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[CURSO RETA FINAL] Questões Comentadas de Enfermagem Aula 04 (Enfermagem em Clínica Médica Parte 2) Professor Rômulo Passos https://www.facebook.com/ProfessorRomuloPassos Um novo olhar sobre a preparação para concursos na área da Enfermagem.

Aula IV Curso Reta Final Enfermagem-20131128-025208

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Questões de Enfermagem para concursos II.

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[CURSO RETA FINAL] Questões Comentadas de Enfermagem

Aula 04 (Enfermagem em Clínica Médica – Parte 2)

Professor Rômulo Passos

https://www.facebook.com/ProfessorRomuloPassos

Um novo olhar sobre a preparação para

concursos na área da Enfermagem.

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Crédito da imagem: www.maiscapasfacebook.com.br

Hoje levantei pensando...

Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.

Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição. Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício. Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo.

Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido. Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho.

Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades.

Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar. O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende só de mim.

Charles Chaplin

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Olá, amigo (a) concurseiro (a)!

Seja bem-vindo (a) mais uma aula do nosso curso “Reta Final - Questões Comentadas

de Enfermagem”. Todas as informações sobre o nosso curso encontram-se na primeira aula.

A leitura é importantíssima para que você possa entender o funcionamento e a metodologia

adotada. No entanto, se persistirem quaisquer dúvidas ou mesmo críticas e sugestões teremos

satisfação de respondê-las através do fórum de dúvidas ou do e-mail

[email protected].

Para o seu controle e planejamento, segue o cronograma dos temas que serão

trabalhados em nosso curso:

Nº Aulas Datas

1 Resíduos Sólidos em Saúde. Biossegurança. Métodos de Esterilização e

Desinfecção, Limpeza. Central de Material de Esterilização (gratuita). 07/11/13

2 Enfermagem em Clínica Médica - Parte nº 1 (gratuita). 13/11/13

3 Legislação em Enfermagem. Ética em Enfermagem (gratuita). 19/11/13

4 Enfermagem em Clínica Médica - Parte nº 2 (gratuita). 25/11/13

5 Enfermagem em Doenças Infecciosas. 29/11/13

6 Enfermagem em Urgência e Emergência. UTI. 05/12/13

7 Enfermagem em Saúde da Mulher. 10/12/13

8 Enfermagem em Saúde da Criança e do Adolescente. Imunização.

Alimentação Infantil. 16/12/13

9 Enfermagem em Clinica e Centro Cirúrgico. 20/12/13

10 Administração em Enfermagem. 27/12/13

11 Sistematização da Assistência da Enfermagem. 03/01/14

12 Enfermagem em Saúde Mental. 09/01/14

13 Fundamentos da Enfermagem Parte nº 1. 15/01/14

14 Fundamentos da Enfermagem Parte nº 2. 21/01/14

15 Saúde do Idoso. Atenção Domiciliar. Outros temas. 27/01/14

16 Revisão e Aprofundamento dos temas trabalhados – Parte 1 07/02/14

17 Revisão e Aprofundamento dos temas trabalhados – Parte 2 14/02/14

18 Revisão e Aprofundamento dos temas trabalhados – Parte 3 21/02/14

19 Revisão e Aprofundamento dos temas trabalhados – Parte 4 25/02/14

20 Revisão e Aprofundamento dos temas trabalhados – Parte 5 28/02/14

21 Revisão e Aprofundamento dos temas trabalhados – Parte 6 12/03/14

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NÃO PERCA NADA DO TRABALHO QUE TEMOS PREPARADO COM

CARINHO PARA VOCÊ!

Professor, acompanho sua página desde o

início, mas somente agora recebi a

mensagem sobre o curso Reta Final. Perdi

um tempo valioso. Por que isso ocorreu,

quero dizer, por que não recebi as

mensagens das aulas no facebook?

Amigos (as), recebemos dezenas de mensagens relatando o mesmo problema. Diariamente temos postado uma série de informações relativas a concursos públicos na área da saúde, bem como diversos materiais direcionados à preparação de vocês.

No entanto, o facebook restringe o envio das publicações da página a apenas 10 ou 20% do número de membros. Tendo em vista que já somos mais de 60 mil membros, está cada vez mais difícil que as mensagens cheguem a todos. Logo, para que você e seus amigos não percam nada do nosso trabalho, alguns procedimentos são necessários:

1. Sempre que possível curta, compartilhe (o mais importante) e comente as publicações do seu interesse ou que possam interessar aos seus amigos, assim o algoritmo do facebook o reconhecerá como usuário preferencial;

2. Adicione agora mesmo a nossa página a sua lista de interesses; Tudo é muito simples e rápido: abra a página “Professor Rômulo Passos”, clique na opção “curtiu” e marque a opção “adicionar às listas de interesse”. Este procedimento é vital para que a nossa página mantenha-se viva no facebook. https://www.facebook.com/ProfessorRomuloPassos

Boa leitura e bons estudos!

Professor Rômulo Passos

“Queira, Basta ser sincero e desejar profundo...” (Raul Seixas)

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1- Questões de Aprofundamento sobre Resíduos Sólidos em

Saúde. Métodos de Esterilização e Desinfecção, Limpeza. Infecção

Hospitalar (Aula nº 1)

Nobres amigos, nosso maior compromisso é com a aprovação de vocês no concurso

almejado. Por isso, nas aulas sempre teremos questões de revisão e aprofundamento dos

assuntos estudados anteriormente.

Inicialmente, vamos resolver 10 novas questões sobre o assunto da primeira aula, 14

questões a respeito do assunto da segunda aula e 1 questão relativa ao conteúdo da terceira

aula. Em seguida, vamos comentar as questões de Enfermagem em Clínica Médica (parte 2).

1. (UFPE-PE/2013) A higienização das mãos é uma preocupação constante, por tratar-se da

medida mais simples e menos dispendiosa para a prevenção das infecções hospitalares, e para

a segurança do profissional de saúde. Sobre as recomendações para realizar este

procedimento, assinale a alternativa que não corresponde às orientações da ANVISA.

a) A preparação alcoólica substitui a lavagem das mãos, quando não houver sujidade aparente.

b) Deve-se evitar água muito quente ou muito fria na higienização das mãos, a fim de evitar o

ressecamento da pele.

c) Após a higienização das mãos com água e sabão, deve-se fazer uso de uma preparação

alcoólica.

d) Depois do uso da preparação alcoólica, deve-se deixar que as mãos sequem

completamente, sem a utilização de papel-toalha.

e) Deve-se aplicar creme hidratante nas mãos diariamente, para evitar o ressecamento.

COMENTÁRIOS:

Vamos resolver essa questão, detalhando cada item.

Item A. Correto. A preparação alcoólica substitui a lavagem das mãos, somente quando

não houver sujidade aparente. De forma diferente, quando as mãos estiverem visivelmente

sujas ou contaminadas com sangue e outros fluidos corporais, devem ser lavadas

primeiramente com água e sabão para limpar o excesso de sujidade.

Item B. Correto. Deve-se evitar água muito quente ou muito fria na higienização das

mãos, a fim de prevenir o ressecamento da pele.

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Item C. Incorreto. Para evitar ressecamento e dermatites, não é recomendada a

higienização das mãos com água e sabão imediatamente antes ou depois de usar

uma preparação alcoólica.

Item D. Correto. Depois da lavagem das mãos com água e sabão, deve secá-las com

papel-toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos. O papel-toalha deve

ser desprezado na lixeira para resíduos comuns. Por outro lado, depois do uso da preparação

alcoólica, deve-se deixar que as mãos sequem completamente, sem a utilização de papel-

toalha.

Item E. Correto. Para fins de higienização das mãos de profissionais que atuam em

serviços de saúde, recomenda-se: manter as unhas naturais, limpas e curtas; não usar unhas

postiças quando entrar em contato direto com os pacientes; evitar utilizar anéis, pulseiras e

outros adornos quando assistir ao paciente; aplicar creme hidratante nas mãos, diariamente,

para evitar ressecamento na pele.

O gabarito da questão, portanto, é a letra C.

2. (Prefeitura de Vimão-RS/Fundatec/2012) No processo de higienização das mãos, não é

indicado o uso de ________, uma vez que raramente o tempo necessário para a secagem é

________, além de haver dificuldade no seu acionamento. Eles podem, ainda, carrear

________. O acionamento manual de certos modelos de aparelho também pode permitir a

________ das mãos. Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as

lacunas do trecho acima.

a) secadores manuais – obedecido – microrganismos – recontaminação

b) secadores elétricos – obedecido – microrganismos – recontaminação

c) secadores elétricos – desrespeitado – microrganismos – recontaminação

d) secadores elétricos – obedecido – antissépticos – contaminação

e) porta-toalhas – obedecido – microrganismos – recontaminação

COMENTÁRIOS:

No processo de higienização das mãos, não é indicado o uso de secadores elétricos,

uma vez que raramente o tempo necessário para a secagem é obedecido, além de haver

dificuldade no seu acionamento. Eles podem, ainda, carrear microrganismos. O

acionamento manual de certos modelos de aparelho também pode permitir a

recontaminação das mãos. Por isso, o gabarito é a letra B.

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3. (Prefeitura de Gramado-RS/Fundatec/2013) Em relação à higienização das mãos, para a

segurança do paciente, é INCORRETO afirmar que:

a) As técnicas de higienização das mãos podem variar, dependendo do objetivo ao qual se

destinam.

b) Apesar de as evidências mostrarem a importância das mãos na cadeia de transmissão das

infecções relacionadas à assistência à saúde, e os efeitos dos procedimentos de higienização

das mãos na diminuição das taxas de infecções, os profissionais de saúde ainda adotam uma

atitude passiva diante deste problema de saúde pública mundial.

c) Devem higienizar as mãos apenas os profissionais que trabalham em serviços de saúde que

mantêm contato direto com os pacientes. Recomenda-se, ainda, que familiares,

acompanhantes e visitantes higienizem as mãos antes e após contato com o paciente, nos

serviços de saúde.

d) As mãos dos profissionais que atuam em serviços de saúde podem ser higienizadas

utilizando-se água e sabonete, preparação alcoólica e antisséptico degermante.

e) A higienização simples das mãos tem por finalidade remover os microrganismos que

colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o suor, a oleosidade e as células

mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação de microrganismos.

COMENTÁRIOS:

Meus amigos, em relação ao item D, destacamos que a lavagem das mãos pode ser feita

de maneira diferente, conforme ação do profissional que trabalha em serviço de saúde, ou

seja, as mãos desses profissionais podem ser higienizadas utilizando-se: água e sabão,

preparação alcoólica e antisséptico. A utilização de um determinado produto depende das

indicações descritas abaixo:

1 - O uso de água e sabão é indicado:

Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e

outros fluidos corporais.

Ao iniciar o turno de trabalho;

Após ir ao banheiro;

Antes e depois das refeições;

Antes de preparo de alimentos;

Antes de preparo e manipulação de medicamentos;

Nas situações descritas a seguir para preparação alcoólica.

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2 - Uso de preparação alcoólica - higienizar as mãos com preparação alcoólica

quando estas não estiverem visivelmente sujas, em todas as situações descritas a seguir:

Antes de contato com o paciente

Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos oriundos das

mãos do profissional de saúde.

Exemplos: exames físicos (determinação do pulso, da pressão arterial, da temperatura

corporal); contato físico direto (aplicação de massagem, realização de higiene corporal); e

gestos de cortesia e conforto.

Após contato com o paciente

Objetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao

paciente, evitando a transmissão de microrganismos do próprio paciente.

Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos

Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos oriundos das

mãos do profissional de saúde.

Exemplos: contato com membranas mucosas (administração de medicamentos pelas vias

oftálmica e nasal); com pele não intacta (realização de curativos, aplicação de injeções); e

com dispositivos invasivos (cateteres intravasculares e urinários, tubo endotraqueal).

Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não requeiram

preparo cirúrgico.

Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos oriundos das

mãos do profissional de saúde.

Exemplo: inserção de cateteres vasculares periféricos.

Após risco de exposição a fluidos corporais

Objetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao

paciente, evitando a transmissão de microrganismos do paciente a outros profissionais ou

pacientes.

Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, durante o cuidado ao

paciente.

Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos de uma

determinada área para outras áreas de seu corpo.

Exemplo: troca de fraldas e subsequente manipulação de cateter intravascular.

Ressalta-se que esta situação não deve ocorrer com frequência na rotina profissional.

Devem-se planejar os cuidados ao paciente iniciando a assistência na sequência: sítio

menos contaminado para o mais contaminado.

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Após contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente próximas ao

paciente.

Objetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao

paciente, evitando a transmissão de microrganismos do paciente a outros profissionais ou

pacientes.

Exemplos: manipulação de respiradores, monitores cardíacos, troca de roupas de cama,

ajuste da velocidade de infusão de solução endovenosa.

Antes e após remoção de luvas

Objetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao

paciente, evitando a transmissão de microrganismos do paciente a outros profissionais ou

pacientes.

As luvas previnem a contaminação das mãos dos profissionais de saúde e ajudam a reduzir a

transmissão de patógenos. Entretanto, elas podem ter microfuros ou perder sua integridade

sem que o profissional perceba, possibilitando a contaminação das mãos.

3 - O uso de Antissépticos (Estes produtos associam detergentes com anti-sépticos e se destinam à

higienização antisséptica das mãos e degermação da pele) é indicado:

Higienização antisséptica das mãos.

Nos casos de precaução de contato recomendados para pacientes portadores de

microrganismos multirresistentes.

Nos casos de surtos.

Degermação da pele.

No pré-operatório, antes de qualquer procedimento cirúrgico (indicado para

toda equipe cirúrgica).

Antes da realização de procedimentos invasivos. Exemplos: inserção de cateter

intravascular central, punções, drenagens de cavidades, instalação de diálise,

pequenas suturas, endoscopias e outros.

A alternativa incorreta é a letra C, pois a lavagem das mãos deve ser feita por todos os

profissionais que trabalham em serviços de saúde, que mantém contato direto ou indireto com

os pacientes, que atuam na manipulação de medicamentos, alimentos e material estéril ou

contaminado.

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4. (UFG-2013) De acordo com o manual sobre “Segurança do paciente: higienização das

mãos”, a higienização das mãos com preparação alcoólica (sob a forma de gel ou líquida com

1-3% glicerina) é indicada quando estas não estiverem visivelmente sujas. Mediante esta

situação, quando deve ser usada esta preparação?

a) Ao iniciar e terminar o turno de trabalho; antes e após a remoção de luvas.

b) Antes e após o contato com o paciente; antes do preparo e da manipulação de

medicamento.

c) Antes e após a administração de medicamentos.

d) Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo.

COMENTÁRIOS:

De acordo com a ANVISA, as mãos dos profissionais que atuam em serviços de saúde

podem ser higienizadas utilizando-se: água e sabão, preparação alcoólica e antisséptico. A

utilização de um determinado produto depende das indicações descritas abaixo:

1 - O uso de água e sabão é indicado:

Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e

outros fluidos corporais;

Ao iniciar o turno de trabalho;

Após ir ao banheiro;

Antes e depois das refeições;

Antes de preparo de alimentos;

Antes de preparo e manipulação de medicamentos;

Nas situações descritas a seguir para preparação alcoólica.

2 - Uso de preparação alcoólica - higienizar as mãos com preparação alcoólica

quando estas não estiverem visivelmente sujas, em todas as situações descritas a seguir:

Antes e após o contato com o paciente;

Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos

invasivos;

Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não

requeiram preparo cirúrgico;

Após risco de exposição a fluidos corporais;

Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, durante o

cuidado ao paciente;

Após contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente próximas ao

paciente;

Antes e após remoção de luvas.

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3 - O uso de Antissépticos (Estes produtos associam detergentes com anti-sépticos e se destinam à

higienização antisséptica das mãos e degermação da pele) é indicado:

Higienização antisséptica das mãos;

Degermação da pele.

Após exposição inicial do tema, vamos verificar as assertiva em relação à higienização

das mãos:

Item A. Incorreto. Ao iniciar e terminar o turno de trabalho é indicado o uso de água e

sabão, e não de preparação alcoólica.

Itens B e C. Incorretos. Antes do preparo e da manipulação de medicamento é indicado

o uso de água e sabão, e não de preparação alcoólica.

Item D. Correto. Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo é

indicado o uso de preparação alcoólica.

O gabarito da questão, portanto, é a letra D.

5. (HCFMB–UNESP/CAIPIMES/2013) Relacione as categorias de isolamento e

exemplos de infecções.

A - Precauções padrão.

B - Isolamento respiratório.

C - Isolamento de gotículas.

D - Isolamento de contato.

( ) Neisseria meningiditis.

( ) varicela.

( ) Clostridium difficile.

( ) Atendimento a todos os pacientes.

( ) sarampo.

( ) impetigo.

( ) Haemophilus influenzae.

( ) Enterococo resistente à vancomicina.

( ) tuberculose.

( ) caxumba.

( ) coqueluche.

( ) Staphylococcus aureus resistente à meticilina.

A sequência correta, de cima para baixo, é:

a) C – B – D – A – B – D – C – D – B – C – C – D.

b) A – C – D – B – A – D – C – B – C – B – D – B.

c) B – A – C – C – D – D – A – C – D – C – A – B.

d) D – A – C – B – D – A – B – D – C – D – B – C.

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COMENTÁRIOS:

As principais vias de transmissão são a via de contato e a via respiratória (por gotículas

e aerossóis).

As gotículas têm tamanho maior que 5 μm e podem atingir a via respiratória alta, ou

seja, mucosa das fossas nasais e mucosa da cavidade bucal. Nos aerossóis, as partículas são

menores, permanecem suspensas no ar por longos períodos de tempo e, quando inaladas,

podem penetrar mais profundamente no trato respiratório.

Existem doenças de transmissão respiratória por gotículas e outras por aerossóis, as

quais requerem modos de proteção diferentes.

Quais medidas de precaução são indicadas para doenças transmitidas por

gotículas?

Quando a proximidade com o paciente for igual ou inferior a um metro, deve ser

utilizada, no mínimo, a máscara cirúrgica. Para melhor definição de rotina, orienta-se que

seja utilizada máscara cirúrgica sempre que entrar em contato com o paciente.

Outras medidas de precaução devem ser utilizadas:

• Internação do paciente: quarto privativo ou, caso não seja possível, em quarto de

paciente com infecção pelo mesmo microrganismo (coorte); a distância mínima entre os leitos

deve ser de um metro.

• Transporte de paciente: limitado, mas quando necessário, utilizar máscara cirúrgica

o paciente.

• Visitas: restritas e orientadas pelo profissional de enfermagem.

Quais medidas de precaução são indicadas para doenças transmitidas por

aerossóis?

No caso dos aerossóis, as partículas podem se dispersar por longas distâncias e, por

isso, deve ser utilizado equipamento de proteção respiratória durante todo o período que

o trabalhador de saúde estiver em contato com o paciente.

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Outras medidas de precaução devem ser utilizadas:

• Internação do paciente: quarto privativo com pressão negativa; filtragem do ar com

filtros de alta eficiência (caso seja reabsorvido para o ambiente); seis a doze trocas de ar por

hora, manter as portas do quarto sempre fechadas. Caso a instituição não tenha quartos com

estas características, manter o paciente em quarto privativo, com as portas fechadas e janelas

abertas, permitindo boa ventilação.

• Transporte de paciente: limitado, mas quando necessário, utilizar máscara cirúrgica

no paciente.

• Visitas: restritas e orientadas pelo profissional de enfermagem.

Devemos utilizar o bom senso e nosso conhecimento sobre as doenças transmissíveis

para responder essa questão.

São exemplos de doenças transmitidas por gotículas (caxumba, coqueluche faringite,

pneumonia, infecção por influenza A, B e C, menigites, doença meningocócica e rubéola) e

aerossóis (herpes zoster; tuberculose pulmonar e laríngea, sarampo e varicela).

Prezados concurseiros, vocês perceberam que essa questão é resolvida facilmente por

eliminação? Sabendo que a tuberculose, varicela e sarampo são doenças transmitidas por

aerossóis (essas partículas exigem o isolamento respiratório), assinalamos a alternativa A,

pois é a única que apresenta o item B nas 2ª, 5ª e 9ª posições.

Para fixarmos a matéria, vamos fazer as devidas associações abaixo:

A - Precauções padrão - atendimento a todos os pacientes;

B - Isolamento respiratório (aerossóis) – varicela, sarampo, tuberculose;

C - Isolamento de gotículas - Neisseria meningiditis, Haemophilus influenzae, caxumba,

coqueluche;

D - Isolamento de contato - Clostridium difficile, impetigo, Enterococo resistente à

vancomicina, Staphylococcus aureus resistente à meticilina.

