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Curso Completo de Enfermagem - Reta Final Aula 5 - Enfermagem em Doenças Infecciosas - parte nº 2 (atualiza... ____________________________________________________________________________________ NOME[ROSELAINE CLEMENTINO DA SILVA] CPF[089.193.784-60] [CURSO RETA FINAL] Questões Comentadas de Enfermagem Aula 05 - Parte II (Enfermagem em Doenças Infecciosas) Professor Rômulo Passos www.facebook.com/ProfessorRomuloPassos Professora Gabriela Portela www.facebook.com/pages/Enfermagem-para-concursos Um novo olhar sobre a preparação para concursos na área da Enfermagem. www.romulopassos.com.br 2 Página 1/86 Este curso é de uso exclusivo de ROSELAINE CLEMENTINO DA SILVA, CPF: 089.193.784-60. Não é permitida cópia, distribuição, divulgação, venda ou reprodução, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal (Lei 9610/98).

Aula 5 - Enfermagem Em Doenças Infecciosas - Parte Nº 2 (Atualizada)

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Questões de Enfermagem para concursos iii.

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[CURSO RETA FINAL] Questões Comentadas de Enfermagem

Aula 05 - Parte II (Enfermagem em Doenças Infecciosas)

Professor Rômulo Passos www.facebook.com/ProfessorRomuloPassos

Professora Gabriela Portela www.facebook.com/pages/Enfermagem-para-concursos

Um novo olhar sobre a preparação para

concursos na área da Enfermagem.

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Olá, amigo (a) concurseiro (a)!

Seja bem-vindo (a) mais uma aula do nosso curso “Reta Final - Questões Comentadas

de Enfermagem”. Todas as informações sobre o nosso curso encontram-se na primeira aula.

A leitura é importantíssima para que você possa entender o funcionamento e a metodologia

adotada. No entanto, se persistirem quaisquer dúvidas ou mesmo críticas e sugestões teremos

satisfação de respondê-las através do fórum de dúvidas ou do e-mail

[email protected].

Nesta aula, vamos continuar o nosso debate sobre as doenças infecciosas.

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1 - Febre Amarela

1. (Prefeitura de Floriano-PI/NUCEPE/2011) São atribuições comuns a todos os

profissionais da Atenção Básica, no controle da febre amarela.

a) Atuar junto aos domicílios, informando os seus moradores sobre a doença – seus sintomas

e riscos -, o agente transmissor e as medidas de prevenção.

b) Diagnosticar precocemente as pessoas com suspeita de febre amarela.

c) Planejar, coordenar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS.

d) Planejar e desenvolver ações educativas e de mobilização da comunidade em relação ao

controle da febre amarela em sua área de abrangência articulada com a vigilância

epidemiológica.

e) Identificar imigrantes de áreas indenes que chegam a sua área de atuação com o objetivo de

vaciná-los contra a febre amarela.

COMENTÁRIOS:

A febre amarela é uma doença febril aguda, não contagiosa, de curta duração (no

máximo 12 dias), que apresenta alta morbidade e letalidade. A infecção pelo vírus da febre

amarela causa no homem desde formas leves com sintomatologia febril inespecífica até

formas graves com icterícia, albuminúria, oligúria, manifestações hemorrágicas, delírio,

obnubilação e choque.

A febre amarela é causada por um arbovírus da família Flaviviridae, gênero Flavivirus.

A transmissão da doença ocorre por meio da picada de mosquitos hematófagos infectados.

Os mosquitos que participam da transmissão de febre amarela são, principalmente, aqueles da

família Culicidae, dos gêneros Aedes, Haemagogus e Sabethes. Na transmissão urbana, o

Aedes aegypti é o principal vetor.

Atenção! Na transmissão urbana da febre amarela, o Aedes aegypti (o mesmo que

transmite a dengue) é o principal vetor.

Os mosquitos, além de serem transmissores, são os reservatórios do vírus, responsáveis

pela manutenção da cadeia de transmissão, pois uma vez infectados permanecem transmitindo

o vírus por toda a vida.

O modo de transmissão ocorre a partir de mosquitos, fêmeas, que se infectam quando

vão se alimentar de sangue de primata (macaco) ou do homem infectado com o vírus da febre

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amarela. Depois de infectado com o vírus, o mosquito pica uma pessoa saudável, não

vacinada contra a febre amarela, e transmite a doença, sucessivamente durante todo seu

período de vida. Não existe transmissão de uma pessoa para outra diretamente.

Existem dois ciclos epidemiológicos distintos da febre amarela, um silvestre e outro

urbano. Esse último não ocorre no Brasil desde 1942. Vejam a exemplificação desse ciclo na

figura abaixo:

Figura 1 - Ciclos da Febre Amarela (Fonte: Ministério da Saúde, 2009).

Gravem isso: O ciclo epidemiológico urbano da febre amarela não ocorre no Brasil

desde 1942.

O ciclo de transmissão silvestre se processa entre o macaco infectado → mosquito

silvestre → macaco sadio. Nesse ciclo, os primatas são os principais hospedeiros do vírus da

febre amarela e o homem é considerado um hospedeiro acidental.

No ciclo urbano a transmissão se faz entre o homem infectado → Aedes aegypti →

homem sadio. Nesse ciclo, o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica.

Geralmente, é o homem que introduz o vírus numa área urbana após se infectar no ambiente

silvestre. O principal vetor é o mosquito Aedes aegypti.

O quadro clínico típico é caracterizado por manifestações de insuficiência hepática e

renal, tendo em geral apresentação bifásica, com um período inicial prodrômico (infecção) e

um toxêmico, que surge após uma aparente remissão e, em muitos casos, evolui para óbito em

aproximadamente uma semana.

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O diagnóstico específico de cada paciente com suspeita de febre amarela é da maior

importância para a vigilância epidemiológica, tanto em casos isolados quanto em situações de

surtos. Os principais exames são os de isolamento viral no sangue, detecção de antígenos

virais e/ou ácidos nucléicos virais, histopatológico e testes sorológicos.

Não existe um tratamento específico no combate à febre amarela. Como os exames

diagnósticos da febre amarela demoram em média até uma semana, o tratamento de apoio

deve ser iniciado em caso de suspeita clínica dessa doença. O tratamento é apenas

sintomático com cuidadosa assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve

permanecer em repouso, com reposição de líquidos e perdas sanguíneas quando indicado. Os

pacientes que apresentam quadros clínicos clássicos e/ou fulminantes devem ter atendimento

em Unidade de Terapia Intensiva, de modo que as complicações sejam controladas e o perigo

da morte eliminado.

A vigilância epidemiológica tem por objetivos manter erradicada a febre amarela

urbana e controlar a forma silvestre.

A febre amarela no Brasil apresenta uma ocorrência endêmica prioritariamente na

região amazônica. No entanto, surtos da doença são registrados esporadicamente quando o

vírus encontra um bolsão de susceptíveis. Na série histórica de 1982 a 2008 (semana

epidemiológica 34), foram registrados 675 casos com 334 óbitos, apresentando uma taxa de

letalidade de 49%.

Essa doença tem potencial de disseminação e transmissão bastante elevado, por isso

é importante que a notificação de casos suspeitos seja feita o mais brevemente possível. A

febre amarela compõe a lista de doenças de notificação compulsória, classificada entre as

doenças de notificação imediata.

A notificação imediata é importante, pois é a oportunidade do serviço de saúde poder

avaliar a situação e adotar as medidas de vigilância, prevenção e controle, oportunamente. A

febre amarela também está entre os agravos que devem ser informados aos organismos de

saúde publica internacional.

A principal medida de prevenção e controle da febre amarela é a vacina. Produzida

no Brasil desde 1937, pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio-Manguinhos.

Tem sido usada amplamente no Brasil desde o início de sua produção, proporcionando a

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prevenção da doença, especialmente daqueles que vivem nas áreas de risco (detalharemos esse

assunto em aula futura).

O uso da vacina em campanhas e na rotina do calendário básico em grande parte do

território brasileiro tem sido a opção mais eficiente para manter sob controle a febre amarela

de transmissão silvestre.

As atribuições comuns a todos os profissionais das equipes de Atenção Básica/Saúde

da Família no controle da Febre Amarela são as seguintes:

Participar do planejamento, gerenciamento e avaliação das ações desenvolvidas pela

equipe de atenção básica no enfrentamento da febre amarela;

Definir estratégias de ação de forma articulada com a vigilância epidemiológica;

Garantir o acompanhamento e continuidade da atenção, tanto nos casos suspeitos

quanto nos que tenham confirmação diagnóstica de febre amarela;

Realizar busca ativa de casos suspeitos de febre amarela, utilizando abordagem

sindrômica;

Planejar e desenvolver ações educativas e de mobilização da comunidade em relação ao

controle da febre amarela em sua área de abrangência articulada com a vigilância

epidemiológica.

Voltando para a análise da questão, verificamos que a alternativa que descreve uma

atribuição comum a todos os profissionais da Atenção Básica, no controle da febre amarela, é

a letra D.

As alternativas A e E descrevem atribuições dos ACS: atuar junto aos domicílios,

informando os seus moradores sobre a doença – seus sintomas e riscos -, o agente transmissor

e as medidas de prevenção; identificar imigrantes de áreas indenes que chegam a sua área de

atuação com o objetivo de vaciná-los contra a febre amarela.

A assertiva B apresenta uma atribuição do médico: diagnosticar precocemente as

pessoas com suspeita de febre amarela.

O item C cita uma atribuição do enfermeiro: planejar, coordenar, gerenciar e avaliar

as ações desenvolvidas pelos ACS.

Essa questão é facilmente resolvida por eliminação, já que as atribuições acima são

clássicas das respectivas profissões.

Gabarito: D.

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2 - Varicela

2. (Prefeitura de São Carlos-SP/VUNESP/2011) Em relação à varicela, doença que atinge

principalmente as crianças, é correto afirmar que

a) o período de incubação é de 7 a 30 dias.

b) se trata de uma doença bacteriana benigna que se caracteriza por manchas vermelhas e

coceira intensa.

c) enquanto as lesões não evoluirem para crostas, é preciso manter o doente isolado.

d) o tratamento consiste no uso de antibióticos.

e) a vacinação é indicada no nascimento para prevenir a doença.

COMENTÁRIOS:

Varicela (catapora) é uma infecção viral primária, aguda, altamente contagiosa,

caracterizada por surgimento de exantema de aspecto máculo-papular e distribuição

centrípeta, que, após algumas horas, torna-se vesicular, evolui rapidamente para pústulas e,

posteriormente, forma crostas, em 3 a 4 dias. Pode ocorrer febre moderada e sintomas

sistêmicos. A principal característica clínica é o polimorfismo das lesões cutâneas, que se

apresentam nas diversas formas evolutivas, acompanhadas de prurido. Em crianças,

geralmente, é uma doença benigna e auto-limitada. Em adolescentes e adultos, em geral, o

quadro clínico é mais exuberante.

A transmissão é de pessoa a pessoa, através de contato direto ou de secreções

respiratórias (disseminação aérea de partículas virais/aerossóis) e, raramente, através de

contato com lesões de pele. Indiretamente é transmitida através de objetos contaminados com

secreções de vesículas e membranas mucosas de pacientes infectados.

O período de incubação ocorre entre 14 a 16 dias, podendo variar entre 10 a 20 dias

após o contato. Pode ser mais curto em pacientes imunodeprimidos e mais longo após

imunização passiva.

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O tratamento da varicela pode ser sintomático, tópico e específico.

Sintomático – antihistamínicos sistêmicos, para atenuar o prurido, e banhos de

permanganato de potássio, na diluição de 1:40.000. Havendo infecção secundária,

recomenda-se o uso de antibióticos sistêmicos. Varicela em crianças é uma doença

benigna, que em geral não necessita de tratamento específico;

Tópico – compressas de permanganato de potássio (1:40.000) ou água boricada a 2%,

várias vezes ao dia. Deve-se ter o cuidado de proteger os olhos quando da aplicação do

permanganato.

Específico – antivirais: aciclovir.

A ocorrência de casos suspeitos de varicela não requer notificação e investigação por

não se tratar de doença de notificação compulsória. Na situação de surto, a notificação

deve ser realizada através do módulo de notificação de surtos do Sistema de Informação de

Agravos de Notificação (Sinan).

As vacinas contra a varicela são de vírus vivo atenuado. A sua administração é feita por

via subcutânea, a partir dos 12 meses de idade. Recentemente a vacina contra a varicela foi

incluída no calendário nacional de vacinação do, com a criação da tetra viral (contra sarampo,

caxumba, rubéola e varicela). Fiquem tranquilos, pois detalharemos esse assunto (vacina tetravalente)

na aula nº 8 do nosso curso.

Em relação aos itens da questão, que tratam da varicela, é correto afirmar:

Item A. Incorreto. O período de incubação é 14 a 16 dias, podendo variar entre 10 a 20

dias após o contato.

Item B. Incorreto. Trata-se de uma doença infecção viral primária, aguda, altamente

contagiosa, caracterizada por surgimento de exantema de aspecto máculo-papular e

distribuição centrípeta, que, após algumas horas, torna-se vesicular, evolui rapidamente para

pústulas e, posteriormente, forma crostas, em 3 a 4 dias.

Item C. Correto. Enquanto as lesões não evoluirem para crostas, é preciso manter o

doente isolado.

Item D. Incorreto. O tratamento específico, quando indicado, consiste no uso de

antivirais (aciclovir).

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Item E. Incorreto. A vacinação é indicada a partir dos 12 meses de idade para

prevenir a doença.

Nesses termos, o gabarito é a letra C.

3. (Prefeitura de Ouro Preto-MG/FUMARC/2011) A varicela é uma doença benigna, mas

altamente contagiosa que ocorre principalmente em menores de 15 anos de idade. É mais

frequente no final do inverno e início da primavera. Indivíduos imunocomprometidos, quando

adquirem varicela primária ou recorrente, possuem maior risco de doença severa. Sobre este

contexto, pode-se afirmar EXCETO:

a) o período de transmissibilidade varia de 1 a 2 dias antes da erupção até 5 dias após o

surgimento do primeiro grupo de vesículas. Enquanto houver vesículas, a infecção é possível.

b) o único reservatório do agente etiológico é o homem.

c) trata-se de uma doença de notificação compulsória.

d) uma das medidas específicas na vigilância epidemiológica refere-se ao isolamento: crianças

com varicela não complicada podem retornar à escola no 6º dia após o surgimento do rush

cutâneo. Crianças imunodeprimidas ou que apresentam curso clínico prolongado só deverão

retornar às atividades após o término da erupção vesicular.

COMENTÁRIOS:

A ocorrência de casos suspeitos de varicela não requer notificação e investigação por

não se tratar de doença de notificação compulsória. Na situação de surto, a

notificação deve ser realizada através do módulo de notificação de surtos do Sistema de

Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Por conseguinte, o gabarito da questão é a

letra C.

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3 - Rubéola

4. (Prefeitura de Campinas-SP/CAIPIMES/2013) Leia as frases abaixo e a seguir assinale a

alternativa que corresponde à resposta correta.

I- A Rubéola é uma doença exantemática viral aguda, caracterizada por febre baixa e

exantema maculopapular, que se inicia na face, couro cabeludo e pescoço, espalhando-se para

tronco e membros.

II- O Exantema na Rubéola é precedido, em 5 a 10 dias, por linfadenopatia generalizada,

principalmente suboccipital, pós-auricular e cervical posterior.

III- Em todos os casos suspeitos de Rubéola deve-se realizar o bloqueio vacinal apenas das

pessoas que residam no mesmo domicílio.

IV- Caso suspeito de Rubéola é todo paciente que apresente febre e exantema maculopapular,

acompanhado de linfadenopatia retroauricular, occipital e cervical, independente da idade e

situação vacinal, ou todo indivíduo suspeito com história de viagem ao exterior nos últimos

30 dias ou de contato, no mesmo período, com alguém que viajou ao exterior.

a) Apenas as frases I, II e IV estão corretas.

b) As frases I, II, III e IV estão corretas.

c) Apenas as frases I e III estão corretas.

d) Apenas as frases II e III estão corretas.

COMENTÁRIOS:

A Rubéola é uma doença exantemática aguda, de etiologia viral, que apresenta alta

contagiosidade, acometendo principalmente crianças. É doença de curso benigno, sua

importância epidemiológica está relacionada ao risco de abortos, natimortos, e

malformações congênitas, como cardiopatias, catarata e surdez. É denominada síndrome

da rubéola congênita (SRC), quando a infecção ocorre durante a gestação.

O modo de transmissão ocorre pelo contato com as secreções nasofaríngeas de

pessoas infectadas. A infecção se produz por disseminação de gotículas ou através de

contato direto com os pacientes. A transmissão indireta, mesmo sendo pouco frequente,

ocorre mediante contato com objetos contaminados com secreções nasofaringeanas, sangue e

urina.

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O período de transmissibilidade da doença é aproximadamente, de 5 a 7 dias antes do

início do exantema e de 5 a 7 dias após.

O quadro clínico é caracterizado por exantema máculo-papular e puntiforme difuso,

iniciando-se na face, couro cabeludo e pescoço, espalhando-se posteriormente para o

tronco e membros. Além disso, apresenta febre baixa e linfadenopatia (alteração dos

linfonodos) retro-auricular, occipital e cervical posterior, geralmente antecedendo ao

exantema no período de 5 a 10 dias, podendo perdurar por algumas semanas. Formas da

doença inaparentes são frequentes, principalmente em crianças. Adolescentes e adultos podem

apresentar um período prodrômico com febre baixa, cefaleia, dores generalizadas (artralgias e

mialgias), conjuntivite, coriza e tosse. A leucopenia (deficiência) é comum e raramente

ocorrem manifestações hemorrágicas. Apesar de raras, complicações podem ocorrer com

maior frequência em adultos, destacando-se: artrite ou artralgia, encefalites (1 para 5 mil

casos) e manifestações hemorrágicas (1 para 3 mil casos).

O diagnóstico laboratorial é realizado mediante detecção de anticorpos IgM no

sangue, na fase aguda da doença, desde os primeiros dias até 4 semanas após o

aparecimento do exantema. Os anticorpos específicos da classe IgG podem eventualmente

aparecer na fase aguda da doença e, geralmente, são detectados muitos anos após a infecção.

Vejam que o IgM é detectável no sangue na fase aguda, enquanto o IgG após muitos anos

da doença.

As amostras de sangue dos casos suspeitos devem ser colhidas, sempre que possível, no

primeiro atendimento ao paciente.

São consideradas amostras oportunas (S1) as coletadas entre o 1º e 28º dias do

aparecimento do exantema ou do início dos sintomas. As amostras coletadas após o 28º dia

são consideradas tardias, mas, mesmo assim, devem ser enviadas ao laboratório.

A realização da segunda coleta (S2) é obrigatória e imprescindível para a classificação

final dos casos e deverá ser realizada entre 20 a 25 dias após a data da primeira coleta.

