Aula 12 Direito previdenciário

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    SERVIO SOCIAL

    Art. 88. Compete ao Servio Social esclarecer junto

    aos beneficirios seus direitos sociais e os meios deexerc-los e estabelecer conjuntamente com eles o

    processo de soluo dos problemas que emergirem

    da sua relao com a Previdncia Social, tanto no

    mbito interno da instituio como na dinmica da

    sociedade.

    1 Ser dada prioridade aos segurados em

    benefcio por incapacidade temporria e ateno

    especial aos aposentados e pensionistas.

    2 Para assegurar o efetivo atendimento dos

    usurios sero utilizadas interveno tcnica,

    assistncia de natureza jurdica, ajuda material,

    recursos sociais, intercmbio com empresas e

    pesquisa social, inclusive mediante celebrao de

    convnios, acordos ou contratos.

    3 O Servio Social ter como diretriz a

    participao do beneficirio na implementao e no

    fortalecimento da poltica previdenciria, emarticulao com as associaes e entidades de

    classe.

    4 O Servio Social, considerando a

    universalizao da Previdncia Social, prestar

    assessoramento tcnico aos Estados e Municpios

    na elaborao e implantao de suas propostas de

    trabalho.

    Objetivo: esclarecer junto aos beneficirios seus

    direitos sociais e os meios de exerc-los e

    estabelecer conjuntamente com eles o processo de

    soluo dos problemas que emergirem da sua

    relao com a Previdncia Social, tanto no mbito

    interno da instituio como na dinmica da

    sociedade.

    Beneficirios: todos os segurados e dependentes.

    Carncia: inexiste.

    Outras informaes:

    A) Ser dada prioridade aos segurados em benefcio

    por incapacidade temporria e ateno especial aos

    aposentados e pensionistas.

    HABILITAO/REABILITAO PROFISSIONAL

    Art. 89. A habilitao e a reabilitao profissional e

    social devero proporcionar ao beneficirio

    incapacitado parcial ou totalmente para o trabalho,

    e s pessoas portadoras de deficincia, os meios

    para a (re)educao e de (re)adaptao profissional

    e social indicados para participar do mercado de

    trabalho e do contexto em que vive.

    Pargrafo nico. A reabilitao profissional

    compreende:

    a) o fornecimento de aparelho de prtese, rtese e

    instrumentos de auxlio para locomoo quando a

    perda ou reduo da capacidade funcional puder

    ser atenuada por seu uso e dos equipamentos

    necessrios habilitao e reabilitao social e

    profissional;

    b) a reparao ou a substituio dos aparelhos

    mencionados no inciso anterior, desgastados pelo

    uso normal ou por ocorrncia estranha vontade

    do beneficirio;

    c) o transporte do acidentado do trabalho, quando

    necessrio.

    Art. 90. A prestao de que trata o artigo anterior

    devida em carter obrigatrio aos segurados,

    inclusive aposentados e, na medida daspossibilidades do rgo da Previdncia Social, aos

    seus dependentes.

    Art. 91. Ser concedido, no caso de habilitao e

    reabilitao profissional, auxlio para tratamento ou

    exame fora do domiclio do beneficirio, conforme

    dispuser o Regulamento.

    Art. 92. Concludo o processo de habilitao ou

    reabilitao social e profissional, a PrevidnciaSocial emitir certificado individual, indicando as

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    atividades que podero ser exercidas pelo

    beneficirio, nada impedindo que este exera outra

    atividade para a qual se capacitar.

    Art. 93. A empresa com 100 (cem) ou mais

    empregados est obrigada a preencher de 2% (dois

    por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos

    com beneficirios reabilitados ou pessoas

    portadoras de deficincia, habilitadas, na seguinte

    proporo:

    I - at 200 empregados......... ...2%;

    II - de 201 a 500........................3%;

    III - de 501 a 1.000....................4%;

    IV - de 1.001 em diante. ...........5%.

    1 A dispensa de trabalhador reabilitado ou de

    deficiente habilitado ao final de contrato por prazo

    determinado de mais de 90 (noventa) dias, e a

    imotivada, no contrato por prazo indeterminado, spoder ocorrer aps a contratao de substituto de

    condio semelhante.

    2 O Ministrio do Trabalho e da Previdncia

    Social dever gerar estatsticas sobre o total de

    empregados e as vagas preenchidas por

    reabilitados e deficientes habilitados, fornecendo-

    as, quando solicitadas, aos sindicatos ou entidades

    representativas dos empregados.

