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NOVO TESTAMENTO Mateus (Mt) Autor: Mateus Data: Cerca de 50—75 Dc Autor Embora este evangelho não identifique seu autor, a antiga tradição da igreja o atribui a Mateus, o apóstolo e antigo cobrador de impostos. Pouco se sabe sobre ele, além de seu nome e ocupação. A tradição diz que, nos quinze anos após ressurreição de Jesus, ele pregou na Palestina e depois conduziu campanhas missionárias em outras nações. Data Evidências externas, como citações na literatura cristã do Séc I, testemunham desde cedo a existência e o uso de Mt. Líderes da igreja do Séc. II e III geralmente concordavam que Mt foi o primeiro Evangelho a ser escrito, e várias declarações em sues escritos indicam uma data entre 60 e 65 dC. Conteúdo O objetivo de Mt é evidente na estrutura deste livro, que agrupa os ensinamentos e atos de Jesus em cinco partes. Este tipo de estrutura, comum ao judaísmo, pode revelar o objetivo de Mt em mostrar Jesus como o cumprimento da lei. Cada divisão termina com uma fórmula como: “Concluindo Jesus estes dircusos...” (7.28; 11.1; 13.53; 19.1; 26.1). No prólogo (1.1-2.23), Mt mostra que Jesus é o Messias ao relacioná-lo às promessas feitas a Abraão e Davi. O nascimento de Jesus salienta o tema do cumprimento, retrata a realeza de Jesus e sublinha a importância dele para os gentios. A primeira parte (caps. 3-7) contém o Sermão da Montanha, no qual Jesus descreve como as pessoas devem viver no Reino de Deus. A Segunda parte (8.1-11.1) reproduz as instruções de Jesus a seus discípulos quando ele os enviou para a viagem missionária. A Terceira parte (11.2-13.52) registra várias controvérsias nas quais Jesus estava envolvido e sete parábolas descrevendo algum aspecto do Reino dos céus, em conexão com a resposta humana necessária. A Quarta parte ( 13.53-18.35) o principal discurso aborda a 90

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Estudos Bíblicos-esquematizados do Novo Testamento.

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NOVO TESTAMENTO

NOVO TESTAMENTO

Mateus (Mt)Autor: MateusData: Cerca de 5075 Dc

AutorEmbora este evangelho no identifique seu autor, a antiga tradio da igreja o atribui a Mateus, o apstolo e antigo cobrador de impostos. Pouco se sabe sobre ele, alm de seu nome e ocupao. A tradio diz que, nos quinze anos aps ressurreio de Jesus, ele pregou na Palestina e depois conduziu campanhas missionrias em outras naes.

DataEvidncias externas, como citaes na literatura crist do Sc I, testemunham desde cedo a existncia e o uso de Mt. Lderes da igreja do Sc. II e III geralmente concordavam que Mt foi o primeiro Evangelho a ser escrito, e vrias declaraes em sues escritos indicam uma data entre 60 e 65 dC.

ContedoO objetivo de Mt evidente na estrutura deste livro, que agrupa os ensinamentos e atos de Jesus em cinco partes. Este tipo de estrutura, comum ao judasmo, pode revelar o objetivo de Mt em mostrar Jesus como o cumprimento da lei. Cada diviso termina com uma frmula como: Concluindo Jesus estes dircusos... (7.28; 11.1; 13.53; 19.1; 26.1).No prlogo (1.1-2.23), Mt mostra que Jesus o Messias ao relacion-lo s promessas feitas a Abrao e Davi. O nascimento de Jesus salienta o tema do cumprimento, retrata a realeza de Jesus e sublinha a importncia dele para os gentios.A primeira parte (caps. 3-7) contm o Sermo da Montanha, no qual Jesus descreve como as pessoas devem viver no Reino de Deus.A Segunda parte (8.1-11.1) reproduz as instrues de Jesus a seus discpulos quando ele os enviou para a viagem missionria.A Terceira parte (11.2-13.52) registra vrias controvrsias nas quais Jesus estava envolvido e sete parbolas descrevendo algum aspecto do Reino dos cus, em conexo com a resposta humana necessria.A Quarta parte ( 13.53-18.35) o principal discurso aborda a conduta dos crentes dentro da sociedade crist (cap 18).A quinta Parte (19.1-25.46) narra a viagem final de Jesus a Jerusalm e revela seu conflito climtico com o judasmo. Os caps. 24-25 contm os ensinamentos de Jesus relacionados ltimas coisas. O restante do Livro (26.1-28.20) detalha acontecimentos e ensinamentos relacionados crucificao, ressurreio e comisso do Senhor Igreja. A no ser no incio e no final do Evangelho, a disposio de Mt no cronolgica e no estritamente biogrfica, mas foi planejada para mostrar que o Judasmo encontra o cumprimento de suas esperanas em Jesus.

Cristo ReveladoEste Evangelho apresenta Jesus como o cumprimento de todas as expectativas e esperanas messinicas. Mt estrutura cuidadosamente suas narrativas para revelar Jesus como cumpridor de profecias especficas. Portanto, ele impregna seu Evangelho tanto com citaes quanto com aluses ao AT, introduzindo muitas delas com a frmula para que se cumprisse.No Evangelho. Jesus normalmente faz aluso a si mesmo como o Filho do Homem, uma referncia velada ao seu carter messinico (Dn 7.13,14). O termo no somente permitiu a Jesus evitar mal-entendidos comuns originados de ttulos messinicos populares, como possibilitou-lhe interpretar tanto sua misso de redeno (como em 17.12,22; 20.28; 26.24) quanto seu retorno na glria (como em 13.41; 16.27; 19.28; 24.30,44; 26.64).O uso do ttulo Filho de Deus por Mt sublinha claramente a divindade de Jesus ( 1.23; 2.15; 3.17; 16.16). Como o Filho, Jesus tem um relacionamento direto e sem mediao com o Pai (11.27).Mt apresenta Jesus como o Senhor e Mestre da igreja, a nova comunidade, que chamada a viver nova tica do Reino dos cus. Jesus declara: a igreja como seu instrumento selecionado para cumprir os objetivos de Deus na Terra (16.18; 18.15-20). O Evangelho de Mt pode ter servido como manual de ensino para a igreja antiga, incluindo a surpreendente Grande Comisso (28.12-20), que a garantia da presena viva de Jesus.

O Esprito Santo em AoA atividade do ES evidente em cada fase e ministrio de Jesus. Foi por meio do poder do Esprito que Jesus foi concebido no ventre de Maria (1.18-20).Antes de Jesus comear seu ministrio pblico, ele foi tomado pelo Esprito de Deus (3.16) e foi conduzido ao deserto para ser tentado pelo diabo como preparao adicional a seu papel messinico (4.1). O poder do Esprito habilitou Jesus a curar (12.15-21 e a expulsar demnios (12.28).Da mesma forma que Joo imergia seus seguidores na gua, Jesus imergir seus seguidores no ES (3.11). Em 7.21-23, encontramos uma advertncia dirigida contra os falsos carismticos, aqueles que na igreja, profetizam, expulsam demnios e fazem milagres, mas no fazem a vontade do Pai. Presumivelmente, o mesmo ES que inspira atividades carismticas tambm deve permitir que as pessoas da igreja faam a vontade de Deus (7.21)Jesus declarou que suas obras eram feitas sob o poder do ES, evidenciando que o Reino de Deus havia chegado e que o poder de satans estava sendo derrotado. Portanto, atribuir o ES ao diabo era cometer um pecado imperdovel (12.28-32).Em 12.28, o ES est ligado ao exorcismo de Jesus e presente realidade do Reino de Deus, no apenas pelo fato do exorcismo em si, pois os filhos dos fariseus (discpulos) tambm praticavam exorcismo (12.27). Mas precisamente, o ES est executando um novo acontecimento com o Messias chegado a vs o Reino de Deus (v.28).Finalmente, o ES encontrado na Grande Comisso (28.16-20). Os discpulos so ordenados a ir e a fazer discpulos de todas as naes, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do ES (v.19). Isto , eles deveriam batiz-los no/com referncia ao nome ou autoridade do Deus Trino. Em sua obedincia a esta misso, os discpulos de Jesus tm garantida sua constante presena com eles.

Esboo de Mateus

Prlogo: Genealogia e narrativa da infncia 1.1-2.23

genealogia de Jesus 1.1-17O nascimento 1.18-25A adorao dos magos 2.1-12Fuga para o Egito e matana nos inocentes, a volta para Israel 2.13-13

I. Parte um: Proclamao do Reino dos Cus 3.1-7.29

Narrativa: Incio do Ministrio de Jesus 3.1-7.29Discurso: O Sermo da Montanha 5.1-7.29

II. Parte Dois: O ministrio de Jesus na Galilia 8.1-11.1

Narrativa: Histrias dos dez milagres 8.1-11.1Discurso: Misso e martrio 9.35-11.1

III. Parte Trs: Histrias e parbolas em meio a controvrsias 11.2-13.52

Narrativa: Controvrsia que se intensificam 11.2-12.50Discurso: Parbolas do Reino 13.1-52

IV. Parte Quatro: Narrativa, controvrsia e discurso 13.53-17.27

Narrativa: Vrios episdios precedentes jornada final de Jesus em Jerusalm 13.53-17.27Discurso: Ensino sobre a igreja 18.1-35

V. Parte Cinco: Jesus na Judia e em Jerusalm 19.1-25.46

Narrativa: A jornada final de Jesus e a instaurao do conflito 19.1-23.39Discurso: Os ensinos escatolgicos de Jesus 24.1-25.46

A narrativa da Paixo 26.1-27.66A narrativa da ressurreio 28.1-20Marcos (Mc)Autor: MarcosData: Cerca de 6570 dC

AutorMesmo que o Evangelho de Mc seja annimo, a antiga tradio unnime em dizer que o autor foi Joo Marcos, seguidor prximo de Pedro ( 1Pe 5.13) e companheiro de Paulo e Barnab em sua primeira viagem missionria. O mais antigo testemunho da autoria de Mc tem origem em Papias, bispo da Igreja em Hierpolis (cerca de 135-140 dC), testemunho que preservado na Histria Eclesistica de Eusbio. Papias descreve marcos como interprete de Pedro. Embora a igreja antiga tenha tomado cuidado em manter a autoria apostlica direta dos Evangelhos, os pais da igreja atriburam coerentemente este Evangelho a Marcos, que no era um apstolo.

DataOs fundadores da Igreja declaram que o Evangelho de Mc foi escrito depois da morte de Pedro, que aconteceu durante as perseguies do Imperador Nero por volta de 67 dC. O Evangelho em si, especialmente o cap. 13, indica ter sido escrito antes da destruio do Templo em 70 dC. A maior parte das evidncias sustenta uma data entre 65 e 70 dC.

Contexto HistricoEm 64 dC, Nero acusou a comunidade crist de colocar fogo na cidade de Roma, e por esse motivo instigou uma temerosa perseguio na qual Paulo e Pedro morreram. Em meio a uma igreja perseguida, vivendo constantemente sob ameaa de morte, o evangelista Marcos escreveu suas boas novas. Est claro que ele quer que seus leitores tomem a vida e exemplo de Jesus como modelo de coragem e fora. O que era verdade para Jesus deveria ser para os apstolos e discpulos de todas as idades. No centro do Evangelho h pronunciamentos explcito de que importava que o Filho do Homem padecesse muito, e que fosse rejeitado pelos ancios, e pelos prncipes dos sacerdotes e pelos escribas, que fosse morto, mas que, depois de trs dias, ressuscitaria (8.31) Esse pronunciamento de sofrimento e morte repetido (9.31; 10.32-34), mas torna-se uma norma para o comprometimento do discipulado: Se algum quiser vir aps mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz e siga-me (8.34). Marcos guia seus leitores cruz de Jesus, onde eles podem descobrir o significado e esperana em seu sofrimento.

