Aula 3 - Velocidade polarização passivação

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  • CORROSO METLICA

  • Tpicos de aula

    Velocidade de corroso.

    Polarizao.

    Passivao.

    Diagrama de Pourbaix.

  • VELOCIDADE DE CORROSO

  • VELOCIDADES DE CORROSO

    Velocidade mdia: permite estimar o tempo de vida til de uma determinada estrutura.

    Pode ser medida pela diferena de peso do material metlico ou pela determinao da concentrao de ons metlicos em soluo.

    Velocidade instantnea: permite verificar a necessidade de aumentar/diminuir a concentrao de um inibidor em um dado momento.

    Pode ser determinada pela seguinte equao:

    m: massa do metal (g)

    K: equivalente eletroqumico do metal (massa molar/carga)

    i: corrente de corroso (velocidade de corroso) (Ampre)

    t: tempo (segundo)

    F: constante de Faraday (96.487 Coulomb)

    Determinaes de velocidade vlidas apenas para corroses uniformes (no localizadas), por que?

  • Curvas representativas de velocidades de corroso

    Curva A: velocidade de corroso

    constante. Ocorre quando a superfcie

    metlica no varia, o produto de corroso

    inerte e a concentrao do agente corrosivo

    constante.

    Curva B: idntica a A, porm h um

    perodo de induo que est relacionado

    ao tempo gasto pelo agente corrosivo para

    destruir pelculas protetoras previamente

    existentes.

    Curva C: velocidade inversamente

    proporcional quantidade do produto de

    corroso formado. Ocorre quando o

    produto de corroso insolvel e adere

    superfcie metlica.

    Curva D: velocidade de cresce

    rapidamente. Ocorre quando os produtos

    de corroso so solveis.

  • FATORES QUE INFLUENCIAM A VELOCIDADE DE CORROSO

    Efeito do oxignio dissolvido: velocidade no incio rpida, tendendo a diminuir com a formao da camada de xido.

    Aumento da concentrao de oxignio, inicialmente acelera a corroso do ferro, pois O2 consome os eltrons gerados na reao andica, de acordo com:

    42 ++ 4e- OH

    -O2H2O

    QUAIS FATORES OIDEM INFLUENCIAR

    A VELOCIDADE DE CORROSO?

  • Concentrao crtica de O2: a partir da qual a

    velocidade de corroso decresce (formao de

    pelcula passivadora).

    Pelculas passivadoras podem sofrer fraturas e

    dar origem a pilhas locais (ativa-passiva): severa

    corroso localizada.

  • FATORES QUE INFLUENCIAM A VELOCIDADE DE CORROSO

    Efeito do pH: na corroso do ferro, em gua aerada e temperatura ambiente.

    pH < 4: aumento da taxa de corroso devido ao

    fato da possibilidade de reduo do H+, alm do

    O2, presente no meio.

    nH+

    ne-

    H2n/2+

    nH++O2n/4 ne

    -H2On/2+

    pH 4-10: taxa de corroso independe do pH.

    Depender da rapidez com que O2 difunde para a

    superfcie metlica (reao de controle catdico).

    +n/2H2O ne

    -n/4O2 + nOH

    -

    pH > 10: taxa de corroso diminui, pois o Fe se

    torna passivo na presena de lcalis (formao de

    hidrxidos insolveis) e O2 dissolvido (formao de

    xidos insolveis).

  • FATORES QUE INFLUENCIAM A VELOCIDADE DE CORROSO

    Efeito da temperatura: geralmente, o aumento da temperatura acelera a corroso, pois aumenta a condutividade do eletrlito.

    Efeito de sais dissolvidos: sais podem agir acelerando (aumento condutividade) ou retardando (precipitao de produtos de corroso, diminuio solubilidade O2, ao passivadora) a velocidade de corroso.

  • POLARIZAO

  • RELAO DA POLARIZAO COM A VELOCIDADE DE CORROSO

    Em princpio: quanto maior a ddp entre dois eletrodos, maior seria a velocidade de corroso.

    Entretanto, E um parmetro termodinmico ( G) e, utiliz-lo na anlise cintica, sem levar em considerao outros fatores, pode induzir a concluses errneas.

    A ddp indica apenas quem atuar como anodo ou catodo.

    A velocidade das reaes andica e catdica depender das caractersticas de polarizao do sistema.

  • SOBREPOTENCIAL ( )

    Todo metal imerso em soluo contendo seus prprios ons, possui um potencial (E).

    Se uma corrente (I) circular por esse eletrodo, E variar, e o novo valor E depender de I aplicada.

    A diferena entre esses dois potenciais conhecida como sobrepotencial, dado por:

    = E - E

    POTENCIAL DE CORROSO (Ecorr)

    Caso em que o potencial inicial diferente do potencial de equilbrio termodinmico, devido a reaes e fenmenos que interferem no processo.

  • POLARIZAO

    Variao de Ecorr ao circular uma corrente pelo eletrodo.

    Dois metais ligados e mergulhados em um eletrlito estabelecem uma diferena de potencial que diminui com o tempo (Eanodo se aproxima Ecatodo e vice-versa).

    Polarizao dos eletrodos: polarizao catdica e polarizao andica.

