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 E L D E F R A N D A S I L V A B A R R A 6 1 8 0 2 0 0 0 2 5 9 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO AMAZONAS (TRE-AM) DIREITO ELEITORAL - ANALISTA E TÉCNICO ADMINISTRATIVO TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 8 PROF: RICARDO GOMES  Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida q ue se realiza”. - Jean Paul Sartre 1 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO AMAZONAS Prezados Alunos! Segue a Aula 8 de Direito Eleitoral! Boa prova a todos! Agora vamos lá! QUADRO SINÓPTICO DA AULA: a) Dos Recursos Eleitorais (disposições preliminares). b) Disposições Penais. 1. DOS R ECURSOS ELEITORAIS. Conceito de Recurso. Os recursos são meios legais de contestação uma decisão judicial

Aula 08 Direito Eleitoral TRE-AM

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    O homem no outra coisa seno seu projeto, e s existe medida que se realiza. - Jean Paul Sartre

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    TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO AMAZONAS

    Prezados Alunos!

    Segue a Aula 8 de Direito Eleitoral!

    Boa prova a todos!

    Agora vamos l!

    QUADRO SINPTICO DA AULA:

    a) Dos Recursos Eleitorais (disposies preliminares).

    b) Disposies Penais.

    1. DOS RECURSOS ELEITORAIS.

    Conceito de Recurso.

    Os recursos so meios legais de contestao uma deciso judicial

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    com a finalidade que seja esta reexaminada por autoridade superior (como regra), para que seja modificada ou reformada.

    No Cdigo Eleitoral, os recursos esto previstos a partir do art. 257.

    Efeitos dos Recursos.

    No Direito Eleitoral, em regra, os recursos NO TM EFEITO SUSPENSIVO. Isto , mesmo com a interposio dos recursos a deciso judicial deve ser executada. Assim, os recursos eleitorais tero meramente efeito devolutivo, o de apenas devolver ao Tribunal o exame da matria.

    Art. 257. Os recursos eleitorais no tero efeito suspensivo.

    Em alguns casos a legislao eleitoral admite efeito suspensivo (Apelao criminal, recurso em sentido estrito em matria eleitoral, recurso contra expedio de diploma e da ao de impugnao de mandato eletivo), mas no matria de nosso estudo agora (fixe-se na regra NO EFEITO SUSPENSIVO).

    Prazos dos Recursos Eleitorais.

    O prazo dos recursos eleitorais contra ato, resoluo ou despacho de 3 DIAS, salvo estipulao especfica de outro prazo em lei.

    So preclusivos (o prazo no poder ser desconsiderado/relevado) os prazos para interposio de recurso, salvo quando este discutir matria constitucional. Quando o recurso versar sobre matria constitucional, deve ser interposto dentro do prazo, porm, mesmo passando o prazo, a lei assegura que poder ser impetrado em momento posterior.

    Mas, o que mesmo precluso, Professor? Neste caso especfico, a precluso a perda da faculdade de recorrer pelo decurso do tempo dado pela lei. Caso o interessado no recorra no prazo de 3 dias, no poder mais recorrer.

    Dica: NO EXISTE PRECLUSO DE MATRIA ELEITORAL

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    CONSTITUCIONAL.

    Art. 258. Sempre que a lei no fixar prazo especial, o recurso dever ser interposto em trs dias da publicao do ato, resoluo ou despacho.

    Art. 259. So preclusivos os prazos para interposio de recurso, salvo quando neste se discutir matria constitucional.

    Pargrafo nico. O recurso em que se discutir matria constitucional no poder ser interposto fora do prazo. Perdido o prazo numa fase prpria, s em outra que se apresentar poder ser interposto.

    Art. 264. Para os Tribunais Regionais e para o Tribunal Superior caber, dentro de 3 (trs) dias, recurso dos atos, resolues ou despachos dos respectivos presidentes.

    Preveno do Relator.

    A distribuio do primeiro recurso a determinado Juiz Relator prevenir a competncia deste para todos os demais casos do mesmo Municpio ou Estado. Preveno significa vinculao de distribuio de processos para determinado Juzo. Assim, o Magistrado prevento receber todos os outros recursos oriundos da mesma unidade federada (Estados e Municpios).

    Cabe aqui fazer uma pequena difereno quanto preveno entre as Cortes Eleitorais:

    TSE Ministro Relator prevento receber os demais recursos que vierem do mesmo Estado.

    TRE Desembargador Relator prevento receber os demais recursos que vierem do mesmo Municpio.

    O TSE j exarou entendimento de que esta preveno diz respeito exclusivamente aos recursos parciais interpostos contra a votao e apurao (Acrdo TSE n 21.380/2004).

    Art. 260. A distribuio do primeiro recurso que chegar ao

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    Tribunal Regional ou Tribunal Superior, PREVENIR a competncia do relator para todos os demais casos do mesmo municpio ou Estado.

    Legitimados para recorrer.

    Com fundamento na regra oriunda do Processo Civil, so legitimados para recorrer de deciso de juzo eleitoral a parte vencida, o terceiro interessado e o Ministrio Pblico Eleitoral.

    Recursos contra a expedio de diploma.

    Segundo o art. 262 do Cdigo Eleitoral, somente caber recurso contra a deciso que expede diploma eleitoral nos casos a seguir:

    a) inelegibilidade ou incompatibilidade de candidato;

    b) errnea interpretao da lei quanto aplicao do sistema de representao proporcional;

    c) erro de direito ou de fato na apurao final, quanto determinao do quociente eleitoral ou partidrio, contagem de votos e classificao de candidato, ou a sua contemplao sob determinada legenda;

    Ex: casos de erros na aplicao do disposto na lei para apurao dos quoeficientes eleitorais ou partidrios; contagem de votos equivocadas, etc.

    d) concesso ou denegao do diploma em manifesta contradio com a prova dos autos, nas hipteses do art. 222 desta Lei, e do art. 41-A da Lei no 9.504, de 30 de setembro de 1997.

    Segundo o TSE, a fraude a ser alegada em recurso de diplomao fundado neste inciso aquela que se refere votao, tendente a comprometer a lisura e a legitimidade do processo eleitoral.

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    Recursos perante as Juntas e Juzos Eleitorais.

    Dos atos, resolues ou despachos tanto das Juntas Eleitorais quanto dos Juzes Eleitorais cabe recurso para o TRE respectivo no prazo de 3 dias.

    O recorrente deve apresentar o recurso em petio prpria, devidamente fundamentada. Neste caso o recurso no tem qualquer nome (Recurso inominado).

    O Cdigo prev que quando o recorrente reportar-se a coao, fraude, interferncia do poder econmico, desvio ou abuso de poder de autoridade, processo de propaganda e captao de sufrgio vedado por lei, cujas provas devam ser determinadas pelo TRE, basta que o pedido indique os meios que possam conduzir as provas, pois o prprio Tribunal se encarregar de produzi-las.

    Procedimento processual dos recursos.

    Com a interposio do recurso, o Juiz mandar intimar o recorrido para tomar cincia do seu contedo, dando-lhe vista dos autos a fim de oferecer razes, acompanhadas ou no de novos documentos, em prazo de at 3 dias.

    A intimao do recorrido ser feita por meio do Dirio Oficial. Caso no seja realizada em at 3 dias, a intimao dever ser feita pessoalmente.

    Regra da intimao: por Dirio Oficial.

    Por ltimo, caso no seja encontrado o recorrido em at 48 horas, a intimao dever ser realizada por Edital.

    Seqncia do procedimento de intimao: Dirio Oficial, Pessoal, Edital.

    Subida dos autos ao TRE.

    Findos os prazos definidos, o Juiz Eleitoral far, em at 48 horas, subir os autos ao TRE com a sua resposta e os documentos em que se fundar.

    Caso o Juiz Eleitoral entenda pela reforma da deciso recorrida

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    antes do envio dos autos ao TRE, o recorrido, dentro de 3 dias, poder requerer que suba o recurso como se por ele interposto. Esta previso legal deve-se ao fato de propiciar ao recorrido recorrer de eventual deciso retratativa do Juiz que possa prejudic-lo.

    Art. 265. Dos atos, resolues ou despachos dos juizes ou juntas eleitorais caber recurso para o Tribunal Regional.

    Pargrafo nico. Os recursos das decises das Juntas sero processados na forma estabelecida pelos artigos. 169 e seguintes.

    Art. 266. O recurso independer de trmo e ser interposto por petio devidamente fundamentada, dirigida ao juiz eleitoral e acompanhada, se o entender o recorrente, de novos documentos.

