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A palavra polímero origina-se do grego: “poli” (muitos) e “mero” (unidade de repetição): “Polímeros são macromoléculas, compostas por dezenas de milhares unidades repetitivas (meros) ligadas por ligação covalente”. INTRODUÇÃO À QUÍMICA DE POLÍMEROS Definições Monômero Polímero Mero – Unidade Repetitiva Nº de unidades Repetidas MM = 10 3 a 10 6 g/mol

Aula 4 - Química de Polímeros

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A palavra polímero origina-se do grego: “poli” (muitos) e “mero” (unidade de repetição):

“Polímeros são macromoléculas, compostas por dezenas de milhares unidades repetitivas (meros) ligadas por ligação covalente”.

INTRODUÇÃO À QUÍMICA DE POLÍMEROS

Definições

Monômero Polímero

Mero – Unidade Repetitiva

Nº de unidades Repetidas

MM = 103 a 106 g/mol

Plásticos, Borrachas e Fibras

• Dependendo da estrutura química do monômero, do tamanho das cadeias (nº médio de meros) e do tipo de ligação covalente os polímeros podem ser divididos em três grandes classes:

Terminologia

• Macromolécula: Molécula de alta massa molar, constituída de um grande nº de átomos não são formadas necessariamente por repetições de uma ÚNICA unidade:

Naturais: proteínas, borracha natural, polissacarídeos, etc:

Polissacarídeo CELULOSE Latex (Borracha natural) Poli(isopreno)

Cadeia Macromolecular: Átomos ligados uns aos outros por ligação covalente mas pode existir ligação coordenada ou iônica.

Sintéticos: polietileno, poliestireno, poli(acrilato de metila), etc:

Polietileno Silicone

Cada cadeia polimérica é formada por „n‟ unidades repetitivas e tem no mínimo

2 grupos terminais.

Poliestireno Polipropileno

Polímero (atualmente, IUPAC): Substância ou material caracterizado por repetições múltiplas de uma ou mais unidades repetitivas ligadas umas às outras, induzindo a presença de um conjunto de propriedades que não variam marcadamente com a adição ou remoção de poucas unidades repetitivas.

Unidade repetitiva

Polímero

kj

Ligação covalente

REPRESENTAÇÃO TRI-DIMENSIONAL DE MONÔMEROS DE ETILENO

ARRANJADOS EM UMA CADEIA POLIMÉRICA (POLIETILENO)

Unidade Repetitiva: Menor unidade da cadeia polimérica que representa a estrutura da cadeia polimérica.

Classificação De Polímeros:

Polímeros de Adição

Em 1929, Carothers propôs:

Unidade estrutural (mero) = monômero Reação em cadeia

I. Polimerização por Condensação: neste processo as

reações ocorrem por etapas e em geral envolvem mais de um

tipo de monômero.

Polímeros de Condensação

Unidade estrutural (mero) ≠ monômero Reação em etapas

• Os monômeros são bifuncionais e a reações ocorre com eliminação de moléculas pequenas.

Exemplo 1: Formação do poliéster (reação entre hidroxila e carboxila):

• Neste tipo de polimerização são produzidos vários poliésteres, poliamidas, entre outros.

Representação de 1 passo da polimerização por condensação este passo se repete sucessivamente, produzindo-se uma molécula linear.

Exemplo 2: Formação do poliamida (reação entre amina e carboxila):

II. Polimerização por Adição: Reações em cadeia que

ocorrem em “etapas” dependentes uma das outras:

1ª. Iniciação geração de espécies reativas;

2ª. Propagação adição sequencial de monômeros;

3ª. Terminação desativação do sítio reativo.

Obs: Cada etapa tem sua cinética própria.

• O monômero apresenta uma ligação dupla que será quebrada com

a adição de outras unidades monoméricas.

• A quebra da ligação dupla para iniciar a polimerização pode ocorrer

por mecanismos radicalar, aniônico, catiônico ou coordenação.

