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INSTITUTO SUPERIOR DE ECONOMIA E GESTÁO (ISEG) Coordenação: Professor Geraldo Sandoval Góes Endereço.: Av. W 3 Sul, Quadra 509, fone: 3443-3691 Disciplina: Estatística Básica Professor: Sérgio Ricardo de Brito Gadelha ([email protected]) Comentários à prova de Estatística do Auditor-Fiscal da Receita Federal – AFRF/2002-2. Parte I. Para a solução das questões de números 38 a 43 utilize o enunciado que se segue. O atributo do tipo contínuo X, observado como um inteiro, numa amostra 100 obtida de uma população de 1000 indivíduos, produziu a tabela de freqüências seguinte: Classes Freqüência (f) 29,5 – 39,5 4 39,5 – 49,5 8 49,5 – 59,5 14 59,5 – 69,5 20 69,5 – 79,5 26 79,5 – 89,5 18 89,5 – 99,5 10 38 – assinale a opção que corresponde à estimativa da mediana amostral do atributo X. a) 71,04 b) 65,02 c) 75,03 d) 68,08 e) 70,02 Comentários: A medida de tendência central mediana (Md), é o valor da série ordenada que está localizado numa posição eqüidistante dos extremos dos elementos da série. Em outras palavras, mediana é o valor que divide uma série ordenada em duas partes iguais quanto ao número de valores. Em uma série de n observações ordenadas de forma crescente, a mediana é o valor da observação que divide essa série de n observações, em duas metades iguais, uma delas com valores inferiores ao valor da mediana e a outra com valores superiores. Se a série de dados tiver um número ímpar de observações, a mediana é o próprio elemento que está no meio 1

Aula 2 - Comentários à prova de estatística básica do concurso para Auditor Fiscal da Receita Federal

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Comentários à prova de Estatística do Auditor-Fiscal da Receita Federal – AFRF/2002-2. Parte I.

Para a solução das questões de números 38 a 43 utilize o enunciado que se segue.O atributo do tipo contínuo X, observado como um inteiro, numa amostra 100 obtida de uma população de 1000 indivíduos, produziu a tabela de freqüências seguinte:

Classes Freqüência (f)29,5 – 39,5 439,5 – 49,5 849,5 – 59,5 1459,5 – 69,5 2069,5 – 79,5 2679,5 – 89,5 1889,5 – 99,5 10

38 – assinale a opção que corresponde à estimativa da mediana amostral do atributo X.a) 71,04b) 65,02c) 75,03d) 68,08e) 70,02

Comentários: A medida de tendência central mediana (Md), é o valor da série ordenada que está localizado numa posição eqüidistante dos extremos dos elementos da série. Em outras palavras, mediana é o valor que divide uma série ordenada em duas partes iguais quanto ao número de valores.

Em uma série de n observações ordenadas de forma crescente, a mediana é o valor da observação que divide essa série de n observações, em duas metades iguais, uma delas com valores inferiores ao valor da mediana e a outra com valores superiores.

Se a série de dados tiver um número ímpar de observações, a mediana é o próprio elemento que está no meio da série, ou seja, é o valor central [elemento com ordem igual a (n+1)/2].

Se a série de dados tiver um número par de observações, a mediana é, por convenção, a média aritmética dos dois valores centrais. Por não existir um valor no centro da série, deve-se dividir por dois a soma dos valores das observações com ordens (n/2) e (n/2) + 1.

No exercício, a série de dados está disposta em uma distribuição de freqüências. Nesse caso, o valor da mediana em dados agrupados, e com intervalo de classes, é obtido por meio da seguinte fórmula:

Md = li + [h(Em – Fac ant)/f]Onde, Md = medianali = limite inferior da classe mediana.h = diferença entre o limite superior da classe mediana e o limite inferior da classe mediana, ou seja, é a amplitude do intervalo da classe mediana

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Em = elemento medianoFac ant = freqüência acumulada anterior, ou seja, freqüência acumulada da classe anterior à classe medianaf = freqüência simples da classe mediana

Deve-se seguir os seguintes passos:

1. Cálculo da freqüência acumulada:A freqüência simples ou absoluta de uma observação da série é o número de

repetições dessa observação. Em outras palavras, é o número de vezes que o elemento aparece na amostra. E o par formado pelo valor de cada observação e sua freqüência gera a tabela de freqüências absolutas da série de observações ou distribuição de freqüências absolutas. Logo, a distribuição de freqüências absolutas de uma série de dados é uma função que representa os pares formados pelos valores das observações e suas respectivas freqüências.

