Aula de Falência (UERJ) 2o. semestre 2011 DCom IV - Cópia

Prof. José Carlos Vaz e Dias (PhD/LLM Kent)

Vaz e Dias | Arruda da Veiga Advogados & Associados

Propriedade Intelectual e Direito Empresarial



Falência e Recuperação Judicial

Direito Comercial IV

FATO JURÍDICO: CRISE DA EMPRESA

CRISE DA EMPRESA É UMA COMPILAÇÃO DE FATOS ECONÔMICOS E FINANCEIROS QUE CRIAM OBSTÁCULOS AO EXERCÍCIO DA EMPRESA.

RELEVÂNCIA EM ESTUDÁ-LO:

• CRIA DIFICULDADES PARA O EMPRESÁRIOS HONRAREM COM OS SEUS ACORDOS PERANTE CREDORES

• EVIDENCIA OS RISCOS DE UM EMPREENDIMENTO

• MOSTRA A RELEVÂNCIA NA COMPETITIVIDADE CONTÍNUA.

• AFETA A ATIVIDADE EMPRESÁRIA LEVANDO À DISSOLUÇÃO





ATIVIDADE EMPRESÁRIA = PRÁTICA DE VELEJAMENTO

• EMPRESÁRIOS DEVEM SER AUDACIOSOS E CRITERIOSOS

• CUIDADOSOS NA ESCOLHA DA ATIVIDADE E CONSUMIDORES

• ATENCIOSOS QUANTO À ADMINISTRAÇÃO DOS NEGÓCIOS

• LARGAMENTE INFLUENCIADOS PELO EXTERNO: POLÍTICAS ECONÔMICAS, SOCIAIS E SITUAÇÕES GLOBALIZADAS.

TAL COMO OS VELEJADORES QUE BUSCAM NOVAS TERRAS, AS ATIVIDADES MUITAS VEZES SÃO INSUFICIENTES PELA INFLUÊNCIA DOS VENTOS, CORRENTES MARÍTIMAS, TEMPO.





CRISE DA EMPRESA RELEVANTE PARA O DIREITO COMERCIAL:

• ABRANGE A FALÊNCIA

• ABRANGE A RECUPERAÇÃO JUDICIAL E O

• PAGAMENTO DOS CREDORES

► COMO SISTEMATIZAR A CRISE DA EMPRESA = FÁBIO ULHOA

1) CRISE ECONÔMICA = RETRAÇÃO SIGNIFICATIVA DOS NEGÓCIOS DESENVOLVIDOS PELO EMPRESÁRIO. REDUÇÃO GENERALIZADA DA PRODUÇÃO.





COMO COMBATÊ-LA: REDUÇÃO DE CUSTOS, AUMENTO DA COMPETITIVIDADE, PROMOÇÕES PARA CONSUMIDORES.

2) CRISE FINANCEIRA: O EMPRESÁRIO NÃO TEM CAIXA PARA HONRAR OS SEUS COMPROMISSOS (“CRISE DE LIQUIDEZ”).

► VENDAS ÓTIMAS, FATURAMENTO SATISFATÓRIO, MAS EXISTE DIFICULDADES EM PAGAR AS SUAS OBRIGAÇÕES.

EXTERIORIZAÇÃO: IMPONTUALIADE DO EMPRESÁRIO

3) CRISE PATRIMONIAL: • INVOLVÊNCIA OU INSUFICIÊNCIA DE BENS NO ATIVO PARA SATIFAÇÃO DO PASSIVO.

MENOS BENS PATRIMONIAIS DO QUE O TOTAL DAS DÍVIDAS





A CRISE DA EMPRESA PODE:

• AFETAR A ATIVIDADE EMPRESÁRIA

• LEVAR PREJUÍZO AOS EMPREENDEDORES

• ELIMINAR POSTOS DE TRABALHO

• FAZ DIMINUIR A ARRECADAÇÃO DE IMPOSTOS

RESULTADO: FALÊNCIA DO EMPRESÁRIO E PREJUÍZO PARA A ECONOMIA.





O QUE É FALÊNCIA?

• DERIVA DO VOCÁBULO FALIR E LATIM FALLERE.

FALTA DE CUMPRIMENTO DE COMPROMISSO ASSUMIDO.

“IMPOSSIBILIDADE DE O DEVEDOR ARCAR COM A SATISFAÇÃO DE SEUS DÉBITOS, EM VISTA DA IMPOTÊNCIA DE SEU PATRIMÔNIO PARA GERAR RECURSOS E MEIOS PARA HONRAR COM OS PAGAMENTOS DE DÍVIDAS”

• O PATRIMÔNIO DO DEVEDOR É A GARANTIA DOS CREDORES.

• A REDUÇÃO DO PATRIMÔNIO = PREJUDICAM OS CREDORES. NASCE O PROCEDIMENTO JUDICIAL DA FALÊNCIA.





HISTÓRICO DA FALÊNCIA?

• INADIMPLEMENTO NEM SEMPRE FOI TRATADO DE MANEIRA PACÍFICA E COM O ENVOLVIMENTO DO ESTADO.

► IDADE ANTIGA

• ÉGIDE DAS XII TÁBUAS EM ROMA = DEVEDOR PODIA SER VENDIDO COMO ESCRAVO NO ESTRANGEIRO.

• SÉC. V A.C. = PROIBIU A SATIFAÇÃO DA DÍVIDA NA PESSOA DO DEVEDOR. MECANISMOS DE NATUREZA PATRIMONIAL.

• ÚLTIMA FASE DO DIREITO ROMANO = MUNIDO DE SENTENÇA, O CREDOR PROCURAVA O MAGISTRADO (MISSIO IN BONA) PARA ENTRAR NA POSSE DE TODOS OS BENS DO DEVEDOR.





► MISSIO = NÃO DESPIA O DEVEDOR DA PROPRIEDADE, NEM DA POSSE JURÍDICA DOS BENS. PRIORIZAVA A ADMINISTRAÇÃO PELO CURADOR.

• PATRIMÔNIO CARACTERIZAVA UM PENHOR EM BENEFÍCIO DOS CREDORES.

OBSERVAÇÃO: A MISSIO SE ASSEMELHA AO ATUAL INSTITUTO FALIMENTAR BRASILEIRO, POIS NÃO SIGNFICA A PERDA DA PROPRIEDADE, MAS A ADMINSITRAÇÃO DOS BENS POR PARTE DO DEVEDOR.





►EXECUÇÃO DE TANTOS BENS DO PATRIMONIO DO DEVEDOR QUANTO BASTEM PARA A INTEGRAL SATISFAÇÃO DE SEU CRÉDITO.

•O JUIZ IDENTIFICA A PARTIR DO TÍTULO A EXISTÊNCIA E O

DESCUMPRIMENTO DE CRÉDITO LÍQUIDO, CERTO E EXIGÍVEL. ►DETERMINA A CONSTRIÇÃO DE UM BEM DO PATRIMÔNIO DO DEVEDOR (PENHORA) PARA VENDÊ-LO SOB OS AUSPÍCIOS DA JUSTIÇA E CUMPRIMENTO DE FORMALIDADES.

►A EXECUÇÃO JUDICIAL DE BENS OCORRE, EM REGRA, INDIVIDUALMENTE. CREDOR MOVE PROCESSO CONTRA O DEVEDOR.





►EXPROPRIA-SE PELA PENHORA E VENDA JUDICIAL E PAGA-SE O TÍTULO DE CRÉDITO DEVIDO.

► QUANDO O PATRIMÔNIO DO DEVEDOR NÃO FOR SUFICIENTE PARA QUITAÇÃO DA DÍVIDA, A REGRA DA INDIVIDUALIDADE DA EXECUÇÃO TORNA-SE INJUSTA = NÃO SÃO DISCRIMINADOS OS INDIVÍDUOS E AS NECESSIDADES.

► PARA EVITAR INJUSTIÇA E PARA PRIVILEGIAR OS MAIS NECESSITADOS = AFASTA-SE A REGRA DA INDIVIDUALIDADE DA EXECUÇÃO E ESTABELECE-SE A EXECUÇÃO CONCURSAL.

► ENVOLVEM-SE TODOS OS CREDORES E ABRANGE TODOS OS BENS, REUNINDO A TOTALIDADE DO PASSIVO E ATIVO.





►EFEITOS DO TRATAMENTO PARITÁRIO NA FALÊNCIA:

1) EXPROPRIA-SE PELA PENHORA E VENDA JUDICIAL E PAGA-SE O TÍTULO DE CRÉDITO DEVIDO.

2) AGENTES ECONÔMICOS SENTEM-SE MENOS INSEGUROS EM CONCEDER CRÉDITOS.

► FALÊNCIA É UMA EXECUÇÃO CONCURSAL DO PATRIMÔNIO DO DEVEDOR (SOB O PRISMA ESTRITAMENTE PROCESSUAL)

► FALÊNCIA É UM MEIO EXTRAORDINÁRIO DE EXECUÇÃO, ENGLOBANDO O PATRIMÔNIO DO DEVEDOR, INSTITUÍDO EM FAVOR DA TOTALIDADE DE SEUS CREDORES.





EXECUÇÃO SINGULAR (INSOLVÊNCIA CIVIL) X FALÊNCIA

1) FALÊNCIA INCIDE SOBRE O PATRIMÔNIO DO EMPRESÁRIO. A INSOLVÊNCIA ABANGE DEMAIS DEVEDORES INSOLVENTES.

2) EXECUÇÃO SINGULAR É TRATADA POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR INSOLVENTE SOBRE ALGUNS BENS. A FALÊNCIA ABRANGE TODOS OS CREDORES DO DEVEDOR E INCIDE SOBRE OS SEUS BENS.

3) FALÊNCIA OCORRE PELA ARRECADAÇÃO (PATRIMÔNIO POSSÍVEL DE EXECUÇÃO DO DEVEDOR).

4) FALÊNCIA ENVOLVE A RECUPERAÇÃO JUDICIAL OU EXTRAJUDICIAL PARA REORGANIZAR AS SUAS OBRIGAÇÕES.SUBMISSÃO AO PLANO PELA MAIORIA. NA EXECUÇÃO SINGULAR, O CREDOR NÃO GOZA DE FAVOR LEGAL SEMELHANTE.





5) NA EXECUÇÃO SINGULAR, A SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO ESTÁ CONDICIONADA A ANUÊNCIA DE TODOS OS CREDORES (ART. 783 CPC). NA FALÊNCIA, PELA MAIORIA.

6) FORMA DE EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES. NA FALÊNCIA, AS OBRIGAÇÕES EXTINGUEM-SE QUANDO NO RATEIO DE MAIS DE 50% DO DEVIDO AOS QUIROGRAFÁRIOS, APÓS A REALIZAÇÃO DE TODO O RATEIO (LF, ART. 158, II). A EXTINÇÃO OCORRE SOMENTE COM O PAGAMENTO INTEGRAL DO DEVIDO (CPC, ART. 774), NA INSOLVÊNCIA CIVIL.

►FALÊNCIA: EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES APÓS A REALIZAÇÃO DO ATIVO (VENDA DOS BENS E COBRANÇA DOS DEVEDORES), PAGAMENTO DOS CREDORES PREFERENCIAIS E RATEIO EM FAVOR DOS QUIROGRAFÁRIOS DO PRODUTO APURADO.

► RECONSTITUIÇÃO DO PATRIMÔNIO, APÓS O PAGAMENTO DE 50% NÃO AFETA OS OUTROS CREDORES. NA INSOLVENCIA AFETA.





PECULIARIDADES DA FALÊNCIA:

►FALÊNCIA REVELA-SE COMO O CONJUNTO DE ATOS QUE EXPLICITAM UM DESEQUILÍBRIO NO PATRIMÔNIO DO DEVEDOR.

• EMERGEM UM COMPLEXO DE REGRAS PARA DISCIPLINAR UMA SOLUÇÃO AO DESEQUILÍBRIO E OFERECER UMA SOLUÇÃO AOS CREDORES FACE AO ESTADO DE INSOLVÊNCIA.

• DO PONTO JURÍDICO = MEDIDA RAZOÁVEL POIS NÃO IMPLICA EM LIQUIDAÇÃO JUDICIAL DO PATRIMÔNIO DO EMPRESÁRIO E PROMOVE A RECUPERAÇÃO DA EMPRESA.

• PONTO DE VISTA PROCESSUAL = PROCESSO DE EXECUÇÃO COLETIVA. PATRIMÔNIO DO EMPRESÁRIO FALIDO É ARRECADADO PARA PAGAMENTO DA UNIVERSALIDADE DE SEUS CREDORES.






• ARRECADAÇÃO → ADMINISTRAÇÃO → CONSERVAÇÃO → AVALIAÇÃO → ACERTAMENTO DOS CRÉDITOS → LIQUIDAÇÃO E RATEIO DOS CEDRES.

► PUNIÇÃO DE ATOS CRIMINOSOS PELO DEVEDOR FALIDO.

► MEIO EXTRAORDINÁRIO, CONCURSAL E COLETIVA DE EXECUÇÃO, ENGLOBANDO O PATRIMÔNIO DO DEVEDOR: ABRANGE TODOS OS CREDORES E TODOS OBENS. ►NÃO DEVE PRESTAR A FALÊNCIA AO MEIO ORDINÁRIO DE COBRANÇA, MAS UM REMÉDIO EXTRAORDINÁRIO.






• PROCESSO EXTRAORDINÁRIO ENGLOBA 2 FASES : (A) PROCESSO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL E (B) PROCESSO DE FALÊNCIA.

NATUREZA JURÍDICA DA FALÊNCIA

PROCEDIMENTO PROCESSUAL DE SOLUÇÃO DO DESEQUILÍBRIO DO EMPRESÁRIO DEVEDOR, QUE ENGLOBA MATÉRIAS CÍVEIS, PROCESSUAIS, CONSTITUCIONAIS E DE DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO.

EX.: MULTINACIONAIS. ULTRAPASSAM BARREIRAS TERRITORIAIS.





►INSTAURAÇÃO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO EXTRAORDINÁRIA

PRESSUPOSTOS:

(A) 1º. PRESSUPOSTO (DEVEDOR – EMPRESÁRIO)

• REGIME JURÍDICO DA FALÊNCIA É CONSIDERADO RESTRITIVO.

• LEI DE FALÊNCIA DE 1945 = CONSIDERAVA-SE O COMERCIANTE.

► O QUE É EMPRESÁRIO? ARTS. 966 E 972 CC.

► MODO COMO EXPLORA A ATIVIDADE E NÃO NA ATIVIDADE EXPLORADA. EMPRESARIALIDADE.





► NÃO SUJEITA-SE À FALÊNCIA QUEM NÃO PRODUZ OU CIRCULAR BENS OU SERVIÇOS.

EX.: ASSOCIAÇÕES, FUNDAÇÕES,, ADVOGADOS, SOCIEDADE SIMPLES. COOPERATIVAS. AGRICULTOR RURAL.

► SUBMETEM-SE À INSOLVÊNCIA CIVIL. NÃO USUFRUEM DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL OU EXTRAJUDICIAL

► DEVE-SE QUITAR A TOTALIDADE DA DÍVIDA PARA EXTINGUI-LA.

EMPRESÁRIO INDIVIDUAL = SUJEITA-SE À FALÊNCIA.

EMPRESÁRIO IRREGULAR (EXERCE AS ATIVIDADES À MARGEM DA LEI) = ESTÁ SUJEITO À FALÊNCIA MAS NÃO USUFRUI DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL OU EXTRAJUDICIAL (ART. 48 E 61 LRF).





TIPOS SOCIETÁRIOS:

► SOCIEDADE POR AÇÕES = SEMPRE CLASSIFICADA COMO EMPRESÁRIA, INDEPENDENTEMENTE DE SEU OBJETO, POR FORÇA DO ART. 982, PARÁGAFO ÚNICO DO CC.

A S.A. É O SUJETIO PASSIVO DA FAÊNCIA E DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL OU EXTRAJUDICIAL. A EXCEÇÃO É AQUELA DISPOSA PELA LEI, COMO AS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS, AS EMPRESAS PÚBLICAS E AS SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA (REGIME ESPECIAL).

► SOCIEDADE EM NOME COLETIVO = OS SÓCIOS SÃO EXCLUSIVAMENTE PESSOAS NATURAIS E RESPONDEM SOLIDÁRIA E ILIMITADAMENTE PELAS ORIGAÇÕES. A LIMITAÇÃO PODE OCORRER POR ATO CONSTITUTIVO OU CONVENÇÃO UNÂNIME.





►SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES = FORMADA POR 2 CATEGORAIS: COMANDITADOS (PESSOAS FÍSICAS) E COMANDITÁRIOS (CAPITALISTAS).

APLICAM-SE AS MESMAS REGRAS E O AR. 1051 CC.

►SOCIEDADE LIMITADA – PELO ART. 1.087, A SOCIEDADE LIMITADA PODE SER EMPRESÁRIA OU SIMPLES.

EXCLUSÃO DA FALÊNCIA

• TOTALMENTE EXCLUÍDO – REGIME DE EXECUÇÃO CONCURSAL DIVERSO DO FALIMENTAR.





•NENHUM CREDOR DESSA ENTIDADE PODE EXECUTAR OU REQUERER A DECRETAÇÃO EM JUÍZO DA FALÊNCIA. PODE EXECUTAR, NO ENTANTO , O CRÉDITO MEDIANTE A PENHORA DE BENS.

PARCIALMENTE EXCLUÍDO DA FALÊNCIA.

(A) CIAS. DE SEGURO = ESTAÕ SUJEITOS AO PROCEDIMENTO ESPECÍFICO DE EXECUÇÃO CONCURSAL (LIQUIDAÇÃO COMPULSÓRIA). ART. 26 DO DECRETO-LEI 73/66.





(B) OPERADORAS DE PLANO DE SAÚDE (PRIVADOS) = SUJEITAM-SE AO PROCESSO DE LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL DECRETADA PELA ANS (AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE).

(C) INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS = QUANDO SE ENCONTRAM NO EXERÍCIO REGULAR DA ATIVIDADE FINANCIERA, ESTAS SUJEITAM-SE À DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA. ENVOLVIMENTO DE INTERVENTOR.





2º. PRESSUPOSTO - INSOLVÊNCIA

► INSOLVÊNCIA = IMPONTUALIDADE INJUSTIFICADA E EXECUÇÃO FRUSTRADA OU PRÁTICA DE ATO DE FALÊNCIA.

• O DEVEDOR ENCONTRA-SE SUJEITO À EXECUÇÃO CONCURSAL NA INSOLVÊNCIA ECONÔMICA = ATIVO INFERIOR AO PASSIVO.

• A INSOLVÊNCIA DEVE SER ENTENDIDA SOB A ACEPÇÃO JURÍDICA E NÃO ECONÔMICA = INDIFERENTE A PROVA DA INFERIORIDADE DO ATIVO OU EVIDENCIAR O ESTADO PATRIMONIAL PRECÁRIO DO DEVEDOR EMPRESÁRIO.

• A PROVA DA SOLVÊNCIA ECONÔMICA PELO DEVEDOR AFASTA A INSTAURAÇÃO DA EXECUÇÃO SINGULAR (ART. 756 CPC). ISSO NÃO OCORRE NA FALÊNCIA.





ASPECTOS CONCLUSIVOS DO 1º. REQUISITO

• EMPRESÁRIO INDIVIDUAL = PESSOA FÍSICA QUE EXERCE A EMPRESA SOB UMA FIRMA. RESPONDERÁ NA FALÊNCIA COM TODAS AS SUAS FORÇAS DO PATRIMÔNIO PARTICULAR.

• PESSOAS IMPEDIDAS DE EXERCER EMPRESA = FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS, MAGISTRADOS, MILITARES, CLÉRIGOS E GOVERNADORES DE ESTADO.

• ART. 973 CC = PESSOA IMPEDIDA É UM EMPRESÁRIO INDIVIDUAL (PARTE DA DOUTRINA).

