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Literatura do Período Interbíblico Flávio Josefo Nasceu em 37 d.C. Era de linhagem sacerdotal e a mãe descendia dos hasmonianos. Tornou- se um erudito. Escreveu obras históricas dos judeus de incontestável valor.

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Literatura do Período Interbíblico

Flávio Josefo – Nasceu em 37 d.C. Era de linhagem sacerdotal e a mãe descendia dos hasmonianos. Tornou-se um erudito. Escreveu obras históricas dos judeus de incontestável valor.

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Livros apócrifosApócrifo é um vocábulo grego que significa “oculto”. Séculos mais tarde passou a indicar literatura ilegítima. Os apócrifos se proliferaram entre 200 a.C e 200 d.C. Os autores usaram pseudônimos. Eles surgiram no período interbíblico. Faltando-lhes a revelação divina, os judeus voaram nas asas da imaginação. No silêncio da voz divina, multiplicaram-se as palavras humanas. Alguns livros abordam períodos históricos importantes para a compreensão da história dos judeus, entre eles, 1 e 2 Macabeus.

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AS DIVISÕES DO PERÍODO INTERBÍBLICO.

• Período Persa 536-331AC • Período Grego 331-167AC

• Período Grego próprio 331-323AC • Período Egípcio 323-198 AC • Período Sírio 198 -167AC

• Período Macabeus 167-63AC • Período Romano 63-5AC

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UNIDADE 2 - 1. Império Assírio e destruição do Reino do Norte

A história dos reis do reino do norte foi marcada por assassinatos, guerras e muito derramamento de sangue. Reis violentos que promoviam a adoração de deuses pagãos. A justiça foi deixada de lado enquanto Deus era esquecido. E o preço por essas duas atitudes foi o completo aniquilamento. A destruição do Reino de Israel foi anunciada pelos profetas, os quais lutaram incansavelmente pela conversão do povo (Miquéias e Oséias). Em 722 a.C a Samaria foi destruída pela Assíria, os moradores foram expulsos, e pessoas de outros países ocuparam a terra iniciando um processo de miscigenação das raças e aniquilamento da identidade daquele povo.

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2. O império Babilônico e a finalidade do cativeiro

Propósito do cativeiro: purificação e educação. Os judeus que se ocupavam apenas da lavoura e pecuária, tornaram-se hábeis comerciantes. Dos três ofícios da teocracia israelita: profeta, sacerdote e rei, só a voz profética sobreviveu. O que os judeus aprenderam no cativeiro babilônico:

• Foram libertos da idolatria (Ez 20;32).• Observaram a Lei de Moisés: surgimento do escribismo.• Surgimento das sinagogas e fortalecimento do culto público. • Reverdecimento da esperança messiânica (Jo 4.29; Mt

2.7,8,16; Lc 2.25a 30). • Costumes modificados: uma nova língua.

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3. Período Persa e retorno dos judeus exilados

A Pérsia liderada por Ciro II derrotou a Babilônia e construiu um novo império. Uma das políticas dos persas foi a defesa da identidade cultural e a promoção da autonomia política dos povos conquistados, por isso promoveu o repatriamento dos judeus de volta a Jerusalém. O rei Ciro II, apesar de ser um conquistador estrangeiro, no Antigo Testamento é considerado um salvador para os judeus, sendo mesmo designado como um Messias (esta palavra hebraica significa “rei escolhido por Deus”; em Isaías 45:1). O movimento espiritual que começou no cativeiro se fortaleceu quando os judeus foram repatriados para Jerusalém sob o comando de Zorobabel e Josué (535 a.C), Esdras (485 a.C.) e Neemias (445 a.C).

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4. Período Grego: Alexandre (o grande) e a helenização.

Surge uma nova potência na Europa. Filipe II, Rei dos Macedônios conquista a Grécia e desta feita unifica os dois povos tornando-se o único soberano. Ás vésperas da campanha que empreenderia contra os Persas, Filipe é morto e seu jovem filho Alexandre assume o posto de rei. Alexandre surpreende a todos com a mesma competência em que seu experiente pai regera o trono. Alexandre consegue aliar a força de sua juventude com a inteligência das manobras militares. Alexandre, o Grande, derrota em Issos, os Persas juntamente com Dario III que tem de fugir do campo de batalha deixando para traz seu exército e sua família a mercê da fúria helênica. Porém Alexandre se revela misericordioso para com os seus conquistados perdoando-os e até mesmo casa-se com uma das filhas de Dario. (Período Interbíblico; p. 84).

