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Taninos METABÓLITOS SECUNDÁRIOS

Aula 4 Taninos

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Page 1: Aula 4 Taninos

Taninos

METABÓLITOS SECUNDÁRIOS

Page 2: Aula 4 Taninos
Page 3: Aula 4 Taninos

Corresponde a um grupo diverso de substâncias fenólicas, hidrossolúveis e com peso molecular

superior a 500 D

De acordo com sua estrutura química, pode se dividir nos seguintes grupos:

Taninos hidrolisáveis (gálicos ou elágicos )

- após hidrólise ácida dá origem a pequenas moléculas

Taninos catéquicos (condensados, proantocianidinas condensadas)

-tratamento ácido origina moléculas de elevado peso

molecular, e apenas uma pequena quantidade

de pequenas moléculas (antocianidinas)

Taninos complexos:contem unidades de taninos hidrolisáveis e condensados

TANINOS

Page 4: Aula 4 Taninos

Taninos hidrolisáveis

Ésteres de glicose (ou outros açúcares) e de ácidos fenólicos: ác. gálico (taninos gálicos) ou ác.

hexahidroxidifênico e seus derivados (taninos elágicos).

TANINOS

Page 5: Aula 4 Taninos

Taninos hidrolisáveis (gálicos ou elágicos)

TANINOS

L-fenilalanina

Ácido gálico

Formação de taninos elágico a partir do

acoplamento oxidativo.

Éster galoil

(tanino gálico )

Éster Hexahidroxidifenoil

(tanino elágico)

Ac. 3-des-hidroshiquimato

Carboidrato

Page 6: Aula 4 Taninos

TANINOS

Taninos condensados (taninos catéquicos, proantocianidinas)

Oligômeros e polímeros formados pela policondensação de duas ou mais unidades de flavan-3-ol e flavan-

3,4-diol. Não são hidrolisados e não são heterosídeos

Flavan-3-óis

Page 7: Aula 4 Taninos

Classificação:

1) Taninos hidrolisáveis ( caracterizado por um poliolcentral (beta-D-glicose), cujas funções hidroxilas sãoesterificadas com o ácido gálico.

Gálicos

+7

H+/H2O

TANINOS

Page 8: Aula 4 Taninos

Classificação:

2) Taninos hidrolisáveis

Elágicos

+1

H+/H2O

+

2

TANINOS

Page 9: Aula 4 Taninos

Classificação:

3) Taninos condensados

São oligômeros e polímerosformados pela policondensação de duasou mais unidades flavanol e flavandiol.

TANINOS

Page 10: Aula 4 Taninos

Classificação:

3) Taninos condensadosLigação C4 –C6

Ligação C4 – C8

Flavan-3,4- diol

TANINOS

Page 11: Aula 4 Taninos

TANINOS

Taninos condensados (taninos catéquicos, proantocianidinas)

2

2 cianidinas + catequina

(extensão) grupo terminal

Procianidina

Epicatequina2 4b->8catequina

Embora o termo

taninos condensados

seja amplamente

usado para descrever

estes polifenois

baseados em

flavanoides, o termo

proantocianidina tem

ganho aceitação.

Proantocianidinas são

compostos que

produzem pigmentos

antocianidínicos após

quebra oxidativa em em

meio alcoólico ácido à

quente (não é hidrólise)

Page 12: Aula 4 Taninos

H+

Quando tratados com ácidos ou enzimas, se convertem em

compostos vermelhos insolúveis conhecidos por flobafenos

(coloração vermelha de muitas drogas)

Taninos condensados

TANINOS

AntocianidinaCátion flavilium

Page 13: Aula 4 Taninos

Esta classe de taninos também édenominada como proantocianidinadevido ao fato dos taninos condensadosproduzirem pigmentos avermelhados daclasse das antocianidinas, tais comocianidina, após degradação com ácido.