    ACUMULAO DE BENEFCIOS

    Art. 124. Salvo no caso de direito adquirido, no

    permitido o recebimento conjunto dos seguintes

    benefcios da Previdncia Social:

    I - aposentadoria e auxlio-doena;

    II - mais de uma aposentadoria;

    III - aposentadoria e abono de permanncia em

    servio;

    IV - salrio-maternidade e auxlio-doena;

    V - mais de um auxlio-acidente;

    VI - mais de uma penso deixada por cnjuge ou

    companheiro, ressalvado o direito de opo pela

    mais vantajosa

    Pargrafo nico. vedado o recebimento conjunto

    do seguro-desemprego com qualquer benefcio de

    prestao continuada da Previdncia Social, exceto

    penso por morte ou auxlio-acidente.

    Vale ressaltar a inovao do artigo 167, 2, do RPS,

    que permite a acumulao do seguro-desemprego

    com o auxlio-recluso.

    TAMBM NO PERMITIDA A ACUMULAO:

    A) Auxlio-acidente com aposentadoria (aps a Lei

    9.528/97);

    B) Amparo assistencial do idoso ou deficiente com

    benefcio previdencirio (artigo 20, 4, da Lei

    8.742/93), exceto com as penses especiaisindenizatrias (artigo 5, do Decreto 6.214/2007);

    C) Auxlio-doena com auxlio-acidente, se a causa

    for a mesma, vez que a percepo do auxlio-

    acidente pressupe a cessao do auxlio-doena

    (artigo 86, 2, da Lei 8.213/91);

    TNU, Smula 36- No h vedao legal

    cumulao da penso por morte de trabalhador

    rural com o benefcio da aposentadoria por

    invalidez, por apresentarem pressupostos fticos e

    fatos geradores distintos.

    Momento questo

    21- (TCNICO 2012) Em relao ao valor da renda

    mensal dos benefcios, correto afirmar que

    (A) o auxlio-doena corresponde a 100% (cem por

    cento) do salrio de benefcio.

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    (B) a aposentadoria por invalidez corresponde a

    91% (noventa e um) por cento do salrio de

    benefcio.

    (C) a aposentadoria por idade corresponde a 70%

    (setenta por cento) do salrio de benefcio.

    (D) a renda mensal da aposentadoria especial no

    est sujeita ao fator previdencirio.

    (E) a renda mensal da aposentadoria por tempo de

    contribuio no est sujeita ao fator

    previdencirio.

    Gabarito oficial: Letra D.

    22- (PERITO 2012) Apenas em relao aos

    segurados, NO fazem parte das prestaes

    previdencirias compreendidas pelo Regime Geral

    de Previdncia Social:

    (A) auxlio-acidente e aposentadoria por idade.

    (B) aposentadoria por invalidez e salrio famlia.

    (C) auxlio-recluso e reabilitao profissional.

    (D) auxlio-doena e aposentadoria especial.

    (E) salrio-maternidade e aposentadoria por tempo

    de contribuio.

    Gabarito oficial: Letra C.

    23- - (TCNICO 2012) Lcia exerce a atividade de

    professora do ensino fundamental desde dezembro

    de 1986, tem 56 anos de idade e pretende obter

    benefcio previdencirio em dezembro de 2011.

    Nessa situao, segundo o INSS, Lcia tem direito a

    (A) aposentadoria por idade.

    (B) auxlio-doena.

    (C) aposentadoria especial.

    (D) aposentadoria por invalidez.

    (E) aposentadoria por tempo de contribuio.

    Gabarito oficial: Letra E.

    24- (TCNICO 2012) Joo carpinteiro, exerce

    atividade como empregado da empresa CarpintariaSo Jos desde dezembro de 2010. Ele sofreu

    acidente no relacionado ao trabalho, ocasio em

    que teve limitada a flexo de seu membro superior

    direito, leso esta j consolidada. Joo passou por

    reabilitao profissional e foi treinado para outra

    profisso e no se recolocou ainda no mercado de

    trabalho. Nessa situao, Joo tem direito a

    (A) auxlio-doena seguido de auxlio-acidente.

    (B) aposentadoria especial.

    (C) aposentadoria por invalidez.

    (D) aposentadoria especial.

    (E) aposentadoria por invalidez seguida de auxlio-

    acidente.

    Gabarito oficial: Letra A.

    25- (TCNICO 2012) Cludio exerceu atividade de

    caldeireiro na fbrica X de 01 de janeiro de 2009 a

    01 de julho de 2009 e sofreu acidente de trabalho

    que acarretou a perda de dois dedos da mo. Nessa

    situao, Cludio

    (A) no ter direito a receber benefcio

    previdencirio por ausncia do cumprimento do

    perodo de carncia.