ContedoMc estrutura seu Evangelho em torno de vrios movimentos geogrficos de Jesus, que chega ao clmax com sua morte e ressurreio subseqente. Aps a introduo (1.1-13), Mc narra o ministrio pblico de Jesus na Galilia (1.14-9.50) e Judia (caps 10-13), culminando na paixo e ressurreio (caps 14-16). O Evangelho pode ser visto como duas metades unidas pela confisso de Pedro de que Jesus era o Messias (8.17-30) e pelo primeiro anncio de Jesus e sua crucificao (8.31).Mc o menor dos Evangelhos, e no contm nenhuma genealogia e explicao do nascimento e antigo ministrio de Jesus na Judia. o evangelho da ao, movendo-se rapidamente de uma cena para outra. O Evangelho de Joo um retrato estudado do Senhor, Mt e Lc apresentam o que poderia ser descrito como uma srie de imagens coloridas, enquanto que Mc como um filme da vida de Jesus. Ele destaca as atividades dos registros mediante o uso da palavra grega euteos que costuma ser traduzia por imediatamente. A palavra ocorre quarenta e duas vezes, mais do que em todo o resto do NT. O uso freqente do imperfeito por Mc denotando ao contnua, tambm torna a narrativa rpida.Mc tambm o Evangelho da vivacidade. Frases grficas e surpreendentes ocorrem com freqncia para permitir que o leitor reproduza mentalmente a cena descrita. Os olhares e gestos de Jesus recebem ateno fora do comum. Existem muitos latinismos no Evangelho (4.21; 12.14; 6.27; 15.39). Mc enfatiza pouco a lei e os costumes judaicos, e sempre os interpreta para o leitor quando os menciona. Essa caracterstica tende a apoiar a tradio de que Mc escreveu para uma audincia romana e gentlica.De muitas formas, ele enfatiza a Paixo de Jesus de modo que se torna a escala pela qual todo o ministrio pode ser medido: Porque o Filho do Homem tambm no veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos(10.45). Todo o ministrio de Jesus (milagres, comunho com os pecadores, escolha de discpulos, ensinamentos sobre o reino de Deus, etc.) est inserido no contexto do amor oferecido pelo Filho de Deus, que tem seu clmax na cruz e ressurreio.

Cristo ReveladoEsse livro no uma biografia, mas uma histria concisa da redeno obtida mediante o trabalho expiatrio de Cristo. Mc demonstra as reivindicaes messinicas de Jesus enfatizando sua autoridade com o Mestre (1.22) e sua autoridade sobre satans e os esprito malignos (1.27; 3.19-30), o pecado (2.1-12), o sbado (2.27-28; 3.1-6), a natureza (4.35-41; 6.45-52), a doena (5.21-34), a morte (5.35-43), as tradies legalistas (7.1-13,14-20), e o templo (11.15-18).Ttulo de abertura do trabalho de Mc, Princpio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus (1.1), fornece sua tese central em relao a identidade de Jesus como o filho de Deus. Tanto o batismo quanto a transfigurao testemunham sua qualidade de filho (1.11; 9.7). Em duas ocasies, os espritos imundos o reconhecem como Filho de Deus (3.11; 5.7). A parbola dos lavradores malvados (12.6) faz aluso qualidade de filho divino de Jesus (12.6). Por fim, a narrativa da crucificao termina com a confisso do centurio: Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus. (15.39)O titulo que Jesus usava com mais freqncia para si prprio, num total de catorze vezes em Marcos, Filho do Homem. Como designao para o Messias, este termo (ver Dn 7.13) no era to popular entre os Judeus como o ttulo Filho do Homem para revelar e para esconder seu messianismo e relacionar-se tanto com Deus quanto com o homem.Mc, atentando para o discipulado, sugere que os discpulos de Jesus deveriam ter um discernimento amplo ao mistrio de sua identidade. Mesmo apesar de muitas pessoas interpretarem mal sua pessoa e misso, enquanto os demnios confessam sua qualidade de filho de Deus, os discpulos de Jesus precisam ver alm de sua misso, aceitar sua cruz e segui-lo. A segunda vinda do Filho do Homem revelar totalmente seu poder e glria.

O Esprito Santo em AoJunto com os outros escritores do Evangelho, Mc recorda a profecia de Joo Batista de que Jesus vos batizar com o ES (1.8), Os crentes seriam totalmente imersos no Esprito, como os seguidores de Joo o eram nas guas.O ES desceu sobre Jesus em seu batismo (1.10), habilitando-o para seu trabalho messinico de cumprimento da profecia de Isaas (Is 42.1; 48.16; 61.1-2). A narrativa do ministrio subseqente de Cristo testemunha o fato de que seus milagres e ensinamentos resultaram da uno do ES.Mc declara graficamente que o Esprito o impeliu para o deserto (1.12) para que fosse tentado, sugerindo a urgncia por encontrar e vencer as tentaes de satans, que queria corromp-lo antes que le embarcasse em uma misso de destruir o poder do inimigo nos outros.O pecado contra o ES colocado em contraste com todos os pecados (3.28), pois esses pecados e blasfmias podem ser perdoados. O contexto define o significado dessa verdade assustadora. Os escribas blasfemaram contra o ES ao atriburem a satans a expulso dos demnios. Que Jesus realizava pela ao do ES (3.22). Sua viso prejudicada tornou-os incapazes do verdadeiro discernimento. A explicao de Mc confirma o motivo de Jesus ter feito essa grave declarao (3.30).Jesus tambm refere inspirao do AT pelo ES (12.36). Um grande estmulo aos cristos que enfrentam a hostilidade de autoridades injustas a garantia do Senhor de que o ES falar atravs deles quando testemunharem de Cristo (13.11).Alm das referncias explcitas ao ES, Mc emprega palavras associadas com o dom do Esprito, como poder, autoridade, profeta, cura, imposio de mos, Messias e Reino.

Esboo de Marcos

Introduo 1.1-13

Declarao sumria 1.1Cumprimento da profecia do AT 1.2-3O ministrio de Joo Batista 1.4-8O batismo de Jesus 1.9-11A tentao de Jesus 1.12-13

I. O Ministrio de Jesus na Galilia 1.14-9.50

Princpio: Sucesso e conflito iniciais 1.14-3.6Etapas posteriores: Aumento de popularidade e oposio 3.7-6.13Ministrio fora da Galilia 6.14-8.26Ministrio no caminho para a Judia 8.26-9.50

II. O Ministrio de Jesus na Judia 10.1-16.20

Ministrio na Transjordnia 10.1-52Ministrio em Jerusalm 11.1-13.37A Paixo 14.1-15.47A ressurreio 16.1-20Lucas (Lc)Autor: LucasData: Cerca de 5975 dC

AutorTanto o estilo quanto a linguagem oferecem evidncias convincentes de que a mesma pessoa escreveu Lucas e Atos. O primeiro tratado At 1.1 , ento provavelmente , uma referncia ao terceiro evangelho, como o primeiro de uma srie de dois volumes. E o fato de o escrito dedicar ambos os livros a Tefilo tambm demonstra solidamente uma autoria comum. Visto que a tradio de igreja atribui com unanimidade essas duas obras a Lucas, o mdico, um companheiro prximo de Paulo (Cl 4.14; Fm 24; 2Tm 4.11), e, como as evidncias internas sustentam esse ponto de vista, no h motivos para contestar a autoria de Lucas.

DataEruditos que admitem que Lucas usou o Evangelho de Marcos como fonte para escrever seu prprio relato datam Lc por volta do ano 70 dC. Outros, entretanto, salientam que Lucas o escreveu antes de At, que ele escreveu durante o primeiro encarceramento de Paulo pelos romanos, cerca de 63 dC. Como Lucas estava em Cesaria de Filipe durante os dois anos em que Paulo ficou preso l (At 27.1), ele teria uma grande oportunidade durante aquele tempo para conduzir investigaes que ele menciona em 1.1-4. Se for este o caso, ento o Evangelho de Lc pode ser datado por volta de 59-60 dC, mas no mximo at 75 dC.

ContedoUma caracterstica distinta do Evangelho de Lc sua nfase na universalidade da mensagem crist. Do cntico de Simeo, louvando Jesus como luz... Para as naes (2.32) ao comissionamento do Senhor ressuscitado para que se pregasse em todas as naes (24.47), Lc reala o fato de que Jesus no apenas o Libertador dos judeus, mas tambm o Salvador de todo o mundo.A fim de sustentar esse tema, Lc omite muito material que estritamente de carter judaico. Por exemplo, ele no inclui o pronunciamento de condenao de Jesus aos escribas e fariseus (Mt 23), nem a discusso sobre a tradio judaica (Mt 15.1-20; Mc 7.1-23). Lc tambm exclui os ensinamentos de Jesus no Sermo da Montanha que tratam diretamente do seu relacionamento com a lei (mt 5.21-48; 6.1-8, 16-18). Lc tambm omite as instrues de Jesus aos Doze para se absterem de ministrar aos gentios e samaritanos (Mt 10.5).Por outro lado, Lc inclui muitas caractersticas que demonstram universalidade. Ele enquadra o nascimento de Jesus em um contexto romano (2.1-2; 3.1), mostrando que o que ele registra tem significado para todas as pessoas. Ele enfatiza ainda, as razes judaicas de Jesus. De todos os escritores dos Evangelhos s ele registra a circunciso e dedicao de Jesus (2.21-24), bem como sua visita ao Templo quando menino (2.41-52). Somente ele relata o nascimento e a infncia de Jesus no contexto de judeus piedosos como Simeo, Ana, Zacarias e Isabel, que estavam entre os fiis restantes esperando a consolao de Israel (2.25). Por todo o Evangelho, Lc deixa claro que Jesus o cumprimento das esperanas do AT relacionadas salvao.Um versculo chave do evangelho de Lc o 19.10, que declara que Jesus veio buscar e salvar o que se havia perdido. Ao apresentar Jesus como Salvador de todos os tipos de pessoas, Lc inclui material no encontrado nos outros evangelhos, como o relato do fariseu e da pecadora (7.36-50); a parbola do fariseu e o publicano (18.9-14); a histria de Zaqueu (19.1-10); e o perdo do ladro na cruz (23.39-43).Lc ressalta as advertncias de Jesus sobre o perigo dos ricos e a simpatia dele pelos pobres (1.53;4.18; 6.20-21, 24-25; 12.13-21; 14.13; 16.19-31; 19.1-10).Este evangelho tem mais referncias orao do que os outros evangelhos. Lc enfatiza especialmente a vida de orao de Jesus registrando sete ocasies em que Jesus orou que no so encontrados em mais nenhum outro lugar (3.21; 5.16; 6.12; 9.18,29; 11.1; 23.34,46). S Lc tem as lies do Senhor sobre a orao ensinada nas parbolas do amigo importuno (18.9-14). Alm disso, o evangelho abundante em notas de louvor e ao de graas ( 1.28,46-56,68-79; 2.14,20,29-32; 5.25-26; 7.16; 13.13; 17.15; 18.43)

Cristo ReveladoAlm de apresentar Jesus como o Salvador do mundo, Lc d os seguintes testemunhos sobre ele:

Jesus o profeta cujo papel equipara-se ao Servo e Messias (4.24; 7.16,39; 919; 24.19)Jesus o homem ideal, o perfeito salvador da humanidade. O ttulo Filho do Homem encontrado 26 vezes no evangelho.Jesus o Messias. Lc no apenas afirma sua identidade messinica, mas tambm tem o cuidado de definir a natureza de seu messianismo. Jesus , por excelncia, o Servo que se dispe firmemente a ir a Jerusalm cumprir seu papel (9.31.51). Jesus o filho de Davi (20.41-44), o Filho do Homem (5.24) e o Servo Sofredor (4.17-19, que foi contado com os transgressores (22.37).Jesus o Senhor exaltado. Lc refere-se a Jesus como Senhor dezoito vezes em seu evangelho.Jesus o amigo dos proscritos humildes. Ele constantemente bondoso para com os rejeitados.

