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[email protected] professorcarlosluzardo carlosluzardo 51 99955.7502 18 AULA Grupo de Redação • 2018 ENEM 2010 O que é trabalho escravo Escravidão contemporânea é o trabalho degradante que envolve cerceamento da liberdade A assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, representou o fim do direito de propriedade de uma pessoa sobre a outra, acabando com a possibilidade de possuir le- galmente um escravo no Brasil. No entanto, persistiram situações que mantêm o traba- lhador sem possibilidade de se desligar de seus patrões. Há fazendeiros que, para reali- zar derrubadas de matas nativas para forma- ção de pastos, produzir carvão para a indús- tria siderúrgica, preparar o solo para plantio de sementes, entre outras atividades agrope- cuárias, contratam mão de obra utilizando os contratadores de empreitada, os chamados “gatos”. Eles aliciam os trabalhadores, servin- do de fachada para que os fazendeiros não sejam responsabilizados pelo crime. Trabalho escravo se configura pelo traba- lho aliado ao cerceamento da liberdade. Este segundo fator nem sempre é visível, uma vez que não mais se utilizam correntes para prender o homem à terra, mas sim ameaças físicas, terror psicológico ou mesmo as grandes distâncias que separam a propriedade da cidade mais próxima. O futuro do trabalho Esqueça os escritórios, os salários fi xos e a aposentadoria. Em 2020, você trabalhará em casa, seu chefe terá menos de 30 anos e será uma mulher. Felizmente, nunca houve tantas ferramentas disponíveis para mudar o modo como tra- balhamos e, consequentemente, como vivemos. E as transformações estão acontecendo. A crise despedaçou companhias gigantes tidas até então como modelos de administração. Em vez de grandes conglomerados, o futuro será povoado de empresas menores reunidas em torno de projetos em comum. Os próximos anos também vão consolidar mudanças que vêm acontecendo há algum tempo: a busca pela qualidade de vida, a preocupação com o meio ambiente, e a vontade de nos realizarmos como pessoas também em nossos trabalhos. “Fa- lamos tanto em desperdício de talentos?”, diz o filósofo e ensaísta suíço Alain de Botton em seu novo livro The Pleasures and Sorrows of Works (Os prazeres e as dores do trabalho, ainda inédito no Brasil). INSTRUÇÕES Seu texto tem de ser escrito à tinta, na folha própria. Desenvolva seu texto em prosa: não redija narração, nem poema. O texto com até 7 (sete) linhas escritas será considerado texto em branco. O texto deve ter, no máximo, 30 linhas. O Rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita da língua portuguesa sobre o tema O Trabalho na Construção da Dignidade Humana, apresen- tando experiência ou proposta de ação social, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu pon- to de vista.

AULA Grupo de Redação • 2018 · Atualmente, ganha quase a metade do que recebia no emprego anterior. "Acho que a minha idade pesa para uma recolocação de emprego, mas o momento

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professorcarlosluzardo carlosluzardo

51 99955.750218AULA Grupo de Redação • 2018

ENEM 2010

O que é trabalho escravo

Escravidão contemporânea é o trabalho degradante que envolve cerceamento da liberdade

A assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, representou o fi m do direito de propriedade de uma pessoa sobre a outra, acabando com a possibilidade de possuir le-galmente um escravo no Brasil. No entanto, persistiram situações que mantêm o traba-lhador sem possibilidade de se desligar de seus patrões. Há fazendeiros que, para reali-zar derrubadas de matas nativas para forma-ção de pastos, produzir carvão para a indús-tria siderúrgica, preparar o solo para plantio de sementes, entre outras atividades agrope-cuárias, contratam mão de obra utilizando os contratadores de empreitada, os chamados “gatos”. Eles aliciam os trabalhadores, servin-do de fachada para que os fazendeiros não sejam responsabilizados pelo crime.

Trabalho escravo se confi gura pelo traba-lho aliado ao cerceamento da liberdade. Este segundo fator nem sempre é visível, uma vez que não mais se utilizam correntes para prender o homem à terra, mas sim ameaças físicas, terror psicológico ou mesmo as grandes distâncias que separam a propriedade da cidade mais próxima.

O futuro do trabalho

Esqueça os escritórios, os salários fi xos e a aposentadoria. Em 2020, você trabalhará em casa, seu chefe terá menos de 30 anos e será uma mulher.

Felizmente, nunca houve tantas ferramentas disponíveis para mudar o modo como tra-balhamos e, consequentemente, como vivemos. E as transformações estão acontecendo. A crise despedaçou companhias gigantes tidas até então como modelos de administração. Em vez de grandes conglomerados, o futuro será povoado de empresas menores reunidas em torno de projetos em comum. Os próximos anos também vão consolidar mudanças que vêm acontecendo há algum tempo: a busca pela qualidade de vida, a preocupação com o meio ambiente, e a vontade de nos realizarmos como pessoas também em nossos trabalhos. “Fa-lamos tanto em desperdício de talentos?”, diz o fi lósofo e ensaísta suíço Alain de Botton em seu novo livro The Pleasures and Sorrows of Works (Os prazeres e as dores do trabalho, ainda inédito no Brasil).