Além disso, a freqüência acumulada de uma observação da série é dada pela soma das freqüências, absolutas (simples) ou relativas, desde a observação inicial. E a distribuição de freqüências acumuladas de uma série de observações é uma função que representa os pares formados pelos valores das observações e suas respectivas freqüências acumuladas. No exercício, para encontrar os valores da coluna Freqüência Acumulada (absoluta ou simples), primeiramente repete-se o valor da freqüência da 1ª classe na coluna Freqüência Acumulada. Após, soma-se o valor da freqüência acumulada da 1ª classe com o valor da freqüência da 2ª classe, obtendo-se o valor da freqüência acumulada da 2ª classe (4 + 8 = 12), e assim por diante.

Classes Freqüência (f) Freqüência Acumulada1ª - 29,5 – 39,5 4 42ª - 39,5 – 49,5 8 123ª - 49,5 – 59,5 14 264ª - 9,5 – 69,5 20 465ª - 69,5 – 79,5 26 726ª - 79,5 – 89,5 18 907ª - 89,5 – 99,5 10 100

f = 100

2. Cálculo do elemento mediano (Em):f = n = 100 (número par)Em = (f)/2 = 100/2 = 50 Então, marcamos a classe correspondente à freqüência acumulada imediatamente superior ao elemento mediano. Tal classe será a classe mediana . Esse valor do elemento mediano indica que deve-se utilizar os valores da 5ª classe mediana.

3. Cálculo da amplitude do intervalo da 5ª classe mediana : h = 79,5 – 69,5 = 10

4. Cálculo da mediana :

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Md = 69,5 + [10(50 – 46)/26]Md = 69,5 + 1,54Md = 71,04 (aproximadamente)

A resposta é a letra “a”.

39 – Assinale a opção que corresponde à estimativa do número de indivíduos na população com valores do atributo X menores ou iguais a 95,5 e maiores do que 50,5.a) 700b) 638c) 826d) 995e) 900

Comentários:

A questão solicita a estimativa do número de indivíduos na população com valores do atributo X menores ou iguais a 95,5 e maiores do que 50,5. Primeiramente, devemos construir uma nova tabela de freqüência e, dessa forma, somarmos os valores das freqüências entre a terceira e sétima classes, correspondentes à amostra.

A amplitude do intervalo de classe, ou simplesmente intervalo de classe, é o comprimento da classe, sendo geralmente definida como a diferença entre seus limites superiores e inferiores. No exercício, observe que o intervalo de classe é 10 para todas as classes [por exemplo, na 1ª classe temos 39,5 (limite superior) – 29,5 (limite inferior), que é igual à 10].

Se o valor do atributo é maior que 50,5, iremos focar nossa análise na 3ª classe. Nessa classe, cujos limites inferior e superior são 49,5 e 59,5, respectivamente, sabemos que o intervalo de classe é igual à 10 (59,5 – 49,5 = 10), e o valor da respectiva freqüência é 14. Para se encontrar o valor da nova freqüência correspondente à 3ª classe, primeiramente devemos encontrar o novo valor do intervalo de classe, cujos limites inferior e superior agora são 50,5 e 59,5, respectivamente. Logo, o intervalo de classe será 9 (59,5 – 50,5 = 9). Por meio de uma regra de três simples, temos:

Intervalo de classe freqüência nova

10 149 X

X =

Logo, o valor da nova freqüência correspondente à terceira classe será 12,6.

