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ESPIROMETRIA
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONASDEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICA
DISCIPLINA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA
Prof ª Flavia Salame
REVISÃO EXPRESSA:Fisiologia Respiratória
INTRODUÇÃO
A função primária dos pulmões é a
troca gasosa
Outras funções:
Metabolismo de alguns componentes
Filtro de materiais indesejáveis
provenientes da circulação
Reservatório de sangue
Interface gás-sangue
O oxigênio e o gás carbônico movem-se no sangue através da difusão simples
Maior Pressão
Menor Pressão
Interface gás-sangue
LEI DE FICK
A quantidade de gás que se move
através de um fragmento de tecido
é:
proporcional a sua área,
mas inversamente proporcional a sua
espessura.
Interface gás-sangue
Há cerca de 300
milhões de
alvéolos em um
pulmão humano.
Espessura 0,3 mm.
Aréa: 85 metros 2
Volume: 4 litros
Vias Aéreas e Fluxo aéreo
As vias aéreas condutoras, por não conterem alvéolos, constituem o espaço morto anatômico. Cerca de 150 ml
Volume Alveolar 2,5 a 3,0 l
Movimentação do Gás na região Alveolar se dá principalmente por Difusão
Vias Aéreas e Fluxo aéreo
O pulmão é elástico e retorna passivamente ao volume pré-
inspiratório.
Uma respiração normal (cerca de 500 ml) requer uma pressão
de distensão menor que 3 mmHg. (Encher balão – 30 mmHg).
A pressão necessária para movimentar o gás através das vias
aéreas também é baixa. Para um fluxo de 1 l/s é necessário
menos que 2 cm de água.
Smooth muscle cells
Endothelium
PericyteIntermediate cell
Muscularizedvessel
Partlymuscularized
vesselNon-muscularized
vessel
VENTILAÇÃO
VENTILAÇÃO
VENTILAÇÃO
VENTILAÇÃO
Outro método para mensurar a CTP e CRF é a Pletismografia.
ESPIROMETRIA
Introdução à Espirometria?
Do latim spirare = respirar
+ metrum = medida
É a medida do ar que
entra e sai dos pulmões.
Pode ser realizada durante
respiração lenta ou
durante manobras
expiratórias forçadas.
Introdução à Espirometria?
Auxilia na prevenção e permite o
diagnóstico e a quantificação dos
distúrbios ventilatórios.
Avaliação de pacientes com sintomas
respiratórios ou doença respiratória
conhecida.
Exige a compreensão e colaboração
do paciente, equipamentos exatos e
emprego de técnicas padronizadas
aplicadas por pessoal especialmente
treinado.
Introdução à Espirometria?
Os valores obtidos devem
ser comparados a valores
previstos adequados para a
população avaliada.
Os valores preditos variam
de acordo com a idade,
altura, gênero e raça.
A interpretação deve ser
feita à luz dos dados clínicos
e epidemiológicos.
Quais as indicações do exame?
As razões para realizar espirometria
podem ser divididas em 3 categorias
maiores:
1. Propósitos diagnósticos.
2. Monitorização da doença ou seu
tratamento.
3. Avaliação de incapacidade.
Quais as contra-indicações ao exame?
Hemoptise recente
Angina recente
Descolamento de retina
Na vigência de crise
hipertensiva
Na vigência de edema
pulmonar
Aneurisma de aorta torácica
Qual a técnica de realização do exame?
VÍDEO
Curva Fluxo-Volume
Curva Volume- Tempo
O que os principais parâmetros nos informam?
O que a CVF nos diz? A Capacidade Vital Forçada nos dá uma
estimativa do volume pulmonar. Não é um dado fidedigno, pois não temos como mensurar o VR durante a espirometria.
O que os principais parâmetros nos informam?
O que a relação VEF1/CVF (índice de Tiffenau) nos diz? O índice de Tiffenau nos indica se há ou
não obstrução ao fluxo de ar.
O que os principais parâmetros nos informam?
O que o VEF1 nos diz? O VEF1 nos diz se há atraso na liberação
do ar durante a expiração. (Ex: Pacientes DPOC tem tempo de expiração prolongado pelo aprisionamento de ar, por isso no primeiro segundo eliminam um volume inferior ao normal.)