INSTRUÇÕES

Seu texto tem de ser escrito à tinta, na folha própria. Desenvolva seu texto em prosa: não redija narração, nem poema. O texto com até 7 (sete) linhas escritas será considerado texto em branco. O texto deve ter, no máximo, 30 linhas. O Rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.

Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita da língua portuguesa sobre o tema O Trabalho na Construção da Dignidade Humana, apresen-tando experiência ou proposta de ação social, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu pon-to de vista.

Topa tudo por trabalho: brasileiros aceitam salários menores e postos sem carteira para driblar desempregoTrabalhos informais e por conta própria já superam o emprego formal no Brasil

Há cerca de dois anos, enviar currículos para diferentes empresas virourotina diária da engenheira hídrica Leilane Rocha Abreu, de 32 anos.Natural de Diamantina, em Minas Gerais, ela se mudou para o Rio deJaneiro, em 2012, após receber uma boa oferta de emprego paratrabalhar como terceirizada na Petrobras. Porém, acabou sendodispensada em 2016 depois que estourou a crise na petroleira,envolvida no maior esquema de corrupção do país. Do lado de fora daestatal, a situação tampouco era favorável. O país atravessava a piorrecessão das últimas décadas, com alto índice de desemprego e a áreade engenharia também amargava uma das piores fases. Cansada dasnegativas e da falta de oportunidades no seu setor, acabou optando,no início de 2017, por uma vaga de vendedora em uma loja deshopping durante um ano, ganhando um salário 70% menor do que oque recebia como engenheira.

Cláudia Lemos, de 46 anos, formada em gestão financeira, também foi uma das vítimas do desemprego recente. Foidemitida, em março de 2015, de uma empresa em São Paulo em que atuava há anos como supervisora de cobrança deveículo e só foi conseguir um novo emprego mais de um ano depois em um restaurante, como auxiliar administrativa ecuidadora do caixa. Assim como Leilane, ela teve que aceitar uma proposta de salário bem abaixo da sua anterior.

Atualmente, ganha quase a metade do que recebia no emprego anterior. "Acho que a minha idade pesa para umarecolocação de emprego, mas o momento ainda está difícil e não vejo muito oferta", conta Cláudia.Com oportunidades ainda escassas, em um país que fechou o ano passado com uma taxa de desemprego média de 2017 de12,7% - a maior da série história que começou em 2012 -, não são poucos o brasileiros que assim como Leilane e Cláudiaprecisaram aceitar esse desafio: trabalhar em posições para as quais são mais qualificados do que o exigido ou que tiveramque aceitar salários bem menores do que recebiam em empregos anteriores. É o que os especialistas chamam dedowngrade de carreira.Uma pesquisa realizada pelo site de anúncios de vagas de emprego Catho mostrou que 82% dos entrevistados afirmaramque, para se recolocar no mercado, têm aceitado ou aceitaria salários menores do que o emprego anterior. Já 30% disseramque chegaram a omitir informações sobre suas qualificações para poderem concorrer a vagas inferiores ao cargo quepossuíam anteriormente. Apenas 17% responderam que não aceitariam cargo e salário abaixo do anterior. A pesquisa foirealizada com 742 profissionais da base nacional da Catho e divulgada no fim do ano passado.Recrutadores e consultores de carreira coincidem que essa situação tem se tornado cada vez mais comum no país, quesomou 12,3 milhões de desempregados no último trimestre, mas que na hora de avaliar uma proposta é preciso pensar amédio prazo. "É normal que para não ficar fora do mercado, ele aceite uma proposta com cargo ou salário abaixo do seuúltimo emprego, mas, de alguma forma, ele precisa se programar, avaliar se há alguma forma de crescer dentro da empresapara conseguir recuperar a queda de renda no futuro", explica Elen Souza, psicóloga e assessora de carreira da Catho.Para Emerson Dias, consultor de carreira, dar um passo para trás na carreira em tempos de crise, muitas vezes, não é umaquestão de opção e sim de necessidade. Entretanto, uma alternativa mais radical de mudar de segmento embute um riscomaior se a ideia é que esse passo seja transitório. "O risco é você não conseguir mais voltar para sua área. Quando vocêafasta, perde o contato, atualizações. Mas num momento como esse você sempre tem o argumento da crise. Não foi umatransição porque você quis, mas porque o mercado te obrigou", explica.