Por outro lado, se o valor do atributo é menor ou igual a 95,5, devemos então direcionar nossa análise na 7ª classe. Nessa classe, cujos limites inferior e superior são 89,5 e 99,5, respectivamente, sabemos que o intervalo de classe é igual à 10 (99,5 – 89,5 = 10), e o valor da respectiva freqüência é 10. Para se encontrar o valor da nova

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freqüência correspondente à 7ª classe, primeiramente devemos encontrar o novo valor do intervalo de classe, cujos limites inferior e superior agora são 89,5 e 95,5, respectivamente. Logo, o intervalo de classe será 6 (95,5 – 89,5 = 6). Por meio de uma regra de três simples, temos:

Intervalo de classe freqüência nova10 106 X

X =

Logo, o valor da nova freqüência correspondente à sétima classe será 6.Dessa forma, teremos uma nova tabela de freqüências, expressa a seguir:

Classes Freqüência (f) Freqüência Nova (f’)1ª) 29,5 – 39,5 4 42ª) 39,5 – 49,5 8 83ª) 49,5 – 59,5 14 12,64ª) 59,5 – 69,5 20 205ª) 69,5 – 79,5 26 266ª) 79,5 – 89,5 18 187ª) 89,5 – 99,5 10 6

∑f = 100

A questão solicita a estimativa do número de indivíduos na população com valores do atributo X menores ou iguais a 95,5 e maiores do que 50,5. Nesse caso, iremos somar os valores da freqüência nova (f’) entre a terceira e a sétima classes, ou seja, 12,6 + 20 + 26 + 18 + 6 = 82,6. Conforme visto em tópicos anteriores, sabemos que a soma das freqüências é sempre igual ao número total de valores observados. Dessa forma, essa nova amostra tem tamanho 82,6.

Se o valor 82,6 corresponde ao somatório das classes da amostra da qual tenho interesse, então o número de indivíduos na população com valores do atributo X menores ou iguais a 95,5 e maiores do que 50,5 será 826.

A resposta é a letra “c”.

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Comentários: A Moda é o valor da série que mais se repete, isto é, que tem maior

freqüência. Para distribuições simples (sem agrupamento em classes) a identificação da Moda é facilitada pela simples observação do elemento que apresenta maior freqüência. Um conjunto de observações pode não ter moda (por exemplo, o conjunto A = {2,3,5,6,7,10}), pode ter uma única moda (unimodal: B = {1,2,2,3,4}), duas modas (bimodal: C={1,1,2,3,4,4}) ou mais de duas modas (multimodal: D = {1,1,2,2,3,3,4}).

A moda também pode ser calculada quando os dados estão dispostos em uma distribuição de freqüência. No caso, primeiro localiza-se a classe modal que, no caso de os intervalos de classe terem a mesma amplitude, é aquela que apresenta a maior freqüência. Para obter o valor da moda, quando os dados estão agrupados com intervalos de classe, podemos utilizar o método mais simples, que consiste em tomar o ponto médio da classe modal. Esse valor é denominado moda bruta:

Mo = (li + ls)/2

Onde, li = limite inferior da classe modal e ls = limite superior da classe modal.

Porém, quando a classe modal e as classes vizinhas têm a mesma amplitude, recomenda-se o uso do método de Czuber:

Mo = li + h[(fmáx – fant)/2.fmáx – (fant + fpost)]

Onde,li = limite inferior da classe modalh = a amplitude da classe modalfmáx = freqüência máximafant = freqüência anterior à freqüência máximafpost = freqüência posterior à freqüência máxima

No exercício,

Mo = 69,5 + 10[(26 – 20)/2(26) – (20 + 18)]Mo = 69,5 + 10[6/ [52 – 38]Mo = 69,5 + 10[6/14]Mo = 69,5 + 10[0,42857]Mo = 69,5 + 4,2857Mo = 73,79 (aproximadamente)A resposta é a letra “b”.

