72
Capítulo 7- Tempestades Capítulo 7- Tempestades

Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Capítulo 7- TempestadesCapítulo 7- Tempestades

Page 2: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Teoria de eletrificação em nuvens

As tempestades elétricas são nuvens que geram pelo menos 1 raio nuvens que geram pelo menos 1 raio durante o seu ciclo de vida ou

São nuvens que produzem pelo menos um reverso de polaridade no menos um reverso de polaridade no campo elétrico vertical tanto na superfície como na vertical

Page 3: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Características típicas da estrutura de cargas em t empestades:

aq

Erv

24

1

πε= a

rE

24πε=

Page 4: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

ESTRUTURA ELÉTRICA

Page 5: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

� 1800: cargas negativas dominam� 1916-30: especulações sobre dipólo

elétrico

1752, Franklin1752, FranklinTempestades negativasTempestades negativas

Page 6: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

1940: Observações com balões indicamtripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era positiva.

Page 7: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Uman, 2001, The Lightning discharge

Page 8: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

� 1980: Centro negativo na mesma regiãode temperatura

Krehbiel et al, 1983

Page 9: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Hoje: Tripólo é exceção e não regra!

Page 10: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

( )3222

1

zx

qzEz

+−=

πε

Page 11: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Teorias de carregamento devemexplicar características básicas das tempestades :

1) Duração elétrica média de ~30 min para umaúnica célula convectiva ;

2) Separação de cargas de vários milhões de Volts;Volts;

3) Carga deve estar concentrada entre as isotermas de -5 e -40oC com um raio de ~2km;

Page 12: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

4) Ter estrutura tripolar, com a carga negativacentrada entre os níveis de -10 e -20oC;

5) Geração de cargas está associada aoprocesso de formação da precipitação ;

6) Ter carga suficiente para haver uma descargaelétrica em ~20 minutos após o aparecimentoelétrica em ~20 minutos após o aparecimentode partículas da ordem de alguns milímetros .

Page 13: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Teorias de eletrificação se dividem em duas grandes categorias:

i) Processos de precipitação ;

ii) Hipótese de carregamento porconvecção ;

Page 14: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

TEORIA DA PRECIPITAÇÃO

É baseada nos processos de formação da precipitação :colisões entre as partículas !! ((Julius Elster e Hans F. Geitel em 1885)Julius Elster e Hans F. Geitel em 1885)colisões entre as partículas !! ((Julius Elster e Hans F. Geitel em 1885)Julius Elster e Hans F. Geitel em 1885)

Requerimentos:

� Presen ça de um Campo Elétrico (para polarizar );� Colisões devem ser repelidas ( sem coalescência );� As cargas se separam de acordo com o tamanho� As cargas se separam de acordo com o tamanho

das partículas ou temperaturas ( para formar tripólo );� A transferência de cargas durante a colisão deve ser

rápida;� Deve ser rápido o suficiente para gerar campo

elétrico alto e um raio em ~20 min.

Page 15: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

DipoloDipolo

Modelo de Modelo de pprecipitaçãorecipitação(esquerda) sugere que a gravidade induz o movimento descendentedas gotas de chuva que sãomais pesadas(granizo, e movimento descendentedas gotas de chuva que sãomais pesadas(granizo, e partículas de gelo como graupel). Consequentemente, elas colidem com as partículas menores de água e de gelo que estão suspensas e caem maislentamente, formando assim a transferência de cargas positivas para as partículas menores e negativas para as mais pesadas.

Williams, Earle R. "The electrification of thunderstorms." Scientific American259.5 (1988): 88-99.

Page 16: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

TEORIA DA CONVECÇÃO

Grenet (1947), Vonnegut (1955, 1963), e Telford (198 1)O Campo Elétrico de bom tempo não polarizaO Campo Elétrico de bom tempo não polarizaCargas provenientes de 2 fontes externas: ionosfera e s fc

� Não explica camada negativa em região persistentede temperatura!

