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1. CRITÉRIOS MATERIAL E TEMPORAL O ITBI, tributo com previsão no art. 156, II, da CF/88 combin mesmo dispositivo constituciona", de compet#ncia dos $unic%pi 'erador de&inido no art. (5, CT). * previsão do CT) re&ere+se ao anti'o imposto estadua" sobre bens im veis, o -ua" incidia sobre -ua"-uer transmissão de be t%tu"o 'ratuito ou oneroso, inter vivos ou causa mortis. es rea"i2ar a ade-ua3ão de tais normas do CT) ao atua" imposto m transmissão, inter vivos, por ato oneroso, de bens im veis. e acordo com a previsão constituciona", para incid#ncia do observ4ncia de tr#s conceitos, -uais se am transmissão, int a) Transmissão Transmissão de bens im veis e cessão de direito im veis. 7 indispens ve" a transmissão do direito de uma pess b) Ato inter vivos *s pessoas entre as -uais ocorre a transmissão vivas. c) Oneroso * onerosidade e i'ida para incid#ncia do ITBI não necessariamente em uma entre'a de din9eiro, podendo, por e em permuta, 9ip tese em -ue a transmissão tamb0m 0 onerosa. :ua"-uer ato de re'istro de direito rea" sobre a"'um im ve", so&re a incid#ncia do ITBI, ao passo -ue nas 9ip teses a t%tu incid#ncia do ITC$ . essa &orma, pode+se di2er -ue o crit0rio materia" do ITBI c transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, natureza ou acessão física; e b) de direitos reais sobre bens arantia e as servid!es; (II) a cessão, por ato oneroso, de d aquisi#ão de bens imóveis. $. %&I' &I *+ - O p "o ativo de cobran3a do ITBI 0 ocupado pe"o $unic%pio de O p "o passivo, por sua ve2, de acordo com ao art. ; do CT), pe"o a"ienante ou pe"o ad-uirente. < iste urisprud#ncia do = o contribuinte do ITBI deve ser o ad-uirente. %&I' &I /0-1'I'-'I2 * base de c "cu"o do ITBI, de acordo com o art. (8, CT), 0 e vena" do bem im ve" ou dos direitos transmitidos. )o -ue se re&ere ?s a"%-uotas, estas serão &i adas pe"os $uni esta-ue+se, por oportuno, a previsão da s@mu"a 656 do =TF, ITBI, sendo um imposto rea", não possuir a"%-uotas pro'ressi

Aula 29062015

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Tributos, taxas e contribuições.

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1. CRITRIOS MATERIAL E TEMPORALO ITBI, tributo com previso no art. 156, II, da CF/88 combinado com 2 do mesmo dispositivo constitucional, de competncia dos Municpios, tem seu fato gerador definido no art. 35, CTN.

A previso do CTN refere-se ao antigo imposto estadual sobre transmisso de bens imveis, o qual incidia sobre qualquer transmisso de bens imveis, seja a ttulo gratuito ou oneroso, inter vivos ou causa mortis. Dessa forma, necessrio realizar a adequao de tais normas do CTN ao atual imposto municipal sobre a transmisso, inter vivos, por ato oneroso, de bens imveis.

De acordo com a previso constitucional, para incidncia do ITBI necessria a observncia de trs conceitos, quais sejam: transmisso, inter vivos e oneroso.

a) Transmisso Transmisso de bens imveis e cesso de direitos reais sobre imveis. indispensvel a transmisso do direito de uma pessoa para outra.

b) Ato inter vivos As pessoas entre as quais ocorre a transmisso devem estar vivas.

c) Oneroso A onerosidade exigida para incidncia do ITBI no se concentra necessariamente em uma entrega de dinheiro, podendo, por exemplo, ocorrer uma permuta, hiptese em que a transmisso tambm onerosa.

Qualquer ato de registro de direito real sobre algum imvel, se a ttulo oneroso, sofre a incidncia do ITBI, ao passo que nas hipteses a ttulo gratuito haver a incidncia do ITCMD.

Dessa forma, pode-se dizer que o critrio material do ITBI consiste em (I) transmisso inter vivos, a qualquer ttulo, por ato oneroso, a) de bens imveis, por natureza ou acesso fsica; e b) de direitos reais sobre bens imveis, exceto os de garantia e as servides; (II) a cesso, por ato oneroso, de direitos relativos aquisio de bens imveis.

3. CRITRIO PESSOALO plo ativo de cobrana do ITBI ocupado pelo Municpio de localizao do bem.O plo passivo, por sua vez, de acordo com ao art. 42 do CTN, pode ser ocupado pelo alienante ou pelo adquirente. Existe jurisprudncia do STJ no sentido de que o contribuinte do ITBI deve ser o adquirente.

CRITRIO QUANTITATIVOA base de clculo do ITBI, de acordo com o art. 38, CTN, estabelecida pelo valor venal do bem imvel ou dos direitos transmitidos.