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Mo = li + h.[1/(1 + 2)]

Onde,1= diferença entre a freqüência da classe modal e a imediatamente anterior2= diferença entre a freqüência da classe modal e a imediatamente posterior

41- Assinale a opção que corresponde ao desvio absoluto médio do atributo X.a) 16,0b) 17,0c) 16,6d) 18,1e) 13,0

Comentários:

Ponto Médio (Xi)

Xi.fi Xi. - | Xi -  | | Xi -  |. fi

34,5 138 69,5 -35 35 14044,5 356 69,5 -25 25 20054,5 763 69,5 -15 15 21064,5 1.290 69,5 -5 5 10074,5 1.937 69,5 5 5 13084,5 1.521 69,5 15 15 27094,5 945 69,5 25 25 250

=6.950 = 1.300

Para encontrar o valor do desvio absoluto médio do atributo X, deve-se seguir os seguintes passos:

1º) Cálculo do Ponto Médio de Classe (PM):

Ponto médio de classe é o ponto que divide o intervalo de classe em duas partes iguais, ou seja, é a média aritmética dos limites da classe.Em uma tabela com dados agrupados, o cálculo da média aritmética uso os pontos médios dos intervalos de classes (Xi). O ponto médio é obtido calculando-se a média aritmética entre os limites de sua classe. Logo,

PM = (li + ls)/2

Onde, li = limite inferiorls = limite superiorPM = ponto médio.

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2º) Cálculo da Média Aritmética Ponderada ( ):

A medida de tendência central média aritmética é igual ao quociente obtido pela divisão da soma de todos os valores da série de valores numéricos pelo número total desses valores.

Dada uma série numérica com dados não-agrupados (X1, X2, ..., Xn), a média aritmética simples destes n valores será obtida pela seguinte expressão:

= /

onde: = média aritmética simples dos valores Xi

Xi = cada um dos valores observadosn = número de valores observados

No caso de os dados estiverem classificados em uma distribuição de freqüências com n classes, ou seja, dados agrupados com intervalo de classes, se Xi(i = 1,2, ..., n) são os valores centrais das classes ou os diferentes valores observados (no caso de uma variável discreta) e se fi são as respectivas freqüências (ou pesos), a média aritmética ponderada é dada por:

= /

onde: fi = freqüência absoluta simples da classe i (pesos)

= média aritméticaXi = ponto médio do intervalo de classe in = total de classes da distribuição de freqüênciasfi = freqüência total

Todos os valores incluídos em um determinado intervalo de classe coincidem com seu ponto médio. No exercício, tem-se o seguinte valor para a média aritmética ponderada (note que o valor do fi já foi calculado anteriormente):

= 6.950/100 = 69,5

3º) Cálculo do Desvio Médio Absoluto (DMA):

Dada uma série (conjunto) de observações X com média , denomina-se como desvio de uma observação, ao resultado da diferença entre o valor dessa observação

e o valor da média aritmética da série (DM = Xi. - ). Todavia, a soma dos desvios das observações da série com relação à própria média da série é sempre igual a zero, pois os

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Logo, para dados brutos, o desvio médio absoluto de um conjunto de dados (X1, X2, ..., Xn) é a média aritmética dos valores absolutos dos desvios em relação à média

aritmética ( ). Em outras palavras, é a média aritmética das distâncias de cada valor de X à média aritmética do conjunto.

DMA = | Xi -  | /n

Por outro lado, para dados dispostos em uma tabela de freqüência, agrupados ou não em classes, usa-se a seguinte expressão:

DMA = | Xi -  | fi /fi

No exercício, o valor do desvio médio absoluto do atributo X será:

DMA = 1300/100 = 13,0

A resposta é a letra “e”.42 – Assinale a opção que dá o valor do coeficiente quartílico de assimetria.a) 0,080b) –0,206c) 0,000d) –0,095e) 0,300

Comentários: Coeficiente Quartílico de Assimetria

Classes Freqüência (f) Freqüência Acumulada1ª - 29,5 – 39,5 4 42ª - 39,5 – 49,5 8 123ª - 49,5 – 59,5 14 264ª - 9,5 – 69,5 20 465ª - 69,5 – 79,5 26 726ª - 79,5 – 89,5 18 907ª - 89,5 – 99,5 10 100

f = 100

O coeficiente quartílico (ou quartil) de assimetria, denotado por eQ, é uma medida de assimetria freqüentemente usada, que recorre, em seu cálculo, aos três quartis. É

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É definido por:

ou

Isto é, esta quantidade é dada pela razão entre a diferença entre o afastamento dos quartis e a sua soma.