Auxilia na classificação da gravidade.
O que a prova broncodilatadora nos traz de informação?
A prova broncodilatadora nos ajuda a verificar a ocorrência ou não de hiperreatividade brônquica.
Como faço para saber se o exame ficou apropriado?
Pelo menos três testes aceitáveis Inspiração máxima antes do início do
teste Início satisfatório da expiração
Evidência de esforço máximo Volume retroextrapolado < 5% da CVF ou
0,15L, o que for o maior Diferença entre os três maiores valores do
PFE < 10% ou 0,5L/s, o que for maior Expiração sem hesitação
Quando considerar um teste como aceitável?
Duração satisfatória do teste Em geral > 6s Pelo menos 10s na presença de
obstrução, idealmente 15sTérmino
Platô no último segundo Desconforto acentuado ou risco de
síncope
Quando posso considerar o teste como aceitável?
Artefatos ausentes Tosse no 1º segundo Vazamento Obstrução da peça bucal Manobra de Valsalva Ruído glótico
Quando posso dizer que o exame é reprodutível?
Resultados reprodutíveis Para CVF e VEF1 os dois maiores
valores devem diferir < 0,15L Se estes critérios não são
preenchidos após oito tentativas, interrompa o exame e siga com a interpretação usando os três melhores testes.
Como selecionar as melhores curvas do paciente?
Seleção das curvas para interpretação Selecione dos testes de qualidade
aceitável Selecione a maior CVF Selecione o maior VEF1 das curvas com
valores de PFE aceitáveis Selecione os fluxos instantâneos da
curva com maior soma de CVF e VEF1, obedecido o critério anterior
Possíveis interpretações
Normal
Disturbio Ventilatório Obstrutivo
Distúrbio Ventilatório Obstrutivo com CVF
reduzida
Sugestivo de Distúrbio Ventilatório
Restritivo
Distúrbio Ventilatório Combinado (misto)
Distúrbio Ventilatório inespecífico
Como posso classificar os achados em relação a gravidade?
Como saber se houve resposta ao Broncodilatador?
Fluxogramas de Interpretação do Exame
> LIP (70%) < LIP (70%)
CVF REDUZIDA
CVF NORMAL
CVF REDUZIDACVF
NORMAL
EXAME NORMAL
PROVÁVEL DVR
DVO(CVF-
VEF1) ≤ 12
VEF/CVF
(CVF-VEF1) ≥
13
DISTURBIO MISTO
DVO C/ CVF
REDUZIDA
Fluxogramas de Interpretação do Exame
DVO
BD +
Com Hiperreatividade
brônquica
Não Normaliza após BD
Normaliza após BD
DPOC
BD -
Sem Hiperreatividade
brônquica
Asma
Asma
DPOC
SESSÃO DE TREINAMENTO
ESPIROMETRIA 1: 30 anos,Feminino, queixa de dispnéia. Nega Tabagismo
PRÉ- BD
CVF: 3,40 /94% do predito (LIP: 2,94)
VEF1/CVF: 87,8/ 86,7% do predito (LIP:
77,64)
VEF1: 2,99/101,3% do predito (LIP:
2,57)
PÓS- BD
CVF: 3,51 /96% do predito Δ = 2%
VEF1/CVF: 88,2/ 87,4% do predito Δ=0,7%
VEF1: 3,03/102,1% do predito Δ= 0,8%
LAUDO:
AUSÊNCIA DE OBSTRUÇÃO AO FLUXO AÉREOCVF DENTRO DOS PADRÕES DA NORMALIDADEAUSÊNCIA DE VARIAÇÃO SIGNIFICATIVA DE FLUXOS E VOLUMES APÓS BRONCODILATADOR
CONCLUSÃO: PROVA VENTILATÓRIA DENTRO DOS PADRÕES DA NORMALIDADE.
