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FEJAL-CESMAC Centro Universitário Faculdade CESMAC do Agreste CURSO DE DIREITO CONCURSO DELITIVO MATERIAL CONCURSO DELITIVO MATERIAL CONCURSO DELITIVO FORMAL CONCURSO DELITIVO FORMAL CRIME CONTINUADO CRIME CONTINUADO DOCENTE: Prof. Me. Hamilton Carneiro Júnior

Aula 5 (Concurso, Crime Continuado)

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FEJAL-CESMAC Centro UniversitárioFaculdade CESMAC do Agreste

CURSO DE DIREITO

CONCURSO DELITIVO MATERIALCONCURSO DELITIVO MATERIAL

CONCURSO DELITIVO FORMALCONCURSO DELITIVO FORMAL

CRIME CONTINUADOCRIME CONTINUADO

DOCENTE: Prof. Me. Hamilton Carneiro Júnior

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CONCURSO MATERIAL OU REAL DE CRIMES

Ocorre quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão (CONDUTA), pratica mais de um crime.

CONCURSO MATERIAL ≠ UNIFICAÇÃO DE PENAS

Infrações em épocas díspares, elucidadas em Investigações criminais distintas e perseguidas em processos diferentes, culminando em várias condenações. Não há concurso, e sim unificação para fins de limitação da pena a ser cumprida (art.75, do CPB), sendo tal atribuição do Juiz da

Execução da pena (LEP, art.66, III, “a”)..

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CONCURSO MATERIAL DE CRIMES

HOMOGÊNEO: Crimes de mesma espécie, não importando que sejam simples ou qualificados.

HETEROGÊNEO: Infrações penais distintas.

PONTOS A OBSERVAR:

AÇÃO OU OMISSÃO (CONDUTA) = CONJUNTO DE ATOS TELEOLOGICAMENTE ORIENTADOS.

CRIMES: DE MESMA ESPÉCIE (o mesmo tipo penal) DE ESPÉCIES DISTINTAS (outro tipo penal)

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CONCURSO MATERIAL: APLICAÇÃO DA PENA

AS PENAS DEVEM SER SOMADAS. O JUIZ DEVE FIXAR, SEPARADAMENTE, A PENA DE CADA UM DOS DELITOS E, DEPOIS, NA PRÓPRIA SENTENÇA, SOMÁ-LAS. A aplicação conjunta viola o princípio da individualização da pena, anulando a sentença.

No tocante às CAUSAS ESPECIAIS DE AUMENTO DE PENA, autoriza-se a sua incidência sobre cada um dos delitos, sem que isso caracterize dupla incidência desses fatores de majoração da sanção penal.

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CONCURSO MATERIAL: APLICAÇÃO DA PENA

PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE CUMULADA COM RESTRITIVA DE DIREITOS: é possível, caso tenha sido concedida a suspensão condicional da pena privativa de liberdade por um dos crimes (CPB, art.69, §1º), caso contrário, não poderá o agente se beneficiar da substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos no outro crime.

PENA RESTRITIVA DE DIREITOS COM OUTRA RESTRITIVA: executadas simultaneamente, se compatíveis; caso contrário, uma depois da outra (CPB, art.69, §2º).

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CONCURSO MATERIAL: APLICAÇÃO DA PENA

JUIZ COMPETENTE para a aplicação da regra do concurso material: se houver conexão entre os delitos com a respectiva unidade processual, a regra do concurso material é aplicada pelo próprio juiz sentenciante.

CONCURSO MATERIAL E PRESCRIÇÃO: o prazo prescricional deve ser contado separadamente para cada uma das infrações penais, uma vez que dispõe o art. 119 do Código Penal Brasileiro: “no caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada um, isoladamente”.

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CONCURSO FORMAL OU IDEAL DE CRIMESNesta modalidade, o agente, com uma única conduta, causa dois ou mais resultados delitivos. Na realidade, o concurso formal implica a existência de dois ou mais crimes, que, para efeito de política criminal, são apenados de maneira menos rigorosa.

REQUISITOS DO CONCURSO FORMAL OU IDEAL:

1º) que a conduta seja única: entendida a ação ou omissão humana consciente e voluntária, DIRIGIDA A UMA FINALIDADE. Compreende um único ato ou uma sequência de atos desencadeados pela vontade humana, objetivando a realização de um fato típico.