O coeficiente quartílico de assimetria assume valores entre os limites -1 e +1, ou seja: -1 eQ +1.

Sabemos que o 2º quartil, evidentemente, coincide com a Mediana (Q2 = Md). Encontramos o valor da mediana quando resolvemos a questão 38 (Ponto 6), ou seja, Md = 71,04. Logo, precisamos encontrar os valores do 1º e 3º quartis (Q1 e Q3).

Há medidas de posição que, consideradas individualmente, não são medidas de tendência central, mas estão ligadas à mediana relativamente à sua característica de separar a série em duas partes que apresentam o mesmo número de valores. Essas medidas – os quartis, os decis e os percentis – são, juntamente com a mediana, conhecidas como separatrizes.

Os quartis [Qi = quartil, i=1,2,3] separam/dividem um conjunto de dados ordenados (rol) em quatro partes iguais. Para dados não-agrupados em classes, temos:

Q1 (1 Quartil): é o valor que antecede 25% da freqüência abaixo dele e sucede 75%, ou seja, deixa 25% dos elementos abaixo dele. É o valor situado de tal modo na série que uma quarta parte (25%) dos dados é menor que ele e as três quartas partes restantes ( 75%) são maiores.

Q2 (2 Quartil): coincide com a mediana, isto é, valor que antecede 50% da freqüência abaixo dele e sucede 50%.

Q3 (3 Quartil): é o valor que antecede 75% da freqüência abaixo dele e sucede 25%, ou seja, deixa 75% dos elementos abaixo dele. É o valor situado de tal modo que as três quartas partes (75 %) dos termos são menores que ele e uma quarta parte 25 % é maior.

Todavia, no cálculo das separatrizes para dados agrupados em tabelas de distribuição de freqüências, as fórmulas para a determinação dos quartis Q1 e Q3 são semelhantes utilizada para o cálculo da Md.

Determinação de Q1:

1º) Passo: Determina-se a posição (P) que o 1º quartil ocupa na distribuição dos dados, isto é,

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a) Decil:

Como N (número de valores observados) = f = 100, então P = (1)(100/4) = 25, onde i = 1

2º) Passo: Identifica-se a classe Q1 pela freqüência acumulada (Fac). No exercício, a posição do quartil refere-se à 3ª classe.

3º) De posse desses dados determinamos o valor do 1º quartil por meio da fórmula:

onde:

onde,

Q1 - 1º Quartil;LiQ1 – Limite inferior da classe que contém Q1 49,5;P – posição do quartil;FAAQ1 – freqüência acumulada da classe anterior a classe que contém o quartil;FQ1 – Freqüência da classe que contém Q1;h – amplitude do intervalo de classe que contém Q1; limite superior (ls) – limite inferior (li) = 59,5 - 49,5 = 10

Logo,

onde:

Determinação de Q3

1º) Passo: Determina-se a posição (P) que o 3º quartil ocupa na distribuição dos dados, isto é,

b) Decil:

10

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Como N = f = 100, então P = 3(100/4) = 75, onde i = 3

2º) Passo: Identifica-se a classe Q3 pela freqüência acumulada (Fac). No exercício, a posição do quartil refere-se à 6ª classe.

3º) De posse desses dados determinamos o valor do 3º quartil por meio da fórmula:

onde:

onde,

Q3 - 3º Quartil;LiQ3 – Limite inferior da classe que contém Q3 79,5;P – posição do quartil;FAAQ3 – freqüência acumulada da classe anterior a classe que contém o quartil;FQ3 – Freqüência da classe que contém Q1;h – amplitude do intervalo de classe que contém Q1; limite superior (ls) – limite inferior (li) = 89,5 - 79,5 = 10

Logo,

onde:

Dessa forma, o valor do coeficiente quartílico de assimetria será:

Logo, a resposta é a letra “d”.