TANINOS

Page 14: Aula 4 Taninos

QUANTIDADE DE

CATEQUINAS CLASSIFICAÇÃO PROPRIEDADES

1

2

FLAVONÓIDE

BIFLAVONÓIDE

• SOLUVEL EM ÁGUA

• NÃO PRECIPITA

PROTEÍNAS

3 - 10 TANINOS

CONDENSADOS

• SOLUVEL EM ÁGUA

• PRECIPITA

PROTEÍNAS

> 10

FLOBAFENOS

/TANINOS

VERMELHOS

• INSOLUVEL EM

ÁGUA

• NÃO PRECIPITA

PROTEÍNAS

TANINOS

Page 15: Aula 4 Taninos

- Os taninos ajudam no processo de cura de

feridas, queimaduras e inflamações através da

formação de uma camada protetora ( complexo

tanino-proteína/polissacarídeo) sobre a pele ou

mucosa danificada.

- Na úlcera gástrica, em que uma camada de

tanino-proteína complexados protege a mucosa

do estômago.

TANINOS

Page 16: Aula 4 Taninos

Propriedades Farmacêuticas

Como polifenol, os taninos podem interagir com outras moléculas (especialmente proteínas) de

forma múltipla.

- interações covalentes (tanagem, curtimento);

- interações não covalentes (int. hidrofóbicas, pontes de H)

TANINOS

PONTES DE HIDROGÊNIOLIGAÇÃO IÔNICA

LIGAÇÃO COVALENTE

(CURTIMENTO)

CN

O

ROH

O

OH

C N

O

H

R

TANINO

C N

O

H

R

TANINO

O-

OH

CN

RNH3

+O

HH

CADEIAPOLIPETÍDICA

N C

OH

R

CN

O

H

R

H

H

TANINO

Page 17: Aula 4 Taninos

TANINOS

Propriedades Farmacêuticas

Complexos com proteínas levam a redução da solubilidade das mesmas (no caso de proteína solúvel)

levando a agregação e precipitação.

Em mucosas, forma uma mebrana de coagulação insolúvel (originando o sabor

adstringente); pode ser responsável por efeitos antiinflamatório e inibidor de secreção.

Proteínas ricas em prolina

(principais aminoácidos)

prolina

glicina

glutamina

Superfície da cavidade bucal

Polifenol

Ligação cruzada multidentada de PRP e polifenóis com perda

de lubrificação e desenvolvimento de adstringência

Page 18: Aula 4 Taninos

proteína

proteína

proteína

Precipitação polifenol-proteína

proteína proteína

proteína

proteína

TANINOS

Baixa concentração de proteínas

Alta concentração de proteínas

Page 19: Aula 4 Taninos

Monocamada

Exclusão do solvente

Exterior hidrofóbico

proteína

fenol

TANINOS

Precipitação polifenol-proteína

proteína

Page 20: Aula 4 Taninos

TANINOS

Associação polifenol-proteína

Polifenol

Bolsas hidrofóbicas

Durante a primeira fase da interação, o polifenol “interage” preferencialmente em ambientes

hidrofóbicos da cadeia polipeptídica. Durante esta fase há expulsão de solvente e a associação

é reforçada através da formação de pontes entre hidroxilas fenólicas e grupos polares da cadeia

polipeptídica (guanidina, amida, amina, hidroxila e carboxílicos).

Page 21: Aula 4 Taninos

TANINOS

Associação polifenol-PVP

Page 22: Aula 4 Taninos

TANINOS

Doseamento de taninos

Precipitação

Complexação com proteínas (pó de pele cromado – sigma; caseína; gelatina;

PVP).

Influência de pH; força iônica do meio; concentração; temperatura...

Após precipitação

Determinação gravimétrica

Determinação espectrofotomérica

Page 23: Aula 4 Taninos

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

0 30 60 90 120 150 180

Agente complexante/catequina (m/m)

FC

L

Caseína PVP

Avaliação de complexos formados entre catequina e agentes

precipitantes

TANINOS

Page 24: Aula 4 Taninos

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

pH

FC

L

PVP Caseína

Avaliação de complexos formados entre catequina e agentes

precipitantes

TANINOS

Page 25: Aula 4 Taninos

Taninos totais em solução extrativa de M. ilicifolia

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

0 50 100 150 200 250 300 350 400

Quantidade de agente complexante (mg)

TT

(g

%)

Caseína PVP

F. BRAS IV, 2003

TANINOS