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10/02/2015 Estruturas de Concreto III   Prof. Wallison Barbosa UDF   Centro Universitário Estruturas de Concreto III Aula 2: Sistema estrutural em lajes sem vigas

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Estruturas de Concreto III

Aula 2: Sistema estrutural em lajes sem vigas

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Conteúdo: Introdução

Sistema de lajes sem vigas

 Armaduras de cisalhamento

Vantagens dos sistemas de lajes sem vigas Desvantagens dos sistemas de lajes sem vigas

Histórico

Efeitos de momentos desbalanceados

Dimensionamento da armadura de flexão

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Introdução Segundo a Norma Brasileira NBR 6118:2014, lajes-cogumelo

são lajes apoiadas em pilares com capitéis e lajes lisas são as

apoiadas diretamente em pilares sem capiteis.

Nos sistemas mais simples e tradicionais, de maneira geral,

as lajes apoiam-se em vigas e estas nos pilares.

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Sistemas de lajes sem vigas Introdução

Perspectiva esquemática de um painel de laje sem viga

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Sistemas de lajes sem vigas Sistemas estruturais em concreto armado

Sistema Estrutural deLajes com vigas

Sistema Estrutural comLajes Cogumelo

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Sistemas de lajes sem vigas Capiteis e ábacos

Lajes sem vigas(cogumelo) com capitel e ábaco na ligação com o pilar

Lajes Cogumelo

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Sistemas estruturais em lajes sem vigas Sistemas estruturais em concreto armado

Sistema Estrutural com Lajes Lisas

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Sistemas estruturais em lajes sem vigas Sistemas estruturais em concreto armado

Lajes lisas em edifícios

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Sistemas estruturais em lajes sem vigas Peculiaridades dos sistemas de lajes sem vigas

Na ligação das lajes com o pilar, consequentemente, existe uma

força cortante de grande intensidade, que provoca altas tensões

de cisalhamento e pode causar a ruína da laje, caracterizada pelo

fenômeno chamado de punção.

Fenômeno da punção: ruptura abrupta e frágil;

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Sistemas estruturais em lajes sem vigas Em virtude da dificuldade de execução dos capiteis e dos

ábacos, principalmente das formas, além de resultar em tetos

não lisos(descontínuos), é conveniente evitar essas soluções

para combater as tensões de punção na ligação. Outras

soluções existem, conforme se verá, como a utilização dearmaduras transversais na região da laje próxima ao pilar.

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Sistemas estruturais em lajes sem vigas Lajes aliviadas ou nervuradas

Pavimento de lajes nervuradas sem vigas

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Sistemas estruturais em lajes sem vigas Lajes aliviadas ou nervuradas

Os vazios podem ser criados com caixões perdidos, normalmente

de madeira, blocos cerâmicos, de concreto celular, de poliestireno

expandido (isopor e com fôrmas de polipropileno (cabacinhas).

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Sistemas estruturais em lajes sem vigas Lajes aliviadas ou nervuradas

Sistema Estruturalcom lajes lisas

Sistema Estrutural com lajeslisas nervuradas

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Sistemas estruturais em lajes sem vigas Lajes aliviadas ou nervuradas

Pavimento de laje sem vigas em faixas, seguindo as direções dos pilares

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Sistemas estruturais em lajes sem vigas Lajes aliviadas ou nervuradas

Dimensões recomendadas para lajes nervuradas sem vigas

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Armaduras de cisalhamento Tipos de armaduras de cisalhamento

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Armaduras de cisalhamento Tipos de armaduras de cisalhamento

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Armaduras de cisalhamento Distribuição das armaduras de cisalhamento

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Armaduras de cisalhamento Distribuição das armaduras de cisalhamento

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Vantagens das lajes sem vigas Os sistemas de lajes sem viga apresentam uma série de

vantagens em relação aos convencionais, essas vantagens

resultam em uma diminuição do tempo de execução, uma

melhora na qualidade do edifício e, em algumas situações,

podem levar à redução do custo da estrutura.

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Vantagens das lajes sem vigas Redução nos custos com materiais e

mão de obra;

Maior flexibilidade de layout;

Melhoria da qualidade final e diminuição

de revestimentos;

Simplificação na execução das formas e

cimbramento;

Simplificação na concretagem;

Simplificação das instalações prediais;

Figura 1.1 - Lajes apoiadas sobre pilares.(a)Laje Cogumelo, (b) Laje nervurada,(c) Laje Lisa. (Naaman, PrestressedConcrete Analysys and Design, 2004)

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Vantagens das lajes sem vigas Formas para sistema com vigas:

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Vantagens das lajes sem vigas Formas para sistema sem vigas:

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Desvantagens dos sistemasde lajes sem vigas Possibilidade de punção da laje

pelos pilares.