6. (HCFMB–UNESP/CAIPIMES/2013) Em relação ao dispositivo intravascular periférico,

de acordo com a United States Center for Disease Control and Prevention (CDC) é

recomendado que sejam mantidas, no paciente, nos períodos máximos entre:

a) 48 a 72 horas.

b) 48 a 96 horas.

c) 72 a 96 horas.

d) 24 a 48 horas.

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COMENTÁRIOS:

Essa quetão é direta. Segundo a United States Center for Disease Control and

Prevention (CDC), é recomendado que sejam mantidas o dispositivo intravascular periférico,

no paciente, nos períodos máximos entre 72 a 96 horas (3 a 4 dias). Dessa forma, o gabarito

da questão é a letra C.

7. (HCFMB–UNESP/CAIPIMES/2013) Escolha a frase correta sobre a desinfecção.

a) Consiste em um processo de eliminação de microorganismos presentes em superfícies e

produtos para saúde, porém não destrói todas as formas de vida microbiana, principalmente os

esporos.

b) É o processo que utiliza agentes químicos, físicos ou físico-químicos para destruir todas as

formas de vida microbiana e aplica-se especificamente a objetos inanimados.

c) É a remoção de sujidade de um material, preparando-o para a esterilização.

d) É a remoção completa de micro-organismos, sendo o processo que mantém materiais e

líquidos livres de pirogênios.

COMENTÁRIOS:

Item A. Desinfecção consiste em um processo de eliminação de microorganismos

presentes em superfícies e produtos para saúde, porém não destrói todas as formas de vida

microbiana, principalmente os esporos.

Itens B e D. Esterilização é o processo que utiliza agentes químicos, físicos ou físico-

químicos para destruir todas as formas de vida microbiana e aplica-se especificamente a

objetos inanimados.

Item C. Limpeza é a remoção de sujidade de um material, preparando-o para a

desinfecção ou esterilização.

Nesses termos, o gabarito é a letra A.

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8. (Universidade Estadual de Londrina-PR/2013) Com relação às medidas de controle de

infecção hospitalar, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas

a seguir.

( ) As medidas de precaução padrão devem ser seguidas para todos os pacientes, independente

da suspeita de infecção.

( ) O paciente com uso de precauções respiratórias com gotículas deve manter-se isolado.

( ) O uso de luvas é um substituto efetivo para a lavagem das mãos e para o uso de álcool gel.

( ) O uso do álcool com fricção, como substituto da lavagem das mãos com água e sabão,

pode ser indicado quando há sujidade aparente.

( ) Para casos de diarreia infecciosa, devem ser usadas medidas de precaução por contato.

Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.

a) V, V, F, F, V.

b) V, F, F, V, F.

c) F, V, F, V, V.

d) F, F, V, V, F.

e) F, F, V, F, V.

COMENTÁRIOS:

Item nº 1. Correto. As medidas de precaução padrão devem ser seguidas para todos os

pacientes, independente da suspeita de infecção.

Item nº 2. Correto. O paciente com uso de precauções respiratórias com gotículas deve

manter-se isolado.

Item nº 3. Incorreto. O uso de luvas não é um substituto efetivo para a lavagem das

mãos e para o uso de álcool gel.

Item nº 4. Incorreto. O uso do álcool com fricção não pode ser indicado quando há

sujidade aparente.

Item nº 5. Correto. Para casos de diarreia infecciosa, devem ser usadas medidas de

precaução por contato.

Dessa forma, o gabarito da questão é a letra A.

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9. (Tribunal de Justiça do Amazonas-AM/FVG/2013) Conforme a Resolução CONAMA

358/05, os Resíduos de Serviços de Saúde são classificados em cinco grupos, de acordo com

os riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, a fim de que tenham gerenciamento

adequando. Com base nessa classificação, assinale a afirmativa correta.

a) Grupo A - resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde

pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade,

corrosividade, reatividade e toxicidade.

b) Grupo B - resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas

características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção.

c) Grupo C - resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou

ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.

d) Grupo D - quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham

radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de eliminação especificados nas normas

da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN e para os quais a reutilização é imprópria

ou não prevista.

e) Grupo E - materiais pérfurocortantes ou escarificantes, tais como lâminas de barbear,

agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas

de bisturi e lancetas.

COMENTÁRIOS:

Vamos fazer as devidas correções das assertivas da questão:

Item A. Grupo B - resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco

à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade,

corrosividade, reatividade e toxicidade.

Item B. Grupo A - resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por

suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção.

Item C. Grupo D - resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou

radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.

Item D. Grupo C - quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que

contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de eliminação especificados

nas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e para os quais a reutilização

é imprópria ou não prevista.

Item E. Grupo E - materiais pérfurocortantes ou escarificantes, tais como lâminas de

barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas,

lâminas de bisturi e lancetas.

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Página 16

Vejamos, na figura abaixo, os símbolos utilizados para identificação de cada um dos

grupos descritos.

Fonte: http://www.retecresiduos.com.br.

A partir do exposto, verificamos que o gabarito é a letra E.

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10. (IF-SC/2013) A classificação dos resíduos de saúde, atualmente em vigor no Brasil

descritas nas resoluções RDC nº 30613 da ANVISA e na resolução nº 35815 do CONAMA é:

( I ) Grupo A Potencialmente infectantes.

Grupo B Químicos.

Grupo C Rejeitos radioativos.

Grupo D Resíduos comuns.

Grupo E Resíduos perfurocortantes.

( II ) Grupo A Potencialmente infectantes e perfurocortantes.

Grupo B Químicos e radioativos.

Grupo C Líquidos e sólidos infectantes.

Grupo D Recicláveis.

Grupo E Biológicos.

( III ) Grupo A Perfurocortantes.

Grupo B Biológicos e recicláveis.

Grupo C Químicos e radiativos.

Assinale a alternativa CORRETA.

a) II está correta.

b) I está correta.

c) I está incorreta.

d) III está correta.

e) I, II, III estão incorretas.

COMENTÁRIOS:

De acordo com a ANVISA e o CONAMA, a classificação dos resíduos de saúde,

atualmente em vigor no Brasil é:

Grupo A - Potencialmente infectantes.

Grupo B - Químicos.

Grupo C - Rejeitos radioativos.

Grupo D - Resíduos comuns.

Grupo E - Resíduos perfurocortantes.

Nesse sentido, o gabarito da questão é a letra B.

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2 - Questões de Aprofundamento sobre Hipertensão Arterial

Sistêmica, Diabetes Melittus e Doenças Respiratórias (Aula nº 2)

11. (UNIOESTE-2013) Com relação ao indivíduo diabético, pode-se afirmar que a

Cetoacidose diabética é precipitada mais comumente pela(o)

a) alimentação em excesso.

b) infecção.

c) esquecimento de uma dose de insulina.

d) estresse psicológico.

e) obstipação intestinal.

COMENTÁRIOS:

Os fatores precipitantes da cetoacidose diabética são infecção, má aderência ao

tratamento (omissão da aplicação de insulina, abuso alimentar), uso de medicações

hiperglicemiantes e outras intercorrências graves (AVC, IAM ou trauma). Indivíduos em mau

controle glicêmico são particularmente vulneráveis a essa complicação. Dentre esses fatores,

a literatura especializada aponta a infecção como o principal. Por isso, o gabarito da questão é

a letra B.

12. (Assembleia Legislativa do RN/FCC/2013) O hálito cetônico é uma manifestação clínica

característica de

a) hipoglicemia.

b) retinopatia diabética.

c) cetoacidose diabética.

d) síndrome de baixa osmolaridade não cetótica.

e) glicação de proteína na presença de hipoglicemia.

COMENTÁRIOS:

Os principais sintomas da cetoacidose diabética são: polidipsia, poliúria, enurese,

hálito cetônico, fadiga, visão turva, náuseas e dor abdominal, além de vômitos,

desidratação, hiperventilação e alterações do estado mental. O diagnóstico é realizado por

hiperglicemia (glicemia maior de 250 mg/dl), cetonemia e acidose metabólica (pH <7,3 e

bicarbonato <15 mEq/l). Esse quadro pode se agravar, levando a complicações como choque,

distúrbio hidroeletrolítico, insuficiência renal, pneumonia de aspiração, síndrome de angústia

respiratória do adulto e edema cerebral em crianças.

Nessa esteira, o gabarito da questão é a letra C.

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13. (Prefeitura de São Caetano do SUL-SP/CAIPIMES/2011) São sintomas clássicos do

Diabetes Mellitus inicial:

a) aumento do número de micção, urinar à noite, tontura, edema dos membros inferiores.

b) sede excessiva, aumento do volume urinário, fadiga, fraqueza.

c) perda de peso, visão borrada, aumento do apetite, exoftalmia.

d) sede excessiva, perda de peso, aumento do número de micção, hemoptise.

COMENTÁRIOS1:

Os sinais e sintomas característicos que levantam a suspeita de diabetes são os “quatro

P’s”: poliúria, polidipsia, polifagia e perda inexplicada de peso. Embora possam estar

presentes no DM tipo 2, esses sinais são mais agudos no tipo 1, podendo progredir para

cetose, desidratação e acidose metabólica, especialmente na presença de estresse agudo.

Sintomas mais vagos também podem estar presentes, como prurido, visão turva e fadiga.

No DM tipo 2, o início é insidioso e muitas vezes a pessoa não apresenta sintomas. Não

infrequentemente, a suspeita da doença é feita pela presença de uma complicação tardia, como

proteinuria, retinopatia, neuropatia periférica, doença arteriosclerótica ou então por infecções

de repetição. A tabela abaixo resume os elementos clínicos que levantam a suspeita de

diabetes.

Elementos clínicos que levantam a suspeita de DM

Sinais e sintomas clássicos: • Poliúria (aumento do volume urinário – acima de 2.500 ml por dia);

• Polidipsia (sede excessiva);

• Perda inexplicada de peso;

• Polifagia (aumento do apetite).

Sintomas menos específicos: • Fadiga, fraqueza e letargia;

• Visão turva (ou melhora temporária da visão para perto);

• Prurido vulvar ou cutâneo, balanopostite.

Complicações crônicas/doenças intercorrentes: • Proteinuria;

• Neuropatia diabética (câimbras, parestesias e/ou dor nos membros inferiores,

mononeuropatia de nervo craniano);

• Retinopatia diabética;

• Catarata;

• Doença arteriosclerótica (infarto agudo do miocárdio, acidente vascular encefálico,

doença vascular periférica);

• Infecções de repetição.

Essa questão é bem interessante, pois apresenta uma relação não precisa dos sintomas

clássicos da DM. Nesse caso, devemos resolvê-la "por eliminação" das alternativas "mais

1 Brasil, 2013-B, p. 30.

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erradas". Parece paradoxal, mas concurso é assim mesmo. Não adianta ficar indignado na

hora da prova, devemos escolher "a melhor resposta". Se houver margem para anulação ou

alteração de gabarito, devemos elaborar os recursos com o devido embasamento em literatura

especializada, de preferência do Ministério da Saúde e por artigos científicos atualizados.

Dessa forma, não fazem parte dos principais sintomas iniciais clássicos da diabetes

mellitus:

Item A. urinar à noite, edema dos membros inferiores.

Item C. exoftalmia (protuberância do olho anteriormente para fora da órbita).

Item D. hemoptise (expectoração sanguínea ou sanguinolenta através da tosse,

proveniente de hemorragia na árvore respiratória).

O gabarito da questão, portanto, é a letra B.

14. (Prefeitura de São Caetano do SUL-SP/CAIPIMES/2011) A Hipertensão Arterial é

uma doença que necessita de constante acompanhamento do paciente, pois no seu tratamento,

incluem-se mudanças no estilo de vida. Assim, é correto afirmar que

a) obesidade, alta ingestão de sal e de álcool podem interferir no aparecimento da hipertensão

arterial, mas não são considerados fatores de risco.

b) o tratamento da hipertensão arterial deve ser, exclusivamente, medicamentoso, visto que

alguns fatores de risco não podem ser alterados.

c) a medida da pressão arterial pode ser influenciada pelo tamanho do manguito, sendo

padronizados dois tamanhos: adulto e criança.

d) a maioria dos casos de hipertensão arterial compõe-se daqueles de hipertensão denominada

de essencial ou primária e de etiologia desconhecida.

COMENTÁRIOS:

Vamos detalhar cada item.

Item A. Incorreto. Obesidade, alta ingestão de sal e de álcool podem interferir no

aparecimento da hipertensão arterial, logo são considerados fatores de risco.

Item B. Incorreto. O tratamento da hipertensão arterial deve ser medicamentoso,

quando necessário. Também inclui mudandas de estilos de vida: atividade física regular,

alimentação saudável, combate ao estresse etc.

Item C. Incorreto. A medida da pressão arterial pode ser influenciada pelo tamanho do

manguito, sendo padronizados vários tamanhos, conforme descrição na tabela abixo:

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Dimensões da bolsa de borracha para diferentes circunferências de braço em

crianças e adultos (D)2

Denominação do

manguito

Circunferência do

braço (cm)

Bolsa de borracha (cm)

Largura Comprimento

Recém-nascido ≤ 10 4 8

Criança 11–15 6 12

Infantil 16–22 9 18

Adulto Pequeno 20–26 10 17

Adulto 27–34 12 23

Adulto grande 35–45 16 32

Item D. Correto. A maioria dos casos de hipertensão arterial compõe-se daqueles de

hipertensão denominada de essencial ou primária e de etiologia desconhecida.

O gabarito da questão, portanto, é a letra D.

15. (Prefeitura de São Caetano do SUL-SP/CAIPIMES/2011) De acordo com o

procedimento para medida da pressão arterial, leia as afirmações abaixo e, em seguida,

assinale a alternativa que contém a resposta correta.

I - Antes de verificar a pressão arterial deve-se explicar o procedimento ao paciente e

certificar-se de que o mesmo encontra-se com a bexiga vazia, não praticou atividades físicas,

não ingeriu bebidas alcoólicas, cafés, alimentos ou fumou até 30 minutos antes do

procedimento a ser realizado.

II - Manter o braço do paciente acima do nível do coração e palpar a artéria radial para

posicionamento do estetoscópio.

III - A pressão sistólica deve ser determinada no momento do aparecimento do primeiro som

(fase I de Korotkoff).

IV - A pressão diastólica deve ser determinada no momento do aparecimento do último som

(fase V de Korotkoff).

a) As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.

b) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.

c) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.

d) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.

COMENTÁRIOS:

Segundo a SBC; SBH; SBN (2010), os procedimentos recomendados para a medida da

pressão arterial são os seguintes:

2 SBC; SBH; SBN, 2010, p. 12.

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Preparo do paciente:

1. Explicar o procedimento ao paciente e deixa-lo em repouso por pelo menos 5 minutos

em ambiente calmo. Deve ser instruído a não conversar durante a medida. Possíveis duvidas

devem ser esclarecidas antes ou após o procedimento.

2. Certificar-se de que o paciente NAO:

está com a bexiga cheia

praticou exercícios físicos ha pelo menos 60 minutos

ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos

fumou nos 30 minutos anteriores.

3. Posicionamento do paciente:

Deve estar na posição sentada, pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso

recostado na cadeira e relaxado.

O braço deve estar na altura do coração (nível do ponto médio do esterno ou 4º

espaço intercostal), livre de roupas, apoiado, com a palma da mão voltada para cima

e o cotovelo ligeiramente fletido.

• Para a medida propriamente:

1. Obter a circunferência aproximadamente no meio do braço. Após a medida selecionar

o manguito de tamanho adequado ao braço.

2. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital.

3. Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial.

4. Estimar o nível da pressão sistólica pela palpação do pulso radial. O seu

reaparecimento correspondera a PA sistólica.

5. Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou o diafragma do

estetoscópio sem compressão excessiva.

6. Inflar rapidamente ate ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da pressão

sistólica, obtido pela palpação.

7. Proceder a deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo).

8. Determinar a pressão sistólica pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff),

que e em geral fraco seguido de batidas regulares, e, após, aumentar ligeiramente a velocidade

de deflação.

9. Determinar a pressão diastólica no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff).

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10. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu

desaparecimento e depois proceder a deflação rápida e completa.

11. Se os batimentos persistirem ate o nível zero, determinar a pressão diastólica no

abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar valores da sistólica/diastólica/zero.

12. Sugere-se esperar em torno de um minuto para nova medida, embora esse aspecto

seja controverso.

13. Informar os valores de pressões arteriais obtidos para o paciente.

14. Anotar os valores exatos sem “arredondamentos” e o braço em que a pressão arterial

foi medida.

Durante a medida da pressão arterial, deve-se manter o braço do paciente no mesmo

nível do coração e palpar a artéria braquial para posicionamento do estetoscópio.

O único item incorreto é o II. Logo, o gabarito da questão é a letra B.

16. (Prefeitura de São Caetano do SUL-SP/CAIPIMES/2011) Os fatores de risco para

Hipertensão Arterial são:

a) obesidade, sedentarismo, dieta hipocalórica.

b) hereditariedade, idade, atividade física.

c) tabagismo, estresse, dieta hipossódica.

d) hereditariedade, raça, ingestão excessiva de sal.

COMENTÁRIOS:

Em relação aos fatores de risco para HAS, a SBC descreve as seguintes orientações3:

• Idade - existe relação direta e linear da PA com a idade, sendo a prevalência de

HAS superior a 60% na faixa etária acima de 65 anos.

• Gênero e etnia - a prevalência global de HAS entre homens e mulheres e

semelhante, embora seja mais elevada nos homens até os 50 anos, invertendo-se a

partir da 5ª década. Em relação à cor, a HAS e duas vezes mais prevalente em

indivíduos de cor não branca. Estudos brasileiros com abordagem simultânea de

gênero e cor demonstraram predomínio de mulheres negras com excesso de HAS

de até 130% em relação às brancas. Não se conhece, com exatidão, o impacto da

miscigenação sobre a HAS no Brasil.

3 SBC; SBH; SBN, 2010, p. 9-10.

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• Excesso de peso e obesidade - o excesso de peso se associa com maior

prevalência de HAS desde idades jovens. Na vida adulta, mesmo entre indivíduos

fisicamente ativos, incremento de 2,4 kg/m2 no índice de massa corporal (IMC)

acarreta maior risco de desenvolver hipertensão. A obesidade central também se

associa com pressão arterial (PA).

• Ingestão de sal - ingestão excessiva de sódio tem sido correlacionada com

elevação da PA.

• Ingestão de álcool - a ingestão de álcool por períodos prolongados de tempo pode

aumentar a PA e a mortalidade cardiovascular em geral.

• Sedentarismo - atividade física reduz a incidência de HAS, mesmo em indivíduos

pre-hipertensos, bem como a mortalidade e o risco de Doença cardiovascular

(DCV).

• Fatores socioeconômicos - a influência do nível socioeconômico na ocorrência

da HAS e complexa e difícil de ser estabelecida. No Brasil a HAS foi mais

prevalente entre indivíduos com menor escolaridade.

• Genética - a contribuição de fatores genéticos para a gênese da HAS está bem

estabelecida na população. Porém, não existem, até o momento, variantes

genéticas que, possam ser utilizadas para predizer o risco individual de se

desenvolver HAS.

• Outros fatores de risco cardiovascular - os fatores de risco cardiovascular

frequentemente se apresentam de forma agregada, a predisposição genética e os

fatores ambientais tendem a contribuir para essa combinação em famílias com

estilo de vida pouco saudável.

Outro fator de risco descrito pela literatura é a hereditariedade (antecedentes familiares).

O gabarito, portanto, é a letra D. A assertiva B está incorreta, pois o sedentarismo, e não

a atividade física, é um fator de risco da HAS.

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17. (Prefeitura de São Caetano do SUL-SP/CAIPIMES/2011) Com relação à Pressão

Arterial, é correto afirmar que

a) o tamanho do esfigmomanômetro depende da circunferência do braço a ser examinado,

sendo que a bolsa inflável do manguito deve ter uma largura que corresponda a 40% da

circunferência do braço, e seu comprimento deve ser de 80%.

b) em crianças a pressão arterial é nitidamente mais alta do que em adultos.

c) durante o sono ocorre uma elevação na pressão arterial a cerca de 10% tanto na sistólica

como na diastólica.

d) durante o exercício físico há diminuição da pressão arterial, devido ao aumento do débito

cardíaco.