    Se anodo e catodo estiverem em

    curto-circuito e o eletrlito for de alta

    condutividade, R muito pequeno e,

    ento, a corrente de corroso ser

    mxima (ponto de interseco das

    curvas de polarizao).

    Em cada ponto da curva, a voltagem

    da clula Ecel dada por:

    Ecel = ECu EZn = IR

  • PASSIVAO

  • PASSIVAO

    Nas condies em que o material se torna passivo, seu comportamento eletroqumico revela um potencial mais nobre (menos ativo), sofrendo corroso mais lenta.

    A passivao um processo que depende do material e do meio.

    Alguns metais e ligas se passivam ao ar (Cr, Ni, Zr etc), enquanto outros sofrem passivao em meios muito especficos (Pb em H2SO4, Mg em H2O, Fe em HNO3).

    A passivao melhora a resistncia corroso e conseguida por oxidao usando-se substncias convenientes (HNO3 conc., K2Cr2O7, O2 do ar) ou por polarizao andica.

  • PASSIVAO

    A passivao causada pela deposio de um filme de xido ou hidrxido sobre a superfcie metlica ou por um estado oxidado da superfcie, que impedem o contato entre o metal e o meio corrosivo.

    A passividade de um metal pode ser destruda por substncias redutoras, polarizao catdica e ons halogenetos (principalmente, Cl-), que penetra na camada passivadora ou a dispersa.

    Na pilha ativa-passiva que se forma, a rea andica est localizada nos pontos em que houve destruio da passividade e, como essas reas so muito pequenas em relao rea catdica, haver corroso acelerada nesses pontos.

  • DIAGRAMA DE POURBAIX

  • DIAGRAMA DE POURBAIX

    As reaes mais relevantes nos processos corrosivos so:

    Reao (1) s depende do potencial (termo em e-); (2) e (3) dependem do potencial e do pH (termos em H+ ou OH-); (4) e (5) dependem somente do pH.

    Para representar essas reaes dependentes de ambos, pH e potencial, Marcel Pourbaix desenvolveu diagramas do tipo E vs pH.

    + ne-

    Mn+

    M

    M + ++H2On M(OH)n nH+

    ne-

    ne-

    MOn-

    H2O+ ++M 2n(OH-)

    M + n(OH-) M(OH)n

    MOn-

    nH+

    + M(OH)n

    (1)

    (2)

    (3)

    (4)

    (5)

  • DIAGRAMA DE POURBAIX

    Mtodo grfico que relaciona E e pH, e apresenta uma possibilidade para se prever as condies sob as quais pode-se ter corroso, imunidade ou passividade.

    Apenas um metal representado em cada diagrama.

    O diagrama , normalmente, simplificado e mostra de forma sumria o comportamento previsto para um metal puro imerso em gua pura.

    Extremamente til no estudo da corroso e da proteo contra corroso dos metais em meio aquoso.

  • Reaes que s dependem do pH so representadas por um conjunto de retas

    paralelas ao eixo das ordenadas.

    Reaes que s dependem de E so representadas por um conjunto de paralelas

    ao eixo das abscissas.

    Reaes que dependem do pH e de E so representadas por um conjunto de retas

    paralelas e inclinadas em relao aos eixos coordenados.

    Diagrama simplificado de potencial e pH para o sistema Fe-H2O

  • ENSAIOS DE CORROSO

    Ensaios de laboratrio: Estudar o mecanismo do processo corrosivo;

    Indicar o material metlico mais adequado para determinado meio corrosivo;

    Controlar a qualidade de materiais quanto a resistncia a corroso

    Determinar se um metal, liga ou revestimento protetor satisfaz as esoecificaes de um ensaio

    de corroso.

    http://www.youtube.com/watch?v=6JjS2aIj0vo

  • Ensaios de Campo:

    Estudar a eficincia de medidas de proteo anticorrosiva

    Selecionar o material mais adequado para determinado meio corrosivo e estimar a

    durabilidade provvel nesse meio

    ENSAIOS DE CORROSO

  • Inspeo de dutos por PIGs

    uma das maneiras de se conhecer o dano

    causado pela corroso em um duto ao

    longo dos anos.

    Possuem sensores e dispositivos que

    inspecionam as condies fsicas dos

    dutos.

  • PERDA DE PESO POR UNIDADE DE REA NA UNIDADE DE TEMPO

    T.C. = ( P0 - PF ) / ( A0 . t )

    ONDE :

    P0 = peso do metal antes da exposio ao meio.

    PF = peso do metal aps a exposio ao meio e a remoo

    do produto de corroso.

    A0 = soma das reas de todas as superfcies do metal

    expostas ao meio.

    t = tempo de exposio do metal ao meio.

    A unidade de medida utilizada na determinao dessa taxa de

    corroso :

    - miligrama por decmetro quadrado por dia - mdd.

    Taxa de corroso

  • EXERCCIOS

  • 7. Uma placa metlica foi removida de um navio submerso. Estimou-se que a rea

    original da placa era de 800 cm2 e que cerca de 7,6 kg do material da placa foram

    corrodos durante a submerso. Assumindo que a taxa de corroso do metal em gua do

    mar de 4 mm/ano, estime o tempo, em anos, que o navio permaneceu submerso. A

    densidade do metal de 4,5 g/cm3.

  • FIM DA AULA