    (B) receber auxlio-doena e aps a consolidaoda perda dos dedos, auxlio-acidente.

    (C) ter direito reabilitao profissional e

    aposentadoria por invalidez.

    (D) no ter direito a benefcio.

    (E) ter direito a auxlio-acidente e aposentadoria

    por invalidez, aps a consolidao da perda dos

    dedos.

    Gabarito oficial: Letra B.

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    26- (PERITO 2012) Rita de Cssia foi empregada

    durante 26 (vinte e seis) anos e aposentou-se por

    tempo de contribuio. Aps dois anos de sua

    aposentadoria, ela retornou a trabalhar em outro

    emprego. Na situao ora proposta, em relao ao

    novo contrato de trabalho e cumulao de

    benefcios, correto afirmar que Rita de Cssia

    (A) poder cumular os benefcios de aposentadoria

    e auxlio-doena.

    (B) sendo demitida sem justa causa ter direito ao

    seguro-desemprego.

    (C) sendo demitida sem justa causa vedado o

    recebimento conjunto do seguro-desemprego com

    o benefcio de aposentadoria por tempo de servio.

    (D) poder cumular os benefcios de aposentadoria

    e auxlio-acidente.

    (E) recebendo aposentadoria por tempo de

    contribuio e voltando a exercer atividade

    remunerada, no ter de contribuir,

    obrigatoriamente, para o INSS.

    Gabarito oficial: Letra C.

    DECADNCIA DECENAL REVISIONAL

    Art. 103. de dez anos o prazo de decadncia de

    todo e qualquer direito ou ao do segurado ou

    beneficirio para a reviso do ato de concesso de

    benefcio, a contar do dia primeiro do ms seguinte

    ao do recebimento da primeira prestao ou,quando for o caso, do dia em que tomar

    conhecimento da deciso indeferitria definitiva no

    mbito administrativo

    Smula 64, TNU - O direito reviso do ato de

    indeferimento de benefcio previdencirio ou

    assistencial sujeita-se ao prazo decadencial de dez

    anos.

    27- (TCNICO 2012) Jos pleiteou aposentadoria

    por tempo de contribuio perante o INSS, que foi

    deferida pela autarquia e pretende a reviso doato

    de concesso do benefcio para alterar o valor da

    renda mensal inicial. O prazo decadencial para o

    pedido de Jos de

    (A) dez anos contados a partir do primeiro dia do

    ms seguinte ao do recebimento da primeira

    prestao.

    (B) cinco anos contados a partir do primeiro dia do

    ms seguinte ao do recebimento da primeira

    prestao.

    (C) trs anos contados a partir do primeiro dia do

    ms seguinte ao do recebimento da primeiraprestao.

    (D) cinco anos contados da cincia da deciso que

    deferiu o benefcio.

    (E) dez anos contados da cincia da deciso que

    deferiu o benefcio.

    Gabarito oficial: Letra A.

    AUTOTUTELA DA PREVIDNCIA

    Art. 103-A. O direito da Previdncia Social de

    anular os atos administrativos de que decorram

    efeitos favorveis para os seus beneficirios decai

    em dez anos, contados da data em que foram

    praticados, salvo comprovada m-f.

    1o No caso de efeitos patrimoniais contnuos, o

    prazo decadencial contar-se- da percepo doprimeiro pagamento.

    2o Considera-se exerccio do direito de anular

    qualquer medida de autoridade administrativa que

    importe impugnao validade do ato.

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    PRESCRIO GERAL

    ARTIGO 103....

    Pargrafo nico. Prescreve em cinco anos, a contar

    da data em que deveriam ter sido pagas, toda e

    qualquer ao para haver prestaes vencidas ou

    quaisquer restituies ou diferenas devidas pela

    Previdncia Social, salvo o direito dos menores,

    incapazes e ausentes, na forma do Cdigo Civil

    PRESCRIO ACIDENTRIA

    Art. 104. As aes referentes prestao por

    acidente do trabalho prescrevem em 5 (cinco) anos,

    observado o disposto no art. 103 desta Lei,

    contados da data:

    I - do acidente, quando dele resultar a morte ou a

    incapacidade temporria, verificada esta em percia

    mdica a cargo da Previdncia Social; ou

    II - em que for reconhecida pela Previdncia Social,

    a incapacidade permanente ou o agravamento das

    seqelas do acidente.

    DISPOSIES DIVERSASBENEFCIOS

    Art. 101. O segurado em gozo de auxlio-doena,

    aposentadoria por invalidez e o pensionista invlido

    esto obrigados, sob pena de suspenso do

    benefcio, a submeter-se a exame mdico a cargo

    da Previdncia Social, processo de reabilitao

    profissional por ela prescrito e custeado, e

    tratamento dispensado gratuitamente, exceto ocirrgico e a transfuso de sangue, que so

    facultativos.