Page 17: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

IONOSFERAIONOSFERA++

--

++

-- --

++++++ ++

++--

---- --

------

----

-- -- -- --

------

------

----

----

----

----

----

--

----

------

----

--

----

------ --

Q+Q+

++

EE

++++++

++++++ ++

++++++

++

++ ++ ++++++

++++

++++

++++

++ ++ ++++++ ----

------

----

----

----

----

----

----

------

----

----++ ++

-- --

++ ++-- --

--

++

--

QQ--

++++++

++++++++++ ++

++ ++++

++++

Page 18: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

O Modelo de ConvecçãoO Modelo de Convecçãopropõe que as correntes ascendentes de ar quente carregam cargas Positivas (liberadas pela superfície (liberadas pela superfície da terra) até o topo da nuvem. Já as cargas negativas, produzidas pelos raios cósmicos acima da nuvem, Williams, Earle R. "The electrification of

thunderstorms." Scientific American259.5 (1988): 88-cósmicos acima da nuvem, são atraídas para nuvem

pelas cargas positivas que sobem. Assim as cargas negativas formam uma camada de blindagem no entorno da nuvem. Finalmente as correntes descendentes transportamas cargas negativas para baixo

thunderstorms." Scientific American259.5 (1988): 88-99.

Page 19: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Propriedades elétricas da água� A água é uma molécula polar e tem momento de dipolo

permanente ( p = 6.18 x 10-30 cm).

� A cargas apresentam a seguinte configuração:Q+ nos núcleos de H e Q- no de O.

� A geometria molecular é angular e não linear. Se fosse linear, P = 0

� O O fica na parte externa e o H na parte interna

Page 20: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Fonte: http://www.wikiwand.com/en/Water_cluster

Page 21: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

• Sob a ação de um Campo Elétrico, as moléculas se alinham e formam um dielétrico.

• Isto implica em uma redução do Campo Elétrico interno do hidrometeoro e um aumento fora dele.aumento fora dele.

Dielétricos CondutoresO-

H+ H+

O-

H+ H+

Page 22: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Sob a ação de um campo elétrico temos que em um:

Dielétrico: as cargas polarizadas se aglutinamCondutor: induz uma distribuição de carga na superfície

O-

+ + + + + +

O-

H+ H+

- - - - - - - - - O-

H+ H+

Page 23: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Processos de Eletrificação das NuvensProcessos de Eletrificação das Nuvens

Page 24: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Mecanismos de carregamento de cargas:

Pode haver a existência ou não de um Campo Elétrico para polarizar os hidrometeoros:

a) a) Mecanismo Mecanismo IndutivoIndutivo: Sob a ação de um Campo Elétrico os a) a) Mecanismo Mecanismo IndutivoIndutivo: Sob a ação de um Campo Elétrico os hidrometeoros se polarizam.

Um hidrometeoro não carregado inicialmente quando sob a ação de um campo elétrico, pode induzir cargas de polaridade oposta na superfície do hidrometeoro, logo o hidrometeoro torna-se polarizado.polarizado.

Page 25: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

b) Mecanismo Não IndutivoMecanismo Não Indutivo: não precisa de um Campo Elétrico;

c) Mecanismo de Captura de ÍonsMecanismo de Captura de Íons:

Íons gasosos são capturados por hidrometeoros;

Este processo pode distribuir sistematicamente as cargas de uma polaridade em diferentes regiões de uma tempestade. Logo, as regiões afetadas podem ter uma carga resultante sem a necessidade de ter movimentos adicionais no hidrometeoro.adicionais no hidrometeoro.

Page 26: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

d) Mecanismo Indutivo de PartículaMecanismo Indutivo de Partícula--partículapartícula: Interação a partir da colisão dos hidrometeoros ou a partir da quebra de hidrometeoros pequenos sob a superfície.

Já que cargas iguais e opostas estão dispostas nos hidrometeoros, Já que cargas iguais e opostas estão dispostas nos hidrometeoros, temos que a medida que as partículas interagem e se separam as regiões irão permanecer eletricamente neutras até que os hidrometeoros carregados negativamente começem a se mover dos que estão carregados positivamente.