Amostras de sangue dos casos suspeitos de rubéola: 1ª amostra, coletada

preferencialmente durante o primeiro atendimento; 2ª amostra, coletada preferencialmente

entre 20 a 25 dias após a data da primeira coleta.

Não há tratamento específico para a rubéola. Os sinais e sintomas apresentados devem

ser tratados de acordo com a sintomatologia e terapêutica adequada.

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Em 2008 ocorreu a maior campanha de vacinação contra rubéola no mundo, com 65,9

milhões de pessoas entre a faixa etária de 19 a 39 anos de idade vacinadas, nos estados do

Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Mato Grosso e Maranhão. Nos outros

estados, a faixa etária foi de 20 a 39 anos de idade. A cobertura vacinal geral foi de 94,06% da

população meta.

A principal ação de prevenção da rubéola é a administração da vacina tetra viral.

Fiquem tranquilos, pois abordaremos o tema imunização na aula nº 8 deste curso.

Após exposição inicial do tema, vamos analisar os itens da questão:

Item I. Correto. A Rubéola é uma doença exantemática viral aguda, caracterizada

por febre baixa e exantema maculopapular, que se inicia na face, couro cabeludo e

pescoço, espalhando-se para tronco e membros.

Item II. Correto. O Exantema na Rubéola é precedido, em 5 a 10 dias, por

linfadenopatia generalizada, principalmente suboccipital, pós-auricular e cervical posterior.

Item III. Incorreto. A vacinação de bloqueio da Rubéola limita-se aos contatos do

caso suspeito.

A vacinação de bloqueio fundamenta-se no fato de que a vacina consegue imunizar o

suscetível, em prazo menor, que o período de incubação da doença. Em função disso, a vacina

deve ser administrada, de preferência, dentro de 72 horas após a exposição.

A vacinação de bloqueio deve abranger as pessoas do mesmo domicílio do

caso suspeito, vizinhos próximos, creches, ou, quando for o caso, as pessoas da

mesma sala de aula, do mesmo quarto de alojamento ou da sala de trabalho, etc.

Na vacinação de bloqueio, utilizar a vacina tríplice viral para a faixa etária de 6

meses a 39 anos de idade, de forma seletiva.

A vacinação de bloqueio, portanto, deve ser realizada quando ocorre um ou mais casos

suspeitos de rubéola. Para outras faixas, acima dos 40 anos de idade, a vacina só é indicada

com base na análise da situação epidemiológica.

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Item IV. Correto. Caso suspeito de Rubéola é todo paciente que apresente febre e

exantema maculopapular, acompanhado de linfadenopatia retroauricular, occipital e

cervical, independente da idade e situação vacinal, ou todo indivíduo suspeito com história

de viagem ao exterior nos últimos 30 dias ou de contato, no mesmo período, com alguém

que viajou ao exterior.

Meus amigos, essa questão é facilmente resolvida por eliminação. Ora, o item III está

claramente errado. Dessa forma, a única sequência possível, que traz o item 3 como incorreto,

é a letra A.

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4 - Sarampo

5. (Prefeitura de Campinas-SP/CAIPIMES/2013) Sobre a prevenção do sarampo, é

incorreto afirmar:

a) O objetivo da vigilância epidemiológica na doença Sarampo é a identificação precoce de

casos para adoção de medidas de prevenção e controle, bem como identificar e monitorar as

demais condições de risco.

b) O Sarampo é uma doença de notificação compulsória nacional e de investigação

epidemiológica obrigatória imediata.

c) São consideradas contraindicações para a vacina tríplice viral: alergia e intolerância, que

não sejam de natureza anafilática, à ingestão de ovo; contato íntimo com pacientes

imunodeprimidos; vacinação recente com a vacinação oral contra a Poliomielite e exposição

recente ao Sarampo.

d) A vacina tríplice viral é administrada por via subcutânea, de preferência na face externa da

parte superior do braço (região deltoide).

COMENTÁRIOS:

A vacina sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral) é administrada por via

subcutânea (preferência na região deltoide). O volume correspondente a uma dose é de 0,5

ml, podendo variar de acordo com o laboratório produtor.

A vacina em questão está contraindicada nas ocorrências específicas listadas na

sequência:

Registro de anafilaxia após recebimento de dose da vacina;

Presença de imunodeficiências congênitas ou adquiridas;

Atenção! Indivíduos com infecção assintomática pelo HIV podem ser vacinados.

Uso de corticosteróides em doses imunossupressoras (nessa situação a pessoa deve ser

vacinada, pelo menos, um mês depois da suspensão do uso da droga);

Vigência de quimioterapia imunossupressora;

Transplantados de medula óssea;

Pessoas que fazem uso de imunoglobulina, sangue total ou plasma, no momento da

vacinação ou que farão uso em futuro próximo;

Na vigência de gravidez.

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Portanto, são consideradas contraindicações para a vacina tríplice viral: alergia e

intolerância, que sejam de natureza anafilática, à ingestão de ovo. Por outro lado, não são

contraindicações desta vacina: contato íntimo com pacientes imunodeprimidos; vacinação

recente com a vacinação oral contra a Poliomielite e exposição recente ao Sarampo.

O gabarito, portanto, é a letra C.

6. (Prefeitura de São Caetano do SUL-SP/CAIPIMES/2011) O Sarampo é uma doença

infecciosa aguda, de natureza viral, transmissível e extremamente contagiosa. A viremia

decorrente da infecção provoca uma vasculite generalizada, responsável pelo aparecimento

das diversas manifestações clínicas. Quando essa doença ocorre em uma criança em idade

escolar:

a) é necessária a realização de bloqueio vacinal, e deve abranger apenas as pessoas do mesmo

domicílio do caso.

b) não é necessária a realização de bloqueio vacinal.

c) é necessária a realização de bloqueio vacinal, e deve ser feito de forma seletiva em todos os

contatos do caso.

d) não é necessária a realização de bloqueio vacinal, porém, devem ser vacinados apenas os

casos detectados.

COMENTÁRIOS:

A principal medida de controle do sarampo é a vacinação dos suscetíveis, que inclui:

vacinação de rotina na rede básica de saúde, bloqueio vacinal, intensificação e campanhas de

vacinação de seguimento. Ressalta-se que, a cada caso suspeito notificado, a ação de bloqueio

vacinal deve ser desencadeada imediatamente. Extensa busca ativa de novos casos suspeitos

deve ser realizada. A faixa etária prioritária para ações de bloqueio vacinal é entre 6 meses de

vida e 39 anos de idade.

Porém, a redução ou ampliação dessa faixa para a realização do bloqueio vacinal deverá

ser avaliada, de acordo com a situação epidemiológica apresentada na localidade. A

investigação epidemiológica, principalmente através de busca ativa de casos, leva a um

melhor controle da doença.

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A vacinação de bloqueio fundamenta-se no fato de que a vacina consegue imunizar o

suscetível, em prazo menor, que o período de incubação da doença. Em função disso, a vacina

deve ser administrada, de preferência, dentro de 72 horas após a exposição.

A vacinação de bloqueio deve abranger as pessoas do mesmo domicílio do

caso suspeito, vizinhos próximos, creches, ou, quando for o caso, as pessoas da

mesma sala de aula, do mesmo quarto de alojamento ou da sala de trabalho, etc.

Na vacinação de bloqueio, utilizar a vacina tríplice viral para a faixa etária de 6

meses a 39 anos de idade, de forma seletiva.

Atenção! O bloqueio vacinal do sarampo é praticamente igual ao da rubéola.

Portanto, quando o sarampo ocorre em uma criança em idade escolar:

Item A. Incorreto. É necessária a realização de bloqueio vacinal, e deve abranger

pessoas do mesmo domicílio do caso suspeito, vizinhos próximos, creches, ou, quando for

o caso, as pessoas da mesma sala de aula, do mesmo quarto de alojamento ou da sala de

trabalho, etc.

Itens B e D. Incorretos. É necessária a realização de bloqueio vacinal.

Item C. Correto. É necessária a realização de bloqueio vacinal, e deve ser feito de forma

seletiva em todos os contatos do caso.

Dessa forma, o gabarito da questão é a letra C.

7. (Prefeitura de Mage-RJ/FUNCAB/2013) A ANVISA está recomendando aos viajantes

com destino aos Estados Unidos e à Europa que sejam vacinados contra um tipo de doença

cujo vírus não circula no Brasil desde 2001. Qual é a doença à que a ANVISA se refere?

a) Coqueluche.

b) H1N1.

c) Poliomielite.

d) Difteria.

e) Sarampo.

COMENTÁRIOS:

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De acordo com a Anvisa (disponível em: http://goo.gl/2yjEDJ), no ano 2000, foram

registrados os últimos casos autóctones (com infecção contraída dentro do território nacional),

graças à implementação do Plano de Erradicação do Sarampo nas Américas pelo Brasil.

Entretanto, entre 2001 e 2003 ocorreram alguns casos de sarampo importados, ou seja,

contraídos fora do Brasil. Logo, o gabarito da questão é a letra E.

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5 - Coqueluche

8. (Prefeitura de Campinas-SP/CAIPIMES/2013) Leia as frases abaixo e a seguir assinale a

alternativa que corresponde à resposta correta.

I- A Coqueluche é uma doença infecciosa aguda, transmissível e de distribuição universal,

que compromete especificamente o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) e se

caracteriza por paroxismos de tosse seca.

II - A fase catarral da Coqueluche, tem duração de 1 ou 2 semanas e inicia-se com

manifestações respiratórias e sintomas leves, seguidos pela instalação gradual de surtos de

tosse, cada vez mais intensos e frequentes, até que passam a ocorrer as crises de tosses

paroxísticas.

III - O homem, o cão e o pombo são considerados reservatórios da doença coqueluche.

IV - É considerado caso suspeito todo indivíduo, independente da idade e estado vacinal, que

apresentar tosse seca há 14 dias ou mais associada a um ou mais sintomas como tosse

paroxística, guincho inspiratório e vômitos pós-tosse ou com história de contato com um caso

confirmado de Coqueluche pelo critério clínico.

a) As frases I, II, III e IV estão corretas.

b) Apenas as frases I, II e IV estão corretas.

c) Apenas as frases I e III estão corretas.

d) Apenas as frases III e IV estão corretas.

COMENTÁRIOS:

Coqueluche é uma doença infecciosa aguda, transmissível, de distribuição universal.

Compromete especificamente o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza

por paroxismos de tosse seca. Ocorre sob as formas endêmica e epidêmica. Em lactentes,

pode resultar em número elevado de complicações e até em morte.

O agente etiológico (causador) é a bactéria Bordetella pertussis. A transmissão ocorre,

principalmente, pelo contato direto de pessoa doente com pessoa suscetível, através de

gotículas de secreção da orofaringe eliminadas por tosse, espirro ou ao falar.

O período de encubação é, em média, de 5 a 10 dias, podendo variar de 1 a 3 semanas e,

raramente, até 42 dias.

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A principal forma de prevenção é a administração da vacina pentavalente (composta

pela vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B recombinante e Haemophilus

influenzae tipo b conjugada - DTP/HB/Hib).

Isto posto, vamos avaliar os itens da questão:

Item I. Correto. A Coqueluche é uma doença infecciosa aguda, transmissível e de

distribuição universal, que compromete especificamente o aparelho respiratório (traqueia e

brônquios) e se caracteriza por paroxismos de tosse seca.

Item II. Correto. A fase catarral da Coqueluche, tem duração de 1 ou 2 semanas e

inicia-se com manifestações respiratórias e sintomas leves, seguidos pela instalação gradual

de surtos de tosse, cada vez mais intensos e frequentes, até que passam a ocorrer as crises de

tosses paroxísticas.

Item III. Incorreto. O homem é o único reservatório natural. Ainda não foi

demonstrada a existência de portadores crônicos; entretanto, podem ocorrer casos

oligossintomáticos, com pouca importância na disseminação da doença. Portanto, o cão e o

pombo não são considerados reservatórios da doença coqueluche.

Item IV. Correto. É considerado caso suspeito todo indivíduo, independente da idade e

estado vacinal, que apresentar tosse seca há 14 dias ou mais associada a um ou mais sintomas

como tosse paroxística, guincho inspiratório e vômitos pós-tosse ou com história de contato

com um caso confirmado de Coqueluche pelo critério clínico.

Nesses termos, o gabarito é a letra B.

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5 - Febre Maculosa

9. (Prefeitura de Campinas-SP/CAIPIMES/2013) A Febre Maculosa Brasileira é uma

doença infecciosa febril aguda, de gravidade variável, podendo cursar desde formas leves e

atípicas até formas graves com elevada taxa de letalidade. A partir disso é correto afirmar que:

a) a Febre Maculosa Brasileira pode ser transmitida de pessoa a pessoa.

b) a Febre Maculosa Brasileira é geralmente, adquirida pela picada de uma pulga infectada e a

transmissão ocorre quando o artrópode permanece aderido ao hospedeiro por, no mínimo, de

10 minutos à 1 hora.

c) a Febre Maculosa Brasileira é de fácil diagnóstico, pois apresenta sintomas característicos

na fase inicial.

d) é uma doença de notificação compulsória e é obrigatória a investigação epidemiológica

com busca ativa, para evitar a ocorrência de novos casos e óbitos.

COMENTÁRIOS:

A febre maculosa brasileira é uma doença infecciosa febril aguda, de gravidade

variável, cuja apresentação clínica pode variar desde as formas leves e atípicas até formas

graves, com elevada taxa de letalidade. É causada por uma bactéria do gênero Rickettsia

(Rickettsia rickettsii), transmitida por carrapatos, caracterizando-se por ter início abrupto,

com febre elevada, cefaleia e mialgia intensa e/ou prostração, seguida de exantema

máculo-papular, predominantemente nas regiões palmar e plantar (mãos e pés), que pode

evoluir para petéquias, equimoses e hemorragias. O tratamento precoce é essencial para

evitar formas mais graves da doença.

A febre maculosa brasileira é adquirida pela picada do carrapato infectado com

Rickettsia e a transmissão, geralmente, ocorre quando o artrópode permanece aderido ao

hospedeiro por um período de 4 a 6 horas. A doenca não é transmitida de pessoa a pessoa.

A doença pode ser de difícil diagnóstico, sobretudo em sua fase inicial, mesmo entre

profissionais bastante experientes. Por ser uma doença multissistêmica, a febre maculosa pode

apresentar um curso clínico variável, desde quadros clássicos a formas atípicas sem exantema.

O início geralmente é abrupto e os sintomas são inicialmente inespecíficos e incluem: febre

(em geral alta), cefaleia, mialgia intensa, mal-estar generalizado, náuseas e vômitos.

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Dados clínicos e epidemiológicos associados a achados laboratoriais reforçam o

diagnóstico da doença. A cultura com isolamento da Rickettsia é o método diagnóstico ideal.

A reação sorológica de imunofluorescência indireta (RIFI), utilizando antígenos específicos

para R. rickettsii, é a mais utilizada. Deve ser considerado como confirmatório um aumento

de 4 vezes no título em uma segunda amostra colhida, de 14 a 21 dias após a primeira. Outros

métodos utilizados são a reação em cadeia da polimerase (PCR) e a imuno-histoquímica.

Nos casos suspeitos, o início imediato e precoce da antibioticoterapia (tratamento),

antes mesmo da confirmação laboratorial, tem assegurado maior recuperação dos pacientes.

Em adultos, Cloranfenicol, 50mg/kg/dia, via oral, dividida em 4 tomadas, ou Doxiciclina,

100mg, de 12/12 horas, via oral. Manter o esquema até 3 dias após o termino da febre. Nos

casos graves, a droga de escolha e o Clorafenicol, 500mg, EV, de 6/6 horas.

A febre maculosa é doença de notificação compulsória, devendo ser informada pelo

meio mais rápido disponível; e obrigatória a investigação epidemiológica com busca ativa,

para evitar a ocorrência de novos casos e óbitos.

Dito isto, vamos corrigir as assertiva erradas da questão :

Itens A e B. Incorretos. A febre maculosa brasileira é adquirida pela picada do

carrapato infectado com Rickettsia e a transmissão, geralmente, ocorre quando o

artrópode permanece aderido ao hospedeiro por um período de 4 a 6 horas.

Por isso, não é transmitida de pessoa a pessoa e nem adquirida pela picada de uma pulga.

Item C. Incorreto. A febre maculosa brasileira pode ser de difícil diagnóstico,

sobretudo em sua fase inicial, já que pode apresentar um curso clínico variável,

desde quadros clássicos a formas atípicas sem exantema.

Item D. Correto. A febre maculosa brasileira é uma doença de notificação

compulsória e é obrigatória a investigação epidemiológica com busca ativa, para evitar a

ocorrência de novos casos e óbitos.

Nessa tela, o gabarito da questão é a letra D.

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7 - Leishmaniose Tegumentar e Visceral

10. (HGA-SP/CETRO/2013) Sobre a Leishmaniose Tegumentar, analise as assertivas

abaixo.

I. A Leishmaniose Tegumentar é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada por

diferentes espécies de protozoários do gênero Leishmania, que acomete pele e mucosas.

II. Os vetores da Leishmaniose Tegumentar são caramujos gastrópodes aquáticos,

pertencentes à família Planorbidae e ao gênero Biomphalaria, que habitam coleções de água

doce, com pouca correnteza ou parada.

III. A úlcera típica da Leishmaniose Tegumentar é extremamente dolorosa e secretiva;

costuma localizar-se em regiões de dobras cutâneas, apresentando formato arredondado ou

ovalado, com bordas rasas e com ausência de granulações.

IV. A Leishmaniose Tegumentar é considerada, pela Organização Mundial da Saúde (OMS),

como uma das seis mais importantes doenças infecciosas, devido ao alto coeficiente de

detecção e capacidade de produzir deformidades.

É correto o que se afirma em

a) I, II e III, apenas.

b) II e IV, apenas.

c) I e III, apenas.

d) I e IV, apenas.

e) II, III e IV, apenas.

COMENTÁRIOS:

Leishmaniose Tegumentar Americana é doença infecciosa, não contagiosa, causada

por protozoários do gênero Leishmania, de transmissão vetorial, que acomete pele e mucosas.

E primariamente uma infecção zoonótica que afeta outros animais que não o homem, o qual

pode ser envolvido secundariamente.

Essa doença pode apresentar-se nas formas cutânea e mucosa.

A doença cutânea apresenta-se classicamente por pápulas, que evoluem para úlceras

com fundo granuloso e bordas infiltradas em moldura, que podem ser únicas ou múltiplas,

mas indolores. Também pode manifestar-se como placas verrucosas, papulosas, nodulares,

localizadas ou difusas.

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A forma mucosa, secundária ou não a cutânea, caracteriza-se por infiltração, ulceração

e destruição dos tecidos da cavidade nasal, faringe ou laringe. Quando a destruição dos

tecidos é importante, podem ocorrer perfurações do septo nasal e/ou palato.