A crise no mercado de trabalho também tem levado a um aumento grande da informalidade no país. De acordo com dadosda Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, o trabalho informal, sem carteira assinada e por contaprópria foram os grandes responsáveis pelos empregos gerados no país em 2017.É o caso de Edson Maciel, de 39 anos, que após muitos anos trabalhando com carteira assinada, teve que partir para otrabalho por conta própria. Responsável por gerenciar uma frota de carros executivos do banco Itaú, em São Paulo, ele foidemitido em 2014 e, desde então, nunca mais conseguiu um trabalho registrado. Primeiro participou de uma sociedade coma mulher no setor do varejo, mas depois optou por ser motorista do aplicativo Uber. "Hoje ganho menos do que ganhava enão tenho mais nenhum benefício. Preciso pagar seguro de saúde para mim e todos da minha família. Se eu colocar na pontado papel, ganho 60% do meu último salário de carteira", conta Maciel que continua procurando uma recolocação nomercado e aguarda o resultado de um concurso público que prestou no último ano.Segundo o IBGE, somando os 11,1 milhões de trabalhadores que atuam sem carteira e os que resolveram trabalhar por contaprópria (23,1 milhões), o total é maior que o número de trabalhadores registrados. São 34,2 milhões de informais para 33,milhões de registrados. Os números revelam, que apesar de alguns indícios de melhora na economia brasileira nos últimosmeses, o mercado de trabalho ainda sofre com os efeitos da crise e, como é de costume, deve ser o último componente areagir ."Existe claramente uma entrada expressiva de pessoas trabalhando principalmente em ocupações voltadas para ainformalidade. Não temos ainda recuperação da carteira, não existe qualquer indício disso. Qualidade do emprego gerado,portanto, é questionável", afirmou em coletiva de imprensa nesta semana Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho eRendimento do IBGE.

Saiba quais carreiras estarão em alta até 2020Confira algumas carreiras e profissões que são garantia de empregabilidade e boa remuneração até o ano de 2020!

Decidir qual a carreira ideal ou aquela que trará a melhor oportunidade de emprego ao se formar é uma tarefa que envolve muitos fatores. Entre eles, certamente, é importante levar em conta como estará o mercado nos próximos anos e se determinada profissão estará em alta.Um das formas de saber se uma profissão estará em alta é consultar pesquisas como a da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), que ouviu mais de 400 empresas, representando mais de 2,2 milhões de empregados, para saber quais profissionais continuarão a ser contratados nos próximos anos. Foram entrevistados profissionais de Recursos Humanos e do setor operacional e pesquisa foi dividida nas áreas de Gestão e de Produção.Confira as carreiras e profissões que estarão em alta até 2020!

Área de GestãoDe acordo com a pesquisa da Firjan, os 10 setores de atuação que surgem com grandes possibilidades de contratação até o ano de 2020 são:

ComprasComercialTecnologia da Informação (TI)Serviços GeraisPlanejamentoAtendimento ao ClienteRecursos Humanos

MarketingComunicaçãoOuvidoriaÁrea de ProduçãoJá na área de produção, as oito áreas de atuação que aparecem com ótimas perspectivas para o futuro são:

EngenhariaProduçãoGestão de QualidadeProjetosPesquisa e DesenvolvimentoSegurança e Saúde OperacionalMeio AmbienteManutençãoProfissões em alta até 2020A pesquisa também se propôs a auxiliar os estudantes, listando algumas profissões que possuem índice expressivo de aumento na procura até o ano de 2020.

Confira abaixo a lista com as profissões que estarão em alta até 2020:

Supervisores de Produção em Indústrias de transformação de plásticoEngenheiros de Petróleo

Técnicos em Sistemas de InformaçãoTrabalhadores de tratamento de superfícies de metais e de compósitosEngenheiros de mobilidadeTécnicos em mecatrônicaBiotecnologistasEngenheiros ambientais e sanitáriosDesenhistas técnicos em eletricidade, eletrônica e eletromecânicaO levantamento da Firjan reforça o que todo mundo já sabe: para entrar e se manter competitivo no mercado, ter uma boa formação é fundamental, independentemente do cargo pretendido:

Para a área de produção, será muito difícil conseguir um bom emprego sem ao menos um curso técnico.Na área de gestão, é fundamental ter nível superior.Em ambos os casos, para assumir cargos de gerência e diretoria o candidato deverá ter ao menos uma pós-graduação.Dentre as melhores profissões constatou-se que cinco delas são de nível superior (Engenheiros de Petróleo, Técnicos em Sistemas de Informação, Engenheiros de mobilidade, Biotecnologistas, Engenheiros ambientais e Sanitários), duas delas são de nível médio/técnico (Técnicos em Mecatrônica e Desenhistas Técnicos em Eletricidade, Eletrônica e Eletromecânica) e duas delas são para profissionais com nível básico (Supervisores de Produção em Indústrias de transformação de plástico, Trabalhadores de tratamento de superfícies de metais e de compósitos).