COMENTÁRIOS:

Vamos nos debruçar em cada assertiva para melhor compreensão do tema.

Item A. Correto. O tamanho do esfigmomanômetro depende da circunferência do braço

a ser examinado, sendo que a bolsa inflável do manguito deve ter uma largura que

corresponda a 40% da circunferência do braço, e seu comprimento deve ser de 80%.

Item B. Incorreto. Em crianças a pressão arterial é nitidamente mais baixa do que em

adultos.

Item C. Incorreto. Durante o sono ocorre uma diminuição na pressão arterial a cerca

de 10% tanto na sistólica como na diastólica.

Item D. Incorreto. Durante o exercício físico há o aumento da pressão arterial, devido

ao aumento do débito cardíaco.

Dito isto, o gabarito da questão é a letra A.

18. (TRT 6ª Região/FCC/2012) Ao trabalhador diabético de 50 anos, com queixa de cefaleia,

mantendo a pressão arterial de 150×110 mmHg, o consenso das VI Diretrizes Brasileiras de

Hipertensão recomenda como prioridade

a) mudar o estilo de vida e, na reavaliação após três meses, iniciar o tratamento

medicamentoso se necessário.

b) encaminhar o paciente à nutricionista para reavaliar a ingesta de carboidratos para reduzir a

pressão arterial.

c) iniciar o tratamento medicamentoso, mudar o estilo de vida, realizar exercícios físicos

moderados e manter alimentação saudável.

d) instalar máscara de pressão positiva duas vezes ao dia, se o paciente apresentar ronco

pulmonar.

e) reduzir a resistência à insulina com o uso de metformina e diurético tiazídico.

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COMENTÁRIOS:

Vamos visualizar, na tabela abaixo, as recomendações para o seguimento da HAS,

conforme níveis pressóricos apresentados pelo paciente, durante a consulta.

Recomendações para o seguimento da HAS: prazos máximos para reavaliação*

Pressão arterial inicial (mmHg)** Seguimento

Sistólica Diastólica

<130 < 85 Reavaliar em 1 ano.

Estimular mudanças de estilo de vida.

130–139 85–89 Reavaliar em 6 meses.***

Insistir em mudanças do estilo de vida.

140–159 90–99 Confirmar em 2 meses.***

Considerar MAPA/MRPA.

160–179 100–109 Confirmar em 1 mês.***

Considerar MAPA/MRPA.

≥ 180 ≥ 110 Intervenção medicamentosa imediata ou reavaliar

em 1 semana.***

Fonte: (Alterado de SBC; SBH; SBN, 2010, p. 6).

* Modificar o esquema de seguimento de acordo com a condição clínica do paciente.

** Se as pressões sistólicas ou diastólicas forem de estágios diferentes, o seguimento recomendado deve ser

definido pelo maior nível de pressão.

*** Considerar intervenção de acordo com a situação clínica do paciente (fatores de risco maiores, doenças

associadas e lesão em órgãos-alvo).

No caso hipotético apresentado, o usuário é portador de hipertensão estágio 3, uma vez

que a pressão artéria diastólica é igual a 110. Portanto, deve iniciar o tratamento

medicamentoso imediatamente, mudar o estilo de vida, realizar exercícios físicos moderados e

manter alimentação saudável.

Nessa esteira, o gabarito é a letra C.

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19. (Prefeitura de Piripiri-PI/LUDUS/2012) A doença pulmonar obstrutiva crônica

descreve condições nas quais o fluxo aéreo no interior dos pulmões encontra-se

comprometido e ocorre redução da resistência à inspiração, de modo que a fase expiratória da

respiração é prolongada. De acordo com os principais sinais e sintomas apresentados no

paciente com DPOC, analise as assertivas e identifique a alternativa FALSA ocorrida no

quadro clínico específico destes pacientes:

a) A bronquiectasia, a atelectasia, a bronquite crônica e o enfisema são classificados como

doenças pulmonares obstrutivas crônicas; e a asma é um distúrbio obstrutivo, mas muito mais

agudo.

b) A bronquiectasia é caracterizada por infecção crônica e pela dilatação irreversível dos

brônquios e dos bronquíolos; pode ter como etiologia um tumor ou um corpo estranho,

anomalias congênitas e exposição a gases tóxicos.

c) Os pacientes com bronquiectasia apresentam tosse crônica com expectoração de escarro

purulento, mas sem presença de hemoptise e os pacientes raramente apresentam perda de

peso.

d) A atelectasia é o colapso do alvéolo e pode envolver uma pequena porção do alvéolo ou

um lobo pulmonar inteiro; ocorre secundária à aspiração de alimento ou de vômito e à

presença de líquido ou de ar na cavidade torácica.

e) O enfisema é uma doença crônica caracterizada por distensão alveolar anormal e as paredes

e os capilares alveolares apresentam-se destruídos; a lesão pulmonar é em geral permanente.

Trata-se da DPOC mais comum.

COMENTÁRIOS4:

A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma enfermidade respiratória

prevenível e tratável, que se caracteriza pela presença de obstrução crônica do fluxo aéreo,

que não é totalmente reversível. A obstrução do fluxo aéreo é geralmente progressiva e está

associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões à inalação de partículas ou gases

tóxicos, causada primariamente pelo tabagismo. Embora a DPOC comprometa os pulmões,

ela também produz consequências sistêmicas significativas5.

A DPOC é causada por uma associação entre doença de pequenos brônquios

(bronquite crônica obstrutiva) e destruição de parênquima (enfisema)6.

4 Bronquiectasia.

5 SBPT, 2004, p1.

6 Brasil, 2010, p. 47.

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A bronquite crônica é definida clinicamente pela presença de tosse e expectoração na

maioria dos dias por no mínimo três meses/ano durante dois anos consecutivos.

O enfisema pulmonar é definido anatomicamente como aumento dos espaços aéreos

distais ao bronquíolo terminal, com destruição das paredes alveolares.

Os principais sintomas da DPOC são os seguintes: dispneia, tosse crônica, expectoração

regular, bronquites frequentes no inverno e sibilância.

A bronquiectasia é a dilatação ou

distorção dos brônquios. Os brônquios são

tubos por onde o ar entra e sai dos pulmões.

Dentro de cada pulmão, eles vão se

ramificando como galhos de árvore,

formando a árvore brônquica.

Na árvore brônquica normal, à

medida que se dirigem à periferia dos

pulmões, eles vão se dividindo e afilando.

Quando não ocorre está diminuição de

calibre ou, ao contrário, o calibre aumenta,

dizemos que existe bronquiectasia.

Esta distorção irreversível dos brônquios decorre da destruição do componente elástico

que compõe a parede destes.

As principais causas da bronquiectasia são as seguintes:

Infecções pulmonares e obstrução do brônquio;

Aspiração de corpos estranhos, vômito ou material proveniente do trato respiratório

superior;

Pressão de tumores, vasos sanguíneos dilatados e lifonodos aumentados.

A pessoa pode ser predisposta a bronquiequitasia em consequência de infecções

respiratórias recorrentes no início da infância, sarampo, gripe, tuberculose e distúrbios de

imunodeficiência.

O portador típico de bronquiectasia é aquele indivíduo que tem tosse com expectoração

(escarro) persistente e em grande quantidade, principalmente, pela manhã. Estas alterações

são crônicas, mas apresentam períodos de piora, com necessidade de uso frequente de

antibióticos. Nesta situação, pode haver febre, perda do apetite, falta de ar, chiado no peito,

expectoração com sangue e piora do estado geral da pessoa afetada.

Figura 1 - Visão geral da Bronquiectasia.

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Existe também um tipo de bronquiectasia (bronquiectasia seca) na qual não há aquela

expectoração abundante e persistente de muco (catarro) como na maioria dos casos. Ela se

manifesta como episódios de hemoptise (sangramento ao tossir), e usualmente decorre de

lesões cicatrizadas de tuberculose.

No exame físico, o profissional de saúde poderá perceber alterações na ausculta dos

pulmões. No entanto, a confirmação da bronquiectasia virá através dos exames de imagem -

radiografia, tomografia computadorizada (TC) ou broncografia do tórax.

Como a broncografia não era um exame de fácil realização, a TC surgiu como

alternativa. Contudo, a TC não tem a mesma precisão da broncografia na identificação de

certas lesões.

Para se buscar possíveis fatores predisponentes para a doença, faz-se necessário a

realização de outros exames.

A espirometria – exame que mede a capacidade de ar dos pulmões – pode ser solicitada

para avaliar melhor a doença, assim como a gasometria arterial que mede níveis de oxigênio e

de dióxido de carbono no sangue.

A cirurgia como tratamento deve ser realizada nos casos em que a doença é localizada

(quando acomete só uma parte do pulmão) e não há melhora dos sintomas com o tratamento

conservador.

A cirurgia também é uma opção nos casos de pacientes com hemoptises. Contudo, antes

da realização da cirurgia, o médico deverá se certificar que o indivíduo possui uma reserva de

ar que possibilite tal procedimento.

Nos casos em que a bronquiectasia é difusa, o tratamento é conservador. Além dos

antibióticos, que são armas importantíssimas nesta modalidade de tratamento, a fisioterapia é

fundamental no tratamento dos pacientes com bronquiectasias.

Através de manobras, em especial de drenagem postural– o indivíduo é colocado numa

posição, de acordo com a localização de suas lesões, para que a gravidade ajude na drenagem

das secreções contidas nos locais afetados do pulmão ou pulmões. A fisioterapia pode, com

isso, reduzir o número de exacerbações da doença e a sua progressão.

Dentre as medicações que podem auxiliar no tratamento também estão os mucolíticos –

que promovem uma maior depuração das secreções brônquicas – e os broncodilatadores para

alívio da falta de ar e do chiado no peito.

Nos pacientes com bronquiectasias difusas, com grave prejuízo na qualidade de vida, o

transplante pulmonar poderá ser realizado.

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Como complicações possíveis das bronquiectasias, além das pneumonias, pode ocorrer

o empiema que é o acúmulo de pus na pleura (que é a “capa” do pulmão), o abscesso

pulmonar (uma lesão que forma um “buraco “com pus no pulmão), o pneumotórax (acúmulo

de ar na pleura), a hemoptise volumosa (quando a pessoa tosse grande volume de sangue) e o

cor pulmonale – que ocorre quando a doença crônica dos pulmões desencadeia um dano ao

coração.

A Atelectasia7 é o colapso de parte ou de todo pulmão. Ou seja, o pulmão "murcha"

numa parte ou na sua totalidade por um bloqueio na passagem do ar pelos brônquios de maior

ou menor calibre (brônquio ou bronquíolo, respectivamente). Os brônquios são tubos que dão

passagem ao ar, espalhando-o por todo o pulmão.

A atelectasia pode surgir por mecanismos diferentes:

O acúmulo de secreções nos brônquios pode bloquear a passagem do ar, levando ao

colapso parcial ou total do pulmão afetado;

Quando algum objeto, inadvertidamente, entra na via aérea e chega ao brônquio, a

atelectasia poderá ocorrer. Isto costuma acontecer mais com as crianças, quando

engolem algum brinquedo ou outro objeto pequeno;

Os tumores pulmonares podem crescer dentro de um brônquio ou pressioná-lo

externamente, causando, em alguns casos, a atelectasia parcial ou total do pulmão;

Pacientes que sofrem uma anestesia geral, que tem alguma doença pulmonar crônica ou

que ficam muito tempo acamados podem, eventualmente, apresentar uma atelectasia;

Num adulto, a atelectasia geralmente não é uma situação ameaçadora à vida, já que as

partes do pulmão que não foram comprometidas fazem uma compensação da perda de função

da área afetada. Por outro lado, a mesma situação num bebê ou numa criança pequena pode

representar uma ameaça à vida.

Após a exposição geral do assunto, vamos resolver a questão, que por sinal é mal

elaborada e polêmica.

Item A. Correto. A maioria dos autores refere apenas a bronquite crônica e o enfisema

como doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC). Pelas características da

bronquiectasia, também podemos considerá-la como uma DPOC. A atelectasia pode ser um

evento isolado e agudo, bem como evoluir para uma DPOC. A asma antigamente era

considerada uma DPOC, mas atualmente é classificada separadamente.

7 ABC da Saúde.

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Página 31

De forma genérica e sem se ater à classificação clássica da DPOC, a banca considerou

correta a seguinte afirmativa:

-> A bronquiectasia, a atelectasia, a bronquite crônica e o enfisema são classificados como

doenças pulmonares obstrutivas crônicas; e a asma é um distúrbio obstrutivo, mas muito mais agudo.

Item B. Correto. A bronquiectasia é caracterizada por infecção crônica e pela dilatação

irreversível dos brônquios e dos bronquíolos; pode ter como etiologia um tumor ou um corpo

estranho, anomalias congênitas e exposição a gases tóxicos.

Item C. Incorreto. Os pacientes com bronquiectasia apresentam tosse crônica com

expectoração de escarro purulento, com presença de hemoptise e os pacientes

frequentemente apresentam perda de peso.

Item D. Correto. A atelectasia é o colapso do alvéolo e pode envolver uma pequena

porção do alvéolo ou um lobo pulmonar inteiro; ocorre secundária à aspiração de alimento ou

de vômito e à presença de líquido ou de ar na cavidade torácica.

Item E. Correto. O enfisema é uma doença crônica caracterizada por distensão alveolar

anormal e as paredes e os capilares alveolares apresentam-se destruídos; a lesão pulmonar é

em geral permanente. Trata-se da DPOC mais comum.

A letra C é incontestavelmente a alternativa incorreta (gabarito da questão). A letra A foi

mal elaborada, pois descreveu conceitos contestados pela literatura especializada.

20. (Exército Brasileiro/EsFCEx/2011) À inflamação das vias respiratórias que provoca

episódios de tosse, sibilo e dispnéia, que exige avaliação adequada de enfermagem com

medidas de intervenção para alívio imediato de sintomas respiratórios e de ansiedade, como

também intervenções para educação e manutenção da saúde, dá-se o nome de:

a) Sinusite

b) Anafilaxia

c) Rinite alérgica

d) Asma brônquica

e) Alergias alimentares

COMENTÁRIOS:

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Página 32

A Asma8 é uma doença inflamatória crônica, caracterizada por hiper-responsividade das

vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou

com tratamento. É uma condição multifatorial determinada pela interação de fatores genéticos

e ambientais.

Os fatores de risco podem ser divididos em ambientais e próprios do paciente, como é o

caso dos aspectos genéticos, obesidade e sexo masculino (durante a infância). Os fatores

ambientais são representados pela exposição à poeira domiciliar e ocupacional, baratas,

infecções virais (especialmente vírus sincicial respiratório e rinovírus).

O diagnóstico da asma é eminentemente clínico e, sempre que possível, a prova de

função pulmonar deve ser realizada, para a confirmação diagnóstica e para a classificação da

gravidade.

Os principais sintomas para o diagnóstico de asma são os seguintes:

Mais de um dos sintomas: sibilância, dispneia, desconforto torácico e tosse

Principalmente se:

Pioram à noite e no início da manhã;

Em resposta a exercícios, exposição a alérgenos, poluição ambiental e ar

frio;

Desencadeados por AAS ou betabloqueadores ;

Melhoram com broncodilatadores ou corticoides sistêmicos.

Os objetivos do tratamento da asma são:

• Controlar os sintomas;

• Prevenir limitação crônica ao fluxo aéreo;

• Permitir atividades normais (trabalho, escola e lazer);

• Manter a melhor função pulmonar possível;

• Evitar crises, idas a serviços de emergências e hospitalizações;

• Reduzir a necessidade do uso de broncodilatador para alívio;

• Minimizar efeitos adversos dos medicamentos;

• Melhorar a qualidade de vida;

• Reduzir o risco de morte;

O tratamento da asma é baseado em três tipos de abordagens: ação educativa, cuidados

ambientais e tratamento farmacológico.

8 Brasil, 2010, p. 24-46.

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Página 33

O tratamento farmacológico não reduz a necessidade de ações educativas para diminuir

a exposição a fatores agravantes/desencadeantes e para o controle da doença, especialmente a

exposição ao tabagismo, ativo ou passivo. Essas ações devem ser realizadas em todos os casos

de asma. Os pacientes devem entender a diferença entre tratamento de manutenção e o

tratamento das exacerbações.

É importante ressaltar que a introdução precoce dos medicamentos anti-inflamatórios

reduz a frequência de asma aguda e pode resultar em melhor preservação da função pulmonar

em longo prazo, além de prevenir o remodelamento das vias aéreas.

Deve-se instituir o tratamento de acordo com a classificação de gravidade, utilizando-se

a menor dose que possa controlar os sintomas. Após um período de três meses, pode-se tentar

reduzir a dose da medicação anti-inflamatória em uso e reavaliar as condições clínicas e,

eventualmente, espirométricas do paciente.

Se o controle não for obtido, deve-se reavaliar a adesão à medicação prescrita, equívoco

na técnica de uso dos medicamentos inalatórios, presença de fatores agravantes ou

desencadeantes, tais como rinite alérgica não tratada, infecções virais, exposição a alérgenos,

entre outros.

As medicações para asma podem ser classificadas em duas categorias, a saber, aquelas

para controle e prevenção das exacerbações e outras manifestações da doença (dispneia e

tosse aos esforços físicos, despertares e tosse noturnos) e aquelas para alívio das

exacerbações. As vias de administração podem ser oral, inalatória ou parenteral.

Deve-se sempre dar preferência à via inalatória devido à menor absorção sistêmica,

maior eficácia e menor taxa de efeitos colaterais.

Os corticoides inalatórios são os principais medicamentos para controle da asma, e os

beta-agonistas de ação rápida associados aos corticoides sistêmicos são os mais efetivos para

o alívio das crises, tanto em crianças quanto em adultos de qualquer idade.

Dito isto, o gabarito é a letra D.

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Página 34

21. (Prefeitura de Goiana-PE/IPAD/2010) Doença inflamatória crônica, caracterizada por

hiperresponsividade das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo,

reversível espontaneamente ou com tratamento, manifestando-se clinicamente por episódios

recorrentes de sibilância, dispnéia, aperto no peito e tosse, particularmente à noite e pela

manhã ao despertar. Resulta de uma interação entre genética, exposição ambiental a alérgenos

e irritantes, e outros fatores específicos que levam ao desenvolvimento e manutenção dos

sintomas. Essa descrição define que doença?

a) Asma.

b) Tuberculose.

c) Enfisema Pulmonar.

d) Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

e) Aspergilose broncopulmonar alérgica.

COMENTÁRIOS:

Agora ficou fácil, não é mesmo? O gabarito é a letra A.

22. (Prefeitura de Patos-PB/PagTCPB/2010) Qual a via preferida para a administração de

drogas sintomáticas e profiláticas na asma por reduzir os seus efeitos colaterais, além de

propiciar maior rapidez de ação?

a) Oral.

b) Subcutânea.

c) Intra-muscular.

d) Retal.

e) Inalatória.

COMENTÁRIOS:

Prezados concurseiros(as), preciso comentar esta questão? Claro que não (rsr). O

gabarito só pode ser a letra E.

23. (Prefeitura de Patos-PB/PagTCPB/2010) Causas primárias da hipertensão pulmonar:

a) Vasculite, doença cardíaca primária.

b) Uso de contraceptivo oral, doença falciforme.

c) Doença pulmonar obstrutiva crônica, pneumonia intersticial.

d) Inalação de fumaça, cifoescoliose.

e) Obesidade, altitude elevada.

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Página 35

COMENTÁRIOS:

A hipertensão pulmonar é um distúrbio não clinicamente evidenciado até um período

tardio na sua progressão. Essa doença ocorre quando a pressão da artéria pulmonar sistólica

excede 30mmHg, ou a pressão média da artéria pulmonar excede 25mmHg. Essas pressões

não podem ser mensuradas indiretamente, assim como a pressão sanguínea sistêmica; ao

contrário, elas devem ser medidas durante a cateterização do lado direito do coração. Na

ausência dessas medidas, o reconhecimento clínico torna-se o único indicador da presença da

hipertensão pulmonar.

Existem duas formas de hipertensão pulmonar: a primária (ou idiopática) e a secundária.

A hipertensão pulmonar primária é uma doença incomum na qual o diagnóstico é feito por

exclusão de todas as outras possíveis causas. A causa exata é desconhecida, porém existem

várias causas possíveis (ver quadro abaixo). A apresentação clinica da hipertensão pulmonar

primária se dá na ausência de doença pulmonar e cardíaca ou de embolia pulmonar. Ela é

observada mais frequentemente em mulheres de 20 a 40 anos de idade, e costuma ser fatal

dentro de anos do diagnóstico.