• SOCIEDADE EMPRESÁRIA = RESPONDERÁ NA TOTALIDADE DO SEU PATRIMÔNIO, PODENDO O PATRIMÔNIO INDIVIDUAL DE CADA SÓCIO SER ATINGIDA OU NÃO. DEPENDE DO TIPO SOCIETÁRIO E DA RESPONSABILIDADE.





(A) SOCIEDADE DE RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA E ILIMITADA = SOFREM OS EFEITOS DA FALÊNCIA POIS RESPONSABILIZAM-SE SOLIDARIAMENTE (CONJUNTAMENTE) E LIMITADADAMENTE (QUITAÇÃO TOTAL).

• SÓCIO COMANDITADO = CONTRIBUI COM CAPITAL E TRABALHO. RESPONDE ILIMITADAMENTE.

• SÓCIO DE SOCIEDADE EM NOME COLETIVO = TODOS RESPONDEM PELA DÍVIDA DE FORMA ILIMITADA.

• ART. 81 DA LEI 11.101/2005 = ESTENDE AOS SÓCIOS SOLIDÁRIOS E ILIMITADOS. TAMBÉM DECLARADOS FALIDOS.

DOUTRINA: SÓCIOS SOLIDÁRIOS E ILIMITADOS NÃO SÃO FALIDOS. PESSOA JURÍDICA DISTINTA. ART. 1º. DA LRF.





• PODE A FALÊNCIA DO SÓCIO EMPRESÁRIO DE RESPONSABILIDADE ILIMITADA ACARRETAR A FALÊNCIA DE SOCIEDADE INTEGRADA POR ESSE SÓCIO?

NÃO!!! A SOCIEDADE INTEGRADA ENTRA NA LIQUIDAÇÃO MAS NÃO É DECRETADA FALIDA.

► NÃO OBSTANTE, VIDE §1º. DO ART. 81 E ART. 1032 CC. RETIRADA OU EXCLUSÃO DE SÓCIO NO O EXIME DA RESPONSABILIDADE PELAS OBRIGAÇÕES ANTERIORES, ATÉ 2 ANOS APÓS AVERBADA A RESOLUÇÃO DA SOCIEDADE.

► ART. 190 LRF = APLICAM-SE AOS SÓCIOS ILIMITADOS.





(B) SÓCIOS DE RESPONSABILIDADE LIMITADA = NÃO SÃO AFETADOS PELA FALÊNCIA. RESPONSABILIDADE RESTRITA AO VALOR DE SUAS QUOTAS, MAS TODOS ESPONDEM SOLIDRIAMENTE PELA INTEGRALIZAÇÃO DO CAPITAL SOCIAL (ART. 1052 CC).

• SOCIEDADE ANÔNIMA = RESPONSABILIDADE LIMITADA AO PREÇO DE EMISSÃO DE SUAS AÇÕES SUBSCRITAS (ART. 1088/2002).

• COMANDITA POR AÇÕES = OS ACIONISTAS, EXCETO OS DIRETORES, RESPONDEM DE MANEIRA LIMITADA. AO PREÇO DE EMISSÃO DAS AÇÕES SUBSCRITAS OU ADQUIRIDAS.

• COMANDITA SIMPLES = OS SÓCIOS COMANDITÁRIOS SE OBRIGAM PELO VALOR DA SUA QUANTIA DE CAPITAL SUBSCRITA (ART. 1045 CC).





►ART. 82 LRF

RESPONSABILIDADE DOS ADMINISTRADORES

• SOCIEDADE ANÔNIMA, EM PRINCÍPIO, OS ADMINSITRADORES NÃO RESPONDEM PESSOALMENTE PELAS OBRIGAÇÕES CONTRAÍDAS EM NOME DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA. (ART. 1022 CC. E ART. 158 DA LSA).

• ADMINISTRADORES RESPONDEM CIVILMENTE PERANTE A SOCIEDADE E TERCEIROS PREJUDICADOS PELOS PREJUÍZOS CAUSADOS POR CULPA NOS ATOS DE GESTÃO.(ART. 1016 CC).





RESPONSABILIDADE DO SOCIO OCULTO

• SÓCIOS OCULTOS = ENTRAM COM CAPITAL, OBTÉM LUCROS MAS NÃO SE APRESENTAM A TERCEIROS.

• OMISSÃO LEGISLATIVA QTO. Á RESPONSABILIDADE DESSE SÓCIO. DOUTRINA ENTENDE QUE É ILIMITADA

• SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO NÃO ESTÁ SUJEITA À FALÊNCIA PELAS PECULIARIDADES, MAS O SÓCIO OSTENSIVO ESTÁ SUJEITO AO PROCEDIMENTO FALIMENTAR (OBRIGA PERANTE TERCEIROS.

• SÓCIO EM COMUM = ART. 105 LRF. SÓCIOS RESPONDEM SOLIDÁRIA E ILIMITADAMENTE. APLICA-SE O ART. 81 LRF.





► SISTEMAS PARA DETERMINAR O ESTADO DE FALÊNCIA:

A) SISTEMA DO PATRIMÔNIO DEFICITÁRIO = IMPONTUALIDADE INJUSTIFICADA E EXECUÇÃO FRUSTRADA OU PRÁTICA DE ATO DE FALÊNCIA.

• ENTRA NO ESTABELECIMENTO E AVALIA SOB A PERSPECTIVA DE SATISFAÇÃO DO DEVEDOR.

• ENVOLVE O DESAPOSSAMENTO DOS LIVROS EMPRESARIAIS DO EMPRESÁRIO DEVEDOR.

B) SISTEMA DA INCAPACIDADE DE PAGAR = VERIFICAÇÃO DE ALGUNS FATOS QUE INDIQUEM A CAPACIDADE DO DEVEDOR EM PAGAR AS SUAS DÍVIDAS.

C) SISTEMA DE CESSAÇÃO DE PAGAMENTOS = A CESSAÇÃO OU INTERRUPÇÃO DO PAGAMENTO DE SUAS DÍVIDAS EVIDENCIA A INSOLVÊNCIA.





• SISTEMA AGASALHADO PELO CCom FRANCÊS E INSPIROU O CCom de 1850. ART. 797 CCom DETERMINADA QUE TODO O COMERCIANTE QUE CESSASSE OS SEUS PAGAMENTOS ERA FALIDO.

• CONTROVÉRSIAS NA APLICAÇÃO DESSE SISTEMA. JUDICIÁRIO DETERMINAVA QUE A FALTA DE 1 OU + OBRIGAÇÕES NÃO ERA SUFICIENTE PARA A DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA.

SISTEMA FOI ABANDONADO

D) SISTEMA DA IMPONTUALIDADE = NÃO PAGAMENTO DE UMA DÍVIDA LÍQUIDA (CERT QUANTO À EXISTÊNCIA_ E DETERMINADA(QUANTO AO VALOR).

• EXIGE QUE O EMPRESÁRIO PAGUE PONTUALMENTE AS SUAS OBRIGAÇÕES.





E) SISTEMA DA INDICAÇÃO DE FATOS PRECISO EM LEI = ENUMERAÇÃO EXAUSTIVA DE SITUAÇÕES PARA A DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA.

• CRÍTICA: A ENUMERAÇÃO IMPRECISA.

SISTEMA ADOTADO NO BRASIL

►SISTEMA MISTO = PRESUNÇÃO DE INSOLVÊNCIA EM FACE DA IMPONTUALIDADE DE OBRIGAÇÃO LÍQUIDA (PROTESTO DO TÍTULO EXECUTIVO) + ATOS ENUMERADOS QUE EXTERIORIZAM A IMPOSSIBILIDADE DO DEVEDOR EM CUMPRIR AS SUAS OBRIGAÇÕES.

• CAPUT DO ART. 94 COM OS INCS. II E III DA LRF.





• EVOLUÇÃO DO ESTADO DE FALÊNCIA PARA A SITUAÇÃO MISTA. • A ENUMERAÇÃO VEIO A SE UNIR À IMPONTUALIDADE A PARTIR DE 1908 PARA AFASTAR O ARBÍTRIO DO JUIZ PARA DETERMINAR O ESTADO DE FALÊNCIA.

• ART. 105 LRF = ESTADO DE FALÊNCIA MANIFESTA PELA CONFISSÃO DO DEVEDOR (INSOLVÊNCIA CONFESSADA) OU PELA PRESUNÇÃO (INSOLVÊNCIA PRESUMIDA) DECORENTE DA IMPONTUALIDADE NOS TERMOS DO ART. 94 DA LEI.

REGIME DA IMPONTUALIDADE (INC. I DO ART. 94 LRF)

I) NÃO PAGAMENTO DE OBRIGAÇÃO LÍQUIDA (SEM JUSTIFICATIVA) SUPERIOR A 40 SM = FALTA DE PAGAMENTO PRIVILEGIADA.





CONDIÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DO INC. I

► OBRIGAÇÃO LÍQUIDA = A LIQUIDEZ DIZ RESPEITO Á CERTEZA QUANTO À EXISTÊNCIA (ON DEBEATUR) E DETERMINAÇÃO DO SEU OBJETO E VALOR (QUANTUM DEBEATUR).

• TÍTULO SEJA ESCRITO E RECONHECIMENTO DO DEVEDOR.

• RECONHECIMENTO JUDICIAL = SENTENÇA

• OBRIGAÇÃO PECUNIÁRIA (OBJETO EM DINHEIRO) = INC. I DO ART. 94 C/C PARAG. ÚNICO DO ART. 98.

• TÍTULO DE CRÉDITO = NÃO É POSSÍVEL REQUERER A FALÊNCIA DO SACADO DE UMA LC. SIMPLES PESSOA INDICADA NO TÍTULO. PROTESTO





• DUPLICATA NÃO ACEITA – DUPLICATA NÃO ASSINADA NÃO TEM O RESPALDO DO SACADO. CONTROVÉSIA: PROTESTO?????

STF DETERMINOU QUE A DUPLICATA SEM ACEITA E DEVIDAMENTE PROTESTADA E ACOMPANHADA DA ENTREGA DO PRODUTO É TÍTULO HÁBIL PARA EXECUÇÃO.

LEI 6458/77 PACIFICOU A MATÉRIA E CONFIRMOU A EXECUÇÃO.

• TÍTULO SEJA ESCRITO E RECONHECIMENTO DO DEVEDOR.

SÚMULA 248: “COMPROVADA A PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS, A DUPLICATA NÃO ACEITA, MAS PROTESTADA, É TÍTULO HÁBIL PARA INSTRUIR A FALÊNCIA.”

► PROTESTO DO TÍTULO = A PROVA DA IMPONTUALIDADE É SEMPRE O PROTESTO DO TÍTULO.





• TÍTULO DE CRÉDITO = PROTESTO PELO ACIETANTE DA LC, SUBSCRITOR DA NP, EMITENTE DO CHEQUE OU SCADO DA DUPLICATA.

PARA DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA DE CO-DEVEDOR (AVALISTA OU ENDOSSANTE), O PROTESTO CAMBIAL DEVE SER NO PRAZO DA LEI CAMBIÁRIA. REQUISITO INDISPENSÁVEL.

• NÃO SENDO TÍTULO SUJEITO AO PROTESTO CAMBIAL (SENTENÇA JUDICIAL, CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA ETC.) REQUER A IMPONTUALIDADE????

• NENHUM OUTRO MEIO DE PROVA É APTO A ESSA FINALIDADE (TESTEMUNHAL OU DOCUMENTAL).

• EFEITO: VÍCIO EM PROTESTOU OU NO SEU INSTRUMENTO.





PROTESTO ESPECIAL - §3º. DO ART. 94 LRF

• A LRF DETERMINA A NECESSIDADE DE UM PROTESTO ESPECIAL PARA A FALÊNCIA = TABELIÃO DE PROTESTO DE TÍTULOS.

TABELIÃO = ATO NA TUTELA DO INTERESSE PÚBLICO E PRIVADO.

PROTESTO ESPECIAL DEVE SER FEITO NO FORODO PRINCIPAL ESTABLECIMENTO DO DEVEDOR = DECLARAÇÃO DE FALÊNCIA.

TODOS OS TÍTULOS DEVEM CUMPRIR O PROCEDIMENTO DO PROTESTO ESPECIAL (CONFISSÃO DE DÍVIDA, CONTRATO DE HIPOTECA, TÍTULOS DE CRÉDITO, SENTENÇA JUDICIAL).

CONTROVÉRSIA: SERGIO CAMPINHO ENTENDE QUE O PROTESTO ESPECIAL É DISPENSÁVEL PARA TÍTULOS QUE A LEI EXIGE PROTESTO. ART. 10 DO DECRETO 7661/45.





• PROTESTO COMUM REALIZADO POR FALTA DE PAGAMENTO SUPRE O PROTESTO ESPECIAL POR SER MAIS AMPLO.

• PROTESTO CAMBIAL FALIMENTAR É NECESSÁRIO PARA GARANTIR AO PORTADOR O DIREITO DE COBRANÇA EM RELAÇÃO AOS CO-OBRIGADOS DE UM TÍTULO DE CRÉDITO, SEM O QUAL DECAI ESSE DIREITO (PROTESTO ACAUTELATÓRIO).

PARA ADALBERTO SIMÃO – O ART. 94 §3º. SUBSTITUI O ART. 10 DA LRF. PROTESTO AFASTA A FALÊNCIA DA AÇÃO DE COBRANÇA.

TABELIÃO = ATO NA TUTELA DO INTERESSE PÚBLICO E PRIVADO.

TODOS OS TÍTULOS DEVEM CUMPRIR O PROCEDIMENTO DO PROTESTO ESPECIAL (CONFISSÃO DE DÍVIDA, CONTRATO DE HIPOTECA, TÍTULOS DE CRÉDITO, SENTENÇA JUDICIAL).





► VALOR SUPERIOR A 40 SM = AFASTA O ENQUADRAMENTO EM PROCEDIMENTO DE COBRANÇA ORDINÁRIA.

• AFASTA O PROCEDIMENTO JUDICIAL DE PEQUENAS CAUSAS E VALORES.

• INCENTIVA A REUNIÃO DOS CREDORES EM LITISCONSÓRICO PARA PERFAZER O LIMITE MONITÁRIO MÍNIMO DA FALÊNCIA. (ART. 94 § 1º. • AFASTA OS EVENTOS DO ART. 96 § 2º. E PODE-SE ARGUIR A RAZÃO RELEVANTE DE FALÊNCIA.

RELEVANTE RAZÃO DE DIREITO

►POSSIBILIDADE DE JUSTIFICAR A IMPONTUALIDADE: MESMO OBSERVANDO OS REQUISITOS DO INC. I DO ART. 94 LRF





• IMPEDE A INSTAURAÇÃO DO PROCEDIMENTO FALIMENTAR PELA RELEVANTE RAZÃO DE DIREITO = ESPECIFICADOS NO ART. 96 LRF E OUTROS ESPECIFICADOS.

• LISTA TAXATIVA DE EXCLUDENTES = HÁ MATÉRIAS QUE ADMITEM A INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA (INC. V ART. 96).

► PROCEDIMENTO FALIMENTAR: CITAÇÃO DO DEVEDOR FACE A AÇÃO DE NATUREZA FALIMENTAR = 10 DIAS POSTERIORES À JUNTADA DO MANDATO NOS AUTOS PARA APRESENTAR A CONTESTAÇÃO (ART. 241, II CPC).

ESCOLHA DO DEVEDOR: 6 PROCEDIMENTOS PROCESSUAIS:

(A) OPÇÃO PELA REVELIA – SUJEITA-SE À VERACIDADE DOS FATOS ARGUIDOS E DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA.





(B) DEPÓSITO COM FINS ELISIVOS – DEPÓSITO NO PRAZO DE CONTESTAÇÃO PARA EXTINGUIR O PROCESSO. PERMITIDO SOMENTE NOS PEDIDOS DE FALÊNCIA C/BASE NOS INCS. I E II DO CAPUT DO ART. 94. PREVISÃO = ART. 98.

VALOR + MULTA + HONORÁRIOS

(C) CONTESTAÇÃO COM DEPÓSITO ELISIVO = NÃO GERA A EXTINÇÃO DO PROCESSO FALIMENTAR, MAS GARANTE QUE NO INSUCESSO DA DEFESA, O DEVEDOR PODERÁ TER QUITADO A SUA DÍVIDA.

(D) CONTESTAÇÃO C/ DEPÓSITO ELISIVO E PEDIDO CONTRAPOSTO = PEDIDO CONTRAPOSTO SIGNIFICA A CONTESTAÇÃO PARA EVIDENCAR O DOLO E ABUSO DO CREDOR/REQUERENTE DA FALÊNCIA. ARGUMENTA A PRÁTICA DE DOLO E CULPA. (VIDE ART. 101 LRF).





(E) CONTESTAÇÃO = APRESENTAÇÃO DE CONTESTAÇÃO PARA EVITAR A INSTAURAÇÃO DA FALÊNCIA.

(F) CONTESTAÇÃO C/PEDIDO DE RECUPERAÇÃO = O PREOCESSO SERÁ JULGADO IMPROCEDENTE FACE DA PROVA DA PROPOSITURA DE PEDIDO CONTRAPOSTO. EXTINGUE O PROCESSO.

Ob.: A LRF NÃO APRESENTE O PROCEDIMENTO DE PEDIDO DE FALÊNCIA APÓS A CITAÇÃO. BUSCA-SE AS PROVIDÊNCIAS DO CPC PARA COMPLEMENTAR O PROCEDIMENTO. REGRAS DO CONTRADITÓRIO.

RELEVANTE RAZÕES DE DIREITO

LISTAGEM DE RAZÕES A SEREM ARGUIDAS PELO DEVEDOR:

I) FALSIDADE DE TÍTULO = ALTERAÇÃO DO DOCUMENTO PROBANTE DO CRÉDITA PARA OCULTAR, FALSEAR OU REDUZIR A VERDADE DO DOCUMENTO. ALTERAÇÕES MATERIAIS.





II) PRESCRIÇÃO = ESPECIFICADA NOS ARTS. 189 E SEGUINTES . ALEGADOS EM QUALQUER MOMENTO. NORMALMENTE NA DEFESA.

TÍTULOS DE CRÉDITO = PRESCRIÇÃO DE 3 ANOS, DO VENCIMENTO CONTRA O ACEITANTE DA LC OU EMITENTE DA NP.

AÇÕES CONTRA O ENDOSSANTE E SACADOR = 1 ANO A CONTAR DA DATA DO PROTESTO FEITO EM TEMPO.

AÇÕES DOS ENDOSSANTES CONTRA OS OUTROS (OU CONTRA O SACADOR) = 6 MESES A PARTIR DO DIA DO PAGTO.

OBS: A PRESCRIÇÃO GEA A PERDA DA FORÇA EXECUTIVA DO TÍTULO E NÃO O DIREITO MATERIAL. COBRANÇA DO TÍTULO PELO PROCESSO ORDINÁRIO DE COBRANÇA.

III) NULIDADE DA OBRIGAÇÃO OU DO TÍTULO = DEFEITO DO NEGÓCIO JURÍDICO OU INVALIDADE POIS INTEREFEREM NA VONTADE DA PESSOA QUE EMITIU O ATO.





III) NULIDADE DA OBRIGAÇÃO OU DO TÍTULO = DEFEITO DO NEGÓCIO JURÍDICO OU INVALIDADE POIS INTERFEREM NA VONTADE DA PESSOA QUE EMITIU O ATO.

ERRO SUBSTANCIAL = PESSOA NÃO TEM DISCERNIMENTO ADEQUADO SOBRE ALGUMA QUALIDADE DO NEGÓCIO

DOLO = ATO PARA ENGANAR OU LEVAR ALGUÉM AO ERRO E DANO.

COAÇÃO= DECLARAÇÃO DE VONTADE QUE GERA UM FUNDADO TEMOR DE DANO MINENTE À PESSOA, FAMÍLIA E PROPRIEDADE.

ESTADO DE PERIGO = ALGUÉM PREMIDA DA NECESSIDADE DE SALVAR-SE DE GRAVE DANO CONHECIDO PELA OUTRA PARTE ASSUME OBRIGAÇÃO EXCESSIVA.