ESPIROMETRIA 2: 67 anos, masculino, dispnéia, ex-tabagista
PRÉ- BD
CVF: 3,67/84,2% do predito (LIP: 3,24)
VEF1/CVF: 28,5/36,7% do predito (LIP:
69,4)
VEF1: 1,05/30,9% do predito (LIP: 2,54)
PÓS- BD
CVF: 3,91 /89,8% do predito Δ = 5,6%
VEF1/CVF: 88,2/ 87,4% do predito (LIP:
77,64) Δ=3,3%
VEF1: 3,03/102,1% do predito (LIP: 2,57)
Δ= 5,1%
LAUDO:
OBSTRUÇÃO GRAVE AO FLUXO AÉREOCVF DENTRO DOS PADRÕES DA NORMALIDADEAUSÊNCIA DE VARIAÇÃO SIGNIFICATIVA DE FLUXOS E VOLUMES APÓS BRONCODILATADOR
CONCLUSÃO: PROVA VENTILATÓRIA COMPATÍVEL COM DISTURBIO VETILATÓRIO OBSTRUTIVO GRAVE SEM RESPOSTA AO BRONCODILATADOR.
ESPIROMETRIA 3: 31 anos, feminino, dispnéia, HAP por TEP crônico
PRÉ- BD
CVF: 2,02/55,4% do predito (LIP: 2,97)
VEF1/CVF: 84,6/98,1% do predito (LIP:
77,19)
VEF1: 1,71/54,4% do predito (LIP: 2,58)
PÓS- BD
CVF: 2,00 /54,9% do predito Δ = - 0,02%
VEF1/CVF: 88,8/103% do predito Δ= 4,95%
VEF1: 1,78/56,7% do predito (LIP: 2,57) Δ=
2,26%
LAUDO:
AUSÊNCIA DE OBSTRUÇÃO AO FLUXO AÉREOCVF COM REDUÇÃO MODERADAAUSÊNCIA DE VARIAÇÃO SIGNIFICATIVA DE FLUXOS E VOLUMES APÓS BRONCODILATADOR
CONCLUSÃO: PROVA VENTILATÓRIA SUGESTIVA DE DISTURBIO VETILATÓRIO RESTRITIVO MODERADO. AUSÊNCIA DE RESPOSTA AO BRONCODILATADOR.
ESPIROMETRIA 4: 57 anos, feminino, dispnéia, Pneumonite Lúpica.
PRÉ- BD
CVF: 1,61/60,2% do predito (LIP: 1,99)
VEF1/CVF: 64,8% do predito (LIP: 72,7)
VEF1: 1,13/51,6% do predito (LIP: 1,63)
PÓS- BD
CVF: 1,62 /60,7% do predito Δ = 0,01%
VEF1/CVF: 64,8% do predito Δ= 0,02%
VEF1: 1,13/51,6% do predito (LIP: 2,57) Δ=
0,04%
LAUDO:
PRESENÇA DE OBSTRUÇÃO MODERADA AO FLUXO AÉREOCVF COM REDUÇÃO LEVEAUSÊNCIA DE VARIAÇÃO SIGNIFICATIVA DE FLUXOS E VOLUMES APÓS BRONCODILATADOR
CONCLUSÃO: PROVA VENTILATÓRIA SUGESTIVA DE DISTURBIO VETILATÓRIO COMBINADO DE GRAVIDADE MODERADA. AUSÊNCIA DE RESPOSTA AO BRONCODILATADOR.
ESPIROMETRIA 5: 44 anos, masculino, dispnéia, ex-tabagista
PRÉ- BD
CVF: 3,19/63,4% do predito (LIP: 3,91)
VEF1/CVF: 31,57/39,1% do predito (LIP:
72,51)
VEF1: 1,01/ 24,8% do predito (LIP:
3,22)
PÓS- BD
CVF: 3,33 /66,1% do predito Δ = 2,72%
VEF1/CVF: 28,77/35,6% do predito Δ= -
3,47%
VEF1: 0,96/23,5% do predito Δ= - 1,23%
LAUDO:
PRESENÇA DE OBSTRUÇÃO GRAVE AO FLUXO AÉREOCVF COM REDUÇÃO LEVEAUSÊNCIA DE VARIAÇÃO SIGNIFICATIVA DE FLUXOS E VOLUMES APÓS BRONCODILATADOR
CONCLUSÃO: PROVA VENTILATÓRIA SUGESTIVA DE DISTURBIO VETILATÓRIO OBSTRUTIVO GRAVE COM CVF REDUZIDA.AUSÊNCIA DE RESPOSTA AO BRONCODILATADOR.
AULA DISPONÍVEL NO SITE:www.draflaviasalame.com
sessão: Espaço do Aluno