    Pargrafo nico. Se o recorrente se reportar a coao, fraude, uso de meios de que trata o art. 237 ou emprego de processo de propaganda ou captao de sufrgios vedado por lei, dependentes de prova a ser determinada pelo Tribunal, bastar-lhe- indicar os meios a elas conducentes.

    Art. 237. A interferncia do poder econmico e o desvio ou abuso do poder de autoridade, em desfavor da liberdade do voto, sero coibidos e punidos.

    Art. 267. Recebida a petio, mandar o juiz intimar o recorrido para cincia do recurso, abrindo-se-lhe vista dos autos a fim de, em prazo igual ao estabelecido para a sua interposio, oferecer razes, acompanhadas ou no de novos documentos.

    1 A intimao se far pela publicao da notcia da vista no jornal que publicar o expediente da Justia Eleitoral, onde houver, e nos demais lugares, pessoalmente pelo escrivo, independente de iniciativa do recorrente.

    2 Onde houver jornal oficial, se a publicao no ocorrer no prazo de 3 (trs) dias, a intimao se far pessoalmente ou na forma prevista no pargrafo seguinte.

    3 Nas zonas em que se fizer intimao pessoal, se no fr encontrado o recorrido dentro de 48 (quarenta e oito) horas, a intimao se far por edital afixado no frum, no local de

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    costume.

    4 Todas as citaes e intimaes sero feitas na forma estabelecida neste artigo.

    5 Se o recorrido juntar novos documentos, ter o recorrente vista dos autos por 48 (quarenta e oito) horas para falar sbre os mesmos, contado o prazo na forma dste artigo.

    6 Findos os prazos a que se referem os pargrafos anteriores, o juiz eleitoral far, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, subir os autos ao Tribunal Regional com a sua resposta e os documentos em que se fundar, sujeito multa de dez por cento do salrio-mnimo regional por dia de retardamento, salvo se entender de reformar a sua deciso. (Redao dada pela Lei n 4.961, de 4.5.1966)

    7 Se o juiz reformar a deciso recorrida, poder o recorrido, dentro de 3 (trs) dias, requerer suba o recurso como se por le interposto.

    Recursos nos TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS. Distribuio e vista ao Procurador-Regional.

    Recebido o recurso pelo Presidente do TRE, ser distribudo a um Relator no prazo de 24 horas, segundo a ordem de antiguidade dos seus membros, sob pena de anulao de qualquer ato ou deciso praticada pelo Relator ou pelo TRE.

    Feita a distribuio, ser aberta vista dos autos ao Procurador Regional, que dever emitir Parecer em 5 dias. Caso no emita o Parecer no prazo, a parte interessada poder requerer a incluso do processo em pauta, devendo o Procurador emitir Parecer oral.

    Art. 268. No Tribunal Regional nenhuma alegao escrita ou nenhum documento poder ser oferecido por qualquer das partes, salvo o disposto no art. 270. (Redao dada pela Lei n 4.961, de 4.5.1966)

    Art. 269. Os recursos sero distribudos a um relator em 24 (vinte

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    e quatro) horas e na ordem rigorosa da antigidade dos respectivos membros, esta ltima exigncia sob pena de nulidade de qualquer ato ou deciso do relator ou do Tribunal.

    1 Feita a distribuio, a Secretaria do Tribunal abrir vista dos autos Procuradoria Regional, que dever emitir parecer no prazo de 5 (cinco) dias.

    2 Se a Procuradoria no emitir parecer no prazo fixado, poder a parte interessada requerer a incluso do processo na pauta, devendo o Procurador, nesse caso, proferir parecer oral na assentada do julgamento.

    Decises dos Tribunais Regionais e seus Recursos.

    Estudamos anteriormente que, como regra, as decises dos TREs e mesmo do TSE so irrecorrveis. Assim, as decises dos TREs so terminativas (no cabem mais recursos). No entanto, a legislao e a CF-88 prevem excees, quando caber recurso para o TSE.

    Vejamos ento estas excees, que so comumente cobradas em provas. Inicialmente veremos o que preleciona o Cdigo Eleitoral logo aps a abordagem constitucional.

    Conforme o Cdigo Eleitoral, cabem os seguintes recursos das decises dos TREs para o TSE:

    1. RECURSO ESPECIAL:

    a. quando forem proferidas contra expressa disposio de lei;

    b. quando ocorrer divergncia na interpretao de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais.

    2. RECURSO ORDINRIO:

    a. quando versarem sobre expedio de diplomas nas eleies federais e estaduais;

    b. quando denegarem habeas corpus ou mandado de segurana.

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    Art. 276. As decises dos Tribunais Regionais so terminativas, salvo os casos seguintes em que cabe recurso para o Tribunal Superior:

    I - especial:

    a) quando forem proferidas contra expressa disposio de lei;

    b) quando ocorrer divergncia na interpretao de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais.

    II - ordinrio:

    a) quando versarem sbre expedio de diplomas nas eleies federais e estaduais;

    b) quando denegarem habeas corpus ou mandado de segurana.

    Por sua vez, segundo a CF-88, somente caber recurso do TRE para o TSE nos seguintes casos, previstos no art. 121, 4 da CF-88, assim resumidos:

    1. deciso proferida contra disposio expressa da Constituio ou de Lei;

    2. quando ocorrer divergncia na interpretao de lei entre 2 ou mais TREs o TSE funcionar como uniformizador das decises dos TREs;

    3. deciso que verse sobre inelegibilidade ou expedio de diplomas federais ou estaduais - NO CABER RECURSO para o TSE de deciso sobre inelegibilidade ou expedio de diplomas MUNICIPAL! Pode ser pegadinha de prova!

    4. deciso que anular diploma ou decretar a perda de mandatos eletivos federais e estaduais - NO CABER RECURSO para o TSE de deciso que anular diploma ou decretar a perda de mandato MUNICIPAL! Pode ser pegadinha de prova!

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    5. deciso que denegar:

    a. Habeas Corpus;

    b. Mandado de Segurana;

    c. Habeas Data;

    d. Mandado de Injuno.

    CF-88

    Art. 121

    4 - Das decises dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caber recurso quando:

    I - forem proferidas contra disposio expressa desta Constituio ou de lei;

    II - ocorrer divergncia na interpretao de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais;

    III - versarem sobre inelegibilidade ou expedio de diplomas nas eleies federais ou estaduais;

    IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais;

    V - denegarem "habeas-corpus", mandado de segurana, "habeas-data" ou mandado de injuno.

    Friso que tanto o que est previsto no Cdigo Eleitoral quanto a previso constitucional estaro corretos, a depender do contexto em que o examinador estar exigindo.

    No entanto, segundo a Doutrina, preciso que se combinem os dispositivos do Cdigo Eleitoral nova sistemtica determinada pela CF-88. Com isso, luz do que dita a CF-88, cabem os seguintes recursos das decises dos TREs para o TSE (pequenas alteraes):

    1. RECURSO ESPECIAL:

    a. quando forem proferidas contra expressa disposio da CF e de lei (CF-88, art. 121, 4, I;

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    CE, art. 276, I, a);

    b. quando ocorrer divergncia na interpretao de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais (CF-88, art. 121, 4, II; CE, art. 276, I, b);

    2. RECURSO ORDINRIO:

    a. quando versarem sobre inelegibilidades ou expedio de diplomas nas eleies federais e estaduais (CF-88, art. 121, 4, III; CE, art. 276, II, a);

    b. quando anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais;

    c. quando denegarem habeas corpus, mandado de segurana, habeas data ou mandado de injuno (CF-88, art. 121, 4, V; CE, art. 276, II, b).

    Gente! Vamos decorar estes Recursos Especiais e Ordinrios, pois so fortes candidatos a carem em provas!

    Lembrando que o prazo para interpor de 3 dias! Deve-se abrir vista ao recorrido tambm para manifestar-se em 3 dias.

    Recursos no TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (TSE).

    A regra que as decises do TSE so irrecorrveis!

    No entanto, a CF-88 e o Cdigo Eleitoral prevem e excees. Cabe recurso nos seguintes casos:

    a. RECURSO EXTRAORDINRIO quando a deciso do TSE contrariar a Constituio, caber Recurso Extraordinrio para o STF!, no prazo de 3 DIAS!

    Conforme dispem os art. 121, 3, primeira parte, da CF-88, combinado com o seu art. 102, III, a, cabe Recurso Extraordinrio das decises do TSE que contrariem a Constituio.

    Segundo Smula 728 do STF, o prazo para interpor o Recurso

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    Extraordinrio de 3 DIAS!