LESÃO = ALGUÉM PREMIDA DA NECESSIDADE OU INEXPERIÊNCIA SE OBRIGA A PRESTAÇÃO DESPROPORCIONAL. (ART. 157 CC).





SIMULAÇÃO = APARENTA CONFERIR DIREITOS QUE NÃO OCORRE.

INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO = CELEBRADO POR PESSOA ABSOLUTAMENTE INCAPAZ, QUANTO HOUVER ILÍCITO, O OBJETO FOR IMPOSSÍVEL OU INDETERMINADO (ART. 166 CC).

IV) PAGAMENTO DA DÍVIDA = O PGTO. DA OBRIGAÇÃO CAUSA A SUA EXTINÇAÕ E DESONERA O DEVEDOR (ART. 304 CC.)

• O PAGAMENTO DA DÍVIDA DEVE SER PROVADO, COMO O DEPÓSITO BANCÁRIO, A ENTREGA DO TÍTULO ETC.

V) APRESENTAÇÃO DE PEDIDO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL = NO PRAZO DA CONTESTAÇÃO OU ANTES (ART. 94, II)E O PEDIDO DE RECUPERAÇÃO FOR FORMUALDO NOS TERMOS DO ART. 51

• PROCEDIMENTO COMPLEXO C/A ESPECIFICAÇÃO DE DIVERSOS REQUISITOS P/ATENDER A RECUPERAÇÃO (ART. 51).





VI) CESSAÇÃO DO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE EMPRESARIAL HÁ 2 ANOS ANTES DA FALÊNCIA = COMPROVADO POR DOCUMENTO HÁBIL NO REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS MERCANTIS.

• ATO DE DIFÍCIL COMPROVAÇÃO. EMPRESÁRIO NÃO VAI À JUNTA PARA CONFIRMAR A CESSAÇÃO DA ATIVIDADE.

• NÃO OBSTANTE, O EXERCÍCIO EFETIVO POSTERIOR AO ATO REGISTRADO PREVALECE SOBRE A AVERBAÇÃO.

VIII) QUALQUER OUTRO FATO QUE EXTNGUA OU SUSPENDA A OBRIGAÇÃO OU NÃO LEGITIME A COBRANÇA DO TÍTULO = AMPLIA A MATÉRIA DE DEFESA FALIMENTAR (ART. 96, V).

DAÇÃO DE PAGAMENTO = CREDOR CONSENTIU EM RECEBER PRESTAÇÃO DIVERSA DA QUE LEH FOI DEVIDA.





NOVAÇÃO = CONTRATAÇÃO DE UMA NOVA DÍVIDA EM SUBSTITUIÇÃO À ANTERIOR.

COMPENSAÇÃO = QUITAÇÃO DE OBRIGAÇÃO POR MEIO DO ABATIMENTO DE UMA DÍVIDA POR OUTRA. DEVEDOR E CREDOR SE CONFUNDEM EM RELAÇÕES CONTATUAIS.

III DO ART. 94 LRF

• ATOS LEGALMENTE ENUMERADOS QUE EXTERIORIZAM O ESTADO DE INSOLVÊNCIA NÃO OBSTANTE INEXISTIR A IMPONTUALIDADE E A INSOLVÊNCIA ECONÔMICA.

• OS ATOS EXTERIORIZADOS/ENUMERADOS NO INCISO CONSITUEM SINAL DE INSOLVABILIDADE.





• ASSIM, MESMO EM ESTADO DE RECUPERAÇÃO, O EMPRESÁRIO SUJEITA-SE Á FALÊNCIA. ART. 73 § ÚNICO.

EXCEÇÃO: AVANÇADA FASE DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL E/OU FORMULAÇÃO DE PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL.

VEDAÇÃO: ATOS FRAUDULENTOS (ART. 168 LRF).

IMPORTANTE: PARA ESSES FATOS CASUÍSTICOS LISTADOS NÃO NECESSITA EFETUAR PROTESTO DE TÍTULOS OU ESTAR COM A DÍVIDA VENCIDA PARA A DEMANDA FALIMENTAR.

• SUFICIÊNCIA: EVIDENCIA A QUALIDADE DO CREDOR E COMPROVA OS ATOS ENSEJADORES DO ESTADO FALIMENTAR POR MEIOS LÍCITOS.

• NECESSÁRIA A DILAÇÃO PROBATÓRIA E OPORTUNIDADE DE AMPLA DEFESA POR PARTE DO DEVEDOR: PROVA DESTINADA AO JUÍZO.





• NÃO HÁ QUE EFETURAR PROTESTOS DE TÍTULOS OU ESTAR COM A DÍVIDA VENCIDA PARA O INGRESSO DA DEMANDA FALIMENTAR.

• BASTA EVIDENCIAR A QUALIDADE DO CREDOR E A COMPROVAÇÃO DOS FATOS ENSEJADORES DO ESTADO FALIMENTAR.

A) LIQUIDAÇÃO PRECIPITADA E LANÇAMENTO DE USO DE MEIOS RUINOSOS OU FRAUDULENTOS PARA O PAGTO.

• LIQUIDAÇÃO PRECIPITADA =VENDA APRESSADA DOS ATIVOS QUE COMPÕEM O ESTABELECIMENTO SEM ATENTAR PARA A GARANTIA DOS CREDORES. VENDAS COM GRANDE ABATIMENTO. PREÇOS INFERIORES AO PRÓPRIO CUSTO, SEM JUSTIFICAR A MEDIDA.





• NÃO PROIBE LIQUIDAÇÕES SAZONAIS, QUEIMA DE ESTOQUE PARA ENOVAÇÃO ETC.

• ATOS RUINOSOS SÃO NEGÓCIOS ARRISCADOS OU DE PURO AZAR EXERCIDOS NA RESPONSABILIDADE DE MERO FAVOR. ATOS FRAUDULENTOS SÃO OS ARTIFÍCIOS OU EXPEDIENTES QUE PREJUDICAM O EMPRESÁRIO.

B) REALIZAÇÃO DE NEGÓCIO SIMULADO = A LEI PUNE O ATO TENTADO ALÉM DO CONSUMADO.

TENTA REALIZAR NEGÓCIO SIMULADO QUE PREJUDIQUE A EMPRESA OU VENHA A ALIENAR PARTE OU A TOTALIDADE DOS SEUS BENS PARA RETARDAR O PAGAMENTO, FRAUDAR CREDORES. A INSOLVÊNCIA SERÁ PRESUMIDA.

• ALIENAÇÃO É COMPREENDIDA DE MANEIRA AMPLA (TOTAL OU PARCIAL TRANSMISSÃO DE BENS À TÍTULO ONEROSO.





►ATOS DE FALÊNCIA

C) TRANSFERÊNCIA DE ESTABELECIMENTO SEM CONCORDÂNCIA DE CREDORES = ART. 1.142 A 1.145 CC.

• TRANSFERÊNCIA (ALIENAÇÃO, ARRENDAMENTO OU USUFRUTO). ALIENAÇÃO SEM CONSENTIMENTO EXPRESSO OU PAGTO. DE TODOS OS CREDORES (NÃO TENDO RESTADO BENS SUFICIENTES) GERARÁ A INEFICÁCIA DO ATO, NOS TERMOS DO ART. 129, VI LRF.

EXCEÇÃO: TRANSFERÊNCIA DO ESTABELECIMENTO NO PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL NÃO SERÁ DECLARADA INEFICAZ OU REVOGADA.





D) TRANSFERÊNCIA SIMULADA DO ESTABELECIMENTO PRINCIPAL = PRINCIPAL ESTABELECIMENTO É O LOCAL ONDE É O CÉREBRO NERVOSO ADMINISTRATIVO.

ESTABELECIMENTO PRINCIPAL ≠ SEDE DO EMPRESÁRIO.

►QUAL SERIA A RAZÃO PARA SIMULAR A TRANSFERÊNCIA DO PRINCIPAL ESTABELECIMENTO?

• ART. 3º. LRF = COMPETENTE PARA HOMOLOGAR O PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL E A FALÊNCIA = JUÍZO DO LOCAL DO PRINCIPAL ESTABELECIMENTO DO DEVEDOR.

“SIMULAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA DE ESTABELECIMENTO PRINCIPAL” = MODIFICAÇÃO SIMULADA PARA BURLAR A LEI E DIFICULTAR A ARTICULAÇÃO DOS CREDORES. POSIÇÃO JUDICIAL LOCAL + FAVORÁVEL.





E) DÁ OU REFORÇA GARANTIA A CREDOR POR DÍVIDA CONTRAÍDA ANTERIORMENTE SEM FICAR COM BENS LIVRES E DESEMBARAÇADOS SUFICIENTES PARA SALDAR O PASSIVO = SE REGULADA EM PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL, ESTA HIPÓTESE NÃO ENSEJA A FALÊNCIA.

• CONDENADA POR AUMENTAR GARANTIAS A CERETOS CREDORES EM DETRIMENTO DE OUTROS, SEM QUE O DEVEDOR FIQUE COM BENS LIVRES PARA SALDAR O PASSIVO.

• ATO CONSIDERADO RUINOSO = ROMPE A IGUALDADE DOS CREDORES E O CONDITIO CREDITORUM. TEM NO PATRIMÔNIO DO DEVEDOR UMA DÍVIDA COMUM.





F) AUSENTA-SE SEM DEIXAR REPRESENTANTE HABILITADO E COM RECURSOS SUFICIENTES PARA PAGAR CREDORES OU ADANDONA O ESABELECIMENTO E PROCURA OCULTAR-SE DE SEU DOMÍCILIO = ATOS FALIMENTARES CLÁSSICOS

ADMITE-SE AUSÊNCIA DO EMPRESÁRIO MAS COM RECURSOS PARA PAGAR OS CREDORES E TENHA REPRESENTANTE NOMEADO..G) DEIXA DE CUMPRIR NO PRAZO DETERMINADO UMA OBRIGAÇÃO ASSUMIDA NO PLANO DE RECUPERAÇÃO = SINTONIA COM O INCISO IV DO ART. 73 DA LRF E DO §1º. DO ART. 61 DA LRF.

• LRF CRIOU UM PERÍODO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL QUANDO O CONTROLE JURISDICIONAL SOBRE AS ATIVIDADES DA EMPRESA É PROFUNDO: 2 ANOS CONTADOS DA CONCESSÃO DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL.





• DURANTE ESSE PERÍODO: DEVEDOR PERMANECE NESSE PERÍODO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL ATÉ O CUMPRIMENTO TOTAL DAS OBRIGAÇÕES DO PLANO.

• SOMENTE NESSE PERÍODO É QUE É POSSÍVEL FALAR DE CONVOLAÇÃO DA RECUPEAÇÃO EM FALÊNCIA.

• A HIPÓTESE DA LETRA “G” TRATA DO DESCUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO DA RECUPERAÇÃO JDUCIIAL QUANDO ULTRAPASSAR ESSE PERÍODO (ART. 62 LRF).





JUÍZO COMPETENTE

►ART. 3º. DA LRF: MANTEVE A TRADIÇÃO E DETERMINOU QUE O FORO COMPETENTE É DO LOCAL PRINCIPAL ESTABELECIMENTO DO DEVEDOR.

• DEVE-SE RESSALTAR NESTE PONTO O ITEM D DO INC. III DO ART. 94: ESTADO DE FALÊNCIA A SIMULAÇÃO DO ESTABELECIMENTO PRINCIPAL DO EMPRESÁRIO DEVEDOR.

• MAS O QUE É ESTABELECIMENTO? ART. 1.142. TODO COMPLEXO DE BENS ORGANIZADOS PARA O EXERCÍCIO DA EMPRESA. INCLUAM-SE O LOCAL E OS CLIENTES.

•QUAL É A DIFERENÇA ENTRE ESTABELECIMENTO E FUNDO DE COMÉRCIO?





• RELEVÂNCIA DO ESTABELECIMENTO NA FALÊNCIA: QDO. O EMPRESÁRIO EXERCE A EMPRESA EM + DE 1 ESTABELECIMENTO FÍSICO (OU PONTO COMERCIAL).

EXPLORANDO A EMPRESA EM MAIS DE 1 ESTABELECIMENTO = SURGE A DIFERENÇA ENTRE SEDE E FILIAL.

• CPC: REGRA DE COMPETÊNCIA TERRITORIAL:

1) RÉU DEVE SER DEMANDADO NO FORO DO SEU COMICÍLIO – ART. 94 CPC);

2) PESSOA JURÍDICA: NO LOCAL DE SUA SEDE OU AGÊNCIA. ART. 100 CPC.





REGRA DA FALÊNCIA

• DOMICÍLIO REAL: ESTABELECIMENTO PRINCIPAL.

ESTABELECIMENTO PRINCIPAL X SEDE

SEDE: DOMICÍLIO DO EMPRESÁRIO ELEITO E DECLRADO NO CONTRATUAL SOCIAL E ESPECIFICADO NA JUNTA COMERCIAL.

ESTABELECIMENTO PRINCIPAL: SEDE ADMINISTRATIVA. PONTO CENTRAL DE NEGÓCIOS E COM MAIOR VOLUME.FERIÇÃO DA EXTERIORIZAÇÃO DE ATOS CONCRETOS.

►APÓS DEFINIDO O ESTABELECIMENTO PRINCIPAL E A COMARCA; QUAL SERÁ O JUÍZO?





• COMARCA DO RJ: 7 VARAS EMPRESARIAIS COM ESPECIALIDADE EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL E FALÊNCIA.

CRITÉRIO DE PREVENÇÃO: §8º. DO ARTIGO 6º LRF.: “A DISTRIBUIÇÃO DO PEDIDO DE FALÊNCIA OU DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL PREVINE A JURISDIÇÃO PRA QUALQUER OUGRO PEDIDO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL OU DA FALÊNCIA, RELATIVO AO MESMO DEVEDOR.”

• §8º. DO ARTIGO 6º LRF DOMICÍLIO REAL: NÃO FAZ REFERÊNCIA À RECUPERAÇÃO JUDICIAL.

RAZÃO: NÃO CONCEBE MAIS DE UM PEDIDO POR UM PERÍODO DE 2 ANOS ENTRE O REQUERIMENTO DA HOMOLOGAÇÃO DE NOVO PLANO E A HOMOLOGAÇÃO OBTIDA EM RELAÇÃO AO PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL ANTERIOR (§3º. DO ART. 161 LRF).





• O DEVEDOR OBSTADO DE REQUERER A INDIGITADA HOMOLOGAÇÃO SE ESTIVER PENDENTE PEDIDO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL OU SENTENÇA EM MENOS DE 2 ANOS. §3º.DO ART. 161 LRF.

IMPORTANTE: PODE TER SITUAÇÕES EM QUE O PEDIDO DE HOMOLOGAÇÃO SUCEDA O REQUERIMENTO DE FALÊNCIA JÁ DISTRIBUÍDO OU VENHA O PROCESSO PRÉ-FALIMENTAR SE INSTAURADO APÓS A DISTRIBUIÇÃO DO PEDIDO D EHOMOLOGAÇÃO DO PLANO DE RECUPERAÇÃO EXTRAJDICIAL.

REGRA: NA FALÊNCIA OU RECUPERAÇÃO, OS INTERESSES ENVOLVIDOS NÃO SÃO MERAMENTE PRIVADOS, MAS DE INTERESSE PÚBLICO. ART. 3º. DA LRF É ABSOLUTO E INDISPONÍVEL.





• O DEVEDOR OBSTADO DE REQUERER A INDIGITADA HOMOLOGAÇÃO SE ESTIVER PENDENTE PEDIDO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL OU SENTENÇA EM MENOS DE 2 ANOS. §3º.DO ART. 161 LRF.

IMPORTANTE: PODE TER SITUAÇÕES EM QUE O PEDIDO DE HOMOLOGAÇÃO SUCEDA O REQUERIMENTO DE FALÊNCIA JÁ DISTRIBUÍDO OU VENHA O PROCESSO PRÉ-FALIMENTAR SE INSTAURADO APÓS A DISTRIBUIÇÃO DO PEDIDO D EHOMOLOGAÇÃO DO PLANO DE RECUPERAÇÃO EXTRAJDICIAL.

REGRAS: (i) PREVENÇÃO DECORRE DA DISTRIBUIÇÃO DO PRIMEIRO PEDIDO. (ii) NA FALÊNCIA OU RECUPERAÇÃO, OS INTERESSES NÃO SÃO MERAMENTE PRIVADOS, MAS DE INTERESSE PÚBLICO. ART. 3º. DA LRF É ABSOLUTO E INDISPONÍVEL.





ENCERRAMENTO DAS ATIVIDADES

• EMPRESÁRIO CUJAS ATIVIDADES ENCONTRAM-SE DEFINITIVAMENTE ENCERRADAS = PROCEDIMENTO DEVE SER ANULADO PERANTE O JUÍZO.

• NESSE CASO NÃO HÁ COMO FIXAR O CONCEITO DE ESTABELECIMENTO PRINCIPAL, POIS DERIVA DE UMA SITUAÇÃO FÁTICA.

PARALISAÇÃO DEFINITIVA DAS ATIVIDADES = PREVALECE A SEDE SOCIAL PARA REGULAR A COMPETÊNCIA.

ALTERAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

• POSSIBILIDADE DE MUDANÇA DO ESTABELECIEMNTO DO DEVEDOR DURANTE O PERÍODO DE INSOLVIBILIDADE.





• SE A MUDANÇA OBJETIVA A SUBTRAÇÃO AO CONHECIMENTO DO RESPECTIVO JUÍZO (DIFICULTANDO O PROCESSAMENTO DA CAUSA DA FALÊNCIA) = DEVE-SE CONTINUAR COMPETENTE O JUÍZO DO DOMICÍLIO ANTERIOR.

•SE A MUDANÇA NÃO OBJETIVA BURLAR = DEVE OCORRER NO JUÍZO DA NOVA SEDE ADMINISTRATIVA.

SOCIEDADE FORA DO BRASIL

• PREVALECE O SISTEMA DA TERRITORIALIDADE = LEIS DO PAÍS ONDE O ESTABELECIMENTO PREVALECE.

• FILIAL, AGÊNCIA OU SUCURSAL DE MATRIZ ESTRANGEIRA SITUADA NO BRASIL FICA CONSIDERADA COMO ESTABELECIMENTO FÍSICO AUTÔNOMO COM ADMINISTRAÇÃO PRÓPRIA.





ÓRGÃOS DA FALÊNCIA

O JUIZ E O MP NA RECUPERAÇÃO E FALÊNCIA

• INTERVENÇÃO DE PLURALIDADE DE PESSOAS E FIGURAS JURÍDICAS = ORIENTAR E PROVOCAR INÚMERAS AÇÕES PARA A COMPOSIÇÃO DE SITUAÇÕES PATRIMONIAIS.

• JUIZ = FUNÇÃO JUDICANTE RESUME NOS ATOS EM QUE ELE DECIDE E APLICA A LEI. FUNÇÃO ADMINISTRATIVA RESUME NA ATUAÇÃO COMO SÍNDICO OU ADMINISTRADOR JUDICIAL.

EXEMPLO DE FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS:

A) FIXAÇÃO DAS REMUNERAÇÕES DOS AUXILIARES DO ADMINISTRADOR JUDICIAL (§1º. DO ARTIGO 22).





B) AUTORIZAÇÃO PARA O SÍNDICO TRANSIGIR SOBRE OBRIGAÇÕES E DIREITOS DA MASSA FALIDA.

C) DESTITUIÇÃO DO ADMINISTRADOR JUDICIAL (ART. 31).

ATUAÇÃO DO MP NA FALÊNCIA

• CUMPRE O PAPEL DE FISCAL DA LEI. DEVE SER INTIMADO DO ATO DO JUIZ QUE DEFERIR O PROCESSAMENTO DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL (ART. 52, V) E FINAL CONCESSÃO (CAPUT DO ART. 187).

• ATUAÇÃO NAS DETERMINAÇÕES LEGAIS.

A) IMPUGNAÇÃO DA RELAÇÃO DOS CREDORES APRESENTADOS PELO SÍNDICO (ART. 8).





B) REQUERIMENTO DE SUBSTITUIÇÃO DO SÍNDICO (§2º. DO ARTIGO 30).