Redução da rigidez global da

edificação; Momentos elevados na Ligação

Laje-Pilar

Complicada armação na região dos

pilares;

Maiores deslocamentostransversais;

Maior consumo de concreto e aço;

Colapso por punção em Garagem Comercial(Christchurch CBD, New Zealand)

Colapso do Tropcana Casino. (www.CTLGroup.com)

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Desvantagens dos sistemas de lajes sem vigas

Figura 1.4 - Colapso parcial do edifício Pipers Row Car Park (FERREIRA, 2010)

Figura 1.5 – Colapso total de Edifício(Reinsurance Company, Munich, Germany )

Figura 1.6 - Colapso do Tropicana Casino; ParkingGarage - 2003 (  www.CTLGroup.com) 

Figura 1.7 - Colapso do L'Ambiance Plaza– 1987 (www.failures.wikispaces.com)

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Desvantagens das lajes sem vigas Punção: deve ser verificada de acordo com o item 19.5 da

NBR 6118:2014.

Punção em Lajes lisas de concreto armado

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Desvantagens das lajes sem vigas Modelos locais:

Pilares de Canto, de borda e centrais

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Desvantagens das lajes sem vigas Lajes sem armadura para força cortante

Perspectivas esquemáticas de superfícies de ruína devidas à punção em ligações laje-pilar em lajes lisas

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Desvantagens das lajes sem vigas Colapso progressivo

Colapso progressivo no edifício Skyline Plaza (1973)

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Desvantagens das lajes sem vigas Armadura contra colapso progressivo

Colapso de uma ligação laje-pilar sem e com armadura de pós-puncionamento

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Desvantagens das lajes sem vigas Colapso progressivo:

Para garantir a ductilidade local e a consequente proteção contra

o colapso progressivo, a NBR 6118:2014, no item 19.5.4,

estabelece que a armadura de flexão inferior que atravessar o

contorno C deve estar suficientemente ancorada além doperímetro C’.

 Asf yd≥FSd

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Desvantagens das lajes sem vigas Colapso progressivo:

 Armadura contra colapso progressivo

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Desvantagens das lajes sem vigas Colapso progressivo:

Colapso parcial do edifício Pipers Row Car Park, Wolverhampton (1997)

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Desvantagens das lajes sem vigas Armadura contra colapso progressivo

 A armadura de flexão inferior, mesmo com curva acentuada, é

capaz de suportar a laje, após ruptura por punção. Essa

capacidade foi comprovada em ensaios.

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Protensão em elementos de concreto Lajes planas (sem vigas) protendidas

Efeito da protensão em elementos fletidos: situaçõesparcial e final

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Protensão em elementos de concreto Lajes planas(sem vigas) protendidas

Seção transversal da ligação laje-pilar em laje protendida

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Vigas de borda Sistema com vigas apenas nas bordas do pavimento

Evitam a ocorrência de punção nos pilares externos

Reduzem os deslocamentos transversais nas bordas das lajes;

Estabilidade lateral da edificação;

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Desenvolvimento histórico Ensaios de Pralong et al., 1979

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Desenvolvimento histórico Ensaios de Birkle, 2004

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Desenvolvimento histórico Ensaios de Guandalini, 2005

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Momentos desbalanceados Devem ser cuidadosamente estudadas as ligações das lajes

com os pilares, com especial atenção aos casos em que não

haja simetria de forma ou carregamento da laje em relação ao

apoio;

Pilares de canto e de borda (NBR 6118:2007-Item 14.7.8).

Pilares de centro;

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Momentos desbalanceados

Ligação laje-pilar sujeita à momentodesbalanceado

Transferência de momentos em ligação laje-pilar segundo modelo de bielas e tirantes

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Dimensionamento da armadura de flexão –

 Lajeslisas

Fissuras de flexão em laje lisa em Edifício garagem

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Dimensionamento das armaduras de flexão emlajes lisas

Espessura mínima permitida para as lajes lisas:

15 cm;

12 cm apenas no caso lajes de cobertura não em balanço;

16 cm no mínimo para lajes lisas protendidas;

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Dimensionamento das armaduras de flexão emlajes lisas

Método Elástico;

Teoria das placas delgadas;

Método Plástico; Charneiras plásticas;

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Dimensionamento das armaduras de flexão emlajes lisas

Método Elástico:

Equilíbrio de elementos infinitesimais;

Coeficiente de poisson do concreto:  ν = 0,2;

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Dimensionamento dasarmaduras de flexão

em lajes lisas

Método dos pórticos

equivalentes

 Arranjos de pilares simples;

Esbeltez L/h deve ser

menor que 60;

No caso de piso com

sobrecargas igual ousuperior a 3kN/m² - esbelte

(L/h) menor que 40.

