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Direito Processual Civil
Aula 2
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL: Sujeitos do Processo: Das Partese dos Procuradores. Do Juiz e dos Auxiliares da Justiça: Chefe de Secretaria, Oficialde Justiça, Perito, Depositário, Administrador, Interprete, Tradutor, Conciliadorese Mediadores Judiciais (deveres, responsabilidades, suspeição e impedimento). AtosProcessuais: forma, tempo, lugar e prazos processuais. Preclusão. Comunicação dosatos processuais: Citação, Cartas, intimação erequisitos, espécies). Nulidades. Distribuição e
notificação (conceito, forma, registro. Tutela Provisória:
disposições gerais, tutela de urgência, tutela da evidência. Da Sentença e da CoisaJulgada. Recursos: disposições gerais. Restauração dos Autos. Lei do ProcessoJudicial Eletrônico: Lei nº 11.419/2006. Lei dos Juizados Especiais Federais: Lei nº10.259/2001 e Lei nº 9.099/1995.
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LIVRO V
DA TUTELA PROVISÓRIA
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-seem urgência ou evidência.
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Parágrafo único. A tutela provisória de urgência,cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter
antecedente ou incidental.
Art. 295. A tutela provisória requerida em caráterincidental independe do pagamento de custas.
Art. 299. A tutela provisória será requerida ao juízoda causa e, quando antecedente, ao juízo competentepara conhecer do pedido principal.
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TÍTULO II
DA TUTELA DE URGÊNCIA
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quandohouver elementos que evidenciem a probabilidade dodireito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil doprocesso.
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§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juizpode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussóriaidônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vira sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parteeconomicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
§ 2o A tutela de urgência pode ser concedidaliminarmente ou após justificação prévia.
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§ 3o A tutela de urgência de natureza antecipada nãoserá concedida quando houver perigo deirreversibilidade dos efeitos da decisão.
Art. 301.pode ser arrolamento
A tutela de urgência de natureza cautelarefetivada
de bens,mediante arresto, sequestro,
registro de protesto contraalienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito.
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TÍTULO III
DA TUTELA DA EVIDÊNCIA
Art. 311. A tutela da evidência será concedida,independentemente da demonstração de perigo de danoou de risco ao resultado útil do processo, quando:
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ouo manifesto propósito protelatório da parte;
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II. - as alegações de fato puderem ser comprovadasapenas documentalmente e houver tese firmada emjulgamento de casos repetitivos ou em súmulavinculante;
III. - se tratar de pedido reipersecutório fundado emprova documental adequada do contrato de depósito,caso em que será decretada a ordem de entrega do objetocustodiado, sob cominação de multa;
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IV - a petição inicial for instruída com provadocumental suficiente dos fatos constitutivos do direitodo autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerardúvida razoável.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, ojuiz poderá decidir liminarmente.
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Ano: 2016 Banca: CONSULPLAN Órgão: TJ-MG Prova: Titular de Serviços de Notas e de Registros – Provimento
Quanto à tutela provisória, é correto afirmar, EXCETO:
a) A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, será concedida em caráter antecedente ou incidental.
b) A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de custas.
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c) A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência doprocesso, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada oumodificada; todavia, salvo decisão judicial em contrário, atutela provisória conservará a eficácia durante o período desuspensão do processo.
d) O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadaspara efetivação da tutela provisória, devendo observar asnormas referentes ao cumprimento provisório da sentença, noque couber.
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CAPÍTULO XIII
DA SENTENÇA E DA COISA JULGADA
Seção I
Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz:
I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ouna reconvenção;
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II. - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição;
III.- homologar:
a) o reconhecimento da procedência do formulado na ação ou na reconvenção;
pedido
b) a transação;
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c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção.
Parágrafo único. Ressalvada a hipótese do § 1o doart. 332, a prescrição e a decadência não serãoreconhecidas sem que antes seja dada às partesoportunidade de manifestar-se.