Em resumo,

O conceito de coeficiente quartílico de assimetria (ou coeficiente de Bowley), que é expresso da seguinte maneira:

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Para completar àquela aula, saiba que, de acordo com esse coeficiente, as distribuições são classificadas da seguinte maneira:

-1< eQ < -0,3 assimétrica negativa forte-0,3< eQ < -0,1 assimétrica negativa moderada- 0,1< eQ < 0 assimétrica negativa fracaeQ = 0 simétrica0< eQ < 0,1 assimétrica positiva fraca0,1< eQ < 0,3 assimétrica positiva moderada0,3< eQ < 1 assimétrica positiva forte

Observação1: Para o cálculo das separatrizes [quartis, decis e percentis (ou centis)] para dados agrupados em tabelas de distribuição de freqüências, segue-se o seguinte procedimento:

1º) Determinar a posição que a separatriz ocupa na distribuição dos dados.

a) quartil

b) Decil:

c) Percentil (ou Centil)

2º) Localizar esta posição na distribuição de freqüência acumulada (FA), sabendo qual a “classe” que contém a separatriz.

4º) De posse desses dados determinamos o valor da separatriz através da fórmula:

onde:

S – separatriz;Li – Limite inferior da classe que contém a separatriz;P – posição da separatriz;

FAA – freqüência acumulada da classe anterior a classe que contém a separatriz;h – amplitude do intervalo de classe.

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43) Para a distribuição de freqüências do atributo X sabe-se que:

7i=1(Xi - )2 fi = 24.500 e que

7i=1(Xi - )4 fi = 14.682.500

Nessas expressões os Xi representam os pontos médios das classes e a média amostral.Assinale a opção correta. Considere para sua resposta a fórmula da curtose com base nos momentos centrados e suponha que o valor de curtose encontrado é populacional.a) A distribuição do atributo X é leptcúrtica.b) A distribuição do atributo X é platicúrtica.c) A distribuição do atributo X é indefinida do ponto de vista da intensidade da curtose.d) A informação dada se presta apenas ao cálculo do coeficiente de assimetria com base

nos momentos centrados de X.e) A distribuição de X é normal.

Comentários:

A curtose indica o grau de achatamento de uma distribuição em relação a uma distribuição padrão (distribuição normal), denominada curva normal.

Em outras palavras, a curtose indica até que ponto uma curva de freqüências de uma distribuição se apresenta mais afilada ou mais achatada se comparada a uma curva padrão, que é a curva normal (curva Gaussiana). Quanto ao grau de curtose, há três possíveis tipos de curvas de freqüência:

Curva de Freqüências Mesocúrtica (C = 3): Curva de freqüências que apresenta um grau de achatamento equivalente ao da curva normal, conforme ilustrado na figura a seguir:

Curva de Freqüências Platicúrtica (C<3): Curva de freqüências que apresenta alto grau de achatamento, superior ao da normal, conforme ilustrado na figura a seguir:

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Curva de Freqüências Leptocúrtica (C>3): Curva de freqüências com alto grau de afilamento, superior ao da normal, conforme ilustrado na figura a seguir:

.

O coeficiente de curtose (C) pode ser expresso da seguinte maneira:

C = M4/DP4 = M4/VAR2 = M4/ M2

2

Como os dados estão agrupados (há a presença de freqüências), a variância [VAR(X) para populações] e o momento central de ordem 4 (M4 ou momento centrado na média de ordem 4) são expressos da seguinte maneira:

VAR (X) = = M2 = = 245

Onde M2 = Momento Central de Ordem 2 ou Momento Centrado na Média de Ordem 2

M4 = = =146.825

Logo, o valor do coeficiente de curtose (C) será:

C = M4/VAR2 = = 2,45

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C < 3 A distribuição do atributo X é platicúrtica. Logo, a resposta é a letra “b”.