• Os mecanismos, os meios reacionais e o tipo de monômero

definem as características do polímero formado.

Polipropileno Polietileno

• A polimerização de adição corresponde à maior parte da produção

industrial de polímeros no mundo, composta principalmente de

polietileno e polipropileno:

• Esses dois polímeros são conhecidos como polímeros de alto

consumo “commodities”.

II.1. Polimerização Radicalar:

Alguns monômeros têm duplas ligações muito reativas e sofrem iniciação somente com aquecimento.

A grande maioria requer um iniciador.

Orgânico: peróxido de benzoíla Inorgânico: persulfato de potássio

1. “Etapa” de Iniciação da polimerização:

É a etapa mais lenta da reação, sendo que toda energia fornecida à reação é usada na decomposição do iniciador cisão homolítica:

ENERGIA

Peróxido de Benzoíla Radical

Ligação RO–OR sofre clivagem homolítica com facilidade formando o radical RO• bastante instável e reativo.

Formação do centro ativo Radical monomérico:

2. “Etapa” de Propagação:

Etapa com velocidade alta e constante de formação do radical polimérico;

As cadeias crescem devido à sucessivas reações de adição de monômeros:

Monômero Radical Livre Radical Monomérico

Desproporcionamento Transferência de um H da cadeia em crescimento para o sítio ativo:

3. Etapa de Terminação da Cadeia:

Acoplamento ou combinação Encontro de 2 radicais poliméricos:

Pode ocorrer por:

As cadeias interrompem o crescimento em momentos diferentes, gerando cadeias com diferentes tamanhos.

É utilizada para monômeros substituídos com grupos polares, como o cloreto de vinila ou os ésteres do ácido acrílico:

Obs.: A reação de acoplamento ocorre preferencialmente por envolver (-)energia, a menos que o tamanho do radical “R” o impeça.

CATIÔNICA:

II.2. Polimerização Catiônica e Aniônica:

Cloreto de Vinila Acrilato de Metila

Também utiliza-se um iniciador como nas polimerizações radicalares

Os tipos de iniciadores, os solventes e os sistemas de terminação usados são extremamente variados e dependem do monômero.

• Se aplica a monômeros que contém substituintes doadores de ē nos carbonos da dupla ligação estabilização do carbocátion (C+).

Poli(isobutileno) - PIB

• Inicia em baixas temperaturas com ácido fortes como HClO4, H2SO4 e também com ácido de Lewis AlCl3, BF3 Eletrófilos

Exemplo:

Exemplo é a polimerização de estireno em THF com butil-lítio (C4H9-Li).

ANIÔNICA:

• Se aplica a monômeros que contém substituintes retiradores de ē nos carbonos da dupla ligação estabilização do carbânion (C-).

• O iniciador é uma espécie nucleofílica Brometo de metil-magnésio, metais alcalinos livres (Na, K, Li).

Dissolvidos em NH3(l) ou em suspensão em solventes apolares como THF e naftaleno.

Grupos Funcionais e Monômeros Mais Importantes:

R R’ R’’ R’’’ Monômero

H H H H Etileno

CH3 H H H Propileno

C6H5 H H H Estireno

H H H Butadieno

H H H Isopreno

Cl H H H Cloreto de Vinila

CN H H H Acrilonitrila

COOH H H H Ácido Acrílico

COOMe H H H Acrilato de Metila

OCOMe H H H Acetato de Vinila

COOMe CH3 H H Metacrilato de Metila

C C

R

R'

R''

R'''

C C

H H

H

C C

CH3 H

H

Grau de Polimerização (DP): É o nº de unidades de repetição da cadeia polimérica e fornece uma medida do peso molecular.

Em que: X é o grau de polimerização M é a massa molar da cadeia polimérica Me é a massa molar do grupo terminal MUR é a massa molar da unidade de repetição

- Muitas propriedades dependem do grau de polimerização, que pode ser calculado da seguinte forma:

Esse fato gera uma distribuição de massa molar, sendo possível obter vários tipos de massas molares médias.