C) PRESTAÇÃO DE CONTAS DO SÍNDICO (§3º. DO ART. 154).

D) AÇÕES PROPOSTAS PELA MASSA FALIDA OU CONTRA ELA AJUIZADAS.

► PARTICIPAÇÃO DO MP SOMENTE APÓS A INSTAURAÇÃO DO CONCURSO DE CREDORES, POSSÍVEL CONFLITO DE INTERESSES DOS CREDORES CÍVEIS E FISCAIS.

► PODE O MP REQUER A FALÊNCIA?

• AÇÃO CIVIL PÚBLICA = DELEGAÇÃO CONSTITUCIONAL = ATUA COMO CREDOR IMPRÓPRIO (TUTELA DOS INTERESSES DIFUSOS). CONDENAÇÃO COM CONTEÚDO INDENIZATÓRIO.





ADMINISTRADOR JUDICIAL

• AGENTE AUXILIAR DO JUIZ, CUMPRE AS FUNÇÕES DEFINIDAS EM LEI, EM NOME PRÓPRIO.

•FUNÇÕES BÁSICAS: (A) AUXILIAR O JUIZ NA ADMINISTRAÇÃO DA FALÊNCIA E (B) REPRESENTA A COMUNHÃO DOS INTERESSES DOS CREDORES OU DA MASSA FALIDA.

• PARA FINS PENAIS = CONSIDERADO FUNCIONÁRIO PÚBLICO.

PARA DEMAIS EFEITOS = CONSIDERADO AGENTE EXTERNO COLABORADOR DA JUSTIÇA (PESSOA DE CONFIANÇA DO JUIZ).





FUNÇÕES DO ADMINISTRADOR

► NA RECUPERAÇÃO JUDICIAL = FISCAL DO DEVEDOR EMPRESÁRIO NA EXECUÇÃO DE SUAS ATIVIDADES

►NA FALÊNCIA = ADMINISTRADOR DA MASSA FALIDA. REPRESENTA OS INTERESSES QUE A COMPÕE.

• PODE SER PESSOA FÍSICA OU PESSOA JURÍDICA.

►PESSOA FÍSICA = PROFISSIONAL COM CONDIÇÕES TÉCNICAS E EXPERIÊNCIA PARA DESEMPENHAR AS ATRIBUIÇÕES (ADVOGADO, ECONOMISTA E ADMINISTRADOR).





• IDEONEIDADE MORAL (RESPEITO PELO BENS DE TERCEIROS) E FINANCEIRA (EXTERIORIZA A CAPACIDADE DE SUPORTAR A INDENIZAÇÃO DE ENCARGOS, POR CULPA.

►PESSOA JURÍDICA = ESPECIALIZADA NA ATIVIDADE EMPRESÁRIA. VEDAÇÃO DE ADMINISTRADOR SER UMA PESSOA JURÍDICA DE ATIVIDADE MÉDICA PARA GERENCIAR A FALÊNCIA NA ÁREA DE ENGENHARIA.

• PODEM SER ESPECIALIZADAS = ATIVIDADE AUDITORIA E ADMINISTRAÇÃO DO PATRIMÔNIO DE TERCEIRO.

• NOMEADO PELO JUIZ, SENDO QUE NA RECUPERAÇÃO JUDICIAL, OCORRE NO ATO QUE DEFERE O PROCESSAMENTO (ART. 52, i). NA FALÊNCIA, REALIZA-SE POR SENTENÇA QUE O DECRETAR (ART. 99, IX).





• COM A NOMEAÇÃO, SERÁ INTIMADO PESSOALMENTE PARA EM 48 HORAS ASSINAR NA SEDE DO JUÍZO O TERMO DE COMPROMISSO DE DESEMPENHO FIEL DE SUAS RESPONSABILIDADES.

• EM SENDO PESSOA JURÍDICA, DEVERÁ SER DECLARADO NO TERMO O NOME DO PROFISSIONAL RESPONSÁVEL PELA CONDUÇÃO DO PROCESSO DE FALÊNCIA E RF.

• JUIZ NOMEIA OUTRO ADMINISTRADOR SE NÃO HOUVER ASSINATURA DO TERMO DE COMPROMISSO (ART. 34).

• O ADMINISTRADOR PERMANECE NO CARGO ATÉ QUE O JUIZ DECRETE, POR SENTENÇA, O ENCERRAMENTO DA RF OU DA FALÊNCIA (ART. 63, INC. IV E ART. 156 LRF), SALVO SE DESTITUÍDO, SUBSTITUÍDO OU RENÚNCIA DO CARGO.





IMPEDIMENTOS

• ADMINISTRADOR É PESSOA DE CONFIANÇA DO JUIZ PARA O AUXÍLIO NA ADMINISTRAÇAO DA MASSA FALIDA.

• PELA NATUREZA PECULIAR, EXISTEM IMPEDIMENTOS QUE PODEM SIGNIFICAR A QUEBRA DE CONFIANÇA:

(I) JUÍZES, PROMOTORES DE JUSTIÇA E OUTRAS PESSOAS IMPEDIDAS POR LEI ESPECIAL.

(II) QUEM NOS ÚLTIMOS 5 ANOS, NO EXERCÍCIO IDÊNTICO DE ADMINISTADOR OU MEMBRO DO COMITÊ DE CREDORES TENHA SIDO DESTITUÍDO, DEIXADO DE PRESTAR CONTAS DENTRO DO PRAZO LEGAL OU DESAPROVADAS AS CONTAS (ART. 30 CAPUT LRF).





(III) QUEM TIVER PARENTESCO OU AFINIDADE EM ATÉ 3º. GRAU COM ADMINISTRADORES DA SOCIEDADE FALIDA, OU AMIGO OU INIMIGO OU DEPENDENTE (ART. 30 §1º. LRF).

► O DEVEDOR OU QUALQUER CREDOR, INDEPENDENTEMENTE DO VALOR DO SEU CRÉDITO PODE PEDIR A SUBSTITUTIÇÃO DO ADMINISTRADOR NOMEADO EM CONTRARIEDADE ÀS DISPOSIÇÕES LEGAIS.

JUIZ PODE AGIR DE OFICIO E REVER O SEU ATO DE NOMEAÇÃO, QDO. VERIFICAR QUE A NOMEAÇÃO NÃO OBEDECEU OS PRECEITOS LEGAIS.





DEVERES E ATRIBUIÇÕES DO ADMINISTRADOR

• EM AUXÍLIO AO JUIZ, NO PROCESSAMENTO DO PEDIDO DE FALÊNCIA E RJ, O ADMINISTRADOR REALIZARÁ UMA PLURALIDADE DE ATOS DE NATUREZA JUDICIAL.

FUNÇÕES JUDICIÁRIAS E FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS (art. 22 LRF)

1) DEVERES NA FALÊNCIA E NA RJ: FISCALIZAR AS ATIVIDADES DO DEVEDOR E O CUMPRIMENTO DO PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL, EXERCER AS FUNÇÕES DE GESTOR JUDICIAL REQUERER A FALÊNCIA NO CASO DE DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO ASSUMIDA NO PLANO DE RECUPERAÇÃO





2) DEVERES NA FALÊNCIA: EXAMINAR A ESCRITURAÇÃO DO DEVEDOR, RELACIONAR OS PROCESSOS E ASSUMIR A RJ DA MASSA FALIDA, DILIGENCIA RA COBRANÇA DE DÍVIDAS E DAR A RESPECTIVA QUITAÇÃO.

3) DEVERES NA RECUPERAÇÃO JUDICIAL: FISCALIZAR AS ATIVIDADES DO DEVEDOR E O COMPRIMENTO DO PLANO DE RECPUERAÇÃO JUDICIAL, EXERCER AS FUNÇÕES DE GESTOR JUDICIAL QUANDO O DEVEDOR FOR AFASTADO DE SEUS NEGÓCIOS E ATÉ QUE A ASSEMBLÉIA GERAL DE CREDORES DELIBERE SOBRE O NOME DAQUELE QUE IRÁ EXERCÊ-LOS.





ADMINISTRADOR PODE DEIXAR AS ATIVIDADES NAS SEGUINTES HIPÓTESES:

► SUBSTITUIÇÃO: NÃO SE CONFIGURA SANÇÃO. PROVIDÊNCIA PREVISTA EM LEI (MELHOR GERÊNCIA DA FALÊNCIA). EX.: RENÚNCIA,INTERDIÇÃO OU A DISSOLUÇÃO (PESSOA JURÍDICA).

►DESTITUIÇÃO: PERDE OS PODERES POR VIOLAÇÃO AOS DEVERES, OMISSÃO E ATO LESIVO AO DEVEDOR/TERCEIROS.

• A DESITUTIÇÃO PODE OCORRER DE OFICIO OU A REQUERIMENTO FUNDAMENTADO PARA JUSTIFICAR O AFASTAMENTO DO ADMINISTRADOR. PODEM REQUERER: O DEVEDOR, O SÓCIO DE RESPONSABILIDADE ILIMITADA DE SOCIEDADE FALIDA OU O CREDOR.





► A NOMEAÇÃO, SUBSTITUIÇÃO E DESTITUIÇÃO DO ADMINISTRADOR COMPETE AO MAGISTRADO.

► PODER DA ASSEMBLÉIA-GERAL DE CREDORES É SECUNDÁRIO E NÃO SOBERANO.

FIXAÇÃO DO VALOR DE REMUNERAÇÃO

• FIXAÇÃO E MODO DE PAGAMENTO PELO JUIZ = CAPACIDADE DE PAGAMENTO DO DEVEDOR, SITUAÇÃO DA FALÊNCIA, CONDIÇÕES DA RJ, GRAU DE COMPLEXIDADE DO TRABALHO E PREÇOS PRATICADOS NO MERCADO.

• NÃO PODE ULTRAPASSAR 5% DO VALOR DEVIDO AOS CREDORES SUBMETIDOS Á RJ OU DO VALOR DE VENDA DOS BENS DA FALÊNCIA.





RESPONSABILIDADE DO ADMINISTRADOR

• AO FIRMAR O TERMO DE COMPROMISSO, O ADMINISTRADOR ASSUME TODAS AS RESPONSABILIDADES PENAIS E CIVEIS.

• ATUA COMO EFETIVO GESTOR.

• PROPOSITURA DA AÇÃO DE RESPONSABILIDADE DEVE SER PROPOSTA PELOS DEVEDORES, CREDORES E MESMO PELO NOVO ADMINISTRADOR.

PRESTAÇÃO DE CONTAS

• PRESTAÇÃO ORDINÁRIA – AO TÉRMINO DO PROCEDIMENTO





• PRESTAÇÃO EXTRAORDINÁRIA – QUANDO DEIXAR AS SUAS FUNÇÕES POR RENÚNICA, SUBSTITUIÇÃO E DESTITUIÇÃO.RESPONSABILIDADE DO ADMINISTRADOR

► INTIMAÇÃO PARA CUMPRIR A OBRIGAÇÃO EM 5 DIAS, SE NÃO PRESTAR CONTA, SOB PENA DE DESOBEDIÊNCIA.

► COMPROVAÇÃO DA PRESTAÇÃO. IMPUGNAÇÃO EM 10 DIAS, A CONTAR DA ENTREGA. ►SE IMPUGANDO, O JUIZ DETERMINARÁ AS DILIGÊNCIAS A SEREM TOMADAS PARA APURAR OS FATOS.

► REJEIÇÃO DAS CONTAS – INDISPONIBILIDADE OU SEQUESTRO DOS BENS DO ADMINISTRADOR.





► NA RJ EXISTE APRESENTAÇÃO DE RELATÓRIO MENSAL DAS ATIVIDADES DO DEVEDOR (ARTIGO 22, II C).

ASSEMBLÉIA-GERAL DOS CREDORES

• REUNIÃO DOS CREDORES AFETADOS E ORDENADOS EM CATEGORIAS, CONFORME OS RESPECTIVOS CRÉDITOS.

• LRJ ESTABELECE AS REGRAS DE FUNCIONAMENTO PARA FACILITAR A PARTICIPAÇÃO DOS CREDORES = ASSEMBLÉIA É ÓRGÃO CONSULTIVO E DELIBERATIVO.

• CONCILIA O INTERESSE DE CADA CREDOR COM A SOCIEDADE. TORNA A EMPRESA VIÁVEL E PROTEGE O INTERESSE PÚBLICO.





► MATÉRIAS SUBJEITAS À DELIBERAÇÃO DOS CREDORES:

• ACIDENTAIS = NASCEM DO PROCESSAMENTO DAA RECUPERAÇÃO E A VONVOCAÇÃO É FACULTATIVA PARA ATENDER O INTERESSE MOMENTÂNEO.

• SITUAÇÃO LEGAL = A CONVOCAÇÃO É OBRIGATÓRIA, FUNCIONANDO COMO CONDIÇÃO NECESSÁRIA PARA A SOLUÇÃO DE UMA QUESTÃO PROCESSUAL.

► ATRIBUIÇÕES DA ASSEMBLÈIA: ARTS. 27 E 35 DA LRF

NA FALÊNCIA:

A) FISCALIZAR AS ATIVIDADES E EXAMINAR AS CONTAS DO ADMINISTRADOR;





B) COMUNICAR AO JUIZ POSSÍVEL VIOLAÇÃO DOS INTERESSES DOS CREDORES.

► CONVOCAÇÃO:

• A ASSEMBLÉIA SERÁ CONVOCADA PELO JUIZ NOS CASOS:

►NA RECUPERAÇÃO JUDICIAL:

A) QDO. HOUVER IMPUGNAÇÃO POR QUALQUER CREDOR DO PLANO DE RECUPERAÇÃO – ART. 56 LRF.

B) APRECIAR PEDIDO DE DESISTÊNCIA FORMULADA PELO DEVEDOR NA RECUPERAÇÃO – ART. 52 § 4º. LRF.

C) AFASTAMENTO DO DEVEDOR, PARA DELIBERAR SOBRE O NOME DO GESTOR. ART. 65 LRF.





► NA FALÊNCIA:

A) QDO. O JUIZ ENTENDER NECESSÁRIA A CONSTITUIÇÃO DO COMITÊ DE CREDORES. ART. 99, XII LRF.

B) REQUERIMENTO DOS CREDORES QUE REPRESENTAM 25% DO CRÉDITO DE UMA DETERMINADA CLASSE (§2º. DO ART. 145 LRF)

► PROCEDIMENTOS:

• CONVOCAÇÃO POR EDITAL PUBLICADO NO ÓRGÃO OFICIAL E EM 2 JORNAIS DE GRANDE CIRULAÇÃO, NAS LOCALIDADES DA SEDE E DOS FILIAIS.





• CÓPIA DO AVISO DE CONVOCAÇÃO DEVERÁ SER AFIXADO DE FORMA EXTENSIVA NO ESTABELECIMENTO SEDE DO DEVEDOR E DAS FILIAIS.

• CONVOCAÇÃO FEITA EM 15 DIAS DE ANTECEDÊNCIA (MÍNIMO) ENTRE A DATA DA PUBLICAÇÃO E DA SUA REALIZAÇÃO.

► CONVOCAÇÃO DE OFICIO PELO JUIZ = AS DESPESAS INCORRIDAS SERÃO SUPORTADAS PELO DEVEDOR NA RJ OU PELA MASSA FALIDADE NO CASO DA FALÊNCIA.

► CONVOCAÇÃO RESULTA DO ADMINISTRADOR = CUSTOS CABERÁ AOS CREDORES OU MASSA.





►INSTALAÇÃO DA ASSEMBLÉIA:

• INSTALAR-SE-À EM 1ª. CONVOCAÇÃO COM A PRESENÇA DE CREDORES OU CREDORES TITULARES DE + DA METADE DO VALOR TOTAL DOS CRÉDITOS DE CADA CLASSE.

• EM 2ª. CONVOCAÇÃO, COM QUALQUER NÚMERO

► DIREÇÃO DOS TRABALHOS

• ADMINISTRADOR E SECRETÁRIO.

COMPOSIÇÃO: ART. 41 LRF

A) TITULARES DE CRÉDITOS DERIVADOS DA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA OU DE ACIDENTE DO TRABALHO.





B) TITULARES DE CRÉDITO COM GARANTIA REAL

C) TITULARES DE CRÉDITOS QUIROGRAFÁRIOS COM PRIVILÉGIO ESPECIAL.

OBS.: OS CREDITOS DERIVADOS DA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA TERÃO PRIORIDADE ABSOLUTO NO CONCURSO DE CREDORES FALIMENTAR ATÉ O LIMITE DE 150 SM POR CREDOR.

• NA ASSEMBLÉIA, TODOS VOTAM COM O TOTAL DE SEUS CRÉDITOS INDEPENDENTE DO VALOR.





• CREDORES DE GARANTIA REAL = VOTARÃO NA CLASSE PERTINENTE ATÉ O LIMITE DO VALOR DO BEM GRAVADO.

• CADA SÓCIO DEVERÁ SUBSCREVER A LISTA DE PRESENÇA ADOTADA NO MOMENTO DA INSTALAÇÃO DA ASSEMBLÉIA.

• PROCURADOR: PERMISSÃO 24 HORAS ANTES.

• TITULARES DE CRÉDITOS DA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA = REPRESENTADOS POR SINDICATO. LISTA AO ADMINISTRADOR: 10 DIAS ANTES.

► DELIBERAÇÃO:

• DECISÃO POR MAIORIA DE VOTOS PRSENTES NO CONCLAVE.





• O VOTO DE CADA CREDOR SERÁ PROPORCIONAL AO VALOR DO SEU CRÉDITO.

• SISTEMA DE QUÓRUM ORDINÁRIO E MÉTODO DE VALORAÇÃO DO PESO DO VOTO.

• NA RJ, O CRÉDITO EM MOEDA ESTRANGEIRA SERÁ CONVERTIDO PELO CÃMBIO DO DIA DA VÉSPERA DA ASSEMBLÉIA = VALORAÇÃO DO PESO DO VOTO. ART. 38 § ÚNICO. • ESCAPAM DO SISTEMA ORDINÁRIO (RELEVA O UNIVERSO DOS CREDORES NÃO AS SUAS CLASSES) AS DELIBERAÇÕES SOBRE CONSTITUIÇÃO E COMPOSIÇÃO DO COMITÊ DE CREDORES E APROVAÇÃO/REJEIÇÃO DO PLANO DE RECUPERAÇÃO.





DELIBERAÇÕES SOBRE RJ

• TODAS AS CLASSES DEVEM APROVAR A PROPOSTA, SENDO QUE A VOTAÇÃO TERÁ UM CURSO ESPECIAL DENTRO DE CADA CLASSE:

1) CATEGORIA DOS TITULARES DE CRÉDITOS DA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA = APROVAÇÃO POR MAIORIA SIMPLES DOS CREDORES PRESENTES INDEPENDENTEMENTE DO VALOR DO SEU VOTO.

2) CATEGORIA DOS CREDORES DE CRÉDITOS DE GARANTIA REAL AOS QUIROGRAFÁRIOS = APROVAÇÃO DE + DA METADE DO VALOR TOTAL DOS CRÉDITOS PRESENTES À VOTAÇÃO CUMULATIVAMENTE PELA MAIORIA SIMPLES.





• APROVAÇÃO DEPENDERÁ DE 2 REQUISITOS:

(A) APROVAÇÃO PELA MAIORIA DOS PRESENTES À VOTAÇÃO TOMADA SEGUNDO O CRITÉRIO GERAL DO PESO DO VOTO PROPORCIONAL AO VALOR DO CRÉDITO E

(B) MAIORIA DOS PRESENTES, TIRADO POR CABEÇA, INDEPENDENTEMENTE DO VALOR DO CRÉDITO.

►COMITÊ DE CREDORES:

• ÓRGÃO CONSULTIVO E DELIBERATIVO NA RJ E FALÊNCIA.

• ÓRGÃO DE PRESENÇA NÃO OBRIGATÓRIA.





• QDO. CONSTITUÍDO ATUARÁ DE FORMA PERMANENTE ATÉ O ENCERRAMENTO DO PROCESSO.