Há várias espécies de leishmanias envolvidas na transmissão. Nas Américas, são

atualmente reconhecidas 11 espécies dermotrópicas de Leishmania causadoras de doença

humana e 8 espécies descritas, somente em animais. No Brasil, já foram identificadas 7

espécies, sendo 6 do subgênero Viannia e 1 do subgênero Leishmania. As mais importantes

são Leishmania (Viannia) braziliensis, L. (L.) amazonensis e L. (V.) guyanensis.

Os vetores são insetos denominados flebotomíneos, conhecidos popularmente,

dependendo da localização geográfica, como mosquito palha, tatuquira, birigui, entre

outros.

O modo de transmissão ocorre pela picada de flebotomíneos fêmeas que adquirem o

parasito ao picar reservatórios (várias espécies de animais silvestres, sinantrópicos e domésticos -

canídeos, felídeos e equídeos), transmitindo-o ao homem. Não há transmissão de pessoa a

pessoa.

Na forma mucosa grave, pode apresentar como complicações: disfagia, disfonia,

insuficiência respiratória por edema de glote, pneumonia por aspiração e morte.

O diagnóstico é feito pela suspeita clínico-epidemiológica associada à

intradermorreação de Montenegro (IDRM) positiva e/ou demonstração do parasito no exame

parasitológico direto em esfregaço de raspado da borda da lesão, ou no imprint feito com o

fragmento da biopsia; em histopatologia ou isolamento em cultura. A imunofluorescência não

deve ser utilizada como critério isolado para diagnostico de LTA. Entretanto, pode ser

considerada como critério adicional no diagnóstico diferencial com outras doenças,

especialmente nos casos sem demonstração de qualquer agente etiológico.

O tratamento de primeira escolha é a droga o antimonial pentavalente. Não havendo

resposta satisfatória com o tratamento pelo antimonial pentavalente, as drogas de segunda

escolha são a Anfotericina B e o Isotionato de Pentamidina.

Passemos agora, para a análise das afirmativas da questão:

Item I. Correto. A Leishmaniose Tegumentar é uma doença infecciosa, não contagiosa,

causada por diferentes espécies de protozoários do gênero Leishmania, que acomete pele e

mucosas.

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Item II. Incorreto. Os vetores Leishmaniose Tegumentar Americana são insetos

denominados flebotomíneos, conhecidos popularmente, dependendo da localização

geográfica, como mosquito palha, tatuquira, birigui, entre outros.

Item III. Incorreto. A úlcera típica de leishmaniose cutânea (LC) é indolor e costuma

localizar-se em áreas expostas da pele; com formato arredondado ou ovalado; mede de alguns

milímetros até alguns centímetros; base eritematosa, infiltrada e de consistência firme; bordas

bem-delimitadas e elevadas; fundo avermelhado e com granulações grosseiras. Todavia, a

infecção bacteriana associada pode causar dor local e produzir exsudato seropurulento que, ao

dessecar-se em crostas, recobre total ou parcialmente o fundo da ulcera. Adicionalmente, a

infecção secundaria e o uso de produtos tópicos podem causar eczema na pele ao redor da

ulcera, modificando seu aspecto (forma ectimóide).

Por conseguinte, a úlcera típica da Leishmaniose Tegumentar é indolor e não é

secretiva; costuma localizar-se em regiões de dobras cutâneas, apresentando formato

arredondado ou ovalado, com bordas bem-delimitadas e elevadas e com presença de

granulações.

Item IV. Correto. De acordo com o Ministério da Saúde (disponível em:

http://goo.gl/WVnn2e), a Leishmaniose Tegumentar é considerada, pela OMS, como uma das

seis mais importantes doenças infecciosas, devido ao alto coeficiente de detecção e

capacidade de produzir deformidades.

Disto isto, o gabarito é a letra D.

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11. (Prefeitura de Belo Horizonte-MG/FUMARC/2011) Leia as informações para

responder à questão:

Imagem extraída de http://www.brasilescola.com em 21/09/2011.

“Modo de transmissão: Pela picada da fêmea de insetos flebotomíneos das diferentes espécies de importância

médico-sanitária do gênero Lutzomyia. São conhecidos popularmente como mosquito palha, tatuquira, birigui,

entre outro”.

Baseando-se nas informações acima, marque a alternativa que corresponde à doença infecto

contagiosa.

a) Linfogranuloma Venéreo.

b) Leishmaniose Tegumentar Americana.

c) Oncocercose.

d) Paracoccidioidomicose.

COMENTÁRIOS:

Conforme comentários da questão anterior, verificamos claramente que o gabarito da

questão é a letra B.

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12. (Prefeitura do Rio-RJ/2013/IABAS-BIORIO) A leishmaniose visceral (LV) ou Calazar

é uma zoonose que afeta o homem, além de outros animais. Apresenta-se sob a forma de

doença crônica, sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, astenia,

adinamia, entre outras manifestações. Em relação a essa patologia NÃO é correto afirmar que:

a) a leishmaniose é uma doença grave que, se não for tratada, pode levar à morte até 90% dos

casos humanos;

b) os sinais e os sintomas da doença no homem são: febre irregular de longa duração, falta de

apetite, emagrecimento, fraqueza e barriga inchada, pelo aumento do fígado e do baço;

c) os sinais e os sintomas da doença nos cães são: apatia, lesões na pele, queda de pelos,

inicialmente ao redor dos olhos e nas orelhas, emagrecimento, lacrimejamento e crescimento

anormal das unhas;

d) a prática da eutanásia canina é recomendada para todos os animais infectados, pois eles

continuam transmitindo a doença mesmo depois de tratados;

e) a transmissão da doença pode ocorrer diretamente de pessoa para pessoa.

COMENTÁRIOS:

A leishmaniose visceral (LV) é uma protozoose cujo espectro clínico pode variar desde

manifestações clínicas discretas até as graves, que, se não tratadas, podem levar a óbito. Essa

doença, primariamente, era uma zoonose caracterizada como doença de caráter

eminentemente rural. Mas recentemente, vem se expandindo para áreas urbanas de médio e

grande porte e se tornou crescente problema de saúde pública no país e em outras áreas do

continente americano, sendo uma endemia em franca expansão geográfica.

É uma doença crônica, sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, perda de

peso, astenia, adinamia e anemia, dentre outras manifestações. Quando não tratada, pode

evoluir para óbito em mais de 90% dos casos. Muitos infectados apresentam a forma

inaparente ou assintomática da doença. Suas manifestações clínicas refletem o desequilíbrio

entre a multiplicação dos parasitos nas células do sistema fagocítico mononuclear (SFM), a

resposta imunitária do individuo e o processo inflamatório subjacente.

O agente etiológico é um protozoário tripanosomatideos do gênero Leishmania, espécie

Leishmania chagasi.

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O modo de transmissão, no Brasil, ocorre da seguinte forma: através da fêmea de

insetos flebotomineos das espécies Lutzomyia longipalpis e L. cruzi, infectados. A

transmissão ocorre enquanto houver o parasitismo na pele ou no sangue periférico do

hospedeiro (na área urbana é o cão; no ambiente silvestre são as raposas e os e os marsupiais).

As complicações são as seguintes: as mais frequentes são de natureza infecciosa

bacteriana. Dentre elas, destacam-se: otite media aguda, otites, piodermites e afecções

pleuropulmonares, geralmente precedidas de bronquites, traqueobronquites agudas, infecção

urinária, complicações intestinais; hemorragias e anemia aguda. Caso essas infecções não

sejam tratadas com antimicrobianos, o paciente poderá desenvolver um quadro séptico com

evolução fatal. As hemorragias são geralmente secundarias a plaquetopenia, sendo a epistaxe

e a gengivorragia as mais comumente encontradas. A hemorragia digestiva e a icterícia,

quando presentes,indicam gravidade do caso.

O diagnóstico é feito da seguinte forma: clínico-epidemiológico e laboratorial. Esse

último, na rede básica de saúde, baseia-se, principalmente em exames imunológicos e

parasitológicos.

• Exame sorológico é o de detecção mais fácil para o diagnostico da LV (imunofluorescência e

Elisa, esse último não disponível na rede).

• Exame parasitológico - É o diagnóstico de certeza feito pelo encontro de formas amastigotas

do parasito, em material biológico obtido preferencialmente da medula óssea, por ser um

procedimento mais seguro, do linfonodo ou do baço.

O tratamento consiste, no Brasil, nos medicamentos Antimonial Pentavalente e a

Anfotericina B.

A partir dos comentários, verificamos claramente que o gabarito da questão é a letra E.

13. (Prefeitura de Teresina-PI/NUCEPE/2011) Febre, hepatomegalia, icterícia e ascite são

sinais associados à (ao):

a) botulismo;

b) tétano acidental;

c) malária;

d) febre tifóide;

e) leishmaniose visceral.

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COMENTÁRIOS:

Os sinais e os sintomas da leishmaniose visceral (LV) no homem são: febre irregular

de longa duração, falta de apetite, emagrecimento, icterícia, fraqueza e ascite (barriga

inchada), pelo aumento do fígado (hepatomegalia) e do baço (espenomegalia). Por isso, o

gabarito é a letra E.

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8 - Esquistossomose Mansoni

14. (Prefeitura de Wenceslau Braz-PR/FUNTEF-PR/2013) A Esquistossomose Mansoni é

uma infecção produzida por parasito trematódeo digenético, cuja sintomatologia clínica

depende de seu estágio de evolução no homem. Após seis meses de infecção, há risco de o

quadro clínico evoluir para a fase crônica. Todas as alternativas abaixo refletem as suas

formas clínicas, EXCETO

a) hepatointestinal.

b) hepática.

c) anemia hemolítica.

d) hepatoesplênica compensada.

e) hepatoesplênica descompensada.

COMENTÁRIOS:

A Esquistossomose Mansoni é uma doença infecciosa parasitária provocada por

vermes do gênero Schistosoma, inicialmente assintomática, que pode evoluir até as formas

clínicas extremamente graves.

É doença de veiculação hídrica, cuja transmissão ocorre quando o indivíduo suscetível

entra em contato com águas superficiais onde existam caramujos, hospedeiros intermediários,

liberando cercarias.

Fonte de infecção: o homem infectado elimina ovos viáveis de S. mansoni por meio

das fezes. Quando esses ovos entram em contato com a água, rompem-se e permitem a saída

da forma larvária ciliada, denominada miracídio.

Os miracídios penetram no caramujo, onde se multiplicam e, entre quatro a seis

semanas depois, começam a abandoná-lo em grande número, principalmente quando estão

sob a ação de calor e luminosidade. A forma infectante larvária que sai do caramujo tem o

nome de cercária.

As cercárias penetram no homem (hospedeiro definitivo) por meio da pele e/ou

mucosas e, mais frequentemente, pelos pés e pernas, por serem áreas do corpo que ficam em

maior contato com águas contaminadas. Após atravessarem a pele ou mucosa, as cercárias

perdem a cauda e se transformam em esquistossômulos. Esses caem na circulação venosa e

alcançam o coração e pulmões, onde permanecem por algum tempo.

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Retornam posteriormente ao coração, de onde são lançados, por meio das artérias, aos

pontos mais diversos do organismo, sendo o fígado o órgão preferencial de localização do

parasito. No fígado, as formas jovens se diferenciam sexualmente e crescem alimentando-se

de sangue, migram para as veias do intestino, onde alcançam a forma adulta, acasalam-se e

iniciam a postura de ovos, recomeçando o ciclo.

Figura 2 - Ciclo de transmissão da esquistossomose mansônica (Fonte: Amaral, R. S, 2006 apud Brasil, 2008).

Manifestação da Doença

Fase inicial (dermatite cercariana e esquistossomose aguda):

A fase inicial da esquistossomose coincide com a penetração da cercária na pele, que

pode ser assintomática ou apresentar intensa manifestação pruriginosa - dermatite cercariana -

caracterizada por micropápulas “avermelhadas” semelhantes a picadas de insetos. Essas

manifestações duram, em geral, de 24 a 72 horas, podendo chegar até 15 dias.

Cerca de um a dois meses após, aparecem os sintomas inespecíficos, como febre,

cefaléia, anorexia, náusea, astenia, mialgia, tosse e diarréia, caracterizando a esquistossomose

na forma aguda.

O fígado e o baço aumentam discretamente de volume e o indivíduo apresenta sensível

comprometimento do seu estado geral, podendo, em alguns casos, chegar ao óbito.

Fase crônica (intestinal, hepatointestinal e hepatoesplênica):

A esquistossomose na fase crônica pode apresentar distintas manifestações. Nessa fase,

o fígado é o órgão mais frequentemente comprometido. Dependendo da maior ou menor

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suscetibilidade do indivíduo e da intensidade da infecção, na fase crônica, pode ocorrer a

evolução da doença para diversas formas clínicas:

a) Intestinal - é a mais comumente encontrada. Pode ser assintomática ou caracterizada

por diarreias repetidas, do tipo mucosanguinolenta ou não. O fígado e o baço não são

palpáveis, embora exista, frequentemente, queixa de dor abdominal no hipocôndrio direito.

b) Hepatointestinal - na forma hepatointestinal, os sintomas intestinais são semelhantes

aos descritos para a forma intestinal, sendo, porém, mais frequentes os casos com diarreia e

epigastralgia. O fígado encontra-se aumentado de volume e, na palpação, pode ser

percebida a presença de nodulações grosseiras de tamanhos variáveis, causadas por áreas de

fibrose do tecido hepático. O baço não é palpável.

c) Hepatoesplênica - a forma hepatoesplênica pode apresentar-se em três estágios:

compensada, descompensada e complicada. O estado geral do paciente fica comprometido.

O fígado e baço são palpáveis, o que caracteriza essa fase da doença. As lesões peculiares

intra-hepáticas são, em número e extensão, suficientes para causar transtorno na circulação da

veia porta. Há manifestação de algum grau de hipertensão, tanto que a esplenomegalia deve-

se mais à congestão do baço que às lesões esquistossomóticas propriamente ditas. Pode haver

indícios da formação de circulação colateral e varizes esofagianas.

No diagnóstico clínico, deve-se levar em conta a fase da doença (aguda ou crônica).

Além disso, é de fundamental importância a análise detalhada do local de residência do

paciente, principalmente para saber se ele vive ou viveu em região endêmica.

O diagnóstico definitivo da esquistossomose mansoni depende sempre de uma

confirmação laboratorial.

O tratamento quimioterápico da esquistossomose por meio de medicamentos de baixa

toxicidade, como o praziquantel e a oxamniquina, deve ser preconizado para a maioria dos

pacientes com presença de ovos viáveis nas fezes ou mucosa retal. Contudo, existem

condições que contraindicam seu uso e que devem ser respeitadas.

A Esquistossomose Mansoni é uma doença de notificação compulsória nas áreas não

endêmicas. Entretanto, é recomendável que todas as formas graves, na área endêmica, sejam

notificadas.

Neste sentido, os casos de esquistossomose nas áreas endêmicas serão registrados no

Sistema de Informação do Programa de Vigilância e Controle da Esquistossomose - SISPCE e

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os casos de formas graves deverão ser registrados no Sistema de Informação de Agravos de

Notificação (Sinan), sendo que, nas áreas não endêmicas, todos os casos devem ser

registrados no Sinan

A partir do exposto, o gabarito é a letra C.

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9 - Escarlatina

15. (Prefeitura de São Caetano do SUL-SP/CAIPIMES/2011) A escarlatina é uma doença

infecciosa aguda causada pelo Estreptococo B hemolítico do grupo A, produtor de toxina

pirogênica (eritrogênica), pode raramente ser devida à infecção pelo estreptococo dos grupos

C e G. A escarlatina ocorre mais frequentemente associada à faringite e, ocasionalmente, aos

impetigos. Atualmente, a forma toxêmica grave é pouco comum. Sobre a escarlatina é correto

afirmar que:

a) sua distribuição é universal, com menor incidência no final do inverno e início da

primavera.

b) o cachorro é o hospedeiro natural do estreptococo do grupo A.

c) a conduta nas creches, escolas e domicílios onde apareça a doença escarlatina é tratar todos

os comunicantes sejam eles sintomáticos ou assintomáticos.

d) pode ocorrer em qualquer idade, sendo mais frequente em idade escolar, entre 5 e 18 anos.

COMENTÁRIOS:

A Escarlatina é causada pelas toxinas do Streptococcus beta-hemolítico do grupo A.

Tem período de incubação de dois a cinco dias e a transmissão pode ocorrer desde o início

dos primeiros sintomas até 24 a 48 horas da introdução da antibioticoterapia.

A transmissão da escarlatina faz-se de pessoa para pessoa, através de gotículas de saliva

ou secreções infectadas, provenientes de doentes ou de portadores sadios, que são aquelas

pessoas saudáveis que transportam a bactéria na garganta ou no nariz sem apresentarem

sintomas (portadores sãos ou saudáveis).

Evolui com febre alta, mal-estar, adenomegalia cervical e submandibular, logo após

surge exantema difuso, papular, áspero, deixando a pele, à palpação, com aspecto de lixa,

centrífugo. Pode-se observar, na face, palidez perioral (sinal de Filatov) e linhas marcadas nas

dobras flexoras (sinal de Pastia). Na língua, papilas edemaciadas e eritematosas sobressaem

(língua em framboesa). O exantema desaparece em cinco a sete dias, iniciando a descamação

até as extremidades.

Eritema e exsudato amigdaliano e petéquias no palato são frequentemente observados.

O quadro clínico geralmente possibilita o diagnóstico.

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Figura 3 - Sintomas da Escarlatina (SINAL DE PASTIA apud Brasil, 2012).

O diagnóstico laboratorial é a cultura de secreção de orofaringe com isolamento do

Streptococcus pode auxiliar no diagnóstico.

O tratamento da escarlatina é a antibioticoterapia, como a penicilina e eritomicina. A

profilaxia com antibióticos em contactantes é controversa.

Quando a doença não é tratada corretamente, podem surgir complicações muito

importantes, como a febre reumática (que pode surgir em média cerca de 18 dias após a

escarlatina) e a glomerulonefrite aguda pós-estreptocócica (que pode ocorrer em média 10

dias depois)1.

Dito isto, vamos corrigir os itens errados a respeito da escarlatina:

Item A. Incorreto. Sua distribuição é universal, com maior frequência no outono,

no inverno e na primavera, e não menor incidência no final do inverno e início da

primavera.

Item B. Incorreto. O próprio homem é o hospedeiro natural do estreptococo do grupo

A.

Item C. Correto. A conduta nas creches, escolas e domicílios onde apareça a doença

escarlatina é tratar todos os comunicantes sejam eles sintomáticos ou assintomáticos.

Item D. Incorreto. É uma doença que afeta principalmente crianças em idade escolar,

entre 3 e 15 anos.

O gabarito da questão, portanto, é a letra C.

1 Escarlatina, disponível em: http://goo.gl/B3aQ8c.

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10 - Raiva Humana

16. (Prefeitura de Campinas-SP/CAIPIMES/2013) Sobre a Raiva Humana, é correto

afirmar:

a) A vacina contra a raiva em uso rotineiro no Brasil, a partir de 2002, é a vacina de cultivo

celular. As vacinas de cultivo celular são mais imunogênicas e menos reatogênicas.

b) No ciclo urbano, as principais fontes de infecção são cão, morcego, jaritaca e macacos.

c) A única forma de transmissão da doença é através da lambedura de mucosas.

d) Como a vacinação apresenta contraindicação, deve ser iniciada 10 dias após a arranhadura

e/ou lambedura de mucosas.