Para que este mecanismo se torne importante, as forças de gravidade e empuxo devem agir na eletrificação das tempestades, ou seja, e empuxo devem agir na eletrificação das tempestades, ou seja, esta hipótese propõe que os hidrometeoros tenham velocidades terminais de queda diferentes (se aproximando da teoria de precipitação).

Page 27: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Como a molécula de H2O tem um momento de dipolo permanente, um campo elétrico externo induz um alinhamento das moléculas.

O alinhamento parcial no hidrometeoro causa um O alinhamento parcial no hidrometeoro causa um excesso de Q- na superfície de um lado e um excesso de Q+ no lado oposto da superfície ao longo da direção do campo elétrico. Quando isso ocorre a molécula é dita como polarizada e no caso da água temos um dielétrico polar.

Page 28: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

O efeito de polarização é o de reduzir o campo elétrico dentro dohidrometeoro e aumentar fora dele, logo a densidade de carga σ

E | |E=σq

r3ε

0=σq

hidrometeoro e aumentar fora dele, logo a densidade de carga σq

induzida na superfície de um condutor esférico sob a ação de umcampo elétrico constante poder ser expressa como:

rEq E ,cos3 θεσr

=

Onde θE,r é o ângulo formado pelo vetor do campo elétrico a partirda superfície aonde se quer calcular e ε é a constante dielétrica.

Page 29: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Para um dielétrico temos

Mas como εdielétrico da água é elevada (x 80), gotas de água sãocomumente tratadas como condutores quando se considera a

rEdiel

dielq E ,cos

2

13 θ

εεεσ

r

+−

=

indução de cargas através da presença de uma força elétrica.

Logo

Se integrarmos a densidade de carga sobre um hemisfério, temos

qcondutoroqdieletric σσ =

∫== rdrddAreaq ϕθσσ ∫== rdrddAreaq qq ϕθσσ

23 rEqr

πε=

Page 30: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Efeito da Camada Elétrica Dupla

• Esta hipótese assume que existe uma • Esta hipótese assume que existe uma camada elétrica dupla entre as interfaces da água e o ar, gelo e ar ou gelo e água:

Page 31: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

De acordo com Fletcher (1962, 1968), temos quetermodinamicamente as moléculas de água se orientam com seus vértices negativos para fora na superfície da água pura com o ar.

Quando a separação de cargas ocorre entre as gotas, temos que na maioria das vezes, mais cargas da região externa da gota são removidas da camada dupla do que as internas.

Consequentemente temos um excesso de cargas internas que está sendo deixada para trás após a colisão entre os hidrometeoros

Page 32: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Mecanismos que podem causar a separação de cargas nesta configuração:

• Bolhas de CO2 no líquido ou no gelo.Uma bolha emerge para a superfície e se rompe, as gotículas que escapame se rompe, as gotículas que escapamlevarão as cargas da parte mais externa da camada, deixando um excesso de cargas que residem na parte interior.

• Fricção entre 2 superfícies de gelo com diferentes propriedades.

Se uma partícula retira mais cargas da camada superior do que da camada inferior da outra partícula, uma carga resultante poderá ser transferida da camada externa.

Page 33: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Efeito Termo -Elétrico :

Na água, algumas moléculas se separam em Cátions H+ e Anions OH-.Cátions H+ e Anions OH-.

Como estes elementos tem diferentes mobilidades, eles terão diferentes taxas de difusão ao longo de um gradiente térmico.

Portanto existirá uma separação de cargas de acordo com o gradiente de temperatura imposto na formação com o gradiente de temperatura imposto na formação do cristal de gelo.

Page 34: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

A mobilidade na fase líquida é muito pequena, porém no gelo a mobilidade do Cátion (H+) é muito maior que a do Anion. (OH-).

Então se houver um gradiente de temperatura ao logo de um pedaço de gelo, os íons H+ se difundirão mais rápido para a parte mais fria do gelo, deixando uma resultante de cargas negativas na região mais quente.