- Os Polímeros são caracterizados por não possuir Massa Molar definida.

Durante a polimerização ocorre o crescimento independente de cada cadeia polimérica quase todos os polímeros possuem

diferentes graus de polimerização ou polidispersidade

Massa Molar de Polímeros

• A característica mais importante dos polímeros é o seu alto peso molecular.

As propriedades mecânicas exibidas são dependentes do tamanho médio e da distribuição de comprimentos das cadeias de polímero.

Embora a estrutura química do polímero seja igual, pesos moleculares diferentes podem mudar completamente as propriedades do polímero (propriedades físicas, mecânicas, térmicas, reológicas, de processamento e outras).

COMPOSTOS DE

BAIXA MASSA MOLAR

E ALGUMAS PROTEÍNAS

MONODISPERSOS MASSA MOLAR

DEFINIDA (M)

POLÍMEROS EM GERAL POLIDISPERSOS

A distribuição de massa molar em polímeros depende basicamente do tipo de polimerização e das condições de síntese.

Existem 4 tipos de Massas Molares Médias:

Distribuição de Massas Molares em Polímeros:

Massa molar obtida é função do método escolhido para a sua determinação

Ni : nº moléculas com massa molar Mi

- Método que se baseia no número de moléculas (Ni) da espécie i, de peso molecular Mi

- É a soma das massas molares de cada espécie de macromolécula, dividida pelo número total de macromoléculas.

Mi : massa da cadeia do polímero (g)

- É a soma do quadrado das massas molares de cada macromolécula, dividida pela somatória da massa molar média numérica das macromoléculas:

Ni : nº moléculas com massa molar Mi ;

wi : fração de moléculas com massa molar Mi;

wi = Ni Mi

- Na massa molar média em peso , cada macromolécula contribui no quadrado de suas massas e por isso as moléculas maiores afetam mais que as menores.

Número de moléculas

Massa molar das Moléculas

Wi = Ni Mi

2 1000 2000

3 2000 6000

1 3000 3000

Total= 6 Total = 11000

18336

110001______

i

i

i

i

i

i

i

i

n MNNN

MN

M

20901011

)103(1)102(3)10(23

2323232______

x

xxxxx

MN

MNM

i ii

iii

w

14,11833

2090_____

____

nM

M w

Mede o grau de não-homogeneidade do

polímero

Classificação quanto ao Tipo de Monômero:

• Homopolímeros 1 monômero

• Copolímeros 2 ou + monômeros

Copolímero Aleatório: É formado por uma disposição aleatória de dois ou mais monômeros.

Tipos de Copolímeros

Copolímero em Blocos: Possui blocos de monômeros de um mesmo tipo intercalados com blocos de monômeros de outro tipo.

Copolímero Blenda

•Copolímero: polímero com mais de um tipo de unidade repetitiva na cadeia:

ABS: São usados 3 monômeros: acrilonitrila, 1,3-butadieno e o estireno nome é polímero acrilonitrila-butadieno-estireno ↓ ↓ ↓ Acrilonitrila - 1,3-Butadieno - Styrene

Copolímero de Enxerto: Possui uma cadeia principal de um só tipo de monômeros com ramificações de outros monômeros

•Blenda: mistura física de 2 ou + polímeros, pode ou não ser usado solvente;

Por Ex.: PEAD + PEBD → Sacolas de supermercado

•Compósito: polímero misturado com outro tipo de material;

Por exemplo: PP carregado com talco, Poliéster + fibra-de-vidro

- Com o ABS se fabricam brinquedos, componentes de geladeira, painéis de automóveis, telefones, invólucros de aparelhos elétricos e embalagens, capacete de proteção em construções...