COMENTÁRIOS:

A raiva é uma zoonose viral, que se caracteriza como uma encefalite progressiva

aguda e letal. Todos os mamíferos são suscetíveis ao vírus da raiva e, portanto, podem

transmiti-la. A doença apresenta dois principais ciclos de transmissão: urbano e silvestre,

sendo o urbano passível de eliminação, por se dispor de medidas eficientes de prevenção,

tanto em relação ao ser humano, quanto à fonte de infecção.

Em relação à fonte de infecção, didaticamente, pode-se subdividir a transmissão urbana

e rural em quatro ciclos epidemiológicos:

ciclo aéreo, que envolve os morcegos;

ciclo rural, representado pelos animais de produção;

ciclo urbano, relacionado aos cães e gatos;

ciclo silvestre terrestre, que engloba os saguis, cachorros do mato, raposas,

guaxinim, entre outros animais selvagens.

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Figura 4 - Ciclos epidemiológicos de transmissão da raiva (Fonte: Ministério da Saúde, 2010).

A transmissão da raiva se dá pela penetração do vírus contido na saliva do animal

infectado, principalmente pela mordedura e, mais raramente, pela arranhadura e

lambedura de mucosas. O vírus penetra no organismo, multiplica-se no ponto de inoculação,

atinge o sistema nervoso periférico e, posteriormente, o sistema nervoso central. A partir dai,

dissemina-se para vários órgãos e glândulas salivares, onde também se replica e é eliminado

pela saliva das pessoas ou animais enfermos.

Nos cães e gatos, a eliminação de vírus pela saliva (período de transmissibilidade)

ocorre de 2 a 5 dias antes do aparecimento dos sinais clínicos, persistindo durante toda a

evolução da doença. A morte do animal acontece, em média, entre 5 a 7 dias após a

apresentação dos sintomas. Em relação aos animais silvestres, há poucos estudos sobre o

período de transmissibilidade, que pode variar de acordo com a espécie. Por exemplo,

especificamente os quirópteros podem albergar o vírus por longo período, sem sintomatologia

aparente.

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Após um período variável de incubação, aparecem os pródromos2 iniciais, que duram de

2 a 4 dias e são inespecíficos, com o paciente apresentando mal-estar geral, pequeno aumento

de temperatura corpórea, anorexia, cefaleia, náuseas, dor de garganta, entorpecimento,

irritabilidade, inquietude e sensação de angustia. Podem ocorrer hiperestesia e parestesia nos

trajetos de nervos periféricos, próximos ao local da mordedura, e alterações de

comportamento. A infecção progride, surgindo manifestações de ansiedade e

hiperexcitabilidade crescentes, febre, delírios, espasmos musculares involuntários

generalizados e/ou convulsões. Ocorrem espasmos dos músculos da laringe, faringe e língua,

quando o paciente vê ou tenta ingerir liquido, apresentando sialorreia intensa. Os espasmos

musculares evoluem para quadro de paralisia, levando a alterações cardiorrespiratórias,

retenção urinaria e obstipação intestinal. O paciente se mantém consciente, com período de

alucinações, ate a instalação do quadro comatoso e evolução para óbito. São, ainda,

observadas disfagia, aerofobia, hiperacusia, fotofobia. O período de evolução do quadro

clínico, após instalados os sinais e sintomas até o óbito, varia, em media, de 5 a 7 dias. A

característica mais determinante da evolução clínica da doença e a forma furiosa e/ou

paralítica.

Em 2004, foi registrado nos Estados Unidos o primeiro relato de tratamento de Raiva

humana em paciente que não recebeu vacina ou soro antirrábico e evoluiu para cura. No

Brasil, em 2008, foi confirmada Raiva em um paciente mordido por um morcego hematófago

e que após suspeita clinica, foi iniciado tratamento dos Estados Unidos, adaptado a realidade

brasileira, resultando no primeiro registro de cura de Raiva humana, no país.

A prevenção da Raiva transmitida em áreas urbanas ou rurais, por animais domésticos,

é feita mediante a manutenção de altas coberturas vacinais nesses animais, por meio de

estratégias de rotina e campanhas; controle de foco e bloqueio vacinal; captura e eliminação

de cães de rua; envio de amostras para exame laboratorial, para monitoramento da circulação

viral. A profilaxia da Raiva humana é feita com o uso de vacinas e soro, quando os

indivíduos são expostos ao vírus rábico pela mordedura, lambedura de mucosas ou

arranhadura provocada por animais transmissores da Raiva.

2 Pródromo é um sinal ou grupo de sintomas que pode indicar o início de uma doença antes que sintomas específicos

surjam

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A vacinação antirrábica não tem contraindicação, devendo ser iniciada o mais breve

possível e garantir o completo esquema de vacinação preconizado.

Raiv

a

Prevenção da Raiva

transmitida em áreas

urbanas ou rurais,

por animais

domésticos.

Manutenção de altas coberturas vacinais nesses animais, por

meio de estratégias de rotina e campanhas;

Controle de foco e bloqueio vacinal; captura e eliminação de cães

de rua;

Envio de amostras para exame laboratorial, para monitoramento

da circulação viral.

Profilaxia da Raiva

É feita com o uso de vacinas e soro, quando os indivíduos são

expostos ao vírus rábico pela mordedura, lambedura de mucosas

ou arranhadura provocada por animais transmissores da Raiva.

A vacina sempre faz parte do esquema de profilaxia;

A indicação do soro ocorre quando se trata de um acidente de

alto risco para desenvolvimento da doença.

Nobres concurseiros, vejam que os instrumentos disponíveis para prevenção e controle

da raiva humana são a vacina e o soro.

As vacinas humanas (cultivo celular) são mais potentes, seguras e isentas de risco.

São produzidas em cultura de células (diploides humanas, células Vero, células de embrião de

galinha, etc.), com cepas de vírus Pasteur (PV) ou Pittman-Moore (PM) inativados pela

betapropiolactona.

As vias de aplicação são a intramuscular (mais utilizada) e intradérmica (utilizada

em casos específicos).

Via intramuscular - são apresentadas na dose 0,5ml e 1ml, dependendo do

fabricante (verificar embalagem e/ou lote). A dose indicada pelo fabricante

NAO DEPENDE da idade ou do peso do paciente. A aplicação intramuscular

deve ser profunda, na região do deltoide ou vasto lateral da coxa. Em crianças

até 2 anos de idade, está indicado o vasto lateral da coxa.

Via intradérmica - a dose da via intradérmica e de 0,1ml. Deve ser aplicada em

locais de drenagem linfática, geralmente nos braços, na inserção do músculo

deltoide.

Importante! A vacina antirrábica não deve ser aplicada na região glútea.

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Este curso é de uso exclusivo de ROSELAINE CLEMENTINO DA SILVA, CPF: 089.193.784-60. Não é permitida cópia, distribuição,divulgação, venda ou reprodução, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal (Lei 9610/98).

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NOM

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ENTINO DA SILVA] CPF[089.193.784-60]

A vacina contra raiva não tem contraindicação (gravidez, mulheres lactantes, doença

intercorrente ou outros tratamentos), devido à gravidade da doença que apresenta letalidade de

aproximadamente 100%.

As vacinas contra a raiva produzidas em meios de cultura são seguras. De acordo

com os trabalhos publicados na literatura, causam poucos eventos adversos e, na quase

totalidade dos casos, de pouca gravidade. O soro para uso humano (soro heterólogo) é

uma solução concentrada e purificada de anticorpos, preparada em equídeos imunizados

contra o vírus da raiva.

A dose indicada e de 40UI/kg de peso do paciente. Deve-se infiltrar nas lesões a maior

quantidade possível da dose do soro (vejam que o soro é aplicado diretamente ao redor das lesões

do animal agressor). Quando a lesão for extensa e múltipla, a dose do soro a ser infiltrada, pode

ser diluída, em soro fisiológico, para que todas as lesões sejam infiltradas. Caso a região

anatômica não permita a infiltração de toda a dose, a quantidade restante, a menor possível,

deve ser aplicada por via intramuscular, na região glútea.

No quadro a seguir, encontra-se o esquema para tratamento profilático antirrábico

humano.

Tipo de exposição

Condições do animal agressor

Cão ou gato sem

suspeita de Raiva no

momento da agressão

Cão ou gato clinicamente

suspeito de Raiva no momento

da agressão

Cão ou gato raivoso

desaparecido ou morto

Animais silvestres5

(inclusive os domiciliados)

Animais domésticos de

interesse econômico ou de

produção

Contato indireto • Lavar com água e sabão;

• Não tratar.

• Lavar com água e sabão;

• Não tratar;

• Lavar com água e sabão;

• Não tratar;

Acidentes leves

• Ferimentos superficiais,

pouco extensos, geralmente

únicos, em tronco e

membros (exceto mãos,

polpas digitais e planta dos

pés); podem acontecer em

decorrência de mordeduras

ou arranhaduras causadas

por unha ou dente;

• Lambedura de pele com

lesões superficiais;

• Lavar com água e sabão

• Observar o animal durante

10 dias após exposição1;

• Se o animal permanecer

sadio no período de

observação, encerrar o caso;

• Se o animal morrer,

desaparecer ou se tornar

raivoso, administrar 5 doses

de vacina (dias 0, 3, 7, 14 e

28).

• Lavar com água e sabão

• Iniciar tratamento profilático com

2 doses, uma no dia 0 e outra no dia

3.

• Observar o animal durante 10 dias

após exposição1;

• Se a suspeita de Raiva for

descartada após o 10° dia de

observação, suspender o tratamento

profilático e encerrar o caso;

• Se o animal morrer, desaparecer

ou se tornar raivoso, completar o

esquema até 5 doses, aplicar uma

dose entre o 7° e o 10° dias e uma

dose nos dias 14 e 28.

• Lavar com água e sabão;

• Iniciar imediatamente o

esquema profilático com 5

doses de vacina administradas

nos dias 0, 3, 7, 14 e 28.

Acidentes graves • Lavar com água e sabão • Lavar com água e sabão • Lavar com água e sabão

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NOM

E[ROSELAINE CLEM

ENTINO DA SILVA] CPF[089.193.784-60]

Tipo de exposição

Condições do animal agressor

Cão ou gato sem

suspeita de Raiva no

momento da agressão

Cão ou gato clinicamente

suspeito de Raiva no momento

da agressão

Cão ou gato raivoso

desaparecido ou morto

Animais silvestres5

(inclusive os domiciliados)

Animais domésticos de

interesse econômico ou de

produção

• Ferimentos na cabeça,

face, pescoço, mão, polpas

digitais e/ou planta do pé;

• Ferimentos profundos,

múltiplos ou extensos, em

qualquer região do corpo;

• Lambedura de mucosas;

• Lambedura de pele onde já

existe lesão grave;

• Ferimento profundo

causado por unha de animal.

• Observar o animal durante

10 dias após exposição1,2

;

• Iniciar esquema profilático

com 2 doses, uma no dia 0 e

outra no dia 3.

• Se o animal permanecer

sadio no período de

observação, encerrar o caso;

• Se o animal morrer,

desaparecer ou se tornar

raivoso, dar continuidade ao

esquema profilático,

administrando o soro 3,4 e

completando o esquema até 5

doses.

Aplicar uma dose entre o 7° e

o 10° dia e uma dose nos dias

14 e 28.

• Iniciar o tratamento com soro3 e 5

doses de vacina nos dias 0, 3, 7, 14 e

28;

• Observar o animal durante 10 dias

após exposição;

• Se a suspeita de Raiva for

descartada após o 10° dia de

observação, suspender o esquema

profilático e encerrar o caso;

• Iniciar imediatamente o

esquema profilático com soro 3

e 5 doses de vacina

administrada nos dias 0, 3, 7, 14

e 28.

1 - É necessário orientar o paciente para que ele notifique imediatamente a Unidade de Saúde se o animal morrer, desaparecer

ou se tornar raivoso, uma vez que podem ser necessárias novas intervenções de forma rápida, como a aplicação do soro ou o

prosseguimento do esquema de vacinação.

2 - É preciso avaliar, sempre, os hábitos do cão e gato e os cuidados recebidos. Podem ser dispensados do esquema

profilático as pessoas agredidas pelo cão ou gato que, com certeza, não tem risco de contrair a infecção rábica. Por exemplo,

animais que vivem dentro do domicílio (exclusivamente); não tenham contato com outros animais desconhecidos; que

somente saem à rua acompanhados dos seus donos e que não circulem em área com a presença de morcegos. Em caso de

dúvida, iniciar o esquema de profilaxia indicado. Se o animal for procedente de área de raiva controlada não é necessário

iniciar o esquema profilático. Manter o animal sob observação e só iniciar o esquema profilático indicado (soro+vacina) se o

animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso.

3 - O soro deve ser infiltrado na(s) porta(s) de entrada. Quando não for possível infiltrar toda dose, aplicar o máximo possível

e a quantidade restante, a menor possível, aplicar pela via intramuscular, podendo ser utilizada a região glútea. Sempre

aplicar em local anatômico diferente do que aplicou a vacina. Quando as lesões, forem muito extensas ou múltiplas a dose do

soro a ser infiltrada pode ser diluída, o menos possível, em soro fisiológico para que todas as lesões sejam infiltradas.

4 - Nos casos em que se conhece só tardiamente a necessidade do uso do soro antirrábico ou quando o mesmo não se

encontra disponível no momento, aplicar a dose de soro recomendada antes da aplicação da 3ª dose da vacina de cultivo

celular. Após esse prazo o soro não é mais necessário.

5 - Nas agressões por morcegos deve-se indicar a soro-vacinação independentemente da gravidade da lesão, ou indicar

conduta de reexposição.

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NOM

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Meus amigos, após a explanação inicial sobre o assunto, vamos analisar os itens da

questão em relação à Raiva humana:

Item A. Correto. A vacina contra a raiva em uso rotineiro no Brasil, a partir de 2002, é a

vacina de cultivo celular. As vacinas de cultivo celular são mais imunogênicas e menos

reatogênicas.

Item B. Incorreto. No ciclo urbano, as principais fontes de infecção são o cão e o gato;

no ciclo aéreo, o morcego; no ciclo silvestre terrestre, a raposa, coiote, chacal,

gato e cachorro do mato, jaritaca, guaxinim, mangusto, macacos; no ciclo rural,

representado pelos animais de produção (bovinos, equinos etc.).

Item C. Incorreto. A transmissão da raiva se dá pela penetração do vírus contido na

saliva do animal infectado, principalmente pela mordedura e, mais raramente,

pela arranhadura e lambedura de mucosas.

Item D. Incorreto. A vacinação antirrábica não apresenta contraindicação, deve

ser iniciada conforme situações, descritas no quadro acima.

Nesses termos, o gabarito da questão é a letra A.

17. (Prefeitura de Ponta Grossa-PR/FAFIPA/2011) Sobre o Potencial de Transmissão do

Vírus da Raiva, relacione as colunas e, em seguida, assinale a alternativa com sequência

correta.

1. Animais de alto risco.

2. Animais de médio risco.

3. Animais de baixo risco.

( ) Morcegos.

( ) Caprinos e ovinos.

( ) Suínos.

( ) Ratos, coelhos, hamsters.

a) 1 – 1 – 2 – 3.

b) 1 – 2 – 2 – 3.

c) 1 – 3 – 3 – 2.

d) 2 – 1 – 3 – 1.

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e) 3 – 2 – 1 – 1.

COMENTÁRIOS:

Os animais silvestres – a exemplo do morcego de qualquer especie, micos (sagui e

“soin”), macaco, raposa, guaxinim, quati, gamba, roedores silvestres, cachorro do mato,

felídeos selvagens - devem ser classificados como animais de risco, mesmo que domiciliados

e/ou domesticados, haja vista que, nesses animais, a patogenia da raiva não é bem conhecida.

Muitos relatos na literatura médica mostram que o risco de transmissão do vírus pelo

morcego é sempre elevado, independentemente da espécie e gravidade do ferimento. Por

isso, toda agressão por morcego deve ser classificada como grave.

Animais domésticos de interesse econômico ou de produção – a exemplo de bovinos,

bubalinos, equídeos, caprinos, ovinos, suínos - também são animais de risco. Para avaliar a

indicação de profilaxia de pré ou pós-exposição é importante conhecer o tipo, frequência e

grau do contato ou exposição que os tratadores e outros profissionais tem com esses animais e

a incidência da raiva na região.

Os seguintes roedores e lagomorfos (urbanos ou de criação) - ratazana-de-esgoto

(Rattus norvegicus), rato-de-telhado (Rattus rattus), camundongo (Mus musculus), cobaia ou

porquinho-da-india (Cavea porcellus), hamster (Mesocricetus auratus), coelho (Oryetolagus

cuniculus) - são considerados como de baixo risco para a transmissão da raiva, não sendo

necessário, portanto, indicar profilaxia da raiva em caso de acidentes causados pelos mesmos.

Isto posto, vamos fazer as devidas associações:

1. Animais de alto risco - morcegos;

2. Animais de médio risco - caprinos e ovinos e suínos.

3. Animais de baixo risco - ratos, coelhos, hamsters.

Nesta esteira, o gabarito da questão é a letra B.

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11 - Leptospirose

18. (Prefeitura de Campinas-SP/CAIPIMES/2013) Sobre a doença Leptospirose, é correto

afirmar que:

a) os animais infectados apenas eliminam a leptospira na urina, em um período máximo de 6

meses a um ano.

b) a icterícia é um sinal característico, possuindo uma tonalidade alaranjada muito intensa e

geralmente aparece entre o 3° e o 7° dia da doença.

c) a antibioticoterapia está indicada em qualquer período da doença, e a doxicilina deve ser

utilizada em crianças menores de 9 anos, mulheres grávidas e em pacientes portadores de

nefropatias ou hepatopatias.

d) não é uma doença de notificação compulsória nacional.

COMENTÁRIOS:

A Leptospirose é uma doença infecciosa febril de início abrupto, cujo espectro pode

variar desde um processo inaparente até formas graves, com ALTA LETALIDADE. A

fase precoce da doença corresponde à maioria dos casos (90 a 95%) e, quando leve, é

frequentemente diagnosticada como “síndrome gripal”, “virose”, influenza ou dengue. Trata-

se de uma zoonose de grande importância social e econômica, por apresentar elevada

incidência em determinadas áreas, alto custo hospitalar e perdas de dias de trabalho, como

também por sua letalidade, que pode chegar a 40%, nos casos mais graves. Sua ocorrência

está relacionada às precárias condições de infraestrutura sanitária e alta infestação de roedores

infectados. As inundações propiciam a disseminação e a persistência do agente causal no

ambiente, facilitando a ocorrência de surtos.