    Art. 112. O valor no recebido em vida pelo

    segurado s ser pago aos seus dependentes

    habilitados penso por morte ou, na falta

    deles, aos seus sucessores na forma da lei

    civil, independentemente de inventrio ou

    arrolamento.

    Art. 114. Salvo quanto a valor devido

    Previdncia Social e a desconto autorizado

    por esta Lei, ou derivado da obrigao de

    prestar alimentos reconhecida em sentena

    judicial, o benefcio no pode ser objeto de

    penhora, arresto ou seqestro, sendo nula de

    pleno direito a sua venda ou cesso, ou a

    constituio de qualquer nus sobre ele, bem

    como a outorga de poderes irrevogveis ou

    em causa prpria para o seu recebimento.

    Art. 120. Nos casos de negligncia quanto

    s normas padro de segurana e higiene

    do trabalho indicados para a proteo

    individual e coletiva, a Previdncia Social

    propor ao regressiva contra os

    responsveis (AO REGRESSIVA DA

    PREVIDNCIA SOCIAL).

    Art. 121. O pagamento, pela Previdncia

    Social, das prestaes por acidente do

    trabalho no exclui a responsabilidade civil

    da empresa ou de outrem.

    Art. 126. Das decises do Instituto Nacional

    do Seguro Social-INSS nos processos de

    interesse dos beneficirios e dos

    contribuintes da Seguridade Social caber

    recurso para o Conselho de Recursos da

    Previdncia Social, conforme dispuser o

    Regulamento.

    3 A propositura, pelo beneficirio ou

    contribuinte, de ao que tenha por objeto

    idntico pedido sobre o qual versa o

    processo administrativo importa renncia

    ao direito de recorrer na esfera

    administrativa e desistncia do recurso

    interposto.

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    28- (TCNICO 2012) Maria requereu aposentadoria

    especial e teve seu pedido indeferido pela Agncia

    da Previdncia Social. Nessa situao, Maria poder

    interpor recurso para:

    (A) Cmara de Julgamento.

    (B) Ministrio da Previdncia Social.

    (C) Junta de Recursos da Previdncia Social.

    (D) Gerncia Executiva.

    (E) Juizado Especial Federal.

    Gabarito oficial: Letra C.

    Art. 105. A apresentao de documentao

    incompleta no constitui motivo para

    recusa do requerimento de benefcio.

    DESAPOSENTAO

    A desaposentao a renncia da aposentadoria

    por requerimento do segurado, com o intuito de

    obter alguma vantagem previdenciria. Comefeito, de acordo com o artigo 11, 3, da Lei

    8.213/91, o aposentado que desenvolver atividade

    remunerada ser filiado obrigatrio no que

    concerne a essa atividade, devendo pagar as

    respectivas contribuies previdencirias.

    Todavia, preciso salientar que a desaposentao

    carece de previso legal expressa, sendo indeferida

    administrativamente pelo INSS, vez que a

    Administrao Pblica apenas poder agir quandoexista autorizao legal, luz do Princpio da

    Legalidade Administrativa.

    Apesar disso, o STJ vem admitindo a

    desaposentao com eficcia prospectiva, ou seja,

    sem determinar que o segurado devolva as parcelas

    j percebidas a ttulo de aposentadoria:

    AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL.

    PREVIDENCIRIO. ANLISE DE DISPOSITIVOSCONSTITUCIONAIS. INVIABILIDADE. COMPETNCIA

    DO EXCELSO PRETRIO. APOSENTADORIA. DIREITO

    PATRIMONIAL DISPONVEL. RENNCIA.

    POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. 1. A via especial,

    destinada uniformizao do Direito federal, no

    se presta anlise de dispositivos da Constituio

    da Repblica, ainda que para fins de

    prequestionamento, sob pena, inclusive, de

    usurpao de competncia da Suprema Corte.

    2. A jurisprudncia do Superior Tribunal de Justia

    tem reiteradamente se firmado no sentido de que

    plenamente possvel a renncia aposentadoria,

    por constituir direito patrimonial disponvel. 3.

    Agravo regimental a que se nega provimento

    (AGREsp 1.055.431, 6 Turma, de 15.10.2009).

    A questo est sendo julgada pelo STF, atravs do

    RE 381.367, relatado pelo Min. Marco Aurlio, que

    proferiu voto favorvel desaposentao, tendo o

    julgamento sido suspenso por pedido de vista do

    Min. Dias Toffoli, conforme demonstra passagem

    do Informativo 600.