A hipertensão secundária é mais comum e resulta de uma doença cardíaca ou pulmonar

já existente. O prognóstico depende da gravidade do distúrbio subjacente e das alterações no

leito vascular pulmonar. Uma causa comum da hipertensão pulmonar secundária é a

constrição da artéria pulmonar devido à hipoxemia decorrente da DPOC.

Causas da Hipertensão Pulmonar

Primária ou Idiopática

Mecanismos imunitários alterados;

Embolia pulmonar silenciosa;

Fenômeno de Raynauld;

Contraceptivos orais;

Anemia falciforme;

Doenças do colágeno.

Secundária

Vasoconstricção pulmonar por hipoxemia: DPOC, cifoescoliose; obesidade, inalação

de fumaça, altitude elevada, distúrbio neuromuscular, pneumonia interstistial difusa;

Redução do leito vascular pulmonar: embolia pulmonar, vasculite, doença pulmonar

intersticial disseminada, embolia por tumor;

Doença cardíaca primária congênita e adquirida.

Portanto, o gabarito da questão é a letra B.

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24. (Prefeitura de São Luís-MA/MOVENS/2007) Doença pulmonar obstrutiva crônica é

uma terminologia ampla usada para classificar diversos distúrbios, como bronquite crônica,

bronquiectasias, enfisema pulmonar e asma brônquica. É uma condição geralmente

irreversível, associada à dispnéia, esforço e fluxo aéreo reduzido inexplicado por doença

cardíaca ou pulmonar infiltrativa específica. Com relação a esse assunto, nos itens a seguir,

assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F).

I. A bronquite crônica é definida como a presença de tosse seca, que perdura por pelo menos

três meses a um ano, por dois anos consecutivos.

II. A bronquiectasia é uma dilatação crônica dos brônquios e bronquíolos e pode ser causada

por várias condições, incluindo as infecções pulmonares, e obstrução de um brônquio.

III. Fumar cigarros constitui a principal causa de enfisema pulmonar.

IV. A asma manifesta-se por um estreitamento das vias aéreas, resultando em dispnéia, tosse e

sibilos.

V. Quando a asma e a bronquite ocorrem ao mesmo tempo, a obstrução é composta e é

chamada de bronquite asmática crônica.

A sequência correta é

a) F F F F V. b) V V F F V. c) F F V V F. d) F V V V V. e) V F F V V.

COMENTÁRIOS:

A bronquite crônica é definida clinicamente pela presença de tosse produtiva e

expectoração na maioria dos dias por no mínimo três meses ao ano durante dois anos

consecutivos.

Logo, o item I apresenta-se incorreto. Os demais itens estão certos. O gabarito da

questão é a letra D.

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Página 37

Amigos (as), apresento-lhes o

MELHOR material do Brasil sobre

Legislação do SUS para os

concursos dos hospitais

universitários, secretarias

estaduais e municipais de saúde.

Capítulos do livro que abordam o conteúdo de Legislação

Aplicada ao SUS previsto nos editais dos Hospitais Universitários.

Capítulo nº 1 - Constituição Federal, artigos de 194 a 200.

Capítulo nº 2 - Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080/1990).

Capítulo nº 3 - Controle social no SUS; Resolução nº 453/2012, do CNS; Lei

nº 8.142/1990.

Capítulo nº 7 - Decreto Presidencial nº 7.508/11.

Dados sobre a obra:

1. Mais vendido dentre todos os livros de concursos na Livraria Relativa (http://goo.gl/nBLKm8)

2. Livro mais popular de toda editora Impetus segundo a livraria Saraiva Online

(http://goo.gl/4uOMHt)

3. Livro mais vendido e melhor avaliado de todo o Brasil quando o assunto é Saúde Pública

http://goo.gl/UF2yiy, . http://goo.gl/j05UCI

LEGISLAÇÃO DO SUS

Aulas Gratuitas

Complementares

História da Saúde no Brasil

Sistemas de Informação em Saúde

Determinantes Sociais da Saúde

http://goo.gl/nTDcBC

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Página 38

3 - Questões de Aprofundamento sobre Ética e Legislação em

Enfermagem (Aula nº 3)

Vamos resolver uma questão sobre Ética e Legislação em Enfermagem, da prova do

concurso de Vitória da Conquista-BA, organizado pela AOCP, realizada no dia 03/11/2013.

Gostaria de agradecer ao nosso amigo Victor que gentilmente enviou-me essa prova que

não está disponível na internet.

25. (Prefeitura de Vitória da Conquista-BA/AOCP/2013) A pena de cassação do Exercício

Profissional é aplicável em qual dos seguintes casos?

a) Deixar de exercer a profissão com justiça, compromisso, equidade, resolutividade,

dignidade, competência, responsabilidade, honestidade e lealdade.

b) Deixar de fundamentar suas relações no direito, na prudência, no respeito, na solidariedade

e na diversidade de opinião e posição ideológica.

c) Deixar de comunicar ao COREN e aos órgãos competentes, fatos que infrinjam

dispositivos legais e que possam prejudicar o exercício profissional.

d) Deixar de avaliar criteriosamente sua competência técnica, científica, ética e legal e

somente aceitar encargos ou atribuições, quando capaz de desempenho seguro para si e para

outrem.

e) Deixar de praticar e/ou ser conivente com crime, contravenção penal ou qualquer outro ato,

que infrinja postulados éticos e legais.

COMENTÁRIOS:

As infrações que podem levar à Cassação do Direito ao Exercício Profissional de

Enfermagem estão listadas nos arts. 9º, 12; 26; 28; 29; 78 e 79 do respectivo código,

conforme descrição abaixo:

praticar e/ou ser conivente com crime, contravenção penal ou qualquer outro ato,

que infrinja postulados éticos e legais;

não assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de Enfermagem livre de

danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência.

negar Assistência de Enfermagem em qualquer situação que se caracterize como

urgência ou emergência;

povocar aborto, ou cooperar em prática destinada a interromper a gestação.

promover a eutanásia ou participar em prática destinada a antecipar a morte do

cliente.

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utilizar, de forma abusiva, o poder que lhe confere a posição ou cargo, para impor

ordens, opiniões, atentar contra o pudor, assediar sexual ou moralmente,

inferiorizar pessoas ou dificultar o exercício profissional.

apropriar-se de dinheiro, valor, bem móvel ou imóvel, público ou particular de

que tenha posse em razão do cargo, ou desviá-lo em proveito próprio ou de

outrem.

Meus amigos, gravem essas infrações, pois são cobradas frequentemente em provas de

concursos.

A título de informação, vamos ver quais são as demais infrações do Código de Ética dos

Profissionais de Enfermagem.

A pena de Advertência verbal é aplicável nos casos de infrações ao que está

estabelecido nos artigos: 5º a 7º; 12 a 14; 16 a 24; 27; 30; 32; 34; 35; 38 a 40; 49 a 55; 57; 69

a 71; 74; 78; 82 a 85; 89 a 95; 89; 98 a 102; 105; 106; 108 a 111 Código.

A pena de Multa é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos:

5º a 9º; 12; 13; 15; 16; 19; 24; 25; 26; 28 a 35; 38 a 43; 48 a 51; 53; 56 a 59; 72 a 80; 82; 84;

85; 90; 94; 96; 97 a 102; 105; 107; 108; 110; e 111 deste Código.

A pena de Censura é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos

artigos: 8º; 12; 13; 15; 16; 25; 30 a 35; 41 a 43; 48; 51; 54; 56 a 59 71 a 80; 82; 84; 85; 90;

91; 94 a 102; 105; 107 a 111 deste Código.

A pena de Suspensão do Exercício Profissional é aplicável nos casos de infrações ao

que está estabelecido nos artigos: 8º; 9º; 12; 15; 16; 25; 26; 28; 29; 31; 33 a 35; 41 a 43; 48;

56; 58; 59; 72; 73; 75 a 80; 82; 84; 85; 90; 94; 96 a 102; 105; 107 e 108 deste Código.

As penalidades previstas neste Código somente poderão ser aplicadas,

cumulativamente, quando houver infração a mais de um artigo.

Percebam que é inviável e humanamente impossível sabermos ao pé da letra a punição

para cada penalidade. Sugiro que façam uma leitura atenta do referido código e sempre

utilizem o bom senso para responder as questões.

Portanto, a pena de cassação do Exercício Profissional de Enfermagem é aplicável,

dentre outros, quando o profissional praticar e/ou ser conivente com crime, contravenção

penal ou qualquer outro ato, que infrinja postulados éticos e legais.

Ora, a AOCP pisou na bola nessa questão, pois "deixar de praticar e/ou ser conivente

com crime, contravenção penal ou qualquer outro ato, que infrinja postulados éticos e legais"

não é uma pena, mas sim uma dever. O gabarito indicado foi a letra E, mas essa questão

deverá ser anulada. Quando for liberado o gabarito oficial, avisarei a vocês o resultado.

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4 - Outros Temas de Clínica Médica

26. (Prefeitura de Galinhos-RN/ACAPLAM/2011) Região especial do coração, que

controla a frequência cardíaca. Localiza-se perto da junção entre o átrio direito e a veia cava

superior e é constituído por um aglomerado de células musculares especializadas:

a) Feixe de His

b) Nódulo sinoatrial

c) Sistema de Purkinge

d) Válvula tricúscpide

e) Válvula mitral

COMENTÁRIOS:

Para melhor entendimento da questão, vamos visualizar abaixo a anatomia do coração:

O sistema de condução elétrica intrínseco normal do coração permite que a propagação

elétrica seja transmitida do nó sinusal, por ambos os átrios, até o nodo atrioventricular. A

fisiologia normal permite posterior propagação, do nodo atrioventricular aos ventrículos e

seus respectivos fascículos e subdivisões.

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O nó sinusal e o nodo atrioventricular estimulam o miocárdio. A estimulação do

miocárdio ordenada permite a contração eficiente de todas as quatro câmaras do coração,

permitindo assim perfusão seletiva do sangue através dos pulmões e pela circulação sistêmica.

Para melhor entendimento, vejam a figura abaixo:

Diante do exposto, o gabarito da questão é a letra B.

27. (UFG/2013) A insuficiência cardíaca (IC) é a insuficiência das câmaras esquerda e/ou

direita do coração que resulta em um débito insatisfatório para atender às necessidades

tissulares provocando congestão vascular e cardíaca. Além de monitorar balanço hídrico nas

24 horas, manter o paciente em posição de Fowler na fase aguda e monitorar a pressão

arterial, as ações de enfermagem para indivíduos acometidos por IC, quanto ao gerenciamento

de líquidos, incluem a seguinte:

a) auscultar sons respiratórios.

b) administrar oxigênio.

c) administrar analgésico.

d) observar padrão intestinal.

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COMENTÁRIOS9:

Insuficiência Cardíaca (IC) Crônica é uma síndrome clínica complexa de caráter

sistêmico, definida como disfunção cardíaca que ocasiona inadequado suprimento sanguíneo

para atender necessidades metabólicas tissulares, na presença de retorno venoso normal, ou

fazê-lo somente com elevadas pressões de enchimento. Pode ser de origem sistólica ou

diastólica.

As alterações hemodinâmicas comumente encontradas na IC envolvem resposta

inadequada do débito cardíaco e elevação das pressões pulmonar e venosa sistêmica. Na

maioria das formas de IC, a redução do débito cardíaco é responsável pela inapropriada

perfusão tecidual (IC com débito cardíaco reduzido). De início este comprometimento do

débito cardíaco se manifesta durante o exercício, e com a progressão da doença ele diminui no

esforço até ser observado sua redução no repouso.

De acordo com Brunner e Sudddarth (2011), o aspecto dominante na insuficiência

cardíaca é a perfusão tecidual inadequada. O débito cardíaco diminuído a partir da

insuficiência cardíaca apresenta manifestações amplas, porque uma quantidade insuficiente de

sangue alcança os tecidos e órgãos (baixa perfusão) para fornecer o oxigênio necessário.

Alguns efeitos relacionados à baixa perfusão comumente encontrados são a tonteira,

confusão, fadiga, intolerância aos esforços e ao calor, extremidades frias e débito urinário

reduzido (oligúria). A pressão de perfusão renal diminui, o que resulta na liberação de renina

a partir do rim, o que, por sua vez, leva à secreção de aldosterona, retenção de sódio e líquido,

e volume intravascular ainda mais aumentado.

A congestão dos tecidos pode acontecer a partir das pressões venosas aumentadas,

devido ao débito cardíaco diminuído no coração insuficiente. A pressão venosa pulmonar

aumentada pode fazer com que o líquido passe dos capilares pulmonares para os alvéolos,

resultando em edema pulmonar, manifestado por tosse e dificuldade respiratória. A pressão

venosa sistêmica aumentada pode resultar em edema periférico generalizado e ganho de peso.

9 SBC, 2009, p.6.

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Os diagnósticos de enfermagem para pacientes com ICC sugeridos por Brunner e

Sudddarth (2011) são os seguintes:

Intolerância à atividade relativa ao desequilíbrio entre o aporte e a demanda de

oxigênio secundário ao débito cardíaco diminuído;

Fadiga secundária à insuficiência cardíaca;

Volume excessivo de líquido relacionado à ingesta excessiva de sódio/líquido

ou à retenção secundária à ICC e sua terapia clínica;

Ansiedade ligada à falta de ar e agitação secundárias à oxigenação imprópria;

Não complacência ligada à falta de conheciemento;

Impotência relacionada à incapacidade de realizar as responsabilidades próprias

secundária à doença crônica e hospitalizações.

Ainda de acordo com Brunner e Sudddarth (2011), em relação ao controle do volume

hídrico de paciente com IC, o enfermeiro monitoriza de perto o estado hídrico do paciente –

auscultando o pulmão, comparando os pesos corporais diários, monitorizando a ingesta e o

débito e auxiliando o paciente a aderir a uma dieta hipossódica ao ler os rótulos dos alimentos

e evitando os alimentos de conveniência comercialmente preparados. Quando a dieta inclui a

restrição hídrica, o enfermeiro pode auxiliar o paciente a planejar a distribuição ao longo do

dia, enquanto respeita as preferências alimentares do paciente.

Diante do exposto não restam dúvidas que o gabarito da questão é a letra A.

28. (Prefeitura de Pontes de Lacerda-MT/FAPERP/2011) Na insuficiência cardíaca

congestiva, a disfunção do músculo cardíaco causa:

a) hipertrofia ventricular.

b) infarto agudo do miocárdio.

c) doenças degenerativas do miocárdio.

d) enfisema pulmonar.

COMENTÁRIOS:

A hipertrofia ventricular esquerda (HVE) representa uma resposta adaptativa do coração

à hipertensão arterial. Embora considerada compensatória, a HVE é um preditor independente

de maior morbimortalidade cardiovascular. Em concordância com essas observações, diversas

evidências clínicas e epidemiológicas demonstraram que a HVE é um importante fator de

risco para o desenvolvimento de insuficiência cardíaca (IC) sistólica e diastólica10

. Logo, o

gabarito é a letra A.

10

Hipertrofia ventricular esquerda: o caminho para a insuficiência cardíaca.

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Página 44

29. (Prefeitura de Gramado-RS/FUNDATEC/2013) Sobre a prevenção clínica de doença

cardiovascular, cerebrovascular e renal crônica, leia as seguintes afirmativas:

I. A doença cardiovascular representa hoje, no Brasil, a maior causa de mortes.

II. Mais importante do que diagnosticar no indivíduo uma patologia isoladamente, seja

diabetes, hipertensão ou a presença de dislipidemia, é avaliá-lo em termos de seu risco

cardiovascular, cerebrovascular e renal global.

III. Os principais grupos de risco para o desenvolvimento da doença renal crônica são diabete

mellitus, hipertensão arterial e história familiar.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.

b) Apenas II.

c) Apenas I e III.

d) Apenas II e III.

e) I, II e III.

COMENTÁRIOS:

Essa questão é clara e direta, bem intuitiva. Todos os itens estão corretos. Logo, o

gabarito é a letra E.

30. (Exército Brasileiro/EsFCEx/2011) Trata-se de um dos cuidados de enfermagem

prioritário para paciente com o diagnóstico de enfermagem de débito cardíaco diminuído:

a) controle de diurese.

b) realizar pulsoterapia.

c) realizar curva térmica.

d) orientar aumento da ingesta hídrica.

e) orientar sobre os cuidados com o uso de marcapasso.

COMENTÁRIOS:

O débito cardíaco diminuído é a quantidade insuficiente de sangue bombeado pelo

coração para atender às demandas metabólicas corporais. Os principais sitomas são os

seguintes: ansiedade, inquietação, dispneia, mudança de cor da pele, oliguria, pele fria e

pegajosa, pulsos periféricos diminuídos, edema, estase da veia jugular, fadiga, ganho de peso

etc.

Nessa situação, é evidente que se deve fazer o balanço hídrico e controle da diurese. O

gabarito, portanto, é a letra A.

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31. (Prefeitura de Montes Claros-MG/ UNIMONTES/2010) Em relação aos distúrbios

venosos agudos, podemos afirmar:

I. A tromboflebite superficial, via de regra, é um distúrbio de difícil diagnóstico: muitas vezes

é iatrogênico, decorrente de introdução descuidada de cateteres venosos ou má manutenção

dos locais de manipulação endovenosa.

II. As veias e as válvulas, permanentemente lesadas pela trombose venosa profunda,

diminuem o risco de outra trombose venosa profunda, embolia pulmonar e úlceras venosas de

estase.

III. A trombose venosa profunda é um distúrbio comum, mais entre as mulheres do que entre

os homens, e mais em adultos do que em crianças.

Marque a alternativa CORRETA.

a) Somente I e III estão corretas.

b) Somente I e II estão corretas.

c) Somente II e III estão corretas.

d) Somente III está correta.

COMENTÁRIOS1112

:

A trombose venosa profunda (TVP) é o desenvolvimento de um trombo (coágulo

de sangue) dentro de um vaso sanguíneo venoso com consequente reação inflamatória do

vaso, podendo, esse trombo, determinar obstrução venosa total ou parcial.

A TVP é relativamente comum (50 casos/100.000 habitantes) e é responsável por

sequelas de insuficiência venosa crônica: dor nas pernas, edema (inchaço) e úlceras de estase

(feridas). Além disso, a TVP é também responsável por outra doença mais grave: a embolia

pulmonar.

Os sintomas da TVP variam muito, desde clinicamente assintomático (cerca de 50%

dos casos de TVP passam desapercebidos) até sinais e sintomas clássicos como aumento da

temperatura local, edema (inchaço), dor, empastamento (rigidez da musculatura da

panturrilha).

No tratamento da TVP visa-se prevenir a ocorrência de embolia pulmonar fatal, evitar

a recorrência, minimizar o risco de complicações e seqüelas crônicas. Utilizam-se medicações

anticoagulantes (que diminuem a chance do sangue coagular) em doses altas e injetáveis.

11

TVP 12

Tromboflebite.

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Página 46

Tromboflebite é uma doença bastante comum, e se caracteriza por uma trombose

(sangue coagulado) dentro de veia superficial, com reação inflamatória da parede venosa e

dos tecidos vizinhos.

Os sintomas são dor de intensidade variável, geralmente localizada, mas que, em alguns

casos, limita as atividades do paciente. Pele avermelhada ou arroxeada com aumento de

temperatura no local e endurecimento de trajeto venoso. Edema (inchaço), na maioria das

vezes, é somente local, mas, às vezes, aparece de modo discreto na extremidade do membro

atingido.

O diagnóstico é feito, basicamente, pelo exame físico e história do paciente.

Geralmente, há história de injeção intravenosa ou de paciente portador de varizes de membros

inferiores.

O tratamento depende da extensão de veia afetada e da intensidade dos sintomas.

Geralmente, utiliza-se tratamento clínico com analgésicos, antiinflamatórios e calor local,

com compressas úmidas mornas em tromboflebites localizadas, pouco extensas.

Anticoagulantes são usados somente em casos de tromboflebites superficiais extensas,

com evolução para trombose venosa profunda e embolia pulmonar.

O tratamento cirúrgico, às vezes, se faz necessário para remoção de trajeto venoso ou do

trombo (coágulo), em casos de dor importante e persistente e em tromboflebite de safenas,

quando há risco de trombose venosa profunda.

Antibióticos não estão indicados, a não ser que se comprove realmente uma infecção

como em tromboflebites supurativas, causadas por uso de cateter intravenoso.

