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ASPECTOS GERAIS DA ASPECTOS GERAIS DA NACIONALIDADE NACIONALIDADE

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ASPECTOS GERAIS DA ASPECTOS GERAIS DA NACIONALIDADENACIONALIDADE

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1.1. A IMPORTÂNCIA DA NACIONALIDADE PARA O DIPrA IMPORTÂNCIA DA NACIONALIDADE PARA O DIPr

– Normatividade Constitucional da Nacionalidade– Elemento de conexão– Direitos humanos

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2. CONCEITO2. CONCEITO

• NACIONALIDADENACIONALIDADEVínculo jurídico-político que liga um indivíduo a

determinado Estado..

• IMPORTÂNCIAIMPORTÂNCIAA aferição da nacionalidade de cada pessoa é importante,

pois distingue entre nacionais e estrangeiros, cujos direitos não são os mesmos.

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Exemplos:

§ 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvosalvo nos casos previstos nesta Constituição.

§ 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos:I - de Presidente e Vice-Presidente da República;II - de Presidente da Câmara dos Deputados;III - de Presidente do Senado Federal;...

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3. DIMENSÕES DA NACIONALIDADE (PAUL LAGARDE)3. DIMENSÕES DA NACIONALIDADE (PAUL LAGARDE)

- Dimensão vertical: é a ligação do indivíduo com o Estado a que pertence e que contém uma série de obrigações do indivíduo para com o Estado, com a contrapartida da proteção diplomática que o Estado estende ao indivíduo onde quer que se encontre no estrangeiro (jurídico-política).

- Dimensão horizontal: faz do nacional membro de uma comunidade que constitui o Estado, titularizando, em regra, prerrogativas e direitos políticos.

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NACIONALIDADE ≠ CIDADANIANACIONALIDADE ≠ CIDADANIA

A nacionalidade é o vínculo jurídico que liga o indivíduo ao Estado. A cidadania representa um conteúdo adicional, de caráter político, que faculta à pessoa certos direitos políticos.

A cidadania pressupõe a nacionalidade, ou seja, para ser titular dos direitos políticos, há de ser nacional, enquanto que o nacional pode perder ou ter seus direitos políticos suspensos, deixando de ser cidadão.

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4) NACIONALIDADE BRASILEIRA4) NACIONALIDADE BRASILEIRA

No Brasil, a nacionalidade tem sido matéria legislada constitucionalmente e regulamentada por leis ordinárias.

Espécies de Aquisição da Nacionalidade:

- Originária: brasileiros natos- Derivada: brasileiros naturalizados

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4.1. Nacionalidade originária:4.1. Nacionalidade originária: Adquirida no momento do nascimento.

(a) critério ius soli: aquisição de nacionalidade do país onde se nasce (ART. 12, I “a” CF).

Art. 12. São brasileiros: I – natos:

a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;

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(b) critério ius sanguinis: aquisição da nacionalidade dos pais à época do nascimento (ART. 12, I “b” CF).

Art. 12. São brasileiros: I – natos:

b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;

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(c) critério da nacionalidade por opção (ART. 12, I “c” CF)

c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente

... ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007)

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4.2. Nacionalidade Derivada (Naturalização)Ato de natureza unilateral e discricionário

É um ato unilateral e discricionário do Estado no exercício de sua soberania, podendo conceder ou negar a nacionalidade a quem (estrangeiro) a requeira. Não está o Estado obrigado a conceder a nacionalidade, mesmo quando o requerente preencher todos os requisitos estabelecidos pelo legislador

Estatuto do Estrangeiro. Art. 121. A satisfação das condições previstas nesta Lei não assegura ao estrangeiro direito à naturalização. (Renumerado pela Lei nº 6.964, de 09/12/81)

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ESPÉCIES DE NATURALIZAÇÃO

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5) PERDA DE NACIONALIDADE (ART. 12 5) PERDA DE NACIONALIDADE (ART. 12 4 CF)4 CF)

- Hipóteses de perda de nacionalidadePerda-punição (ART. 12, 4, inciso I CF)

§ 4º Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: I – tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;

– Pergunta: a expressão “em virtude de atividade nociva ao interesse nacional” é exemplificativa ou exaustiva?

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• STF, RMS 27840STF, RMS 27840

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O Plenário iniciou julgamento de recurso ordinário em mandado de segurança no qual se discute a possibilidade, ou não, de o Ministro de Estado da Justiça, por meio de ato administrativo, cancelar a concessão de naturalização quando embasada em premissas falsas (erro de fato). Trata-se, na espécie, de recurso ordinário interposto contra acórdão do STJ que denegara pedido de anulação da Portaria 361/2008, daquela autoridade, que cancelara a naturalização do recorrente.