Onde estudarOs cursos técnicos de nível médio são oferecidos por instituições públicas e privadas de todas as regiões do País e há programas do Governo Federal, como o Pronatec, que oferecem vagas em cursos técnicos gratuitos. Instituições do chamado “Sistema S” (Senai, Senac, etc.) costumam ter bons cursos técnicos. São inúmeras as opções de curso técnico,

você pode consultar todas as possibilidades no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos.

Se o seu objetivo é fazer uma faculdade, é importante escolher uma instituição autorizada e reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC). São milhares de opções em todo o País, com cursos presenciais e a distância.

Confira algumas instituições autorizadas pelo MEC a oferecer cursos superiores que estarão em alta:

Centro Universitário Anhanguera (ANHANGUERA)Universidade Estácio de Sá (UNESA)Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)Universidade Cidade de São Paulo (UNICID)Universidade de Franca (UNIFRAN)Faculdade Pitágoras (PITÁGORAS) – em Minas Gerais

No Brasil, 700 mil pessoas sofrem acidente de trabalho a cada anoDe 2012 a 2016, houve 3,5 milhões de casos, com 13,3 mil mortes, no Brasil. Afastamentos por licença médica custam R$ 22 bilhões aos cofres públicos. Operários da construção civil e caminhoneiros estão entre as vítimas mais frequentes

Descuido, falta de equipamentos de segurança e até exaustão provocam 700mil acidentes de trabalho por ano em todo o país. Dados levantados pelaPrevidência Social e pelo Ministério do Trabalho revelam a seriedade doproblema, que atinge trabalhadores de várias profissões. O Brasil é a quartanação do mundo que mais registra acidentes durante atividades laborais,atrás apenas da China, da Índia e da Indonésia. Desde 2012, a economia jásofreu um impacto de R$ 22 bilhões, por conta de pessoas afastadas de suasfunções após sofrerem ferimentos durante o trabalho. Se fossem incluídosos casos de acidentes em ocupações informais, esse número poderia chegara R$ 40 bilhões.De acordo com o Ministério da Fazenda, entre 2012 e 2016, foramregistrados 3,5 milhões de casos de acidente de trabalho em 26 estados e noDistrito Federal. Esses casos resultaram na morte de 13.363 pessoas egeraram um custo de R$ 22,171 bilhões para os cofres públicos com gastosda Previdência Social, como auxílio-doença, aposentadoria por invalidez,pensão por morte e auxílio-acidente para pessoas que ficaram comsequelas. Nos últimos cinco anos, 450 mil pessoas sofreram fraturasenquanto trabalhavam.

Por lei, as empresas são obrigadas a garantir a segurança de seus funcionários. Mas cabe também ao trabalhador informar a ausência de equipamentos adequados a situações perigosas. Os dados do governo levam em consideração a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), que divide as profissões em áreas de atuação. Portanto, não existe uma classificação específica para cada categoria profissional. Em 1966, o governo criou a Fundacentro, entidade ligada ao Ministério do Trabalho que tem como finalidade o estudo e a pesquisa das condições dos ambientes de trabalho.certidão de óbito não contém a causa exata da morte, nem o local onde ocorreu. Já entre o setor de serviços, as maiores vítimas de acidentes fatais ou incapacitantes são os motoristas profissionais, com destaque para condutores de caminhões e carretas. De acordo com dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, desde 2010, ocorrem, em média, 15 mil acidentes envolvendo motoristas do transporte de cargas, com 1,5 mil mortes por ano.

Para não integrar essa estatística macabra, o caminhoneiro Clovis Alves, de 42 anos, desistiu de viajar pelas estradas brasileiras. O trabalhador optou por rodar apenas no Distrito Federal após ser obrigado a sair da pista, na BR-101, para evitar uma colisão frontal com outro caminhão. Na ocasião, o motorista que vinha no sentido contrário, em uma via de mão dupla, dormia ao volante. “Há poucos metros de colidir, eu notei que ele dormia enquanto dirigia. Tive que jogar o veículo para uma pista lateral, de terra. Naquele dia eu fiquei traumatizado com a situação. Cheguei em casa e contei para a minha esposa, quesempre temia que eu sofresse um acidente. Durante esses anos, vi amigos morrerem nas estradas, e pessoas saqueando as cargas em meio à tragédia”, conta.

O gerente de Coordenação de Segurança no Processo de Trabalho da Fundacentro, José Damásio de Aquino, destaca que os números de acidentes laborais no Brasil são muito elevados. “O quadro é grave, pois, nos últimos anos, a quantidade de acidentes tem se mantido próxima de 700 mil por ano. É possível identificar queda de 2014 para 2015. Porém, a variação em apenas um ano é pouca para considerarmos que é uma tendência geral e que permanecerá pelos próximos anos”, explica.