O Esprito Santo em AoH dezesseis referncias explicitas ao ES, ressaltando sua obra tanto na vida de Jesus quanto no ministrio continuo da igreja.Em primeiro lugar: a ao do ES vista na vida de vrias pessoas fiis, relacionadas ao nascimento de Joo Batista e Jesus (1.35,41,67; 2.25-27), bem como no fato de Joo ter cumprido seu ministrio sob a uno do ES (1.15). O mesmo Esprito capacitou Jesus para cumprir seu ministrio.Em segundo lugar: O ES capacita Jesus para cumprir seu ministrioo Messias ungido pelo ES. Nos caps 3-4, h cinco referencias ao Esprito, usadas com fora progressiva. 1) O Esprito desce sobre Jesus em forma corprea, como uma pomba (3.22); 2) Ele leva Jesus ao deserto para ser tentado (4.1); 3) Aps sua vitria sobre a tentao, Jesus volta para a Galilia no poder do mesmo (4.14) 4) Na sinagoga de Nazar, Jesus l a passagem messinica: O Esprito do Senhor est sobre mim...(4.18; Is 61.1-2), reivindicando o cumprimento nele (4.21). Ento, 5) evidncia seu ministrio carismtico est repleta (4.31-44) e continua em todo seu ministrio de poder e compaixo.Em terceiro lugar: O ES, atravs de orao de petio leva a cabo o ministrio messinico. Em momentos crticos daquele ministrio, Jesus ora antes, durante ou depois do acontecimento crucial (3.21; 6.12; 9.18,28; 10.21). O mesmo ES que foi eficaz atravs de oraes de Jesus dar poder as oraes dos discpulos (18.1-8) e ligar o ministrio messinico de Jesus ao ministrio poderoso deles atravs da igreja (24.48.49).Em quarto lugar: O ES espalha alegria tanto a Jesus como nova comunidade. Cinco palavras gregas denotando alegria ou exultao so usadas duas vezes com mais freqncia tanto Lc como Mt ou Mc. Quando os discpulos voltam com alegria de sua misso (10.17), Naquela mesma hora, se alegrou Jesus no ES e disse... (10.21). Enquanto os discpulos esto esperando pelo Esprito prometido (24.49), adorando-o eles, tornaram com grande jbilo para Jerusalm. E estavam sempre no templo, louvando e bendizendo a DEUS (24.52-53)

Esboo de Lucas

I. Prlogo 1.1-4II. A narrativa da infncia 1.5-2.52

Anncio do nascimento de Joo Batista 1.5-25Anncio do nascimento de Jesus 1.26-38Visita das duas mes 1.39-56O nascimento de Joo Batista 1.57-80O nascimento de Jesus 2.1-40O menino Jesus no templo 2.41-52

III. Preparao para o ministrio pblico 3.1-4.13

O ministrio de Joo Batista 3.1-20O batismo de Jesus 3.21-22A genealogia de Jesus 3.23-38A tentao 4.1-13

IV. O ministrio galileu 4.14-9.50

Em Nazar e Carfanaum 4.14-44Do chamamento de Pedro ao chamamento dos doze 5.1-6.16O Sermo da Montanha 6.17-49Narrativa e dilogo 7.1-9.50

V. A narrativa de viagem (no caminho para Jerusalm) 9.51-19.28VI. O ministrio de Jerusalm 19.29-21.38

Acontecimentos na entrada de Jesus em Jerusalm 19.29-48Histria de controvrsias 20.1-21.4Discurso escatolgico 21.5-38

VII. A paixo e glorificao de Jesus 22.1-24.53

A refeio de Pscoa 22.1-38A paixo, morte e sepultamento de Jesus 22.39-23.56A ressurreio e a ascenso 24.1.53

Joo (Jo)Autor: Apstolo JooData: Cerca de 85 dC

AutorA antiga tradio da igreja atribui o quarto evangelho a Joo o discpulo a quem Jesus amava (13.23; 19.26; 20.2; 21.7,20), que pertencia ao crculo ntimo dos seguidores de Jesus (Mt 17.1; Mc 13.3). De acordo com escritores cristos do sc. I , Joo mudou-se para feso, provavelmente durante a guerra Judaica de 66-70dC, onde continuou seu ministrio.

DataA mesma tradio que localiza Joo em Efeso sugere que ele escreveu seu evangelho na ltima parte do sc. I. Na falta de provas substanciais do contrrio, a maioria dos eruditos aceitam esta tradio.

ContedoEnquanto era bem provvel que Joo conhecesse as narrativas dos outros trs Evangelhos, ele escolheu no seguir a seqncia cronolgica de eventos dos mesmos como uma ordem tpica. Nesse caso, eles podem ter usado as tradies literrias comuns e/ou orais. O esquema amplo o mesmo, e alguns acontecimentos em particular do ministrio de Jesus so comuns a todos os quatro livros. Algumas das diferenas distintas so: 1) Ao invs das parbolas familiares, Joo tem discursos extensos; 2) Em lugar dos muitos milagres e cura dos sinticos, Joo usa sete milagres cuidadosamente escolhidos a dedo que servem como sinais; 3) O ministrio de Jesus gira em torno das trs festas da Pscoa, ao invs de uma, conforme citado nos Sinticos; 4) Os ditos Eu sou so unicamente joaninos.Joo divide o ministrio de Jesus em duas partes distintas: os caps 2-12 do uma viso de seu ministrio pblico, enquanto os caps 13-21 relatam seu ministrio privado aos seus discpulos. Em 1.1-18, denominado prlogo, Joo lida com as implicaes teolgicas da primeira vinda de Jesus. Ele mostra o estado preexistente de Jesus com Deus, sua divindade e essncia, bem como sua encarnao.

Cristo ReveladoO livro apresenta Jesus como nico Filho gerado por Deus que se tornou carne. Para Joo, a humanidade de Jesus significava essencialmente uma misso dupla: 1) como oCordeiro de Deus (1.29), ele procurou a redeno da humanidade; 2) Atravs de sua vida e ministrio, ele revelou o Pai. Cristo colocou-se coerentemente alm de si mesmo perante o Pai que o havia enviado e a quem ele buscava glorificar. Na verdade, os prprios milagres que Jesus realizou como sinais, testemunham a misso divina do Filho de Deus.

O Esprito Santo em AoA designao do ES como Confortador ou Consolador (14.16) exclusiva de Joo e significa literalmente. algum chamado ao lado. Ele outro consolador, isto , algum como Jesus, o que estendeu o ministrio de Jesus at o final desta era. Seria um grave erro, entretanto, compreender o objetivo do Esprito apenas em termos daqueles em situaes difceis. Ao contrrio,Joo demonstra que o papel do Esprito abrange cada faceta da vida. Em relao ao mundo exterior de Cristo, ele trabalha como o agente que convence o mundo do pecado, da justia e do juzo (16.8-11). A experincia de ser nascido no Esprito descreve o Novo Nascimento (3.6). Como, em essncia, Deus o Esprito, aqueles que o adoram devem faz-lo espiritualmente, isto , conforme comandado e motivado pelo ES (4.24). Alm disso, em antecipao do Pentecostes, o Esprito torna-se o capacitador divino para o ministrio autorizado (20.21-23).Joo revela a funo do ES em continuar a obra de Jesus, guiando os crentes e a um entendimento dos significados, implicaes e imperativos do evangelho e capacitando-os a realizar obras maiores do que aquelas realizadas por Jesus (14.12). Aqueles que crem em Cristo hoje podem, assim, enxerg-lo como um contemporneo, no apenas como uma figura do passado distante.

Esboo de Joo

Prlogo 1.1-8I. O ministrio pblico de Jesus 1.19-12.50

Preparao 1.19-51As bodas em Can 2.1-12Ministrio em Jerusalm 2.13-3.36Jesus e a mulher de Samaria 4.1-42A cura do filho de um oficial do rei 4.43-54A cura de um paraltico em Betesda 5.1-15Honrando o Pai e o Filho 5.16-29Testemunhas do Filho 5.30-47Ministrio na Galilia 6.1-71Conflito em Jerusalm 7.1-9.41Jesus, o bom Pastor 10.1-42Ministrio em Batnia 11.1-12.11Entrada triunfal em Jerusalm 12.12-19Rejeio final: descrena 12.20-50

II. O ministrio de Jesus aos discpulos 13.1-17.26

Servir um modelo 13.1-20Pronunciamento de traio e negao 13.21-38Preparao para a partida de Jesus 14.1-31Produtividade por submisso 15.1-17Lidando com rejeio 15.18-16.4Compreendendo a partida de Jesus 16.5-33A orao de Jesus por seus discpulos 17.1-26

III. Paixo e ressurreio de Jesus 18.1-21.23

A priso de Jesus 18.1-14Julgamento perante o sumo sacerdote 18.15-27Julgamento perante Pilatos 18.28-19.16Crucificao e sepultamento 19.17-42Ressurreio e aparies 20.1-21.23

Eplogo 21.24-25

Atos (At)Autor: Historicamente LucasData: Cerca de 62 dCAutorO livro de At no menciona especificamente seu autor, mas muitos apontam para Lucas, o mdico amado (Cl 4.14). O autor o mesmo que escreveu o Evangelho de Lucas.

DataLucas conta a histria da igreja antiga dentro da estrutura de detalhes geogrficos, polticos e histricos que podiam encaixar-se apenas no sc. I, portanto , por causa desses fatos e porque o livro no registra a morte de Paulo, apesar de deix-lo prisioneiro em Roma, pode-se datar a redao de At como prxima priso do apstolo naquela cidade por volta de 62 dC.

ContedoAtos uma seqncia da vida de Cristo nos Evangelhos, registrando a disseminao da cristandade de Jerusalm a Roma. a iniciao da Grande Comisso de Jesus pra formar discpulos de todas as naes (Mt 28.18-20; Lc 24.46-49)At 1.8 a chave do livro. Esse versculo prediz o derramamento do ES e seu poderoso testemunho., Em geral, At relaciona a expanso da cristandade passo a passo para o oeste, desde a Palestina at a Itlia. O livro portanto, comea em Jerusalm (caps 1-7) Como Pedro assumindo o papel principal e os judeus como receptores do evangelho.Depois da morte de Estevo (7.60-8.1), a perseguio espalhou-se conta a igreja, e os crentes se dispersaram (Caps. 8-12). Durante esse perodo da histria, ocorreu a converso de Saulo (cap 9), um acontecimento de tamanha importncia que Lucas inclui trs longas descries sobre o incidente (caps 9; 22; 26)A maior seo de Atos enfoca o desenvolvimento e expanso do ministrio gentio comandado por Paulo e seus colaboradores (13.28). O livro termina abrupta, pois tudo indicava que Lucas tinha atualizado o assunto, e no havia mais o que escrever.

Cristo ReveladoAtos registrou vrios exemplos da proclamao apostlica do evangelho de Jesus Cristo, e o modelo uniforme. Em primeiro lugar, Jesus apresentado como uma figura histrica (2.22; 10.38). Em seguida a morte de Jesus atribuda igualmente crueldade do home e ao objetivo de Deus. Por outro lado, os judeus o haviam crucificado por mos de injustos (2.23). Por outro lado, Jesus tinha sido entregue pelo determinado conselho e prescincia de Deus (2.23; 17.3). Ento a ressurreio de Jesus enfatizada, especialmente como cumprimento da profecia do AT e como revogao de Deus do veredicto do homem sobre Jesus (1.3; 2.24-32; 4.10; 5.30; 10.40-41; 13.30-37; 17.31). Os apstolos declaram que Jesus fora exaltado a uma posio de domnio nico e universal (2.33-36; 3.21; 5.31). Desse lugar de honra suprema e poder executivo, Jesus havia derramado o prometido Esprito Santo (2.33), que d testemunho dele (5.32) e habilita os crentes (1.8). Jesus por Deus foi constitudo juiz dos vivos e dos mortos (10.42) e retornar triunfante no final dos tempos (1.11). Enquanto isso, aqueles que acreditam nele recebero perdo dos pecados (2.21; 3.19; 4.12; 5.31; 10.43; 13.38,39) e o dom do ES (2.38). queles que no acreditam nele sero destinadas coisas terrveis (3.23).O Esprito Santo em AoO poder do ES atravs da igreja caracterstica mais surpreendente de Atos. O livro foi at mesmo chamado de Os Atos do Esprito Santo . A sua obra no livro, entretanto, no pode ser compreendida sem que se veja a relao entre Atos e os Evangelhos, que demonstra um continuidade essencial. Tanto o ministrio pblico de Jesus nos Evangelhos quanto o ministrio pblico da igreja em Atos comearam com um encontro com mo Esprito capaz de mudar vidas; em ambos os relatos essenciais os resultados desse acontecimento.O poder do Esprito na vida de Jesus o autorizou a pregar o Reino de Deus e a demonstrar o poder do Reino mediante a cura de doente, a expulso de demnios e a libertao dos cativos (Lc 4.14-19 M7 4.23). O mesmo poder em At 2 deu a mesma autoridade aos discpulos.Lucas observa que as pessoas eram cheias pelo ES (2.4; 9.17), que recebiam o ES (8.17), que caiu o ES sobre todos(10.44), que o ES se derramasse sobre tambm os gentios (10.45) e que veio sobre eles o ES (19.6) Todas essas passagens so equivalentes promessa de Jesus de que a Igreja seria batizada com o ES (1.5; 2.4).Trs destes cinco exemplos registram manifestaes especficas do S em que as prprias pessoas participavam. Os presente nos dia de Pentecostes e os gentios da casa de Cornlio falara outras lnguas (2.4; 10.46); os efsios falavam lnguas e profetizavam (19.6). Embora no esteja especificado, normalmente concorda-se que tambm houve algum tipo de manifestao na qual os samaritanos participaram, pois Lucas diz que Simo viu que era dado o ES (8.18).