O agente etiológico é a bactéria helicoidal (espiroqueta) aeróbica obrigatória do gênero

Leptospira.

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O principal reservatório é constituído pelos roedores sinantrópicos3 das espécies Rattus

norvegicus (ratazana ou rato de esgoto), Rattus rattus (rato de telhado ou rato preto) e Mus

musculus (camundongo ou catita). Outros reservatórios de importância são: caninos, suinos,

bovinos, equinos, ovinos e caprinos. A infecção humana resulta da exposição direta ou

indireta a urina de animais infectados.

A penetração do microrganismo ocorre através da pele com presença de lesões, da pele

integra imersa por longos períodos em água contaminada ou através de mucosas.

O contato com água e lama contaminadas demonstra a importância do elo hídrico na

transmissão da doença ao homem. Outras modalidades de transmissão possíveis, porém

com rara frequência, são: contato com sangue, tecidos e órgãos de animais infectados,

transmissão acidental em laboratórios e ingestão de água ou alimentos contaminados. A

transmissão entre humanos e muito rara e de pouca relevância epidemiológica, podendo

ocorrer pelo contato com urina, sangue, secreções e tecidos de pessoas infectadas.

Os animais infectados podem eliminar a leptospira através da urina durante meses, anos

ou por toda a vida, segundo a espécie animal e o sorovar envolvido.

A leptospirose humana apresenta manifestações clínicas muito variáveis, com

diferentes graus de severidade. As manifestações clínicas variam desde formas assintomáticas

e subclínicas até quadros clínicos graves associados a manifestações fulminantes.

Didaticamente, as apresentações clínicas da leptospirose foram divididas considerando as

fases evolutivas da doença: fase precoce (fase leptospirêmica) e fase tardia (fase imune).

A fase precoce da doença é caracterizada pela instalação abrupta de febre, comumente

acompanhada de cefaleia e mialgia e, frequentemente, não pode ser diferenciada de outras

causas de doenças febris agudas. Em aproximadamente 15% dos pacientes, a leptospirose

progride para a fase tardia da doença, que e associada com manifestações mais graves e

potencialmente letais.

3 Espécies sinantrópicas são aquelas que vivem próximas às habitações humanas. Estes animais aproximaram-se do homem

devido à disponibilidade de alimento e abrigo, servindo-se de frestas em paredes e forros de telhado, ou mesmo objetos empilhados em quintais para se abrigar. A principal diferença entre os sinantrópicos e os animais domésticos (gatos, cães, galinhas, vacas etc.), é que estes são criados em benefício do homem, servindo como companhia, produção de alimentos, entre outros. Já os sinantrópicos são geralmente indesejáveis, por poderem transmitir doenças, inutilizar ou destruir alimentos, ou sujar as residências. Entre eles estão ratos, pombos, baratas, mosquitos, entre outros.

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Fase precoce

Na fase precoce também podem ocorrer diarreia, artralgia, hiperemia, tosse seca,

fotofobia, dor ocular e hemorragia conjuntival. Exantema ocorre em 10 a 20% dos pacientes e

apresenta componentes de eritema macular, papular, urticariforme ou purpúrico, distribuídos

no tronco ou região pré-tibial. Hepatomegalia, esplenomegalia e linfadenopatia podem

ocorrer, mas são achados menos comuns (<20%). Esta fase tende a ser autolimitada e regride

em 3 a 7 dias, sem deixar sequelas. É frequentemente diagnosticada como uma “síndrome

gripal”, “virose” ou outras doenças que ocorrem na mesma época, como dengue ou influenza.

Fase tardia

Em aproximadamente 15% dos pacientes com leptospirose, ocorre a evolução para

manifestações clínicas graves, que tipicamente iniciam-se após a primeira semana de doença,

mas que pode ocorrer mais cedo, especialmente em pacientes com apresentações fulminantes.

A manifestação clássica da leptospirose grave é a síndrome de Weil, caracterizada

pela tríade de icterícia rubinica, insuficiência renal aguda e hemorragias, mais

comumente pulmonar. Entretanto, essas manifestações podem se apresentar concomitante ou

isoladamente na fase tardia da doença. A síndrome de hemorragia pulmonar é caracterizada

por lesão pulmonar aguda e sangramento pulmonar maciço e vem sendo cada vez mais

reconhecida no Brasil como uma manifestação distinta e importante da leptospirose na fase

tardia.

Atenção! A manifestação clássica da leptospirose grave é a síndrome

de Weil, caracterizada pela tríade de icterícia rubinica, insuficiência renal

aguda e hemorragias, mais comumente pulmonar.

A icterícia é considerada um sinal característico e tipicamente apresenta uma tonalidade

alaranjada muito intensa (icterícia rubinica) e geralmente aparece entre o 3º e o 7º dia da

doença. A presença de icterícia é frequentemente usada para auxiliar no diagnóstico da

leptospirose, sendo um preditor de pior prognóstico, devido a sua associação com a

síndrome de Weil.

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O comprometimento pulmonar da leptospirose se expressa com tosse seca, dispneia,

expectoração hemoptoica e, ocasionalmente, dor torácica e cianose. A hemoptise franca

denota extrema gravidade e pode ocorrer de forma súbita, levando a insuficiência respiratória

– síndrome da hemorragia pulmonar aguda e síndrome da angustia respiratória aguda (SARA)

– e óbito.

A insuficiência renal aguda é uma importante complicação da fase tardia da leptospirose

e ocorre em 16 a 40% dos pacientes.

Outras manifestações frequentes na forma grave da leptospirose são: miocardite,

acompanhada ou não de choque e arritmias, agravadas por distúrbios eletrolíticos; pancreatite;

anemia e distúrbios neurológicos como confusão, delírio, alucinações e sinais de irritação

meningea.

Atenção! Os casos da “forma pulmonar grave da leptospirose” podem

evoluir para insuficiência respiratória aguda, hemorragia maciça ou síndrome de

angustia respiratória do adulto.

Muitas vezes precede o quadro de icterícia e insuficiência renal. O óbito pode ocorrer

nas primeiras 24 horas de internação.

O método de diagnóstico laboratorial de escolha depende da fase evolutiva em que se

encontra o paciente. Na fase precoce, as leptospiras podem ser visualizadas no sangue por

meio de exame direto, de cultura em meios apropriados, inoculação em animais de laboratório

ou detecção do DNA do microrganismo, pela técnica da reação em cadeia da polimerase

(PCR). A cultura somente se finaliza (positiva ou negativa) após algumas semanas, o que

garante apenas um diagnóstico retrospectivo.

Na fase tardia, as leptospiras podem ser encontradas na urina, cultivadas ou inoculadas.

No Brasil, os métodos sorológicos são consagradamente eleitos para o diagnóstico da

Leptospirose. Os mais utilizados no país são o teste ELISA-IgM e a microaglutinação

(MAT). Esses exames deverão ser realizados pelos Lacens, pertencentes à Rede Nacional de

Laboratórios de Saúde Publica.

O tratamento (antibioticoterapia) está indicado em qualquer período da doença, mas

sua eficácia parece ser maior na primeira semana do início dos sintomas.

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A leptospirose apresenta distribuição universal. No Brasil, é uma doença endêmica,

tornando-se epidêmica em períodos chuvosos, principalmente nas capitais e áreas

metropolitanas, devido às enchentes associadas à aglomeração populacional de baixa renda, as

condições inadequadas de saneamento e a alta infestação de roedores infectados.

Após exposição inicial do tema, vamos avaliar os itens da questão sobre a leptospirose:

Item A. Incorreto. Os animais infectados podem eliminar a leptospira através da urina

durante meses, anos ou por toda a vida, segundo a espécie animal e o sorovar

envolvido.

Item B. Correto. A icterícia é um sinal característico, possuindo uma tonalidade

alaranjada muito intensa e geralmente aparece entre o 3° e o 7° dia da doença.

Item C. Incorreto. A antibioticoterapia está indicada em qualquer período da doença,

mas sua eficácia parece ser maior na 1ª semana do início dos sintomas. A doxiciclina não

deve ser utilizada em crianças menores de 9 anos, mulheres grávidas e em pacientes

portadores de nefropatias ou hepatopatias.

Item D. Incorreto. É uma doença de notificação compulsória no Brasil. Tanto a

ocorrência de casos suspeitos isolados como a de surtos deve ser notificada, o mais

rapidamente possível, para o desencadeamento das ações de vigilância epidemiológica e

controle.

Nesses termos, o gabarito é a letra B.

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12 - Meningite

19. (Prefeitura do Rio-RJ/2013/IABAS-BIORIO) Com relação à doença meningocócica, é

correto afirmar que:

a) o tratamento de escolha é composto pela associação da ceftriaxona com o cloranfenicol;

b) a porta de entrada mais comum para o meningococo é a nasofaringe;

c) o diagnóstico diferencial entre a meningite meningocócica e pneumocócica pode ser feito

apenas pela avaliação clínica;

d) o agente etiológico pode ser isolado do líquor e das lesões petequiais e visualizado como

diplococos gram positivos à microscopia ótica;

e) ceftriaxona é o antimicrobiano de escolha para a profilaxia dos contactantes.

COMENTÁRIOS:

O termo meningite expressa à ocorrência de um processo inflamatório das meninges,

membranas que envolvem o cérebro. Essa doença pode ser causada por diversos agentes

infecciosos, como bactérias, vírus e fungos, dentre outros, e agentes não infecciosos (ex.:

traumatismo).

As meningites de origem infecciosa, principalmente as causadas por bactérias e vírus,

são as mais importantes do ponto de vista da saúde publica, pela magnitude de sua ocorrência

e potencial de produzir surtos. Dentre elas, destacam-se aquelas a seguir relatadas.

Principais Agentes Causadores de Meningite

Neisseria

meningitidis

(Meningococo)

- Bactéria gram-negativa em forma de coco. Possui diversos sorogrupos, de

acordo com o antígeno polissacarídeo da cápsula. Os mais frequentes são os

sorogrupos A, B, C, W135 e Y.

Streptococcus

pneumoniae

- Bactéria Gram-positiva com característica morfológica esférica (cocos),

disposta aos pares.

Mycobacterium

tuberculosis

- Bacilo não formador de esporos, sem flagelos e que não produz toxinas. É uma

espécie aeróbica estrita, necessitando de oxigênio para crescer e se multiplicar.

Haemophilus

influenzae

- Bactéria gram-negativa que pode ser classificada, atualmente, em 6 sorotipos

(a, b, c, d, e, f), a partir da diferença antigênica da cápsula polissacarídica.

Meningites virais

Representadas principalmente pelos enterovírus. Nesse grupo, estão incluídas as

3 cepas dos poliovírus, 28 cepas de echovírus, 23 cepas do vírus coxsackie A, 6

do vírus coxsackie B e 5 outros enterovírus.

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Em geral, a transmissão e de pessoa a pessoa, através das vias respiratórias, por

gotículas e secreções da nasofaringe, havendo necessidade de contato intimo (residentes da

mesma casa, pessoas que compartilham o mesmo dormitório ou alojamento, comunicantes de creche

ou escola, namorado) ou contato direto com as secreções respiratórias do paciente.

O período de transmissibilidade é variável, dependendo do agente infeccioso e da

instituição do diagnóstico e tratamento precoces.

No caso da doença meningocócica, a transmissibilidade persiste até que o meningococo

desapareça da nasofaringe. Em geral, isso ocorre após 24 horas de antibioticoterapia.

A meningite é uma síndrome na qual, em geral, o quadro clínico é grave e caracteriza-

se por febre, cefaleia intensa, náusea, vômito, rigidez de nuca, prostração e confusão mental,

sinais de irritação meningea, acompanhados de alterações do líquido cefalorraquidiano

(LCR).

No curso da doença, podem surgir delírio e coma. Dependendo do grau de

comprometimento encefálico, o paciente poderá apresentar também convulsões, paralisias,

tremores, transtornos pupilares, hipoacusia, ptose palpebral e nistagmo. Casos fulminantes,

com sinais de choque, também podem ocorre.

A irritação meningea associa-se aos sinais descritos abaixo:

Sinal de Kernig - resposta em flexão da articulação do joelho, quando a coxa e

colocada em certo grau de flexão, relativamente ao tronco.

Sinal de Brudzinski - flexão involuntária da perna sobre a coxa e dessa sobre a

bacia, ao se tentar fletir a cabeça do paciente.

Crianças de até 9 meses poderão não apresentar os sinais clássicos de irritação

meningea. Nesse grupo, outros sinais e sintomas permitem a suspeita diagnóstica, tais como:

febre, irritabilidade ou agitação, choro persistente, grito meningeo (criança grita ao ser

manipulada, principalmente, quando se flete as pernas para trocar a fralda) e recusa alimentar,

acompanhada ou não de vômitos, convulsões e abaulamento da fontanela.

As infecções causadas pelas bactérias N. meningitidis, H. influenzae e S. pneumoniae

podem limitar-se a nasofaringe ou evoluir para septicemia ou meningite.

A infecção pela N. meningitidis pode provocar meningite, meningococcemia e as duas

formas clínicas associadas: meningite meningocócica com meningococcemia, a qual se

denomina doença Meningocócica.

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A vigilância da doença meningocócica é de grande importância para a saúde pública em

virtude da magnitude e gravidade da doença, bem como do potencial de causar epidemias.

As principais complicações das meningites bacterianas são: perda da audição, distúrbio

de linguagem, retardo mental, anormalidade motora e distúrbios visuais.

Em se tratando de meningite bacteriana, o tratamento com antibiótico deve ser instituído

tão logo seja possível, preferencialmente logo após a punção lombar e a coleta de sangue para

hemocultura. O uso de antibiótico deve ser associado a outros tipos de tratamento de suporte,

como reposição de líquidos e cuidadosa assistência.

De um modo geral, a antibioticoterapia é administrada por via venosa por um período

de 7 a 14 dias, ou ate mais, dependendo da evolução clínica e do agente etiológico.

A precocidade do tratamento e do diagnóstico é fator importante para o prognóstico

satisfatório das meningites.

As principais estratégias de prevenção e controle são as seguintes:

• Orientar a população sobre a importância da higiene corporal e ambiental, bem como a

manutenção de ambientes domiciliares e ocupacionais ventilados e evitar aglomerados em

ambientes fechados.

• Informar sobre os mecanismos de transmissão da doença.

• Capacitar profissionais de saúde para o diagnóstico e o tratamento precoces.

• Notificar todos os casos suspeitos às autoridades de saúde.

• Investigar imediatamente todos os casos notificados como meningite.

• Realizar, de forma adequada e em tempo hábil, a quimioprofilaxia dos contatos

íntimos, quando indicada.

• Manter alta cobertura vacinal contra BCG e pentavalente (composta pela vacina

adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B recombinante e Haemophilus influenzae tipo b

conjugada - DTP/HB/Hib4), observando a importância da cobertura homogênea nos

municípios.

• Detectar precocemente e investigar rapidamente situações que indiquem possibilidade

de surto.

• Realizar a vacinação para bloqueio de surtos, quando indicada.

4 Maiores detalhares, ver aula sobre imunização.

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Após explanação inicial, vamos resolver a questão, de acordo com as diretrizes do

Ministério da Saúde (disponível em http://goo.gl/US9BcF):

Item A. Incorreto. O tratamento de escolha da meningite meningocócica é composto

pela associação da penicilina cristalina, 300.000 a 500.000UI/kg/dia, com dose máxima

de 24.000.000UI/dia, IV, fracionada em 3/3 ou 4/4 horas, durante 7 a 10 dias; ampicilina,

200 a 400mg/kg/dia, ate no Maximo de 15g/dia, IV, fracionada em 4/4 ou 6/6 horas, durante 7

a 10 dias. Em casos de alergia, usar cloranfenicol, na dose de 50 a 100mg/kg/dia, IV,

fracionada em 6/6 horas.

Vejam que o tratamento de escolha não é composto pela associação da ceftriaxona

com o cloranfenicol.

Item B. Correto. Conforme dito anteriormente, a porta de entrada mais comum para o

meningococo é a nasofaringe.

Item C. Incorreto. O diagnóstico da meningite meningocócica é feito por meio do

isolamento da N. meningitidis do sangue ou no líquor. O líquido céfalo-raquidiano (LCR)

pode se apresentar turvo, com cor leitosa ou xantocrômica. A bioquímica evidencia glicose e

cloretos diminuídos (concentração de glicose inferior a 50% da glicemia, coletada

simultaneamente ao líquor), proteinas elevadas (acima de 100mg/dl) e aumento do numero de

leucócitos, predominando polimorfonucleares neutrófilos. A contra-imunoeletroforese (CIE) e

reagente, a bacterioscopia evidencia a presença de diplococos gram-negativos e a cultura

evidencia o crescimento de N. meningitidis.

Portanto, o diagnóstico diferencial entre a meningite meningocócica e pneumocócica

pode ser feito pela avaliação laboratorial, e não apenas pela avaliação clínica.

Item D. Incorreto. O agente etiológico da meningite meningocócica pode ser isolado do

líquor e do sangue e visualizado como diplococos gram negativos à microscopia ótica;

Item E. Incorreto. A quimioprofilaxia da meningite meningocócica feita em contatos

íntimos do doente. A droga de escolha é a rifampicina, na dose de 600mg, VO, de 12/12

horas, durante 2 dias (dose máxima total de 2.400mg), para adultos. Crianças de 1 mês até 10

anos, administrar 10mg/kg/dose em 4 tomadas, com intervalos de 12/12 horas, sendo a dose

máxima de 600mg. Recém-nascidos, 5mg/kg/dose, de 12/12 horas, em 4 tomadas (dose

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máxima de 600g). A quimioprofilaxia não garante proteção absoluta, mas ajuda a prevenir a

ocorrência de casos secundários.

Neste sentido, a rifampicina, e não a Ceftriaxona, é o antimicrobiano de escolha

para a profilaxia dos contactantes.

Constatamos que o gabarito da questão é a B.

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13 - Influenza

20. (Prefeitura do Rio-RJ/2013/IABAS-BIORIO) A Influenza H1N1 é transmitida, da

pessoa infectada a outra pessoa, principalmente por tosse e espirros, o que seria um grande

problema de saúde publica em eventos fechados. Como principais sintomas nesses casos

podemos elencar:

a) início agudo, tosse produtiva, febre alta e mialgia leve;

b) início lento, tosse produtiva, febre alta e fadiga;

c) início agudo, tosse seca ou pouco produtiva, febre alta e mialgia intensa;

d) início lento, tosse produtiva, febrícula e mialgia leve;

e) início agudo, tosse produtiva, febre baixa recidivante.

COMENTÁRIOS:

Os vírus da Influenza A e B possuem vários subtipos que sofrem continuas mutações,

surgindo novas cepas. Em geral, as novas cepas que passam a infectar humanos apresentam

diferentes graus de distinção em relação aquelas até então circulantes, devido ao referido

processo de mutação, possivelmente por meio da recombinação de genes entre cepas que

infectam diferentes espécies animais. Em abril de 2009, foi detectado no México um novo

vírus da Influenza A, o (H1N1), colocando em alerta a Saúde Publica mundial. Esta nova cepa

rapidamente se disseminou causando uma pandemia e o agente passou a ser denominado vírus

da Influenza Pandêmica (H1N1) 2009.

