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Interpretação de Dados Laboratoriais Urinálise Profa. Simone Pôssas

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Interpretação de Dados LaboratoriaisUrinálise

Profa. Simone Pôssas

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Urinálise A urina é um líquido transparente, amarelado,

formado nos rins e que transporta produtos residuais do metabolismo até ao exterior do organismo.

A urina é composta de aproximadamente 95% de água.

Os principais excretas da urina humana são: a uréia, o cloreto de sódio e o ácido úrico.

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UrináliseAnálise Física - Volume

Principal fator é a ingestão de água. Em condições normais, o adulto produz

em média de 600 a 2000 mL de urina por dia.

Poliúria: produção de mais de 2000mL por dia; pode ser por polidipsia, ou por consumo de diuréticos, como cafeína, álcool, tiazinas.

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UrináliseAnálise Física - Volume

Oligúria: excreção de menos de 500 mL de urina em 24hs.

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UrináliseAnálise Física - Aspecto

Límpido: aspecto normal . Ligeira turvação: não é necessariamente patológica,

podendo ser decorrente da precipitação de cristais e de sais amorfos não-patológicos.

Turvação: pode ser conseqüência da presença de células epiteliais, leucócitos, hemácias, cristais, bactérias e leveduras.Pode ocorrer a presença de depósito por excesso de muco em função de processos inflamatórios do trato urinário inferior ou do trato genital, ou pela presença de grande quantidade de outros elementos anormais.

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UrináliseAnálise Física - Cor

Amarelo citrino: cor habitual da urina , o que se deve, em sua maior parte, ao pigmento urocromo.

Amarelo- pálida: diluição por uma grande ingestão de líquidos.

Amarelo-alaranjada: febre, desidratação, presença de bilirrubina ou urobilinogênio.

Amarelo-esverdeada e acastanhada: bilirrubina. Vermelha: eritrócitos, mioglobina, porfirina, beterraba,

menstruação, anilina (doces).

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Urinálise - Análise Física – Cor- Alterações por medicamentos

Álcool: pálida, diurese. Furazolidona: marrom. Levodopa: vermelha ou marrom (alcalina). Metildopa: escurecida. Fenazopiridina (Piridium): laranja avermelhado,

pH ácido. Rifampicina: laranja-avermelhado. Sulfasalazina: Laranja-amarelado, pH alcalino.

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Urinálise Análise Física - Densidade

Ajuda a avaliar a função de filtração e concentração renais, bem como o estado de hidratação do corpo.

Depende diretamente da proporção de solutos urinários presentes (cloreto, creatinina, glicose, fosfatos, proteínas, sódio, sulfatos, uréia, ácido úrico) e o volume de água.

Normalmente varia entre 1.015 a 1.030.

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Urinálise Análise Física - Densidade

Pode estar diminuída na administração excessiva de líquidos por via intravenosa, reabsorção de edemase transudatos, insuficiência renal crônica, uso de drogas, quadros de hipotermia, aumento da pressão intracraniana, diabetes insipidus e hipertensão.

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Urinálise Análise Física - Densidade

Densidades elevadas: desidratação, diarréia, vômitos, febre, diabetes mellitus, glomerulonefrite, insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência supra-renal, proteinúria, síndrome de secreção inapropriada de hormônio antidiurético (SIHAD), toxemia gravídica, uropatias obstrutivas e no uso de algumas substâncias, como contrastes radiológicos e sacarose.

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Urinálise Análise Química

Corpos cetônicos Produto do metabolismo das gorduras. Fonte de energia para as células quando as reservas de

glicose estão escassas ou quando falta insulina. A acetona que passa para a corrente sangüínea é quase

totalmente metabolizada no fígado. É excretada na urina quando a velocidade de sua

formação é maior do que o normal. Jejum ou a dieta podem determinar o aparecimento de

acetona na urina. O uso de algumas drogas pode levar a falso-negativos,

entre elas o captopril e a levodopa.

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Urinálise Análise Química - Bilirrubina

Aumentadas nas situações em que ocorre o aumento da bilirrubina sérica.

Valores elevados: doenças hepáticas e biliares,obstruções intra- e extra- hepáticas, neoplasias hepáticas ou do trato biliar.

Ao contrário, estará sempre ausente nas ictéricias por hemólise.

Falso-negativos podem ser induzidos pelo uso de ácido ascórbico e exposição da urina à luz intensa por longo tempo.

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Urinálise Análise Química - Hemoglobina

Pode ser proveniente de diferentes estados de hemólise intravascular.