Esboo de Atos

Prlogo 1.1-14I. Prefcio 1.1-3II. A promessa do ES 1.4-8III. A ascenso de Cristo 1.9-11IV. O encontro pra a orao no cenculo 1.12-14

Primeira Parte: Pedro e o ministrio da Igreja Judaica em Jerusalm 1.15-12.24I. A seleo de Matias como o dcimo segundo apstolo 1.15-26II. A descida do ES no Pentecostes 2.1-47III. A cura de um coxo 3.1-4.31IV. Autoridade apostlica na igreja antiga 4.32-5.42V. O ministrio de Estevo 6.1-7.60VI. O primeiro ministrio a no Judeus 8.1-40VII. A converso de Saulo 9.1-31VIII. Enias e Dorcas curados atravs do ministrio de Pedro 9.32-43IX. A histria de Cornlio 10.1-11.18X. O testemunho da igreja antiga 11.19-12.24

Segunda Parte: Paulo e a extenso internacional da igreja em Antioquia 12.25-28.31I. A primeira viagem missionria de Paulo 12.25-14.28II. O concerto em Jerusalm para discutir lei e graa 15.1-35III. A segunda viagem missionria de Paulo 15.36-18.22IV. A terceira viagem missionria de Paulo 18.23-21.14V. A viagem de Paulo a Roma atravs de Jerusalm 21.15-28.31

Romanos (Rm)Autor: PauloData: 56 dC

Contexto HistricoQuando Paulo escreveu Rm, por volta de 56 dC, ele ainda no tinha estado em Roma, mas vinha pregando o evangelho desde sua converso em 35 dC. Durante os dez anos anteriores, ele tinha fundado igreja atravs de todo o mundo mediterrneo. Agora, estava chegando ao fim de sua terceira viagem missionria. Esta epstola , portanto , uma declarao madura de sua compreenso do evangelho. Em Roma, a igreja havia sido fundada por outros cristos; e Paulo, atravs de suas viagens, conheceu muito a respeito dos crentes de l (16.3-15).

Ocasio e Data mais provvel que Paulo tenha escrito Rm enquanto estava em Corinto, em 56 dC, fazendo uma coleta para ajudar os cristos necessitados de Jerusalm (15.25-28,31; 2Co 8-9). Ele planejou ir a Jerusalm com essa coleta, depois visitar a igreja em Roma (1.10-11; 15.22-24). Depois de ser revigorado e apoiado pelos cristos de Roma, planejou viajar para a Espanha para pregar o evangelho (15.24). Ele escreveu para dizer aos romanos sobre sua visita iminente. A carta, provavelmente tenha sido entregue por Febe (16.1-2)

ContedoO tema doutrinal global que Paulo procura demonstrar que Deus Justo. Apesar de tudo que aconteceu neste mundo mesmo que todos os seres humanos sejam pecadores (1.18-3.20); mesmo que Deus no puna, mas perdoe os pecadores culpados (3.21-5.21); mesmo que os crentes possam no viver completamente de uma maneira coerente com a justia de Deus (6.1-8.17); mesmo que os crentes sofram e a redeno final retarde (8.18-39); mesmo que os muitos judeus no creiam (9.1-11.36) - ainda assim Deus perfeitamente Justo e nos perdoou atravs de sua graa. Devido a essa grande misericrdia de um Deus to justo, devemos seguir um modelo de vida coerente com a prpria justia de Deus (12.1-16.27).

Cristo ReveladoRm a histria do plano de redeno de Deus em Cristo: a necessidade dele (1.18-3.20), a descrio detalhada da obra de Cristo e sua implicaes para os cristos (3.21-11.36) e a aplicao do evangelho vida cotidiana (12.1-16.27).

O Esprito Santo em AoO ES confere poder na pregao do evangelho e na realizao de milagres (15.19), habita em todos que pertencem a Cristo (8.9-11) e nos d vida (8.11). Ele tambm nos torna, progressivamente, mais santo na vida diria, nos dando poder para obedecermos a Deus e superarmos o pecado (2.29; 7.6; 8.2,13; 15.13,16), fornecendo-nos um modelo de santidade a seguir(8.4), nos guiando nele (8.14) e purificando nossa conscincia para prestar testemunho verdadeiro (9.1). O ES derrama o amor de Deus em nosso corao (5.5; 15.30), junto com alegria, paz e esperana atravs de seu poder (14.17; 15.13). Ele nos permite orar adequadamente (8.26) e a chamar Deus de nosso Pai, concedendo desse modo, uma segurana espiritual interior de que somos filhos de Deus (8.16). Devemos centrar a nossa mente nas coisas do Esprito, se desejamos agradar a Deus (8.5,6). Embora Paulo descreva brevemente os dons espirituais em RM (12.3-8), ele no faz meno explicita do ES em conexo com esses dons, exceto para referir-se a eles como espirituais em 1.11. A obra atual do ES em ns apenas um antegozo de sua futura obra celeste em ns (8.23)

Esboo de Romanos

Introcuo 1.1-17

Identificao de Paulo 1.1-7Desejo de Paulo de visitar Roma 1.8-15Resumo do evangelho 1.18-3.20

I. Todos pecaram 1.18-3.20II. Justificao apenas pela f 3.21-5.21III. Praticando Justia na vida Crist 6.1-8.39IV. Deus e Israel 9.1-11.36V. Aplicaes prticas 12.1-15.13VI. A prpria situao de Paulo 15.14-33VII. Recomendaes pessoais 16.1-24VIII. Bno 16.25-27

A CARREIRA DO APOSTOLO PAULO (1.5)

Origem:Tarso, na Cilicia (At 22.3)Tribo de Benjamim (Fp 3.5)Treinamento:Aprendeu a arte de fazer tenda (At 18.3Estudou com Gamaliel (At 22.3)Religio anterior:Hebreu e fariseu (Fp 3.5)Perseguidor dos cristos ( At 8.1-3; Fp 3.6)Salvao:Encontrou o Cristo ressuscitado no caminho para Damasco (At 9.1-8)Recebeu o derramamento do ES na rua chamada direita (At 9.17-18; 22.12-16)Chamado para Misses:A igreja de Antioquia foi instruda pelo ES a enviar Paulo ao trabalho (At 13.1-3)Levou o evangelho paras os gentios (Gl 2.7-10)Papis:Falou em nome da Igreja de Antioquia no conclio de Jerusalm (At 15.1-4,12)Op-se a Pedro (Gl 2.11-21)Discutiu com Barnab por causa de Joo Marcos (At 15.36-41)Realizaes:Trs viagens missionrias prolongadas (At 13-20)Fundou inmera igrejas na Asia Menor, na Grcia e , possivelmente, na Espanha (Rm 15.24,28)Escreveu cartas para inmeras igrejas e vrios indivduos que agora compe um quarto do NT.Fim da vida:Depois da priso em Jerusalm, foi enviado para Roma (At 21.27; 28.16-31)De acordo com a tradio crist, foi libertado da priso, o que lhe permitiu mais obras missionrias; aprisionado novamente, permaneceu preso mais uma vez em Roma e foi decapitado fora da cidade.

1 Corntios (1Co)Autor: PauloData: Cerca de 56 dC

AutorA autenticidade de 1Co nunca foi seriamente desafiada. Em estilo e filosofia, a epstola pertence a Paulo

DataPaulo estabeleceu a Igreja em Corinto pro volta de 50-51 dC, quando passou dezoito meses l em sua segunda viagem missionria (At 17.1-17). Ele continuou a levar a correspondncia adiante e a cuidar da igreja depois de sua partida (5.9; 2Co 12.14). Durante esse ministrio de trs anos em Efeso , em sua terceira viagem missionria (At 19), ele recebeu relatrios perturbadores sobre a complacncia moral existente entre os crentes de Corinto. Para remediar a situao, ele enviou uma carta igreja ( 5.9-11), que depois se perdeu. Pouco depois, uma delegao enviada por Cloe, membro da igreja em Corinto fez um relato a Paulo sobre a existncia da faces divisrias na igreja. Antes que pudesse escrever uma carta corretiva, chegou outra delegao de Corinto com uma carta fazendo-lhe certas perguntas(7.1; 16.17). Paulo enviou imediatamente Timteo a Corinto (4.17). Ento, ele escreveu a carta que conhecemos como 1 Co, esperando que a mesma chegasse a Corinto antes de Timteo (16.10). Visto que Paulo, aparentemente, escreveu a carta prximo ao fim do seu ministrio em feso (16.8) ela pode ser datada cerca de 56 dC.

Contexto HistricoA carta revela alguns problemas culturais gregos tpicos dos dias de Paulo, incluindo a grande imoralidade sexual da cidade de Corinto. Os gregos eram conhecidos por sua idolatria, filosofias divisrias, esprito de litgio e rejeio de uma ressurreio fsica. Corinto era uma das cidades comerciais mais importantes da poca e controlava grande parte das navegaes entre o Oriente e o Ocidente. Situava-se na parte da Grcia e a pennsula de Peloponeso. A cidade era infame pela sua sensualidade e prostituio sagrada. Mesmo seu nome tornou-se um provrbio notrio: corintizar significava praticar prostituio. A principal divindade da cidade era Afrodite (Vnus), deusa do amor licencioso, e milhares de prostitutas profissionais serviam no templo dedicado sua adorao. O Esprito da cidade apareceu na igreja e explica o tipo de problemas que as pessoas enfrentavam.Tambm revela alguns dos problemas que os antigos pagos tinham em no transmitir experincias religiosas anteriores experincia de ministrio do ES. Eles podem ter associado algumas das extravagncias frenticas do paganismo com o exercito de dons espirituais (12.2).

ContedoA carta consiste na resposta de Paulo a dez problemas separados:Um esprito sectrio, incesto, processos, fornicao, casamento e divrcio, ingesto de alimentos oferecidos a dolos,uso do vu, a Ceia do Senhor, dons espirituais e a ressurreio do corpo.

Cristo ReveladoA epstola contm uma revelao inigualvel sobre a cruz de Cristo como uma oposio a todas as jactncias humanas (caps 1-4) Paulo cita Cristo como nosso exemplo em todo comportamento (1.11) e descreve a igreja como seu Corpo (cap 12). De especial importncia so as poderosas conseqncias da ressurreio de cristo para toda a criao (cap 15).

O Esprito Santo em AoAs manifestaes ou dons do Esprito formam as passagens mais conhecidas sobre o ES (caps 12-14). Mas no devemos fazer vista grossa ao papel do ES em revelar as coisas de Deus ao esprito humano de uma maneira que impede todas as bases para o orgulho (2.1-13). Talvez o mais iluminador entre o debate atual da igreja em geral seja a maneira como o apstolo direciona os corntios a um equilibrado emprego de falar lnguas, afirmando essa prtica e recusando qualquer direito de proibi-la (cap 14)

Esboo de 1 Corntios

Introduo com saudao e ao de graas 1.1-9I. O problema de um esprito sectrio que surgiu de uma preferncia por lideres religiosos devido sua suposta sabedoria superior 1.10-4.21

O contraste entre a sabedoria divina e a humana sobre a cruz mostra o erro de um esprito sectrio que se origina da sabedoria humana 1.10-3.4O papel dos lderes religiosos mostra que eles so importantes, mas nunca motivo para jactncia 3.5-4.5Uma repreenso aberta por comparao irnica do orgulho corntio com a loucura de Paulo 4.6-21

II. O problema da disciplina da Igreja interna ocorrida devido a um caso de incesto 5.1-13III. O problema de processos entre os cristos perante cortes pblicas 6.1-11IV. O problema de abuso sexual do corpo oriundo de uma aplicao errnea do ensinamento tico de Paulo 6.12-20V. O problema do relacionamento entre a esfera secular e a vida espiritual do crente, especialmente nas reas de sexo, casamento e escravido. 7.1-40VI. O problema de diferena tica entre irmos causado pela ingesto de alimento oferecido aos dolos 8.1-11.1

O princpio bsico do amor versus conhecimento 8.1-13O exemplo pessoa de Paulo antecede a seus direitos. 9.1-27A aplicao do principio em comportamento e ao 10.1-11.1

VII. O problema do papel dos sexos luz da retirada do vu 11.2-16VIII. O problema de profanar a Ceia do Senhor 11.17-34IX. O problema de manifestaes espirituais que se originaram de uma abuso do dom de lnguas 12.1-14.40

A necessidade de diversidade 12.1-31A necessidade de amor 13.1-13A necessidade de controle 14. 1-40

X. O problema da ressurreio dos mortos 15.1-58XI. Concluindo observaes pessoais 16.1-24

2 Corntios (2Co)Autor: PauloData: Cerca de 55 - 56 dC

Contexto Histrico e Data2Co reflete, de vrias maneiras, o tratamento de Paulo com a Igreja de Corinto durante o perodo da fundao, por volta de 50 dC, at a redao desta epstola, em 55 ou 56 dC. Os vrios episdios na interaes entre Paulo e os corntios podem ser resumidos conforme a seguir:

A visita de Fundao a Corinto durou cerca de dezoito meses. At 18Paulo escreveu um epstola anterior a 1Co . (1Co 5.9)Paulo escreveu 1Co em feso por volta de 55 dCUma breve porm dolorosa visita a Corinto causou tristeza a Paulo e igreja (2Co 2.1; 13.2)Depois dessa dolorosa visita, Paulo escreveu um epstola severa, entregue por Tito (2Co 2.4; 7.6-8)Paulo escreveu 2Co da Macednia, durante seu caminho de volta a Corinto, em 55 ou 56 dCA visita final de Paulo a Corinto (At 20), provavelmente, tenha ocorrido quando ele escreveu Rm, pouco antes de voltar a Jerusalm. A visita dolorosa, que At no registra, e a carta severa fornecem pano de fundo imediato para a redao de 2Co.