O modo mais comum é a transmissão direta (pessoa a pessoa), por meio de pequenas

gotículas de aerossol (>5 micras de diâmetro) expelidas pelo indivíduo infectado com o vírus

(ao falar, tossir e espirrar) as pessoas suscetíveis. Também há evidências de transmissão pelo

modo indireto, por meio do contato com as secreções do doente.

Clinicamente, a doença inicia-se com a instalação abrupta de febre alta, em geral

acima de 38°C, seguida de mialgia, dor de garganta, prostração, cefaleia e tosse seca. A

febre é, sem dúvida, o sintoma mais importante e perdura em torno de 3 dias.

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Os sintomas sistêmicos são muito intensos nos primeiros dias da doença. Com a sua

progressão, os sintomas respiratórios tornam-se mais evidentes e mantêm-se em geral por 3 a

4 dias, após o desaparecimento da febre. É comum a queixa de garganta seca,

rouquidão, tosse seca e queimação retroesternal ao tossir, bem como pele quente e úmida,

olhos hiperemiados e lacrimejantes. Ha hiperemia das mucosas, com aumento de secreção

nasal hialina. O quadro clínico em adultos sadios pode variar de intensidade.

Nas crianças, a temperatura pode atingir níveis mais altos, sendo comum o achado de

aumento dos linfonodos cervicais. Quadros de bronquite ou bronquiolite, além de sintomas

gastrointestinais, também podem fazer parte da apresentação clinica em crianças. Os idosos

quase sempre se apresentam febris, às vezes sem outros sintomas, mas em geral a temperatura

não atinge níveis tão altos, ou mesmo cursam sem febre.

As situações reconhecidamente de risco para desenvolvimento de formas graves e de

óbito incluem gestação, idade menor do que 2 anos ou maior que 60 anos e presença de

comorbidades, como doença pulmonar crônica (asma e doença pulmonar obstrutiva crônica –

DPOC), cardiopatias (insuficiência cardíaca crônica, por exemplo), doença metabólica

crônica (diabetes, obesidade mórbida, por exemplo), imunodeficiência ou imunodepressão.

As complicações são mais comuns em idosos e indivíduos vulneráveis. As mais frequentes

são as pneumonias bacterianas secundárias, sendo geralmente provocadas pelos seguintes

agentes: Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus e Haemophillus influenzae. Uma

complicação incomum, e muito grave, é a pneumonia viral primaria pelo vírus da Influenza.

Nos imunocomprometidos, o quadro clínico é geralmente mais arrastado e, muitas vezes,

mais grave. Gestantes com quadro de Influenza, especialmente no segundo ou terceiro

trimestre da gravidez, estão mais propensas a agravamento do quadro clínico o que exige

internação hospitalar.

Nela tela, o gabarito da questão é a letra C.

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14 - Doença de Chagas

21. (Universidade Federal do Pará-PA/UFPA/2011) No 1º dia após o nascimento, um

recém-nascido, de parto normal, aleitamento materno exclusivo, internado em um hospital da

cidade de Belém, começou apresentar dificuldade respiratória. Depois da avaliação médica e

exames laboratoriais, foi constatada presença de anticorpos IgM anti-Tripanossoma Cruzi no

sangue e insuficiência cardíaca congestiva e derrame pleural. Diante do caso, o enfermeiro

esclareceu à mãe que a provável forma de transmissão da Doença de Chagas seria

a) oral.

b) transfusional.

c) sexual.

d) vertical.

e) acidental.

COMENTÁRIOS:

A doença de Chagas (DC) é uma das consequências da infecção humana

pelo protozoário flagelado Trypanosoma cruzi. Na ocorrência da doença, observam-se duas

fases clínicas: uma AGUDA, que pode ou não ser identificada, podendo evoluir para uma

fase CRÔNICA. No Brasil, atualmente predominam os casos crônicos decorrentes de

infecção por via vetorial, com aproximadamente três milhões de indivíduos infectados. No

entanto, nos últimos anos, a ocorrência de doença de Chagas aguda (DCA) tem sido

observada em diferentes estados (Bahia, Ceará, Piauí, Santa Catarina, São Paulo), com

maior frequência de casos e surtos registrados na Região da Amazônia Legal (Amazonas,

Maranhão, Mato Grosso, Amapá, Pará, Tocantins).

A doença é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, caracterizado pela presença de

um flagelo.

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A transmissão do T. cruzi para o homem ocorre por meio de

um vetor – os triatomíneos. Porém esses triatomíneos apenas

transmitem o parasito se estiverem infectados e isso acontece

quando eles se alimentam em um dos numerosos hospedeiros. Ou

seja, se os mamíferos de uma determinada área apresentar altas

taxas de infecção por T. cruzi, há probabilidade do vetor se

infectar e, portanto, infectar o próximo mamífero (incluindo o

homem), no qual se alimentar (figura ao lado).

Formas de transmissão:

Vetorial: ocorre por meio das fezes dos triatomíneos, também conhecidos como

“barbeiros” ou “chupões”. Esses, ao picarem os vertebrados, em geral defecam após

o repasto, eliminando formas infectantes de tripomastigotas metacíclicos, que

penetram pelo orifício da picada ou por solução de continuidade deixada pelo ato

de coçar;

Em outras palavras, a transmissão vetorial da doença de Chagas ocorre quando

o triatomíneos (barbeiro) pica o homem, inoculando o protozoário

Trypanosoma cruzi pela pele, chegando a corrente sanguinea e infetando a

vítima.

Transfusional/transplante: ocorre pela passagem por transfusão de sangue e/ou

hemocomponentes ou transplante de órgãos de doadores infectados a receptores

sadios;

Vertical ou congênita: ocorre pela passagem de parasitas de mulheres

infectadas pelo T.cruzi para seus bebês durante a gestação ou o parto;

Oral: ocorre pela ingestão de alimentos contaminados com parasitas provenientes

de triatomíneos infectados ou, ocasionalmente, por secreção das glândulas de

cheiro de marsupiais (mucura ou gambá);

Acidental: ocorre pelo contato da pele ferida ou de mucosas com material

contaminado (sangue de doentes, excretas de triatomíneos, animais contaminados)

durante manipulação em laboratório (acidental), em geral sem o uso adequado de

equipamentos de proteção individual.

Figura 5 - Estádios evolutivos do triatomíneo, de ovo a adulto (Brasil, 2008).

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Aleitamento materno: em gestante ou lactante com diagnóstico de DCA ou

coinfecção T. cruzi-HIV, recomenda-se não oferecer amamentação no peito em

virtude da possibilidade de transmissão por meio do leite ou fissura mamilar.

Transmissão por acidentes laboratoriais: acidentes laboratoriais também podem

ocorrer devido a contato com culturas de T. Cruzi, exposição as fezes infectadas de

triatomíneos ou sangue (paciente ou animal) contendo formas tripomastigotas.

O reservatório é um sistema ecológico complexo formado por uma ou mais espécie,

responsável pela manutenção de um parasito na natureza. Esse sistema deve ser consistente e

considerado sempre em uma escala espaço temporal única. Portanto, considera-se reservatório

não mais uma espécie animal, mas um sistema ecológico (formado por uma ou mais espécies)

no qual o parasita sobrevive. Esse sistema deve ser duradouro, abundante e incluir uma

grande proporção da biomassa de mamíferos locais.

Alguns animais silvestres, como quatis, mucuras e tatus, aproximam-se das casas,

frequentando galinheiros, currais e depósitos na zona rural e periferia das cidades. Em alguns

casos, como os morcegos, compartilham ambientes com o homem e animais domésticos.

Desse modo, essas espécies podem estar servindo como fonte de infecção aos insetos

vetores que ocupam os mesmos habitats dos humanos.

Após a entrada do parasito no organismo, basicamente ocorrem duas etapas

fundamentais na infecção humana pelo T. Cruzi:

Fase aguda (inicial) – predomina o parasito circulante na corrente sanguínea, em

quantidades expressivas. As manifestações de doença febril podem persistir por até 12

semanas. Nesta fase, os sinais e sintomas podem desaparecer espontaneamente evoluindo para

a fase crônica ou progredir para formas agudas graves que podem levar ao óbito.

Fase crônica - existem raros parasitas circulantes na corrente sanguínea. Inicialmente,

esta fase e assintomática e sem sinais de comprometimento cardíaco e/ou digestivo. Pode

apresentar-se como uma das seguintes formas:

• Forma indeterminada - paciente assintomático e sem sinais de comprometimento do

aparelho circulatório (clínica, eletrocardiograma e radiografia de tórax normais) e do aparelho

digestivo (avaliação clínica e radiológica normais de esôfago e cólon). Esse quadro poderá

perdurar por toda a vida da pessoa infectada ou pode evoluir tardiamente para a forma

cardíaca, digestiva ou associada (cardiodigestiva).

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Gravem isso: A forma indeterminada da doença de Chagas poderá perdurar por

toda a vida da pessoa infectada ou pode evoluir tardiamente para a forma cardíaca,

digestiva ou associada (cardiodigestiva).

• Forma cardíaca - evidências de acometimento cardíaco que, frequentemente, evolui

para quadros de miocardiopatia dilatada e insuficiência cardíaca congestiva (ICC). Essa

forma ocorre em cerca de 30% dos casos crônicos, sendo a maior responsável pela

mortalidade na doença de Chagas crônica.

• Forma digestiva - evidências de acometimento do aparelho digestivo que,

frequentemente, evolui para megacólon ou megaesôfago. Ocorre em cerca de 10% dos casos.

• Forma associada (cardiodigestiva) - ocorrência concomitante de lesões compatíveis

com as formas cardíacas e digestivas.

A fase crônica da doença de Chagas (DCC) evolui para óbito em cerca de 1% a 10%

dos casos estudados e não tratados, especialmente em crianças.

Para definição do diagnóstico laboratorial da fase aguda da doença de Chagas, são

considerados critérios parasitológicos e sorológicos. O critério parasitológico é definido pela

presença de parasitos circulantes demonstráveis no exame direto do sangue periférico. Por sua

vez, o critério sorológico é baseado na presença de anticorpos antiT. Cruzi da classe IgM no

sangue periférico, particularmente quando associada a alterações clínicas e epidemiológicas

sugestivas.

Devido à parasitemia pouco evidente na fase crônica, os métodos parasitológicos

convencionais são de baixa sensibilidade, o que implica pouco valor diagnóstico.

O diagnóstico na fase crônica é essencialmente sorológico e deve ser realizado

utilizando-se um teste de elevada sensibilidade em conjunto com outro de alta especificidade.

Os testes de HAI, IFI e ELISA são os indicados para determinar o diagnóstico. Considera-se

indivíduo infectado na fase crônica aquele que apresenta anticorpos antiT. Cruzi da classe

IgG, detectados por meio de dois testes sorológicos de princípios distintos ou com

diferentes preparações antigênicas.

O Benznidazol é a droga disponível para o tratamento específico da DC. O

Nifurtimox pode ser utilizado como alternativa em casos de intolerância ao Benznidazol,

embora seja um medicamento de difícil obtenção.

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Na fase aguda, o tratamento deve ser realizado em todos os casos e o mais rápido

possível após a confirmação diagnóstica. O tratamento específico é eficaz na maioria dos

casos agudos (> 60%) e congênitos (> 95%), apresentando ainda boa eficácia em 50% a 60%

de casos crônicos recentes.

O tratamentoe etiológico tem como objetivos: curar a infecção, prevenir lesões

orgânicas ou a evolução delas e diminuir apossibilidade de transmissão do T. Cruzi.

Todos os casos de Doença de Chagas Agudas (DCA) devem ser imediatamente

notificados ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN (BRASIL, 2006).

A partir do exposto, o gabarito da questão é a letra D.

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15 - Malária

22. (Assembleia Legislativa do Amazonas-AM/ISAE/2011) O Art. n. 30 do Código de

Ética afirma que “é proibido administrar medicamentos sem conhecer a ação da droga e sem

certificar-se da possibilidade de riscos”. Partindo dessa premissa e de acordo com o Guia

prático de tratamento da Malária no Brasil, 2010, os procedimentos a serem adotados no

tratamento de uma paciente com malária devem ser precedidos das informações relacionadas

nas alternativas a seguir, à exceção de uma. Assinale-a.

a) A espécie de plasmódio infectante, pela especificidade dos esquemas terapêuticos a serem

utilizados.

b) A idade da paciente, pela maior toxicidade em adultos jovens.

c) O histórico de exposição anterior à infecção, uma vez que indivíduos primoinfectados

tendem a apresentar formas mais graves da doença.

d) As condições associadas, tais como gravidez, e o levantamento de outros problemas de

saúde.

e) A gravidade da doença, pela necessidade de hospitalização e de tratamento com esquemas

especiais de antimaláricos.

COMENTÁRIOS:

Nobres concurseiros, vamos utilizar essa questão para debatermos sobre os principais

aspectos da Malária no Brasil. Aos nossos amigos que irão fazer os concursos da SES-AC,

SES-AM, HU-UFAM dentre outros da região norte e Maranhão, sugiro a leitura completa do

Guia prático de tratamento da Malária no Brasil, 2010 (disponível em: http://goo.gl/xHbH5i)

e das páginas 101 a 116 do Manual da Atenção Básica do MS, nº 21, 2008 (disponível em:

http://goo.gl/koWVst).

Os principais objetivos do Programa Nacional de Controle da Malária (PNCM) do

Ministério da Saúde são reduzir a letalidade e a gravidade dos casos, reduzir a incidência da

doença, eliminar a transmissão em áreas urbanas e manter a ausência da doença em locais

onde a transmissão já foi interrompida.

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O quadro epidemiológico da malária no Brasil é preocupante nos dias atuais. Embora

em declínio, o número absoluto de casos no ano de 2008 ainda foi superior a 300.000

pacientes em todo o país. Desses, 99,9% foram transmitidos nos Estados da Amazônia Legal,

sendo o Plasmodium vivax a espécie causadora de quase 90% dos casos. No entanto, a

transmissão do P. falciparum, sabidamente responsável pela forma grave e letal da doença,

tem apresentado redução importante nos últimos anos.

A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários do gênero

Plasmodium, caracterizada por febre alta acompanhada de calafrios, suores e cefaléia, que

ocorrem em padrões cíclicos, a depender da espécie do parasito infectante.

Possui uma fase sintomática inicial, caracterizada por mal-estar, cefaléia, cansaço,

mialgia, náuseas e vômitos, que geralmente precede à clássica febre da malária. O ataque

paroxístico inicia-se com calafrio que dura de 15 minutos até uma hora, sendo seguido por

uma fase febril, com temperatura corpórea podendo atingir 41°C ou mais. Após um período

de duas a seis horas, ocorre defervecência da febre e o paciente apresenta sudorese profusa e

fraqueza intensa.

Após a fase inicial, a febre assume um caráter intermitente, dependente do tempo de

duração dos ciclos eritrocíticos de cada espécie de plasmódio: 48 horas para Plasmodium

falciparum (P. falciparum) e Plasmodium vivax (P. vivax) - e 72 horas para Plasmodium

malariae (P. Malariae).

No Brasil, três espécies de Plasmodium causam malária: P. malariae, P. vivax e P.

Falciparum.

Os principais vetores da malária são os mosquitos pertencentes à ordem dos

dípteros, família Culicidae, gênero Anopheles. A espécie Anopheles darlingi é o principal

vetor no Brasil, destacando-se na transmissão da doença pela distribuição geográfica,

antropofilia e capacidade de ser infectado por diferentes espécies de plasmódios.

Popularmente, os vetores da malária são conhecidos por "carapanã", "muriçoca", "sovela",

"mosquito-prego" e "bicuda".

O homem é o único reservatório importante da malária.

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A transmissão ocorre através da picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada

pelo plasmodium. Os esporozoítos, formas infectantes do parasito, são inoculados na pele do

homem sadio por meio da saliva da fêmea do Anopheles infectada por Plasmodium. A fêmea

é infectada ao sugar o sangue de uma pessoa doente. Não há transmissão direta da doença de

pessoa a pessoa.

Adultos não imunes, bem como crianças e gestantes, podem apresentar manifestações

mais graves da infecção (complicações), podendo ser fatal no caso de P. Falciparum em

cerca de 1% dos casos. É inquestionável hoje que o principal fator determinante das

complicações na malária por P. falciparum principalmente de adultos não imunes é o atraso

de seu diagnóstico e a postergação da terapêutica específica. Infecções por P. vivax e P.

malariae são geralmente benignas e os raros casos relatados de morte por essas espécies

ocorreram em função de complicações peculiares como a ruptura espontânea do baço ou

concomitância com outra entidade patológica de evolução fatal.

O diagnóstico de certeza da infecção malárica só é possível pela demonstração do

parasito, ou de antígenos relacionados, no sangue periférico do paciente.

Gota espessa é o método oficialmente utilizado no Brasil para o diagnóstico da

malária. Mesmo após o avanço de técnicas para o diagnóstico da malária ocorrido nas

últimas décadas, o exame da gota espessa de sangue continua sendo um método simples,

eficaz, de baixo custo e de fácil realização.

O tratamento da malária visa principalmente a interrupção da esquizogonia sanguínea,

responsável pela patogenia e manifestações clínicas da infecção. O tratamento adequado e

oportuno da malária é hoje o principal alicerce para o controle da doença. A decisão de como

tratar o paciente com malária deve ser precedida de informações sobre os seguintes aspectos:

gravidade da doença; espécie de plasmódio; idade do paciente; história de exposição anterior

à infecção e suscetibilidade dos parasitos aos antimaláricos convencionais.

Toda suspeição de malária deve ser notificada às autoridades de saúde, tanto na área

endêmica, pelo Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Malária (Sivep-

Malária), quanto na área não endêmica, pelo Sistema de Informação de Agravos de

Notificação (Sinan).

Notificação da malária: área endêmica (Sivep-Malária) e área não endêmica (Sinan).

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A decisão de como tratar o paciente com malária deve ser precedida de informações

sobre os seguintes aspectos:

espécie de plasmódio infectante, pela especificidade dos esquemas terapêuticos a

serem utilizados;

idade do paciente, pela maior toxicidade para crianças e idosos, e não em

adultos jovens – isso é lógico, pois a faixa etária mais forte é a de adultos jovens;

história de exposição anterior a infecção uma vez que indivíduos primoinfectados

tendem a apresentar formas mais graves da doença;

condições associadas, tais como gravidez e outros problemas de saúde;

gravidade da doença, pela necessidade de hospitalização e de tratamento com

esquemas especiais de antimaláricos.

Nessa tela, o gabarito é a letra B.