HOH H+OH-

Quente Frio

Page 35: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

O efeito termo-elétrico no gelo é relativamente demorado quando se leva em consideração o tempo das colisões. Portanto, não é um fator dominante se as partículas trocarem cargas durante as colisões.

Por outro lado podemos pensar como um processo de acoplamento, onde o efeito termo-elétrico é auxiliado pelas colisões.

Por exemplo:

• Granizo coletando gotas de água super-resfriada e • Granizo coletando gotas de água super-resfriada e cristais de gelo; ou

• Granizo coletando gotas de água super-resfriada

Page 36: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

a) Considere um granizo e ou um graupel caindo em uma nuvem com água super-resfriada e pequenos cristais de gelo

Page 37: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Durante a colisão do granizo com os cristais de gelo, a superfície do granizo estará mais quente que a dos cristais de gelo, porque temos a liberação de calor latente durante o congelamento das gotículas de água super-resfriada que colidem com o granizo.

Page 38: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Durante o tempo que o cristal colide e entra em contato com a superfície do granizo, o granizo se tornará carregado negativamente e o cristal positivamente (H+ migrarão para a parte mais fria).

E quando os cristais de gelo deixam o granizo, eles irão reter as E quando os cristais de gelo deixam o granizo, eles irão reter as cargas positivas e se a velocidade terminal for menor que a velocidade da corrente ascendente do ar na nuvem eles serão transportados para a parte superior da nuvem.

Já os granizos se tornam negativos e como têm velocidade terminal maior irão para a parte inferior da nuvem.

Este processo pode levar a um carregamento da ordem de Este processo pode levar a um carregamento da ordem de 1C/km3min.

Page 39: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

b) Assumindo granizo precipitando sobre gotículas de água super-resfriada.

Page 40: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Quando gotículas de água super-resfriada se congelam sobre a superfície do granizo, uma grande quantidade de lascas pequenas de gelo podem ser lançadas no ar. (conhecida como produção secundária de gelo)

Page 41: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Para o nosso exemplo de carregamento, considere que a gotícula de água super-resfriada ao colidir com o granizo está em uma segunda fase de congelamento sobre a superfície do gelo, logo aumentando a espessura para dentro.

T < 0 T ~ 0

A parte interna da superfície desta casca está em contato com a água líquida, logo T ~ 0oC e a externa está se resfriando com a temperatura ambiente, T ≤ 0oC.

Page 42: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Conseqüentemente teremos um gradiente de temperatura alongo desta casca de gelo, o que pelo efeito termo-elétrico irá causar um aumento de Q+ na parte externa da superfície (mais fria)

Então a medida que as lascas de gelo se quebram, predominantemente da parte externa da casca de gelo, elas irão carregar as cargas positivas e irãodeixar para trás cargas negativas no granizo.

Page 43: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Deslocamentos das estruturas do gelo:

Buracos, cavidades ou deslocamentos (“Calombos”) no gelo apresentam estruturas entrelaçadas e criam redes de cargas associadas às moléculas. associadas às moléculas.

Page 44: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Estes buracos/calombos se movem no gelo e transportam cargas.

A concentração destes calombos (água super-resfriada que se congela espontaneamente por contato) aumenta com a diminuição da temperatura.

Page 45: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Potencial de Contato:

Processo análogo ao potencial de contato entre 2 metais, ou seja, diferença de potencial e fluxo de corrente entre dois metais. diferença de potencial e fluxo de corrente entre dois metais.

Sendo que neste caso, diferentes formações de gelo podem criar diferentes potenciais. Por exemplo, cristais de gelo formados por congelamento e não congelamento.

Observações indicam que a superfície do gelo congelado (rimed) tem potencial de contato negativo relativo ao não congelado. A magnitude do potencial de contato aumenta com a diminuição da magnitude do potencial de contato aumenta com a diminuição da temperatura para ~ -20oC e depois se mantém estável.