Dito isto, vamos analisar os itens da questão:

Item I. Incorreto. A tromboflebite superficial, via de regra, é um distúrbio de fácil

diagnóstico: muitas vezes é iatrogênico, decorrente de introdução descuidada de cateteres

venosos ou má manutenção dos locais de manipulação endovenosa.

Item II. Incorreto. As veias e as válvulas, permanentemente lesadas pela trombose

venosa profunda, aumentam o risco de outra trombose venosa profunda, embolia

pulmonar e úlceras venosas de estase.

Item III. Correto. A trombose venosa profunda é um distúrbio comum, mais entre as

mulheres do que entre os homens, e mais em adultos do que em crianças.

O gabarito da questão, portanto, é a letra D.

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Página 47

32. (Prefeitura de Ibiporã-PR/AOCP/2011) Relacione as colunas e, em seguida, assinale a

alternativa com a sequência correta.

Tipo de Angina

1. Angina Instável.

2. Angina Estável.

3. Angina Refratária.

4. Angina Variante.

Definição/sintomas

(1) Os sintomas acontecem com o paciente em repouso,

sintomas com maior frequência e duração.

(2) A dor acontece aos esforços e é aliviada pelo repouso.

(4) Dor torácica grave e intratável.

(3) Dor em repouso com elevação reversível do seguimento ST

(também chamada de Prinzmetal).

a) 2 – 1 – 4 – 3. b) 1 – 2 – 3 – 4. c) 1 – 2 – 4 – 3. d) 3 – 4 – 2 – 1. e) 4 – 3 – 1 – 2.

COMENTÁRIOS:

Meus amigos, a AOCP adora explorar esse assunto em suas provas. Por isso, fiquem

atentos.

A angina de peito é uma síndrome clínica comumente caracterizada por episódios ou

paroxismos de dor ou pressão na parte anterior do tórax. A causa é, em geral, o fluxo

sanguíneo coronariano (artérias do coração) insuficiente. O fluxo insuficiente resulta em um

aporte diminuído de oxigênio para satisfazer a uma demanda miocárdica aumentada de

oxigênio em resposta ao esforço físico ou estresse emocional. Em outras palavras, a

necessidade de oxigênio supera o suprimento.

Em geral, a angina é causada por doença aterosclerótica. De maneira quase invariável, a

angina está associada a uma obstrução significante de uma artéria coronária importante.

Diversos fatores estão associados à típica dor anginosa:

Esforço físico, que pode precipitar uma crise por aumentar as demandas

miocárdicas de oxigênio;

Exposição ao frio, que pode provocar vasoconstrição e uma pressão arterial

elevada, a qual aumenta a demanda de oxigênio;

Ingerir uma refeição pesada, o que aumenta o fluxo sanguíneo para a área

mesentérica (sistema gastrointestinal) para a digestão, reduzindo, assim, o

aporte sanguíneo disponível para o músculo cardíaco. Em um coração

gravemente comprometido, o desvio do sangue para a digestão pode ser

suficiente para induzir a dor anginosa.

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Página 48

Após exposição geral do tema, vamos fazer as devidas correlações propostas na

questão:

1. Angina Instável (conhecida como angina pré-infarto ou angina em crescendo) - os

sintomas acontecem com o paciente em repouso, sintomas com maior frequência e

duração; o limiar para dor é menor.

2. Angina Estável - dor previsível e consistente que acontece aos esforços e é aliviada

pelo repouso.

3. Angina Refratária (conhecida como angina intratável) - dor torácica grave e

intratável.

4. Angina Variante (também chamada de Prinzmetal) - dor em repouso com elevação

reversível do seguimento ST.

Dito isto, o gabarito da questão é a letra B.

33. (Instituto Inês/AOCP/2012) A dor torácica é a apresentação clínica mais comum da

isquemia miocárdica ocorrendo em aproximadamente 80% dos casos. Sobre as características

da dor torácica e sintomas associados, assinale a alternativa correta.

a) Uma das características básicas da angina estável típica é o desconforto difuso,

retroesternal, não afetado por posição, movimento ou palpação, podendo irradiar para ombros,

braço esquerdo, braço direito, pescoço ou mandíbula.

b) A dor dos pacientes com SCA (síndrome coronariana aguda) tem características

semelhantes à da angina estável, mas os episódios são menos intensos e prolongados e,

normalmente, ocorrem nos esforços.

c) Entre os pacientes que apresentam angina pectoris, há três apresentações principais que

sugerem o surgimento de uma SCA uma delas é a angina de repouso com geralmente menos

de 20 minutos de duração.

d) A angina estável típica não é aliviada pelo repouso nem pelo uso de nitrato sublingual.

e) Angina em crescendo (maior frequência, maior duração ou ocorre com menor esforço que

em eventos anginosos prévios) descarta o aparecimento de uma SCA.

COMENTÁRIOS13

:

13

Ministério da Saúde

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Página 49

Vamos detalhar cada item da questão:

Item A. Correto. A dor torácica é a apresentação clínica mais comum da isquemia

miocárdica, ocorrendo em aproximadamente 80% dos casos.

A angina estável típica possui três características básicas:

É o desconforto difuso, retroesternal, não afetado por posição, movimento ou

palpação, podendo irradiar para ombros, braço esquerdo, braço direito, pescoço

ou mandíbula;

É reproduzida pelo esforço ou estresse emocional;

É prontamente aliviada pelo repouso ou pelo uso de nitrato sublingual.

Item B. Incorreto. O termo SCA (síndrome coronariana aguda) é empregado nas

situações em que o paciente apresenta evidências clínicas e/ou laboratoriais de isquemia

miocárdica aguda, produzida por desequilíbrio entre oferta e demanda de oxigênio para o

miocárdio, tendo como causa principal a instabilização de uma placa aterosclerótica.

Atenção! A SCA pode desencadear o infarto agudo do miocárdio (IAM) ou angina

instável. Vamos tratar do IAM na aula sobre urgência, emergência e UTI.

A dor dos pacientes com SCA tem características semelhantes à da angina estável,

mas os episódios são mais intensos e prolongados e, normalmente, ocorrem em

repouso.

Frequentemente, vem acompanhada de sudorese, náuseas, vômitos, ou dispnéia. Não

rara é a apresentação atípica, com queixas como mal estar, indigestão, dor epigástrica,

sudorese, inclusive sem dor torácica associada, principalmente em idosos e diabéticos.

Item C. Incorreto. Entre os pacientes que apresentam angina pectoris, há três

apresentações principais que sugerem o surgimento de uma SCA, caracterizando um

agravamento do quadro:

Angina de repouso com geralmente mais de 20 minutos de duração;

Angina de início recente que limita a atividade;

Fatores desencadeantes mais comuns das SCA

Instabilização da placa

aterosclerótica

Progressão de lesão

aterosclerótica

Aumento da demanda de oxigênio pelo miocárdio

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Página 50

Angina em crescendo (maior frequência, maior duração ou ocorre com menor

esforço que em eventos anginosos prévios).

Item D. Incorreto. A angina estável típica é prontamente aliviada pelo repouso bem

como pelo uso de nitrato sublingual.

Item E. A angina em crescendo (maior frequência, maior duração ou ocorre com

menor esforço que em eventos anginosos prévios) é um estado de agravamento do quadro,

podendo gerar o aparecimento de uma SCA.

Nesses termos, o gabarito da questão é a letra A.

34. (Prefeitura de Paranavaí-PR/AOCP/2011) Sobre a síndrome coronariana aguda (SCA)

informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a

sequência correta.

( ) São sintomas atípicos da SCA: Mal estar, indigestão, dor epigástrica e sudorese,

principalmente em idosos e em portadores de diabetes mellitus (DM).

( ) A dor é localizada na região do hipocôndrio direito.

( ) A dor geralmente não se altera por posição, movimento ou palpação.

( ) O início da dor geralmente se dá em repouso.

a) V – V – V – V.

b) F – F – V – V.

c) V – F – V – V.

d) V – F – F – F.

e) F – V – F – V.

COMENTÁRIOS14

:

14

Ministério da Saúde.

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Página 51

Na anamnese do diagnóstico de Síndrome Coronariana Aguda (SCA), verificam-se os

seguintes achados clínicos:

Manifestações Clínicas da Síndrome Coronariana Aguda (SCA)

Dor típica

Qualidade Desconforto difuso, constritiva ou em

peso.

Localização Retroesternal.

Irradiação

Ombro, braço E, braço D, pescoço ou

mandíbula.

Não alterada por Posição, movimento, palpação.

Início Geralmente em repouso.

Sinais e sintomas

associados

Sudorese, náuseas, vômitos ou

dispneia.

Sintomas

atípicos

Mal estar, indigestão, dor epigástrica e sudorese, principalmente

em idosos e em portadores de diabete melito (DM).

Fatores de

risco

Tabagismo, HAS, dislipidemia, DM e história familiar de DAC

precoce (homem < 55 e mulher < 65 anos).

O item nº 2 é o único incorreto, pois a dor é localizada na região do retroesternal, e

não no hipocôndrio direito. Nessa tela, o gabarito da questão é a letra C.

35. (Prefeitura de Machadinho D’Oeste-RO/FUNCAB/2012) Marque a alternativa de

acordo com a correta classificação do tipo de Angina de peito.

a) Angina estável: dor torácica intensa e incapacitante.

b) Angina intratável: dor previsível e consistente que ocorre sob esforço e é aliviada pelo

repouso.

c) Angina variante: evidência objetiva de isquemia, mas o paciente não relata sintomas.

d) Angina refratária: dor em repouso com elevação reversível do segmento ST.

e) Angina instável: também chamada de angina pré-infarto, o limiar para dor é menor e a dor

pode ocorrer em repouso.

COMENTÁRIOS:

Vamos analisar cada item para melhor entendimento:

Item A. Incorreto. Angina estável: dor previsível e consistente que acontece aos

esforços e é aliviada pelo repouso.

Itens B e D. Incorretos. Angina intratável (refratária): dor torácica grave e

intratável.

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Página 52

Item C. Incorreto. Angina variante (também chamada de Prinzmetal): evidência objetiva

de isquemia (elevação reversível do seguimento ST), bem como dor em repouso.

Item E. Correto. Angina instável: também chamada de angina pré-infarto ou angina em

crescendo, o limiar para dor é menor e a dor pode ocorrer em repouso.

O gabarito da questão, portanto, é a letra E.

36. (Assembleia Legislativa do Amazonas-MA/FGV/2013) A angina de peito é uma

síndrome clínica comumente caracterizada por episódios ou paroxismos de dor ou pressão na

região anterior do tórax. Os sintomas variam de acordo com o tipo de angina, podendo ir

desde um desconforto até a dor agonizante. A dor em repouso, possivelmente causada pelo

vasoespasmo da artéria coronária, é característica da

a) angina estável.

b) angina instável.

c) angina refratária.

d) angina Prinzmetal.

e) isquemia silenciosa.

COMENTÁRIOS:

A angina variante (também chamada de Prinzmetal) desencadeia dor em repouso,

possivelmente causada pelo vasoespasmo da artéria coronária, com elevação reversível do

seguimento ST. Dessa forma, o gabarito é a letra D.

37. (Prefeitura de Patos-PB/PagTCPB/2010) Coloque (V) verdadeiro ou (F) falso e marque

a alternativa correta. A endocardite infecciosa é uma infecção microbiana da superfície

endotelial do coração. São fatores de alto risco para endocardite infecciosa:

( ) Próteses valvulares cardíacas.

( ) Doença da válvula aórtica.

( ) Regurgitação mitral.

( ) Defeito septal ventricular.

( ) Coarctação da aorta.

Assinale a alternativa correta:

a) V V V F F.

b) F F V V V.

c) V V V V V.

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Página 53

d) V V V V F.

e) F F F F V.

COMENTÁRIOS15

:

Endocardite é o nome dado às afecções, infecciosas ou não, do endocárdio.

O coração é formado por três camadas: o pericárdio é a externa, o miocárdio é a medial

e o endocárdio é a interna, da qual fazem parte as válvulas cardíacas.

A maioria das endocardites tem uma origem infecciosa e os micro-organismos mais

frequentemente causadores dessa doença são: bactérias, fungos, micobactérias, riquetsias,

clamídias e micoplasmas.

Os agentes mais comuns são: estreptococos, estafilococos, enterococos e alguns

germes gram-negativos.

Também existem reações inflamatórias do endocárdio provocadas por doenças auto-

imunes, nas quais não encontramos um agente infeccioso na reação inflamatória do

endocárdio.

A endocardite se localiza preferencialmente nas válvulas do coração, mas pode ser

encontrada em qualquer parte do endocárdio, podendo ser classificada em aguda e subaguda.

A aguda se caracteriza pela intensa toxicidade e rápida progressão, podendo evoluir em

dias para a morte. Costuma provocar infecções à distância, como no cérebro, rins, pulmões,

fígado, olhos. O agente etiológico mais comum é o estafilococos aureus.

Já a subaguda tem a evolução mais lenta, persistindo por até meses e, na maioria dos

casos, é causada por Estreptococos viridans, enterococos, estafilococos coagulase negativos

ou bacilos gram-negativos.

A endocardite pode atingir as pessoas em qualquer idade e os sintomas e sinais

principais são: febre de longa duração, suores noturnos persistentes, astenia, baço aumentado

de volume e alterações cardíacas, como o agravamento súbito de uma doença cardíaca

previamente existente.

As pessoas portadoras de lesões valvulares do coração, congênitas ou adquiridas, são as

mais propensas a apresentarem a doença. Contudo, a endocardite também ocorre em pessoas

que não tenham lesões cardíacas.

As endocardites surgem principalmente depois de procedimentos invasivos, em que há a

invasão do organismo, como cirurgias, extrações dentárias, colocação de sondas, manipulação

de abscessos (cuidado ao espremer espinhas ou furúnculos!). Em alguns grupos, a metade dos

15

Endocardites.

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Página 54

casos encontrados de endocardite é em pessoas que fizeram ou fazem uso de drogas

injetáveis.

Um outro grupo de pessoas seguidamente acometido de endocardite encontra-se entre

os que foram submetidos a cirurgia cardíaca. Existem trabalhos que relatam que até 30% das

válvulas artificiais implantadas nos corações são atingidas por infecção.

O diagnóstico de endocardite é feito principalmente quando existe um alto índice de

suspeita do médico naqueles pacientes que tenham febres prolongadas e sem um outro

diagnóstico que explique a elevação da temperatura. A história de procedimentos cirúrgicos,

dentários e uso de drogas aumentam a suspeita. Para um diagnóstico de endocardite, o médico

se vale de um bom exame clínico do sistema cardiovascular, no qual se destacam o

surgimento ou a alteração em sopros anteriormente existentes, o aumento do baço, alterações

ecocardiográficas e culturas do sangue.

Atualmente, um dos exames que mais auxilia para o diagnóstico de endocardite é a

ecografia trans-esofágica.

O tratamento é feito com antibióticos em doses generosas e durante um tempo

prolongado, em média 30 dias.

A partir do exposto, verificamos que todos os itens estão corretos e o gabarito é a letra

C.

38. (Prefeitura de Machadinho D’Oeste-RO/FUNCAB/2012) Entre os cuidados contidos

na Prescrição de Enfermagem para o paciente com Insuficiência Renal Crônica, deve-se:

a) alterar o horário dos medicamentos de modo que eles sejam administrados imediatamente

antes das refeições.

b) incentivar lanches hipocalóricos e hipossódicos entre as refeições.

c) oferecer alimentos hiperprotéicos e ricos em potássio.

d) avaliar o estado hídrico: peso diário; balanço hídrico; turgor cutâneo e presença de edema.

e) oferecer hidratação oral sem restrição.

COMENTÁRIOS:

Segundo Brunner e Sudddarth (2011), a insuficiência Renal Crônica (IRC) é uma

deteriorização progressiva e irreversível da função renal em que a capacidade do corpo para

manter o equilíbrio metabólico e hidroeletrolítico falha, resultando em uremia (retenção de

ureia e outros produtos de degradação nitrogenados no sangue).

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Página 55

Até que tenham perdido cerca de 50% de sua função renal, os pacientes permanecem

quase sem sintomas. A partir daí, podem aparecer sintomas e sinais que nem sempre

incomodam muito. Assim, anemia leve, pressão alta, edema (inchaço) dos olhos e pés,

mudança nos hábitos de urinar (levantar diversas vezes à noite para urinar) e do aspecto da

urina (urina muito clara, sangue na urina, etc). Deste ponto até que os rins estejam

funcionando somente 10 a 12% da função renal normal, pode-se tratar os pacientes com

medicamentos e dieta. Quando a função renal se reduz abaixo desses valores, torna-se

necessário o uso de outros métodos de tratamento da insuficiência renal: diálise ou transplante

renal16

.

Os primeiros sintomas da IRC podem demorar anos para serem notados, o mesmo

ocorre com a síndrome urêmica, típica da IRC terminal, o que demonstra grande capacidade

adaptativa dos rins, permitindo que seres humanos mantenham-se vivos com apenas 10% da

função renal17

.

Diversas são as doenças que levam à insuficiência renal crônica. As três mais comuns

são a hipertensão arterial, o diabetes e a glomerulonefrite18

.

A IRC pode ser tratada inicialmente por meio de terapêuticas conservadoras, como:

tratamento dietético, medicamentoso e controle da pressão arterial. A indicação do programa

dialítico será feita quando o tratamento conservador não é capaz de manter a qualidade de

vida do paciente e quando há o surgimento de sinais e sintomas importantes da uremia19

.

Nas fases iniciais da IR, quando as manifestações clínicas e laboratoriais são mínimas

ou ausentes, o diagnóstico pode ser sugerido pela associação de manifestações inespecíficas

(fadiga, anorexia, emagrecimento, prurido, náusea ou hemólise, hipertensão, poliúria, nictúria,

hematúria ou edema). Os principais sintomas são: nictúria, poliúria, oligúria, edema,

hipertensão arterial, fraqueza, fadiga, anorexia, náuseas, vômito, insônia, cãibras, prurido,

palidez cutânea, xerose, miopatia proximal, dismenorréia, amenorréia, atrofia testicular,

impotência, déficit cognitivo, déficit de atenção, confusão, sonolência, obnubilação e coma20

.

A opção pelo método dialítico deve ser uma decisão conjunta do paciente e família com

a equipe de nefrologia, respeitando os critérios de exclusão em função das características e

necessidades individuais do paciente21

.

16

SBN 17

Caracterização e etiologia da insuficiência renal crônica em unidade de nefrologia do interior do Estado de São Paulo 18

SBN 19

Caracterização e etiologia da insuficiência renal crônica em unidade de nefrologia do interior do Estado de São Paulo 20

Caracterização e etiologia da insuficiência renal crônica em unidade de nefrologia do interior do Estado de São Paulo 21

Cuidados de Enfermagem ao cliente em Diálise Peritoneal: contribuição para prática e manejo clínico.

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Página 56

De acordo com Brunner e Suddarth (2011), o paciente com insuficiência renal crônica

requer cuidados de enfermagem experientes, a fim de evitar as complicações da função

reduzida e os estresses e ansiedade de lidar com uma doença com risco de vida. Os exemplos

dos diagnósticos de enfermagem potenciais para esses pacientes incluem os seguintes:

Excesso de volume hídrico relacionado ao débito urinário diminuído, excessos

na dieta e retenção de água e sódio;

Nutrição alterada: menor que as necessidades corporais, relacionada à anorexia,

náuseas e vômitos, restrições da dieta e mucosa oral alterada;

Déficit de conhecimento sobre o distúrbio e o regime de tratamento;

Intolerância à atividade relacionada à fadiga, anemia, retenção de produtos de

degradação e procedimento de diálise;

Distúrbio da autoestima relacionado à dependência, a alterações na imagem

corporal e disfunção sexual.

O cuidado de enfermagem procura avaliar o estado hídrico e identificar as fontes

potenciais de desequilíbrio, implementar um programa de dieta para garantir a ingestão

nutricional adequada dentro dos limites do regime de tratamento e promover os sentimentos

positivos, encorajando o aumento do auto cuidado e a maior indepedência.

Isto posto, vamos resolver os itens da questão. São cuidados de enfermagem para o

paciente com Insuficiência Renal Crônica:

Item A. Incorreto. Alterar o horário dos medicamentos de modo que eles não sejam

administrados imediatamente antes das refeições para prevenir a anorexia e sensação de

plenitude

Item B. Incorreto. Incentivar lanches hipercalóricos (ricos em calorias),

hipossódicos e probres em proteinas e potássio entre as refeições. Todavia, as refeições

devem conter quantidade moderadas de proteinas, com preferência para alimentos com

proteinas de alto valor biológico: ovos, produtos lacteos e carnes.