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16 - Tétano, Coqueluche, Parotidite e Difteria

23. (IF-SC/2013) Doença respiratória infectocontagiosa grave, causada por um bacilo que se

instala nas amídalas, faringe, laringe, nariz e, em alguns casos, nas mucosas e na pele. O

período de incubação costuma durar em torno de um a seis dias, altamente transmissível

mediante contato direto, através de gotículas eliminadas pela tosse, pelo espirro e ao falar, ou

pelo contato com as lesões cutâneas:

a) Tétano

b) Coqueluche

c) Sarampo

d) Parotidite

e) Difteria

COMENTÁRIOS:

Item A. Tétano acidental é uma doença infecciosa aguda não contagiosa, causada pela

ação de exotoxinas produzidas pelo Clostridium tetani, as quais provocam um estado de

hiperexcitabilidade do sistema nervoso central. Clinicamente, a doença manifesta-se com

febre baixa ou ausente, hipertonia muscular mantida, hiperreflexia e espasmos ou contraturas

paroxísticas. Em geral, o paciente mantém-se consciente e lúcido.

A infecção ocorre pela introdução de esporos em solução de continuidade da pele e

mucosas (ferimentos superficiais ou profundos de qualquer natureza). Em condições

favoráveis de anaerobiose, os esporos se transformam em formas vegetativas, que são

responsáveis pela produção de tetanopasminas. A presença de tecidos desvitalizados, corpos

estranhos, isquemia e infecção contribuem para diminuir o potencial de oxirredução e, assim,

estabelecer as condições favoráveis ao desenvolvimento do bacilo.

A principal forma de prevenção é a administração da vacina pentavalente (composta

pela vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B recombinante e Haemophilus

influenzae tipo b conjugada - DTP/HB/Hib), DTP e dT5).

5 Maiores detalhares, ver aula sobre imunização.

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Item B. Coqueluche é uma doença infecciosa aguda, transmissível, de distribuição

universal. Compromete especificamente o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) e se

caracteriza por paroxismos de tosse seca. Ocorre sob as formas endêmica e epidêmica. Em

lactentes, pode resultar em número elevado de complicações e até em morte.

O agente etiológico (causador) é a bactéria Bordetella pertussis. A transmissão ocorre,

principalmente, pelo contato direto de pessoa doente com pessoa suscetível, através de

gotículas de secreção da orofaringe eliminadas por tosse, espirro ou ao falar.

O período de encubação é, em média, de 5 a 10 dias, podendo variar de 1 a 3 semanas e,

raramente, até 42 dias.

A principal forma de prevenção é a administração da vacina pentavalente (composta

pela vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B recombinante e Haemophilus

influenzae tipo b conjugada - DTP/HB/Hib).

Item C. Sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave,

transmissível e extremamente contagiosa, muito comum na infância. A viremia, causada pela

infecção, provoca uma vasculite generalizada, responsável pelo aparecimento das diversas

manifestações clínicas, inclusive pelas perdas consideráveis de eletrólitos e proteínas, gerando

o quadro espoliante característico da infecção. Além disso, as complicações infecciosas

contribuem para a gravidade do sarampo, particularmente em crianças desnutridas e menores

de 1 ano de idade.

O agente etiológico é o vírus do sarampo pertence ao gênero Morbillivirus, família

Paramyxoviridae.

É transmitido diretamente de pessoa a pessoa, através das secreções nasofaríngeas,

expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar.

O período de encubação é geralmente de 10 dias (variando de 7 a 18 dias), desde a data

da exposição até o aparecimento da febre, e cerca de 14 dias até o início do exantema.

A principal forma de prevenção é a administração da vacina tetra viral (sarampo,

caxumba, rubéola e varicela).

Item D. Parotidite infecciosa (papeira, caxumba) é uma doença viral aguda,

caracterizada por febre e aumento de volume de uma ou mais glândulas salivares, geralmente

a parótida e, às vezes, glândulas sublinguais ou submandibulares.

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O agente etiológico é vírus da família Paramyxoviridae, gênero Paramyxovirus. A

transmissão ocorre por via aérea, através disseminação de gotículas, ou por contato direto

com saliva de pessoas infectadas.

O período de encubação é de 12 a 25 dias, sendo, em média, 16 a 18 dias.

A principal forma de prevenção é a administração da vacina tetra viral (sarampo,

caxumba, rubéola e varicela).

Item E. Difteria é uma doença transmissível aguda, toxiinfecciosa, imunoprevenível,

causada por bacilo toxigênico, que frequentemente se aloja nas amígdalas, faringe, laringe,

nariz e, ocasionalmente, em outras mucosas e na pele. É caracterizada por placas

pseudomembranosas típicas.

O agente etiológico é a bactéria Corynebacterium diphtheriae. A transmissão se dá pelo

contato direto de pessoa doente ou portadores com pessoa suscetível, através de gotículas de

secreção respiratória, eliminadas por tosse, espirro ou ao falar.

O período de encubação é, em geral, de 1 a 6 dias, podendo ser mais longo.

A principal forma de prevenção é a administração da vacina pentavalente (composta

pela vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B recombinante e Haemophilus

influenzae tipo b conjugada - DTP/HB/Hib.

A partir dos comentários, verificamos que o gabarito é a letra E.

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17 - Teníase, Ancilostomose; Elefantíase e Ascaridíase

24. (Prefeitura do Rio-RJ/2013/IABAS-BIORIO) São parasitoses que NÃO envolvem o

mosquito vetor que participa da transmissão:

a) teníase, malária e ancilostomose;

b) elefantíase, malária e ascaridíase;

c) esquistossomose, ancilostomose e malária;

d) elefantíase, esquistossomose e ancilostomose;

e) esquistossomose, ascaridíase e ancilostomose.

COMENTÁRIOS:

Para melhor compreensão da questão, faremos um breve resumo das doenças listadas na

questão.

A malária é uma doença infecciosa febril aguda, cujos agentes etiológicos são

protozoários transmitidos por vetores. Reveste-se de importância epidemiológica, atualmente,

pela sua elevada incidência na região amazônica e potencial gravidade clínica. Causa

consideráveis perdas sociais e econômicas na população sob risco, principalmente aquela que

vive em condições precárias de habitação e saneamento.

Os agentes etiológicos são os protozoários do gênero Plasmodium, com especial

atenção para os mosquitos vetores da malária pertencem à ordem Díptera, infraordem

Culicomorpha, família Culicidae, gênero Anopheles Meigen, 1818. Este gênero compreende

aproximadamente 400 espécies, das quais cerca de 60 ocorrem no Brasil. No pais, as

principais transmissoras da malaria são: Anopheles (N.) darlingi Root, 1926; Anopheles (N.)

aquasalis Curry, 1932; Anopheles (Nyssorhynchus) albitarsis s. l. Lynch-Arribalzaga, 1878.

Tais mosquitos são popularmente conhecidos por “carapana”, “muricoca”, “sovela”,

“mosquito-prego” e “bicuda”.

É transmitida através da picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada por

Plasmodium. Os vetores são mais abundantes nos horários crepusculares, ao entardecer e ao

amanhecer.

Todavia, são encontrados picando durante todo o período noturno, porém em menor

quantidade em algumas horas da noite.

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Não ha transmissão direta da doença de pessoa a pessoa. Raramente pode ocorrer a

transmissão por meio de transfusão de sangue contaminado ou do uso compartilhado de

seringas contaminadas. Mais rara ainda e a transmissão congênita.

O quadro clínico típico e caracterizado por febre alta, acompanhada de calafrios,

sudorese profusa e cefaleia, que ocorrem em padrões cíclicos, dependendo da espécie de

plasmódio infectante.

Em alguns pacientes, aparecem sintomas prodrômicos, vários dias antes dos paroxismos

da doença, a exemplo de náuseas, vômitos, astenia, fadiga, anorexia.

Período de infecção – a fase sintomática inicial caracteriza-se por mal-estar, cansaço e

mialgia.

O ataque paroxístico inicia-se com calafrio, acompanhado de tremor generalizado, com

duração de 15 minutos a 1 hora. Na fase febril, a temperatura pode atingir 41°C. Esta fase

pode ser acompanhada de cefaleia, náuseas e vômitos. E seguida de sudorese intensa.

Remissão – caracteriza-se pelo declínio da temperatura (fase de apirexia). A diminuição

dos sintomas causa sensação de melhora no paciente. Contudo, novos episódios de febre

podem acontecer em um mesmo dia ou com intervalos variáveis, caracterizando um estado de

febre intermitente.

Período toxêmico – se o paciente não recebe terapêutica específica, adequada e

oportuna, os sinais e sintomas podem evoluir para formas graves e complicadas, dependendo

da resposta imunológica do organismo, aumento da parasitêmia e espécie de plasmódio.

São sinais de malaria grave e complicada: hiperpirexia (temperatura >41°C), convulsão,

hiperparasitemia (>200.000/mm3), vômitos repetidos, oligúria, dispneia, anemia intensa,

icterícia, hemorragias e hipotensão arterial. As formas graves podem cursar com alteração de

consciência, delírio e coma, estão relacionadas à parasitemia elevada, acima de 2% das

hemácias parasitadas, podendo atingir ate 30% dos eritrócitos.

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A esquistossomose mansoni é uma doença parasitária, causada pelo trematódeo

Schistosoma mansoni, cujas formas adultas habitam os vasos mesentéricos do hospedeiro

definitivo e as formas intermediárias se desenvolvem em caramujos gastrópodes aquáticos do

gênero Biomphalaria. A fase aguda pode ser assintomática ou apresentar-se como dermatite

urticariforme, acompanhada de erupção papular, eritema, edema e prurido até 5 dias após a

infecção. Com cerca de 3 a 7 semanas de exposição, pode evoluir para a forma de

esquistossomose aguda ou febre de Katayama, caracterizada por febre, anorexia, dor

abdominal e cefaleia. Esses sintomas podem ser acompanhados de diarreia, náuseas, vômitos

ou tosse seca, ocorrendo hepatomegalia. Após 6 meses de infecção, há risco do quadro

clínico evoluir para a fase crônica. A magnitude de sua prevalência, associada à severidade

das formas clínicas e a sua evolução, conferem a esquistossomose uma grande relevância

como problema de saúde publica.

O agente etiológico da esquistossomose e o Schistosoma mansoni, um helminto

pertencente à classe dos Trematoda, familia Schistossomatidae e gênero Schistosoma.

O homem adquire a esquistossomose através da penetração ativa da cercaria na pele.

Após a infecção, as cercarias desenvolvem-se para uma forma parasitária primaria

denominada esquistossomulo, que inicia o processo de migração, via circulação sanguínea e

linfática, até atingir o coração e em seguida os pulmões. Os esquistossomulos chegam aos

vasos sanguíneos e alcançam o fígado, onde evoluem para as formas adultas. Nos vasos

portais mesentéricos, ocorre a sobreposição da fêmea no canal ginecóforo do macho e,

consequentemente, a copula, seguida de oviposicão.

O contato com águas contaminadas por cercarias e o fator predisponente para a

infecção.

Ambientes de água doce de pouca correnteza ou parada, utilizados para atividades

profissionais ou de lazer, como banhos, pescas, lavagem de roupa e louca ou plantio de

culturas irrigadas, com presença de caramujos infectados pelo S. mansoni, constituem os

locais adequados para se adquirir a esquistossomose.

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A filaríose linfática é causada por um nematódeo, Wuchereria bancrofti, que vive

nos vasos linfáticos dos indivíduos infectados, apresentando diversas manifestações clínicas.

Existem indivíduos com esta parasitose que nunca desenvolvem sintomas, outros, podem

apresentar, no período agudo, febre recorrente aguda, astenia, mialgias, fotofobia, quadros

urticariformes, pericardite e cefaleia, linfadenite e linfagite retrograda, com ou sem

microfilaremia. Na forma crônica, os casos mais graves são de indivíduos que apresentam

hidrocele, quiluria e elefantíase de membros, mamas e órgãos genitais. Nesses casos, em

geral, a densidade de microfilaria no sangue e muito pequena ou mesmo não detectável.

Descrevem-se, ainda, casos de eosinofilia pulmonar tropical, síndrome que se manifesta por

crises paroxísticas de asma, com pneumonia intersticial crônica e ligeira febre recorrente.

O leucograma registra importante eosinofilia. O agente etiológico é o Wuchereria

bancrofti.

O modo de transmissão é pela picada dos mosquitos transmissores Culex

quinquefasciatus infectados com larvas de Wuchereria bancroftina forma L3. Os mosquitos

se infectam durante seu repasto sanguíneo em uma pessoa infectada. Após um período de

mudança de estagio larval no mosquito ele poderá infectar um individuo sadio durante um

novo repasto.

Não se transmite de pessoa a pessoa. O ciclo ocorre quando um inseto transmissor pica

um homem infectado com microfilaremia e a transmite a outro individuo, após maturação das

microfilarias no vetor, que ocorre entre 12 a 14 dias do repasto sanguíneo. A microfilaremia

pode persistir, aproximadamente, de 5 a 10 anos.

As principais complicações são: hidrocele, linfoscroto, elefantíase e hematoquiluria.

O diagnóstico é clínico-epidemiológico, quando há manifestações sugestivas e o

individuo e oriundo de área endêmica.

Saiba mais! A filaríose linfática e uma das doenças potencialmente erradicáveis, devido a

suas características epidemiológicas. Por essa razão, a Organização Mundial da Saúde (OMS) propôs,

em 1997, sua eliminação mundial – prevista para 2020 –, e o Brasil e signatário dessa proposta.

Atualmente, admite-se que em nosso pais esteja ocorrendo a transmissão da doença apenas na região

metropolitana de Recife, Pernambuco, deixando-nos otimistas quanto ao alcance da meta de

eliminação.

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A ancilostomíase, conhecida como amarelão, opilação, doença do Jeca Tatu, é uma

infecção intestinal causada por nematodeos, que nos caos de infecções leves, pode apresentar-

se assintomática. Apresentações clínicas importantes, como um quadro gastrointestinal agudo

caracterizado por náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal e flatulência, também podem

ocorrer. Em crianças com parasitismo intenso, pode ocorrer hipoproteinemia e atraso no

desenvolvimento físico e mental. Com frequência, dependendo da intensidade da infecção,

acarreta anemia ferropriva.

O agente etiológico - nematoides da família Ancylostomidae: A. duodenale e Necator

americanus.

O modo de transmissão - os ovos contidos nas fezes são depositados no solo, onde se

tornam embrionados. Infecção nos homens ocorre quando essas larvas infectantes penetram

na pele, geralmente pelos pés, causando dermatite característica. As larvas dos ancilostomos,

após penetrarem pela pele, passam pelos vasos linfáticos, ganham a corrente sanguínea e, nos

pulmões, penetram nos alvéolos. Dai migram para a traqueia e faringe, são deglutidas e

chegam ao intestino delgado, onde se fixam, atingindo a maturidade ao final de 6 a 7

semanas, passando a produzir milhares de ovos por dia.

O complexo Teníase/Cisticercose é constituído por duas entidades mórbidas distintas,

causadas pela mesma espécie de cestódio, em fases diferentes do seu ciclo de vida. A Teniase

é provocada pela presença da forma adulta da Taenia solium ou da Taenia saginata, no

intestino delgado do homem. A Cisticercose é causada pela larva da Taenia solium nos

tecidos, ou seja, é uma enfermidade somática.

A Teníase é uma parasitose intestinal que pode causar dores abdominais, náuseas,

debilidade, perda de peso, flatulência, diarreia ou constipação.

Quando o parasita permanece na luz intestinal, o parasitismo pode ser considerado

benigno e só, excepcionalmente, requer intervenção cirúrgica por penetração em apêndice,

coledoco ou ducto pancreático, devido ao crescimento exagerado do parasita. A infestação

pode ser percebida pela eliminação espontânea de proglotes do verme, nas fezes.

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Em alguns casos, podem causar retardo no crescimento e desenvolvimento das crianças,

e baixa produtividade no adulto. As manifestações clínicas da Cisticercose dependem da

localização, do tipo morfológico, do numero de larvas que infectaram o individuo, da fase de

desenvolvimento dos cisticercos e da resposta imunológica do hospedeiro. As formas graves

estão localizadas no sistema nervoso central e apresentam sintomas neuropsiquiátricos

(convulsões, distúrbio de comportamento, hipertensão intracraniana) e oftálmicos.

Agente etiológico - a Taenia solium é a tênia da carne de porco e a Taenia saginata é a

da carne bovina. Esses dois cestodeos causam doença intestinal (Teníase) e os ovos da T.

solium desenvolvem infecções somáticas (Cisticercose).

A Teníase é adquirida pela ingestão de carne de boi ou de porco mal cozida, que

contem as larvas. Quando o homem acidentalmente ingere os ovos de T. solium, adquire a

Cisticercose. A doença parasitaria do homem, causada por um helminto.

Habitualmente, não causa sintomatologia, mas pode manifestar-se por dor abdominal,

diarreia, náuseas e anorexia. Quando há grande número de parasitas, pode ocorrer quadro de

obstrução intestinal. Em virtude do ciclo pulmonar da larva, alguns pacientes apresentam

manifestações pulmonares, com broncoespasmo, hemoptise e pneumonite, caracterizando a

síndrome de Loefler, que cursa com eosinofilia importante.

Quando há grande número de parasitas, pode ocorrer quadro de obstrução intestinal.

Modo de transmissão - ingestão dos ovos infectantes do parasita, procedentes do solo,

água ou alimentos contaminados com fezes humanas.

Voltando para a análise da questão, verificamos que a teníase, ancilostomose,

ascaridíase e esquistossomose são parasitoses que não envolvem o mosquito vetor que

participa da transmissão. Então, a única alternativa que apresenta uma sequência admissível é

a letra E.

===========

Amanhã postarei a última parte da nossa aula sobre as doenças infecciosas. Para

fecharmos esse assunto com chave de ouro, iremos comentar muitas questões sobre as DST's

e HIV/AIDS.

Bons estudos!

Rômulo Passos

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1 - Febre Amarela

1. (Prefeitura de Floriano-PI/NUCEPE/2011) São atribuições comuns a todos os

profissionais da Atenção Básica, no controle da febre amarela.

a) Atuar junto aos domicílios, informando os seus moradores sobre a doença – seus sintomas

e riscos -, o agente transmissor e as medidas de prevenção.

b) Diagnosticar precocemente as pessoas com suspeita de febre amarela.

c) Planejar, coordenar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS.

d) Planejar e desenvolver ações educativas e de mobilização da comunidade em relação ao

controle da febre amarela em sua área de abrangência articulada com a vigilância

epidemiológica.

e) Identificar imigrantes de áreas indenes que chegam a sua área de atuação com o objetivo de

vaciná-los contra a febre amarela.

2 - Varicela

2. (Prefeitura de São Carlos-SP/VUNESP/2011) Em relação à varicela, doença que atinge

principalmente as crianças, é correto afirmar que

a) o período de incubação é de 7 a 30 dias.

b) se trata de uma doença bacteriana benigna que se caracteriza por manchas vermelhas e

coceira intensa.

c) enquanto as lesões não evoluirem para crostas, é preciso manter o doente isolado.

d) o tratamento consiste no uso de antibióticos.

e) a vacinação é indicada no nascimento para prevenir a doença.