Uma quantidade excessiva de hemoglobina, fica livre no plasma, sendo filtrada pelo glomérulo e em parte reabsorvida pelo sistema tubular. O restante é excretado na urina.

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Urinálise Análise Química - Hemoglobina

A outra causa é a presença de hemácias liberadas no trato urinário por pequenos traumas, exercícios extenuantes ou patologias das vias urinárias, em que as hemácias são lisadas, liberando hemoglobina.

A verdadeira hemoglobinúria é rara, sendo mais freqüente a segunda situação, em que a hemoglobinúria é acompanhada pela presença de hematúria.

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Urinálise Análise Química - Glicose

A presença de glicose na urina ocorre sempre que os níveis de glicose no sangue.

Normalmente, a glicosúria só se manifesta quando os níveis séricos se encontram acima de 160 mg/dL.

A glicosúria pode ser causada tanto pelo diabetes mellitus como por outras patologias, como doenças renais que afetem a reabsorção tubular e nos quadros de hiperglicemia de outras origens que não a diabética

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Urinálise Análise Química - Nitrito

A presença de nitrito na urina indica infecção das vias urinárias, causadas por microrganismos que reduzem o nitrato a nitrito. O achado de reação positiva indica a presença de infecção nas vias urinárias, principalmente por bactérias entéricas.

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Urinálise Análise Química - pH

Avalia a capacidade de manutenção renal da concentração de íons hidrogênio no plasma e líquidos extracelulares.

Os rins, quando em funcionamento normal, excretam o excesso de íons hidrogênio na urina.

Portanto, o pH da urina reflete o pH plasmático e é um indicador da função tubular renal.

Normalmente varia entre 5,0 a 7,0.

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Urinálise Análise Química - pH

Valores elevados: alcalose respiratória, em dietas com grande ingestão de vegetais e frutas cítricas, hiperêmese ou o uso prolongado de sonda nasogátrica, na presença de cálculos renais, infecção das vias urinárias, especialmente por microrganismos que utilizam uréia (Proteus e Pseudomonas sp.), síndrome de Cushing, hiperaldosteronismo, hipocalemia, insuficiência renal, síndrome de Fanconi e superdosagem de álcalis. As drogas também podem alterar o pH urinário, como os diuréticos e a terapia alcalina (bicarbonatos).

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Urinálise Análise Química - pH

Valores diminuídos podem ser encontrados em acidose metabólica e respiratória, perda de potássio, dieta rica em proteínas, infecção das vias urinárias por Escherichia coli, diarréias severas, diminuição de cloro, fenilcetonúria e tuberculose renal. O uso de anestésicos e de ácido ascórbico, assim como de outras drogas, pode diminuir o pH urinário

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Urinálise Análise Química - Proteínas

Normalmente, uma pequena quantidade de proteína é filtrada pelo glomérulo (albumina, alfa-1 e alfa-2-globulinas), sendo sua maior parte reabsorvida por via tubular e eliminada em pequenas quantidades pela urina.

São considerados normais valores de até 150 mg/ 24 h. O aumento da quantidade de proteínas na urina é indicador inicial

de patologia renal. Porém, não são todas as patologias renais que cursam com

proteinúria, a qual não é uma condição exclusiva de doença renal, podendo aparecer em patologias não-renais e em algumas condições fisiológicas.

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Urinálise Análise Química - Proteínas

Pré-renal: hemorragia, estados febris, algumas endocrinopatias, distúrbios convulsivos, neoplasias, queimaduras extensas, mioglobinúria, hemoglobinúria, mielomas, superexposição a certas substâncias (ácido sulfossalicílico, arsênico, chumbo, éter, fenol, mercúrio, opiáceos), lesão do sistema nervoso central, leucemia (mielocítica crônica), obstrução intestinal, reação de hipersensibilidade, toxemia, toxinas bacterianas (difteria, escarlatina, estreptocócica aguda, febre tifóide e pneumonia) podem levar a proteinúrias ditas pré-renais.

A proteinúria transitória pode surgir em conseqüência de estados não-patológicos, como estresse físico (exercícios intensos) ou emocional, desidratação, dieta (proteínas em excesso), exposição ao frio e posição do corpo (proteinúria ortostática).

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Urinálise Análise Química - Proteínas

RenalPode ocorrer em decorrência de comprometimento glomerular, tubular ou intersticial, glomerulonefrites, síndrome nefrótica, nefropatia diabética, hipertensão (maligna, renovascular), amiloidose, doença policística, lúpus eritematoso sistêmico, nefropatia membranosa, pielonefrite (crônica), tumores, malformações congênitas, trombose da veia renal, acidose tubular renal, necrose tubular aguda, intoxicação por metais pesados e algumas drogas.