Acrilonitrila Estireno

1,3-Butadieno

Classificação quanto à Forma Molecular Fixada por Ligações Químicas:

Termoplásticos - MOLDÁVEIS: PVC, PS... Termofixos - Rigidez

Permanente

Fusão causa a degradação do

polímero/material

Reticulação: Processo em que cadeias poliméricas podem ligar-se umas às outras formando redes poliméricas tridimensionais.

Borracha Natural

Borracha Vulcanizada

Um exemplo prático é a Vulcanização da Borracha:

Conformação: Descreve a posição de cada átomo ou grupo durante o processo de rotação:

Estrutura Macromolecular:

ESTRUTURA DO MONÔMERO

MÉTODO DE POLIMERIZAÇÃO

ESTRUTURA PRIMÁRIA

• Constituição Química • Ordenamento dos Segmentos

CONFORMAÇÃO E CONFIGURAÇÃO

Configuração: Descreve o arranjo espacial do grupos lateralmente ligados a um determinado átomo ou ainda, à sequência dos grupos em determinada cadeia polimérica:

- Polímeros contendo ligações duplas podem ter isômeros conformacionais , cis ou trans:

Cabeça-Cabeça Cabeça-Calda

- Dependendo de como a ligação entre os monômeros ocorre, pode-se ter 3 tipos diferentes cadeias:

Poli(cis-isopreno) Poli(trans-isopreno)

- Homopolímeros lineares como o PP ou PS, podem ter diferentes configurações estereoquímicas (taticidade), denominadas: isótatica, sindiotática ou atática:

Isotática: o substituinte está sempre na mesma posição ao longo da cadeia polimérica:

POLIESTIRENO

POLIPROPILENO

Sindiotática: os substituintes estão em posições alternadas:

POLIESTIRENO

POLIPROPILENO

Atático: os substituintes estão em posições aleatoriamente localizadas ao longo da cadeia polimérica.

POLIESTIRENO

POLIPROPILENO

Organização das Macromoléculas no Polímero

- Polímero Amorfo: As cadeias do polímero estão desorganizadas, arranjadas em espirais randômicas Não possui ponto de fusão fixo.

- Polímero Cristalino: As cadeias do polímero estão “ordenadas”, existindo uma forma definida Possui ponto de fusão definido.

- Polímero Semi-Cristalino: Em geral, os polímeros não são nem totalmente amorfos, nem totalmente cristalinos, se apresentando num estado intermediário grau de cristalinidade.

Quando maior o grau de cristalinidade, maior é a organização das cadeias auxilia na seleção do material em diferentes aplicações.

- Os polímeros podem ser amorfos, cristalinos ou semi-cristalinos conforme a sua estrutura molecular e as interações intermoleculares que se podem estabelecer.

Amorfo Semi-cristalino

Fatores que Influenciam no Grau de Cristalinidade:

• O principal fator é a natureza química do polímero interações específicas.

• Cadeias de baixo peso molecular favorecem uma maior cristalinidade.

Homopolímeros possuem maiores condições de formar uma estrutura mais cristalina do que copolímeros randômicos copolímeros

possuem uma distribuição não uniforme de forças intermoleculares.

• Polímeros contendo grupos laterais grandes ou ramificações tem menor grau de cristalinidade menor empacotamento das cadeias.

• A cristalinidade pode ser modificada através de aquecimento as cadeias podem se movimentar mais livremente formando estruturas cristalinas (cristalitos) adicionais.

• Pressão e temperatura podem influenciar na cristalinidade.

• Taxa de resfriamento durante a solidificação tempo é necessário para as cadeias se moverem e se alinharem em uma estrutura cristalina;

• Copolímeros: meros que se arranjam mais regularmente, são mais fáceis de cristalizar Copolímeros em bloco e alternados cristalizam mais facilmente que os aleatórios ou por enxerto.

Polímeros em rede são quase totalmente amorfos

Os materiais termoplásticos são amorfos ou semi-cristalinos

possuem 1 ou 2 temperaturas características:

Temperaturas de Transição Vítrea e Fusão

Polímeros Amorfos tem apenas temperatura de transição

vítrea, Tg cadeias começam a ter mobilidade: o material

passa de um estado frágil para um dúctil.