    Art. 121

    3 - So irrecorrveis as decises do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituio e as denegatrias de "habeas-corpus" ou mandado de segurana.

    Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituio, cabendo-lhe:

    III - julgar, mediante recurso extraordinrio, as causas decididas em nica ou ltima instncia, quando a deciso recorrida:

    a) contrariar dispositivo desta Constituio;

    Smula STF no 728: de trs dias o prazo para a interposio de recurso extraordinrio contra deciso do Tribunal Superior Eleitoral, contado, quando for o caso, a partir da publicao do acrdo, na prpria sesso de julgamento, nos termos do art. 12 da Lei no 6.055/74, que no foi revogado pela Lei no 8.950/94.

    b. RECURSO ORDINRIO quando a deciso do TSE denegar habeas corpus e mandado de segurana caber Recurso Ordinrio para o STF.

    Conforme dispem os art. 121, 3, segunda parte, da CF-88, combinado com o seu art. 102, II, a, ar. 281 do Cdigo Eleitoral e com base no Acrdo STF Ag. 504.598, cabe Recurso Ordinrio das decises do TSE que deneguem habeas corpus ou mandado de segurana.

    O prazo tambm de 3 dias, conforme art. 281 do Cdigo.

    CF-88

    Art. 121

    3 - So irrecorrveis as decises do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituio e as denegatrias de "habeas-corpus" ou mandado de segurana.

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    Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituio, cabendo-lhe:

    II - julgar, em recurso ordinrio:

    a) o "habeas-corpus", o mandado de segurana, o "habeas-data" e o mandado de injuno decididos em nica instncia pelos Tribunais Superiores, se denegatria a deciso;

    Cdigo Eleitoral

    Art. 281. So irrecorrveis as decises do Tribunal Superior, salvo as que declararem a invalidade de lei ou ato contrrio Constituio Federal e as denegatrias de "habeas corpus"ou mandado de segurana, das quais caber recurso ordinrio para o Supremo Tribunal Federal, interposto no prazo de 3 (trs) dias.

    Por fim, recomendo aos nobres alunos que, como etapa indispensvel do estudo desta matria, seja realizada leitura direta dos dispositivos legais dos arts. 257 a 282 do Cdigo Eleitoral.

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    2. CRIMES ELEITORAIS.

    Noes Gerais.

    Crime o fato tpico e antijurdico. toda e qualquer conduta humana (omisso ou ao) descrita expressamente como crime na lei penal.

    Crime Eleitoral toda infrao prevista como crime pelo Cdigo Eleitoral, pela Lei n 9.504/97 e pelas demais leis que regulam o Direito Eleitoral (ex: Lei Complementar n 64/90, Lei n 6.996/82 e Lei n 6.091/74). Por meio da tipificao como crime de certas condutas eleitorais ilcitas objetiva-se preservar a lisura do corpo eleitoral.

    Estas normas eleitorais dispem sobre condutas lesivas ao processo eleitoral e aos servios eleitorais (voto, propaganda partidria, registro de candidaturas e alistamento eleitoral, etc).

    Caracterizao dos Funcionrios Pblicos.

    Para efeitos penais eleitorais so considerados membros e funcionrios da Justia Eleitoral:

    a. os magistrados que, mesmo no exercendo funes eleitorais, estejam presidindo Juntas Apuradoras ou se encontrem no exerccio de outra funo por designao de Tribunal Eleitoral;

    Resumindo: qualquer Magistrado! mesmo sem funo eleitoral, mas que estejam presidindo Juntas Eleitorais ou estejam em outra funo eleitoral designada pelo TRE.

    b. os cidado que temporariamente integram rgos da Justia Eleitoral;

    c. os cidado que hajam sido nomeados para as mesas receptoras ou Juntas Apuradoras;

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    Ex: Mesrios,

    d. os funcionrios requisitados pela Justia Eleitoral.

    Ex: servidores no pertencentes aos quadros do TRE, mas requisitados de outras entidades pblicas (servidor requisitado de Prefeituras ou do Estado).

    Sem muita repercusso prtica, o Cdigo considera como funcionrio pblico (no utilizou o termo funcionrio da Justia Eleitoral) para fins penais, alm dos indicados acima, quem, embora transitoriamente ou sem remunerao, exerce cargo, emprego ou funo pblica.

    Ademais, acrescenta o Cdigo dispondo que se equipara a funcionrio pblico quem exerce cargo, emprego ou funo em entidade paraestatal ou em sociedade de economia mista.

    Desse modo, todos os servidores pblicos em sentido amplo (estatutrios, celetistas e prestadores de servio) tambm so considerados funcionrios pblicos para fins penais.

    Art. 283. Para os efeitos penais so considerados membros e funcionrios da Justia Eleitoral:

    I - os magistrados que, mesmo no exercendo funes eleitorais, estejam presidindo Juntas Apuradoras ou se encontrem no exerccio de outra funo por designao de Tribunal Eleitoral;

    II - Os cidados que temporariamente integram rgos da Justia Eleitoral;

    III - Os cidados que hajam sido nomeados para as mesas receptoras ou Juntas Apuradoras;

    IV - Os funcionrios requisitados pela Justia Eleitoral.

    1 Considera-se funcionrio pblico, para os efeitos penais, alm dos indicados no presente artigo, quem, embora transitoriamente ou sem remunerao, exerce cargo, emprego ou funo pblica.

    2 Equipara-se a funcionrio pblico quem exerce cargo, emprego ou funo em entidade paraestatal ou em sociedade de

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    economia mista.

    Penas cominadas no Direito Penal Eleitoral.

    Quanto s penas, quando o Cdigo Eleitoral no indicar o grau mnimo, este ser de 15 DIAS para pena de Deteno e 1 ANO para Recluso.

    Grau mnimo subsidirio de Pena:

    15 DIAS para pena de DETENO

    1 ANO para pena de RECLUSO

    Se a lei determinar a agravao ou a atenuao da pena sem mencionar o quantum a ser aplicado, o Juiz Eleitoral dever fix-lo entre 1/5 e 1/3.

    Limites subsidirios para agravao ou atenuao da pena: entre 1/5 e 1/3

    A Pena de Multa a ser aplicada nos crimes eleitorais fixada em dias-multa. O montante a ser aplicado de, no mnimo, 1 (um) dia multa e no mximo 300 (trezentos) dias-multa.

    O valor de cada dia-multa fixado pelo Juiz com base nas condies pessoais e econmicas do condenado. O seu valor no tem mais vinculao com o salrio mnimo.

    A multa pode ser aumentada at o TRIPLO se o Juiz considerar que o condenado Rico demais! Rsrs. Se considerar que diante das condies econmicas da vtima ser a multa ineficaz como punio.

    Pena de multa:

    entre 1 dia multa e 300 dias-multa;

    Dia multa: considerar as condies pessoais e econmicas do condenado;

    Pode ser aumentada at o TRIPLO.

    Art. 284. Sempre que este Cdigo no indicar o grau mnimo, entende-se que ser ele de 15 quinze dias para a pena de

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    deteno e de 1 um ano para a de recluso.

    Art. 285. Quando a lei determina a agravao ou atenuao da pena sem mencionar o "quantum", deve o juiz fix-lo entre um quinto e um tero, guardados os limites da pena cominada ao crime.

    Art. 286. A pena de multa consiste no pagamento ao Tesouro Nacional, de uma soma de dinheiro, que fixada em dias-multa. Seu montante , no mnimo, 1 (um) dia-multa e, no mximo, 300 (trezentos) dias-multa.

    1 O montante do dia-multa fixado segundo o prudente arbtrio do juiz, devendo este ter em conta as condies pessoais e econmicas do condenado, mas no pode ser inferior ao salrio-mnimo dirio da regio, nem superior ao valor de um salrio-mnimo mensal.

    2 A multa pode ser aumentada at o triplo, embora no possa exceder o mximo genrico caput, se o juiz considerar que, em virtude da situao econmica do condenado, ineficaz a cominada, ainda que no mximo, ao crime de que se trate.

    Aplicao subsidiria do Cdigo Penal e de outras Leis.

    Aos crimes eleitorais previstos no Cdigo Eleitoral so aplicadas as regras gerais previstas no Cdigo Penal!

    O Cdigo Eleitoral no norma exclusivamente penal. Pelo contrrio, excepcionalmente esto nele dispostas condutas criminais. Por isso, devem-se aplicar as normas gerais insculpidas na Lei Penal, da seara prpria do Direito Penal.