Item C. Incorreto. Oferecer alimentos hiporprotéicos e pobres em potássio.

Item D. Correto. Avaliar o estado hídrico: peso diário; balanço hídrico; turgor cutâneo e

presença de edema.

Item E. Incorreto. Oferecer hidratação oral com restrição.

Nesses termos, o gabarito da questão é a letra D.

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Página 57

39. (Prefeitura de Goiana-PE/2010-IPAD) Se um cliente possui diagnóstico de enfermagem

de “excesso de volume líquido relacionado ao débito urinário reduzido e retenção de água e

sal” e é portador de insuficiência renal crônica, são cuidados essenciais:

a) avaliação de edema e administração de suplementos de vitamina D, conforme prescrito.

b) realização de ausculta cardíaca e estimulação da ingestão de sódio

c) a mensuração diária do peso e aferição da pressão arterial.

d) avaliação do ingurgitamento de veia jugular e monitoração da contagem de eritrócitos.

e) avaliação da frequência respiratória e administração de suplementos de ferro, conforme

prescrição.

COMENTÁRIOS:

De acordo com Brunner e Sudddarth (2011), os principais cuidados de enfermagem para

um paciente com o diagnóstico de enfermagem de “excesso de volume líquido relacionado ao

débito urinário reduzido e retenção de água e sal” são os seguintes:

Avaliar o estado hídrico: pesar diariamente, equilíbrio da ingestão e excreção, turgor

cutâneo e presença de edema, ingurgitamento das veias do pescoço, pressão arterial,

frequência e ritmo cardíaco, frequência e esforço respiratório;

Limitar a ingestão hídrica ao volume prescrito;

Identificar as fontes hídricas potenciais: medicamentos e líquidos usados para tomar

medicamentos orais e endovenosos, alimentos;

Explicar o paciente e à família a justificativa para a restrição;

Ajudar o paciente a lidar com os desconfortos decorrentes da restrição hídrica;

Realizar ou encorajar a higiene oral frequente.

O gabarito da questão, portanto, é a letra C.

40. (UNIOESTE-2013) Sr. Josias tem problema renal a mais ou menos 3 anos, procurou o

serviço de saúde onde identificou-se hipertensão. As causas da hipertensão associadas com a

insuficiência renal crônica incluem

a) hipoaldosteronismo.

b) sódio aumentado e retenção de água.

c) produção de renina diminuída.

d) produção de hormônio antidiurético diminuída.

e) hipotireoidismo.

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Página 58

COMENTÁRIOS:

Na Insuficiência Renal Crônica (IRC), há uma diminuição considerável da função renal,

desencadeando a retenção de sais minerais (principalemnte sódio e potássio) e água no

organismo, aumentando o volume sanguineo e sobrecarga cardíaca. Isso pode desencadear ou

agravar a hipertensão arteria sistêmica. Por isso, o gabarito da questão é a letra B.

41. (HCFMB–UNESP/CAIPIMES/2013) Referente à diálise peritoneal assinale a alternativa

incorreta.

a) A diálise peritoneal é indicada em pacientes que realizaram cirurgia abdominal recente ou

extensa, apresentam aderências abdominais ou estejam em estado gravídico.

b) Na maioria das vezes, a diálise peritoneal é indicada para pacientes graves que necessitam

de diálise, mas são incapazes de tolerar as alterações hemodinâmicas associadas à

hemodiálise.

c) A diálise peritoneal também pode ser realizada em uma unidade de terapia intensiva em

pacientes que já faziam uso de diálise peritoneal crônica e pacientes hospitalizados com

doença aguda.

d) A diálise peritoneal é um tratamento mais lento e menos eficaz que a hemodiálise.

COMENTÁRIOS:

A Diálise Peritoneal envolve o

transporte de solutos e de água através de uma

membrana que separa dois compartimentos

contendo líquidos. Esses dois compartimentos

são (a) o sangue nos capilares peritoneais, e

(b) a solução de diálise na cavidade

peritoneal. Durante o curso da DP ocorrem

simultaneamente três processos de transporte:

difusão, ultrafiltração e absorção22

.

22

Cuidados de Enfermagem ao cliente em Diálise Peritoneal: contribuição para prática e manejo clínico.

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Página 59

Os principais tipos de diálise peritoneal cobrados em concurso são os seguintes: Diálise

Peritoneal Ambulatorial Contínua (CAPD ou DPAC), Diálise Peritoneal Cíclica Continua

(CCPD) e Diálise Peritoneal Intermitente (DPI)23

.

Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua

A Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua, também conhecida como CAPD ou

DPAC, é a forma mais comum de diálise peritoneal e especialmente indicada para pacientes

idosos, crianças ou aqueles para os quais a hemodiálise não é conveniente ou possível. Este

tipo de diálise, não precisa de máquina. Geralmente, é realizada em casa, em um local limpo e

bem iluminado.

O próprio paciente pode fazer a infusão e a retirada (drenagem) da solução de diálise no

abdômen ou pode ser auxiliado por uma outra pessoa especialmente treinada para fazer estas

trocas de bolsas de solução. O sangue durante a CAPD esta sendo depurado o tempo todo.

A solução de diálise vai de uma bolsa de plástico através do catéter até a cavidade

abdominal e ali permanece por várias horas. A solução é então drenada e uma nova solução

volta a encher o abdômen, recomeçando o processo de depuração.

No caso da CAPD, a solução de diálise fica no abdômen durante 4 horas. O processo de

drenar o dialisado e substituí-lo por uma solução nova leva de 30 a 40 minutos. A maioria das

pessoas troca a solução quatro vezes por dia.

Diálise Peritoneal Cíclica Continua

A Diálise Peritoneal Cíclica Contínua ou CCPD é parecida com a CAPD, porém nesta

deve-se conectar o catéter a uma máquina que enche o abdômen e drena a solução de diálise

automaticamente.

Este método é geralmente realizado durante a noite, enquanto o paciente dorme,

permitindo maior liberdade ao paciente durante o dia.

É um método ainda pouco utilizado no Brasil, pois a máquina deve ser comprada ou

alugada pelo paciente para ser usada em casa, o que aumenta muito o custo do tratamento.

Diálise Peritoneal Intermitente

Vejam que os métodos de Diálise Peritoneal Cíclica Contínua (CCPD) e Diálise

Peritoneal Ambulatorial Contínua (CAPD ou DPAC) podem ser realizados facilmente em

casa. Existe outro método mais intensivo que deve ser realizado em ambiente hospitalar:

Diálise Peritoneal Intermitente (DPI).

23

UNIFESP

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Página 60

O tratamento da DPI é dado durante cerca de 24 horas, em ambiente hospitalar, com

trocas a cada 1-2 horas, duas vezes por semana (40 a 60 litros). No período entre as diálises,

fica o abdômen seco. Indicada para paciente com alta permeabilidade de membrana e função

renal residual significativa

A infecção do peritônio ou peritonite é a principal complicação da diálise peritoneal.

Muitas vezes o início da infeção acontece no orifício pelo qual o catéter sai do corpo. Esta

infecção se não for tratada rápida e corretamente pode espalhar-se e infectar o peritônio

determinando a peritonite.

A peritonite também poderá se desenvolver se houver dificuldades em conectar ou

desconectar o catéter das bolsas.

Um dos primeiros sinais de peritonite é a mudança da cor e aspecto do liquido drenado

que deve ser claro e fluido, com a peritonite torna-se turvo e espesso. A peritonite poderá

também se manifestar por febre, dor no abdômen, mal-estar, enjoos, vômitos e diminuição do

apetite.

Dito isto, vamos analisar as assertivas da questão:

Item A. Incorreto. A diálise peritoneal não é indicada em pacientes que realizaram

cirurgia abdominal recente ou extensa, apresentam aderências abdominais ou estejam em

estado gravídico. Nesses casos, não há condições para inserção do cateter da diálise no

abdômen, abaixo do umbigo.

Item B. Correto. Na maioria das vezes, a diálise peritoneal é indicada para pacientes

graves que necessitam de diálise, mas são incapazes de tolerar as alterações hemodinâmicas

associadas à hemodiálise.

Item C. Correto. A diálise peritoneal também pode ser realizada em uma unidade de

terapia intensiva em pacientes que já faziam uso de diálise peritoneal crônica e pacientes

hospitalizados com doença aguda.

Item D. Correto. A diálise peritoneal é um tratamento mais lento e menos eficaz que a

hemodiálise.

Nessa tela, o gabarito da questão é a letra A.

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42. (UFSM/2013) O rim tem como principal função a regulação da composição

hidroeletrolítica dos líquidos corporais e a remoção dos produtos finais do metabolismo do

sangue. É correto afirmar que a assistência de enfermagem a pacientes em diálise peritoneal

intermitente compreende

a) controlar a pressão arterial e o pulso a cada 60 minutos na primeira troca.

b) introduzir mais 5 cm o cateter no abdômen, se este não estiver permeável.

c) realizar a monitorização renal por meio do balanço hídrico e da pesagem diária.

d) adicionar os antibióticos somente no dialisador, no caso de peritonite.

e) aumentar a velocidade do influxo da diálise, no caso de dificuldade respiratória do

paciente.

COMENTÁRIOS:

Segundo Trajano, JS e Marques IR (2005), as Bases da Assistência de Enfermagem na

Diálise Peritoneal (DP) são:

Cuidados com os cateteres peritoneais

O local de saída e as incisões relacionadas devem ser cuidados à semelhança do que se

faz com outras feridas cirúrgicas recentes. Logo nos primeiros dias após a inserção, o local de

saída deve ser coberto com gaze e o curativo trocado sempre que for observadas manchas de

exsudato ou sangue. Curativos oclusivos, impermeáveis ao ar, bem como pomadas, nunca

devem ser usados. Os curativos devem imobilizar o cateter contra a pele.

O paciente deve ser instruído a evitar movimentos do cateter no local de saída tanto

quanto possível, porque os movimentos nesta região retardam a cicatrização e podem levar a

infecção.

Cuidado quanto ao preparo do ambiente

Cuidados durante a diálise

Anotar rigorosamente na ficha de controle de balanço de DP, em cada banho, o início e

término da infusão, tempo de permanência na cavidade peritoneal, o volume infundido e

drenado, cor e aspecto do líquido drenado (a coloração característica é amarelo-palha);

controlar rigorosamente, durante cada banho, os sinais vitais, diurese, posicionamento correto

do cateter de diálise; observar e comunicar sinais de dor, hemorragia, hipotensão arterial,

edema, dificuldade de drenagem e infusão e dificuldade respiratória; assegurar um ambiente

tranquilo, informal e descontraído; prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente;

estimular a aceitação alimentar.

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Página 62

Cuidados pós-diálise

Observar e anotar as condições do paciente; trocar curativo, remover ou fixar o cateter

(heparinização para prevenir obstrução) ou colocar prótese; verificar o peso do paciente;

controlar os sinais vitais; controlar rigorosamente a diurese; realizar o fechamento da ficha de

controle de DP.

É correto afirmar que a assistência de enfermagem a pacientes em diálise peritoneal

intermitente compreende:

Item A. Incorreto. Controlar a pressão arterial e o pulso a cada 15 minutos na primeira

troca e a cada 60 minutos depois disso. A queda na pressão arterial pode indicar perda hídrica

excessiva decorrente de concentrações de glicose das soluções dialisantes. As alterações nos

sinais vitais podem indicar choque iminente ou hidratação excessiva.

Item B. Incorreto. Não introduzir o cateter no abdômen, se este não estiver

permeável. Quando o líquido não está drenando de forma adequada, movimentar o paciente

de um lado para o outro, a fim de facilitar a retirada da drenagem peritoneal. A cabeceira do

leito também pode ser elevada.

Item C. Correto. Realizar a monitorização renal por meio do balanço hídrico e da

pesagem diária, ou seja, manter um registro exato do equilíbrio hídrico do paciente durante o

tratamento do paciente.

Saber o estado ou ganho de líquido do paciente no final de cada troca; verificar

os curativos para extravasamento e pesar na balança, significativo;

O equilíbrio hídrico deve ser igual ou mostrar discreto ganho ou perda de

líquido, dependendo do estado hídrico do paciente.

Item D. Incorreto. Adicionar os antibióticos no dialisador, no caso de peritonite,

conforme prescrição médica. Além disso, o médico também prescreve antibióticos sistêmicos

por via endovenosa ou oral, conforme necessidade do caso.

Item E. Incorreto. Diminuir a velocidade do influxo da diálise, no caso de dificuldade

respiratória do paciente.

Meus amigos, não era preciso saber todos os detalhes descritos para acertarem a

questão, pois a letra C descreveu uma ação clássica e incontestável, realizada pela equipe de

enfermagem, durante assistência a pacientes em diálise peritoneal intermitente.

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43. (HCFMB–UNESP/CAIPIMES/2013) Apesar de cada terapia dialítica apresentar

características únicas, todas requerem intervenções semelhantes. Assinale qual alternativa não

se refere à intervenção protocolar em terapia dialítica.

a) Monitorização cuidadosa da pressão arterial e avaliação do estado de coagulação.

b) Débito urinário e débito cardíaco.

c) Pressão de preenchimento capilar arterial e venoso.

d) Gerenciamento preciso dos fluidos e monitoramento do peso.

COMENTÁRIOS:

Conforme comentários das questões anteriores, constatamos que a alternativa errada só

pode ser a letra C. As demais assertivas estão corretas, pois descrevem intervenções do

controle hídrico e monitorização cardiovascular.

Para saber mais sobre os métodos dialíticos, vejam esse vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=Rq1Zk-Z36WU#t=501.

44. (Prefeitura de Paranavaí-PR/AOCP/2012) Sobre a assistência de Enfermagem em

pacientes com cálculo renal, assinale a alternativa correta.

a) Como não existem complicações relacionadas ao paciente com cálculo renal, o objetivo da

assistência é proporcionar o alívio da dor e prevenção de recidiva dos cálculos renais.

b) Uma das prescrições de enfermagem para o paciente com cálculo renal é a dor relacionada

à inflamação e obstrução do trato urinário.

c) Os sinais vitais do paciente com cálculo renal não precisam ser monitorados, uma vez que

o risco de infecção nestes pacientes é muito baixo.

d) A ingestão hídrica aumentada deve ser encorajada para evitar desidratação e aumentar a

pressão hidrostática dentro do trato urinário, de modo a promover a passagem do cálculo.

e) A litotripsia deve ser realizada precocemente em todos os casos para evitar a eliminação

espontânea do cálculo e obstrução da uretra.

COMENTÁRIOS:

Os cálculos renais, também chamado de litíase urinária ou urolitíase, são formações

sólidas de sais minerais e/ou uma série de outras substâncias, como oxalato de cálcio e ácido

úrico que se cristalizam. Essas cristalizações podem migrar pelas vias urinárias causando

muita dor e complicações. Os cálculos podem atingir variados tamanhos, que vão

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de grãos com alguns milímetros, até o tamanho do próprio rim. Eles se formam tanto

nos rins quanto na bexiga24

.

O cálculo renal não é uma doença e sim um sintoma, sendo a manifestação de doenças

como hipercalciúria idiopática, hiperparatireoidismo, cistinúria e hiperuricemia, entre outras.

Fica claro, portanto, que o tratamento de um paciente com cálculo renal deve ser

individualizado, dependendo da doença que levou ao aparecimento das pedras nos rins. A

abordagem de um paciente com um primeiro episódio de cálculo renal deve ser a seguinte25

:

Se ele tiver crise renal com cálculo que é eliminado espontaneamente e não

apresentar outros cálculos, não será necessário fazer avaliação mais detalhada. Basta observar

se novos cálculos irão aparecer.

Se o paciente apresentar crise renal com cálculo que não é eliminado

espontaneamente, deverá ser assistido por um médico urologista que avaliará a necessidade

de litotripsia (procedimento que elimina pedras por ondas de choque) ou de algum

procedimento endoscópico ou mesmo cirurgia para a retirada do cálculo.

Nos casos em que há um número grande de cálculos, ou naqueles em que o paciente

apresenta crises recorrentes, deverá ser feito o estudo metabólico para identificar qual o

distúrbio que está levando à formação das pedras, para, então, estabelecer algum tipo de

tratamento preventivo com objetivo de evitar o aparecimento de novos cálculos. Quando se

faz somente a retirada dos cálculos, mas não é tomada nenhuma medida preventiva, a chance

de novos cálculos aparecerem é maior.

Dito isto, vamos analisar cada item da questão:

Item A. Incorreto. Na verdade, existem diversas complicações relacionadas ao

paciente com cálculo renal, a exemplo de infecção, obstrução e hemorragia no trato urinário e

sepsemia.

Item B. Incorreto. Um dos diagnósticos de enfermagem para o paciente com

cálculo renal é a dor relacionada à inflamação e obstrução do trato urinário. Por outro lado,

são exemplos de prescrições de enfermagem: aliviar a dor; monitorizar e tratar as

complicações potenciais.

Item C. Incorreto. Os sinais vitais do paciente com cálculo renal precisam ser

monitorados, uma vez que o risco de infecção nestes pacientes é muito baixo.

24

Cálculo Renal 25

Hospital Sírio Libanês

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Página 65

Item D. Correto. A ingestão hídrica aumentada deve ser encorajada para evitar

desidratação e aumentar a pressão hidrostática dentro do trato urinário, de modo a promover a

passagem do cálculo. Portanto, a ingestão de líquidos deve ser aumentada de modo que o

paciente urine no mínimo dois litros por dia.

Item E. Incorreto. A litotripsia - procedimento que elimina pedras por ondas de choque,

podendo ser não invasivo - deve ser realizada nos casos indicados em que não haja a

eliminação espontânea do cálculo.

O gabarito da questão, portanto, é a letra D.

45. (Prefeitura de Piripiri-PI/LUDUS/2012) Sobre os distúrbios urinários, analise as

alternativas abaixo e assinale com (V) as afirmativas verdadeiras e com (F) as afirmativas

falsas.

( ) As infecções do trato urinário (ITU) são causadas por micro-organismos patogênicos no

trato urinário.

( ) As ITU são classificadas como infecções iatrogênicas que, em casos graves, podem

ocasionar a morte do paciente.

( ) Entre os fatores de risco para as infecções do trato urinário estão: incapacidade ou falha

em esvaziar por completo a bexiga; obstrução do fluxo urinário; aumento excessivo do

consumo de sódio; imunossupressão.

( ) A pielonefrite é uma infecção da pelve renal que pode ser causada por bactérias que

alcançam a bexiga e ascendem ao rim, ou que chegam ao rim por meio da circulação

sanguínea.

( ) Como exemplo de infecções do trato urinário inferior temos a cistite, prostatite, uretrite e

pielonefrite.

Marque a alternativa que apresenta a sequência CORRETA, de cima para baixo.

a) V-F-F-V-F b) V-F-V-F-V d) V-V-F-V-F d) F-V-F-F-V e) F-V-V-V-F

COMENTÁRIOS:

Vamos detalhar cada item da questão, para melhor compreensão do tema.

Item nº 1. Correto. As infecções do trato urinário (ITU) são causadas por micro-

organismos patogênicos no trato urinário. A bacteriúria é geralmente definida como mais de

105

colonias de bacterias por militro de urina.

Item nº 2. Incorreto. As ITU são classificadas como infecções patogênicas

(principalmente bactérias) que, em casos graves, podem ocasionar a morte do paciente devido

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Página 66

às septicemias (infecção generalizada).

Item nº 3. Incorreto. Entre os fatores de risco para as infecções do trato urinário estão:

incapacidade ou falha em esvaziar por completo a bexiga; obstrução do fluxo urinário;

imunossupressão; instrumentação do trato urinário (p.ex., cateterismo, procedimentos

citoscópicos); diabetes mellius; gestação; inflamação ou abrasão da mucosa uretral; distúrbios

neurológicos etc. Todavia, o aumento excessivo do consumo de sódio não é um desses

fatores.

Item nº 4. Correto. A pielonefrite é uma infecção da pelve renal (ureteres) que pode ser

causada por bactérias que alcançam a bexiga e ascendem ao rim, ou que chegam ao rim por

meio da circulação sanguínea.