• Polímeros Cristalinos Ideais: possuem estrutura totalmente

organizada e apresentam apenas Tf

Polímeros Semi-Cristalinos tem Tg e temperatura de fusão, Tf

na Tf cadeias das regiões cristalinas começam a ter

mobilidade: o material passa de um sólido p/ líquido viscoso.

Alguns Fatores que Influenciam na Tg:

• Flexibilidade da Cadeia: Quanto + flexível + baixa a Tg facilita as

rotações em torno das ligações C-C.

Poli(dimetilsiloxano)

Polietileno

Policarbonato

Tg = -123 °C

Tg = -120 °C

Tg = 150 °C

Ex: Anéis aromáticos na cadeia principal tornam o material – flexível

aumentando a Tg oxigênio torna a molécula + flexível diminuindo Tg

• Geometria – Efeito dos grupos substituintes Qnto maior esses

grupos maior a Tg dificulta os movimentos das cadeias

(aumentam as forças de interação):

Polietileno Tg = -120 °C

Polipropileno Tg = -10 °C

Poliestireno Tg = 100 °C

• Flexibilidade dos Grupos Substituintes Qnto mais flexíveis os

grupos substituintes menor a Tg maior acomodação do

“movimentos da cadeia”:

Poli(acrilato de metila) Tg = -3 °C

Poli(acrilato de etila) Tg = -22 °C

Poli(acrilato de propila) Tg = -56 °C

• Tipos de Copolímeros:

I. Quando os componentes do copolímero são polímeros compatíveis

entre si (experimental) a Tg do copolímero está relacionada com

as Tg de cada componentes e com as frações mássicas:

EX: um copolímero com 50% de acetato de vinila e acrilato de metila

tem Tg = 30°C Tg dos homopolímeros é 45°C e 15°C respect.

II.Quando os componentes forem incompatíveis (imiscíveis) tenderão

a manter-se separados formam domínios de segregação que

conferem as suas próprias propriedades ao material final:

EX: PS resistente ao impacto é um copolímero de enxerto de estireno

e butadieno (5-10%) possui 2 Tg, -60°C e 100°C, Tg do

polibutadieno e do PS, respectivamente. .

Em geral, o material apresentará tantas temperaturas quanto os componentes

Polímeros e Suas Aplicações Celulose: supera todos os outros em quantidade absoluta é tão comum que “dá em árvores”.

• É um polissacarídeo constituído por unidades de glicose ligadas entre si por ligações -1,4 glicosídicas:

• Um dos principais constituintes das paredes celulares das plantas polímero natural mais abundante.

β-1,4 β-1,4

• Tem estrutura linear e fibrosa na qual se estabelecem “ligações de H” entre os grupos OH das cadeias: impenetráveis a água insolúveis.

Polivinilpirrolidona (PVP): É solúvel em água, apresenta excelentes propriedades de umidificação e forma filmes facilmente;

Vinilpirrolidona Polivinilpirrolidona

• O monômero é tóxico, porém o polímero é inofensivo, inclusive bastante empregado na indústria farmacêutica.

Está presente em medicamentos via oral, soluções, pomadas, sabonetes líquidos, shampoos, cremes dentais, etc.

• PVP foi a base das primeiras formulações para sprays e géis fixadores para cabelos.

Usado como revestimento ou aditivo p/ revestimentos, em tintas e adesivos p/ colar chapas de madeira (material compósito.)

Material que contém mais de um componente.

Amido: Também é um polímero de glicose, constituído pela mistura de dois polissacarídeos: amilose e amilopectina é utilizado como reserva energética pelos vegetais.

Amilose é uma macromolécula linear, constituída por resíduos de D-glicose ligadas por ligações -1,4.

Amilopectina é uma macromolécula menos hidrossolúvel que a amilose, constituída por resíduos de -glicose, formando ligações -1,4 e ligações -1,6 (pontos de ramificação da estrutura).