No possumos a epstola Severa, embora alguns estudiosos tenha sugerido que 2Co 10-13 possa ter sido parte dela. Entretanto, no h evidncias manuscritas que fundamentos esse ponto de vista.

Caractersticas2Co a mais autobiogrfica das epstola de Paulo, contendo inmera referncias s dificuldades que ele enfrentou no curso de seu ministrio (11.23-33). Paulo as menciona para estabelecer a legitimidade de seu ministrio e para ilustrar a natureza de verdadeira espiritualidade.Ao defender seu ministrio, Paulo abre seu corao, mostrando sua profunda emoo. Ele revela o seu forte amor pelos corntios, seu zelo ardente pela glria de Deus, sua lealdade inflexvel verdade do evangelho e sua indignao implacvel ao confrontar aqueles que rompem o companheirismo da igreja. Sua vida estava inseparavelmente leigada de seus convertidos, e ele no era profissionalmente frio em seu ministrio ( 1.6; 5.13; 7.3-7;11.2; 12.14-15).

Contedo2Co consiste de trs partes principais. Os primeiros sete captulos contm a defesa de Paulo sobre a sua conduta e o seu Ministrio. A segunda parte, caps. 8-9, trata da oferta sendo levantada por Paulo para os santos pobres da Judia e a Terceira parte, os caps 10-13, contm uma mensagem de reprimenda aos caluniadores existentes na igreja.

Cristo ReveladoJesus o foco de nosso relacionamento com Deus. Todas as promessas de Deus para ns so sim em Jesus, e dizemos amm estas promessas (1.9-20). Jesus o Sim de Deus para ns e nosso Sim para Deus. Ns vemos a glria de Deus somente em Jesus e s nele somos transformados por essa glria (3.14,18), pois Cristo a prpria imagem de Deus (4.4-6). Deus veio at ns em Cristo, reconciliando o mundo consigo (5.19). Portanto, em Cristo que nos tornamos novas criaturas (5.17). Essa mudana foi realizada atravs do maravilhoso ato de graa de Deus, no qual Cristo, que no conheceu pecado, tornou-se pecado por ns, para que, nele, fossemos feitos justia de Deus(5.21).Ele tambm o foco de nosso servio a Deus. Proclamamos a Jesus como Senhor e ns mesmo como servos por seu amor a ele (4.5). Ns compartilhamos no apenas a vida e a glria de Cristo, mas tambm sua morte (4.10-12), sua disposio de ser fraco de modo que os outros pudessem experimentar o pode de Deus (13.3-4,9), e a sua disposio de empobrecer, de modo que os outros pudessem enriquecer (8.9). Ns experimentamos sua fraqueza, mas tambm sua fora, medida que procuramos levar cativo todo entendimento obedincia de Cristo (10.5)Mais uma vez, Ele o foco de nossa presente vida neste mundo, onde experimentamos simultaneamente em nosso corpo mortal a mortificao do Senhor Jesus tanto quanto sua vida (4.10-11).Por fim, Jesus o foco de nossa vida futura, pois seremos ressuscitados com Jesus (4.14), que o marido da igreja (11.2) e o juiz de todos os homens (5.10).

O Esprito Santo em AoO ES o poder do NT (3.6), pois ele torna real para ns as ~provises presentes e futuras de nossa salvao em Cristo, atravs do dom do penhor do Esprito em nossos coraes, ns asseguramos que todas as promessas de Deus so Sim em Cristo e que somos ungidos e selados como pertencendo a ele (1.20-22). A experincia presente do Esprito especificamente um penhor do corpo glorificado que receberemos um dia (5.1-5).Ns no apenas lemos a respeito da vontade de Deus na letra das Escrituras, pois a letra (sozinha) mata. O Esprito que vivifica (3.6) muda nossa maneira de viver abrindo nossos olhos realidade viva que lemos. Portanto, experimentamos progressivamente e incorporamos a vontade de Deus e ns mesmo nos tornamos epstolas de Cristo, conhecida e lida por todos os homens (3.2).Quando nos submetemos obra do ES, experimentamos um milagre. Achamos que onde est o Esprito do Senhor, a h liberdade (3.17). H liberdade pra contemplar a glria revelada do Senhor e para nos transformarmos mais e mais de acordo com a imagem que contemplamos. O ES nos d liberdade para vermos e liberdade para sermos o que Deus quer que sejamos (3.16-18).A obra do ES evidente na renovao interna diria (4.16), no conflito espiritual (10.3-5) e nos sinais, prodgios e maravilhas do ministrio de Paulo (12.12). Paulo terminou sua epstola com uma bno, que inclua a comunho (companheirismo) do ES (13.13). Isso poderia indicar um sentido da presena do Esprito ou, mais provavelmente, um deleite de companheirismo que o Esprito nos d com Cristo e com todas as pessoas que amam a Cristo.

Esboo de 2 Corntios

I. Saudao 1.1-2II. Explicao do Ministrio de Paulo 1.3-7.16

Consolao e sofrimento 1.3-11Mudanas de Planos 1.12-2.4Perdoando o ofensor 2.5-11Perturbao em Trade 2.12-13Natureza do ministrio cristo 2.14-7.4Deleitando-se com o relatrio de Corinto 7.5-16

III. Generosidade ao dar 8.1-9.15

Macednios e Jesus como exemplos 8.1-9Cumprindo as boas intenes 8.10-12Compartilhando recursos 8.13-15Uma delegao honrada 8.16-24Preparao conveniente do dom 9.1-5Bno de dar 9.6-16

IV. Defesa e uso da autoridade apostlica 10.1-13.10

Repreenso por avaliao superficial 10.1-11Repreenso por comparaes tolas 10.12-18Zelo de Deus pela Igreja 11.1-4Comparao com falsos apstolos 11.5-15Tolerncia mal orientada dos corntios 11.16-21Jactncia relutante de Paulo 11.22-12.13Anncio da terceira visita 12.14-13.10

V. Saudaes finais 13.11-14

Glatas (Gl)Autor: PauloData: Cerca de 55 - 56 dC

DestinatriosGlatas a nica carta que Paulo endereou especialmente a uma grupo de Igrejas. A Galcia no era uma cidade, mas uma regio da sia Menor, que inclua vrias cidades. Seu nome originou-se no Sc. III aC, quando uma tribo de pessoas da Glia migrou para o local. No sc. I dC, o termo Galcia era usado geograficamente pra indicar a regio centro-norte da sia Menor, onde os glios tinha se estabelecido; politicamente, designava a provncia romana na parte centro-sul da sia Menor. Paulo enviou esta carta para as igrejas na provncia da Galcia, uma rea que inclua as cidades de Antioquia, Icnia, Listra e Derbe.

DataA questo da data de Glatas depende principalmente da correlao de 2.1-10 com a visitas de Paulo a Jerusalm registradas em At. Embora o cap. 2 posse ser identificado com a chegada da fome em At 11.30, so encontradas poucas dificuldades para relacionar a carta com os acontecimentos de At 15. Paulo provavelmente tenha escrito a carta por volta de 55 ou 56 dC, quando estava na Macednia ou em Corinto, em sua terceira viagem missionria.

ContedoGlatas contm divises biogrficas, doutrinrias e prticas de dois captulos cada.Na primeira seo (caps. 1-2), Paulo defende sua autoridade apostlica.Na segunda seo, doutrinria, (caps 3-4), Paulo apresenta uma srie de argumentos e ilustraes para provar a inferioridade da lei em relao ao evangelho e para estabelecer o verdadeiro propsito da Lei.Na terceira, aplicao prtica da doutrina ( caps. 5-6), Paulo exorta os glatas pra usarem adequadamente sua habilidade cristo e para no abusarem da mesma. Ao invs de dar lugar ao pecado, o evangelho fornece meios para se obter a justia que a Lei exige.Cristo ReveladoPaulo ensina que Jesus coloca aqueles que tm f nele (1.16; 3.26) em uma posio de liberdade (2.4; 5.1), libertando-os da servido ao legalismo e libertinagem. A principal nfase do apstolo est na crucificao de Cristo como base para a libertao do crente da maldio do pecado (1.4; 6.14), do prprio eu (2.20) e da lei (3.12; 4.5). Paulo tambm descreve uma dinmica unio de f com Cristo (2.20), visivelmente retratada no batismo (3.28). Em relao pessoa de Cristo, Paulo declara tanto sua divindade (1.1,3,16) quanto sua humanidade (3.16; 4.4), que ele prprio revelou a Paulo (1.12).

O Esprito Santo em AoOs judaizantes estavam errados sobre as formas de santificao, bem como a forma de justificao. Uma passagem importante 3.2-3, em que Paulo pergunta aos Glatas, que prontamente admitiram que tinham iniciado sua vida crist atravs do Esprito, por que eles estavam buscando maturidade espiritual realizando obras da lei. O que ele quer dizer que o mesmo esprito que os regenerou faz com que a nova vida deles cresa.Em 3.5, Paulo faz um pergunta semelhante relacionada ao ES. A linguagem que ele usa indica uma experincia do Esprito que se estendeu alm da recepo inicial dos glatas. O verbo d sugere um fornecimento contnuo com generosidade, enquanto opera indica que Deus continuava a fazer maravilhas atravs dos crentes cheios do Esprito que no tinha se entregado ao legalismo. A palavra maravilhas refere-se s manifestaes carismticas do Esprito evidenciadas por sinais externos, como os descritos em 1Co 12-14. A frase a promessa do Esprito, em 3.14, tambm foi usada por Pedro pra explicar o derramamento do ES no Pentecostes (At 2.33).Estes versos ensinam que receberemos o Esprito atravs da f e que Ele continua a se manifestar no poder medida que caminhamos na f.Em 5.16-25, Paulo descreve um conflito feroz e constante entre a carne, a nossa natureza propensa ao pecado, e o Esprito que habita em ns. Somente o ES, quando nos submetemos passivamente ao seu controle e caminhamos ativamente nele, pode nos permitir morrer pela carne (vs. 16-17), nos libertar da tirania da lei (v.18) e fazer com que o fruto da santidade cresa em nossas vidas (vs.22-23).Esta seo (5.16-25) faz parte da exortao de Paulo em relao ao uso adequado da liberdade crist. Separada da obra do ES de controlar e santificar, a liberdade certamente acabar em libertinagem.Esboo de Glatas

I. Introduo 1.1-10

Saudao 1.1-5Desero dos glatas 1.6-7Denncia contras os judaizantes 1.8-9Declarao da integridade de Paulo 1.10

II. Biografia: Paulo defende sua autoridade 1.11-2.21

A fonte de sua autoridade 1.11-24O reconhecimento de sua autoridade 2.1-10A manifestao de sua autoridade 2.11-21

III. Doutrina: Paulo defende seu evangelho 3.1-4.31

Com discusso 3.1-4.11Por apelo 4.12-20Por alegoria 4.21-31

IV. Prtica: Paulo exorta os glatas 5.1-6.10

Para usar adequadamente sua liberdade crist 5.1-15Para caminhar atravs do Esprito 5.16-26Para carregar os fardos dos outros 6.1-10

V. Concluso 6.11-18

advertncia contra os legalistas 6.11-13Centralidade da cruz 6.14-16Marcas de um apstolo 6.17Bno 6.18Efsios (Ef)Autor: PauloData: Cerca de 6061 dCAntecedentesfeso era um importante porto da sia Menor, localizado perto da atual Izmir. Tratava-se de uma das sete igrejas a quem Jesus endereou suas cartas em Ap 2-3, um fato relevante para estudar esta epstola, uma vez que ela circulou originalmente para quase o mesmo grupo de igrejas.Embora Paulo j tivesse estado em feso antes (At 18.21), ele foi ministrar l pela primeira vez no inverno de 55 dC. L ele ministrou por dois anos inteiros (At 19.8-10), desenvolvendo um relacionamento to profundo com os efsios que sua mensagem de despedida a eles uma das passagens mais emocionantes da Bblia (At 20.17-38).

Ocasio e DataEnquanto estava preso em Roma, Paulo escreveu Efsios, Filipenses, Colossenses e Filemom. Confinado e aguardando julgamento (3.1; 4.1; 6.20), o apstolo escreve esta carta encclica para se lida por vrias congregaes. Efsios e, provavelmente, a mesma carta mencionada em Cl 4.16 como estando presente em Laodicia ao mesmo tempo em que circulava.

ContedoA mensagem pulsante de Efsios para louvor de sua (Cristo) glria (1.6,12,14). A palavra glria ocorre oito vezes e refere-se grande excelncia de Deus, sua sabedoria e seu poder. O objetivo magnfico est na publicao do compromisso de Jesus de construir uma igreja gloriosa, madura e de um ministrio sem mcula, nem ruga (5.27).Efsios revela o processo pelo qual Deus est trazendo a igreja para seu objetivo destinado em Cristo. Os passos bsicos de amadurecimento so dados na direo do compromisso da igreja de lutar conta os poderes do mal: 1) antes da igreja ir para a guerra, ela deve andar; e 2) antes de andar, a igreja aprende onde ela est.a carta divide-se em duas sees: 1) a oposio do crente, caps 1-3 e 2) a prtica do crente caps. 4-6.

