos biolgicos capazes de alterar as
caractersticas fsicas, qumicas e biolgicas dos
resduos e de seus contaminantes
NOTECarimbo
PROCESSOS DE BIORREMEDIAO DOS
IMPACTOS LEVANTADOS
Tratamento secundrio dos slidos
Transformao da frao orgnica slida em
lquidos e gases atravs da ao de
microorganismos especficos
Tratamento secundrio dos lquidos
Ao de bactrias acetognicas e metanognicas,
as quais transformam os lquidos em compostos
bioestabilizados
Tratamento secundrio dos gases
Instalao de queimadores provisrios
PROCESSOS DE BIORREMEDIAO DOS
IMPACTOS LEVANTADOS
Tratamento tercirio
Processos fsicos e qumicos que alteram as
caractersticas fsicas, qumicas e biolgicas dos
resduos e de seus contaminantes
NOTECarimbo
PROCESSOS DE BIORREMEDIAO DOS
IMPACTOS LEVANTADOS
Tratamento tercirio dos slidos
Reabertura das clulas, segregao e destinao
final dos resduos
Tratamento tercirio dos lquidos
Desinfeco dos lquidos por meio dos processos
qumicos tradicionais: floculao, decantao,
filtrao, remoo de lodos e lanamento do
efluente dentro dos padres de controle
Tratamento tercirio dos gases
Inertizao dos gases atravs da combusto
controlada destes
PROCESSOS DE BIORREMEDIAO DOS
IMPACTOS LEVANTADOS
Lixiviao bacteriana
Processo de reciclagem de microorganismos e
enzimas no interior da massa de resduos
aterrada, com o objetivo de obter sua
bioestabilizao
PROCESSOS DE BIORREMEDIAO DOS
IMPACTOS LEVANTADOS
Processo de biorremediao in situ:
tratamento dos resduos no local onde o mesmo se
encontra
Processo de biorremediao ex situ: remoo
do material para tratamento em local externo ao
de sua origem
PROCESSOS DE BIORREMEDIAO DOS
IMPACTOS LEVANTADOS
Fase I Estudos preliminares
Fase II Tratamento primrio
Fase III Tratamento secundrio
Fase IV Tratamento tercirio
PROCESSOS DE BIORREMEDIAO DOS
IMPACTOS LEVANTADOS
Fase I Estudos preliminares
Levantamento topogrfico plani-altimtrico;
Prospeco hidrogeolgica e geotcnica;
Avaliao preliminar de impacto ambiental;
Ensaios de tratabilidade;
Diagnstico;
Formulao de modelo;
Projeto Tcnico
PROCESSOS DE BIORREMEDIAO DOS
IMPACTOS LEVANTADOS
Fase II Tratamento primrio
Preparao de acessos;
Drenagem de guas pluviais;
Escavao e remoo de resduos velhos;
Drenagem e reteno de percolados;
Drenagem e reteno de gases;
Isolamento e diviso em clulas;
Aterramento celular de resduos velhos e novos;
Aumento de nutrientes
PROCESSOS DE BIORREMEDIAO DOS
IMPACTOS LEVANTADOS
Fase III Tratamento secundrio
Controle de fatores fsico-qumicos influentes no
processo;
Inoculao e partida dos reatores;
Lixiviao bacteriana acetognica;
Lixiviao bacteriana metanognica
PROCESSOS DE BIORREMEDIAO DOS
IMPACTOS LEVANTADOS
Fase III Tratamento secundrio
O processo de biorremediao eficiente quando
ele capaz de mudar a concentrao dos
poluentes, reduzindo-a, e alterar as
caractersticas dos resduos.
Dois dispositivos importantes: aterramento
celular e reatores anxicos.
NOTECarimbo
PROCESSOS DE BIORREMEDIAO DOS
IMPACTOS LEVANTADOS
Fase IV Tratamento tercirio
Primeiro Passo
Extrao forada e queima dos gases;
Rebaixamento da manta lquida;
Desinfeco e descarte dos lquidos;
Remoo da cobertura final;
Abertura das clulas
PROCESSOS DE BIORREMEDIAO DOS
IMPACTOS LEVANTADOS
Fase IV Tratamento tercirio
Segundo Passo
Segregao dos resduos;
Remoo de vidros e metais;
Peneiramento;
Destinao final da frao termodegradvel;
Destinao final da frao biodegradvel;
Destinao final da frao inerte e do rejeito
EXEMPLOS DE ESTUDOS
Estudo de Gandolla (1983)
O lixo antes de ser aterrado sofre um processo de
segregao mecnica e em seguida inoculado
com lodo de esgoto digerido
- Atravs do favorecimento de decomposio no
incio do tratamento: aumento da superfcie
especfica, aumento da densidade pela tcnica de
compactao e inoculao com lodo de esgoto
- Utilizao de atividade biolgica presente em
clulas mais antigas para tratar os resduos nas
clulas mais recentes
EXEMPLOS DE ESTUDOS
Estudo de Beard e McCarty (1983)
Estudos em escala de laboratrio, onde foram testados os efeitos da adio de gua, inculobacteriano e soluo tampo
Resultados:
- Tratamento acelerado de chorume oriundo de aterro sanitrio a temperatura de 35C
- Teor de metano no biogs foi de 70%
- Tempo de reteno hidrulica curto
- Remoo de DQO e produo de metanodependem diretamente da carga orgnicapresente
CONTROLE DO PROCESSO E PROGRAMA DE
MONITORAMENTO
Monitoramento das guas superficiais
Coleta de amostras a montante e a jusante do
ponto onde o efluente lanado para tratamento.
Devem ser analisados, no mnimo, os seguintes
parmetros: pH, condutividade, DBO ou DQO,
NO3 e coliformes fecais
Monitoramento do lenol fretico
Devem ser analisados os mesmo parmetros das
guas superficiais a fim de analisar se h a
contaminao das guas subterrneas
CONTROLE DO PROCESSO E PROGRAMA DE
MONITORAMENTO
Monitoramento da qualidade do chorume
Mesmas anlises feitas para as guas
superficiais
As anlises da qualidade do chorume indicam a
eficincia no processo de biodegradao dos
resduos slidos
CONTROLE DO PROCESSO E PROGRAMA DE
MONITORAMENTO
Monitoramento dos resduos que adentram no aterro
Deve-se promover o quarteamento, com
freqncia, a fim de avaliar o tipo e a composio
dos resduos que adentram no aterro
CONTROLE DO PROCESSO E PROGRAMA DE
MONITORAMENTO
Monitoramento do macio e do sistema de drenagem
Eventuais abatimentos no macio do aterro e
acessos;
Processos erosivos e danos no sistema de
drenagem superficial como quebra de tubulaes
e obstruo de canaletas
No deixar acumular detritos no sistema de
drenagem
CONTROLE DO PROCESSO E PROGRAMA DE
MONITORAMENTO
Monitoramento do sistema de exausto e
drenagem dos gases
Verificar se a queima est acontecendo
Substituir os drenos quando apresentarem
tendncia para rompimento por excesso de
temperatura ou desmoronamento por recalque do
aterro