Item nº 5. Incorreto. Em geral, as infecções do trato urinário (ITU) são classificadas

como infecções que envolvem o trato urinário superior ou inferior. Nesse sentido:

-> As ITU inferiores incluem a cistite (inflamação da bexiga urinária), prostatite

(inflamação da próstata) e uretrite (inflamação da uretra);

-> As ITU superiores são muito menos comuns e englobam a pielonefrite aguda

ou crônica (inflamação da pelve renal - ureteres), nefrite intersticial (inflamação do rim) e

abscessos renais.

Gostaria de fazer uma observação importante. Essa questão da

LUDUS de 2012 foi extraída da UFSC de 2011. Isso é frequente em

concursos. É uma pratica deplorável. Confirmem o que eu estou falando

nos links abaixo:

Questão igual: UFCS/2011 – questão nº 28 e Prefeitura de Piriiri-PI/2012 – questão nº 18.

O gabarito da questão, portanto, é a letra A.

46. (Secretaria Estadual de Saúde do Piauí-PI/NUCEPE/2012) A invasão bacteriana da

próstata pode ter várias etiologias. Sobre este assunto analise as afirmações a seguir.

1) pode ser decorrente de refluxo da urina infectada do canal ejaculatório.

2) é secundária a uretrite.

3) pode ser estimulada por instrumentação uretral ou exame retal de próstata.

4) è frequentemente causada por bactérias entéricas gram positivas e gram negativas.

Está(ão) correta(s).

a) 1 apenas

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b) 2, e 4 apenas

c) 1 e 3 apenas

d) 2, 3 e 4 apenas

e) 1, 2, 3 e 4

COMENTÁRIOS:

Conforme comentários da questão anterior, verificamos que o gabarito da questão é a

letra E, pois todos os itens estão corretos.

47. (Município de Resende-RJ/CONSULPLAN/2010) O aumento acentuado de proteína na

urina, a diminuição da albumina no sangue, edema, elevação das lipoproteínas de baixa

densidade e do colesterol, são características de:

a) Infecção urinária.

b) Insuficiência renal.

c) Síndrome nefrótica.

d) Diabetes mellitus.

e) Uretrite.

COMENTÁRIOS26

:

Síndrome nefrótica não é uma doença, mas um conjunto de sinais e sintomas. Ocorre

nos pacientes que têm uma proteinúria (proteína na urina) maciça. A proteinúria ocorre

sempre em consequência de alterações do filtro glomerular renal, por inúmeras causas.

A síndrome nefrótica é a forma de apresentação de várias doenças renais que se

manifestam por edema generalizado e proteinúria maciça superior a 0,10g/kg de peso ou

3,5g/1,73 m de superfície corporal.

O modo de início é lento e o edema (inchume) vai se instalando vagarosamente.

Começa pelas pernas e pálpebras, generalizando-se por todo o corpo.

A proteinúria é sempre maciça na síndrome nefrótica e ocorre quando a perda renal é

maior do que 0,10g/kg de peso corporal. Com esta perda de albumina, surge uma queda

importante da albumina do sangue (hipoalbunemia).

Com a hipoalbunemia em taxas menores do que 2g% de sangue, fica diminuído o poder

das proteínas plasmáticas de reter líquido dentro do vaso sanguíneo (poder oncótico), não

conseguindo mais manter o sangue circulando e, como consequência, os líquidos se infiltram

26

Síndrome nefrótica.

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nos tecidos formando o edema. Geralmente esse edema é intenso e generalizado, podendo

ocorrer no abdômen (ascite) e na pleura (derrame pleural).

A deficiência de albumina provoca outras alterações metabólicas. A albumina sanguínea

é a carregadora do cálcio e do iodo e por isso, com a queda da albumina, ela carregará menos

cálcio, ocorrendo hipocalcemia. O mesmo ocorre com o iodo e com o hormônio da tireóide.

Uma vez estabelecido o diagnóstico de síndrome nefrótica, deve-se fazer um esforço

para encontrar a causa. As doenças que causam lesão no filtro renal têm origens:

inflamatórias, infecciosas, degenerativas, obstrutivas, congênitas e neoplásicas.

As principais causas de síndrome nefrótica incluem todas as glomerulonefrites e

algumas especiais como: esquistossomose, toxoplasmose, malária, AIDS, hepatite B, diabetes

mellito, trombose venosa renal, drogas (mercúrio, ouro, alopurinol, lítio), câncer (cólon,

melanoma, mieloma), hereditárias e muitas outras mais. Com o objetivo de encontrar a causa

da lesão renal, muitas vezes pode ser necessária a punção biópsia renal para esclarecer o tipo,

intensidade e a causa da lesão glomerular.

Atenção! A nefrite (glomerulonefrite) é o resultado de um processo

inflamatório difuso dos glomérulos renais tendo por base um fenômeno

imunológico. É responsável por 50% das doenças renais. O fenômeno

imunológico responsável pela nefrite ocorre quando uma substância estranha

(antígeno) entra na circulação e é levada aos setores de defesa do nosso corpo.

O organismo, para se defender do antígeno agressor, produz um anticorpo. A reunião do antígeno com

o anticorpo forma um complexo solúvel antígeno-anticorpo que, circulando pelo organismo, pode se

depositar nos tecidos, criando as lesões inflamatórias. Quando o glomérulo é o tecido atingido, a lesão

inflamatória chama-se glomerulonefrite. As consequências da agressão glomerular são

basicamente: proteinúria, hematúria, queda da filtração glomerular, retenção de sódio e

hipertensão.

Todos os tratamentos, quaisquer que sejam as causas, visam diminuir ou eliminar a

perda anormal das proteínas urinárias. Com essa medida, a albumina sanguínea volta ao

normal e o edema desaparece. O tratamento específico depende da causa da síndrome

nefrótica e podem ser usados anti-inflamatórios esteróides ou não esteróides antibióticos,

imunossupressores e, eventualmente, cirurgia para tratamento de obstrução venosa ou

neoplasia. Tratar as complicações é sempre muito importante: hipocalcemia, hiperlipemia,

distúrbios da coagulação (tromboses venosas) e desnutrição.

A partir dos comentários, o gabarito da questão é a letra C.

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48. (Prefeitura de Patos-PB/ESF/2010-PagTCPB) A glomerulonefrite aguda é mais comum

em crianças com mais de 2 anos de idade, porém pode acontecer em todas as idades. São

manifestações clínicas da glomerulonefrite aguda, EXCETO:

a) Hipotensão.

b) Edema.

c) Urina cor de coca-cola.

d) Cefaleia.

e) Mal-estar.

COMENTÁRIOS:

As consequências da agressão glomerular (glomerulonefrite) são basicamente:

proteinúria, hematúria, queda da filtração glomerular, retenção de sódio e hipertensão, e

não a hipotensão. Por isso, o gabarito é a letra A.

49. (TRT 11ª Região/FCC/2012) Uma das condutas recomendadas no tratamento da

ascite é a

a) utilização de substitutos do cloreto de sódio por outros contendo hidrato de cloral.

b) paracentese.

c) postura ereta para ativação do sistema reninaangiotensina.

d) terapia osmótica com a sonda de Sengstaken Blakemore.

e) terapia com amônia.

COMENTÁRIOS27

:

Ascite, ou barriga d’água, é o nome que se dá ao acúmulo anormal de líquidos dentro da

cavidade abdominal, num compartimento limitado pelo peritônio (membrana que reveste

também as paredes do abdômen e da pélvis e alguns dos seus órgãos). Esse líquido sai dos

vasos sanguíneos por duas diferentes razões: redução da pressão oncótica ou aumento da

pressão hidrostática.

No primeiro caso, a concentração de proteínas que ajudam a conter o líquido dentro dos

vasos (veias e artérias) fica menor do que fora deles. Como os vasos são constituídos por

tecido permeável, essa diferença de pressão permite que os fluídos atravessem suas paredes e

ocupem o espaço extravascular.

27

ASCITE

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No segundo caso, a concentração de proteínas no sangue é normal, mas ocorre um

aumento da pressão hidrostática no sistema vascular provocada por um processo infeccioso ou

inflamatório. Essa reação pode distender os vasos que irrigam o peritônio e/ou aumentam a

permeabilidade vascular, favorecendo o extravasamento de líquidos para a cavidade

abdominal.

A composição do líquido ascítico pode variar de acordo com a doença de base. Por isso,

entre outras substâncias, ele pode conter conteúdo proteico variável, biles ou suco

pancreático, por exemplo.

O mecanismo responsável pela formação da ascite é semelhante ao dos edemas.

A ascite não é uma doença em si mesma, mas uma condição associada a algumas

doenças, entre elas as insuficiências renal, cardíaca e hepática, certos tipos de câncer,

algumas pancreatites, e infecções, como a esquistossomose e a tuberculose.

A causa mais comum da ascite, porém, costuma ser a cirrose hepática, uma doença

crônica do fígado provocada pelos vírus B e C das hepatites e pelo uso abusivo de bebida

alcoólica. A principal característica dessa enfermidade é a formação de nódulos e tecido

fibrótico (cicatrizes) que bloqueiam a circulação do sangue e provocam aumento da pressão

dentro dos vasos que convergem para a veia porta (hipertensão portal). A cirrose pode ser

responsável também por menor produção de albumina, uma proteína que ajuda a conter a

água no interior das veias e artérias. Nas duas situações, os fluidos escapam dos vasos com

mais facilidade e vão acumular-se na cavidade abdominal.

No início, a ascite é um evento quase sempre assintomático. Com a evolução do quadro,

de acordo com o volume de líquido retido no abdômen, podem surgir os seguintes sintomas:

ganho injustificado de peso, inchaço, crescimento da barriga e da cintura, dor abdominal

difusa, perda de apetite, náuseas, vômitos, dificuldade para respirar, especialmente na posição

deitada, por causa da pressão que o líquido exerce sobre o diafragma.

Dependendo da enfermidade de base, o paciente pode apresentar, ainda, outros sinais e

sintomas, tais como fígado aumentado, emagrecimento, edemas nas pernas e nos pés, extremo

cansaço, icterícia, ginecomastia, encefalopatia hepática.

Nas fases iniciais, a avaliação clínica é insuficiente para detectar a presença de líquido

na cavidade abdominal. O diagnóstico definitivo depende da realização de exames de sangue

e de imagem (ultassonografia, tomografia, ressonância magnética). Outro recurso importante

é a paracentese diagnóstica, ou seja, a retirada de pequena amostra do liquido ascítico através

de punção direta por meio de uma agulha introduzida no abdômen.

Basicamente, o tratamento consiste na introdução de medidas paliativas com o

objetivo de remover o líquido que se depositou na cavidade peritoneal e controlar sua

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produção e extravasamento. Entre elas, podemos destacar o uso de diuréticos, a restrição de

sal na dieta diária, a interrupção do consumo de bebidas alcoólicas e a administração de

albumina.

A prescrição de antibióticos torna-se necessária nos casos de infecção do líquido

ascítico (peritonite bacteriana espontânea), uma complicação que pode ser grave e exige

internação hospitalar durante o tratamento.

A paracentese abdominal é um recurso terapêutico alternativo para a retirada de

líquido por punção. Ela é indicada quando as outras formas de tratamento não surtiram o

efeito desejado, ou para aliviar os sintomas. O ideal, porém, é que o tratamento da ascite

esteja sempre voltado para o controle da enfermidade responsável pelo distúrbio.

Não há como prevenir o aparecimento da ascite, uma vez que ela surge como

consequência de uma enfermidade previamente instalada. O que se pode fazer é evitar o

contato com essas doenças ou, então, adotar medidas para evitar o agravamento do quadro de

ascite. Por isso, é sempre importante:

não exagerar no consumo de bebidas alcoólicas;

vacinar-se contra as hepatites A e B;

certificar-se de que o sangue das transfusões foi rigorosamente analisado;

manter a restrição de sal, quando indicada;

jamais entrar em contato com a água de rios, córregos, represas ou de enxurradas.

Ela pode estar contaminada pelas larvas transmissoras da esquistossomose, que se

alojam em caramujos para dar continuidade a seu ciclo evolutivo.

A partir do exposto, constatamos que o gabarito da questão é a letra B.

50. (Prefeitura de São Luís-MA/MOVENS/2007) Um paciente chega à unidade de saúde e,

durante a anamnese, queixa-se de falta de apetite, náuseas, dor abdominal, fraqueza e

emagrecimento. Ao ser examinado pelo enfermeiro, verifica-se que ele apresenta ascite,

edema de membros e icterícia. Refere ser etilista há 20 anos e também relata o aumento de

peso progressivo. De acordo com os sintomas apresentados, o enfermeiro pode suspeitar que

este paciente provavelmente apresenta

a) esofagite.

b) gastrite.

c) cirrose hepática.

d) retocolite.

e) pancreatite.

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Página 72

COMENTÁRIOS28

:

Cirrose é uma doença crônica do fígado que se caracteriza por fibrose e formação de

nódulos que bloqueiam a circulação sanguínea. Pode ser causada por infecções ou inflamação

crônica dessa glândula. A cirrose faz com que o fígado produza tecido de cicatrização no

lugar das células saudáveis que morrem. Com isso, ele deixa de desempenhar suas funções

normais como produzir bile (um agente emulsificador de gorduras), auxiliar na manutenção

dos níveis normais de açúcar no sangue, produzir proteínas, metabolizar o colesterol, o álcool

e alguns medicamentos, entre outras.

A cirrose é mais comum em homens acima dos 45 anos, mas pode acometer também as

mulheres. O uso abusivo de álcool fez crescer o número de portadores da doença nos últimos

anos.

O abuso do álcool é a principal causa da cirrose. Como o fígado é responsável pela

metabolização dessa substância, quando exposto a doses excessivas de álcool, sofre danos em

seus tecidos vitais que comprometem seu funcionamento.

Também são causas de cirrose as hepatites crônicas provocadas pelos vírus B e C, pelo

uso de determinados medicamentos e pela hepatite autoimune.

Os principais sintomas da cirrose são: náuseas, vômitos, perda de peso, dor abdominal,

constipação, fadiga, fígado aumentado, olhos e pele amarelados (icterícia), urina escura, perda

de cabelo, inchaço (principalmente nas pernas), ascite (presença de líquido na cavidade

abdominal), entre outros. Em casos mais avançados pode ocorrer a encefalopatia hepática

(síndrome que provoca alterações cerebrais provocadas pelo mau funcionamento do fígado).

No entanto, durante muito tempo a doença pode evoluir sem causar sintomas.

Cirrose é um processo patológico irreversível que pode ser fatal. Portanto, é importante

fazer o diagnóstico precoce para iniciar o mais depressa possível o tratamento que pode adiar

ou evitar que surjam complicações mais graves.

A primeira coisa a fazer diante do diagnóstico de cirrose é eliminar o agente agressor,

no caso de álcool e drogas, ou combater o vírus da hepatite.

Para casos mais graves, o transplante de fígado pode ser a única solução para a cura

definitiva da doença.

Os principais fatores de risco são os seguintes: uso excessivo de álcool; infecção

pelos vírus da hepatite B ou C; algumas doenças genéticas (por exemplo, Doença de Wilson);

hepatite autoimune; cirrose biliar primária.

A partir dos comentários, não restam dúvidas que o gabarito é a letra C.

28

Cirrose.

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Página 73

51. (UFSM/2013) Quanto aos distúrbios e procedimentos biliares, pode-se afirmar que

a) coledocotomia é a presença de cálculos na vesícula biliar.

b) colelitiase é a remoção da vesícula biliar.

c) coledocolitotomia é a abertura e drenagem da vesícula biliar.

d) colecistite é a inflamação da vesícula biliar.

e) coledocoduodenostomia é a anastomose do colédoco ao jejuno.

COMENTÁRIOS:

Para melhor entendimento dessa questão, vamos visualizar abaixo a anatomia do

sistema biliar.

A vesícula biliar é um órgão presente no organismo

humano em forma de pêra. Armazena até 50 ml de bile, que

é utilizada no sistema digestivo, não sendo responsável por

sua produção.

A vesícula biliar armazena bile, que é lançada quando o

alimento contendo gordura entra no trato digestivo,

estimulando a secreção de colecistoquinina (CCK). A bile

emulsifica gorduras e neutraliza ácidos na comida parcialmente digerida.

Depois de ser armazenada na vesícula biliar, a bile se torna mais concentrada do que

quando saiu do fígado, aumentando sua potência e intensificando seu efeito nas gorduras. A

maior parte da digestão ocorre no duodeno.

Isto posto, vamos analisar as assertivas:

Item A. Incorreto. Coledocotomia é a abertura do ducto comum.

Item B. Incorreto. Colelitiase é a presença de cálculos na vesícula biliar. A

colecistectomia é a remoção da vesícula biliar.

Item C. Incorreto. Coledocolitotomia é a incisão do ducto biliar para retirada de

cálculos.

Item D. Correto. Colecistite é a inflamação da vesícula biliar.

Item E. Incorreto. Coledocoduodenostomia é a anastomose do ducto comum ao

duodeno.

Percebem que não preciso saber o significado de todos os termos para acertarem a

questão, pois a letra D apresenta um conceito bem simples.

Figura 2 - Sistema Biliar

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Página 74

52. (IBC/AOCP/2012) Assinale a alternativa que apresenta um diagnóstico de Enfermagem

que pode estar relacionado a um cliente com quadro de Anemia Falciforme.

a) Dor músculo-esquelética aguda.

b) Ingestão nutricional aumentada.

c) Controle da frequência respiratória e frequência cardíaca.

d) Orientar dieta rica em vitamina C.

e) Aplicar compressas mornas nas articulações.

COMENTÁRIOS:

De acordo com a Portaria do MS nº 55/10, a Doença falciforme (DF), ou anemia

falciforme, é uma condição genética autossômica recessiva resultante de defeitos na estrutura

da hemoglobina (Hb) associados ou não a defeitos em sua síntese. As hemoglobinopatias

decorrentes de defeitos na estrutura da Hb são mais frequentes em povos africanos, e as

talassemias causadas por defeitos na síntese, em povos do Mediterrâneo, da Ásia e da China.

Apesar desta predileção étnica, a DF está presente em todos os continentes como

consequência das migrações populacionais. No Brasil, que reconhecidamente apresenta uma

das populações de maior heterogeneidade genética do mundo. A maior prevalência da doença

ocorre nas regiões Norte e Nordeste.

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Página 75

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u625390.shtml

Tanto eletroforese por focalização isoelétrica (IEF) quanto cromatografia líquida de alta

resolução (HPLC) podem ser utilizadas para o diagnóstico de DF.

O principal tratamento da DF é a hidroxiureia (HU): cápsulas em gel sólido com 500

mg do princípio ativo. Os pacientes que recebem a hidroxiureia apresentam menos episódios

dolorosos da crise de célula falciforme, menor incidência de síndrome torácica aguda e menos

necessidade de transfusão. A transfusão de hemácias é outra terapêutica indicada. Em alguns

casos, pode haver a cura da doença por meio do transplante de medula óssea.

São sintomas da anemia falciforme: dor forte provocada pelo bloqueio do fluxo

sanguíneo e pela falta de oxigenação nos tecidos; dores articulares; fadiga intensa; palidez e

icterícia; atraso no crescimento; feridas nas pernas; tendência a infecções; cálculos biliares;

problemas neurológicos, cardiovasculares, pulmonares e renais e priapismo.

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Página 76

De acordo com Brunner e Sudddarth (2011), os principais diagnósticos de enfermagem

para um paciente com anemia falciforme são os seguintes:

Dor relacionada à hipóxia devido à aglutinação das células falciformes dentro

dos vasos sanguíneos;

Risco à infecção;

Falta de poder relacionada ao abandono induzido pela doença;

Deficiência de conhecimento com relação à prevenção das crises.

A dor nas crises da anemia falciforme ocorre principalmente nas articulações, podendo

ser considerada musculoesquelética. Logo, o gabarito da questão é a letra A.

53. (Prefeitura de São Gonçalo do Amarante-RN/ASPERHS/2011) Qual dos tipos de

anemia é mais comum em indivíduos da raça negra?

a) Anemia Aplástica.

b) Anemia Ferropriva.

c) Anemia Perniciosa.

d) Anemia Falciforme.

e) Anemia Malárica.

COMENTÁRIOS:

Conforme comentários da questão anterior, o gabarito da questão é a letra D.

54. (Prefeitura de Galinhos-RN/ACAPLAM/2011) Assinale a alternativa em que o tipo de

anemia está relacionado à deficiência da vitamina B12?

a) Talassemia

b) Anemia aplásica

c) Anemia falciforme

d) Anemia perniciosa

e) Anemia ferropriva

COMENTÁRIOS:

A anemia é o distúrbio hematológico mais comum. É uma condição com o nível de

hemoglobina abaixo do normal, refletindo em um número de hemácias abaixo do normal

dentro da circulação. Como resultado, a quantidade de oxigênio transportado para os tecidos

do corpo fica também diminuída.