2º) que dessa conduta surjam dois ou mais fatos típicos: uma só conduta dá origem a mais de um fato, ou a mais de um crime, quando atingir mais de um bem penalmente tutelado.

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A UNIDADE DA CONDUTA E A REITERAÇÃO DE ATOS PARA A REALIZAÇÃO DO FATO TÍPICO:

Se vários são os atos para a consumação de uma figura delitiva, a conduta é única. Pode-se assim falar de unidade de ação sempre que os múltiplos atos realizados pelo agente encontrem um fundo comum de coesão: e esse fundo comum é constituído pela unidade de tempo e lugar, buscando não um critério exato mas, quando muito, um critério de aproximação. Trata-se, contudo, de critério eminentemente valorativo (quer seja pela concepção natural da vida – conexão espaçotemporal, quer seja pela concepção jurídica – sentido dos tipos correspondentes.

OBS.: esse critério é extremamente importante para diferençar o CONCURSO DELITIVO MATERIAL DO CONCURSO DELITIVO FORMAL PERFEITO.

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CONCURSO FORMAL OU IDEAL DE CRIMES

HOMOGÊNEO: Crimes de mesma espécie (tipos penais idênticos), sejam simples ou qualificados.

HETEROGÊNEO: Infrações penais (tipos) distintas.

PRÓPRIO ou PERFEITO: Resulta de um único desígnio. O agente, por meio de um só impulso volitivo, dá causa a dois ou mais resultados (conduta culposa na origem ou dolosa na origem, mas com resultado aberrante, a si atribuído culposamente).

IMPRÓPRIO ou IMPERFEITO: É o resultado de desígnios autônomos. Embora a conduta tenha sido única, o agente intimamente deseja os outros resultados ou aceita o risco de produzi-los (dolo eventual). SUAS REGRAS SOMENTE SÃO APLICADAS NOS CRIMES DOLOSOS.

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CONCURSO FORMAL PERFEITOAPLICAÇÃO DA PENA

CONCURSO FORMAL HOMOGÊNEO: Aplica-se a pena de qualquer dos crimes, aumentada (exasperada) de 1/6 até metade (1/2).

CONCURSO FORMAL HERETOGÊNEO: Aplica-se a pena do crime mais grave, também exasperada de 1/6 até metade (1/2).

A doutrina vem admitindo que o aumento (exasperação) da pena deve variar DE ACORDO COM O NÚMERO DE RESULTADOS PRODUZIDOS, conforme tabela de aumento abaixo:

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CONCURSO FORMAL IMPERFEITOAPLICAÇÃO DA PENA

Aplica-se a pena de cada crime em concurso material, visto ter havido desígnios autônomos na conduta do agente. Na verdade, O CONCURSO FORMAL IMPRÓPRIO SE APROXIMA MAIS DE UM CONCURSO MATERIAL QUE DE UM FORMAL PROPRIAMENTE DITO, pois seus efeitos são os mesmos daquele. A diferença é que no concurso material exige-se mais de uma ação ou omissão.

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CONCURSO MATERIAL BENÉFICO

Se, da aplicação da regra do concurso formal, a pena tornar-se superior à que resultaria da aplicação do concurso material (soma de penas), deve-se seguir este último critério (CPB, art. 70, parágrafo único).

Ex.: Em caso de homicídio doloso + lesões culposas, a aplicação da pena mais grave com o acréscimo de 1/6 tornaria a sanção mais gravosa ao agente do que a aplicação das penas cumulativamente.

Quem comete mais de um crime, com uma única ação, não pode sofrer pena mais grave do que a imposta ao agente que reiteradamente, com mais de uma ação, comete os mesmos crimes.

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CONCURSO FORMAL E PRESCRIÇÃO

Igualmente ao que ocorre no concurso delitivo material ou real, NO CONCURSO DELITIVO FORMAL OU IDEAL, o prazo prescricional deve ser contado separadamente para cada uma das infrações penais, uma vez que dispõe o art. 119 do Código Penal Brasileiro: “no caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada um, isoladamente”, SEM LEVAR EM CONTA O ACRÉSCIMO DECORRENTE DO CONCURSO FORMAL – 1/6 a 1/2.

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CRIME CONTINUADO

CONCEITO: é aquele no qual o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie, os quais, pelas semelhantes condições de tempo, lugar, modo de execução e outras, podem ser tidos uns como continuação dos outros.