Poli(cloreto de vinila) - PVC: Pertence à classe dos polímeros clorados um dos polímeros de maior produção e consumo no mundo.

É o único material plástico que não é 100% derivado do petróleo 57% de Cl e 43% de eteno, derivado do petróleo:

Características:

Aplicações: Tubulações; revestimentos de cabos e utensílios domésticos; embalagens, calçados, brinquedos, indústria automobilística, etc.

• Leve e de fácil manuseio; • Bom isolante térmico, elétrico e acústico; • Resistente à ação de fungos e

bactérias;

• Resistente a agentes químicos; • Durável, reciclável, produzido c/

baixo consumo de energia, etc.

• Impermeável a gases e líquidos;

- LDPE: Termoplástico semicristalino de densidade; apresenta estrutura ramificada; atóxico, flexível, “transparente”, impermeável.

Polietileno (PE): Um dos polímeros mais comum e

quimicamente simples é relativamente inerte e tem baixa

resistência mecânica:

Pode ser obtido por diferentes tipos de polimerização:

Utilizado em frascos p/ cosméticos, medicamentos, embalagens, garrafas térmicas, luvas, sacolas,...:

- HDPE: Termoplástico de densidade; elevadas forças intermoleculares e baixo nível de ramificações; Resistente à altas T, impermeável, inerte e atóxico.

Empregado em frascos para detergente, shampoo; em tubulações p/ gás, uso sanitário, garrafas de água, ...:

Poli(isopreno): Tem a mesma fórmula da borracha natural (látex) (1,4-cis-poliisopreno), empregado na produção de carcaças de pneus:

- HDPE: Termoplástico de densidade; elevadas forças intermoleculares e baixo nível de ramificações; Resistente à altas T, impermeável, inerte e atóxico.

Suas principais características são: a inércia química; impermeabilidade; baixo coeficiente de atrito e baixa toxicidade.

Poli(tetrafluoretileno) - PTFE: Polímero fluorado mais conhecido pelo nome comercial de Teflon.

• Semelhante ao polietileno: átomos de F substituem os H em sua estrutura:

Principais Aplicações: Válvulas, registros, próteses,

isolamentos elétricos, revestimentos para equipamentos

químicos, utensílios domésticos, etc.

O mais conhecido é a polidimetilsilicona, mais conhecido como silicone:

São inertes, incolores, impermeabilizantes, lubrificantes e na são muito empregados em próteses:

Silicone: Heteropolímero orgânico-inorgânico que pertence à classe das siliconas possuem ligações -Si-O- formando a cadeia principal.

Poli(cloropreno): Borracha sintética muito resistente à tensões mecânicas e à degradação causada por agentes atmosféricos e produtos químicos:

Empregado na fabricação de juntas, tubos flexíveis, roupas de mergulho, revestimento de materiais elétricos, etc:

Spandex: Fibra sintética com elevada elasticidade (elastano) que pertence à classe dos poliuretanos caracterizados pela ligação uretânica –NH-CO-O-:

Os poliuretanos podem se apresentar na forma de espumas (rígidas ou flexíveis), elastômeros, fibras, etc.

Usados em revestimentos e vernizes para mobílias; adesivos e colas para madeira; assentos de automóveis; colchões; calçados; pisos, etc.

Poliamidas ou Nylons: São polímeros obtidos pela polimerização de diaminas com ácidos dicarboxílicos (ligações peptídicas, –NH-CO-) possuem alta resistência mecânica:

São moldados na forma de engrenagens e outras peças de máquinas, sendo usados também na fabricação de fios, cordas, tecidos, linhas de pesca, etc.

• Kevlar é a marca registrada da DuPont p/ fibra sintética de poliamida resistente ao calor e mais resistente que o aço.

Usada na fabricação de cintos de segurança, construções aeronáuticas, coletes à prova de bala, raquetes de tênis, etc.