    Segundo o Cdigo Eleitoral, nos crimes eleitorais cometidos por meio da imprensa, do rdio ou da televiso, aplicam-se EXCLUSIVAMENTE as normas do Cdigo Eleitoral e as remisses a outras Leis nele previstas. Por este raciocnio, no se aplica os crimes previstos na Lei de Imprensa e a prpria Lei de Imprensa quando da ocorrncia de crime previsto no Cdigo Eleitoral. Ressalto que se aplica normalmente o Cdigo Penal por esta expressamente previsto no Cdigo Eleitoral.

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    Art. 287. Aplicam-se aos fatos incriminados nesta lei as regras gerais do Cdigo Penal.

    Art. 288. Nos crimes eleitorais cometidos por meio da imprensa, do rdio ou da televiso, aplicam-se exclusivamente as normas deste Cdigo e as remisses a outra lei nele contempladas.

    TIPOS PENAIS ELEITORAIS.

    Listo abaixo, de forma didtica, todos os crimes eleitorais previstos no Cdigo Eleitoral. A mera leitura dos tipos penais basta para seu conhecimento. Por isso, recomendo a leitura de cada um dos crimes para fixao das condutas tidas pelo Cdigo como crime eleitoral.

    Cdigo Eleitoral:

    Art. 289. Inscrever-se fraudulentamente eleitor: Art. 290 Induzir algum a se inscrever eleitor com infrao de qualquer dispositivo deste Cdigo. Art. 291. Efetuar o juiz, fraudulentamente, a inscrio de alistando. Art. 292. Negar ou retardar a autoridade judiciria, sem fundamento legal, a inscrio requerida: Art. 293. Perturbar ou impedir de qualquer forma o alistamento: Art. 294. REVOGADO. Art. 295. Reter ttulo eleitoral contra a vontade do eleitor: O art. 91 da Lei n 9.504/97 dispe que constitui crime reteno de ttulo ou do comprovante do alistamento eleitoral. Art. 296. Promover desordem que prejudique os trabalhos eleitorais. Art. 297. Impedir ou embaraar o exerccio do sufrgio. Art. 298. Prender ou deter eleitor, membro de mesa receptora, fiscal, delegado de partido ou candidato, com violao do disposto no Art. 236. Art. 299. Dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, ddiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer absteno, ainda que a oferta no seja aceita: Art. 300. Valer-se o servidor pblico da sua autoridade para coagir algum a votar ou no votar em determinado candidato ou partido: Pargrafo nico. Se o agente membro ou funcionrio da Justia Eleitoral e comete o crime prevalecendo-se do cargo a pena agravada. Art. 301. Usar de violncia ou grave ameaa para coagir algum a votar, ou no votar, em determinado candidato ou partido, ainda que os fins visados no sejam conseguidos:

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    Art. 302. Promover, no dia da eleio, com o fim de impedir, embaraar ou fraudar o exerccio do voto a concentrao de eleitores, sob qualquer forma, inclusive o fornecimento gratuito de alimento e transporte coletivo (revogado). Art. 303. Majorar os preos de utilidades e servios necessrios realizao de eleies, tais como transporte e alimentao de eleitores, impresso, publicidade e divulgao de matria eleitoral. Art. 304. Ocultar, sonegar aambarcar ou recusar no dia da eleio o fornecimento, normalmente a todos, de utilidades, alimentao e meios de transporte, ou conceder exclusividade dos mesmos a determinado partido ou candidato: Art. 305. Intervir autoridade estranha mesa receptora, salvo o juiz eleitoral, no seu funcionamento sob qualquer pretexto: Art. 306. No observar a ordem em que os eleitores devem ser chamados a votar: Art. 307. Fornecer ao eleitor cdula oficial j assinalada ou por qualquer forma marcada. Art. 308. Rubricar e fornecer a cdula oficial em outra oportunidade que no a de entrega da mesma ao eleitor. Art. 309. Votar ou tentar votar mais de uma vez, ou em lugar de outrem: Art. 310. Praticar, ou permitir membro da mesa receptora que seja praticada, qualquer irregularidade que determine a anulao de votao, salvo no caso do Art. 311: Art. 311. Votar em seo eleitoral em que no est inscrito, salvo nos casos expressamente previstos, e permitir, o presidente da mesa receptora, que o voto seja admitido: Art. 312. Violar ou tentar violar o sigilo do voto: Art. 313. Deixar o juiz e os membros da Junta de expedir o boletim de apurao imediatamente aps a apurao de cada urna e antes de passar subseqente, sob qualquer pretexto e ainda que dispensada a expedio pelos fiscais, delegados ou candidatos presentes. Pargrafo nico. Nas sees eleitorais em que a contagem for procedida pela mesa receptora incorrero na mesma pena o presidente e os mesrios que no expedirem imediatamente o respectivo boletim. Art. 314. Deixar o juiz e os membros da Junta de recolher as cdulas apuradas na respectiva urna, fech-la e lacr-la, assim que terminar a apurao de cada seo e antes de passar subseqente, sob qualquer pretexto e ainda que dispensada a providencia pelos fiscais, delegados ou candidatos presentes: Pargrafo nico. Nas sees eleitorais em que a contagem dos votos for procedida pela mesa receptora incorrero na mesma pena o presidente e os mesrios que no fecharem e lacrarem a urna aps a contagem.

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    Art. 315. Alterar nos mapas ou nos boletins de apurao a votao obtida por qualquer candidato ou lanar nesses documentos votao que no corresponda s cdulas apuradas: Art. 316. No receber ou no mencionar nas atas da eleio ou da apurao os protestos devidamente formulados ou deixar de remet-los instncia superior: Art. 317. Violar ou tentar violar o sigilo da urna ou dos invlucros. Art. 318. Efetuar a mesa receptora a contagem dos votos da urna quando qualquer eleitor houver votado sob impugnao (art. 190): Art. 319. Subscrever o eleitor mais de uma ficha de registro de um ou mais partidos: Art. 320. Inscrever-se o eleitor, simultaneamente, em dois ou mais partidos: Art. 321. Colher a assinatura do eleitor em mais de uma ficha de registro de partido: Art. 322. (Revogado pela Lei n 9.504, de 30.9.1997) 1 Nas mesmas penas incorre quem, sabendo falsa a imputao, a propala ou divulga. Art. 323. Divulgar, na propaganda, fatos que sabe inverdicos, em relao a partidos ou candidatos e capazes de exercerem influncia perante o eleitorado. Pargrafo nico. A pena agravada se o crime cometido pela imprensa, rdio ou televiso. 2 A prova da verdade do fato imputado exclui o crime, mas no admitida: I - se, constituindo o fato imputado crime de ao privada, o ofendido, no foi condenado por sentena irrecorrvel; II - se o fato imputado ao Presidente da Repblica ou chefe de governo estrangeiro; III - se do crime imputado, embora de ao pblica, o ofendido foi absolvido por sentena irrecorrvel.

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    Art. 324. Caluniar algum, na propaganda eleitoral, ou visando fins de propaganda, imputando-lhe falsamente fato definido como crime: Pena - deteno de seis meses a dois anos, e pagamento de 10 a 40 dias-multa. 1 Nas mesmas penas incorre quem, sabendo falsa a imputao, a propala ou divulga. 2 A prova da verdade do fato imputado exclui o crime, mas no admitida: I - se, constituindo o fato imputado crime de ao privada, o ofendido, no foi condenado por sentena irrecorrvel; II - se o fato imputado ao Presidente da Repblica ou chefe de governo estrangeiro; III - se do crime imputado, embora de ao pblica, o ofendido foi absolvido por sentena irrecorrvel. Art. 325. Difamar algum, na propaganda eleitoral, ou visando a fins de propaganda, imputando-lhe fato ofensivo sua reputao: Pargrafo nico. A exceo da verdade somente se admite se ofendido funcionrio pblico e a ofensa relativa ao exerccio de suas funes. Art. 326. Injuriar algum, na propaganda eleitoral, ou visando a fins de propaganda, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: 1 O juiz pode deixar de aplicar a pena: I - se o ofendido, de forma reprovvel, provocou diretamente a injria; II - no caso de retoro imediata, que consista em outra injria. 2 Se a injria consiste em violncia ou vias de fato, que, por sua natureza ou meio empregado, se considerem aviltantes: Art. 327. As penas cominadas nos artigos. 324, 325 e 326, aumentam-se de um tero, se qualquer dos crimes cometido: I - contra o Presidente da Repblica ou chefe de governo estrangeiro; II - contra funcionrio pblico, em razo de suas funes; III - na presena de vrias pessoas, ou por meio que facilite a divulgao da ofensa. Art. 328. (Revogado pela Lei n 9.504, de 30.9.1997) Art. 329. (Revogado pela Lei n 9.504, de 30.9.1997) Art. 330. Nos casos dos artigos. 328 e 329 se o agente repara o dano antes da sentena final, o juiz pode reduzir a pena. Art. 331. Inutilizar, alterar ou perturbar meio de propaganda devidamente empregado: Art. 332. Impedir o exerccio de propaganda: Art. 333. (Revogado pela Lei n 9.504, de 30.9.1997) Art. 334. Utilizar organizao comercial de vendas, distribuio de mercadorias, prmios e sorteios para propaganda ou aliciamento de eleitores:

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    Art. 335. Fazer propaganda, qualquer que seja a sua forma, em lngua estrangeira: Pargrafo nico. Alm da pena cominada, a infrao ao presente artigo importa na apreenso e perda do material utilizado na propaganda. Art. 336. Na sentena que julgar ao penal pela infrao de qualquer dos artigos. 322, 323, 324, 325, 326,328, 329, 331, 332, 333, 334 e 335, deve o juiz verificar, de acordo com o seu livre convenciona mento, se diretrio local do partido, por qualquer dos seus membros, concorreu para a prtica de delito, ou dela se beneficiou conscientemente. Pargrafo nico. Nesse caso, impor o juiz ao diretrio responsvel pena de suspenso de sua atividade eleitoral por prazo de 6 a 12 meses, agravada at o dobro nas reincidncias. Ar. 337. Participar, o estrangeiro ou brasileiro que no estiver no gosto dos seus direitos polticos, de atividades partidrias inclusive comcios e atos de propaganda em recintos fechados ou abertos: A Resoluo TSE n 21.831/2004 dispe que inexiste proibio de estrangeiros, exceto o asilado poltico, de efetuar no Brasil campanha eleitoral de candidatos do pas de origem. Pargrafo nico. Na mesma pena incorrer o responsvel pelas emissoras de rdio ou televiso que autorizar transmisses de que participem os mencionados neste artigo, bem como o diretor de jornal que lhes divulgar os pronunciamentos. Art. 338. No assegurar o funcionrio postal a prioridade prevista no Art. 239: Art. 339 - Destruir, suprimir ou ocultar urna contendo votos, ou documentos relativos eleio: Pargrafo nico. Se o agente membro ou funcionrio da Justia Eleitoral e comete o crime prevalecendo-se do cargo, a pena agravada. Art. 340. Fabricar, mandar fabricar, adquirir, fornecer, ainda que gratuitamente, subtrair ou guardar urnas, objetos, mapas, cdulas ou papis de uso exclusivo da Justia Eleitoral: Pargrafo nico. Se o agente membro ou funcionrio da Justia Eleitoral e comete o crime prevalecendo-se do cargo, a pena agravada. Art. 341. Retardar a publicao ou no publicar, o diretor ou qualquer outro funcionrio de rgo oficial federal, estadual, ou municipal, as decises, citaes ou intimaes da Justia Eleitoral: Art. 342. No apresentar o rgo do Ministrio Pblico, no prazo legal, denncia ou deixar de promover a execuo de sentena condenatria: Art. 343. No cumprir o juiz o disposto no 3 do Art. 357: Art. 344. Recusar ou abandonar o servio eleitoral sem justa causa:

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    Art. 345. No cumprir a autoridade judiciria, ou qualquer funcionrio dos rgos da Justia Eleitoral, nos prazos legais, os deveres impostos por este Cdigo, se a infrao no estiver sujeita a outra penalidade: (Redao dada pela Lei n 4.961, de 4.5.1966) Art. 346. Violar o disposto no Art. 377: Pargrafo nico. Incorrero na pena, alm da autoridade responsvel, os servidores que prestarem servios e os candidatos, membros ou diretores de partido que derem causa infrao. Art. 347. Recusar algum cumprimento ou obedincia a diligncias, ordens ou instrues da Justia Eleitoral ou opor embaraos sua execuo: Art. 348. Falsificar, no todo ou em parte, documento pblico, ou alterar documento pblico verdadeiro, para fins eleitorais: 1 Se o agente funcionrio pblico e comete o crime prevalecendo-se do cargo, a pena agravada. 2 Para os efeitos penais, equipara-se a documento pblico o emanado de entidade paraestatal inclusive Fundao do Estado. Ar. 349. Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular verdadeiro, para fins eleitorais: Art. 350. Omitir, em documento pblico ou particular, declarao que dle devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declarao falsa ou diversa da que devia ser escrita, para fins eleitorais: Pargrafo nico. Se o agente da falsidade documental funcionrio pblico e comete o crime prevalecendo-se do cargo ou se a falsificao ou alterao de assentamentos de registro civil, a pena agravada. Art. 351. Equipara-se a documento (348,349 e 350) para os efeitos penais, a fotografia, o filme cinematogrfico, o disco fonogrfico ou fita de ditafone a que se incorpore declarao ou imagem destinada prova de fato juridicamente relevante. Ar. 352. Reconhecer, como verdadeira, no exerccio da funo pblica, firma ou letra que o no seja, para fins eleitorais: Art. 353. Fazer uso de qualquer dos documentos falsificados ou alterados, a que se referem os artigos. 348 a 352: Art. 354. Obter, para uso prprio ou de outrem, documento pblico ou particular, material ou ideologicamente falso para fins eleitorais.

    Tipos Penais previstos na Lei das Eleies (Lei n 9.504/97):

    Art. 33. As entidades e empresas que realizarem pesquisas de opinio pblica relativas s eleies ou aos candidatos, para conhecimento pblico, so obrigadas, para cada pesquisa, a registrar, junto Justia Eleitoral, at cinco dias antes da divulgao, as seguintes informaes:

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    4 A divulgao de pesquisa fraudulenta constitui crime, punvel com deteno de seis meses a um ano e multa no valor de cinqenta mil a cem mil UFIR. Art. 34. (VETADO) 2 O no-cumprimento do disposto neste artigo ou qualquer ato que vise a retardar, impedir ou dificultar a ao fiscalizadora dos partidos constitui crime, punvel com deteno, de seis meses a um ano, com a alternativa de prestao de servios comunidade pelo mesmo prazo, e multa no valor de dez mil a vinte mil UFIR. Art. 39 5 Constituem crimes, no dia da eleio, punveis com deteno, de seis meses a um ano, com a alternativa de prestao de servios comunidade pelo mesmo perodo, e multa no valor de cinco mil a quinze mil UFIR: I - o uso de alto-falantes e amplificadores de som ou a promoo de comcio ou carreata; II - a arregimentao de eleitor ou a propaganda de boca de urna; (Redao dada pela Lei n 11.300, de 2006) III - a divulgao de qualquer espcie de propaganda de partidos polticos ou de seus candidatos. (Redao dada pela Lei n 12.034, de 2009) Art. 40. O uso, na propaganda eleitoral, de smbolos, frases ou imagens, associadas ou semelhantes s empregadas por rgo de governo, empresa pblica ou sociedade de economia mista constitui crime, punvel com deteno, de seis meses a um ano, com a alternativa de prestao de servios comunidade pelo mesmo perodo, e multa no valor de dez mil a vinte mil UFIR. Art. 72. Constituem crimes, punveis com recluso, de cinco a dez anos: I - obter acesso a sistema de tratamento automtico de dados usado pelo servio eleitoral, a fim de alterar a apurao ou a contagem de votos; II - desenvolver ou introduzir comando, instruo, ou programa de computador capaz de destruir, apagar, eliminar, alterar, gravar ou transmitir dado, instruo ou programa ou provocar qualquer outro resultado diverso do esperado em sistema de tratamento automtico de dados usados pelo servio eleitoral; III - causar, propositadamente, dano fsico ao equipamento usado na votao ou na totalizao de votos ou a suas partes. Art. 87. Na apurao, ser garantido aos fiscais e delegados dos partidos e coligaes o direito de observar diretamente, a distncia no superior a um metro da mesa, a abertura da urna, a abertura e a contagem das cdulas e o preenchimento do boletim . 1 O no-atendimento ao disposto no caput enseja a impugnao do resultado da urna, desde que apresentada antes da divulgao do boletim.

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    2 Ao final da transcrio dos resultados apurados no boletim, o Presidente da Junta Eleitoral obrigado a entregar cpia deste aos partidos e coligaes concorrentes ao pleito cujos representantes o requeiram at uma hora aps sua expedio. 3 Para os fins do disposto no pargrafo anterior, cada partido ou coligao poder credenciar at trs fiscais perante a Junta Eleitoral, funcionando um de cada vez. 4 O descumprimento de qualquer das disposies deste artigo constitui crime, punvel com deteno de um a trs meses, com a alternativa de prestao de servios comunidade pelo mesmo perodo e multa, no valor de um mil a cinco mil UFIR. Art. 91. Pargrafo nico. A reteno de ttulo eleitoral ou do comprovante de alistamento eleitoral constitui crime, punvel com deteno, de um a trs meses, com a alternativa de prestao de servios comunidade por igual perodo, e multa no valor de cinco mil a dez mil UFIR.