ORIGEM: Teve sua origem política no chamado favor rei, em que os juristas medievais passaram a considerar como furto único uma pluralidade de furtos, para evitar as consequências draconianas que de outra forma adviriam, uma vez que se aplicava a pena de morte contra quem cometesse três furtos, ainda que de pequeno valor.

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CRIME CONTINUADO

NATUREZA JURÍDICA - Três teorias:

a) UNIDADE REAL – entende ser crime único as várias condutas que, por si sós, já se constituiriam em infrações penais;

b) FICÇÃO JURÍDICA – TEORIA ADOTADA NO BRASIL. São consideradas fictamente como um delito único as várias ações levadas a efeito pelo agente que, analisadas individualmente, já se consistiam em infrações penais, desde que reunidas;

c) MISTA – é um terceiro crime, fruto do próprio concurso.

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CRIME CONTINUADO – ESPÉCIES

COMUM: crimes de mesma espécie, praticados sem violência ou grave ameaça a pessoa (CPB, art.71, caput).

ESPECÍFICO: infrações penais dolosas, praticadas com violência ou grave ameaça a pessoa (CPB, art.71, parágrafo único).

A reforma penal que admitiu a continuidade delitiva em crimes com violência ou grave ameaça contra a pessoa, revogou a Súmula 605 do STF, que não admitia continuidade delitiva nos crimes contra a vida.

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CRIME CONTINUADO CULPOSOCrime continuado entre delitos culposos: POSSÍVEL, desde que sejam crimes da mesma espécie. Mesmo que seja exigido concurso de elemento volitivo = Teoria objetivo-subjetiva, entende-se que, em crimes culposos, o agente persistiu em agir culposamente, mesmo após o primeiro delito, além da similitude das condições de tempo, lugar e modo de execução. Assevere-se, por oportuno que, no crime culposo, embora o resultado não seja querido, a conduta é voluntária sempre.

Ex.: Motorista que, por ato imprudente, atropela e mata transeunte e, apavorado pelo resultado do primeiro delito, fuga, em alta velocidade, conduzindo imprudentemente, vindo a atropelar e matar outro pedestre logo em seguida.

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CRIME CONTINUADO: REQUISITOS

a) mais de uma ação ou omissão;b) prática de dois ou mais crimes, da mesma espécie;c) condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes;d) os crimes subsequentes devem ser havidos como continuação do primeiro;e) unidade de desígnios?Teoria objetiva/subjetiva

Teoria objetiva puraTeoria subjetiva pura

O CPB adotou a teoria objetiva pura, uma vez que exige para a configuração da continuidade delitiva a presença de elementos de natureza exclusivamente objetivas, sem espaço ao subjetivo, ao volitivo. Na doutrina e na jurisprudência há discrepâncias.

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CRIME CONTINUADO: REQUISITOSCRIMES DE MESMA ESPÉCIE:

STF: são crimes da mesma espécie os que possuem a mesma tipificação penal, não importando se simples, privilegiados ou qualificados, tentados ou consumados

STJ: são crimes da mesma espécie aqueles que atingem o mesmo bem juridicamente protegido, como o furto e o roubo, por exemplo.

OUTRAS DECISÕES SOBRE A MATÉRIA:1) roubo e extorsão não são crimes da mesma espécie e, portanto, não caracterizam crime continuado;2) roubo e furto não são crimes da mesma espécie e não admitemcrime continuado entre si;3) estupro e atentado violento ao pudor não eram considerados crimes da mesma espécie, de forma que não admitiam continuidade delitiva.

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CRIME CONTINUADO: REQUISITOSCONDIÇÃO DE TEMPO

Não existe um critério objetivo, rígido. Deve haver entre os crimes um tempo que indique a persistência de um certo liame psíquico que sugira uma sequência entre os dois fatos. Deve haver uma relação de contextualidade entre os fatos para que o crime continuado não se confunda com a reiteração criminosa.

O STF, embora reconheça a inexistência de um critério infalível, objetivo, já se pronunciou no sentido de que entre as condutas não pode haver um intervalo superior a 30 dias para que haja continuidade delitiva.

CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA: o STF admite continuidade em um intervalo temporal de até 3 anos entre o primeiro e o último crime em continuidade delitiva.