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Art. 488. Desde que possível, o juiz resolverá omérito sempre que a decisão for favorável à parte a quemaproveitaria eventual pronunciamento nos termos doart. 485.
Art. 489. São elementos essenciais da sentença:
I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do pedido e da
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contestação, e o registro das principais havidas no andamento do processo;
ocorrências
II. - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito;
III. - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe submeterem.
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§ 1o Não se considera fundamentada qualquerdecisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ouacórdão, que:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrasede ato normativo, sem explicar sua relação com a causaou a questão decidida;
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II. - empregar conceitos jurídicos indeterminados,sem explicar o motivo concreto de sua incidência nocaso;
III. - invocar motivos que se prestariam a justificarqualquer outra decisão;
IV. - não enfrentar todos os argumentos deduzidos noprocesso capazes de, em tese, infirmar a conclusãoadotada pelo julgador;
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V - se limitar a invocar precedente ou enunciado desúmula, sem identificar seus fundamentosdeterminantes nem demonstrar que o caso sobjulgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula,jurisprudência ou precedente invocado pela parte, semdemonstrar a existência de distinção no caso emjulgamento ou a superação do entendimento.
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§ 3o A decisão judicial deve ser interpretada a partirda conjugação de todos os seus elementos e emconformidade com o princípio da boa-fé.
Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão denatureza diversa da pedida, bem como condenar a parteem quantidade superior ou em objeto diverso do que lhefoi demandado.
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Parágrafo único. A decisão deve ser certa, ainda que resolva relação jurídica condicional.
Art. 494. Publicada a sentença, o juiz só poderáalterá-la:
I - para corrigir-lhe, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais ou erros de cálculo;
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II - por meio de embargos de declaração.
Seção V
Da Coisa Julgada
Art. 502. Denomina-se coisa julgada material aautoridade que torna imutável e indiscutível a decisão de
mérito não mais sujeita a recurso.
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Art. 503. A decisão que julgar total ou parcialmenteo mérito tem força de lei nos limites da questão principalexpressamente decidida.
§ 1o O disposto no caput aplica-se à resolução dequestão prejudicial, decidida expressa e incidentementeno processo, se:
I - dessa resolução depender o julgamento do mérito;
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II. - a seu respeito tiver havido contraditório prévio eefetivo, não se aplicando no caso de revelia;
III. - o juízo tiver competência em razão da matéria eda pessoa para resolvê-la como questão principal.
§ 2o A hipótese do § 1o não se aplica se no processohouver restrições probatórias ou limitações à cogniçãoque impeçam o aprofundamento da análise da questãoprejudicial.
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Art. 504. Não fazem coisa julgada:
I - os motivos, ainda que importantes paradeterminar o alcance da parte dispositiva da sentença;
II - a verdade dos fatos, estabelecida comofundamento da sentença.
Art. 505. Nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas relativas à mesma lide, salvo:
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I. - se, tratando-se de relação jurídica de tratocontinuado, sobreveio modificação no estado de fato oude direito, caso em que poderá a parte pedir a revisão doque foi estatuído na sentença;
II.- nos demais casos prescritos em lei.
Art. 506. A sentença faz coisa julgada às partes entreas quais é dada, não prejudicando terceiros.
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Art. 507. É vedado à parte discutir no curso doprocesso as questões já decididas a cujo respeito seoperou a preclusão.
Art. 508. Transitada em julgado a decisão de mérito,considerar-se-ão deduzidas e repelidas todas as alegaçõese as defesas que a parte poderia opor tanto aoacolhimento quanto à rejeição do pedido.
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Ano: 2016 Banca: CONSULPLAN Órgão: TJ-MG Prova: Titular de Serviços de Notas ede Registros - Provimento
Em se tratando de coisa julgada, avalie as seguintes afirmações:
I.É vedado à parte discutir no curso do processo as questões já decididas a cujo respeito operou-se a preclusão.
II. A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não prejudicando terceiros.
III. A verdade dos fatos, estabelecida como fundamento da sentença, faz coisa julgada.
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Questão de Concurso Público
IV.Transitada em julgado a decisão de mérito, considerar-se-ão deduzidas e repelidastodas as alegações e as defesas que a parte poderia opor tanto ao acolhimento quanto àrejeição do pedido.