• ATRIBUIÇÕES ESPECIFICADAS EM LEI E NÃO SÃO RELATIVOS AO INTERESSE EXCLUSIVO DA MASSA FALIDA E DO PRÓPRIO DEVEDOR.

► PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES: ART. 27 LR.

• FISCALIZAR A ATIVIDADES E EXAMINAR AS CONTAS DO ADMINISTRADOR;

• COMUNICAR AO JUIZ CASO DETECTE VIOLAÇÃO DE DIREITOS OU PREJUÍZOS AOS INTERESSES DOS CREDORES;

• IMPUGNAR CRÉDITOS CONSTANTES DA RELAÇÃO DE CREDORES APRESENTADA PELO ADMINISTRADOR;





• OPINAR SOBRE A ALIENAÇÃO DE BENS DO ATIVO PERMANENTE (BENS IMÓVEIS E MÓVEIS CONSIDERADOS IMOBILIZÁVEIS.

► INSTALAÇÃO:

• POR DELIBERAÇÃO DE QUALQUER DA CLASSE DE CREDORES NA ASSEMBLÉIA=GERAL E NOS TERMOS DO ART. 26 LRF.

• PELO REQUERIMENTO DO JUIZ, POR SOLCIITAÇÃO DOS CREDORES QUE REPRESENTEM A MAIORIA DOS CRÉDITOS DE UMA CLASSE (INDEPENDENTE DE ASSEMBLÉIA-GERAL).





► COMPOSIÇÃO:

• 1 REPRESENTANTE INDICADO PELA CLASSE DE CREDORES TRABALHISTAS.

• 1 REPRESENTANTE INDICADO PELA CLASSE DE CREDORES QUIROGRAFÁRIOS E COM PRIVILÉGIOS GERAIS.

• OS CREDORES QUE TRADUZAM A MAIORIA DOS CRÉDITOS DE CLASSE AINDA NÃO REPRESENTADA PODEM PLEITEAR AO JUÍZO, POR SIMPLES REQUERIMENTO POR ELES SUBSCRITO, A NOMEAÇÃODO RSPECTIVO REPRESENTANTE E SEUS SUPLENTES.





• AO SER ESCOLHIDO = INTIMAÇÃO PARA ASSINAR O TERMO DE COMPROMISSO, DENTRO DE 48 H. DA ESCOLHA.

• O COMITÊ DE CREDORES = FUNCIONAMENTO ATÉ O ENCERRAMENTO DA RJ OU FALÊNCIA. 1 REPRESENTANTE INDICADO PELA CLASSE DE CREDORES TRABALHISTAS.

► DELIBERAÇÃO:

• DELIBERAÇÕES = MAIORIA DOS VOTOS. SEM MAIORIA, O IMPASSE RESOLVE-SE PELO ADMINISTRADOR OU PELO JUIZ.

► DESTITUIÇÃO:

• NOS TERMOS DO ART. 31 = HIPÓTESES PREVISTAS PARA O

ADMINISTRADOR JUDICIAL.





PEDIDO DE FALÊNCIA – FASES PROCESSUAIS

►FASE PRÉ-FALIMENTAR = VERIFICAÇÃO DOS 2 PRESSUPOSTOS MATERIAIS PARA A DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA (EMPRESARIALIDADE E INSOLVÊNCIA JURIDICA)

• CONHECIDA COMO PEDIDO DE FALÊNCIA.

• AINDA NÃO SE ESTABELECEU A RELAÇÃO PROCESSUAL CONCURSAL.

• SE NÃO VERIFICAREM OS PRESSUPOSTOS DA DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA, O JUIZ PROFERIRÁ SENTENÇA DENEGATÓRIA (SUCUMBÊNCIA DO DEMANDANTE) E SERÁ

ENCERRADO O PROCESSO EM SUA PRIMEIRA FASE.





• SE PRESENTE OS PRESSUPOTOS DE EMPRESARIALIDADE E INSOLVÊNCIA JURÍDICA = JUIZ EDITARÁ A SENTENÇA DECLARATÓRIA DE FALÊNCIA.

• SENTENÇA DECLARATÓRIA = INSTALA-SE A RELAÇÃO PROCESSUAL CONCURSAL = UNE O FALIDO Á COMUNIDADE DOS CREDORES.

► INSTAURAÇÃO DO CONCURSO = OBJETIVA A REALIZAÇÃO DO ATIVO, A VERIFICAÇÃO E SATISFAÇÃO DO PASSIVO.

► REABILITAÇÃO DO FALIDO.

SUJEITO ATIVO

• EMPRESÁRIO DEVEDOR, SÓCIO E CREDOR.





1) POSSIBILIDADE DA AUTO FALÊNCIA = QUANDO ESTIVER INSOLVENTE E CONSIDERAR QUE NÃO ATENDE AOS REQUISITOS PARA PLEITEAR A RJ.

• OBRIGAÇÃO DESPROVIDA DE SANÇÃO. ART. 105 LRF.

• AUTOFALÊNCIA = RECOMENDAÇÃO AO EMPRESÁRIO.

2) SÓCIO OU ACIONISTA TEM LEGITIMIDADE = MAIORIA DOS SÓCIOS NÃO CONSIDERA OPORTUNA A INSTAURAÇÃO DO CONCURSO E MINORITÁRIOS ENTENDEM DIFERENTE.

• NÃO É COMUM SÓCIO REQUERER A FALÊNCIA. PREFERE A DISSOLUÇÃO PARCIAL.

•MINORITÁRIOS – EVITA A RESPONSABILIZAÇÃO PESSOAL.





3) INICIATIVA DOS CREDORES = SE FOR EMPRESÁRIO, DEVERÁ EXIBIR CERTIDÃO DA JUNTA COMERCIAL COMPROVANDO A REGULARIDADE DA ATIVIDADE.

OBS.: EVITA QUE O EMPRESÁRIO IRREGULAR REQUEIRAM FALÊNCIA. PODE REQUERER A HABILITAÇÃO.

• CREDOR DOMICILIADO FORA = CAUÇÃO PARA COBRIR CUSTAS DO PROCESSO E EVENTUAL INDENIZAÇÃO.

• O CREDOR DEVE EXIBIR O SEU TÍTULO. JUSTIFICA A IMPONTUALIDADE E MESMO QUE NÃO ESTEJA VENCIDO (ATO DE FALÊNCIA).

• DESISTÊNCIA ATÉ O PRAZO DE DEFESA. DESISTÊNCIA NÃO É VIÁVEL APÓS = DESAPARECE O INTERESSE PRIVADO.





• FAZENDA PÚBLICA NÃO PODE REQUERER A FALÊNCIA = COBRANÇA DO IMPOSTO É VINCULANTE DO FISCO.

RITO DO PEDIDO DE FALÊNCIA

EM FUNÇÃO DO AUTOR:

► CREDOR OU SÓCIO MINORITÁRIO: PRECEITOS DOS ARTS. 94 A 96 E 98 LRF. PROCEDIMENTO JUDICIAL TÍPICO: CONTENCIOSO.

• QDO. FUNDADA NA IMPONTUALIDADE INJUSTIFICADA = PETIÇÃO DEVE SER INSTRUÍDA COM O TÍTULO PROTESTADO.

• QDO. FUNDADA EM OMISSÃO = INSTRUÇÃO DE CERTIDÃO PELO JUIZO EM QUE SE PROCESSA A EXECUÇÃO FRUSTRADA.





• SE DECORRER DE ATO DE FALÊNCIA = DEVE-SE DESCREVER OS FATOS QUE O CARACTERIZAM + PROVAS COM OUTRAS APONTADAS NO DECORRER DO PROCESSO.

►► DEFESA DO REQUERIDO – 10 DIAS DA CITAÇÃO E CONTADO DA JUNTADA DO MANDADO (ART. 241 CPC).

• PODE O EMPRESÁRIO REQUERIDO ELIDIR A FALÊNCIA (DEPÓSITO DO VALOR EM JUÍZO = CAUTELA). PODE ACOMPANHAR A DEFESA OU SE FEITA INDEPENDENTEMENTE DE RESPOSTA (DEPÓSITO COM RECONHECIMENTO DO PEDIDO).

• DEPÓSITO = AFASTA A DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA E CONVERTE PEDIDO DE FALÊNCIA EM COBRANÇA JUDICIAL.





• DEPÓSITO ELISIVO EM PEDIDO DE CREDOR FUNDADO EM ATO DE FALÊNCIA = AFASTA A LEGITIMIDADE DO REQUERENTE. ASSEGURA O PAGAMENTO DO CRÉDITO POR ELE TITUALARIZADO. NÃO TEM INTERESSE LEGÍTIMO NA INSTAURAÇAO CONCURSAL.

► FUNDAMENTO DO PEDIDO = IMPONTUALIDADE DO DEVEDOR

• PEDIDO DE SUSPENSÃO DO PEDIDO PELO REQUERENTE (OU DE COMUM ACORDO) = EQUIVALE À EXTINÇÃO (PRODUZ EFEITOS DA MORATÓRIA) E DESCARACTERIZA A IMPONTUALIDADE.





► AUTOFALÊNCIA = PEDIDO COM INSTRUÇÃO DOS SEGUINTES DOCUMENTOS:

1) DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS = 3 ÚLTIMOS EXERCÍCIOS;

2) RELAÇÃO DOS CREDORES;

3) INVENTÁRIO DOS BENS E DIREITOS DO ATIVO ACOMPANHADO DE DOCUMENTOS DE PROPRIEDADE;

4) REGISTRO NA JUNTA OU INDICAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DE TODOS OS SÓCIOS (EMPRESÁRIO IRREGULAR);

5) LIVROS OBRIGATÓRIOS E CONTÁBEIS;

6) RELAÇÃO DE ADMINISTRADORES = 5 ANOS





• JUIZ SENTENCIA A QUEBRA DO REQUERENTE COM A PETIÇÃO INICIAL E INSTRUÇÕES OU DETERMINA EMENDA.

• O JUIZ NÃO DECRETARÁ A FALÊNCIA QDO. DESISTÊNCIA TEMPESTIVA = RETRATAÇÃO ANTES DA SENTENÇA.

• EMBORA A RETRATAÇÃO SEJA ATO DE VONTADE DO DEVEDOR = DESISTÊNCIA É INEFICAZ QDO. INTEMPESTIVA.

SENTENÇA DECLARATÓRIA DA FALÊNCIA

• SENTENÇAS NO CPC = DECLARATÓRIAS (RECONHECEM A EXISTÊNCIA DE RELAÇÃO OU FALSIDADE DE DOCUMENTO), CONDENATÓRIAS (EXECUÇÃO CONTRA O VENCIDO) OU CONSTITUTIVAS (CRIAM OU MODIFICAM RELAÇÕES).





► SENTENÇA DE FALÊNCIA = DECLARATÓRIA E CONSTITUTIVA. ART. 458 CPC E ART. 99 LRF.

• RECONHECE O PREEXISTENTE ESTADO DE FATO DE INSOLVÊNCIA =DECLARATÓRIA

• DECRETA A FALÊNCIA = CONSTITUTIVA.

• EMISSÃO DE SENTENÇA = OPERA-SE A DISSOLUÇÃO DO EMPRESÁRIO FALIDO = ATOS JURÍDICOS E BENS SUJEITOS A REGIME JURÍDICO ESPECÍFICO (FALIMENTAR).

• SENTENÇA = MODIFICA A DISCIPLINA JURÍDICA E A RELAÇÃO ENTRE OS CREDORES EM CONCURO. INCIDÊNCIA DE NORMAS ESPECÍFICAS.





• A SENTENÇA DEVE COMPREENDER:

A) RELATÓRIO COM A SUA DO PEDIDO E DA RESPOSTA E O REGISTRO DAS PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS DA FASE PRÉ-FALIMENTAR.

B) FUNDAMENTOS ADOTADOS PARA EXAME DAS QUESTÕES DE FATO E DE DIREITO.

C) DISPOSITIVO LEGAL QUE EMBASE A DECISÃO.

D) DESIGNAÇÃO DOS REPRESENTANTES LEGAIS (ADMINISTRADORES DOS EMPRESÁRIOS).

E) TERMO LEGAL DA FALÊNCIA.





F) A PROIBIÇÃO DA PRÁTICA DE ATOS QUE ONEREM OU LIBERE BENS DO FALIDO SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO JUDICIAL.

G) ORDEM À JUNTA COMERCIAL PARA ANOTAÇÃO DA FALÊNCIA.

H) DETERMNAÇÃO DE EXPEDIÇÃO DE OFÍCIOS A ÓRGÃOS E REPARTIÇÕES PÚBLICAS OU ENTIDADES QUE POSSAM FORNECER INFORMAÇÕES SOBRE OS BENS E DIREITOS DO EMPRESÁRIO.

► TERMO LEGAL DA FALÊNCIA = ANTERIOR Á DECRETAÇÃO DA QUEBRA. ASSISTE NA AUDITORIA DOS ATOS PRATICADOS PELA SOCIEDADE FALIDA.





• IMPORTÂNCIA DA DEFINIÇÃO DO TERMO LEGAL DA FALÊNCIA = INVESTIGAR POSSÍVEIS IRREGULARIDADES NAS VÉPERAS DA DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA.

• JUIZ DETERMINA O PERÍODO DO “TERMO LEGAL DA FALÊNCIA”.

►QDO. A FALÊNCIA FUNDAMENTA-SE NA IMPONTUALIDADE JUSTIFICADA OU EXECUÇÃO FRUSTRADA = TERMO LEGAL NÃO PODE RETROAGIR POR MAIS DE 90 DIAS DO PRIMEIRO PROTESTO POR FALTA DE PAGAMENTO.

► EM CASO DE CONVOLAÇÃO = NÃO PODE RETROAGIR POR MAIS DE 90 DIAS DO REQUERIMENTO.





PUBLICIDADE DA SENTENÇA

• PUBLICAÇÃO EM EDITAL PARA GARANTIR MAIOR PUBLICIDADE DA QUEBRA, TRANSCRITO NO DIÁRIO OFICIAL.

• SE A MASSA FALIDA DESEJAR, A SENTENÇA SERÁ PUBLICADA EM JORNAL OU REVISTA DE CIRCULAÇÃO REGIONAL.

• INTIMAÇÃO DO MP.

• COMUNICAÇÃO À FAZENDA FEDERAL E DOS ESTADOS EM QUE A FALIDA POSSUI ESTABELECIMENTO OU FILIAL.

• COMUNICAÇÃO Á JUNTA COMERCIAL





RECURSO CONTRA A SENTENÇA DECLARATÓRIA DA FALÊNCIA

►CABE RECURSO DE AGRAVO.

• OBSERVAÇÃO: AGRAVO É RECURSO CABÍVEL CONTRA DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS (ART. 522 CPC).

NO ENTANTO, NO PROCESSO DE FALÊNCIA CABE AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRA SENTENÇA (ART. 100 LRF).NÃO CABE AGRAVO RETIDO.

► AGRAVO = 10 DIAS SEGUINTES À PUBLICAÇÃO DA SENTENÇA NO DIÁRIO OFICIAL.





• RELATOR NO TRIBUNAL PODERÁ ATRIBUIR EFEITO SUSPENSIVO AO AGRAVO, A PEDIDO DA FALIDA AGRAVANTE OU DE OFÍCIO.

• COM EFEITO SUSPENSIVO = O EMPRESÁRIO NÃO É FALIDO E CONTINUARÁ OPERANDO REGULARMENTE ATÉ O JULGAMENTO DO RECURSO.

• CASO O RELATOR NÃO ATRIBUA EFEITO SUSPENSIVO = TERÁ O EFEITO DEVOLUTIVO FICANDO O CONCURSO DE CREDORES TRMITANDO NORMALMENTE.

• CABE O RECURSO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO = OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO (ART. 535 CPC).





DENEGAÇÃO DA FALÊNCIA

RAZÕES PARA DENEGAÇÃO:

1) ELISÃO DO PEDIDO EM RAZÃO DO DEPÓSITO DO VALOR EM ATRASO PELO REQUERIDO = REQUERIDO SUCUMBIU EM VISTA DO PAGAMENTO.

• PARTE SUCUMBENTE DEVE ARCAR COM AS DESPESAS DO PROCESSO E OS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.

2) PERTINÊNCIA DAS RAZÕES ARTICULADAS NA CONTESTAÇÃO = O REQUERENTE SUCUMBE, VEZ QUE ACOLHIDA A DEFESA DO REQUERIDO.





►SE CONTESTADO E FEITO O DEPÓSITO PELO REQUERIDO = JUIZ DEVE APRECIAR AS RAZÕES DO DEVEDOR. O DEPÓSITO AFASTA A INSTAURAÇÃO DO CONCURSO DE CREDORES.

• POSSIBILIDADE DE ACOLHIMENTO PARCIAL DO PEDIDO DE FALÊNCIA INEXISTENTE = NÃO CABE LEVANTAMENTO PARCIAL DO DEPÓSITO EM FAVOR DO CREDOR.

• DENEGAÇÃO DA FALÊNCIA COM SUCUMBÊNCIA DO REQUERIDO = SENTENÇA CONDENA AO PAGTO. DE CORREÇÃO MONETÁRIA.

• ACOLHE A CONTESTAÇÃO DO REQUERIDO E JULGA IMPROCEDENTE O PEDIDO DE FALÊNCIA = VERIFICAR SE HOUVE DOLO OU NÃO PARA CONDENÁ-LO AO PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO EM FAVOR DO REQUERIDO.





►CONTRA A SENTENÇA DENEGATÓRIA DO PEDIDO DE FALÊNCIA = RECURSO DE APELAÇÃO PRAZO DO CPC.SE CONTESTADO E FEITO O DEPÓSITO PELO REQUERIDO = JUIZ DEVE APRECIAR AS RAZÕES DO DEVEDOR. O DEPÓSITO AFASTA A INSTAURAÇÃO DO CONCURSO DE CREDORES.

• POSSIBILIDADE DE ACOLHIMENTO PARCIAL DO PEDIDO DE FALÊNCIA INEXISTENTE = NÃO CABE LEVANTAMENTO PARCIAL DO DEPÓSITO EM FAVOR DO CREDOR.

• DENEGAÇÃO DA FALÊNCIA COM SUCUMBÊNCIA DO REQUERIDO = SENTENÇA CONDENA AO PAGTO. DE CORREÇÃO MONETÁRIA.





• ACOLHE A CONTESTAÇÃO DO REQUERIDO E JULGA IMPROCEDENTE O PEDIDO DE FALÊNCIA = VERIFICAR SE HOUVE DOLO OU NÃO PARA CONDENÁ-LO AO PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO EM FAVOR DO REQUERIDO.

UNIDADE E UNIVERSALIDADE DO JUÍZO DA FALÊNCIA

► ART. 76 LRF = O JUÍZO DA FALÊNCIA É INDIVISÍVEL E COMPETANTE PARA CONHECER TODAS AS AÇÕES SOBRE BENS, INTERESSES E NEGÓCIOS DO FALIDO.

• PRINCÍPIO DA UNIDADE OU DA INDIVISIBILIDADE DO JUÍZO.





► ART. 115 LRF = DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA SUJEITA TODOS OS CREDORES.

• PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE. ENGLOBA A TOTALIDADE DOS CREDORES E DOS BENS DO DEVEDOR.

1) REALIZA A ARRECADAÇÃO DOS BENS;2) PROCESSA A VERFICAÇÃO DOS CRÉDITOS;3) PROCESSAM OS PEDIDOS DE RESTITUIÇÃO4) REALIZAM RECLAMAÇÕES SOBRE BENS E INTERESSES

• PARA ESSE CARÁTER UNIVERSAL DE EXCUÇÃO COLETIVA FALIMENTAR = NECESSÁRIO QUE ELE CONCENTRE O CONTENCIOSO E ATIVIDADES PROCESSUAL DA FALÊNCIA.

• ASSEGURAM O PAR CONDITIO CREDITORIUM.