No que se refere s alquotas, estas sero fixadas pelos Municpios.Destaque-se, por oportuno, a previso da smula 656 do STF, segundo a qual o ITBI, sendo um imposto real, no possuir alquotas progressivas, vez que isso poderia ferir o princpio a capacidade contributiva, exceto quando expressamente previsto na CF/88.

CRITRIO MATERIALA CF/88, em seu artigo 155, I, dispe que compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre transmisso causa mortis e doao, de quaisquer bens ou direitos. O ITCMD no estava previsto na Constituio anterior, razo pela qual igualmente no se encontra previso deste imposto no CTN.

O Critrio Material do ITCMD transmitir bem ou direito a ttulo gratuito:a) por sucesso legitima ou testamentria ou b) por doao93. O primeiro caso diz respeito a bens que, na diviso de patrimnio na partilha ou adjudicao, forem atribudos aos cnjuges e herdeiros. J a doao, segundo o artigo 538 do Cdigo Civil, o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimnio bens ou vantagens para o da outra, havendo, assim mudana de titularidade a ttulo gratuito.

CRITRIO ESPACIALO 1. do art. 155 dispe que o ITCMD ser devido, relativamente a bens imveis e respectivos direitos, ao Estado da situao do bem, ou ao Distrito Federal. J no caso de bens mveis, ttulos e crditos, compete ao Estado onde se processar o inventrio ou arrolamento, ou tiver domiclio o doador, ou ao Distrito Federal. Assim, o critrio espacial depender da natureza do objeto transmitido. Se imvel, ocorrer o fato gerador do ITCMD no Estado da situao do bem; para os casos de bens mveis, ttulos e crditos, o imposto incidir no Estado onde se processar o inventrio ou arrolamento, ou tiver domiclio o doador. Estas regras, alm de estipularem o critrio espacial da regra matriz, tambm determinam o sujeito ativo da relao jurdica a se instaurar.

CRITRIO TEMPORALNo caso da transmisso por sucesso causa mortis, o critrio temporal ocorre no momento do bito, tendo em vista que neste momento que se abre a sucesso e que se transmite os bens e direitos aos sucessores. No caso de transmisso por doao, o critrio temporal depender da natureza do bem se mvel ou imvel. No primeiro caso, a transmisso acontece com a tradio, no segundo, com a transcrio no registro imobilirio. Assim, o critrio temporal ser o momento em que ocorre a transmisso dos bens.

CRITRIO PESSOALSujeito AtivoConforme vimos no critrio espacial, o 1. do art. 155 da CF/88 dispe que, quando se tratar de bens imveis, o ITCMD ser devido no Estado da situao do bem. J quando a transmisso tiver por objeto bens mveis, o sujeito ativo ser o Estado onde se processar o inventrio ou arrolamento, no caso de transmisso causa mortis ou ao Estado onde tiver domiclio o doador, no caso de doao.

Sujeito PassivoA Constituio Federal no estabeleceu, ao contrrio do que fez com os demais critrios, quem seriam os sujeitos passivos do ITCMD. Assim, caber a cada Estado defini-los na lei que instituir e regular o imposto. Em conformidade porm com o critrio material e com o princpio da capacidade contributiva, podero ser sujeitos passivos do ITCMD o herdeiro ou legatrio, na transmisso em razo da morte; o donatrio, na doao ou o cessionrio.

A Lei Estadual do Estado do Rio de Janeiro n 1.427/89, estabelece que Art. 5. Contribuinte do imposto o adquirente do bem ou direito sobre imvel, ttulos, crditos, aes, quotas, valores e outros bens mveis de qualquer natureza, bem como dos direitos a eles relativos, assim entendida a pessoa em favor da qual se opera a transmisso, seja por doao ou causa mortis.

CRITRIO QUANTITATIVOBase de clculoA base de clculo do ITCMD ser o valor venal do bem ou direito transmitido.A smula 113 do STF dispe que o ITCMD calculado sobre o valor dos bens do esplio na data da avaliao. J a smula 114 do STF dispe que o ITCMD no exigvel antes da homologao do clculo em sede dos autos de inventrio. Ressalta-se que no so abatidas as dvidas que recaem sobre os bens para fins de estipulao da base de clculo do ITCMD.

Alquota:O inciso IV do 1. do art. 155 da CF/88, estabelece que o ITCMD ter suas alquotas mximas fixadas pelo Senado Federal. A resoluo n 09/92 do Senado fixou ento a alquota mxima do imposto em 8%. No Estado do Rio de Janeiro, a alquota do ITCMD de 4%.

Os tribunais no tm admitido a possibilidade de alquotas progressivas, sob o fundamento de tratar-se de imposto real e de no haver previso pela CF/88. A matria, entretanto, aguarda julgamento pela sistemtica da repercusso geral94.

Ainda com relao alquota, a smula 112 do STF95 dispe que se aplica a alquota vigente poca da abertura da sucesso.