Está correto somente o que se afirma em:
a) I e II
b) III e IV
c) I, II e III
d) I, II e IV
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TÍTULO II
DOS RECURSOS
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 994. São cabíveis os seguintes recursos:
I - apelação;32
II - agravo de instrumento;
III - agravo interno;
IV - embargos de declaração;
V - recurso ordinário;
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VI - recurso especial;
VII - recurso extraordinário;
VIII - agravo em recurso especial ou extraordinário;
IX - embargos de divergência.
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DICA AO ALUNO:
José “apelou” pedindo uma ajuda, pois aos “9” anos foi“agravado” na sua honra. “Internamente” ficou chateado.Exigiu “declaração” do Paulo, já que foi chamado de“ordinário”. Se acha um sujeito “especial” e “extraordinário”.O “agravo” lhe abalou. Essa “divergência” precisa serresolvida.
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Quempode recorrer?
Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida,pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público, comoparte ou como fiscal da ordem jurídica.
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Desistência e Renúncia do Recurso
Art. 998. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem aanuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir dorecurso.
Parágrafo único. A desistência do recurso não impede aanálise de questão cuja repercussão geral já tenha sido
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reconhecida e daquela objeto de julgamento de recursos extraordinários ou especiais repetitivos.
Art. 999. A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte.
Art. 1.001. Dos despachos não cabe recurso.
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Art. 1.003. O prazo para interposição de recursoconta-se da data em que os advogados, a sociedade deadvogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Públicaou o Ministério Público são intimados da decisão.
§ 1o Os sujeitos previstos no caput considerar-se-ãointimados em audiência quando nesta for proferida adecisão.
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§ 2o Aplica-se o disposto no art. 231, incisos I a VI, aoprazo de interposição de recurso pelo réu contra decisãoproferida anteriormente à citação.
§ 3o No prazo para interposição de recurso, a petiçãoserá protocolada em cartório ou conforme as normas deorganização judiciária, ressalvado o disposto em regraespecial.
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§ 4o Para aferição da tempestividade do recursoremetido pelo correio, será considerada como data deinterposição a data de postagem.
§ 5o Excetuados os embargos de declaração, o prazo parainterpor os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias.
§ 6o O recorrente comprovará a ocorrência de feriadolocal no ato de interposição do recurso.
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RESTAURAÇÃO DOS AUTOS
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CAPÍTULO XIV
DA RESTAURAÇÃO DE AUTOS
Art. 712. Verificado o desaparecimento dos autos,eletrônicos ou não, pode o juiz, de ofício, qualquer daspartes ou o Ministério Público, se for o caso, promover-lhes a restauração.
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Parágrafo único. Havendo autos suplementares, nessesprosseguirá o processo.
Art. 713. Na petição inicial, declarará a parte o estado doprocesso ao tempo do desaparecimento dos autos,oferecendo:
I - certidões dos atos constantes do protocolo deaudiências do cartório por onde haja corrido o processo;
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II - cópia das peças que tenha em seu poder;
III - qualquer restauração.
outro documento que facilite a
Art. 714. A parte contrária será citada para contestar opedido no prazo de 5 (cinco) dias, cabendo-lhe exibir as
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cópias, as contrafés e as reproduções dos atos e dosdocumentos que estiverem em seu poder.
§ 1o Se a parte concordar com a restauração, lavrar-se-áo auto que, assinado pelas partes e homologado pelo juiz,suprirá o processo desaparecido.
§ 2o Se a parte não contestar ou se a concordância forparcial, observar-se-á o procedimento comum.
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Art. 718. Quem houver dado causa ao desaparecimentodos autos responderá pelas custas da restauração e peloshonorários de advogado, sem prejuízo da
responsabilidade civil ou penal em que incorrer.
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São três LEIS EM SEPARADO. Fazer a
leitura das legislações.
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