São usados como fibras têxteis; na confecção de garrafas de vasilhames descartáveis; filmes, etc:

Poliésteres: Resultam da policondensação de diácidos e diálcoois.

Existem vários poliésteres, mas um dos mais conhecidos é o poli(tereftalato de etileno) (PET):

É dura, resistente e durável: usada em saltos de calçados femininos e solados de calçados em geral:

Borracha Natural: Proveniente do látex e constituída de poliisopreno (poli-cis-isopreno).

Borracha SBS: É uma borracha sintética, termoplástica, que pertence à classe dos elastômeros copolímero de estireno-butadieno-estireno:

Usado em lentes para óculos; lanternas de sinalização; janelas de aviões, telas de televisores, lanternas de automóveis, etc:

Poli(metacrilato de metila): É da classe os acrílicos, muito resistente e com excelente características ópticas “vidro plástico”.

Polipropileno (PP): Termoplástico derivado do propeno, mais duro e resistente ao calor quando comparado ao polietileno:

É um material de baixo custo, fácil moldagem, alta resistência química e à solventes e boa resistência ao impacto.

Muito usado na fabricação de artigos moldados, como, brinquedos, copos plásticos, tubos para carga de canetas esferográficas, seringas de injeção, embalagens para iogurtes, copos plásticos, autopeças, fibras, etc:

Poli(acrilonitrila): Polímero acrílico obtido a partir da polimerização de acrilonitrila:

• Usado como fibra têxtil e na produção de fibra de carbono de alta resistência para uso militar e aeronáutico:

Possui baixo custo, facilidade de processamento e boas propriedades mecânicas usado na fabricação de objetos rígidos como xícaras, copos, brinquedos...

Poliestireno (PS): Obtido a partir do estireno (vinilbenzeno):

Com a injeção de gases no sistema a quente durante a produção de PS, ele se expande e dá origem ao isopor;

Usado na fabricação de caixas de ovos, bandejas para alimentos, isolamentos acústicos e, térmico.

Resinas Epóxi ou Poliepóxidos: São plásticos termofixos que endurecem quando misturados a um “agente endurecedor”.

Atualmente as resinas epóxi são utilizadas p/: revestimento interno de latas de cerveja, refrigerantes, sucos, placas de circuito impresso; pisos sintéticos; tintas anticorrosivas, adesivos, etc.

Poli(ácido acrílico): É um membro da família acrilato dos polímeros derivado do ácido acrílico.

• Muito empregado em fraldas descartáveis e como agente espessante:

Capaz de adsorver água muitas vezes o valor de seu peso.

Hidroxietilcelulose: derivado de celulose e solúvel em água agente gelificante, espessante e estabilizador de emulsão.

• Usado em cosméticos, soluções de limpeza e outros produtos de uso doméstico.

Acrilonitrina-Butadieno-Estireno (ABS): Copolímero de elevada resistência ao impacto obtido pela combinação de acrilonitrila, 1,3-butadieno e estireno.

• São utilizados em materiais de construção civil; em dispositivos de segurança como capacetes; mouse e impressoras, acessórios de automóveis, brinquedos, etc:

Tem características semelhantes ao vidro, boas propriedades elétricas e resistente à chama.

Policarbonatos (PC): São um tipo especial de poliésteres, formados por ligação –O-(C=O)-O-. São transparentes, com excelente resistência mecânica de tração e ao impacto.:

Muito usado em placas e chapas transparentes em substituição ao vidro; em janelas de aviões; tetos solares transparentes em edifícios, lente de óculos e em CD:

Reciclagem de Plástico e Código de Identificação

Os símbolos usados no código de identificação de embalagens de plástico são compostos de flechas formando um triângulo contendo um nº no interior e o símbolo do elemento embaixo:

Simbologia utilizada para identificação de embalagens poliméricas, Norma

NBR 13.230 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Esses códigos tem o objetivo de identificar o material da embalagem facilitando o processo de reciclagem.