Page 46: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Camada Quase-Líquida

Além da camada elétrica dupla, alguns pesquisadores tais como Faraday (1860) e mais recentemente Baker tais como Faraday (1860) e mais recentemente Baker e Dash (1994) sugeriram que a interface entre gelo e ar é realmente uma camada quase-líquida, mas com característica típica de gelo.

Analogia segue a seguinte fase de transição:Analogia segue a seguinte fase de transição:

Vapor � Líquido � Gelo

Page 47: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Baker e Dash estudaram a troca de massa (molécula de água) entre partículas com diferentes espessuras na camada quase-líquida.

Partículas com camadas superficiais mais espessas devem ter massa para as partículas com uma camada superficial mais fina, massa para as partículas com uma camada superficial mais fina, ou seja, o transporte pode ser visto como:

Temperatura Talta� Tbaixa

Curvatura Alta � Baixa

Page 48: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Exemplo: 2 partículas com camadas quase-líquidasdiferentes ou espessuras distintas colidem

As diferentes espessuras da camada quase-líquida podem ter As diferentes espessuras da camada quase-líquida podem ter acontecido devido a forma de crescimento por deposição das partículas. Uma vez que ocorre colisão e separação, as partículas com camadas mais espessas perdem massa para as partículas que crescem mais devagar, deixando assim para as partículas que crescem mais rápido um excesso de cargas positivas (+).

Page 49: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Captura de Íons (Seletivo), Wilson 1929

� A medida que os hidrometeoros precipitam em um ambiente com um Campo Elétrico, eles se tornam ambiente com um Campo Elétrico, eles se tornam polarizados;

� E ao caírem em relação aos íons que se movem sob a influência do vento e do Campo Elétrico, alguns íons serão capturados e outros repelidos.

� Os íons de mesmo sinal, tais como na parte � Os íons de mesmo sinal, tais como na parte inferior dos hidrometeoros serão repelidos, e os íons de sinal oposto seriam atraídos e capturados.

Page 50: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Para este mecanismo funcionar, o movimento dos íons associados ao Campo Elétrico tem que ser menor que a velocidade dos hidrometeoros. Se a velocidade de deriva

CapturadoCapturadoCapturadoCapturado

RepelidoRepelido

velocidade dos hidrometeoros. Se a velocidade de deriva dos íons for maior que a Velocidade terminal da partícula precipitante, os íons de mesma polaridade do que a parte inferior do hidrometeoro podem ser capturados na parte superior do hidrometeoro. Dessa maneira ambas as polaridades podem ser capturadas .

Page 51: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

O valor máximo de carga que pode ser acumulado em um hidrometeoro, desde que a velocidade terminal do hidrometeoro seja maior que a velocidade de deriva dos íons, pode ser expressa por:

2max 12 rEq

→= πε

onde ε é a permissividade elétrica da substância, e “r” é o raio da gota

Page 52: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

• Os hidrometeoros nas camadas de região negativa capturam íons (-), os quais tendem a aumentar a carga (-) nesta região de dipolo.carga (-) nesta região de dipolo.

• As partículas da região superior positiva devem capturar íons positivos (+), uma vez que eles são carregados para cima pelas correntes ascendentes e os íons (+) correntes ascendentes e os íons (+) são deslocados para baixo devido a velocidade de deriva.

Page 53: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

• Entretanto, nas Tempestades, como a concentração de íons é insuficiente para uma captura “seletiva” de íons, não temos uma contribuição substancial para o contribuição substancial para o desenvolvimento do Campo Elétrico.

• Por outro lado, abaixo da base da nuvem a concentração de íons pode ser alta devido aos pontos pode ser alta devido aos pontos de descarga.

Page 54: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Se os processos seletivos de captura de íons são considerados a partir das condições iniciais como as encontradas em “bom tempo” (100-200 V/m), simulações numéricas sugerem que o campo elétrico pode chegar até ~ 10 kV/m, o que é muito pequeno quando comparado com medidas em tempestades (~ 100 kV/m(~ 100 kV/m ).

Este mecanismo é observado em nuvens eletrificadas fracamente, logo se conclui que não eletrificadas fracamente, logo se conclui que não devem produzir relâmpagos.