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Urinálise Análise Química - Proteínas

Pós-renalContaminação por material de área genital (uretral e genital), infecções do trato urinário superior e inferior (uretrites e cistites) e prostatites.

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Urinálise Análise Química - Urobilinogênio Produto de redução formado pela ação de

bactérias sobre a bilirrubina conjugada no trato gastrintestinal.

A maior parte é excretada nas fezes. Uma pequena parte é reabsorvida através da

via êntero-hepática e reexcretrada na bile e na urina.

O aumento do urobilinogênio na urina indica a presença de processos hemolíticos, disfunção hepática ou porfirinúria.

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Urinálise Análise Microscópica

Células epiteliais É comum o achado de algumas células epiteliais. Podem ser de três tipos distintos: células escamosas,

transacionais e dos túbulos renais. A maioria não tem significado clínico, e representa uma

descamação de células velhas do revestimento epitelial do trato urinário.

A presença de fragmentos epiteliais e de células de origem tubular pode estar ligada a processos de necrose tubular aguda e a lesões isquêmicas renais, entre outras lesões do rim.

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Urinálise Análise Microscópica - Hemácias

Podem estar presentes em pequena quantidade na urina normal.

A presença de hematúria indica lesões inflamatórias, infecciosas ou traumáticas dos rins ou vias urinárias.

Deve-se sempre excluir contaminação por via genital. O exercício extenuante pode levar a hematúria discreta. Hemácias na forma esférica habitual, seriam de origem

mais distal no trato urinário; quando crenadas (irregulares), teriam origem glomerular

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Urinálise Análise Microscópica -

Leucócitos Podem estar presentes em pequena quantidade

na urina normal. Normalmente são neutrófilos. Quantidades aumentadas indicam a presença

de lesões inflamatórias, infecciosas ou traumáticas em qualquer nível do trato urinário.

Deve-se sempre excluir contaminação por via genital.

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Urinálise Análise Microscópica - Cristais

São formados por precipitações dos sais da urina por alterações na concentração, na temperatura e no ph da urina.

Podem formar cálculos renais. A refrigeração da urina precipita a

formação de cristais.

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Urinálise Análise Microscópica – Cristais

Urato e Fosfato Amorfo “Sem importância clínica”.

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Urinálise Análise Microscópica – Cristais

Ácido Úrico Grandes números de

cristais podem refletir aumento da taxa de renovação da nucleoproteína, especialmente durante a quimioterapia das leucemias e linfomas.

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Urinálise Análise Microscópica – Cristais

Oxalato de Cálcio Podem refletir doença renal

crônica grave ou toxicidade por etileno glicol ou metoxiflurano.

Ingestão excessiva por ácido ascórbico.

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Urinálise Análise Microscópica – Cristais

Fosfato triplo Pouco significado

clínico.

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Urinálise Análise Microscópica – Cristais

Cistina Ocorrem em pacientes

com cistinúria e podem estar com cálculos de cistina.

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Urinálise Análise Microscópica - Cilindros

São elementos exclusivamente renais compostos por proteínas.

Indivíduos normais, principalmente após exercícios extenuantes, febre e uso de diuréticos, podem apresentar pequena quantidade de cilindros, geralmente hialinos.

Sua formação se dá pelos elementos presentes no filtrado e pelo tempo de permanência dentro do túbulo.

Nas doenças renais, se apresentam em grandes quantidades e em diferentes formas, de acordo com o local da sua formação.

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Urinálise Análise Microscópica

Cilindros Hialinos Encontrados em doenças

renais, atividade física, exposição ao calor, desidratação, febre, insuficiência cardíaca congestiva e terapia diurética.

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Urinálise Análise Microscópica Cilindros Granulosos

Doença renal glomerular ou tubular e algumas situações fisiológicas.

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Urinálise Análise Microscópica

Cilindros Leucocitários Pielonefrite.

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Urinálise Análise Microscópica Cilindros Hemáticos

Indicam sangramento no néfron.

Glomerulonefrites, endocardite subaguda e infarto renal.

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Urinálise Análise Microscópica

Cilindros Céreos Insuficiência renal, rejeição

a transplantes e doenças renais agudas e estase do fluxo urinário

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Urinálise Análise Microscópica - Muco

Produzido pelo epitélio do túbulo renal e células epiteliais.

A presença excessiva de muco decorre de processos inflamatórios do trato urinário inferior ou do trato genital.

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Urinálise Análise Microscópica - Bactérias Pode ser indicativo de infecção.

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Urinálise Análise Microscópica

Leveduras

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Urinálise Análise Microscópica

Trichomonas