    Tipo Penal previsto na Lei Complementar n 64/90:

    Art. 25. Constitui crime eleitoral a argio de inelegibilidade, ou a impugnao de registro de candidato feito por interferncia do poder econmico, desvio ou abuso do poder de autoridade, deduzida de forma temerria ou de manifesta m-f: Pena: deteno de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa de 20 (vinte) a 50 (cinqenta) vezes o valor do Bnus do Tesouro Nacional (BTN) e, no caso de sua extino, de ttulo pblico que o substitua.

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    3. PROCESSO PENAL ELEITORAL.

    Ao Penal.

    Cuidado!

    As infraes definidas no Cdigo Eleitoral so de Ao Penal Pblica! No so de Ao Penal Privada!

    Assim, a ao penal sempre de iniciativa pblica, cabendo ao membro do Ministrio Pblico a sua propositura perante o Juzo Eleitoral.

    Para concursos mais aprofundados, destaco que segundo o TSE cabvel ao penal privada subsidiria da pblica no mbito da Justia Eleitoral, por tratar-se de garantia constitucional, prevista na CF/88, art. 5o, LIX (Acrdo TSE n 21.295/2003). Por outro lado, inadmissvel a ao penal pblica condicionada a representao do ofendido, em virtude do interesse pblico que envolve a matria eleitoral.

    Obs: No cabe ao penal privada, apenas a privada em substituio da pblica no proposta!

    Art. 355. As infraes penais definidas neste Cdigo so de ao pblica!!.

    Notitia Criminis Eleitoral.

    Qualquer cidado que tiver conhecimento da ocorrncia de uma infrao penal prevista no Cdigo Eleitoral dever fazer a devida comunicao ao Juiz Eleitoral da Zona Eleitoral onde o fato ocorreu. Caso seja verbal a comunio, o Juiz Eleitoral dever reduzir a termo suas declaraes, sendo assinada em seguida pelo declarante e por 2 testemunhas.

    Aps isso, o Juiz Eleitoral encaminhar o termo de declarao ao representante do Ministrio Pblico Eleitoral para que tome as providncias de sua alada.

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    Art. 356. Todo cidado que tiver conhecimento de infrao penal dste Cdigo dever comunic-la ao juiz eleitoral da zona onde a mesma se verificou.

    1 Quando a comunicao fr verbal, mandar a autoridade judicial reduzi-la a trmo, assinado pelo apresentante e por duas testemunhas, e a remeter ao rgo do Ministrio Pblico local, que proceder na forma dste Cdigo.

    Atuao do Ministrio Pblico Eleitoral.

    Caso o MP Eleitoral entenda pela ocorrncia de crime eleitoral, oferecer DENNCIA em 10 DIAS! A Denncia a Petio Inicial da Ao Penal.

    Friso que permitida a transao penal e a suspenso condicional do processo (Lei n 9.099/95 e Lei n 10.259/01) no processo penal eleitoral, desde que reunidos os pressupostos necessrios para concesso do benefcio legal (Resolues TSE n 21.294/2002 e n 25.137/2005).

    Ainda, consoante deciso do TSE, da mesma forma que no processo penal comum, a inobservncia do prazo para denncia no extingue a punibilidade (prazo imprprio) Acrdos n 234/94 e 4.692/2004.

    Por outro lado, se o MP entender pela inexistncia de crime eleitoral, requerer o arquivamento da comunicao feita. No entanto, se o Juiz Eleitoral considerar improcedentes as razes do arquivamento, FAR REMESSA da comunicao ao PROCURADOR REGIONAL, que poder oferecer nova Denncia, designar novo Promotor Eleitoral para oferec-la ou insistir no arquivamento proposto (o qual o Juiz Eleitoral no poder mais se irresignar).

    Apesar de ser o contedo de toda e qualquer denncia, conforme a Lei Processual Penal, vale destacar o contedo da Denncia, conforme o Cdigo Eleitoral:

    a. exposio do fato criminoso com todas as suas circunstncias,

    b. qualificao do acusado ou esclarecimentos pelos quais se

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    possa identific-lo,

    c. classificao do crime e, quando necessrio, o

    d. rol das testemunhas

    Se o MP no oferecer Denncia no prazo de 10 DIAS, a Lei faculta as seguintes possibilidades:

    1. o Juiz Eleitoral dever representar contra o Membro do MP Eleitoral, sem prejuzo da apurao de sua responsabilidade penal pela omisso;

    2. o Juiz Eleitoral poder tambm solicitar ao Procurador Regional a designao de outro Promotor para oferecer Denncia;

    3. qualquer eleitor poder provocar esta representao contra o Membro do MP Eleitoral se o Juiz Eleitoral no o fizer tambm no prazo de 10 dias.

    Art. 356

    2 Se o Ministrio Pblico julgar necessrios maiores esclarecimentos e documentos complementares ou outros elementos de convico, dever requisit-los diretamente de quaisquer autoridades ou funcionrios que possam fornec-los.

    Art. 357. Verificada a infrao penal, o Ministrio Pblico oferecer a denncia dentro do prazo de 10 (dez) dias.

    1 Se o rgo do Ministrio Pblico, ao invs de apresentar a denncia, requerer o arquivamento da comunicao, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razes invocadas, far remessa da comunicao ao Procurador Regional, e ste oferecer a denncia, designar outro Promotor para oferec-la, ou insistir no pedido de arquivamento, ao qual s ento estar o juiz obrigado a atender.

    2 A denncia conter a exposio do fato criminoso com todas as suas circunstncias, a qualificao do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identific-lo, a classificao do crime e, quando necessrio, o rol das testemunhas.

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    3 Se o rgo do Ministrio Pblico no oferecer a denncia no prazo legal representar contra le a autoridade judiciria, sem prejuzo da apurao da responsabilidade penal.

    4 Ocorrendo a hiptese prevista no pargrafo anterior o juiz solicitar ao Procurador Regional a designao de outro promotor, que, no mesmo prazo, oferecer a denncia.

    5 Qualquer eleitor poder provocar a representao contra o rgo do Ministrio Pblico se o juiz, no prazo de 10 (dez) dias, no agir de ofcio.

    Denncia rejeitada.

    A Denncia do MP Eleitoral ser rejeitada quando:

    1. o fato narrado evidentemente no constituir crime;

    2. j estiver extinta a punibilidade, pela prescrio ou outra causa;

    A extino da punibilidade a perda do direito de punir do Estado pela caracterizao de algum fato previsto em lei, bloqueando o incio ou a continuao da ao penal eleitoral. Um exemplo de fato extintivo da punibilidade a morte do agente, a ocorrncia da prescrio penal.

    3. fr manifesta a ilegitimidade da parte ou faltar condio exigida pela lei para o exerccio da ao penal.

    Ex: Caso um eleitor proponha uma Denncia de crime eleitoral este ser rejeitado por falta de legitimidade para propor (apenas o MP Eleitoral pode, como regra).

    A rejeio estes motivos no obstar nova propositura de Denncia desde que seja pela parte legtima ou seja satisfeita a condia exigida pela lei.

    Art. 358. A denncia, ser rejeitada quando:

    I - o fato narrado evidentemente no constituir crime;

    II - j estiver extinta a punibilidade, pela prescrio ou outra

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    causa;

    III - fr manifesta a ilegitimidade da parte ou faltar condio exigida pela lei para o exerccio da ao penal.

    Pargrafo nico. Nos casos do nmero III, a rejeio da denncia no obstar ao exerccio da ao penal, desde que promovida por parte legtima ou satisfeita a condio.

    Procedimentos aps recebimento da Denncia.

    Aps o recebimento da Denncia, o Juiz deve designar data para depoimento pessoal do acusado, ordenando a citao do ru e a notificao ao MP Eleitoral.

    O prazo para resposta do ru (para OFERECER ALEGAES iniciais) de 10 DIAS!

    Aps a instruo do processo, ser aberto novo prazo para cada uma das partes interpor ALEGAES FINAIS no prazo de 5 DIAS (nico prazo das partes que no 10 dias). Para lembrar, basta pensar que todas as alegaes j foram feitas no processo, logo, para as alegaes finais no precisa de um prazo to elstico. Basta 5 dias e no 10 dias.