EXCEÇÃO AO PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE DO JUÍZO FALIMENTAR

►ART. 75 LRF:

• AÇÕES NÃO REGULADAS PELA LEI DE FALÊNCIA EM QUE A MASSA FALIDA FOR AUTORA OU LITSCONSORTE ATIVA. EX. MASSA FALIDA PROPÕE UMA AÇÃO DE DESPEJA PARA RECOBRAR O BEM OBJETO DO ARRENDAMENTO COMETIDO POR UM CONTRATANTE DO DEVEDOR FALIDO.

• AÇÕES QUE DEMANDAM QUANTIA ILÍQUIDA, INDEPENDENTEMENTE DA POSIÇÃO DA MASSA FALIDA, CASO ESTEJA JÁ EM TRAMITAÇÃO AO TEMPO DA DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA.





• RECLAMAÇÕES TRABALHISTAS, SENDO QUE UMA VEZ APURADO PASSA-SE PARA O JUÍZO CONCURSAL.

• EXECUÇÕES FISCAIS, QUE SEGUNDO O ART. 187 CTN, NÃO SE SUJEITAM A NENHUM CONCURSO DE CREDORES, NEM À HABILITAÇÃO NA FALÊNCIA. CRÉDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS INSCRITOS NA DIVIDA ATIVA.

• AÇÕES DECORENTES DE ACIDENTE DE TRABALHO DERIVADAS DE DOLO OU CULPA DO EMPREGADOR.

• AÇÕES DE CONHECIMENTO DE QUE A UNIÃO, A ENTIDADE AUTÁRQUICA OU EMPRESA PÚBLICA FEDERAL É PARTE OU INTERESSADA. COMPETÊNCIA JUSTIÇA FEDERAL.





VERIFICAÇÃO E HABILITAÇÃO DE CRÉDITOS

► DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA OU PROCESSAMENTO DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL = SUJEIÇÃO DOS CREDORES Á VERIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS.

• PROPORCIONA A TODOS OS CREDORES A APRESENTAÇÃO DE SUAS PRETENSÕES = EXAME E ADMISSÃO PARA EFEITOS DE PAGAMENTO.

1ª. FASE = ADMINISTRATIVA = REUNIÃO DOS CREDORES

• SÍNDICO SERÁ O GERENTE DESSE PROCEDIMENTO.





• EXAME DA RELAÇÃO DOS CREDORES APRESENTADA PELO DEVEDOR

• EXAME DOS LIVROS E DOCUMENTOS, DECLARAÇÕES DE CRÉDITO EXIBIDOS PELOS CREDORES.

• ELABORAÇÃO DA RELAÇÃO DE CREDORES (ART. 7º. CAPUT E PARÁGRAFOS) A PARTIR DOS DOCUMENTOS COLHIDOS.

• EXAME DA RELAÇÃO DOS CREDORES APRESENTADA PELO DEVEDOR

• LISTAGEM COM OS INTERESSADOS A MANIFESTAR, SURGINDO AS CONTESTAÇÕES E IMPUGNAÇÕES.





• NÃO HAVENDO IMPUGNAÇÃO, O JUIZ HOMOLOGARÁ A INDIGITADA RELAÇÃO DE CREDORES COMO QUADRO GERAL DE CREDORES ( ART. 14 LRJ).

• INEXISTINDO CONTESTAÇÃO = PROCEDIMENTO TRADUZ-SE EM UM PROCEDIMENTO DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA.

• PARTICIPAÇÃO DO ÓRGÃO JURISDICIONAL SE MOSTRA NECESSÁRIA À EFICÁCIA DO PROCEDIMENTO. SEM DESEMPENHO DA FUNÇÃO JURISDICIONAL.

2ª. FASE = JUDICIAL

• SE INSTAURA A PARTIR DO SURGIMENTO DAS CONTESTAÇÕES QUANTO À LEGITIMIDADE, VALOR E CLASSIFICAÇÃO DO CRÉDITO APRESENTADO.





• SURGE UMA LIDE A SER COMPOSTA POR DECISÃO JUDICIAL.

HABILITAÇÃO DO CRÉDITO • RECUPERAÇÃO JUDICIAL – DEVEDOR INSTRUI A PETIÇÃO INICIAL COM A RELAÇÃO NOMINAL DOS CREDORES (NATUREZA, CLASSIFICAÇÃO E VALOR ATUALIZADO DO CRÉDITO - ART. 51 INS. III e IV LRJ).

• AUTOFALÊNCIA = DEVEDOR OBRIGA-SE A INSTRUIR O SEU PEDIDO COM A MESMA RELAÇÃO (ART. 105, II).





• FALÊNCIA POR CREDOR = O JUIZ ORDENARÁ QUE A EXIBA EM UM PRAZO DE 5 DIAS, A CONTAR DA DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA SOB PENA DE DESOBEDIÊNCIA (ART. 99, III LRJ).

• CREDOR QUE FIGURAR NA LISTAGEM COM EXATIDÃO DO VALOR DO CRÉDITO E DA CLASSIFICAÇÃO ESTARÁ AUTOMATICAMENTE HABILITADO = AGUARDAR SENTENÇA NO QUADRO GERAL DE CREDORES.

• CREDOR COM INEXATIDÃO DO VALOR DO CRÉDITO DE SUA CLSSIFICAÇÃO DEVERÁ APRESENTAR A DIVERGÊNCIA AO ADMINISTRADOR QUANTO AO CRÉDITO (§1º. DO ART. 7º.)





• O JUIZ TERÁ 15 DIAS PARA SANAR A DIVERGÊNCIA E HABILITAR O CREDOR, CONTADO DA PUBLICAÇÃO DO EDITAL CONTENDO A ÍNTEGRA DA SENTENÇA QUE DECRETAR A FALÊNCIA.

• SERÁ COMPUTADO O PRAZO COM A EXCLUSÃO DO DIA DA PUBLICAÇÃO DO EDITAL (DATA DO INÍCIO) E DO DIA DO VENCIMENTO (ART. 184 CPC) = SEGUE O CÔMPUTO DOS PRAZOS PRECESSUAIS. CPC É SUBSIDIÁRIO.





• NO PROCESSO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL, A PUBLICAÇÃO DO EDITAL SOMENTE SE REALIZA NO ÓRGÃO OFICIAL.

• NA FALÊNCIA, INCIDIRÁ A REGRA DO ART. 191, SEGUNDO O QUAL AS PUBLICAÇÕES ORDENADAS SERÃO FEITAS NA IMPRENSA OFICIAL E SE A MASSA FALIDA COMPORTAR, EM JORNAL OU REVISTA DE CIRCULAÇÃO NACIONAL.

• NESTE CASO, O PRAZO PARA HABILITAÇÃO OU OFERECIMENTO DE DIVERGÊNCIA DEVE SER CONTADO A PARTIR DA PUBLICAÇÃO NO ÓRGÃO OFICIAL.

• A HABILITAÇÃO NÃO SE FAZ EM FORMA DE PETIÇÃO. SUA FORMA É LIVRE E NÃO NECESSITA SER SUBSCRITA POR ADVOGADO. NÃO DEVE OBEDECER O ART. 281 CPC.





• NO CASO DE IMPUGNAÇÃO, EM VISTA DO LITÍGIO EXIGE-SE ADVOGADO HABILITADO.

DECLARAÇÃO DE CRÉDITO - ART. 9 LRF

1) NOME E ENDEREÇO DO CREDOR; 2) VALOR DO CRÉDITO ATUALIZADO ATÉ A DATA DE DECRETAÇÃO DE FALÊNCIA OU DO INGRESSO DO PEDIDO DE RJ; 3) DOCUMENTOS COMPROBATÓRIOS DO CRÉDITO E PROVAS 4) DECLARAÇÃO DA ORIGEM DO TÍTUO DE CRÉDITO.

►OS TÍTULOS E OS DOCUMENTOS QUE LEGITIMAM O CRÉDITO = EXIBIÇÃO NO ORIGINAL, SENDO ADMITIDA CÓPIA AUTENTICADA SE ESTIVEREM INSTRUINDO OUTRO PROCESSO.

► EM CASO DE INÍCIO DE PROVA ESCRITA = PROTESTA PELA COMPROVAÇÃO DEFINITIVA (LIVROS EMPRESARIAIS DO DEVEDOR).





• DECLARAÇÃO SEMPRE INDIVIDUAL E FORMULADA PELO CREDOR.

• QDO. O CRÉDITO É EM MOEDA ESTRANGEIRA = VALOR SRÁ CONVERTIDO PARA MOEDA NACIONAL PELO CÂMBIO DO DIA DA DECISÃO QUE A DECRETAR ( ART. 77)

• NA RJ, O CRÉDITO TERÁ A VARIAÇÃO CAMBIAL CONSIDERADA COMO PARÂMETRO DE INDEXAÇÃO.

• SENDO A RJ CONVOLADA EM FALÊNCIA = CONSIDERADOS HABILITADOS OS CRÉDITOS DELA REMANESCENTES QDO. INCLUÍDOS DEFINITIVAMENTE NO QUADRO GERAL DE CREDORES.

IMPUGNAÇÕES DE CRÉDITOS

O ADMINISTRADOR ELABORARÁ A RELAÇÃO DOS CREDORES QUE PARTICIPARÃO DO PROCESSO DE FALÊNCIA E RJ = DECLARA O VALOR DO CRÉDITO E A SUA CLASSIFICAÇÃO.





• RAZÕES PARA IMPUGNAÇÃO: LEGITIMIDADE, A IMPORTÂNCIA OU CLASSIFICAÇÃO DO CRÉDITO OU AUSÊNCIA DO CRÉDITO.

O ADMINISTRADOR TERÁ 45 DIAS PARA REALIZAÇÃO DA RELAÇÃO DE CREDORES = PUBLICARÁ EDITAL CONTENDO A PREFALADA RELAÇÃO DE CREDORES (LOCAL, HORÁRIO E O PRAZO EM QUE OS INTERESSADOS TERÃO ACESSO AOS DOCUMENTOS (ART. 7º., CAPUT, §§ 1º. E 2º. LRF)

• LEGITIMAÇÃO PARA APRESENTAR IMPUGNAÇÃO CONTRA A RELAÇÃO DE CREDORES = O COMITÊ, QUALQUER CREDOR, O DEVEDOR, OS SÓCIOS DA PESSOA JURÍDICA OU O MP.

PRAZO: 10 DIAS A CONTAR DA PUBLICAÇÃO NO ÓRGÃO OFICIAL DO EDITAL.





IMPUGNAÇÃO DE CRÉDITOS

►O ADMINISTRADOR JUDICIAL ELABORARÁ A RELAÇÃO DOS CREDORES QUE PARTICIPARÃO DOS PROCESSOS DE FALÊNCIA OU RJ = DECLARANDO O NOME DOS CREDORES, O VALOR DO CRÉDITO E A SUA CLASSIFICAÇÃO.

• LISTAGEM NOMINAL APRESENTADA PELO DEVEDOR → BASEADO EM INFORMAÇÕES E COMPROVAÇÕES LIVROS CONTÁBEIS E DOCUMENTOS COMERCIAIS/FISCAIS DO DEVEDOR → DOCUMENTOS EXIBIDOS PELOS CREDORES DURANTE AS SUAS HABILITAÇÕES OU DIVERGÊNCIAS.

PRAZO: 45 DIAS CONTADOS DO TÉRMINO DO PRAZO PARA HABILITAÇÃO DOS CREDORES (PUBLICAÇÃO DE EDITAL CONTENDO A RELAÇÃO DE CREDORES EM QUE OS INTERESSADOS TERÃO ACESSO AOS DOCUMENTOS – ART. 7º, CAPUT PARGS. 1º. E 2º.)





• EDITAL DEVERÁ SER PUBLICADO NA IMPRENSA OFICIAL COM A POSSIBILIDADE DE SER PUBLICADO EM JORNAL OU REVISTA DE GRANDE CIRCULAÇÃO (ART. 191).

JUSTIFICATIVAS: LEGITIMIDADE DO CREDOR PARA CONSTAR NA LISTA, A IMPORTÂNCA OU A CLASSIFICAÇÃO DO CRÉDITO E AUSÊNCIA DE CRÉDITO.

PRÉ-REQUISITO: O CRÉDITO DEVE CONSTAR DA LISTAGEM EXIBIDA PELO DEVEDOR, EM FASE INICIAL DO PROCESSO. A IMPUGNAÇÃO NÃO SUBSTITUI O PROCEDIMENTO DA HABILITAÇÃO.





• OBSERVAÇÃO: IMPUGNAÇÃO DEVE SER DIRIGIDA AO JUIZ, POR MEIO DE PETIÇÃO E INSTRUÍDA COM DOCUMENTOS .

• CADA IMPUGNAÇÃO DE VER AUTUADA EM SEPARADO COM OS DOCUMENTOS PECULIARES. NO ENTANTO, TERÃO UMA SÓ AUTUAÇÃO AS DIVERSAS IMPUGNAÇÕES.

• OS CREDORES CUJOS CRÉDITOS FORAM IMPUGNADOS SERÃO INTIMADOS PARA CONTESTAR A IMPUGNAÇÃO = PRAZO 5 DIAS (DEVE INSTRUIR A CONTESTAÇÃO COM DOCUMENTOS).

• TRANSCORRIDO ESSE PRAZO = O COMITÊ E O DEVEDOR SERÃO INTIMADOS PARA SE MANIFESTAR SOBRE A DEFESA (SE NÃO FOREM IMPUGNANTES).





• APÓS O PRAZO, O ADMINISTRADOR SERÁ INTIMADO PARA EMITIR PARECER EM 5 DIAS (MANIFESTAÇÃO COM LAUDO POR PROFISSIONAL ESPECIALIZADO) .

JULGAMENTO NA VERIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS

• NÃO HAVENDO IMPUGNAÇÃO, O JUIZ HOMOLOGARÁ COMO QUADRO GERAL DE CREDORES A RELAÇÃO DOS CREDORES ELABORADA PELO ADMINISTRADOR E PUBLICADA POR EDITAL.

• OCORRENDO IMPUGNAÇÃO DO CRÉDITO, APÓS O VENCIMENTO DO PRAZO PARA QUE O ADMINISTRADOR SE MANIFESTE SOBRE CADA UMA DELA = AUTOS SERÃO CONCLUSOS PARA O JUIZ, QUE TOMARA AS SEGUINTES MEDIDAS:

(A) INCLUSÃO NO QUADRO GERAL OS CRÉDITOS NÃO IMPUGNADOS, BASEADO NA RELAÇÃO ELABORADA PELO ADMINISTRADOR.





(B) JULGAR AS IMPUGNAÇÕES QUE ESTIVEREM ESCLARECIDAS PELAS ALEGAÇÕES E PROVAS APRESENTADAS. MENCIONA-SE A IMPUGNAÇÃO DE CADA CRÉDITO, VALOR E CLASSIFICAÇÃO.

(c) FIXAR OS ASPECTOS CONTROVERTIDOS E DECIDIR AS QUESTÕES PROCESSUAIS PENDENTES. DEVE-SE DETERMINAR AS PROVAS A SEREM PRODUZIDAS E DESIGNAR, SE NECESSÁRIO, A AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO.

• APÓS O PRAZO, O ADMINISTRADOR SERÁ INTIMADO PARA EMITIR PARECER EM 5 DIAS (MANIFESTAÇÃO COM LAUDO POR PROFISSIONAL ESPECIALIZADO) .

OBSERVAÇÃO: NO PROCESSAMENTO DO JULGAMENTO DAS IMPUGNAÇÕES, PODERÁ HAVER RATEIO PARA PAGAMENTO PARCIAL DOS CRÉDITOS QUE DELA PARTICIPEM. POR ISSO, O ART. 16 LRF DISPÕE QUE O JUIZ DETERMINARÁ A RESERVA DO VALOR PARA SATISFAÇÃO DO CRÉDITO IMPUGNADO.





RECURSO DA SENTENÇA DE IMPUGNAÇÃO

•TANTO OS CRÉDITOS IMPUGNADOS QUANTO OS NÃO IMPUGNADOS SERÃO OBJETO DE SENTENÇA PARA SEREM INCLUÍDOS NO QUADRO-GERAL DE CREDORES.

► PERGUNTA-SE: É RECORRÍVEL A SENTENÇA QUE DETERMINAR A INCLUSÃO NO QUADRO GERAL NÃO IMPUGNADO? NÃO. O MOMENTO PARA A CONTRARIEDADE DO CRÉDITO É O DA IMPUGNAÇÃO COM OBEDIÊNCIA DOS RESPECTIVOS PRAZOS E PROCEDIMENTOS.

• NÃO DEVE O RECURSO FUNCIONAR COMO INSTRUMENTO TARDIO PARA SER MANEJADO PELO INTERESSADO.

• DA DECISÃO SOBRE A IMPUGNAÇÃO DE CRÉDITO = AGRAVO DE INSTRUMENTO. MESMO RITO E PRAZO DO ART. 189 CPC





► AGRAVO = CONCESSÃO DE EFEITO SUSPENSIVO À DECISÃO QUE RECONHECE O CRÉDITO OU DETEMRINA A INSCRIÇÃO OU MODIFICAÇÃO DE SEU VALOR OU CLASSIFICAÇÃO NO QUADRO-GERAL DOS CREDORES.

•RAZÕES PARA O AGRAVO = A DECISÃO CAUSA LESÃO GRAVE E DE DIFÍCIL REPARAÇÃO . A MODALIDADE DE AGRAVO RETIDO É INCOMPATÍVEL COM O PROCEDIMENTO, EM QUE NÃO HAVERÁ OUTRA E FUTURA SENTENÇA A DESAFIAR O RECURSO DE APELAÇÃO.

OBS: NÃO SÃO EXIGIDOS DO DEVEDOR, AS DESPESAS QUE OS CREDORES FIZEREM PARA TOMAR PARTE NO PROCESSO.





QUADRO GERAL DE CREDORES

► O ADMINISTRADOR SERÁ RESPONSÁVEL PELA CONSOLIDAÇÃO DO QUADRO-GERAL DE CREDORES = HOMOLOGADO PELO JUIZ COM BASE NA RELAÇÃO DOS CREDORES E IMPUGNAÇÕES.

► O QUADRO GERAL SERÁ ASINADO PELO JUIZ E PELO ADMINISTRADOR JUDICIAL. MENCIONARÁ A IMPORTÂNCIA E A CLASSIFICAÇÃO DE CADA CRÉDITO. SERÁ JUNTADO AOS AUTOS E PUBLICADO NO ÓRGÃO OFICIAL, NO PRAZO DE 5 DIAS, CONTADOS DA DATA DA ÚLTIMA SENTENÇA QUE JULGAR AS IMPUGNAÇÕES.

HABILITAÇÃO RETARDATÁRIA

EXAME DOS CRÉDITOS

O CREDOR QUE NÃO PROMOVER A SUA HABILITAÇÃO OU OPOR-SE QTO. AO CRÉDITO NO PRAZO, NÃO FICA IMPEDIDO DE FAZÊ-LO.





► NÃO DECAI DO DIREITO, NEM SE OPERA PRECLUSÃO

• SERÁ RECEBIDA COMO RETARDATÁRIA, SOFRENDO RESTRIÇÕES LEGAIS.

• DIVERGÊNCIA DE CRÉDITO TAMBÉM PODE SER OBJETO DE HABILITAÇÃO RETARDATÁRIA, NÃO OBSTANTE A FALTA EXPRESSA.

CONTROVÉRSIA DOUTRINÁRIA: CREDOR DIVERGENTE EM RELAÇÃO AO SEU CRÉDITO NÃO SOFRERÁ IDÊNTICA LIMITAÇÃO, POIS NÃO É PROPRIAMENTE RETARDATÁRIO.





LIMITAÇÕES:

• SEM DIREITO DE VOTO NA ASSEMBLÉIA DOS CREDORES (EXCETUADOS OS TITULARES DE CRÉDITOS DA RELAÇÃO DE TRABALHO), SALVO SE NA DATA DA ASSEMBLÉIA HOUVER SIDO HOMOLOGADO O QUADRO-GERAL DE CREDORES.