Cristo ReveladoEf foi chamado de Os Alpes do NT, O grande Cnon da Escritura e O pice real das Epstolas, no somente por seu grande tema, mas devido majestade do Cristo revelado aqui. Cap. 1: Ele o redentor (1.7), aquele em quem e por quem a histria ser definitivamente consumida (1.10); e ele o Senhor ressuscitado que no apenas ressuscitou dos mortos e do inferno, mas que reina como Rei, derramando sua vida atravs de seu corpo, a igreja a expresso atual dele mesmo na Terra (1.15-23). Cap. 2: Ele o pacificador que reconciliou o homem com Deus e que tambm torna possvel a reconciliao entre os homens (2.11-18); e ele a principal pedra da esquina do novo templo, que consiste de seu prprio povo sendo habitado pelo prprio Deus (2.19-22). Cap. 3: Ele o tesouro em que so encontradas as riquezas inescrutveis da vida (3.8); e ele o que habita nos coraes humanos, garantindo-nos o amor de Deus (3.17-19); e ele o vencedor que acabou com a capacidade do inferno de manter a humanidade cativa (4.8-19). Cap. 5: Ele o marido modelo, dando-se sem egosmo para realar sua noiva sua igreja (5.25-27, 32). Cap.6: Ele o Senhor, poderoso na batalha, o recurso de fora para seu povo enquanto eles se armam para a batalha espiritual (6.10).

O Esprito Santo em AoComo com Cristo, o ES revelado em um ministrio bastante amplo e atravs do crente. Em 1.13, ele o selador, autorizando o crente a representar Cristo; em 1.17 e 3.5, ele o revelador, iluminando o corao para aprender o propsito de Deus; em 3.16, ele o doador, a quem Cristo d fora; em 4.3, ele o Esprito da unidade, desejando sustentar a ligao de paz no corpo de Cristo; em 4.30, ele o Esprito de santidade, que pode se entristecer por insistncia de ocupaes carnais; em 5.18, ele a fonte atravs da qual todos deve ser continuamente cheios; em 6.17-18. Ele que d a Palavra como espada para uma batalha e o assistente celeste que nos foi concedido para nos ajudar a orar e a intervir at que obtenhamos a vitria.

Esboo de Efsios

Saudao de abertura 1.1-2I. A posio do crente em Cristo 1.3-14

Bnos de total redeno 1.3-8Parceria no propsito de Deus 1.9-14

II. A orao do apstolo por discernimento 1.15-23

Para coraes que vem com esperana 1.15-23Para a experincia que compartilha da vitria de Cristo 1.19-21A igreja: o copo de Cristo 1.22-23

III. O passado, presente e futuro do crente 2.1-22

A ordem passada dos mortos que vivem 2.1-3A nova ordem da vida amorosa de Deus 2.4-10A antiga separao e falta de esperana 2.11-12A nova unio e paz atual 2.13-18A Igreja: Edifcio de Cristo 2.19-22

IV. O ministrio e mensagem do apstolo 3.1-13

O ministrio concedido a Paulo 3.1-7O ministrio que dado a cada crente 3.8-13

V. A orao de poder do Apstolo 3.14-21

Por fora atravs do ES 3.14-16Por f e amor atravs da habitao de Cristo 3.17-19A igreja e glria de Deus 3.20-21

VI. A responsabilidade do crente 4.1-16

Para alcanar a unidade com diligncia 4.1-6Para aceitar a graa e dons com humildade 4.7-11Para crescer no ministrio como parte do corpo 4.12-16

VII. O chamado do crente para a pureza 4.17-5.14

Ao recusar a falta de inclinao mundana 4.17-19Ao tirar o velho e colocar o novo 4.20-32Ao Brilhar como filhos da luz 5.8-14

VIII. A vocao do crente para a vida cheia do Esprito 5.15-6.9

Buscar a vontade e sabedoria de Deus 5.15-17Manter a plenitude do Esprito atravs de louvor e humildade 5.18-21Conduzir todos os relacionamentos de acordo com a ordem de Deus 5.22-6.9

IX. A vocao do crente para a batalha espiritual 6.10-20

A realidade da batalha invisvel 6.10-12Armadura para o guerreiro 6.13-17A Ao envolvida na batalha 6.18-20

Observaes finais 6.21-24.Filipenses (Fp)Autor: PauloData: Cerca de 61 dC

AntecedentesAt 16.12-40 registra a fundao da igreja de Filipo. Paulo estabeleceu a igreja durante sua segunda viagem, por volta de 51 dC. Desde o comeo, a igreja apresentava um forte zelo missionrio e era constante em seu apoio ao ministrio de Paulo (4.15-16; 2Co 11.8-9). Paulo desfrutou de uma amizade mais prxima com os filipenses do que com qualquer outra igreja.

Ocasio e Data mas provvel que Paulo tenha escrito esta carta durante sua primeira priso romana, por volta de 61 dC, para agradec-los pela contribuio que tinha recebido deles. Ele tambm elogiou calorosamente Epafrodito, que tinha trazido a doao de Filipos e quem Paulo estava enviando de volta.

CaractersticasEm muitos aspectos, esta a mais bela cara de Paulo, cheia de ternura, calor e afeio. Seu estilo espontneo, pessoal e informal, apresenta-nos um dirio ntimo das prprias experincias espirituais de Paulo.A nota dominante por toda a cara a alegria triunfante. Paulo, embora prisioneiro, era muito feliz, e invocava seus leitores para sempre regozijarem em Cristo. uma carta tica e prtica em sua nfase e est centralizada em Jesus. Para Paulo, Cristo era mais do que um exemplo; ele era a prpria vida do apstolo.

ContedoA mensagem permanente dos filipenses diz respeito natureza e base de alegria crist. Para Paulo, a verdadeira alegria no uma emoo superficial que dependeu de circunstncias favorveis do momento. A alegria crist independente de condies externas, e possvel mesmo em meio a circunstncias adversas, como sofrimento e perseguio.A Alegria definitiva surge da comunho com Cristo ressuscitado e glorificado. Por toda a carta, Paulo fala da alegria do Senhor, enfatizando que somente atravs de Cristo se alcana a alegria, como ocorre com todas as outras graas crists. Essencial para essa alegria a convico confiante de autoridade de Cristo, baseada na experincia do poder de sua ressurreio. Devido essa convico, a vida de Paulo ganhou sentido. Mesmo a morte tornou-se uma amiga, pois o levaria a uma maior experincia da presena de Cristo (1.21-23)A alegria apresentada em filipenses envolve uma expectativa vida da volta eminente de Cristo. O fato de essa expectativa ser dominante no pensamento de Paulo vista em suas cinco referncias volta de Cristo. No contexto de cada referncia h uma nota de alegria (1.6,10; 2.16; 3.20; 4.5).Paulo tambm descreve uma alegria que surge da comunho na propagao do evangelho. Ele comea a carta agradecendo aos filipenses pro sua parceria na propagao do evangelhos atravs de suas ofertas monetrias. As ofertas, entretanto, so apenas uma expresso de seu esprito de comunho, ou como ele coloca em 4.17, o fruto que aumente nossa conta. Sendo assim, a alegria crist uma conseqncia de estar em comunho ativa com o corpo de Cristo.Cristo ReveladoPara Paulo, cristo a soma e a substancia da vida. Pregar Cristo era sua grande paixo; conhece-lo era sua maior aspirao; sofrer por ele era um privilgio. Seu principal desejo para seus leitores era de que eles pudessem ter a mente de Cristo. Para sustentar sua exortao de humildade, o apstolo descreve a atitude de Cristo, que renuncia glria dos cus para sofrer e morrer por nossa salvao (2.5-11). Ao faz-lo, ele apresenta a declarao mais concisa do NT em relao pr-existncia, encarnao e exaltao de Cristo. So realadas tanto a divindade quanto a humanidade de Cristo.

O Esprito Santo em AoA obra do Esprito em trs reas mencionada na carta. Primeiro, Paulo declara que o Esprito de Jesus direcionar a realizao do propsito de Deus em sus prpria experincia (1.19). O Esprito Santo tambm promove unidade comunicao com o corpo de Cristo (2.1). A participao comum nele cria uma unidade de propsito e mantm uma comunidade de amor. Ento, em contraste com a observncia ritual inerte dos formalistas, o Esprito Santo inspira e direciona o louvor dos verdadeiros crente (3.3)

Esboo de Filipenses

Introduo 1.1-11

Salvao 1.1-2Ao de graas 1.3-8Orao 1.9-11

I. Circunstncia da priso de Paulo 1.12-26

Avanaram o evangelho 1.12-18Garantiram a bnos 1.19-21Criaram um dilema para Paulo 1.22-26

II. Exortaes 1.27-2.18

Vida digna do evangelho 1.27-2.4Reproduzir a mente de Cristo 2.5-11Cultivar a vida espiritual 2.12-13Cessar com murmrios e questionamentos 2.14-18

III. Recomendaes e planos pra os companheiros de Paulo 2.19-30

Timteo 2.19-24Epafrodito 2.25-30

IV. Advertncias contra o erro 3.1-21

Contra os judaizantes 3.1-6Contra o sensualismo 3.17-21

Concluso 4.1-23

Apelos finais 4.1-9Reconhecimento das ddivas dos filipenses 4.10-20Saudaes 4.21-22Bno 4.23

Colossenses (Cl)Autor: PauloData: Cerca de 61 dC

AntecedentesPaulo nunca tinha visitado Colossos, uma pequena cidade na provncia da sia, cerca de 160 km de feso. A igreja foi uma conseqncia de seu ministrio de trs anos em feso, por volta de 52 55 dC (At 19.10; 20.31). Epafras, um nativo da cidade e provavelmente convertido pelo apstolo, talvez tenha sido o fundador e lder da igreja ( 1.7-8; 4.12-13). A igreja aparentemente se reunia na casa de Filemom (Fm 2).

Ocasio e DataEstudiosos conservadores acreditam que esta carta foi escrita em sua primeira priso romana, por volta de 61 dC.Em algum momento da priso de Paulo, Epafras solicitou sua ajuda para lidar com a falsa doutrina que ameaaca a igreja em Colossos (2.8-9). Aparentemente, essa heresia era um mistura de paganismo e ocultismo, legalismo judaico e Cristianismo. O erro parece com uma antiga forma de gnosticismo, que ensinava que Jesus no era nem completamente Deus e nem completamente homem, mas apenas um dos seres semidivinos que ligavam o abismo entre Deus e o mundo.

CaractersticasNenhum outro livro do NT apresenta mais completamente autoridade universal de Cristo ou a defende tanto cuidado. Combativo em tom e abrupto em estilo, Colossenses tem uma semelhana prxima com Ef em linguagem e assunto. Mais de setenta dos 155 versos de Ef contm expresses que ecoam em Cl. Por outro lado, Cl tem vinte e oito palavras que no se encontram em mais nenhum outro lugar escrito de Paulo, e trinta e quatro que no se encontra em lugar nenhum do NT.

ContedoOs falsos mestres em Colossos tinha rebatido algumas das principais doutrinas do Cristianismo, nada menos que a divindade, a autoridade absoluta e suficincia de Cristo. Cl apresenta Cristo como o Senhor supremo cuja suficincia o crente encontra perfeio (1.15-20). Os primeiros dois captulos apresentam e defendem essa verdade; os ltimos dois desvendam as implicaes prticas.A supremacia de Jesus Cristo depende da unicidade dele com o eterno e amado Filho e Herdeiro de Deus (1.13,15). Nele habita a totalidade dos atributos, essncia e poder divinos (1.19; 2.9). Ele a revelao e representao exata do Pai, e tem prioridade em tempo e primazia em categoria sobre toda a criao (1.5). Sua suficincia depende de sua superioridade. A convico da soberania absoluta de Cristo impulsionou a atividade missionria de Paulo (1.27-29).Paulo declara a autoridade de Cristo de Trs formas primarias, proclamando, ao mesmo tempo, sua adequao. Primeiro, Cristo o Senhor de toda a criao. Sua autoridade criativa abrange todo o universo material e espiritual (1.16). Como isso inclui os anjos e planetas (1.16; 2.10), Cristo merece ser louvado ao invs dos anjos (2.18). Alm disso, no h motivo para temer os poderes espirituais demonacos ou buscar supersticiosamente a proteo deles, pois Cristo neutralizou o poder deles na cruz (2.15), e os colossenses compartilhavam de seu triunfante poder de ressurreio (2.20). Como soberano e potestade suficiente, Cristo no apenas o Criador do universos, mas tambm o preserva (1.17), seu princpio de unio e meta (1.16).Em segundo lugar, Jesus o superior na igreja como seu Criador e Salvador (1.18). Ele a vida e lder dela, e a igreja s deve submeter-se a ele. Os colossenses dever permanecer arraigados a ele ( 2.6-7) ao invs de se encantarem com especulaes e tradies vazias (2.8,16-18)Em terceiro lugar, Jesus supremo na salvao (3.11). Nele somem todas as distines criadas pelo homem e caem as barreiras. Ele transformou os cristos em uma nica famlia onde os membros so iguais em perdo e adoo; ele quem importa, em primeiro e em ltimo lugar. Portanto, contrrio heresia, no h qualificaes ou exigncias especiais para vivenciar o privilgio de Deus (2.8-20).Os caps. 3-4 lidam com as implicaes prticas de Cristo na vida diria dos colossenses. Paulo usa a palavra Senhor nove vezes em 3.1-4.18, o que indica que a supremacia de Cristo invade cada aspecto de seus relacionamentos e atividades.