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Alexandre, o Grande

Alexandre fora educado aos pés de Aristóteles. Assumiu o governo aos 20 anos e reinou durante 13 anos aproximadamente. Alexandre era um jovem talentoso e preparado com altos ideais de liberdade. Ele queria alcançar o mundo. Com esse propósito ligou as raças, abriu ao comércio novas vias de comunicação, canalizou suas conquistas para o progresso do ser humano. Sua maior ambição era espalhar por todo o mundo a civilização e as línguas gregas. Fundou 70 cidades, sendo a principal delas, Alexandria no Egito. Não impôs a cultura grega pelas armas. Foi uma invasão pacífica. Os povos tinham sede do saber, os gregos lhe traziam cultura, mas em sua língua, para saber o conteúdo precisavam aprender o grego a aprendiam de forma espontânea.

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Sucessores de AlexandreO macedônio não deixou sucessor direto. Depois de muitas guerras entre seus generais, o império foi assim dividido: o Egito coube a Ptolomeu; a Síria a Seleuco; a Macedônia a Cassandro e a Trácia a Lisímaco. A história dos judeus esteve associada, sobretudo, aos ptolomeus (do Egito) e aos selêucidas (da Síria).

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A PALESTINA SOB O DOMÍNIO DOS PTOLOMEUS

No começo a Palestina foi disputada entre a Síria e o Egito, mas os ptolomeus dominaram primeiro a Palestina durante 122 anos (320-198). Os judeus gozaram de uma boa condição de vida (Ptolomeu II ou Filadelfo – “amigo do irmão”). O sumo sacerdote era o governador e aplicava as leis (cargo disputado). O templo era o centro da vida nacional, a festa da Páscoa, das Semanas e dos Tabernáculos eram realizadas no próprio templo. Existia uma liberdade religiosa.

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A PALESTINA SOB O DOMÍNIO DOS SELEUCIDAS

Selêucida é a designação dada aos reis sírio sucessores de Seleuco. A parte da dominação selêucida na Palestina que nos interessa principalmente é a relacionada com os reinados de Antíoco III (sucessor de Antíoco I e II) e Antíoco IV, também conhecido como Epífanes.

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Antíoco III tomou a palestina das mãos de Ptolomeus V, quando entrou em Jerusalém foi recebido como um libertador. Antíoco contrariou os planos dos romanos e foi derrotado. Seu filho Seleuco IV assumiu o reinado. Ele foi assassinado e seu irmão que estava vindo de Roma assumiu o reinado em 175 a.C. Governou 11 anos, até sua morte em 164 a.C.Período Interbíblico, p. 95.

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Período MacabeuCom o fortalecimento da perseguição, surgiu um movimento de resistência. A liderança para a organização da resistência ativa começou com um sacerdote, na cidade de Modin, situada entre Jerusalém e Jope. Matatias era da linhagem de um certo Asamoneu ou Chasmon (Hasmon). Estando avançado em idade, Matatias teve cinco filhos: João, Simão, Judas, Eleazar e Jonatã. Judeus de toda a Palestina, insatisfeitos com as políticas de helenização de Antíoco Epifânio e o sacerdócio corrupto, iniciaram o movimento de resistência e muitos judeus aderiram a causa. Após a morte de Matatias a liderança do exército passou a Judas, Simão servindo como conselheiro principal. Judas provou ser um general capaz e levou o nome de Macabeu ("Martelador"). Depois de uma série de brilhantes vitórias, ele entrou em Jerusalém e rededicou o Templo, em 25 de dezembro de 165 a.C.

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Não contente com simplesmente uma forma de liberdade religiosa em Jerusalém, Judas quis conseguir a liberdade política igualmente. Seus seguidores devotos (os hasidim), contudo, se opuseram a este plano ambicioso e o abandonaram. Com um exército pequeno, Judas foi morto na Batalha de Elasa, em 161 a.C. Muitos judeus sentiram-se ofendidos quando Judas apelara a Roma por ajuda (I Mac. 8:17-32).

Jonatã, irmão de Judas, tornou-se o líder da revolta, e, numa série de brilhantes manobras políticas, foi designado sumo sacerdote, e os judeus receberam liberdade religiosa. Mediante a morte de Jonatã, Simão, o filho mais velho de Matatias, assumiu a liderança e o sumo sacerdócio. Em 142 a.C., a astuta política diplomática de Simão foi recompensada com independência política completa.

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Período Romano

De 142 a.C. a 63 a.C., a nação judaica esteve mais uma vez independente. Os príncipes que se seguiram a João Hircano I (filho de Simão) não tinham o espírito de patriotismo corajoso e auto-sacrificial que havia marcado os antigos macabeus, e eles se degeneraram em procuradores de posição e intriga política dentro da família. Irmão contra irmão, filho contra mãe, até no final de uma disputa, foi apelado à força romana e, com a intervenção dos romanos, a nação judaica tornou-se uma província romana.