Observação 1: Coeficiente Percentílico de Curtose

O coeficiente percentílico de curtose (k) é a medida mais elementar usada para avaliar o grau de curtose de uma distribuição ou curva de freqüências, ou seja, mede o achatamento de uma distribuição de freqüências. É definido pela expressão que segue:

, onde DQ é a amplitude semi-interquartílica (ou desvio-quartílico), ou seja:

Onde,P90= nonagésimo percentilP10= décimo percentilQ3 = terceiro quartilQ1 = primeiro quartil

A interpretação desta medida é como segue:

Se k = 0,263 : curva ou distribuição mesocúrtica; Se k > 0,263 : curva ou distribuição platicúrtica; Se k < 0,263 : curva ou distribuição leptocúrtica.

Observação 2: Por curiosidade, o coeficiente de curtose utilizado no Microsoft Excel é expresso pela seguinte fórmula:

Coeficiente de curtose =

Onde,

Xi = valor da variável analisada

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= média aritmétican = número de observaçõesSX = desvio padrão (DP)

44 – Uma variável contábil Y, medida em milhares de reais, foi observada em dois grupos de empresas apresentando os resultados seguintes:

Grupo Média Desvio PadrãoA 20 4B 10 3

Assinale a opção correta.a) No grupo B, Y tem maior dispersão absoluta.b) A dispersão absoluta de cada grupo é igual à dispersão relativa.c) A dispersão relativa do Grupo B é maior do que a dispersão relativa do Grupo.d) A dispersão relativa de Y entre os Grupos A e B é medida pelo quociente da diferença

de desvios padrão pela diferença de médias.e) Sem o conhecimento dos quartis não é possível calcular a dispersão relativa nos

grupos.

Comentários:

Sabemos que dispersão (ou variabilidade) é a maior ou menor diversificação dos valores de uma variável em torno de um valor de tendência central (média ou mediana) tomado como ponto de comparação.

Por outro lado, o desvio padrão [DP(x), (população) ou S(amostra)] tem duas características importantes:

Considera que os desvios se distribuem homogeneamente ao redor do valor da média.

É uma medida de dispersão absoluta.

Mas o fato de o desvio padrão ser uma medida de dispersão absoluta não permite comparar as medidas de dispersão de duas ou mais séries de observações. Nesse caso, define-se uma medida da dispersão relativa ou da concentração de uma distribuição, denominada como Coeficiente de Variação de Pearson, expresso pela seguinte fórmula:

Onde,CV = Coeficiente de Variação de PearsonDP(x) = Desvio Padrão

  = média aritmética

O Coeficiente de Variação de Pearson é o quociente entre o desvio padrão e o valor absoluto da média aritmética referentes a dados de uma mesma série. Trata-se de

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INSTITUTO SUPERIOR DE ECONOMIA E GESTÁO (ISEG)Coordenação: Professor Geraldo Sandoval GóesEndereço.: Av. W 3 Sul, Quadra 509, fone: 3443-3691Disciplina: Estatística BásicaProfessor: Sérgio Ricardo de Brito Gadelha ([email protected])uma medida relativa de dispersão, útil para a comparação em termos relativos do grau de concentração em torno da média de séries distintas.

O Coeficiente de Variação é um número adimensional (seu valor independe da unidade de medida da variável analisada). O resultado pode ser expresso na forma percentual, bastando multiplicar o seu resultado por 100. Comparando duas séries, a série que tiver menor coeficiente de variação terá menor dispersão, ou seja, menor risco.

No exercício, a dispersão relativa dos Grupos A e B serão:

O Grupo A tem menor coeficiente de variação (CV = 0,2). Logo, o Grupo A menor dispersão (ou variabilidade), menor risco ou maior homogeneidade.

A resposta é a letra “c”, pois a dispersão relativa do Grupo B é maior do que a dispersão relativa do Grupo A.