Page 55: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Carregamento indutivo a partir de partículas que rebatem

� Este mecanismo também é conhecido como mecanismo indutivo de partícula-partícula. mecanismo indutivo de partícula-partícula.

� Este processo baseia-se em um grau de polarização prévia devido a existência de um Campo Elétrico ambiente.

� O grau de polarização é diretamente proporcional à força aplicada pelo campo proporcional à força aplicada pelo campo elétrico.

Page 56: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

•A transferência de carga entre 2 hidrometeoros carregados é bem complicado, pois a indução de cargas em cada hidrometeoro é modificado com a aproximação de um outro hidrometeoro.

Page 57: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Em princípio as gotas de chuva ao colidirem com as gotículas de nuvem, transferem cargas da seguinte forma:

(a) A partícula de nuvem (amarela negativa) recebe cargas positivas a partir da base da camada das partículas da positivas a partir da base da camada das partículas da chuva

(b) A partícula que rebate carrega uma carga positiva resultante, ou o sinal da carga da base das partículas grandes;

Page 58: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Vários autores sugerem que o aumento de cargas nestas partículas pode ser descrito por:

pequenograndeREpeq BQAQREdq −+=→

,2

1 cos4 θπεγ

Termo Termo IndutivoIndutivo

Magnitude do Campo Elétrico Ambiente

Ângulo formado entre o vetor do “E” e o ponto de

=→E

=θ Ângulo formado entre o vetor do “E” e o ponto de impacto na superfície da partícula grande

=RE ,θ

Qpequeno� carga da partícula pequena (carga já existente)Qgrande � carga da partícula grande antes do impacto

Page 59: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

A, B e γ são parâmetros de escala.

22

2

2

1;

γ

=

= grande

peq

RB

R

R

R

A

2

2

2

2

11 γγ

+

+

grande

peq

grande

peq

R

R

R

R

Rpeq/Rgde

0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0

γ1 π2/2 3.9 3.10 2.55 2.06 π2/6

γ2 π2/6 1.36 1.21 1.11 1.04 1.0γ2 π /6 1.36 1.21 1.11 1.04 1.0

γ em função de Rpeq/Rgde

Page 60: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Analisando a dependência angular.

Ponto de impactoimpacto

pequenograndeREpeq BQAQREdq −+=→

,2

1 cos4 θπεγ

Page 61: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Neste mecanismo indutivo temos uma dependência na separação das particulas após as colisões.

Se existe coalescência, não há um aumento no EE.

Se o EE aumenta, a polarização dos hidrometeoros cresce, Se o EE aumenta, a polarização dos hidrometeoros cresce, o que favorece a separação de cargas.

Neste sentido podemos questionar:

Como a coalescência varia em funções de ? RE ,θ

Page 62: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

A Coalescência aumenta com o ângulo.

Então como isso pode afetar o aumento de dQ?

Se diminui, existe uma baixa probabilidade de coalescência e uma alta probabilidade de separação.

RE ,θdqcoalescência e uma alta probabilidade de separação.

Se aumenta, existe uma alta probabilidade de coalescência e baixa separação, ou seja, a probabilidade de separação de partículas decresce.

RE ,θ

dq

dq

Page 63: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Condições para que o mecanismo indutivo seja eficiente:

Partículas que colidem devem se separar;� Partículas que colidem devem se separar;

� Tempo de contato entre as partículas que colidem dever ser longo o suficiente para que as cargas se transfiram de uma superfície a outra;outra;

Page 64: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Os processos indutivos são somente considerados importantes para precipitações congeladas e com a presença de gotas super-resfriadas, ou seja, regiões com fase mista ativa (BWF)

Nesta situação existe um Campo Elétrico significativo Nesta situação existe um Campo Elétrico significativo para que haja uma polarização.

Aufderman e Johnson (1972) sugeriram que as colisões entre graupel e gotas em regiões com E ≥ 10 kV/m poderiam ser importantes para manter as tempestades eletrificadas (a cada ~ 1000 colisões somente de 1-10 rebatem).(a cada ~ 1000 colisões somente de 1-10 rebatem).