O especialista ressalta que a situação pode se agrava por conta do número de trabalhadores que não são registrados. “É importante frisar que os dados sobre acidentes de trabalho, disponibilizados pela Previdência Social, cobrem apenas os segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que representam cerca de 70% da PEA (População Economicamente Ativa). Assim, podemos considerar que há uma subnotificação nos acidentes, pois muitos trabalhadores, especialmente os informais, não entram nas estatísticas”, completa o pesquisador.

Áreas

As áreas nas quais ocorrem mais acidentes são a construção civil e o setor de serviços. Na construção, o último dado sobre óbitos é de 2009, quando 395 trabalhadores morreram em serviço. Mas o número pode ser maior, já que, em muitos casos, aUma parceria entre a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) resultou em uma ferramenta que monitora em tempo real os dados sobre acidentes de trabalho no Brasil. O Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho informa pela internet a quantidade de acidentes, com mapa sobre as regiões onde mais ocorrem, custos para a Previdência Social e tipos de acidentes.Conforme o observatório, nos últimos cinco anos, 544 mil pessoas sofreram cortes e lacerações corporais em decorrência de acidentes durante o exercício da atividade profissional. Um dos criadores do site, o oficial de Projeto da OIT, Luis Fujiwara, destaca que as informações são importantes para criar políticas públicas com o objetivo de reduzir o número de acidentes e mortes nas organizações.

“Praticamente todos os acidentes de trabalho no Brasil poderiam ser evitados. Os números de ocorrências e de pessoas que ficam inválidas ou precisam de auxílio-doença são altíssimos. Isso tudo gera um prejuízo bilionário para a economia. Estimamos que, se forem contabilizados os números de empregos informais, o custo dos acidentes chega a R$ 40 bilhões”, revela.

5 exemplos da escravidão moderna, que atinge mais de 160 mil brasileiros

A maioria dos casos de escravidão moderna acontece na Ásia

O trabalho escravo foi banido em quase todos ospaíses, mas ainda existem muitas pessoas vivendosob essa condição ao redor do mundo.Entre as mulheres, as formas mais comuns dessaviolência são forçá-las a se casar, a fazer serviçosdomésticos ou a se prostituir. No caso dos homens,destaca-se o serviço em barcos da indústria da pesca.A chamada escravidão moderna atinge mais de 45,8milhões de pessoas no mundo, segundo a ediçãodeste ano do Índice Global de Escravidão, publicadopela Fundação Walk Free, da Austrália. A maioria(quase 35%) está na Ásia.Na América Latina, são 2,16 milhões de trabalhadores,

161,1 mil deles no Brasil - em 2014, eram 155,3 mil. Segundo o relatório, a incidência desse crime é maior nas áreas rurais nopaís, principalmente em regiões de cerrado e na Amazônia.A ONG destaca o pioneirismo do governo brasileiro na divulgação da "Lista Suja do Trabalho Escravo", que aponta empresasmultadas pela Justiça. A publicação da lista foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal em dezembro de 2014, mas o órgãoacabou liberando o material na semana passada.

A Walk Free define como escravidão "uma situação de exploração da qual não se consegue sair porque está sob ameaça,violência, coerção ou abuso de poder". Confira cinco exemplos levantados pela organização:1) Indústria da pesca e de frutos do marGrupos de defesa dos direitos humanos afirmam que milhares de pessoas são forçadas a trabalhar em barcos de pesca, ondepodem permanecer durante anos sem nem sequer poder ver a costa.As vítimas afirmam que, caso sejam flagradas tentando escapar, podem ser mortas ou lançadas ao mar.A Tailândia, terceiro maior exportador de frutos do mar do mundo, foi acusada de lotar seus barcos com birmaneses ecambojanos que foram obrigados a trabalhar como escravos.Intermediários costumam mentir prometendo empregos em fábricas, mas no fim levam as pessoas para barcos de pesca,segundo vítimas.Após escapar dos traficantes, um birmanês contou que foi forçado a entrar em um pequeno barco em mar aberto, onde tevede pescar por 20 horas diárias sem receber nada por isso."Eles diziam que qualquer um que tentasse escapar teria as pernas cortadas, as mãos, ou até seria morto", disse à BBC.

2) 'Fábricas de maconha' e salões de unhaOs números sugerem a existência de 10 mil a 13 mil vítimas de escravidão no Reino Unido, vindas de países como Albânia,Nigéria, Vietnã e Romênia.Acredita-se que cerca de 3 mil crianças vietnamitas estejam trabalhando em "fábricas de maconha" e salões de unha, ondeouvem que "suas famílias lamentarão muito" se escaparem.Uma das vítimas tinha 16 anos quando chegou ao país com a expectativa de ganhar dinheiro e mandar para a família. Mas,em vez disso, o rapaz foi forçado a trabalhar em uma "fábrica" de maconha, casas onde são cultivadas enormes quantidadesda planta.