Um exemplo prático do coeficiente de variação é em Finanças (Administração Financeira), onde esse coeficiente mostra o risco por unidade de retorno e proporciona uma base de comparação que faz mais sentido quando o retorno esperado de duas alternativas não é o mesmo. Se dois investimentos têm os mesmos retornos esperados, mas desvios padrão diferentes, os investidores irão escolher o investimento com menor desvio padrão (ou seja, menor risco). Por outro lado, se dois investimentos tem o mesmo risco (desvio padrão), mas com retornos esperados diferentes, os investidores, em geral, preferem o investimento com o retorno esperado mais alto. Mas quando os investimentos diferem tanto em relação aos desvios padrão como aos retornos esperados, o coeficiente de variação é uma medida melhor para a avaliação do risco nesse tipo de situação. O investimento com menor coeficiente de variação apresentará menor risco.

Assim, se tenho duas carteiras de investimento A e B, sendo que o coeficiente de variação da carteira de investimento A é maior que o coeficiente de variação da carteira B, então a carteira B apresenta menor risco que a carteira A.

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INSTITUTO SUPERIOR DE ECONOMIA E GESTÁO (ISEG)Coordenação: Professor Geraldo Sandoval GóesEndereço.: Av. W 3 Sul, Quadra 509, fone: 3443-3691Disciplina: Estatística BásicaProfessor: Sérgio Ricardo de Brito Gadelha ([email protected])45) No tempo t0 + 2 o preço médio de um bem é 30% maior do que em t0 + 1, 20% menor do que em t0 e 40% maior do que em t0 + 3. Assinale a opção que dá o relativo de preços do bem em t0 + 3 com base em t0 + 1.

a) 162,5%b) 130,0%c) 120,0%d) 092,9%e) 156,0%

Comentários: Considere duas épocas e os respectivos preços de um artigo:

0 = época base (época de referência)t = época atual (época dada)P0 = preço do bem na época basePt = preço do bem na época atual

Define-se o preço relativo, índice relativo de preço ou número-índice de preço pela seguinte expressão:

É o número-índice mais simples, que indica a relação entre o preço de um produto em determinado período (ano, mês) e o preço no período base. Em termos percentuais,

O ano considerado base corresponderá sempre ao índice igual a 100. Os demais apresentarão, portanto, valores que flutua no em torno de 100.

No exercício em análise, tomando-se o ano t0 + 1 como ano-base, o preço relativo que lhe corresponde é 100 (simbolicamente, t0 + 1 = 100 ou 100%).

Como o preço, em t0 + 2, é 30% maior do que em t0 + 1, o preço relativo correspondente a t0 + 2 é 100 + 30 = 130, ou seja, o preço em t0 + 2 é 130% do preço em t0 + 1.

Como o preço em t0 + 2 é 20% inferior ao de t0, ele deve ser 100% – 20% =

80% do preço de t0. Então, o preço em t0 é do preço

em t0 + 2, ou seja, o preço relativo em t0 é 125% do de t0 + 2. Logo, 125% de 130 = 162,5.

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Como o preço em t0 + 2 é 40% maior do que em t0 + 3, ele deve ser 100 +

40 = 140 do de t0 + 3. Então, o preço em t0 + 3 é do preço em t0 + 2, ou seja, o preço

relativo em t0 + 3 é do de t0 + 2. Isto é,

Por conseguinte, os preços relativos são os apresentados na tabela a seguir:

Ano t0 t0 + 1 t0 + 2 t0 + 3Preço Relativo(t0 + 1 = 100)

162,5 100 130 92,9 (aproximadamente)

Logo, a resposta é a letra “d”.

Alternativamente, podemos resolver essa questão de uma outra forma:

P0 P 1,3P = 0,8P0 = 1,4P’ P’

t0 t0 + 1 t0 + 2 t0 + 3

De acordo com o exercício, no tempo t0 + 2 o preço do bem é 30% maior do que em t0 + 1 (1,3P), 20% menor do que em t0 (0,8P0) e 40% maior do que em t0 + 3 (1,4P’). Logo, o relativo de preços do bem em t0 + 3 com base em t0 + 1 será:

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