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ENDARTERECTOMIA DE CARÓTIDA Abordagem Anestésica
Magda Lourenço FernandesCET da Santa Casa de BH
Indicações
Reduzir sintomas de isquemia cerebral e prevenir AVC
Paciente assintomáticos: controvérsia
Morbidade peri-operatória
Isquemia cerebral: 3 a 5% > AVC > AIT > assintomático HAS mal controlada Hipo ou hipertensão pós-op. 50% déficits: primeiras 4 hs PO
IAM per-op: 0 a 4% principal causa mortalidade
Avaliação pré-operatória
Função miocárdica e risco potencial de isquemia: exames invasivos são necessários?
Paciente assintomático Angina instável, IAM, ICC, doença valvar Doença coronariana e carotídea graves:
qual operar primeiro?
Visita pré-anestésica
Reduzir ansiedade FC e PA : níveis aceitáveis Medicação de uso habitual: manter Aspirina: evita IAM e AIT Algum novo sintoma CV?
Objetivos associados à cd anestésica
Proteção contra isquemia cerebral e miocárdica
Controle PA e FC Supressão da resposta cirúrgica à dor
e ao stress
Monitorização
ECG (II e V5) PIA PVC e PCP Acesso periférico (16G)
Técnica Anestésica
Anestesia geral ou Anestesia Regional?
Anestesia Geral
Indução lenta Evitar estímulo laringoscopia: esmolol Manutenção: N2O (50%) + inalatório (< 0,5
CAM) Curarização: adespolarizante, acão cuta-
intermediária Propofol: > estabilidade hemodinâmica
Anestesia Geral Controle hemodinâmico: evitar hipo e hipertensão Drogas de curta ação: fenilefrina e
efedrina / Nitroprussiato de sódio e nitroglicerina
Reposição hídrica (5 ml/kg) Titulação cuidadosa de anestésicos Manter CO2 e glicose normais
Anestesia Geral
Clampagem carotídea: manter PA alta , FSC Se estenose contralateral grave: PA 10-20% >
valor basal Cuidado c/ uso vasopressores: FC, cons O2,
risco de IAM Manipulação seio carotídeo: bradicardia e
hipotensão súbitas infiltrar lidocaína
Anestesia Geral
Despertar lento Extubação somente após estabelecer
integridade neurológica Hipertensão e taquicardia: tratar PAS>200mmhg = isquemia miocárdica
Monitorização Neurológica
Pressão no tronco da ACI (<50 = hipo-perfusão) FS regional cerebral (antes, durante e após
clampagem) EEG (EEG 16 canais ou EEG processado) PESS (FSC= amplitude e latência) US Doppler Transcraniano (mede velocidade
FS e detecta embolia ACM em >90%)
Anestesia Regional
Bloqueio do Plexo Cervical ( dermátomos C2 a C4)
Bloqueio superficial e/ou profundo Paciente acordado = avaliação
neurológica contínua (nível consciência e força muscular)
Bloqueio do Plexo Cervical
Anatomia do plexo cervical
Bloqueio do plexo cervicalÁrea de inervação do plexo cervical
Bloqueio do plexo cervical
Relação com Músculos Cervicais
Bloqueio do Plexo Cervical
Ramificações do plexo cervical
Bloqueio do Plexo Cervical
Bloqueio do Plexo Cervical Profundo
Bloqueio Plexo Cervical Superficial
Anestesia Regional - Vantagens
> estabilidade hemodinâmica (PA basal, PA durante clampagem)
necessidade shunt < necessidade de monitorização cerebral < tempo ocupação BC e UTI < tempo internação hospitalar Aceitação paciente (92%)
Anestesia Regional - Limitações
Requer cooperação do paciente Sedação deve ser mínima Convulsão ou nível consciência durante
clampagem Inadequado acesso às vias aéreas Impossibilidade de proteção cerebral com
anestésicos Anatomia cervical difícil
Anestesia Regional - Complicações
Bloqueio nervo frênico Síndrome de Horner (bloq do nervo simpático
cervical) Punção da artéria vertebral Punção subaracnóidea ou peridural Hematoma
Anestesia Geral X Regional
Incidência de AVC e taxa de óbito : não difere
Considerar características do paciente e experiência cirurgião e anestesista
A Geral: > instabilidade hemodinâmica e > complicações cadiopulmonares
Anestesia Regional: Quais sedativos usar?
BZD: Diazepam, Midazolan Opióides: Fentanil, Remifentanil (2 a 3g/kg/h) Neurolépticos: Droperidol , Haloperidol Hipnóticos: Propofol* (1mg/kg/h) Agonista : Dexmedetomidina**
*Krenn H et al. Remifentanil or propofol for sedation during carotid endarterectomy under cervical plexus block. British Journal of Anaesthesia 2002; 89:637-40
**Bekker AY et al. Dexmedetomidine for awake carotid endarterectomy: efficacy, hemodynamic profile, end side effects. Jorunal of Neurosurgical Anesthesiology, 2004; 16:126-35
Bloqueio do plexo cervical: superficial, profundo ou ambos?
Stoneham MD et al. Prospective, randomized comparison of deep or superficial cervical plexus block for carotid endarterectomy surgery. Anestesiology 1999; 90:1790-91
Pandit JJ et al. A Comparison of Superfical Verus Combiner Cervical Plexus Block. Anesthesia & Analgesia 2000; 91:781-86
Pandit JJ et al. Spread of inject with superficial cervical plexus block in humans: na anatomical study. British Journal of Anaesthesia 2003; 9: 733-5
Bloqueio do plexo cervical: superficial, profundo ou ambos?
Profundo: > incidência complicações Superficial: > satisfação do paciente Ambos requerem infiltração complementar Estudos sugerem que são igualmente eficazes O espaço superficial cervical comunica-se com
o espaço cervical profundo O bloqueio cervical superficial deve ser feito
abrangendo a fáscia e não apenas no SC
Bloqueio do Plexo Cervical: Qual é o anestésico local de escolha?
Bupivacaína - 0,25 a 0,37% Lidocaína - 1 a 2% Ropivacaína* - 0,75 a 1%
*Leoni A et al. Cervical plexus anesthesia for carotid endarterectomy: comparison of ropivacaine and mepivacaine. Canadian Journal of Anaestheia, 2000; 47:185-7
Administração per-op de Heparina
Dose clássica: 5000 U Dose variável: 44 - 116 U/kg Controle da anticoagulação: TCA Grande variação do TCA: Após 15 min = 175 a 425
seg, após 1 hora = 170 a 390 seg Incidência de ocorrências neurológicas (39%, nenhum
AVC) e de hematoma baixa (5,7% com 0,7% re-op) É necessário reverter a heparina?
Poisik A et al. Safety and efficacy of fixed-dose heparin in carotid endarterectomy. Neurosurgery, 1999; 40:434-41
OBRIGADA!