• NA FALÊNCIA, O RETARDATÁRIO NÃO TERÁ DIREITO AOS RATEIOS A SEREM DISTRIBUÍDOS MAS O DE REQUERER AO JUIZ, ENQUANTO SE PROCESSAM SUAS HABILITAÇÕES, À RESERVA DE VALORES PARA A SATISFAÇÃO DO CRÉDITOS CUJOS RATEIOS VIEREM A CONCORRER (RESERVA DE COTA).

• OS RETARDATÁRIOS SUPORTARÃO O PAGAMENTO DOS CUSTOS RESULTANTES DA HABILITAÇÃO.





• PRIVADO DOS ACESSÓRIOS DE SEUS CRÉDITOS (§3º. DO ART. 10 LRF) DURANTE O PERÍODO ENTRE O TÉRMINO DO PRAZO E A DATA DO PEDIDO DE HABILITAÇÃO.

►ACESSÓRIO COMPREENDE OS JUROS E NÃO ATUALIZAÇÃO. NÃO HÁ PLUS SOBRE O PRINCIPAL.

• MESMA REGRA AOS RETARDATÁRIOS APLICA-SE NA RJ (POR ANALOGIA). A INCOMPATIBILIDADE DE SUAS DISPOSIÇÕES OCORRE SOMENTE QUANDO SE DIRIGE AO RATEIO E A FORMA DE COMPUTAR OS ACESSÓRIOS. NO RJ NÃO HÁ RATEIO (NÃO HÁ CONCURSO DE CREDORES).

• AINDA, O SISTEMA DE CONTAGEM DE JUROS NÃO É REGULADO, MAS O VALOR FICARÁ BASEADO NO QUE VIER A SER DEFINIDO NO PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL.





•

►A HABILITAÇÃO DE CRÉDITO RETARDATÁRIO SE APRESENTA ANTES DA HOMOLOGAÇÃO DO QUADRO GERAL SERÁ RECEBIDO COMO IMPUGNAÇÃO DE CRÉDITO (§5º ART. 10 LRF) E REALIZADA NA FORMA DOS ARTS. 13 A 15 DA LEI.

• RECEBIDA A PETIÇÃO PELO JUIZ, ABRIR-SE-À PRAZO PARA OS LEGITIMADOS, EM 10 DIAS, IMPUGNAREM A PRETENSÃO, PUBLICANDO-SE NO EDITAL PARA CIÊNCIA.

• CONSUMADO O PRAZO DA CONTESTAÇÃO, O DEVEDOR, SE NÃO FOR O IMPUGNANTE, E O COMITÊ SE NÃO FOR IMPUGNANTE SERÃO INTIMADOS A SE MANIFESTAR NO PRAZO DE 5 DIAS. APÓS ESSE PRAZO, O ADMINISTRADOR SERÁ INTIMADO, PARA EM OUTROS 5 DIAS EMITIR PARECER.





•

►A TRANSCORRIDO O MENCIONADO PRAZO, SERÃO OS AUTOS DA HABILITAÇÃO RETARDATÁRIA CONCLUSOS AO JUIZ.

► APÓS A HOMOLOGAÇÃO DO QUADRO-GERAL NÃO SERÁ MAIS ADMITIDA A HABILITAÇÃO RETARDATÁRIA COMO UM INCIDENTE AO PROCESSO DE RJ OU FALÊNCIA.

• CREDOR PODERÁ, NO ENTANTO, REQUERER AO JUÍZO A RETIFICAÇÃO DO QUADRO-GERAL PARA A INCLUSÃO DO RESPECTIVO CRÉDITO. DEVERÁ ENTÃO TER CIÊNCIA DO FEITO, PARA QUE POSSAM OFERECER AS SUAS IMPUGNAÇÕES.

CRÉDITOS ILÍQUIDOS

• A DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA OU DEFERIMENTO DO PROCESSAMENTO DA RJ PROVOCA A SUSPENSÃO DAS AÇÕES OU EXECUÇÕES EM RELAÇÃO Á MASSA FALIDA OU DEVEDOR.





• NO ENTANTO, AS AÇÕES ILÍQUIDAS SÃO PROCESSADAS NO JUÍZO CÍVEL, ATÉ QUE APURE O MONTANTE DEVIDO.

PODE O JUÍZO CÍVEL DETERMINAR A RESERVA DA IMPORTÂNCIA QUE ESTIMOU DEVIDA E, UMA VEZ TORNADO LÍQUIDO O CRÉDITO, SERÁ ELE COMUNICADO AO JUÍZO DA FALÊNCIA PARA INCLUSÃO NO QUADRO-GERAL DE CREDORES.

EXCLUSÃO, RECLASSIFICAÃO OU RETIFICAÇÃO DE CRÉDITOS

• GARANTE A LEI O EXERCÍCIO DO ADMINSITRADOR, PELO COMITÊ, POR QUALQUER CREDOR OU PELO MP AJUIZAR ÃÇÃO OBJETIVANDO A EXCLUSÃO DE CREDOR, RECLASSIFICAÇÃO OU RETIFICAÇÃO DE QUALQUER CRÉDITO = FRAUDE, SIMULAÇÃO OU O QDO. DOCUMENTOS RELEVANTES FOREM IGNORADOS NA ÉPOCA DO JULGAMENTO (MESMO TRANSITADO EM JULGADO).





• SERÁ COMPETENTE PARA CONHECÊ-LA O JUÍZO DA FALÊNCIA OU DA RJ QUE DETERMINOU A INCLUSÃO DO CRÉDITO NO QUADRO.

• ESCAPAM A ESSA REGRA OS CRÉDITOS DERIVADOS DA RELAÇÃO DO TRABALHO, OS ILÍQUIDOS OU DO ATO JUDICIAL QUE DETERMINOU O PROCESSAMENTO DA RECUPERAÇÃO APURADOS, POR ISSO, EM AÇÃO PRÓPRIA (§1º. DO ART. 6º).

QUADRO GERAL DE CREDORES

• CONFORME INFORMADO, A HOMOLOGAÇÃO DA RJ E A DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA INSTAURAM O PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO COLETIVA E UNIVERSAL.

• NA FALÊNCIA, OCORRERÁ O DESAPOSSAMENTO GLOBAL DO PATRIMÔNIO DO DEVEDOR, EXPROPRIADO PARA PAGAMENTO.





• OS CREDORES DEVERÃO CONCORRER NA FALÊNCIA PELO PAGAMENTO DOS CRÉDITOS, ALINHADOS SEGUNDO UMA ORDEM LEGAL DE PREFERÊNCIA RESULTANTE DE SEUS TÍTULOS.

• PARA OS CREDORES, INEXISTE TRANSFORMAÇÃO DE SEUS DIREITOS, NEM LHES RETIRA AS GARANTIAS LEGAIS. APENAS MODIFCA O EXERCÍCIO DO DIREITO, SUJEITANDO-OS AO CRITÉRIO DE PREFERÊNCIAS.

► O ADMINISTRADOR SERÁ RESPONSÁVEL PELA CONSOLIDAÇÃO DO QUADRO DE CREDORES, A SER HOMOLOGADO PELO JUIZ.

• QUADRO GERAL SERÁ ASSINADO PELO JUIZ E PELO ADMINISTRADOR E MENCIONARÁ A IMPORTÂNCIA E A CLASSIFICAÇÃO DE CADA CRÉDITO.

• JUNTADO AOS AUTOS E PUBLICADO NO ÓRGÃO OFICIAL, EM 5 DIAS, DA ÚLTIMA SENTENÇA QUE JULGAR AS IMPUGNAÇÕES.





• A GRADAÇÃO DOS CRÉDITOS É ESTABELECIDA PELO ART. 83 LRF, QUE ESTABELECE O SEGUINTE;

CRÉDITOS DE NATUREZA TRABALHISTA

• LEI FALIMENTAR CONCEDE UM TRATAMENTO PRIVILEGIADO AOS CRÉDITOS DE NATUREZA TRABALHISTA E DE ACIDENTES DO TRABALHO.

• OS CRÉDITOS DE ACIDENTE DE TRABALHO NÃO SÃO PRIORIZADOS EM RELAÇÃO AOS CRÉDITOS TRABALHISTAS.HAVERÁ O RATEIO NÃO HAVENDO RECURSOS SUFICIENTES AO PAGAMENTO DESSES CRÉDITOS.

• CREDITO TRABALHISTA = SALDO DE SALÁRIOS, HORA EXTRA, 13º. SALÁRIO, FÉRIAS NÃO GOZADAS ETC.





• A LRF RECONHECE A PRIORIDADE DO CRÉDITO TRABALHISTA MAS ESTABELECE UM TETO PARA ASSEGURAR O PAGTO. AOS OUTROS CREDORES.

• CRÉDITO PRIORITÁRIO ATÉ 150 SM POR CREDOR.

• POLÍTICA LEGISLATIVA QUE OBJETIVA PAGAR AO MENOS PARCIAL UMA QUANTIDADE MAIOR DE CREDORES: SOCIALIZAÇÃO DO RATEIO.

• POSSIBILIDADE DE O CREDOR TRABALHISTA CONCORRER COM OS CREDORES QUIROGRAFÁRIOS = APÓS OS 150 SM.

• CREDOR CONTINUA A RECEBER A DIFERENÇA ANTES DO PAGAMENTO DAS EVENTUAIS MULTAS E PENAS PECUNIÁRIAS CONTA O FALIDO (CRÉDITOS SUBORDINADOS).





• A LEI TUTELA AINDA O PEQUENO ASSALARIADO, AO DETERMINA QUE SEJAM OS CRÉDITOS ESTRITAMENTE SALARIAL = VENCIDOS NOS ÚLTIMOS 3 MESES À DECRETAÇÃO DA QUEBRA E ATÉ O LIMITE DE 5 SM POR EMPREGADO (DEVE-SE VERIFICAR A DISPONIBILIDADE DE CAIXA). ART. 151 LRF.

• PAGTO. CONSTITUI UM ADIANTAMENTO A SER ABATIDO POR OCASIÃO DA SATISFAÇÃO DO CRÉDITO.

► POLÊMICA NA LEI ANTERIOR = FASE COGNITIVA DO PROCESSO TRABALHISTA E EXECUÇÃO DO JULGADO DEVERIA REALIZAR-SE PERANTE A JUSTIÇA DO TRABALHO.

• INCLUA-SE AÍ A IMPUGNAÇÃO DO CRÉDITO FORMULADA POR QUALQUER DOS LEGITIMADOS (§2º. DO ART. 6º. LRF).





• O JUIZO FALIMENTAR NÃO TEM COMPETÊNCIA PARA PROCESSAR E JULGAR CONTROVÉRSIAS DA RELAÇÃO DE TRABALHO = COMPETÊNCIA ABSOLUTA DESSA JUSTIÇA (ART. 114 CF).

• APURADO O RESPECTIVO CRÉDITO, ELE SERÁ INSCRITO NO QUADRO-GERAL DE PELO VALOR DETERMINADO NA SENTENÇA TRANSITADA EM JULGADO.

►IMPORTANTE: DURANTE O PROCESSAMENTO DA AÇÃO, O JUÍZO TRABALHISTA PODERÁ DETERMINAR A RESERVA DA IMPORTÂNCIA ESTIMOU COMO DEVIDA NA RJ OU NA FALÊNCIA, COMUNICANDO AO JUÍZO FALIMENTAR (§3º. DO ART. 6º. LRF).

• PREVALÊCIA DA FASE INSTRUTÓRIA SER PROCESSADA NA JUSTIÇA DO TRABALHO, MAS A EXECUÇÃO NO JUÍZO FALIMENTAR.





• GARANTE-SE O CONDITIO CREDITORIUM E ASSEGURA TRATAMENTO IGUALITÁRIO AOS CREDORES DE UMA MESMA CATEGORIA. EVITA-SE RECEBIMENTOS DESPROPORCIONAIS ENTRE OS INTEGRANTES DE CREDORES TRABALHISTAS.

• NÃO É EXIGIDO DO CREDOR TRABALHISTA QUE PROMOVA UMA AÇÃO PARA APURAÇÃO DO CRÉDITO, VISTO QUE A VERIFICAÇÃO DE CRÉDITOS APRESENTA UMA FASE ADMINISTRATIVA PARA PLEITEAR A HABILITAÇÃO, EXLUSÃO OU MODIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS DERIVADOS DA RELAÇÃO DO TRABALHO.

• NO ENTANTO, QUALQUER DÚVIDA QTO. À LEGITIMDADE DO CRÉDITO OU DE SEU VALOR (NÃO ESCLARECIDA NA APURAÇÃO ADMINISTRATIVA) DEVERÁ SER DIRIMIDA EM AÇÃO PRÓPRIA.

• NESSES CRÉDITOS, INCLUEM OS APURADOS EM AÇÕES DE INDENIZAÇÃO POR ACIDENTE DO TRABALHO, QDO. INCORER O EMPREGADOR EM DOLO OU CULPA.





►ASPECTO CONTROVERSO ADICIONAL = ART. 44 DA LEI 4.886/65 (LEI 8.420/1992). EQUIPAROU NA FALÊNCIA OS CRÉDITOS DE COMISSÃO E INDENIZAÇÃO DOS REPRESENTANTES COMERCIAIS AOS CRÉDITOS TRABALHISTAS.

• EQUIPARAÇÃO CRITICADA = REPRESENTANTES COMERCIAIS SÃO EMPRESÁRIOS AUTÔNOMOS.

• ART. 83 LRF ABORDOU E EVITOU ESSA EQUIPARAÇÃO.

► ART. 186 DO CTN = ASSEGURA A PREVALÊNCIA DOS CRÉDITOS TRABALHISTAS EM RELAÇÃO AOS CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS. VEDADA ASSIM QUALQUER EQUIPARAÇÃO.





CRÉDITO DE GARANTIA REAL ►2ª. CATEGORIA PREFERENCIAL = CRÉDITOS HIPOTECÁRIOS, CRÉDITOS PIGNORATÍCIOS, CRÉDITOS RESULTANTES DE DEBÊNTURES ETC.

• HOUVE ALTERAÇÃO DA ORDEM DE PREFERÊNCIA EM RELAÇÃO Á LEI ANTERIOR = CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS PASSARAM A SER CLASSIFICADOS COMO O 3º. PREFERENCIAL. REDUÇÃO DOS CUSTS DECORRENTES DE JUROS BANCÁRIOS.

• AFIRMANDO-SE A PREFERÊNCIA DO CRÉDITO COM GARANTIA REAL, ACREDITA-SE QUE O LEGISLADOR BARATEARÁ O CRÉDITO.

• CRÉDITO COM GARANTIA REAL SERÁ PAGO COM A VENDA DO PRODUTO GRAVADO. SE O VALOR DA VENDA FOR SUPERIOR AO MONTANTE DO CRÉDITO, AA SOBRE SRÁ DESTINADA AO PGTO. DOS DEMAIS CREDORES.





• SE O PRODUTO FOR INFERIOR, OS CREDORES DE GARANTIA CONCORRERÃO NA CLASSE DOS QUIROGRÁFÁRIOS.

• ENTRE OS CREDORES COM GARANTIA REAL NÃO HAVERÁ RATEIO. OS CRÉDITOS SERÃO QUITADOS COM O PRODUTO APURADO DA ALIENAÇÃO DOS BENS SOBRE OS QUAIS RECAIA A GARANTIA.

• QDO. O BEM DA GARANTIA É O ÚNICO PARA QUITAR A DÍVIDA TRABALHISTA, ENTENDE-SE QUE O PRODUTOS DA VENDA DOS BENS VINCULADOS SERÃO DESTINADOS AOS PAGAMENTOS PRIORITÁRIOS.

• OS RESPECTIVOS ÔNUS SERÃO DISTRIBUÍDOS PELOS INTEGRANTES DA CLASSE, QDO. A VERSÃO DOS VALORES NÃO FOR INTEGRAL.





CRÉDITO TRIBUTÁRIO

►3ª. CLASSE DE CRÉDITOS = CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS SÃO DISTRIBUÍDOS EM DIVERSAS ESPÉCIES: IMPOSTOS, TAXAS, CONTRIBUIÇÕES E OS EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS.

► NÃO SE SUJEITAM AO PROCEDIMENTO FALIMENTAR OU DE RJ PARA A SUA VERIFICAÇÃO.

► NA RJ, SOMENTE APÓS O PAGAMENTO DOS TRIBUTOS OU QUE A SUA EXIBILIGIDADE ESTEJA SUSPENSA É QUE OCORRE A CONCESSÃO DA RJ (CTN 191-A).

• NÃO OBSTANTE, ASSEGURA-SE AO DEVEDOR O PARCELAMENTO DOS DÉBITOS FISCAIS EM CONDIÇÕES QUE A LEI ESPECIFICA VENHA A DISPOR E NA SUA FALTA CONFORME AS LEIS GERAIS DE PARCELAMENTO.





• NA FALÊNCIA, OS CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS INTEGRAM O QUADRO-GERAL DE CREDORES SUJEITANDO-SE A UMA ORDEM DE CLASSIFICAÇÃO DENTRE OS CRÉDITOS QUE PARTICIPAM DO CONCURSO FALIMENTAR. TODAVIA NÃO ESTÃO SUJEITOS À HABILITAÇÃO, CASO NÃO CONSTEM DA RELAÇÃO APRESENTADA PELO DEVEDOR.

► EM FACE DO PRIVILÉGIO, SEGUNDO O QUAL A COBRANÇA JUDCIAL DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO NÃO É SUJEITA AO CONCURSO OU HABILITAÇÃO DA FALÊNCIA, CABE APENAS À FAZENDA PÚBLICA COMUNICAR AO JUÍZO O MONTANTE DO SEU CRÉDITO.

• A COMPETÊNCIA JURISDICIONAL, EM ASSUNTOS ENVOLVENDO O FISCO, É MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. NÃO PODE SER CONVENCIONADO PELAS PARTES. CABE À FAZENDA PÚBLICA DIRIGIR POR OFÍCIO AO JUÍZO DA FALÊNCIA, ESPECIFICANDO O MONTANTE DA DÍVIDA.





• OS EXECUTIVOS FISCAIS PODEM SER AJUIZADOS MESMO DURANTE O CURSO DO PROCESSO FALIMENTAR E AS AÇÕES DE EXECUÇÃO NÃO POSSUEM O TRÂMITE SUSPENSO COM A DECRETAÇÃO DA QUEBRA.

PROBLEMA: LIQUIDAÇÃO DO BEM PENHORADO NA EXECUÇÃO FISCAL, CASO O PRODUTO APRESENTA-SE ESSENCIAL AO PAGAMENTO DOS CRÉDITOS QUE GOZAM DE PREFERÊNCIA.

• AS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS (ART. 195, LRJ) JUNTAMENTE COM AS CONTRIBUIÇÕES GERAIS (FGTS, SALÁRIO EDUCAÇÃO, SENAI, SESC, SESI ETC.) INTEGRAM O GÊNERO CONTRIBUIÇÕES PARAFISCAIS. NÃO SE SUJEITAM À RJ COMO ESPÉCIE DE TRIBUTO, NEM ESTÃO SUBMETIDOS Á HABILITAÇÃO NO PROCESSO FALIMENTAR.





• DENTRE OS CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS = PREFERÊNCIA O CREDOR TRIBUTÁRIO FEDERAL, ESTADUAL E MUNICIPAL.

• CRÉDITO PARAFISCAL = EQUIPARADO AO CRÉDITO DE NATUREZA TRIBUTÁRIA. PAGTO. AOS INSTITUTOS CAIXA DE PENSÃO, APOSENTADORIA, RECEITA PARA MANUTENÇÃO DE ENTIDAS AUTÁRQUICAS.

• AS MULTAS TRIBUTÁRIAS NÃO SERÃO COMPUTADAS PARA OS FINS DE PRIORIDADE DO PAGAMENT = SÃO ACESSÓRIOS E NÃO SE CONFUNDEM COM O TRIBUTO.

CRÉDITO COM PRIVILÉGIOS ESPECIAIS

►4ª. CLASSE DE CRÉDITOS = PRIVILÉGIO EM PROCEDIMENTO FALIMENAR OU EXECUÇÃO SINGULAR É A QUALIDADE QUE A LEI CONFERE AO CRÉDITO PESSOAL DE SER PAGO COM PREFERÊNCIA EM RELAÇÃO AOS OUTROS.