"Lembro que perguntei ao homem que me levou ali se eu poderia ir embora, pois não gostava de ficar naquele lugar. Eleameaçou me bater ou me matar de fome", disse.Quando a polícia invadiu a casa, o jovem foi preso e foi acusado de crimes vinculados a drogas. Mas depois recebeu ajuda daorganização para proteção à infância NSPCC.

3) Escravidão sexualA Organização Internacional do Trabalho calcula que existam cerca de 4,5 milhões de vítimas de exploração sexual nomundo.Shandra Woworuntu, ativista contra o tráfico humano, foi forçada a se prostituir nos Estados Unidos em 2001. Ela saiu daIndonésia com a promessa de conseguir um trabalho na rede hoteleira, mas foi entregue a traficantes armados pelosintermediários que a receberam no aeroporto."Ouvi que tinha uma dívida de US$ 30 mil com eles e que pagaria US$ 100 a cada vez que servisse a um homem", explica.Depois de um tempo, Shandra conseguiu escapar e ajudou o FBI a localizar o bordel, onde outras pessoas eram escravizadas.Na República Dominicana, 25% dos turistas estrangeiros participam do comércio sexual - uma em cada quatro vítimas émenor de idade, segundo o estudo da Walk Free.O país e o Haiti têm o percentual mais alto de pessoas sob condições de trabalho escravo em relação à população - 1%.Ambos estão no oitavo lugar do Índice Global de Escravidão.

4) Obrigados a mendigarO relatório destaca que muitas crianças na Europa, Ásia, África, América Latina e Oriente Médio são forçadas por criminososa pedir esmolas nas ruas.Uma das vítimas disse aos investigadores: "Ainda que eu peça a esmola, eles não me pagam nada. Tenho que entregar paraeles tudo o que ganham. Eles não me alimentam direito e não posso dormir bem. Não me pagam por um trabalho, isso éservidão".

Outra conta: "Não podia dizer nada, tinha medo. Meu patrão ameaçou me castigar de forma severa se eu dissesse algo aalguém".

5) Em propriedades particularesGrande parte da escravidão moderna não é visível para o público - ela acontece em casas, fazendas ou outros tipos depropriedades particulares.Na semana passada, três pessoas da mesma família foram presas no Reino Unido por forçar um homem a trabalhar emtroca de um pagamento irrisório.Michael Hughes, de 46 anos, prestou serviços de construção para a família por mais de 20 anos. Ele disse que teve deviver em um galpão de 1 por 2 metros no jardim, sem aquecimento nem água, durante dois anos.No mês passado, um britânico começou a cumprir uma pena de dois anos de prisão por manter sua própria mulher sobservidão doméstica - é o primeiro caso do tipo de se tem conhecimento no país.Ela foi torturada, forçada a trabalhar e não podia sair de casa, segundo os promotores.

17/06/2018 Topa tudo por trabalho: brasileiros aceitam salários menores e postos sem carteira para driblar desemprego | Brasil | EL PAÍS Brasil

https://brasil.elpais.com/brasil/2018/02/02/politica/1517580002_384940.amp.html 1/8

Topa tudo por trabalho: brasileiros aceitamsalários menores e postos sem carteirapara driblar desempregoTrabalhos informais e por conta própria já superam o empregoformal no Brasil

Pessoas procuram vagas de empregos em cartazes no centro de São Paulo.

Fernando Bizerra Jr. (EFE)

HELOÍSA MENDONÇA

São Paulo - 5 FEB 2018 - 12:08 BRST

Há cerca de dois anos, enviar currículos para diferentes empresas

virou rotina diária da engenheira hídrica Leilane Rocha Abreu, de

32 anos. Natural de Diamantina, em Minas Gerais, ela se mudou

para o Rio de Janeiro, em 2012, após receber uma boa oferta de

BRASIL

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emprego para trabalhar como terceirizada na Petrobras. Porém,

acabou sendo dispensada em 2016 depois que estourou a crise na

petroleira, envolvida no maior esquema de corrupção do país. Do

lado de fora da estatal, a situação tampouco era favorável. O país

atravessava a pior recessão das últimas décadas, com alto índice

de desemprego e a área de engenharia também amargava uma

das piores fases. Cansada das negativas e da falta de

oportunidades no seu setor, acabou optando, no início de 2017,

por uma vaga de vendedora em uma loja de shopping durante um

ano, ganhando um salário 70% menor do que o que recebia como

engenheira.