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CRIME CONTINUADO: REQUISITOSCONDIÇÃO DE ESPAÇO

Igualmente ao fator temporal, deve haver uma relação de contexto entre as ações praticadas em lugares diversos, sendo, contudo, admitida a continuidade delitiva em CRIMES PRATICADOS EM BAIRROS DIVERSOS E CIDADES DISTINTAS, PORÉM VIZINHAS.

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CRIME CONTINUADO: REQUISITOSMODO DE EXECUÇÃO:

o modus operandi utilizado pelo agente na prática dos delitos deve ser semelhante, não necessariamente idêntico.Empregado infiel que se apropria diariamente de importância em dinheiro ao recolher o numerário recebido.Por outro lado, o FURTO FRAUDULENTO, por exemplo, não guarda nexo de continuidade com o FURTO MEDIANTE ARROMBAMENTO OU ESCALADA.A VARIAÇÃO DE COMPARSAS impede o reconhecimento da continuidade delitiva.AGIR SOLITÁRIO EM UM CRIME E COM COMPARSAS EM OUTRO IMPEDE o reconhecimento do crime continuado. Do mesmo modo, se há emprego de arma em um crime e não há no outro, não se reconhece a continuidade delitiva.

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CRIME CONTINUADO: REQUISITOSEm se tratando de CRIME CONTINUADO ESPECÍFICO (CPB, art.71, parágrafo único), além dos requisitos já elencados, outros devem ser observados:

a) tratar-se de crime doloso (inexistindo CRIME CONTINUADO ESPECÍFICO em delitos culposos);

b) pluralidade de vítimas;

c) emprego de violência ou grave ameaça à pessoa.

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CRIME CONTINUADO E PRESCRIÇÃO

INÍCIO DA CONTAGEM:Como a prescrição deve ser analisada em razão de cada fato, o prazo prescricional começa a correr do momento em que cada um desses fatos atingiu a fase consumativa.

PENA PARA EFEITOS DA PRESCRIÇÃO:SÚMULA 497 DO STF: “Quando se tratar de crime continuado, a prescrição regula-se pela pena imposta na sentença, não se computando o acréscimo decorrente da continuação”.

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CRIME CONTINUADO E NOVATIO LEGIS IN PEJUS

Cometimento do crime continuado, parte da conduta sob a vigência de uma lei A, e outra parte sob a vigência de uma lei B, mais gravosa que a anterior.

O STF tem decidido que, embora mais gravosa, a lei posterior será aplicada à toda cadeia de infrações penais, visto que, mesmo conhecedores da lei penal, os agentes que, ainda assim, insistiram em cometer novos delitos, deverão ser responsabilizados pelo todo, com base na lei nova.

Consequente surgimento da súmula 711, do STF:Súmula 711 - A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.

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CRIME CONTINUADO APLICAÇÃO DA PENA

PENAS IDÊNTICAS: aplicação da pena de um só dos crimes, aumentada de um sexto a dois terços (DE ACORDO COM O NÚMERO DE RESULTADOS);

PENAS DIVERSAS: aplicação da pena mais grave, aumentada de um sexto a dois terços (TAMBÉM DE ACORDO COM O NÚMERO DE RESULTADOS).

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CRIME CONTINUADO APLICAÇÃO DA PENA

CRIMES DOLOSOS, CONTRA VÍTIMAS DIFERENTES, COMETIDOS COM VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA À PESSOA: aplicação de pena de um só dos crimes, se idênticas, aumentada (SEGUNDO A DOUTRINA, de no mínimo 1/6) até o triplo. Neste caso, deve-se levar em consideração a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias.

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CONCURSO MATERIAL BENÉFICO

Se, da aplicação da regra do crime continuado, a pena tornar-se superior à que resultaria da aplicação do concurso material (soma de penas), deve-se seguir este último critério (CPB, art. 71, parágrafo único, que remete à mesma regra anteriormente estabelecida pelo art.70, parágrafo único, também do CPB, para em caso de concurso delitivo formal).

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A PENA DE MULTA NO CONCURSO DE CRIMES

De acordo com o artigo 72, do CPB, em qualquer das hipóteses de concurso de crimes (aqui entendido o concurso material ou formal ou o crime continuado, as penas de multa devem ser aplicadas distinta e integralmente. Isso significa que, em qualquer forma de concurso de crimes, as multas deverão ser aplicadas isoladamente para cada infração penal. Portanto, no concurso formal, por exemplo, não se aplica o critério da exasperação.