Sistema em lajes lisas – Análise quanto àflexão

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Dimensionamento das armaduras de flexão –

 Lajes lisas

Dimensionamento à flexão – NBR 6118:2014 – Item 14.7.8:

 A análise estrutural de lajes lisas e cogumelo deve ser realizada

mediante emprego de procedimento numérico adequado, por

exemplo, diferenças finitas, elementos finitos e elementos decontorno.

Regime elástico – Pórticos Múltiplos nas direções ortogonais para

obtenção dos esforços solicitantes;

Pilares dispostos em filas ortogonais

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Dimensionamento das armaduras de flexão –

 Lajes lisas

Dimensionamento à flexão – NBR 6118:2014:

Sistema em lajes lisas – Análise quanto à flexão

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Dimensionamento das armaduras de flexão –

 Lajes lisas

Dimensionamento à flexão – NBR 6118:2014:

Faixas de laje para distribuição dos esforços nos pórticos múltiplos – NBR6118:2014

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Dimensionamento das armaduras de flexão –

 Lajes lisas

Dimensionamento à flexão – NBR 6118:2014:

Para cada pórtico deve ser considerada a carga total. A

distribuição dos momentos, obtida em cada direção, segundo as

faixas da laje deve ser feita da seguinte maneira:

45% dos momentos positivos para as duas faixas internas;

27,5% dos momentos positivos para cada uma das faixas

externas;

25% dos momentos negativos para as duas faixas internas;

37,5% dos momentos negativos para cada uma das faixas

externas. Conforme a figura a seguir

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Dimensionamento dasarmadura de flexão  – 

Lajes lisas

Dimensionamento à flexão

 – NBR 6118:2007:

 Adota-se o mesmo tipo de

arranjo nas duas direções.

 Arranjo das armaduras (Fusco, 2007)

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Dimensionamento das armaduras de flexão –

 Lajes lisas

Dimensionamento à flexão – NBR 6118:2014:

Protensão:

Geralmente apenas em parte da armadura;

Geralmente na faixa dos pilares

Na armadura da face inferior da laje, usando armadura passiva

nas restantes posições

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Dimensionamentodas armaduras de

flexão  – Lajes lisas

Dimensionamento à

flexão – NBR 6118:2007:

Vigas de apoio apenas

na periferia da laje lisa:

 A armadura na direção

y é disposta como se

não houvesse a vigade borda.

Lajes com uma borda apoiada (Fusco, 2007)

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Critérios usuais de projeto Dimensionamento à flexão – NBR 6118:2014:

Lajes contínuas armadas em uma única direção:

Esforços calculados como em vigas contínuas;

Nos vãos, os momentos positivos são tomados com valores

pelo menos iguais ao do tramo engastado;

Em edifícios, quando ao longo das lajes contínuas existir a

relação Lmenor ≥  0,8.Lmaior   podem ser adotados os valores

aproximados mostrados na figura a seguir:

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Critérios usuais de projeto

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Critérios usuais de projeto Espessura mínima das lajes

Espessura das lajes apoiadas nas bordas;

h ≥ 5 cm – lajes de cobertura não em balanço;

h ≥ 7 cm – lajes de piso e lajes em balanço;

h ≥ 12 cm – lajes destinadas à passagem de veículos;

Espessura mínima das lajes-cogumelo (lajes de concreto

armado):

h ≥ 12 cm – lajes de cobertura não em balanço;

h ≥ 15 cm – demais casos; Lajes de concreto protendido: h ≥ 16 cm; 

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Critérios usuais de projeto Armaduras:

Diametro das barras Ø ≤ h/10; 

Armadura de distribuição das lajes armadas numa só direção:

As,dist ≥ 1/5 As,principal;

As,dist ≥0,9 ²/3 /

 

Espaçamento da armadura principal na região de maiores momentos: s

≤ 20 cm; 

Lajes armadas em uma direção: ≤ 20 ≤ 2 ℎ

 

Espaçamento da armadura de distribuição: st ≤ 33 cm;