17/06/2018 Topa tudo por trabalho: brasileiros aceitam salários menores e postos sem carteira para driblar desemprego | Brasil | EL PAÍS Brasil

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Cláudia Lemos, de 46 anos, formada em gestão financeira,

também foi uma das vítimas do desemprego recente. Foi

demitida, em março de 2015, de uma empresa em São Paulo em

que atuava há anos como supervisora de cobrança de veículo e só

foi conseguir um novo emprego mais de um ano depois em um

restaurante, como auxiliar administrativa e cuidadora do caixa.

Assim como Leilane, ela teve que aceitar uma proposta de salário

bem abaixo da sua anterior. Atualmente, ganha quase a metade

do que recebia no emprego anterior. "Acho que a minha idade

pesa para uma recolocação de emprego, mas o momento ainda

está difícil e não vejo muito oferta", conta Cláudia.

Com oportunidades ainda

escassas, em um país que

fechou o ano passado com

uma taxa de desemprego

média de 2017 de 12,7% - a

maior da série história que

começou em 2012 -, não são

poucos o brasileiros que

assim como Leilane e Cláudia

precisaram aceitar esse

desafio: trabalhar em

posições para as quais são

mais qualificados do que o

exigido ou que tiveram que

aceitar salários bem menores

do que recebiam em

empregos anteriores. É o que

os especialistas chamam de downgrade de carreira.

Uma pesquisa realizada pelo site de anúncios de vagas de

emprego Catho mostrou que 82% dos entrevistados afirmaram

que, para se recolocar no mercado, têm aceitado ou aceitaria

salários menores do que o emprego anterior. Já 30% disseram

que chegaram a omitir informações sobre suas qualificações para

poderem concorrer a vagas inferiores ao cargo que possuíam

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anteriormente. Apenas 17% responderam que não aceitariam

cargo e salário abaixo do anterior. A pesquisa foi realizada com

742 profissionais da base nacional da Catho e divulgada no fim do

ano passado.

Recrutadores e consultores de carreira coincidem que essa

situação tem se tornado cada vez mais comum no país, que

somou 12,3 milhões de desempregados no último trimestre, mas

que na hora de avaliar uma proposta é preciso pensar a médio

prazo. "É normal que para não ficar fora do mercado, ele aceite

uma proposta com cargo ou salário abaixo do seu último emprego,

mas, de alguma forma, ele precisa se programar, avaliar se há

alguma forma de crescer dentro da empresa para conseguir

recuperar a queda de renda no futuro", explica Elen Souza,

psicóloga e assessora de carreira da Catho.

Para Emerson Dias, consultor de carreira, dar um passo para trás

na carreira em tempos de crise, muitas vezes, não é uma questão

de opção e sim de necessidade. Entretanto, uma alternativa mais

radical de mudar de segmento embute um risco maior se a ideia é

que esse passo seja transitório. "O risco é você não conseguir

mais voltar para sua área. Quando você afasta, perde o contato,

atualizações. Mas num momento como esse você sempre tem o

argumento da crise. Não foi uma transição porque você quis, mas

porque o mercado te obrigou", explica.

Emprego com carteira é minoria

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17/06/2018 Topa tudo por trabalho: brasileiros aceitam salários menores e postos sem carteira para driblar desemprego | Brasil | EL PAÍS Brasil

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Após perder o emprego de carteira assinada, Edson Maciel se tornou motorista do

aplicativo Uber.

A crise no mercado de trabalho também tem levado a um

aumento grande da informalidade no país. De acordo com dados

da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua,

o trabalho informal, sem carteira assinada e por conta própria

foram os grandes responsáveis pelos empregos gerados no país

em 2017.

É o caso de Edson Maciel, de 39 anos, que após muitos anos

trabalhando com carteira assinada, teve que partir para o trabalho

por conta própria. Responsável por gerenciar uma frota de carros

executivos do banco Itaú, em São Paulo, ele foi demitido em 2014

e, desde então, nunca mais conseguiu um trabalho registrado.

Primeiro participou de uma sociedade com a mulher no setor do

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varejo, mas depois optou por ser motorista do aplicativo Uber.

"Hoje ganho menos do que ganhava e não tenho mais nenhum

benefício. Preciso pagar seguro de saúde para mim e todos da

minha família. Se eu colocar na ponta do papel, ganho 60% do

meu último salário de carteira", conta Maciel que continua

procurando uma recolocação no mercado e aguarda o resultado

de um concurso público que prestou no último ano.

Segundo o IBGE, somando os 11,1 milhões de trabalhadores que

atuam sem carteira e os que resolveram trabalhar por conta

própria (23,1 milhões), o total é maior que o número de

trabalhadores registrados. São 34,2 milhões de informais para 33,

milhões de registrados. Os números revelam, que apesar de

alguns indícios de melhora na economia brasileira nos últimos

meses, o mercado de trabalho ainda sofre com os efeitos da crise

e, como é de costume, deve ser o último componente a reagir .