    Com a interposio das alegaes finais, o processo deve ser concluso ao Juiz em 48 horas, que dever proferir sentena em 10 dias.

    Recurso das decises do Juiz Eleitoral, tanto de condenao quanto de absolvio, cabe RECURSO para o TRE no prazo de 10 DIAS!

    Sendo a deciso do TRE condenatria, a execuo da sentena se dar no Juzo de 1 grau. Para isso, os autos sero baixados instncia inferior para que seja executada a deciso no prazo de 5 dias aps vista do MP.

    Igualmente hiptese de no promoo de Denncia no prazo legal, caso o MP deixe de promover a execuo da sentena, dever o Juiz representar contra o Membro do MP (aplicando-se as normas previstas no art. 357, 3, 4 e 5).

    RESUMO DOS PRAZOS:

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    Denncia 10 DIAS

    ALEGAES iniciais (resposta do ru) 10 DIAS

    ALEGAES FINAIS 5 DIAS

    RECURSO de deciso criminal eleitoral 10 DIAS

    Concluso ao Juiz 48 horas; Sentenciar 10 DIAS.

    Art. 359. Recebida a denncia, o juiz designar dia e hora para o depoimento pessoal do acusado, ordenando a citao deste e a notificao do Ministrio Pblico.

    Pargrafo nico. O ru ou seu defensor ter o prazo de 10 (dez) dias para oferecer alegaes escritas e arrolar testemunhas. (Includo pela Lei n 10.732, de 5.9.2003)

    Art. 360. Ouvidas as testemunhas da acusao e da defesa e praticadas as diligncias requeridas pelo Ministrio Pblico e deferidas ou ordenadas pelo juiz, abrir-se- o prazo de 5 (cinco) dias a cada uma das partes - acusao e defesa - para alegaes finais.

    Art. 361. Decorrido esse prazo, e conclusos os autos ao juiz dentro de quarenta e oito horas, ter o mesmo 10 (dez) dias para proferir a sentena.

    Art. 362. Das decises finais de condenao ou absolvio cabe recurso para o Tribunal Regional, a ser interposto no prazo de 10 (dez) dias.

    Art. 363. Se a deciso do Tribunal Regional fr condenatria, baixaro imediatamente os autos instncia inferior para a execuo da sentena, que ser feita no prazo de 5 (cinco) dias, contados da data da vista ao Ministrio Pblico.

    Pargrafo nico. Se o rgo do Ministrio Pblico deixar de promover a execuo da sentena sero aplicadas as normas constantes dos pargrafos 3, 4 e 5 do Art. 357.

    Aplicao subsidiria do Cdigo de Processo Penal.

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    No processo penal eleitoral (processo e julgamento dos crimes eleitorais) aplicam-se, de forma subsidiria, as regras constantes do Cdigo de Processo Penal.

    Art. 364. No processo e julgamento dos crimes eleitorais e dos comuns que lhes forem conexos, assim como nos recursos e na execuo, que lhes digam respeito, aplicar-se-, como lei subsidiria ou supletiva, o Cdigo de Processo Penal.

    Competncia em matria criminal eleitoral.

    Uma dvida comum dos alunos e estudantes do Direito Eleitoral, especialmente quando sai um Edital de concurso, hora de um certo desespero, sobre a competncia para julgamento de crimes cometidos pelos Ministros do TSE, Membros de TREs e Juzes Eleitorais.

    Esta dvida ocorre porque o Cdigo Eleitoral prev competncias completamente dissonantes ao que a atual Constituio Federal preleciona.

    Crimes eleitorais e comuns NO so mais julgados pelo TSE!

    Esta competncia no mais pertence ao TSE, pois a CF-88 agora prev que cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Superior Tribunal de Justia (STJ), respectivamente, julgar as infraes penais comuns e os crimes de responsabilidade dos Membros dos Tribunais Superiores (TSE e outros), e dos Membros dos Tribunais Regionais Eleitorais. Vide arts. 102, I, c, e art. 105, I, a, da CF-88.

    Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituio, cabendo-lhe:

    I - processar e julgar, originariamente:

    c) nas infraes penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exrcito e da Aeronutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da Unio e os chefes de misso diplomtica de carter permanente;(Redao dada pela Emenda Constitucional n 23, de 1999)

    Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justia:

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    I - processar e julgar, originariamente:

    a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justia dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municpios e os do Ministrio Pblico da Unio que oficiem perante tribunais;

    Registro que, apenas para fins de competncia, os crimes eleitorais so considerados crimes comuns. Por isso, o STF que julgar os Ministros do TSE, e o STJ, os Desembargadores/Membros dos TREs, quanto prtica de crimes comuns, inclusive os crimes eleitorais.

    Lembro que esse foi tema de grandes discusses no STJ e no STF, especialmente nos julgados de 2006-2007, se os crimes eleitorais seriam ou no includos no conceito de crimes comuns da CF-88.

    Concluindo: o TSE no tem mais competncia para julgar crimes eleitorais e crimes comuns cometidos pelos Ministros do TSE e pelos Desembargadores/Membros dos TREs!

    Assim, respondo desde j uma dvida de muitos concurseiros: os Ministros do TSE so julgados pelos crimes eleitorais por eles cometidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal)!

    Os crimes eleitorais cometidos pelos Juzes Eleitorais sero julgados pelos TREs do Estado respectivo.

    Cuidado! Os TREs somente julgaro crimes eleitorais cometidos pelos Juzes Eleitorais de 1 Grau e no os de 2 grau.

    Os crimes comuns cometidos pelos Juzes sero julgados pelo Tribunal de Justia do Estado. isto o que prescreve tambm o art. 96, III, da CF-88:

    Cdigo Eleitoral

    Art. 96

    III - aos Tribunais de Justia julgar os juzes estaduais e do

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    Distrito Federal e Territrios, bem como os membros do Ministrio Pblico, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competncia da Justia Eleitoral.

    Responsabilidade Penal do Representante os Partidos e Coligaes.

    Pela prtica de crimes eleitorais por parte dos Partidos ou Coligaes, respondem os seus representantes legais.

    Art. 90.

    1 Para os efeitos desta Lei, respondem penalmente pelos partidos e coligaes os seus representantes legais.

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    EXERCCIOS COMENTADOS

    QUESTO 187: TRE-PB - Analista Judicirio - Judiciria Direito [FCC] - 15/04/2007.

    Dentre outros casos, cabe recurso especial das decises dos Tribunais Regionais quando

    a) versarem sobre expedio de diplomas nas eleies federais.

    b) forem proferidas contra expressa disposio de lei.

    c) denegarem habeas corpus.

    d) versarem sobre expedio de diplomas nas eleies estaduais.

    e) denegarem mandado de segurana.

    COMENTRIOS:

    Combinando os dispositivos do Cdigo Eleitoral sobre recurso especial e o art. 121 da CF-88, conclumos que cabem Recurso Especial e Recurso Ordinrio das decises dos TREs para o TSE:

    1. RECURSO ESPECIAL:

    a. quando forem proferidas contra expressa disposio da CF e de lei (CF-88, art. 121, 4, I; CE, art. 276, I, a);

    b. quando ocorrer divergncia na interpretao de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais (CF-88, art. 121, 4, II; CE, art. 276, I, b);

    2. RECURSO ORDINRIO:

    a. quando versarem sobre inelegibilidades ou expedio de diplomas nas eleies federais e

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    estaduais (CF-88, art. 121, 4, III; CE, art. 276, II, a);

    b. quando anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais;

    c. quando denegarem habeas corpus, mandado de segurana, habeas data ou mandado de injuno (CF-88, art. 121, 4, V; CE, art. 276, II, b).

    Item A, C, D e E errados. Cabe RECURSO ORDINRIO.

    Item B correta. forem proferidas contra expressa disposio de lei cabe Recurso Especial.

    RESPOSTA CERTA: LETRA B

    QUESTO 188: TRE-AP - Analista Judicirio Judiciria [FCC] - 15/01/2007 (ADAPTADA).

    Dos atos, resolues, ou decises dos Membros do Tribunal e dos Juzes ou Juntas eleitorais, caber recurso para o Tribunal. Os recursos

    a) A distribuio do primeiro recurso a determinado Juiz Relator no influencia na competncia de julgamento dos demais recursos interpostos pelo mesmo Municpio ou Estado.

    b) sero distribudos a um relator pela ordem rigorosa de antigidade dos respectivos membros, sob pena de nulidade de qualquer ato ou deciso do relator ou do Tribunal.

    c) no tero prazos preclusivos para interposio, exceto quando nestes se discutir matria constitucional.

    d) devero ser interpostos em 48 horas da publicao do ato, resoluo ou deciso, sempre que a lei no fixar prazo especial.

    e) eleitorais, como regra, tero efeitos suspensivos.