    JUSTIFICAO ADMINISTRATIVA

    Mediante justificao processada perante a

    Previdncia Social, poder ser suprida a falta de

    documento ou provado ato do interesse de

    beneficirio ou empresa, salvo no que se refere a

    registro pblico.

    Entrementes, em regra, no ser cabvel a

    justificao para a comprovao de tempo de

    servio ou de contribuio, pois o artigo 55, 3, daLei 8.213/91, exige incio de prova material

    (documentos), apenas dispensvel em hipteses

    comprovadas de caso fortuito ou de fora maior.

    Art. 142. A justificao administrativa

    constitui recurso utilizado para suprir a falta

    ou insuficincia de documento ou produzir

    prova de fato ou circunstncia de interesse

    dos beneficirios, perante a previdncia

    social.

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    1 No ser admitida a justificao

    administrativa quando o fato a comprovar

    exigir registro pblico de casamento, de

    idade ou de bito, ou de qualquer ato

    jurdico para o qual a lei prescreva forma

    especial.

    2 O processo de justificao

    administrativa parte de processo

    antecedente, vedada sua tramitao na

    condio de processo autnomo.

    Art. 143. A justificao administrativa

    ou judicial, no caso de prova exigida peloart. 62, dependncia econmica, identidade

    e de relao de parentesco, somente

    produzir efeito quando baseada em incio

    de prova material, no sendo admitida

    prova exclusivamente testemunhal.

    1 No caso de prova exigida pelo art. 62

    dispensado o incio de prova material

    quando houver ocorrncia de motivo de

    fora maior ou caso fortuito.

    2 Caracteriza motivo de fora maior

    ou caso fortuito a verificao de ocorrncia

    notria, tais como incndio, inundao ou

    desmoronamento, que tenha atingido a

    empresa na qual o segurado alegue ter

    trabalhado, devendo ser comprovada

    mediante registro da ocorrncia policial

    feito em poca prpria ou apresentao de

    documentos contemporneos dos fatos, everificada a correlao entre a atividade da

    empresa e a profisso do segurado.

    3 Se a empresa no estiver mais em

    atividade, dever o interessado juntar

    prova oficial de sua existncia no perodo

    que pretende comprovar.

    4 No caso dos segurados empregado

    domstico e contribuinte individual, aps ahomologao do processo, este deverser

    encaminhado ao setor competente de

    arrecadao para levantamento e cobrana

    do crdito.

    Art. 144. A homologao da justificao

    judicial processada com base em prova

    exclusivamente testemunhal dispensa a

    justificao administrativa, se

    complementada com incio razovel de

    prova material.

    Art. 145. Para o processamento de

    justificao administrativa, o interessado

    dever apresentar requerimento expondo,clara e minuciosamente, os pontos que

    pretende justificar, indicando testemunhas

    idneas, em nmero no inferior a trs

    nem superior a seis, cujos depoimentos

    possam levar convico da veracidade do

    que se pretende comprovar.

    Pargrafo nico. As testemunhas, no dia e

    hora marcados, sero inquiridas a respeito

    dos pontos que forem objeto dajustificao, indo o processo concluso, a

    seguir, autoridade que houver designado

    o processante, a quem competir

    homologar ou no a justificao realizada.

    Art. 147. No caber recurso da deciso da

    autoridade competente do Instituto

    Nacional do Seguro Social que considerar

    eficaz ou ineficaz a justificao

    administrativa.

    Art. 148. A justificao administrativa ser

    avaliada globalmente quanto forma e ao

    mrito, valendo perante o Instituto

    Nacional do Seguro Social para os fins

    especificamente visados, caso considerada

    eficaz.

    Art. 149. A justificao administrativa ser

    processada sem nus para o interessado e

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    nos termos das instrues do Instituto

    Nacional do Seguro Social.

    Art. 150. Aos autores de declaraes falsas,prestadas em justificaes processadas

    perante a previdncia social, sero

    aplicadas as penas previstas noart. 299 do

    Cdigo Penal.

    Art. 151. Somente ser admitido o

    processamento de justificao

    administrativa na hiptese de ficar

    evidenciada a inexistncia de outro meio

    capaz de configurar a verdade do fatoalegado, e o incio de prova material

    apresentado levar convico do que se

    pretende comprovar.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil/Decreto-Lei/Del2848.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil/Decreto-Lei/Del2848.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil/Decreto-Lei/Del2848.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil/Decreto-Lei/Del2848.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil/Decreto-Lei/Del2848.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil/Decreto-Lei/Del2848.htm