"Existe claramente uma entrada expressiva de pessoas

trabalhando principalmente em ocupações voltadas para a

informalidade. Não temos ainda recuperação da carteira, não

existe qualquer indício disso. Qualidade do emprego gerado,

portanto, é questionável", afirmou em coletiva de imprensa nesta

semana Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento

do IBGE.

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17/06/2018 Descubra quais carreiras estarão em alta até 2020

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Guia da Carreira > Carreira

Saiba quais carreiras estarão em alta até 2020Confira algumas carreiras e profissões que são garantia de empregabilidade e boa remuneração até o anode 2020!

Decidir qual a carreira ideal ou aquela que trará a melhor oportunidade deemprego ao se formar é uma tarefa que envolve muitos fatores. Entre eles,certamente, é importante levar em conta como estará o mercado nos próximosanos e se determinada profissão estará em alta.

Um das formas de saber se uma profissão estará em alta é consultar pesquisascomo a da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), queouviu mais de 400 empresas, representando mais de 2,2 milhões de

empregados, para saber quais profissionais continuarão a ser contratados nos próximos anos. Foramentrevistados profissionais de Recursos Humanos e do setor operacional e pesquisa foi dividida nas áreasde Gestão e de Produção.

Confira as carreiras e profissões que estarão em alta até 2020!

Área de Gestão

De acordo com a pesquisa da Firjan, os 10 setores de atuação que surgem com grandes possibilidades decontratação até o ano de 2020 são:

• Compras• Comercial• Tecnologia da Informação (TI)• Serviços Gerais• Planejamento• Atendimento ao Cliente• Recursos Humanos• Marketing• Comunicação• Ouvidoria

Área de Produção

Já na área de produção, as oito áreas de atuação que aparecem com ótimas perspectivas para o futurosão:

• Engenharia• Produção• Gestão de Qualidade

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• Projetos• Pesquisa e Desenvolvimento• Segurança e Saúde Operacional• Meio Ambiente• Manutenção

Profissões em alta até 2020

A pesquisa também se propôs a auxiliar os estudantes,listando algumas profissões que possuem índice

expressivo de aumento na procura até o ano de 2020.

Confira abaixo a lista com as profissões que estarão em alta até 2020:

• Supervisores de Produção em Indústrias de transformação de plástico• Engenheiros de Petróleo• Técnicos em Sistemas de Informação• Trabalhadores de tratamento de superfícies de metais e de compósitos• Engenheiros de mobilidade• Técnicos em mecatrônica• Biotecnologistas• Engenheiros ambientais e sanitários• Desenhistas técnicos em eletricidade, eletrônica e eletromecânica

O levantamento da Firjan reforça o que todo mundo já sabe: para entrar e se manter competitivo nomercado, ter uma boa formação é fundamental, independentemente do cargo pretendido:

• Para a área de produção, será muito difícil conseguir um bom emprego sem ao menos um cursotécnico.• Na área de gestão, é fundamental ter nível superior.• Em ambos os casos, para assumir cargos de gerência e diretoria o candidato deverá ter ao menosuma pós-graduação.

Dentre as melhores profissões constatou-se que cinco delas são de nível superior (Engenheiros dePetróleo, Técnicos em Sistemas de Informação, Engenheiros de mobilidade, Biotecnologistas, Engenheirosambientais e Sanitários), duas delas são de nível médio/técnico (Técnicos em Mecatrônica e DesenhistasTécnicos em Eletricidade, Eletrônica e Eletromecânica) e duas delas são para profissionais com nívelbásico (Supervisores de Produção em Indústrias de transformação de plástico, Trabalhadores detratamento de superfícies de metais e de compósitos).

Onde estudar

Os cursos técnicos de nível médio são oferecidos por instituições públicas e privadas de todas as regiõesdo País e há programas do Governo Federal, como o Pronatec, que oferecem vagas em cursos técnicosgratuitos. Instituições do chamado “Sistema S” (Senai, Senac, etc.) costumam ter bons cursos técnicos.São inúmeras as opções de curso técnico, você pode consultar todas as possibilidades no CatálogoNacional de Cursos Técnicos.

Se o seu objetivo é fazer uma faculdade, é importante escolher uma instituição autorizada e reconhecidapelo Ministério da Educação (MEC). São milhares de opções em todo o País, com cursos presenciais e a

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Confira algumas instituições autorizadas pelo MEC a oferecer cursos superiores que estarão em alta:

• Centro Universitário Anhanguera (ANHANGUERA)• Universidade Estácio de Sá (UNESA)• Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)• Universidade Cidade de São Paulo (UNICID)• Universidade de Franca (UNIFRAN)• Faculdade Pitágoras (PITÁGORAS) – em Minas Gerais

Veja também:

Profissões do Futuro

Você pretende seguir alguma das profissões destacadas na pesquisa? Qual? Conte para a gente aqui noscomentários!

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