    COMENTRIOS:

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    Item A errado. A distribuio do primeiro recurso a determinado Juiz Relator prevenir a competncia deste para todos os demais casos do mesmo Municpio ou Estado.

    Art. 260. A distribuio do primeiro recurso que chegar ao Tribunal Regional ou Tribunal Superior, prevenir a competncia do relator para todos os demais casos do mesmo municpio ou Estado.

    Item B correto. Recebido o recurso pelo Presidente do TRE, ser distribudo a um Relator no prazo de 24 horas, segundo a ordem de antiguidade dos seus membros, sob pena de anulao de qualquer ato ou deciso praticada pelo Relator ou pelo TRE.

    Art. 269. Os recursos sero distribudos a um relator em 24 (vinte e quatro) horas e na ordem rigorosa da antigidade dos respectivos membros, esta ltima exigncia sob pena de nulidade de qualquer ato ou deciso do relator ou do Tribunal.

    Item C errado. A regra no Direito Processual Eleitoral que os prazos para interposio de recursos so preclusivos (o prazo no poder ser desconsiderado/relevado), salvo quando este discutir matria constitucional.

    Art. 259. So preclusivos os prazos para interposio de recurso, salvo quando neste se discutir matria constitucional.

    Item D errado. O prazo dos recursos eleitorais contra ato, resoluo ou despacho de 3 DIAS, salvo estipulao especfica de outro prazo em lei.

    Art. 258. Sempre que a lei no fixar prazo especial, o recurso dever ser interposto em trs dias da publicao do ato, resoluo ou despacho.

    Item E errado. No Direito Eleitoral, em regra, os recursos NO TM EFEITO SUSPENSIVO. Isto , mesmo com a interposio dos recursos a deciso judicial deve ser executada. Assim, os recursos eleitorais tero meramente efeito devolutivo, o de apenas devolver ao Tribunal o exame da matria.

    Art. 257. Os recursos eleitorais no tero efeito suspensivo.

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    RESPOSTA CERTA: LETRA B

    QUESTO 189: TRE-AP - Tcnico Judicirio Administrativa [FCC] - 15/01/2007.

    Quando as decises do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Amap versarem sobre inelegibilidade ou expedio de diplomas nas eleies federais e estaduais, caber recurso

    a) ordinrio para o Tribunal Superior Eleitoral, no prazo de 3 dias.

    b) especial para o Tribunal Superior Eleitoral, no prazo de 3 dias.

    c) ordinrio para o Tribunal Superior Eleitoral, no prazo de 10 dias.

    d) especial para o Tribunal Superior Eleitoral, no prazo de 10 dias.

    e) especial para o Tribunal Superior Eleitoral, no prazo de 5 dias.

    COMENTRIOS:

    Conforme esquema abaixo, cabe Recurso Ordinrio para o TSE de deciso que versar sobre inelegibilidade ou expedio de diplomas nas eleies federais e estaduais.

    O prazo dos Recursos Especiais e Ordinrios de 3 dias.

    Cabimento dos Recursos:

    RECURSO ORDINRIO:

    a. quando versarem sobre inelegibilidades ou expedio de diplomas nas eleies federais e estaduais (CF-88, art. 121, 4, III; CE, art. 276, II, a);

    b. quando anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais;

    c. quando denegarem habeas corpus, mandado de segurana, habeas data ou mandado de injuno (CF-88, art. 121, 4, V; CE, art. 276, II, b).

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    RESPOSTA CERTA: LETRA A

    QUESTO 190: TRE-SP - Analista Judicirio Judiciria [FCC] -10/05/2006.

    Cabe recurso ordinrio das decises que

    a) versarem sobre expedio de diplomas nas eleies estaduais.

    b) concederem habeas corpus.

    c) concederem mandado de segurana.

    d) julgarem procedente recurso contra ato do Juzo Eleitoral.

    e) julgarem improcedente recurso contra ato do Juzo Eleitoral.

    COMENTRIOS:

    Coloquei esta questo para todo observarem como as bancas repetem as mesmas questes ou assuntos, apenas dando uma nova roupagem!

    RESPOSTA CERTA: LETRA A

    QUESTO 191: TRE-RN - Analista Judicirio Administrativa [FCC] - 03/07/2005.

    Quanto aos recursos eleitorais, correto afirmar que

    a) os prazos para interposio de recursos so preclusivos, mesmo quando nestes se discutir matria constitucional.

    b) devero ser interpostos no prazo de 5 (cinco) dias da publicao do ato, resoluo ou despacho, sempre que a lei no fixar prazo especial.

    c) cabe recurso contra a expedio de diploma no caso de errnea interpretao da lei quanto aplicao do sistema de representao proporcional.

    d) tm efeito suspensivo e s sero executadas aps o julgamento pela superior instncia.

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    e) no cabe recurso, para os Tribunais Regionais e para o Tribunal Superior Eleitoral, dos atos, resolues ou despachos dos respectivos Presidentes.

    COMENTRIOS:

    Item A errado. A regra no Direito Processual Eleitoral que os prazos para interposio de recursos so preclusivos (o prazo no poder ser desconsiderado/relevado), salvo quando este discutir matria constitucional.

    Art. 259. So preclusivos os prazos para interposio de recurso, salvo quando neste se discutir matria constitucional.

    Item B errado. O prazo dos recursos eleitorais contra ato, resoluo ou despacho de 3 DIAS, salvo estipulao especfica de outro prazo em lei.

    Art. 258. Sempre que a lei no fixar prazo especial, o recurso dever ser interposto em trs dias da publicao do ato, resoluo ou despacho.

    Item C correto. Segundo o art. 262 do Cdigo Eleitoral, somente caber recurso contra a deciso que expede diploma eleitoral nos casos, entre outros, de errnea interpretao da lei quanto aplicao do sistema de representao proporcional.

    Art. 262. O recurso contra expedio de diploma caber somente nos seguintes casos:

    II - errnea interpretao da lei quanto aplicao do sistema de representao proporcional;

    Item D errado. No Direito Eleitoral, em regra, os recursos NO TM EFEITO SUSPENSIVO. Isto , mesmo com a interposio dos recursos a deciso judicial deve ser executada. Assim, os recursos eleitorais tero meramente efeito devolutivo, o de apenas devolver ao Tribunal o exame da matria.

    Art. 257. Os recursos eleitorais no tero efeito suspensivo.

    Item E errado. O art. 264 diz que cabe recurso para o TRE ou para o TSE de atos, resolues ou despachos dos respectivos presidentes.

    Art. 264. Para os Tribunais Regionais e para o Tribunal

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    Superior caber, dentro de 3 (trs) dias, recurso dos atos, resolues ou despachos dos respectivos presidentes.

    RESPOSTA CERTA: LETRA C

    QUESTO 192: TRE-AM - Analista Judicirio Judiciria [FCC] - 23/11/2003 (ADAPTADA).

    certo que, em matria eleitoral,

    a) das decises dos Tribunais Regionais Eleitorais que versarem sobre expedio de diplomas nas eleies federais e estaduais s cabe mandado de segurana para o Tribunal Superior Eleitoral.

    b) das decises do Tribunal Superior Eleitoral denegatrias de mandado de segurana cabe recurso ordinrio para o Supremo Tribunal Federal.

    c) das decises dos Tribunais Regionais Eleitorais proferidas contra expressa disposio de lei federal s cabe recurso extraordinrio para o Supremo Tribunal Federal.

    d) das decises dos Tribunais Regionais Eleitorais que denegarem pedido de habeas-corpus s cabe recurso especial para o Tribunal Superior Eleitoral.

    COMENTRIOS:

    Item A errado. Cabe Recurso Ordinrio.

    Item B certo. Cabe RECURSO ORDINRIO para o STF quando a deciso do TSE denegar habeas corpus e mandado de segurana.

    Conforme dispem os art. 121, 3, segunda parte, da CF-88, combinado com o seu art. 102, II, a, ar. 281 do Cdigo Eleitoral e com base no Acrdo STF Ag. 504.598, cabe Recurso Ordinrio das decises do TSE que denegem habeas corpus ou mandado de segurana.

    CF-88

    Art. 121

    3 - So irrecorrveis as decises do Tribunal Superior Eleitoral,

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    salvo as que contrariarem esta Constituio e as denegatrias de "habeas-corpus" ou mandado de segurana.

    Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituio, cabendo-lhe:

    II - julgar, em recurso ordinrio:

    a) o "ha