Resumidamente temos que o mecanismo indutivo deve agir para sustentar Campos Elétricos Altos, mas estes processos não agem para criá-los.

Page 65: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Mecanismo não indutivo

Qualquer mecanismo que não requer uma polarização sob a ação de um Campo Elétrico polarização sob a ação de um Campo Elétrico pode ser considerado um mecanismo não indutivo.

Page 66: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Descrição empírica do mecanismo de graupel e gelo

� Medidas em laboratório de Takahashi, Saunders, Jayaratne, Avila, Reynolds mostraram que Jayaratne, Avila, Reynolds mostraram que transferência de carga tem dependência com:

a) polaridade das gotículas

b) conteúdo de água líquida (LWC)

c) tamanho e polaridade dos cristais de gelo;c) tamanho e polaridade dos cristais de gelo;

d) velocidade de impacto e;

e) temperatura do ar quando elas colidem;

Page 67: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Takahashi (1978) encontrou que a magnitude e o sinal da carga depositada no graupeldependia da temperatura e do LWC, e o tamanho da do LWC, e o tamanho da gota liquida não tinha nenhum efeito quando o LWC era mantido constante.

Page 68: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Transferência de Cargas + Cargas -

Mais tarde, Jayaratne et al. (1983) e Keith e Saunders(1990) mostraram que o carregamento tambémdependia do tamanho dos cristais de gelo que colidiam dependia do tamanho dos cristais de gelo que colidiam com o graupel, como da velocidade de impacto e das partículas contaminantes presentes nas gotas de água (CCN). Note que o aumento na taxa transferência de cargas por colisão diminui com o crescimento do cristal de gelo.

Page 69: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Avila e Pereyra (2000):Por fim, em estudo semelhante ao de Takahashi mas com controledo tamanho das gotículas (d) e dos cristais de gelo na câmara de nuvem, mostra que existe uma uma dependência com dd das gotículas

d = 15 µm d = 20 µm

Page 70: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Resultados de experimento em laboratório :Takahashi (1978), Saunders et al. (1991),Jayaratne (1983), Avila e Pereyra (2000).

Resumo Takahashi :a) baixo LWC: graupel carrega (+)a) baixo LWC: graupel carrega (+)

para todas T; b) alto LWC: graupel carrega (+)

para todas T; c) médio LWC: graupel carrega (-)

para T < -8oC.para T < -8 C.

Resumo Saunders :a) graupel carrega (+) ou (-) para

qualquer T, depende do LWC.

Page 71: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Carregamento durante o derretimentoDinger e Gunn (1946) e Magono e Kiknch (1965)

� Em princípio o gelo fica carregado positivamente quando � Em princípio o gelo fica carregado positivamente quando está derretendo.

� Pensa-se que a camada externa da película de água que estoura, carrega cargas negativas da dupla camada elétrica da água derretida. Isto implica que as partículas de gelo ficam com um excesso de Q+.

� A quantidade de carga adquirida durante o derretimento é maior quando há mais bolhas de CO2. Entretanto, a quantidade e até mesmo a polaridade da carga transferida é dependente das impurezas presentes na água.

Page 72: Aula 10 Capitulo 7 - Tempestades eletrificacao-2017 · 1940: Observações com balões indicam tripólos (Simpson e Scrase,1937 e Simpson e Robinson,1940) onde a base da nuvem era

Outros mecanismos

� Os hidrometeoros líquidos ganham carga negativa durante o crescimento por condensação e positiva durante a evaporação.evaporação.

� Neve adquire carga positiva quando cresce por congelamento e carga negativa quando sublima ou fica estável.

� Gotas de água que respingam (Efeito de Leonard, 1892; ou queda d’água) tornam-se positivas e as pequenas que se rebatem ficam negativas.se rebatem ficam negativas.

Obs: Nenhum destes efeitos consegue gerar cargas suficientes como as observadas em tempestades