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3. (Prefeitura de Ouro Preto-MG/FUMARC/2011) A varicela é uma doença benigna, mas

altamente contagiosa que ocorre principalmente em menores de 15 anos de idade. É mais

frequente no final do inverno e início da primavera. Indivíduos imunocomprometidos, quando

adquirem varicela primária ou recorrente, possuem maior risco de doença severa. Sobre este

contexto, pode-se afirmar EXCETO:

a) o período de transmissibilidade varia de 1 a 2 dias antes da erupção até 5 dias após o

surgimento do primeiro grupo de vesículas. Enquanto houver vesículas, a infecção é possível.

b) o único reservatório do agente etiológico é o homem.

c) trata-se de uma doença de notificação compulsória.

d) uma das medidas específicas na vigilância epidemiológica refere-se ao isolamento: crianças

com varicela não complicada podem retornar à escola no 6º dia após o surgimento do rush

cutâneo. Crianças imunodeprimidas ou que apresentam curso clínico prolongado só deverão

retornar às atividades após o término da erupção vesicular.

3 - Rubéola

4. (Prefeitura de Campinas-SP/CAIPIMES/2013) Leia as frases abaixo e a seguir assinale a

alternativa que corresponde à resposta correta.

I- A Rubéola é uma doença exantemática viral aguda, caracterizada por febre baixa e

exantema maculopapular, que se inicia na face, couro cabeludo e pescoço, espalhando-se para

tronco e membros.

II- O Exantema na Rubéola é precedido, em 5 a 10 dias, por linfadenopatia generalizada,

principalmente suboccipital, pós-auricular e cervical posterior.

III- Em todos os casos suspeitos de Rubéola deve-se realizar o bloqueio vacinal apenas das

pessoas que residam no mesmo domicílio.

IV- Caso suspeito de Rubéola é todo paciente que apresente febre e exantema maculopapular,

acompanhado de linfadenopatia retroauricular, occipital e cervical, independente da idade e

situação vacinal, ou todo indivíduo suspeito com história de viagem ao exterior nos últimos

30 dias ou de contato, no mesmo período, com alguém que viajou ao exterior.

a) Apenas as frases I, II e IV estão corretas.

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b) As frases I, II, III e IV estão corretas.

c) Apenas as frases I e III estão corretas.

d) Apenas as frases II e III estão corretas.

4 - Sarampo

5. (Prefeitura de Campinas-SP/CAIPIMES/2013) Sobre a prevenção do sarampo, é

incorreto afirmar:

a) O objetivo da vigilância epidemiológica na doença Sarampo é a identificação precoce de

casos para adoção de medidas de prevenção e controle, bem como identificar e monitorar as

demais condições de risco.

b) O Sarampo é uma doença de notificação compulsória nacional e de investigação

epidemiológica obrigatória imediata.

c) São consideradas contraindicações para a vacina tríplice viral: alergia e intolerância, que

não sejam de natureza anafilática, à ingestão de ovo; contato íntimo com pacientes

imunodeprimidos; vacinação recente com a vacinação oral contra a Poliomielite e exposição

recente ao Sarampo.

d) A vacina tríplice viral é administrada por via subcutânea, de preferência na face externa da

parte superior do braço (região deltoide).

6. (Prefeitura de São Caetano do SUL-SP/CAIPIMES/2011) O Sarampo é uma doença

infecciosa aguda, de natureza viral, transmissível e extremamente contagiosa. A viremia

decorrente da infecção provoca uma vasculite generalizada, responsável pelo aparecimento

das diversas manifestações clínicas. Quando essa doença ocorre em uma criança em idade

escolar:

a) é necessária a realização de bloqueio vacinal, e deve abranger apenas as pessoas do mesmo

domicílio do caso.

b) não é necessária a realização de bloqueio vacinal.

c) é necessária a realização de bloqueio vacinal, e deve ser feito de forma seletiva em todos os

contatos do caso.

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d) não é necessária a realização de bloqueio vacinal, porém, devem ser vacinados apenas os

casos detectados.

7. (Prefeitura de Mage-RJ/FUNCAB/2013) A ANVISA está recomendando aos viajantes

com destino aos Estados Unidos e à Europa que sejam vacinados contra um tipo de doença

cujo vírus não circula no Brasil desde 2001. Qual é a doença à que a ANVISA se refere?

a) Coqueluche.

b) H1N1.

c) Poliomielite.

d) Difteria.

e) Sarampo.

5 - Coqueluche

8. (Prefeitura de Campinas-SP/CAIPIMES/2013) Leia as frases abaixo e a seguir assinale a

alternativa que corresponde à resposta correta.

I- A Coqueluche é uma doença infecciosa aguda, transmissível e de distribuição universal,

que compromete especificamente o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) e se

caracteriza por paroxismos de tosse seca.

II - A fase catarral da Coqueluche, tem duração de 1 ou 2 semanas e inicia-se com

manifestações respiratórias e sintomas leves, seguidos pela instalação gradual de surtos de

tosse, cada vez mais intensos e frequentes, até que passam a ocorrer as crises de tosses

paroxísticas.

III - O homem, o cão e o pombo são considerados reservatórios da doença coqueluche.

IV - É considerado caso suspeito todo indivíduo, independente da idade e estado vacinal, que

apresentar tosse seca há 14 dias ou mais associada a um ou mais sintomas como tosse

paroxística, guincho inspiratório e vômitos pós-tosse ou com história de contato com um caso

confirmado de Coqueluche pelo critério clínico.

a) As frases I, II, III e IV estão corretas.

b) Apenas as frases I, II e IV estão corretas.

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c) Apenas as frases I e III estão corretas.

d) Apenas as frases III e IV estão corretas.

5 - Febre Maculosa

9. (Prefeitura de Campinas-SP/CAIPIMES/2013) A Febre Maculosa Brasileira é uma

doença infecciosa febril aguda, de gravidade variável, podendo cursar desde formas leves e

atípicas até formas graves com elevada taxa de letalidade. A partir disso é correto afirmar que:

a) a Febre Maculosa Brasileira pode ser transmitida de pessoa a pessoa.

b) a Febre Maculosa Brasileira é geralmente, adquirida pela picada de uma pulga infectada e a

transmissão ocorre quando o artrópode permanece aderido ao hospedeiro por, no mínimo, de

10 minutos à 1 hora.

c) a Febre Maculosa Brasileira é de fácil diagnóstico, pois apresenta sintomas característicos

na fase inicial.

d) é uma doença de notificação compulsória e é obrigatória a investigação epidemiológica

com busca ativa, para evitar a ocorrência de novos casos e óbitos.

7 - Leishmaniose Tegumentar e Visceral

10. (HGA-SP/CETRO/2013) Sobre a Leishmaniose Tegumentar, analise as assertivas

abaixo.

I. A Leishmaniose Tegumentar é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada por

diferentes espécies de protozoários do gênero Leishmania, que acomete pele e mucosas.

II. Os vetores da Leishmaniose Tegumentar são caramujos gastrópodes aquáticos,

pertencentes à família Planorbidae e ao gênero Biomphalaria, que habitam coleções de água

doce, com pouca correnteza ou parada.

III. A úlcera típica da Leishmaniose Tegumentar é extremamente dolorosa e secretiva;

costuma localizar-se em regiões de dobras cutâneas, apresentando formato arredondado ou

ovalado, com bordas rasas e com ausência de granulações.

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IV. A Leishmaniose Tegumentar é considerada, pela Organização Mundial da Saúde (OMS),

como uma das seis mais importantes doenças infecciosas, devido ao alto coeficiente de

detecção e capacidade de produzir deformidades.

É correto o que se afirma em

a) I, II e III, apenas.

b) II e IV, apenas.

c) I e III, apenas.

d) I e IV, apenas.

e) II, III e IV, apenas.

11. (Prefeitura de Belo Horizonte-MG/FUMARC/2011) Leia as informações para

responder à questão:

Imagem extraída de http://www.brasilescola.com em 21/09/2011.

“Modo de transmissão: Pela picada da fêmea de insetos flebotomíneos das diferentes espécies de importância

médico-sanitária do gênero Lutzomyia. São conhecidos popularmente como mosquito palha, tatuquira, birigui,

entre outro”.

Baseando-se nas informações acima, marque a alternativa que corresponde à doença infecto

contagiosa.

a) Linfogranuloma Venéreo.

b) Leishmaniose Tegumentar Americana.

c) Oncocercose.

d) Paracoccidioidomicose.

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12. (Prefeitura do Rio-RJ/2013/IABAS-BIORIO) A leishmaniose visceral (LV) ou Calazar

é uma zoonose que afeta o homem, além de outros animais. Apresenta-se sob a forma de

doença crônica, sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, astenia,

adinamia, entre outras manifestações. Em relação a essa patologia NÃO é correto afirmar que:

a) a leishmaniose é uma doença grave que, se não for tratada, pode levar à morte até 90% dos

casos humanos;

b) os sinais e os sintomas da doença no homem são: febre irregular de longa duração, falta de

apetite, emagrecimento, fraqueza e barriga inchada, pelo aumento do fígado e do baço;

c) os sinais e os sintomas da doença nos cães são: apatia, lesões na pele, queda de pelos,

inicialmente ao redor dos olhos e nas orelhas, emagrecimento, lacrimejamento e crescimento

anormal das unhas;

d) a prática da eutanásia canina é recomendada para todos os animais infectados, pois eles

continuam transmitindo a doença mesmo depois de tratados;

e) a transmissão da doença pode ocorrer diretamente de pessoa para pessoa.

13. (Prefeitura de Teresina-PI/NUCEPE/2011) Febre, hepatomegalia, icterícia e ascite são

sinais associados à (ao):

a) botulismo;

b) tétano acidental;

c) malária;

d) febre tifóide;

e) leishmaniose visceral.

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8 - Esquistossomose Mansoni

14. (Prefeitura de Wenceslau Braz-PR/FUNTEF-PR/2013) A Esquistossomose Mansoni é

uma infecção produzida por parasito trematódeo digenético, cuja sintomatologia clínica

depende de seu estágio de evolução no homem. Após seis meses de infecção, há risco de o

quadro clínico evoluir para a fase crônica. Todas as alternativas abaixo refletem as suas

formas clínicas, EXCETO

a) hepatointestinal.

b) hepática.

c) anemia hemolítica.

d) hepatoesplênica compensada.

e) hepatoesplênica descompensada.

9 - Escarlatina

15. (Prefeitura de São Caetano do SUL-SP/CAIPIMES/2011) A escarlatina é uma doença

infecciosa aguda causada pelo Estreptococo B hemolítico do grupo A, produtor de toxina

pirogênica (eritrogênica), pode raramente ser devida à infecção pelo estreptococo dos grupos

C e G. A escarlatina ocorre mais frequentemente associada à faringite e, ocasionalmente, aos

impetigos. Atualmente, a forma toxêmica grave é pouco comum. Sobre a escarlatina é correto

afirmar que:

a) sua distribuição é universal, com menor incidência no final do inverno e início da

primavera.

b) o cachorro é o hospedeiro natural do estreptococo do grupo A.

c) a conduta nas creches, escolas e domicílios onde apareça a doença escarlatina é tratar todos

os comunicantes sejam eles sintomáticos ou assintomáticos.

d) pode ocorrer em qualquer idade, sendo mais frequente em idade escolar, entre 5 e 18 anos.

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10 - Raiva Humana

16. (Prefeitura de Campinas-SP/CAIPIMES/2013) Sobre a Raiva Humana, é correto

afirmar:

a) A vacina contra a raiva em uso rotineiro no Brasil, a partir de 2002, é a vacina de cultivo

celular. As vacinas de cultivo celular são mais imunogênicas e menos reatogênicas.

b) No ciclo urbano, as principais fontes de infecção são cão, morcego, jaritaca e macacos.

c) A única forma de transmissão da doença é através da lambedura de mucosas.

d) Como a vacinação apresenta contraindicação, deve ser iniciada 10 dias após a arranhadura

e/ou lambedura de mucosas.

17. (Prefeitura de Ponta Grossa-PR/FAFIPA/2011) Sobre o Potencial de Transmissão do

Vírus da Raiva, relacione as colunas e, em seguida, assinale a alternativa com sequência

correta.

1. Animais de alto risco.

2. Animais de médio risco.

3. Animais de baixo risco.

( ) Morcegos.

( ) Caprinos e ovinos.

( ) Suínos.

( ) Ratos, coelhos, hamsters.

a) 1 – 1 – 2 – 3.

b) 1 – 2 – 2 – 3.

c) 1 – 3 – 3 – 2.

d) 2 – 1 – 3 – 1.

e) 3 – 2 – 1 – 1.

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11 - Leptospirose

18. (Prefeitura de Campinas-SP/CAIPIMES/2013) Sobre a doença Leptospirose, é correto

afirmar que:

a) os animais infectados apenas eliminam a leptospira na urina, em um período máximo de 6

meses a um ano.

b) a icterícia é um sinal característico, possuindo uma tonalidade alaranjada muito intensa e

geralmente aparece entre o 3° e o 7° dia da doença.

c) a antibioticoterapia está indicada em qualquer período da doença, e a doxicilina deve ser

utilizada em crianças menores de 9 anos, mulheres grávidas e em pacientes portadores de

nefropatias ou hepatopatias.

d) não é uma doença de notificação compulsória nacional.

12 - Meningite

19. (Prefeitura do Rio-RJ/2013/IABAS-BIORIO) Com relação à doença meningocócica, é

correto afirmar que:

a) o tratamento de escolha é composto pela associação da ceftriaxona com o cloranfenicol;

b) a porta de entrada mais comum para o meningococo é a nasofaringe;

c) o diagnóstico diferencial entre a meningite meningocócica e pneumocócica pode ser feito

apenas pela avaliação clínica;

d) o agente etiológico pode ser isolado do líquor e das lesões petequiais e visualizado como

diplococos gram positivos à microscopia ótica;

e) ceftriaxona é o antimicrobiano de escolha para a profilaxia dos contactantes.

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13 - Influenza

20. (Prefeitura do Rio-RJ/2013/IABAS-BIORIO) A Influenza H1N1 é transmitida, da

pessoa infectada a outra pessoa, principalmente por tosse e espirros, o que seria um grande

problema de saúde publica em eventos fechados. Como principais sintomas nesses casos

podemos elencar:

a) início agudo, tosse produtiva, febre alta e mialgia leve;

b) início lento, tosse produtiva, febre alta e fadiga;

c) início agudo, tosse seca ou pouco produtiva, febre alta e mialgia intensa;

d) início lento, tosse produtiva, febrícula e mialgia leve;

e) início agudo, tosse produtiva, febre baixa recidivante.

14 - Doença de Chagas

21. (Universidade Federal do Pará-PA/UFPA/2011) No 1º dia após o nascimento, um

recém-nascido, de parto normal, aleitamento materno exclusivo, internado em um hospital da

cidade de Belém, começou apresentar dificuldade respiratória. Depois da avaliação médica e

exames laboratoriais, foi constatada presença de anticorpos IgM anti-Tripanossoma Cruzi no

sangue e insuficiência cardíaca congestiva e derrame pleural. Diante do caso, o enfermeiro

esclareceu à mãe que a provável forma de transmissão da Doença de Chagas seria

a) oral.

b) transfusional.

c) sexual.

d) vertical.

e) acidental.

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Este curso é de uso exclusivo de ROSELAINE CLEMENTINO DA SILVA, CPF: 089.193.784-60. Não é permitida cópia, distribuição,divulgação, venda ou reprodução, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal (Lei 9610/98).

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15 - Malária

22. (Assembleia Legislativa do Amazonas-AM/ISAE/2011) O Art. n. 30 do Código de

Ética afirma que “é proibido administrar medicamentos sem conhecer a ação da droga e sem

certificar-se da possibilidade de riscos”. Partindo dessa premissa e de acordo com o Guia

prático de tratamento da Malária no Brasil, 2010, os procedimentos a serem adotados no

tratamento de uma paciente com malária devem ser precedidos das informações relacionadas

nas alternativas a seguir, à exceção de uma. Assinale-a.

a) A espécie de plasmódio infectante, pela especificidade dos esquemas terapêuticos a serem

utilizados.

b) A idade da paciente, pela maior toxicidade em adultos jovens.

c) O histórico de exposição anterior à infecção, uma vez que indivíduos primoinfectados

tendem a apresentar formas mais graves da doença.

d) As condições associadas, tais como gravidez, e o levantamento de outros problemas de

saúde.

e) A gravidade da doença, pela necessidade de hospitalização e de tratamento com esquemas

especiais de antimaláricos.

16 - Tétano, Coqueluche, Parotidite e Difteria

23. (IF-SC/2013) Doença respiratória infectocontagiosa grave, causada por um bacilo que se

instala nas amídalas, faringe, laringe, nariz e, em alguns casos, nas mucosas e na pele. O

período de incubação costuma durar em torno de um a seis dias, altamente transmissível

mediante contato direto, através de gotículas eliminadas pela tosse, pelo espirro e ao falar, ou

pelo contato com as lesões cutâneas:

a) Tétano

b) Coqueluche

c) Sarampo

d) Parotidite

e) Difteria

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17 - Teníase, Ancilostomose; Elefantíase e Ascaridíase

24. (Prefeitura do Rio-RJ/2013/IABAS-BIORIO) São parasitoses que NÃO envolvem o

mosquito vetor que participa da transmissão:

a) teníase, malária e ancilostomose;

b) elefantíase, malária e ascaridíase;

c) esquistossomose, ancilostomose e malária;

d) elefantíase, esquistossomose e ancilostomose;

e) esquistossomose, ascaridíase e ancilostomose.

Gabarito

1-D 11-B 21-D

2-C 12-E 22-B

3-C 13-E 23-E

4-A 14-C 24-E

5-C 15-C

6-C 16-A

7-E 17-B

8-B 18-B

9-D 19-B

10-D 20-C

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Referências

-> Acessem aqui todas as publicações do Ministério da Saúde sobre Vigilância em

Saúde:

http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/index.cfm?portal=pagina.visualizarTexto&codConteudo=4

580&codModuloArea=789

-> Cadernos de Atenção Básica do Ministério da Saúde:

DST/HIV - http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad18.pdf

Vigilância em Saúde: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad21.pdf Zoonoses:

http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad22.pdf

Demanda Espontânea: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/caderno_28.pdf

-> Dengue:

http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/arquivos/pdf/2013/Out/02/dengue_manejo_clinico_4ed_O

K.pdf

http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/arquivos/pdf/2013/Out/02/dengue_enfermagem_2ed_web.

pdf

-> Hepatites Virais:

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/protocolo_hepatite_c_julho_2011.pdf

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/protocolo_hepatite_c_julho_2011.pdf

- > Hanseníase

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/portaria_n_3125_hanseniase_2010.pdf

-> Tuberculose:

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_recomendacoes_controle_tuberculose_brasil.pdf

-> Manuais de Vigilância:

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/guia_vigilancia_epidemio_2010_web.pdf

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/doen_infecciosas_guia_bolso_8ed.pdf

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