• O DIREITO DE PREFERÊNCIA QUE RESULTA DE UM PRIVILÊGIO ESPECIAL SE DIFERE DE UM DIREITO REAL. NO DIREITO REAL, A GARANTIA FUNDA=SE NA DILIGÊNCIA DO CREDOR (CONVENÇÃO ENTRE AS PARTES OU HIPOTECA LEGAL) E ALIENAÇÃO DO BEM (ASSUME CARÁTER DE PESO).

• O PRIVILÉGIO ESPECIAL DECORRE ESSENCIALMENTE NA VONTADE DA LEI QUE CONCEDE CRÉDITOS POR PRINCÍPIOS DE HUMANIDADE, EQUIDADE OU CONVENIÊNCIA PÚBLICA.

• NO PRIVILÉGIO ESPECIAL = RESULTAM DE REGRAS DE ORDEM PÚBLICA E NÃO ADMITE AMPLIAÇÕES INTERPRETATIVAS.

• NÃO SE SUJEITAM AO RATEIO. PRIVILÉGIO É UM BEM VINCULADO AO CREDOR. SE NÃO FOR SUFICIENTE PARA O PAGAMENTO INTEGRAL DO CRÉDITO, CONCORRERÁ O CREDOR PELO SALDO ENTRE OS QUIROGRAFÁRIOS.





• PODE O PRIVILÉGIO ESPECIAL SER UTILIZADO PARA PAGAMENTO DOS CREDORES PREFERENCIAIS = NESSE CASO, OS CREDORES PREFERENCIAIS RESTARÃO COM OS SEUS DIREITOS CREDITÓRIOS NÃO SATIFEITOS.

CREDORES COM PRIVILÉGIO ESPECIAL:

A) SOBRE COISA BENEFICIADA. CREDOR CPOR BENFEITORIA NECESSÁRIA OU ÚTIL (ART. 964, III CC);

B) SOBRE PRÉDIOS RÚSTICOS OU URBANOS, FÁBRICAS OU QUAISQUER CONSTRUÇÕES (CC ART. 964, IV);

D) SOBRE EXEMPLARES DA OBRA EXISTENTE NA MASSA DO EDITOR DECORRENTE DO CONTRATO DE EDIÇÃO (VII, ART. 964 CC);





E) SOBRE O PREÇO DO NAVIO, OS CRÉDITOS A CARGO DAS EMBARCAÇÕES QUE SE ACHAREM CONFOREM OS ARTS. 470, 471, 474 CC.

F) SOBRE OS BENS DISCRIMINADOS NO ART. 1.563 C. O TITULAR DE ONOA DE CRÉDITO INDUSTRIAL.

CRÉDITO COM PRIVILÉGIOS GERAL

► 5ª. CLASSE DE CRÉDITOS = SÃO OS BENS NÃO SUJEITOS A DIREITO REAL NEM A PRIVILÉGIO ESPECIAL.

EXEMPLOS: (A) O CRÉDITO POR DESPESA DO FUNERAL DO DEVEDOR, FEITO SEUNGO A CONDIÇÃO DO MORTO E O COSTUME DO LUGAR (ART. 965, I CC); (B) CRÉDITO POR DESPESAS COM A DOENÇA DE QUE FALECEU O DEVEDOR NO SEESTRE ANTERIOR A SUA MORTE (ART. 965, IV CC)





(B) CRÉDITO POR DESPESAS COM A DOENÇA DE QUE FALECEU O DEVEDOR NO SEESTRE ANTERIOR A SUA MORTE (ART. 965, IV CC);

(C) CRÉDITO PELOS ASTOS NECESSÁRIOS Á MANTENÇA DO DEVEDOR FALECIDO E SUA FAMILIA, NO TRIMESTRE ANTERIOR AO FALECIMENTO (ART. 965, IV CC);

(D) O CRÉDITO DO COMISSÁRIO, RELATIVO ÁS COMISSÕES E DESPESAS DEVIDAS PELO COMITENTE (ART. 770 CC).

(E) O CRÉDITO DO ADVOGADO DECORRENTE DE CONTRATAÇÃO DE SEUS SERVIÇOS OU EM VIRTUDE DE CONDENAÇÃO JUDICIAL DA PARTE SUCUMBENTE (ART. 24 DA LEI 8.906/94);

(F) OS CRÉDITOS QUIROGRAFÁRIOS SUJEITOS À RJ TITULARIZADOS POR FORNECEDORES DE BENS E SERVIÇOS QUE CONTINUAREM A PROVÊ-LO APÓS O RESPECTIVO PEDIDO (ART. 67, PARÁG. ÚNICO, LEI 11.101/2005);





• NÃO HAVENDO RECURSOS SUFICIENTES PARA A SATISFAÇÃO DE TODOS OS CREDORES DESSA CLASSE = RATEIO ENTRE ELES E REPARTIÇÃO PROPORCIONAL À IMPORTÂNCIA DOS CRÉDITOS DE CAD UM DOS INTEGRANTES.

CRÉDITO QUIROGRAFÁRIOS

► 6ª. CLASSE DE CRÉDITOS = PESSOAS QUE NÃO DESFRUTAM DE QUALQUER DAS PREFERÊNCIAS QUE A LEI ESTABELECE.

• NÃO SE ENQUADRAM EM NENHUMA DAS OUTRAS CLASSES QUE O PRECEDEM.

• CRÉDITOS RESIDUAIS QUE SE CHARAM POR EXCLUSÃO (NÃO OBSTANTE, REPRESENTAM A LISTA MAIS EXTENSA).





• EXEMPLOS: NOTA PROMISSÓRIA, LC, CHEQUES, DUPLICATAS, DEBÊNTURES SEM FARANTIA, CONTRATOS DESAMPARADOS POR GARANTIA REAL ETC.

• CRÉDITOS DE NATUREZA NÃO TRIBUTÁRIA NÃO INSCRITOS NA DÍVIDA ATIVA, OS SALDOS DOS CR[EDITOS NÃO COBERTOS PELO PRODUTO DA ALIENAÇÃO DOS BENS VINCULADOS ETC.

• RATEIO PROPORCIONAL

CRÉDITO SUBQUIROGRAFÁRIOS

► 7ª. CLASSE DE CRÉDITOS = CONSISTEM DE MULTAS CONTRATUAIS E PENAS PECUNIÁRIAS POR INFRAÇÃO DAS LEIS PENAS OU ADMINISTRATIVAS (INCLUINDO AS MULTAS TRIBUTÁRIAS).

• MULTAS CONTRATUAIS = OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA COM CONCRDÂNCIA DAS PARTES.





• FUNÇÕES DA MULTA = PREDETERMINAR O MONTATE DAS PERDAS E DANOS E COAGIR O DEVEDOR NO CUMPRIMENTO EXATO DA PRESTAÇÃO PROMETIDA.

CLÁUSULA PENAL = COMPENSATÓRIA OU MORATÓRIA. A PRIMEIRA ESTÁ PREVISTA PARA O CASO DE INADIMPLEMENTO ABSOLUTO 9ART. 410 CC). A SEGUNDA SERVE PARA O INADIMPLEMENTO PARCIAL (ART. 411 CC).

•AS MULTAS CONTRATUAIS ESPECIFICADAS NO INC. VII DO ART. 83 LRJ SÃO AS MORATÓRIAS. EX.: CONTRATO DE MÚTUO EM QUE VEM PREVISTA MULTA DE 10% DO VALOR DA OBRIGAÇÃO PRINCIPAL CORRIGIDA.





• O VALOR DA OBRIGAÇÃO PRINCIPAL CONSTITUI CRÉDITO QUIROGRAFÁRIO E O DA MULTA MORATÓRIA SUBQUIROGRAFÁRIO.

• CLÁUSULA PENAL COMPENSATÓRIA = AJUSTA-SE O VALOR DAS PERDAS E DANOS PELO INADIMPLEMENTO ABSOLUTO DO CONTRATORATEIO PROPORCIONAL

• O RESPECTIVO VALOR SERÁ PAGO NOS ROL DOS CRÉDITOS QUIORGRAFÁRIOS (§2º. DO ART. 117 DA LRJ).

• AS CLÁUSULAS PENAIS DOS CONTRATOS UNILATERAIS = NAÕ SSERÃO RECLAMÁVEIS NA FALÊNCIA SE AS OBRIGAÇÕES NELES ESTIPULADAS SE VENCEREM EM VIRTUDE DA SUA DECRETAÇÃO (§3º. DO ART. 117 DA LRJ).





CRÉDITO SUBORDINADOS

► 8ª. CLASSE DE CRÉDITOS = CRÉDITOS QUE OS SÓCIOS E OS ADMINISTRADORES SEM VÍNCULOS DE EMPREGO COM A SOCIEDADE FALIDA DESFRUTAM EM FACE DO DEVEDOR E TAMBÉM O CREDOR POR DEBÊNTURES SUBORDINADAS.

• PREFERIRÃO OS SÓCIOS DA SOCIEDADE FALIDA NO ATIVO QUE REMANESCER NA LIQUIDAÇÃO FALIMENTAR. SOMENTE APÓS O INTEGRAL PAGAMENTO DOS CRÉDITOS SUBORDINADOS (HAVENDO SOBRAS) SERÃO ELAS PARTILHADAS ENTRE OS SÓCIOS, SEGUNDO A PROPORÇÃO DE SEUS QUINHÕES SOCIAIS, POIS A FALÊNCIA IMPLICA A DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE.

• CRÉDITOS DE SÓCIOS COMO SUBORDINADOS NÃO SE CONFUNDEM COM O DIREITO ESSENCIAL DE QUE SÃO TITULARES CONSTENTE NNA PARTIIPCAÇÃO DO ACERVO DA SOCIEDADE EM CASO DE LIQUIDAÇÃO.





• SE UM SÓCIO CONCEDER EMPRÉSTIMOÀ SOCIEDADE, O SEU CRÉDITO SERÁ CLASSIFICADO NA CATEGORIA DE SUBORDINADO. NÃO SE CONFUNDE COM O DE PARTILHA DO ATIVO REMANESCENTE.

• RATEIO SENDO OS RECURSOS INSUFICIENTES PARA A SATISFAÇÃO INTEGRAL DOS CREDORES SUBQUIROGRAFÁRIOS OU SUBORDINADOS.

CRÉDITOS EXTRACONCURSAIS

►CRÉDITOS QUE NÃO PARTICIPAM DO CONCURSO FALIMENTAR, POIS NÃO SE TRATUDEZM DE CRÉDITOS CONTRA O FALIDO.

►CRÉDITOS CONTRA A MASSA FALIDA. DEVEM SER PAGOS COM PRECEDÊNCIA SOBRE OS CRÉDITOS CONCURSAIS, NA ORDEM DO ART. 84 LRJ:





I – REMUNERAÇÕES DEVIDAS AO ADMINISTRADOR JUDICIAL E SEUS AUXILIARES

II – QUANTIAS FORNECDIAS À MASSA PELOS CREDORES;

III – DESPESAS COM ARRECADAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO, REALIZAÇÃO DO ATIVO E DSITRIBUIÇÃO DO SEU PRODUTO, BEM COMO CUSTAS DO PROCESSO DE FALÊNCIA;

IV - CUSTAS JUDICIAIS (ART. 20, §2º. CPC);

► PODERÃO ALGUNS DESSES CRÉDITOS EXTRACONCURSAIS SER ADMITIDOS, PARA NÃO SE COMPROMETER A ADMINISTRAÇÃO DA FALÊNCIA (ART. 150.





EFEITOS DA SENTENÇA EM RELAÇÃO À PESSOA DO FALIDO

• SENTENÇA PROVOCA REFLEXOS DIRETOS NA CONDIÇÃO PESSOAL DO FALINDO = RESTRINGE A ADOTAR CERTOS ATOS.

• A RESTRIÇÃO NÃO SIGNIFICA INCAPACIDADE OU NÃO TORNA O FALIDO INTERDITO

• FALIDO CONSERVA SEUS DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS E PODE PRATICAR ATOS DA VIDA CIVIL (LABORAR E CONTRATAR AS CONDIÇÕES DE TRABALHO) = APENAS NÃO SE PERMITE QUE ESSES ATOS REFLITAM EM SEUS BENS SUJEITOS À MASSA FALIDA.

• VEDAÇÃO À LIVRE DISPOSIÇÃO DE SEUS BENS = RESULTA DO PRÓPRIO SISTEMA LEGAL DE LIQUIDAÇÃO FALIMENTAR.





DIREITOS DO FALIDO

• FALIDO PERMANCE PROPRIETÁRIO DO PATRIMÔNIO ARRECADADO NA FALÊNCIA = ENQUANTO NÃO FOR ALIENADO, TEM LEGÍTIMO INTERESSE EM PRESERVÁ-LO.

• O ENTANTO, NÃO TEM A ADMINISTRAÇÃO DE SEUS BENS = CABE AO GESTOR JUDICIAL.

• FALIDO PODE INTERVIR NOS PROCESSOS EM QUE A MASSA FALIDA FOR PARTE INTERESSADA = INCLUA-SE A INTERPOSIÇÃO DOS RECURSOS (ART. 103, ÚNICO LRF).

• PODE FISCALIZAR A ADMINISTRAÇÃO DA FALÊNCIA.





• RESTRIÇÃO À CAPACIDADE PROCESSUAL DO FALIDO E DIREITOS PATRIMONIAIS = PERMANECE OS DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS. PODE DEFENDER OS BENS.

• PODE O FALIDO ESTAR EM JUÍZO COMO RÉU OU AUTOR SOBRE QUESTÕES NÃO RELACIOANDAS À MASSA FALIDA.

INABILITAÇÃO EMPRESARIAL

• FALIDO FICA INABILITADO PARA EXERCER QUALQUER ATIVIDADE EMPRESARIAL ATÉ O TRANSITO JULGADO DA SENTENÇA EXTINTIVA DE SUAS OBRIGAÇÕES.

• CONDENAÇÃO DE CRIME = GERA A INABILITAÇÃO (ART. 181, I LRF).

• MAS ESSE EFEITO NÃO É AUTOMÁTICO, MAS DEVE-SE PROFERIR A SENTENÇA CONDENATÓRIA (MOTIVÁ-LA E CONDENÁ-LA).





• IMPOSTA A RESTRIÇÃO = PERDURARÁ ATÉ 5 ANOS APÓS A EXTINÇÃO PUNIBILIDADE. PODE CESSAR ANTES POR FORÇA DA REABILITAÇÃO PENAL. (ART. 94 CP)

• A MEDIDA RESTRITIVA ATINGE TAMBÉM OS SÓCIOS DE RESPONSABILIDADE ILIMITADA DECLARADOS FALIDOS (ART. 190).

• EFEITOS DA CONDENAÇÃO CRIMINAL = INABILITAÇÃO EMPRESARIAL E O IMPEDIMENTO PARA O EXERCÍCIO DE CARGO DE ESTÃO E A IMPOSSIBILIDADE DE GERIR O ESTABELECIMENTO POR MANDATO OU GESTÃO DE NEGÓCIOS (ART. 181, III).

• OS SÓCIOS E ADMINSTRADORES DA SOCIEDADE FALIDA PODEM SOFRER ESSAS RESTRIÇÕES DECORRENTES DA EVENTUAL CONDENAÇÃO CRIMINAL.





• LRJ E INC. II DO ART. 35 A LEI 8.934/94 = VEDA O ARQUIVAMENTO DE CONSTITUIÇÃO OU ALTERAÇÃO DE EMPRESÁRIO EM QUE FIGURA COMO ADMINISTRADOR PESSOA CONDENADA PELA PRÁTICA DE CRIME.

• FINDO O PERÍODO DE INABILITAÇÃO = FACULTADO AO FALIDO REQUERER AO JUIZ DA FALÊNCIA A ANOTAÇÃO EM SEU REGISTRO PARA REINGRESSAR A SUA ATIVIDADE (ART. 102, PARÁG. ÚNICO).

• ESSE BENEFÍCIO NÃO AMPARA A SOCIEDADE FALIDA = PROCEDIMENTO FALIMENTAR TEM A SUA DISSOLUÇÃO QUE DESENCADEIA O PROCESSO DE LIQUIDAÇÃO E EXTINÇÃO.

OBRIGAÇÕES LEGAIS DO FALIDO (ART. 104 LRF)

• DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA = IMPOE AO DEVEDOR UMA SÉRIE DE OBRIGAÇÕES DISPOSTOS PARA VIABILIZAR A ORDENAÇÃO PROCESSUAL E ADMINISTRAÇÃO DOS INTERESSES ENVOLVIDOS.





RESTRIÇÃO AO LIVRE TRÂNSITO

• ART. 104, III LRF = FALIDO NÃO PODE SE AUSENTAR DO LUGAR ONDE SE PROCESSA A FALÊNCIA SEM JUSTO MOTIVO E COMUNICAÇÃO EXPRESSA AO JUIZ. DEVE INDICAR REPRESENTANTE LEGAL.

• ALTERAÇÃO NA LEI = A LEI ANTERIOR EXIGIA O AFASTAMENTO PROLONGADO À ORDEM JUDICIAL.

• RESTRIÇÃO À LIVRE LOCOMOÇÃO = NÃO DEVE SER ENTENDIDO COMO UMA PUNIÇÃO. DECORRE DA EFICIÊNCIA QUE SE LHE REQUER NO CUJMPRIMENTO DE OUTRO SDEVERES LEGAIS E À NECESSIDADE DE COMAPRACER AOS ATOS DE FALÊNCIA E PRESTAR INFORMAÇÕES.





SIGILO DE CORRESPONDÊNCIA

• ADMINISTRADO JUDICIAL DEVE RECEBER E ABRIR CORRESPONDÊNCIA DIRIGIDA AO DEVEDOR, ENTREGANDO AO FALIDO O QUE NÃO FOR ASSUNTO DE INTERESSE DA MASSA (ART. 22, III, (d”).

• CONTROVÉRSIA CONSTITUCIONAL = INVIOLABILIDADE DO SIGILO DA CORRESPONDÊNCIA E COMUNICAÇÕES TELEFÔNICAS (EXCETO COM ORDEM JUDICIAL) – ART. 5º., XII CF.

• NA RF NÃO MAIS SE EXIGE QUE A ABERTURA DE CORRESPONDÊNCIA SE DESSE NA PRESENÇA DO FALIDO OU DE SEU REPRESENTANTE.

• JUSTIFICATIVA = CONFERE AGILIDADE AOS ATOS FALENCIAIS, OBJETIVA PROMOVER A SOCIALIZAÇÃO DO CRÉDITO (INCLUSIVE O DE ORDEM PÚBLICA).





















CLASSIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS

• CONFORME JÁ ABORDADO, A HOMOLOGAÇÃO DA RJGARANTE A LEI O EXERCÍCIO DO ADMINSITRADOR, PELO COMITÊ, POR QUALQUER CREDOR OU PELO MP AJUIZAR ÃÇÃO OBJETIVANDO A EXCLUSÃO DE CREDOR, RECLASSIFICAÇÃO OU RETIFICAÇÃO DE QUALQUER CRÉDITO = FRAUDE, SIMULAÇÃO OU O QDO. DOCUMENTOS RELEVANTES FOREM IGNORADOS NA ÉPOC DO JULGAMENTO (MESMO TRANSITADO EM JULGADO).

• SERÁ COMPETENTE PARA CONHECÊ-LA O JUÍZO DA FALÊNCIA OU DA RJ QUE DETERMINOU A INCLUSÃO DO CRÉDITO NO QUADRO.

ESCAPAM A ESSA REGRA OS CRÉDITOS DERIVADOS DA RELAÇÃO DO TRABALHO, OS ILÍQUIDOS OU DO ATO JUDICIAL QUE DETERMINOU O PORCESAMENTO DA RECUPERAÇÃO APURADOS, POR ISSO, EM AÇÃO PRÓPRIA (§1º. DO ART. 6º).





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OBRIGADO.

JOSÉ CARLOS VAZ E [email protected]





mailto:[email protected]

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Aula de Falência (UERJ) 2o. semestre 2011 DCom IV - Cópia