Cristo ReveladoPaulo eleva Cristo como o centro e circunferncia de tudo que existe. O encarnado Filho de Deus, ele a revelao e representao exata do Pai (1.5), bem como a encarnao da total divindade (1.19; 2.9). Ele, que Senhor da criao (1.16), da igreja (1.18), e da salvao (3.11), habita os crentes e sua esperana e glria (1.27). O supremo criador e mantenedor de todas as coisas (1.16-17) tambm um salvador suficiente para seu povo (2.10)

O Esprito Santo em AoCl tem uma nica referncia explcita ao ES, usada em associao com o amor (1.8). Alguns sbio tambm entendem sabedoria e inteligncia espiritual em 1.9 em termos de dons do Esprito. Para Paulo, a autoridade de Cristo na vida do crente a evidncia mais crucial da presena do Esprito.

Esboo de Colossenses

I. Introduo 1.1-14

Salvao 1.1-2Orao de louvor pela f dos colossenses 1.3-8Orao de petio pelo crescimento deles em Cristo 1.9-14

II. Apresentao da supremacia de Cristo 1.15-2.7

Na criao 1.15-17Na igreja 1.18Na reconciliao 1.19-23No ministrio de Paulo 1.24 2.7

III. Defesa da supremacia e suficincia de Cristo 2.8-23

Contra a falsa filosofia 2.8-15Contra o legalismo 2.16-17Contra o louvor aos anjos 2.18-19Contra o ascetismo 2.20-23

IV. Supremacia de Cristo exigida na vida Crist 3.1-4.6

Em relao a Cristo 3.1-8Em relao igreja local 3. 9-17Em relao famlia 3.18-21Em relao ao trabalho 3.22-4-1Em relao sociedade no crist 4.2-6

V. Concluso 4.7-18

Companheiros de Paulo 4.7-9Saudaes finais 4.10-15Exortaes e bnos finais 4.16-18

1 Tessalonicenses (1Ts)Autor: PauloData: Cerca de 50 dC

Origem da Igreja em TessalnicaO evangelho chegou Europa pela primeira vez em 49 dC. Isso aconteceu quando em sua segunda viagem missionria, Paulo e seu grupo responderam viso noturna do homem macednio e navegaram de Trade para a ilha egia de Samotrcia e, depois para Nepolis (At 16.8-12) Aqui, o apstolo encontrou a negociante Ldia, exorcizou o esprito de adivinhao de uma jovem escrava e foi publicamente espancado e erroneamente preso. Ao saber que Paulo e Silas eram cidados romanos, as autoridade imperiais se desculparam, libertaram os apstolos e os incitaram a deixar a cidade (At 16.13-40).Viajando cerca de 150 km em direo a sudeste, Paulo e Silas chegaram a Tessalnica. Como tinha por costume, relata Lucas, Paulo foi para a sinagoga do local e pregou durante vrias semanas, argumentando que Jesus, o filho do carpinteiro de Nazar, era de fato o Ungido o Messias prometido h muito pelas escrituras (At 17.1-3). Aqui, Paulo estabelece a segunda maior igreja do continente europeu.Tendo recebido o nome da irm de um rei macednio no final do sc. IV aC, a cidade de tessalnica era a capital do distrito da provncia romana da Macednia e possua um excelente porto natural . Localizava-se na famosa via Egnatia, uma grande estrada militar romana que ia desde a costa balcnica ocidental at a atual Istambul. E era governada por politarcas - uma classe de oficiais peculiar regio. (At 17.6 magistrados da cidade).Os lderes Judeus no estavam contentes com a mudana dos seguidores da sinagoga . Eles ento fizeram acusaes de que Paulo e seu grupo tinham virado o mundo de cabea para baixo - Uma acusao muito sria, muito prxima da rebelio civil do que o dano pblico sugerido pelo longo uso de palavras familiares. Chamar Jesus de Senhor era empregar um ttulo de outra forma aplicado ao imperador: Todos estes procedem contra os decretos de Csar, dizendo que h outro rei, Jesus (At 17.7) Muito possivelmente, as autoridades romanas que revisaram o caso tenha includo os maridos das mulheres distintas persuadidas por Paulo. A ira deles pode ter piorado as hostilidades judaicas.Como no conseguiram encontrar Paulo, seu anfitrio Jasom foi preso, de modo que Paulo ter de pagar fiana. noite, Paulo e Silas partiram secretamente para Beria100 km a sudeste. Mas, logo que os judeus de Tessalnica souberam que a palavra de Deus tambm era anunciada por Paulo em Beria, foram l e excitaram as multides (At 171.3). Portanto em trs cidades sucessivamente Filipos, Tessalnica e Beria Paulo e seu grupo partiram em meio inquietao civil e tiveram seu trabalho interrompido no meio. Foi essa a recepo inicial do evangelho no continente europeu.

DataDos clculos baseados na inscrio de Glio uma cpia pblica de uma carta do imperador romano ao procnsul de Acaia Pode-se afirma que 1 Ts foi escrito em 50 ou 51 dC

Caractersticas e ContedoEscrita primeiro em um tom de alvio e gratido, o livro marcado pelo agradecimento em relao ao crescimento da igreja na ausncia forada de Paulo. A carta no contm um teologia elaborada como Rm, nenhuma repreenso ou heresia ameaadora como Gl, nem conselhos pastorais extensivos como em 1Co.Os caps. 1-3 ensaiam as lembranas de Paulo sobre seu ministrio entre eles, sua preocupao com o estado da f que eles tinham, a comisso de Timteo para voltar a igreja, seu deleite notvel em saber da f inabalvel delesOs caps. 4-5 contm as exortaes caractersticas sobre assuntos como pureza sexual (4.1-8; 5.23), caridade responsvel ( 4.9-12), estima e apoio aos lderes (5.12-13), pacincia e prestabilidade em relao vrias necessidades humanas (5.14-15).A resposta de Paulo encheu de esperana e, portanto, de consolo, aqueles que choravam pela perda de pessoas queridas. Os mortos em Cristo, na verdade, seriam os primeiros a serem ressuscitados. Os cristos vivos se uniriam a eles e seriam arrebatados para encontrar o Senhor no ar este estar para sempre com ele, Um grande Consolo!.A linguagem de Paulo descrevendo a vinda de Jesus dista dois milnios do vocabulrio da tecnologia urbana. O povo mediterrneo do sc. I estava bastante acostumado a chegada (vinda) esplendorosa, alegre e antecipada de um visitante ral. No dia indicado, os cidados sairiam da cidade para encontra o visitante real que vinha com um amplo cortejo. Grito de aclamao e boas-vindas surgiriam medida que ele passasse, e aqueles que rodeassem a estrada ento se uniriam ao monarca que iria a um determinado. Ali seriam feitos reconhecimentos e premiaes especiais (2.19). Havia alegria e admirao com a chegada esplendorosa do rei. Assim h de ser quando os vivos e os mortos forem para cima, para encontrar o rei que vem do cu.O tema da volta de Cristo, embora concentrado em 4.13-18, tambm abordado em 5.1-11. Na verdade, a vinda de Cristo acontece de um final de carta (1.10) ao outro (5.23). Cada captulo em 1 Ts refere-se a esse acontecimento futuro decisivo.

Deus Pai ReveladoDeus, o Pai (1.1,3; 3.11,13), a fonte da ira e do desagrado (2.15-16) queles que se opem a ele, mas para aqueles que o servem, ele o receptor de agradecimentos (1.2; 2.13; 3.9) e origem da salvao (5.9), coragem (2.2), paz (5.23) e aprovao (2.4). Deus ressuscitou Jesus e ressuscitar os mortos que confiaram nele (1.10; 4.14). Ele o Deus vivo e genuno (1.9), oposto de dolos (1.9), a testemunha incontestvel (2.5). A vontade de Deus se relaciona com a pureza moral (4.3,7), mas tambm com a ao de graas contnuas (5.18). Sua palavra, o evangelho de Deus(2.2,8-9) notadamente chega atravs de palavras humanas (2.13; 4.8). Em 1Ts, como em vrios lugares da Bblia, Deus a fonte e o fim de tudo o que se relaciona com a vida natural e espiritual.Cristo ReveladoJesus o Filho de Deus (1.10), cuja morte e ressurreio (1.10; 2.14-15) fornecem um exemplo aos crentes que sofrem agora (1.6; 2.14-15) mas que, como ele mesmo, sero ressuscitados no futuro (1.10; 4.14,16). Os crentes de antes e de agora tm uma posio espiritual mstica no Senhor (1.1,3; 4.1; 5.18), que, todavia, pratica o suficiente para ser a base do respeito pra governar os ancios (5.12). A graa vem de Cristo (5.28).Mas, acima de tudo, em 1Ts Cristo surge como o Rei que volta, o conquistador dos mortos, cuja volta esperada co cu (1.10) d conforto aos aflitos (4.17-18; 5.11) e alegria aos que o esperam (2.19-20). Esse ser seu dia, o Dia do Senhor (5.2; 2Ts 2.2, Dia de Cristo).

O Esprito Santo em AoTodos os cristos podem afirmar que foi Deus quem nos deu tambm o seu ES (4.8). O Esprito inspira alegria mesmo quando em meio aflio (1.6). Quando o evangelho chegou em Tessalnica , ele no veio somente em palavras, mas tambm em poder, e no Esprito Santo, e em muita certeza (1.5), sugerindo uma mistura balanceada de discusso intelectual, o poder do Esprito (provavelmente com sinais e maravilhas) e profunda resposta pessoal. 1Ts 5.19-21 releva um carter vivamente carismtico do louvor em Tessalnica a atividade proftica que alguns estavam inclinados a conquistar, mas para o que Paulo pede aceitao verificada: suas palavras deveriam ser lidas a todos os santos irmos (5.27).

Esboo de 1 Tessalonicenses

I. Comeo tpico da carta 1.1II. Lembrana do Ministrio de Paulo 1.2-3.13

Agradecimentos f, esperana e caridade dos tessalonicenses 1.2-10Como Paulo ministrou l 2.1-12Agradecimentos pela resistncia dos tessalonicenses 2.13-16Ansiedade de Paulo pelos tessalonicenses 2.17-20Misso de Timteo e Alvio de Paulo 3.1-10Esperana contnua de Paulo de ver os tessalonicenses 3.11-13

III. A espera da volta de Cristo 4.1-5.11

Para o presente: qualidades de estilo de vida 4.1-12Para o futuro: a volta de Cristo 4.13-5.11

IV. Conselhos finais 5.12-28

Respeito pelos lderes 5.12-13Paz na comunidade 5.13Ajuda aos necessitados 5.14Vivncia crist 5.15-22.2 Tessalonicenses (2Ts)Autor: PauloData: Cerca de 50 dC.Autor e Data1 e 2Ts so bastante semelhantes em linguagem, sugerindo que Paulo escreveu a segunda carta algumas semanas aps a primeira. A volta do Senhor de importncia central em ambas as cartas. 1Ts revela que alguns tessalonicenses estavam perplexos com a morte de pessoas amadas e temendo perder a volta do Senhor Jesus. Em 2Ts, surge um problema diferente, relacionado volta do Senhor.Tanto em 1Ts como em 2Ts (1.4-7), est claro que os crentes sofreram algumas perseguies e opresso da mesma forma que Paulo e Silas. A preocupao de Paulo cm a estabilidade espiritual da igreja o levou a enviar Timteo e a expressar, escrevendo a primeira carta, uma alegre satisfao por conhecer sua sade espiritual (1Ts 2.17-3.10). A estabilidade e persistncia e pacincia em meio as adversidades, atraam o louvor e a gratido freqentes do apstolo (1Ts 1.3; 2Ts 1.4). Ainda assim, havia preocupaes evidentes sobre as atitudes desequilibradas relacionadas com a volta do Senhor.Ouvimos, diz Paulo (2.11), que alguns entre vs andam desordenadamente, no trabalhando... Pelo visto, parar de trabalhar era instigado por uma doutrina errnea de que algum, desarmado, tinha trazido para Tessalnica uma doutrina que anunciava que o Dia de Cristo estivesse perto (2.2). Tal doutrina pode ter uma origem falsamente reivindicada pelos carismticos (por esprito 2.2). Ou pode ter surgido em uma carta falsamente atribuda a Paulo.Qualquer que seja a fonte da doutrina errnea, Paulo rapidamente escreveu 2Ts para ressaltar a maneira correta de compreender a volta do Senhor. Esse dia, esclarece ele, no acontecer at que determinados acontecimentos ocorram. Em primeiro lugar, haver uma apostasia e, mais importante, o homem do pecado ser reveladoO filho da perdio (2.3). Essa figura, chamada de anticristo nas cartas de Joo, se autodenominar Deus(2.4). Ele enganar muitos, pois ter grandes poderes, incluindo a capacidade de realizar prodgios (2.9). O esprito de tal figura, o ministrio da injustia (2.7) j operava nos dias de Paulo. Mas um poder no identificado claramente pelo apstolo resiste e controla o homem do pecado de forma a impedi-lo de interferir na consumao do curso dos acontecimentos humanos por Deus atravs da volta de Cristo na segunda vinda.Duas vezes em 2Ts (2.15; 3.16). O apstolo apela para a tradio - crenas fixas dentro das igrejas como uma verificao sobre a doutrina carismtica. Freqentemente nas cartas tessalonicenses, ele relembra seus leitores a continuar com as coisas que ele ensinou antes (1Ts 2.11-12; 3.4; 2Ts 2.5,15; 3.4,6,10,14). J nessas cartas, provavelmente os mais antigos livros do NT a serem escritos, est se desenvolvendo um corpo de crenas crists definidas.2Ts, se escrito apenas algumas semanas depois de 1Ts, tambm teria sido escrita por volta de 50 dC.