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• Essa Corte, com fundamento no Enunciado 473 da Súmula do STF, afirmara que a Administração poderia rever o ato administrativo a qualquer tempo, pois eivado de vício insanável. No caso, o Ministério de Estado da Justiça, em virtude de pleito extradicional formulado pelo país de origem do recorrente, instaurara processo administrativo em que constatado que ele emitira declaração falsa, consistente na omissão da existência de condenação em momento anterior a sua naturalização, razão pela qual anulara esta.

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• O Min. Ricardo Lewandowski, relator, desproveu o recurso por reputar possível o aludido cancelamento pela via administrativa, quando descobertos vícios no seu processo. Inicialmente, enfatizou que a naturalização, em sua forma ordinária (CF, art. 12, II, a), caracterizar-se-ia por ser ato discricionário da Administração relativamente àqueles que atendam aos requisitos estabelecidos na Lei 6.815/80 (Estatuto do Estrangeiro). Em seguida, aduziu que, à época do advento do mencionado estatuto, havia a previsão de que o Presidente da República decretasse a perda da nacionalidade brasileira obtida em fraude contra a lei (CF/69, art. 146, parágrafo único), não sendo a norma repetida pela CF/88.

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• Nada obstante, isso não significaria a sua extirpação do ordenamento jurídico e tampouco a não recepção do art. 112, §§ 2º e 3º, da Lei 6.815/80 ("Art. 112. São condições para a concessão da naturalização: ... § 2º Verificada, a qualquer tempo, a falsidade ideológica ou material de qualquer dos requisitos exigidos neste artigo ou nos arts. 113 e 114 desta Lei, será declarado nulo o ato de naturalização sem prejuízo da ação penal cabível pela infração cometida. § 3º A declaração de nulidade a que se refere o parágrafo anterior processar-se-á administrativamente, no Ministério da Justiça, de ofício ou mediante representação fundamentada, concedido ao naturalizado, para defesa, o prazo de quinze dias, contados da notificação.").

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• Observou que a nova ordem constitucional estabelecera que a naturalização válida somente poderia ser perdida, mediante sentença judicial, em razão de atividade nociva aos interesses nacionais ("Art. 12. ... § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;").

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• Em divergência, o Min. Marco Aurélio proveu o recurso para assentar que, uma vez formalizado o deferimento da naturalização, seu desfazimento apenas poderia ocorrer mediante processo judicial. Asseverou que a cláusula do inciso I do § 4º do art. 12 da CF seria abrangente — no que revelaria que o cancelamento da naturalização deveria ocorrer por sentença judicial — e que a referência feita em sua parte final, ao apontar uma causa, seria simplesmente exemplificativa, haja vista a infinidade de situações que podem surgir, a desaguarem no cancelamento da naturalização. O Min. Dias Toffoli seguiu a divergência.

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• Consignou expressamente a não-recepção, pela CF/88, do art. 112, §§ 2º e 3º da Lei 6.815/80 e proveu o recurso para o fim de declarar nula a Portaria 361/2008, do Ministro da Justiça, restabelecendo, assim, a situação do recorrente como brasileiro naturalizado em todos os órgãos públicos, sem prejuízo de que sua condição de naturalizado seja analisada judicialmente, nos termos do art. 12, § 4º, I, da CF. Após, pediu vista a Min. Cármen Lúcia ...

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(b) perda-mudança (ART. 12 4, inciso II CF)

II – adquirir outra nacionalidade, salvo no casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão n. 3, de 1994)

Exceto nos casos de:

a) reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro

residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis;

(Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão n. 3, de 1994)

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6) CONFLITOS DE NACIONALIDADE6) CONFLITOS DE NACIONALIDADE

Resulta do conflito de leis em matéria de nacionalidade. A aplicação das regras sobre a aquisição da nacionalidade leva muitas vezes à perda de nacionalidade ou à aquisição de polipátria, resultando que as normas internas sobre nacionalidade estabelecidas por um Estado podem repercutir sobre situações criadas ou garantidas pela legislação relativa à nacionalidade de outro Estado.

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• ESPÉCIES DE CONFLITOS DE NACIONALIDADE:

Conflito positivo (mais de uma nacionalidade): Polipatrida ou bipatrida

Conflito negativo (sem nacionalidade): Apatrida

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REGRA DE SOLUÇÃO A APATRIDIAREGRA DE SOLUÇÃO A APATRIDIA

CONVENÇÃO AMERICANA DE DIREITOS HUMANOS (1969)CONVENÇÃO AMERICANA DE DIREITOS HUMANOS (1969)(PACTO DE SAN JOSÉ DA COSTA RICA)(PACTO DE SAN JOSÉ DA COSTA RICA)

Artigo 20 - Direito à nacionalidade:

1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade.2. Toda pessoa tem direito à nacionalidade do Estado em cujo

território houver nascido, se não tiver direito a outra.

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• VAMOS AOS EXERCÍCIOS