Deus Pai ReveladoComo em outros lugares do NT, Deus visto como Pai (1.1; 2.16) a fonte de graa (1.12) e amor (3.5) e objeto de agradecimento (1.3; 2.13). Ele escolheu (2.13) aqueles em seu Reino (1.5) e os torna dignos de seu chamamento de salvao (1.11), mas tambm restituiu os malfeitores (1.6) e permite a iluso queles que desprezam a verdade (2.11) e que no conhecem (1.8). As igrejas so dele (1.4) elas descansam nele (1.1).

Cristo ReveladoA co-igualdade de Cristo com Deus recebe ateno especial neste livro. Pai e Filho juntos so a fonte da graa e da paz (1.2,12; 3.16,18), consolo e estabilidade (2.16,17), amor e pacincia (3.5). Embora a igreja seja geograficamente localizada em tessalnica, sua posio espiritual encontra-se em Deus, nosso Pai, e no Senhor Jesus (1.1; 3.12). Como em 1Ts, o Senhor Jesus vir de novo (1.7,10; 2.1); e ele, com o assopro de sua boca (2.8), derrotar o homem do pecado no momento de sua volta (2.8) e tomar vingana daqueles que no conhecem a Deus (1.8).

O Esprito Santo em AoNa nica referncia direta ao ES, em 2TS Paulo engrandece a Deus pelos tessalonicenses, cuja seleo para a salvao por Deus desde o incio o apstolo descreve pormenorizadamente como santificao do Esprito e f da verdade (2.13). A obra de santificao do ES pode ser vista como uma maneira de encarar a inteno de Deus de salvar seu Povo.A declarao proftica do Esprito, ou assim afirmada (2.2), sempre deve ser testada (1 Ts 5.20,21; 1Co 14.29).

Esboo de 2 Tessalonicenses

I. Comeo tpico da carta 1.1-4

autores 1.1Endereos 1.1Saudaes 1.2Ao da Igreja 1.3-4

II. Doutrina 1.5 2.12

Conseqncia da vinda 1.5-12Indicaes da vinda 2.1-12

III. Exortao 2.13-3.16

estabilidade 2.13-17 orao 3.1-5Contra ociosidade 3.6-13 disciplina 3.14-15 paz 3.16

IV. Comentrios finais 3.17-18

Uma assinatura de crdito 3.17Um desejo de graa 3.18

1 Timteo (1Tm)Autor: PauloData: Cerca de 64 dC

AntecedentesEm sua primeira viagem missionria, Paulo e Barnab pregaram em Listra, uma cidade da Licanica, e obtiveram em meios s perseguies sucesso. provvel que uma judia chamada Lide, e sua filha Eunice, tenha se convertido a Cristo durante esse ministrio. Eunice era casada com um gentio, com quem ele teve Timteo, provavelmente seu nico filho. Era evidente que Timteo tinha recebido os ensinamentos da religio judaica, mas seu pais recusou-se a permitir que o filho fosse circuncidado. Desde o incio desenvolveu-se um relacionamento bastante prximo entre Paulo e Timteo.Quando Paulo retornou a Listra, ele encontrou Timteo como membro da igreja local, altamente recomendado por seus lderes ali e em Icnio. Sob a sugesto do ES, Paulo adicionou Timteo a seu grupo apostlico. Como eles iam ministrar entre os judeus, Paulo advertiu Timteo a ser circuncidado, no por causa da justia, mas para evitar ofender os judeus, uma vez que sua me era judia.

AutorTodas as Epstolas Pastorais (1Tm, 2Tm, Tt) nomeiam o apstolo Paulo como seu autor. Alm disso, a antiga tradio insiste unanimemente que Paulo as escreveu.

DataPaulo visitou feso por volta de 63 dC, aps ser libertado de usa primeira priso romana. Logo em seguida, ele partiu, deixando Timteo responsvel pela igreja de l. Ele provavelmente tenha escrito a carta em 64 dC.

ContedoO trabalho para o qual Paulo nomeou Timteo envolveu srias dificuldades, e ele achou necessrio escrever uma carta de instruo a seu jovem colaborador que enfrentava problemas. Na carta, ele ensinou Timteo como combater os falsos mestres, como ordenar o culto da igreja, como escolher os lderes da igreja e como lidar prudentemente com as diferentes classe na igreja e como lidar prudentemente com as diferentes classes na igreja. Timteo deveria ensinar a f apostlica e levar uma vida exemplar o tempo todo.

Cristo ReveladoA divindade de Jesus evidente, pois Paulo o iguala a Deus, o Pai (1.1-2; 3.16) e proclama sua soberania universal e natureza eterna (6.15-16). Jesus a fonte da graa, misericrdia e paz (1.12,14), que comandou o apostolado de Paulo (1.1) e o capacitou para o ministrio (1.12). Cristo tanto Senhor (1.2,12,14; 5.21; 6.3,14,15) quando salvador (1.1,15), que se deu a si mesmo em preo de redeno por todos (2.6). Em virtude de seu trabalho de redeno, ele o nico mediador entre Deus e os homens (2.5), a maneira de acessar a Deus. Ele, que se faz carne, ascendeu ao cu (3.16). Por enquanto, ele nossa esperana (1.1), e a promessa de sua volta um incentivo fidelidade no ministrio e pureza na vida (6.14).O Esprito Santo em AoAs referncias diretas ao ES em 1Tm so raras, mas ele estava operando desde o comeo da igreja em feso (At 19.1-7). As intercesses (2.1) so oraes que envolvem a assistncia do ES (Rm 8.26,27). A declarao o Esprito expressamente diz (4.1) ressalta a atividade contnua do ES e a sensibilidade de Paulo a suas sugestes. Em 4.14, Paulo relembra Timteo do dom que lhe foi dado atravs da profecia, uma capacidade especial de ministrar concedida como um carisma do Esprito quando colocaram as mos nele. Alm disso, um bom testemunho (3.7) tambm incluiria o lder ser cheio do ES, tal como exigido na nomeao de lderes (At 6.3).

Esboo de 1 Timteo

Introduo 1.1-20I. Instrues relacionadas igreja 2.1-3.16

Seu culto 2.1-15Seus lderes 3.1-13Sua funo em relao verdade 3.14-16

II. Instruo relacionada aos deveres pastorais 4.1-6.10

Em relao igreja como um todo 4.1-16Em relao s vrias classes na igreja 5.1-6.10

III. Exortaes finais 6.11-21

Para manter a f e militar na f 6.11-21Para apresentar as reivindicaes de Cristo aos ricos 6.17-19Para guardar a verdade 6.20-21

2 Timteo (2Tm)Autor: PauloData: Cerca de 66 - 67 dC

AntecedentesAt podemos determinar, Paulo foi libertado da priso romana pouco depois de At ter sido escrito e empenhou-se em viagens missionrias, viajando at a Espanha. Durante a era das perseguies iniciadas por Nero em 64 dC, Paulo foi preso de novo, provavelmente em Trade (4.13), e levado pra Roma. As circunstncias de sua segunda priso foram bastantes diferentes daqueles de seu primeiro encarceramento. Anteriormente, ele estava em sua prpria casa alugada e podia receber visitantes livremente, mas agora estava confinado a um masmorra e os amigos quase no conseguiam v-lo. Antes, ele esperava ser solto, mas agora ele esperava a morte (4.6-8). Ao escrever esta carta, somente Lucas estava com Paulo (4.11), tendo todos os outros partidos por vrios motivos.

Ocasio e DataA carta originou-se devido preocupao de Paulo com as necessidade de Timteo, bem como suas prprias. Ele lembrou Timteo de suas responsabilidade e o advertiu a se entregar de corpo e alma sua tarefa. Em relao a si mesmo, Paulo necessitava de algumas coisas pessoais (4.13) e, em sua solido, desejava ver Timteo e Marcos (4.9-11). H pouca dvida sobre Paulo ter escrito esta carta pouco antes de sua morte. Portanto, como provvel que ele tenha sido executado antes da morte de Nero em 68 dC, a carta deve ser datada de 66/67.

CaractersticaEmbora Paulo seja conciso e direto, ele tambm meigo, caloroso e carinhoso. 2Tm revela emoes de Paulo mais do que seu intelecto, pois seu corao estava falando. Conseqentemente, a carta no era um produo literria ordenada bem planejada, mas sim uma nota pessoal contendo a ltima vontade e o testamento do apstolo.

Cristo ReveladoPara Paulo, o evangelho contm mais do que declaraes e proposies: Cristo (1.8). As bnos espirituais, como a graa, a misericrdia, a paz e mesmo a vida em si, residem nele e derivam dele (1.1-2,9-10,13,16,18; 2.1). Jesus veio para a terra como homem (2.8) para ser nosso Salvador (1.10; 2.10; 3.15) e foi ressuscitado (2.8) logo aps sua morte. Ele fiel queles que o seguem (1.12; 2.11-12; 4.17-18,22) e coerente com seu propsito (2.12,13). Ele tambm concede a compreenso espiritual (2.7). Cristo aparecer em sua segunda vinda como o juiz justo (4.1,8; 4.14,16).

O Esprito Santo em AoO ES deu a Timteo um dom e Paulo o exortou a us-lo ativamente (1.6). Alm disso, o ES concede poder, amor e moderao (1.7). O ES que em ns habita nos permite ser fiis ao evangelho confiado a ns e garantir sua pureza (1.13,14).

Esboo de 2 Timteo

I. Introduo 1.1-5

Saudao 1.1-2Ao de graas 1.3-5

II. Fidelidade face s dificuldades 1.6-14

Devido natureza da experincia crist 1.6-8Devido grandeza do evangelho 1.9-11Devido ao exemplo de Paulo 1.12-14

III. Fidelidade face deseres 1.15-2.13

O exemplo de Onesforo 1.15-18O carter da obra de Timteo 2.1-7A obra redentora de Cristo 2.8-13

IV. Fidelidade face ao erro 2.14-4.8

Erro doutrinrio 2.14-26Erro prtico 3.1-4.8

V. Concluso 4.9-22

Instruo 4.9-13Advertncia 4.14-15Explicao 4.16-18Saudaes 4.19-21Bno 4.22

Tito (Tt)Autor: PauloData: Cerca de 64 dC

Antecedentes estranho que uma pessoa cujo nome esteja listado entre os livros do NT seja to pouco conhecida. Mesmo que Tito fosse companheiro e um valioso colaborador de Paulo, no existe nenhuma meno a seu respeito em Atos.Tito era grego e evidentemente um convertido de Paulo. O fato de Tito no ser circuncidado (Gl 2.3) indica que ele no foi criado no judasmo, nem tornou-se um proslito. Paulo tinha muita estima por Tito e o apostolo se inquietava quando havia pouco ou nenhuma notcia sobre as atividades e o paradeiro do jovem.

Ocasio e DataEmbora o NT no registre um ministrio de Paulo em Creta, passagens como 1.5 indicam claramente que ele e Tito conduziram uma misso l. Ess campanha provavelmente tenha acontecido em alguns momentos durante 63-64 dC, aps a libertao de Paulo de sua primeira priso em Roma. Como tinha pouco tempo, Pa