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Página 77

Existem muitas diferentes formas de anemia, mas todas podem ser classificadas em três

categorias etiológicas mais amplas: a perda das hemácias, ocasionadas por sangramentos;

diminuição na produção de hemácias (hipoproliferativas), devido a deficiência de co-

fatores para a eritropoese, incluindo o ácido fólico, vitamina B12 e ferro; e aumento na

destruição das hemácias (hemolíticas), podendo ocorrer por causa de uma superatividade do

SRE (Sistema Retículoendotelial), ou porque a medula óssea produz hemácias anormais que

são destruídas pelo SER (p.ex., anemia falciforme).

Os principais sintomas das anemias são taquicardia aos esforços, fadiga, palidez,

dispinéia e fraqueza. Em geral, as complicações da anemia grave incluem insuficiência

cardíaca congestiva (ICC), parestesia e confusão.

As anemias hipoproliferativas mais cobradas em concurso público são as seguintes:

anemia por deficiência de ferro (ferropriva), anemia aplástica e anemias megaloblásticas. Por

outro lado, as anemias hemolíticas mais exploradas em provas são as seguintes: anemia

falciforme e talassemia.

A anemia ferropriva tipicamente ocorre quando a ingestão de ferro na dieta é

inadequada para a síntese de hemoglobina.

A anemia aplástica é uma doença rara causada pela diminuição das células tronco na

medula óssea, ou dano as essas células ou ao microambiente dentro da medula, e pela

reposição da medula por gordura. Isso resulta não só na anemia, mas também na neutropenia

(deficiência de neutrófilos) e trombocitopenia (deficiência de plaquetas). As complicações

típicas dessas doenças são a infecção, hemorragias e os sintomas da anemia.

As anemias megaloblásticas são causadas por deficiência em vitamina B12 e/ou ácido

fólico. É muito comum se confundir anemia megaloblástica com anemia perniciosa. A

anemia perniciosa é um tipo de anemia causada pela deficiência de vitamina B12 devido à

inibição do fator intrínseco, sendo assim, uma das causas da anemia megaloblástica, e não a

mesma patologia com denominação diferente.

A anemia facilforme é uma anemia hemolítica grave resultante de um defeito

hereditário do gene hemoglobina em foice (HbS). Esse gene causa um defeito na molécula de

hemoglobina. A hemoglobina falciforme adquire uma formação to tipo de cristal quando

exposta a uma baixa tensão de oxigênio. O oxigênio no sangue venoso é suficientemente

baixo para causar essa mudança; consequentemente, a célula que contém a hemoglobina S

perde sua forma redonda, ficando deformada, rígida e com a forma de foice. Essas células

longas e rígidas podem alojar-se nos pequenos vasos, e, quando elas se empilham umas

contras as outras, o fluxo de sangue para uma região ou um órgão pode ficar lento. Quando a

isquemia ou infarto acontece, o paciente pode apresentar dor, edema e febre. Esse processo

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leva tempo; se a hemácia for exposta novamente a uma quantidade adequada de oxigênio (p.

ex., quando viajam pela circulação pulmonar) antes da membrana torna-se rígida, ele pode

voltar à sua forma normal. É por esse motivo que as "crises de afoiçamento" são

intermitentes. O frio pode agravar o processo porque a vasoconstrição diminui o fluxo de

sangue.

A talassemia é um grupo de disfunções hereditárias associadas com um defeito na

síntese da cadeia de hemoglobina. Essa doença é caracterizada pela hipocromia (diminuição

anormal da hemoglobina do eritrocitos), extrema microcitose (eritrócitos menores que o

normal), destruição dos elementos sanguíneos (hemólise) e graus variáveis de anemia. Na

talassemia, a produção de uma ou mais cadeias de globulina dentro da molécula de

hemoglobina é reduzida. Quando isso ocorre, existe um desequilíbrio na configuração da

hemoglobina, e ele precipita nos precursores do eritroide ou nos próprios leucócitos. Isso

aumenta a rigidez das hemácias e, assim, a destruição prematura dessas hemácias.

A partir do exposto, verificamos que o gabarito é a letra D.

55. (Prefeitura de Paranavaí-PR/AOCP/2012) Assinale a alternativa que melhor

corresponde a um Diagnóstico de Enfermagem para um paciente com distúrbio

esofágico.

a) Depuração inadequada da via aérea relacionada à obstrução por muco.

b) Realizar troca de Sonda Nasogástrica a cada 15 dias, observar perfusão da sonda.

c) Risco de aspiração devido à dificuldade de deglutição e/ou sonda de alimentação.

d) Identificar risco de infecção observando sinais de calor, rubor.

e) Excesso de volume hídrico relacionado à velocidade de infusão de líquidos inadequada.

COMENTÁRIOS:

De acordo com Brunner e Sudddarth (2011), são exemplos de diagnósticos de

enfermagem para um paciente com distúrbio esofágico:

Nutrição alterada, menor que os requisitos corporais, relacionada à dificuldade

de deglutição;

Risco de aspiração devido à dificuldade de deglutição e/ou sonda de

alimentação;

Dor relacionada à dificuldade de deglutição, ingestão de agente abrasivo, um

tumor ou episódios frequentes de refluxo gástrico;

Déficit de conhecimento sobre o distúrbio esofágico, exames diagnósticos,

tratamento médico, intervenção cirúrgica e reabilitação.

Dessa forma, o gabarito da questão só pode ser a letra C.

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56. (SES-PI/NUCEPE/2012) Sobre o sistema endócrino é correto afirmar que:

a) a deficiência primária ocorre devido doença na própria glândula.

b) os pacientes costumam apresentar queixas específicas.

c) tireoidite de Hashimoto é uma doença aguda normalmente associada a vírus.

d) a síndrome de Cushing ocorre quando níveis plasmáticos de cortisol estão diminuídos.

e) diabetes insipidus é um distúrbio no metabolismo da glicose.

COMENTÁRIOS:

As glândulas endócrinas produzem e lançam no sangue substâncias reguladoras

denominadas hormônios - estes, ao serem lançados no sangue, percorrem o corpo até chegar

aos órgãos-alvo sobre os quais atuam.

Figura 3 - Sistema Endócrino (Fonte: http://www.sobiologia.com.br).

A hipófise pode ser considerada a “glândula-mestre” do nosso corpo. Ela produz vários

hormônios e muitos deles estimulam o funcionamento de outras glândulas, com a tireoide, as

suprarrenais e as glândulas-sexuais (ovários e testículos). O hormônio do crescimento é um

dos hormônios produzidos pela hipófise. O funcionamento do corpo depende do equilíbrio

hormonal.

O excesso, por exemplo, de produção do hormônio de crescimento causa uma doença

chamada gigantismo (crescimento exagerado) e a falta dele provoca o nanismo, ou seja, a

falta de crescimento do corpo.

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Figura 4 - Função da Hipófise (Fonte: http://www.sobiologia.com.br).

Portanto, sobre o sistema endócrino é correto afirmar que:

Item A. Correto. A deficiência primária ocorre devido doença na própria glândula. A

deficiência de determinado hormônio será secundária ou terciária, devido outros fatores. Por

exemplo, a Insuficiência de Adrenal (IA) primária é o defeito originário da própria glândula

adrenal e a IA secundária é a deficiência na produção do hormônio que estimula a produção

adrenal, que é o ACTH ou hormônio adenocorticotrófico.

Item B. Incorreto. O paciente com distúrbios endócrinos pode apresentar muitas queixas

inespecíficas sendo que estas podem variar de intensidade e de frequência. As principais

queixas são a astenia, a fadiga, a perda ou o ganho de peso, a ansiedade, a depressão,

a diarreia ou constipação e a anemia.

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Item C29

. Incorreto. Tireoidite de Hashimoto é uma doença autoimune na qual o

próprio organismo produz anticorpos contra a glândula tireóide levando a uma inflamação

crônica que pode acarretar o aumento de volume da glândula (bócio) e diminuição do seu

funcionamento (hipotireoidismo).

Tratando-se de doença autoimune, a mesma pode estar associada a outras doenças com

essas características, envolvendo outras glândulas (suprarrenal, paratireóides, pâncreas,

gônadas) ou outros órgãos como a pele e o fígado, principalmente.

A tireoidite de Hashimoto é a causa mais comum de aumento da tireóide em mulheres

entre os 20 e 40 anos de idade, ocasionando especialmente o bócio difuso. O próprio

organismo desenvolve anticorpos contra a glândula tireóide. Essa situação ocorre mais

frequentemente em mulheres e em pessoas que apresentam alguma predisposição genética,

uma vez que a doença acomete diversas pessoas em uma mesma família.

Os pacientes com tireoidite de Hashimoto podem apresentar sintomas locais e gerais. Os

sintomas locais são o aumento de volume da tireóide e leve dor local. O aumento de volume é

denominado bócio, que nestes casos, apresenta um envolvimento de toda a glândula, levando

a um bócio difuso.

A dor é um sintoma que ocorre raramente, e em geral é de pouca intensidade e notada

sobre a região inferior do pescoço.

Os sintomas gerais são decorrentes da diminuição de funcionamento da tireóide,

provocando o quadro clínico de hipotireoidismo primário.

Atenção! Os sintomas do hipotireoidismo no adulto são os

seguintes: intolerância ao frio; sonolência; constipação; inchumes nas

extremidades e nas pálpebras; diminuição de apetite; pequeno ganho

de peso; fraqueza muscular; raciocínio lento e depressão; cabelos

secos, quebradiços e de crescimento lento; unhas secas, quebradiças e

de crescimento lento; queda de pálpebras e queda de cabelos.

O diagnóstico é realizado a partir da história clínica e de uma avaliação adequada, que

inclui o exame detalhado do pescoço e a pesquisa dos sinais e sintomas de diminuição de

funcionamento da tireoide (hipotireoidismo). A partir da avaliação inicial, o paciente deverá

realizar avaliação da função da tireoide com dosagem do TSH (hormônio tireo-estimulante),

eventualmente com a dosagem de T4 e através da pesquisa dos anticorpos antitireóide.

Portanto, a Tireoidite de Hashimoto é uma doença autoimune, e não associada a

vírus.

29

Tireoidite de Hashimoto.

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Item D30

. Incorreto. A síndrome de Cushing é o conjunto de sinais e sintomas do

excesso da cortisona (um dos hormônios produzidos pela glândula suprarrenal). Esse

excesso hormonal pode ser provocado por hormônios sintéticos (exógenos) ou por doenças

envolvendo a glândula suprarrenal e a hipófise.

O quadro pode ser ocasionado pelo uso continuado de cortisona ou seus derivados,

conhecidos como anti-inflamatórios esteroides. Estas substâncias são empregadas para o

tratamento de uma série de doenças, e provocam a síndrome de Cushing como efeito

colateral. Além do quadro associado ao uso de cortisona, a síndrome de Cushing pode ser

provocado por doenças da glândula suprarrenal e da hipófise.

Os principais sintomas são o aumento de peso, com a gordura se depositando no tronco

e no pescoço, preenchendo a região acima da clavícula e a parte detrás do pescoço, local onde

se forma um importante acúmulo denominado de "giba". A gordura também se deposita no

rosto, na região malar ("maçãs do rosto"), onde a pele fica também avermelhada, formando-se

uma face que é conhecida como de "lua-cheia". Ocorre também afilamento dos braços e das

pernas com diminuição da musculatura, e, consequente, fraqueza muscular que se manifesta

principalmente quando o paciente caminha ou sobe escadas. A pele vai se tornando fina e

frágil, fazendo com que surjam hematomas sem o paciente notar que bateu ou contundiu o

local. Sintomas gerais como fraqueza, cansaço fácil, nervosismo, insônia e labilidade

emocional também podem ocorrer.

Nas mulheres são muito frequentes as alterações menstruais e o surgimento de pêlos

corporais na face, no tórax, abdômen e nos braços e pernas. Como grande parte dos pacientes

desenvolve hipertensão arterial e diabetes, podem surgir sintomas associados ao aumento da

glicose e da pressão arterial tais como dor de cabeça, sede exagerada, aumento do volume

urinário, aumento do apetite e visão borrada. Quando ocorre aumento importante dos pêlos,

pode ocorrer também o surgimento de espinhas (acne) na face e no tronco, e nas mulheres

pode surgir mudança na voz, queda do cabelo semelhante à calvície masculina e diminuição

das mamas. Esses sintomas se associam com tumores de suprarrenal.

No abdômen e no tórax podem ser observadas estrias de cor avermelhada e violeta,

algumas vezes com vários centímetros de largura. Algumas pessoas apresentam também

pedras nos rins e consequentemente cólica renal. A osteoporose é frequente, provocando

dores na coluna e às vezes fraturas nos braços, pernas e na coluna.

30

Síndrome de Cushing.

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Página 83

A suspeita do médico deve ocorrer em todo o paciente que apresenta obesidade

localizada associada à hipertensão arterial e diabetes, além dos pacientes com o quadro

bastante característico, como o descrito acima. A partir da suspeita deve ser solicitada a

dosagem de cortisol às 8 horas da manhã, após a administração de dexametasona 1mg às 23

horas da noite anterior (teste de triagem). Se esse exame se mostrar alterado, deve ser

realizada uma investigação mais detalhada e serem realizados exames de imagem das

suprarrenais e da hipófise (tomografia computadorizada e/ou ressonância magnética).

Além das dosagens hormonais, são necessários exames bioquímicos gerais, Rx de tórax,

eletrocardiograma e densitometria óssea.

Logo, a síndrome de Cushing ocorre quando níveis plasmáticos de cortisol estão

altos.

Item E31

. Incorreto. A diabetes insipidus nada tem a ver com o aumento da glicose no

sangue. A doença é rara e se caracteriza pela deficiência da vasopressina

(hormônio antidiurético) ou pela incapacidade dos túbulos renais de responder a ela, o que

leva à excreção de grandes quantidades de urina muito diluída e à sede pronunciada. Está

diluição não diminui quando a ingestão de líquidos é reduzida, denotando a

incapacidade renal de concentrar a urina. O hormônio antidiurético é produzido no

hipotálamo e liberado pela neuro hipófise e determina, em parte, o modo como os rins

removem, filtram e reabsorvem fluidos da corrente sanguínea. Quando ocorre a falta

desse hormônio ou quando os rins não podem responder a ele, os fluidos passam direto

pelos rins e são eliminados pela urina. É assim que uma pessoa com diabetes insipidus perde

muito líquido e sente muita sede. Dessa forma, o diabetes insipidus não é um distúrbio no

metabolismo da glicose.

O gabarito, portanto, é a letra A.

31

Diabetes insipidus.

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Página 84

57. (Prefeitura de São Leopoldo-RS/CONSULPLAN/2010) A fácies do paciente deve ser

avaliada durante o exame físico, e as características encontradas podem decorrer de alterações

orgânico-metabólicas ou por componentes psicológicos. O tipo de fácies que é observado nos

pacientes com uso crônico de corticoides e também em casos de síndrome por hiperfunção do

córtex da suprarrenal, é denominado:

a) Fácies cushingoide.

b) Fácies basedowiana.

c) Fácies miastênica.

d) Fácies pletórica.

e) Fácies acromegálica.

COMENTÁRIOS:

O aumento da produção de hormônio

suprarrenal na síndrome de Cushing produz uma

face arredondada ou "em lua cheia", com bochechas

vermelhas. Pode haver crescimento excessivo de pelos

na região do bigode, das costelas e do queixo. Logo, o

gabarito é a letra A.

58. (Prefeitura de Goiana-PE/IPAD/2010) As manifestações da disfunção da tireoide

podem indicar produção insuficiente ou excessiva de hormônios. São sintomas da disfunção

da tireoide exceto:

a) Sudorese profusa, exoftalmia, taquicardia, fadiga.

b) Ganho ou perda de peso, constipação, palidez, depressão.

c) Tremores, agitação, anorexia, intolerância ao calor.

d) Sudorese, pele fria e seca, endoftalmia.

e) Nervosismo, diplopia, irregularidade menstrual, constipação.

Figura 5 - Fácies cushingoide

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COMENTÁRIOS32

:

A tireoide é uma glândula endócrina importantíssima para o funcionamento harmônico

do organismo. Os hormônios liberados por ela, T4 (tiroxina) e T3 (triiodotironina) estimulam

o metabolismo, isto é, o conjunto de reações necessárias para assegurar todos os processos

bioquímicos do organismo.

Os principais distúrbios da tireoide são o hipotireoidismo (baixa ou nenhuma produção

de hormônios) e o hipertireoidismo (produção excessiva de hormônios), doenças que incidem

mais nas mulheres do que nos homens.

Vejam na tabela abaixo os sintomas dessas doenças.

Hipotireoidismo Hipertireoidismo

Cansaço;

Depressão;

Adinamia (falta de iniciativa);

Pele seca e fria;

Constipação;

Diminuição da frequência

cardíaca;

Decréscimo da atividade cerebral;

Voz mais grossa como a de um

disco em baixa rotação;

Mixedema (inchaço duro);

Diminuição do apetite;

Sonolência;

Reflexos mais vagarosos;

Intolerância ao frio;

Alterações menstruais e na

potência e libido dos homens.

Hiperativação do metabolismo;

Nervosismo e irritação;

Insônia;

Fadiga;

Intolerância ao calor;

Sudorese abundante;

Taquicardia;

Palidez;

Perda de peso resultante da queima de

músculos e proteínas;

Tremores;

Exoftalmia (olhos saltados);

Bócio;

Comprometimento da capacidade de

tomar decisões equilibradas.

As principais causas dessas doenças são as seguintes:

a) Hipotireoidismo

Tireoidite de Hashimoto, uma doença autoimune que provoca a redução gradativa da

glândula;

Falta ou excesso de iodo na dieta.

32 Hipotireoidismo/Hipertireoidismo.

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b) Hipertireoidismo

Doença de Graves, doença hereditária que se caracteriza pela presença de um anticorpo

no sangue que estimula a produção excessiva dos hormônios tireoidianos;

Bócio com nódulos que produzem hormônios tireoidianos sem a interferência do TSH,

hormônio produzido pela hipófise.

O diagnóstico pode ser feito pela dosagem do hormônio TSH produzido pela hipófise e

dos hormônios T3 e T4 produzidos pela tireóide.

Níveis elevados de TSH e baixos dos hormônios da tireóide caracterizam o

hipotireoidismo. TSH baixo e alta dosagem de hormônios da tireóide caracterizam o

hipertireoidismo.

Em ambos os casos o tratamento deve ser introduzido assim que o problema é

diagnosticado e depende da avaliação das causas da doença em cada paciente.

No hipotireoidismo, deve começar de preferência na fase subclínica com a reposição do

hormônio tireoxina que a tireoide deixou de fabricar. Como dificilmente a doença regride, ele

deve ser tomado por toda a vida, mas os resultados são muito bons.

No hipertireoidismo, o tratamento pode incluir medicamentos, iodo radioativo e cirurgia

e depende das características e causas da doença. Deve começar logo e ser

prescrito principalmente na 3ª idade a fim de evitar a ocorrência de arritmias cardíacas,

hipertensão, fibrilação, infarto e osteoporose.

As principais recomendações são as seguintes:

A ingestão regular do iodo contido no sal de cozinha evita a formação de bócio;

A dosagem do TSH deve ser medida depois dos 40 anos com regularidade;

Hormônios tireoidianos não devem ser tomados nos regimes para emagrecer (produzem

maior queima dos músculos do que de gordura);

Adoção de uma dieta alimentar equilibrada. É engano imaginar que o hipotireoidismo

seja fator responsável pelo ganho de peso, porque as pessoas costumam ter menos fome

quando estão com menor produção dos hormônios tireoidianos;

Atividade física regular é indicada nos casos de hipotireoidismo, mas contraindicada

para pacientes com hipertireoidismo;

Fumar é desaconselhável nos dois casos.

Essa questão é facilmente resolvida "por eliminação". A endoftalmia (retração do globo

ocular) não ocorre nos distúrbios da tireoide. O que há é a exoftalmia (olhos saltados) no

hipertireoidismo. Logo, o gabarito só pode ser a letra D.

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59. (Prefeitura de Goiana-PE/IPAD/2010) A desidratação ou déficit de volume hídrico

refere-se à perda hídrica de 1% ou mais do peso corporal. São sinais de desidratação todos os

abaixo, exceto:

a) tontura, irritabilidade e delírio.

b) sede extrema, pele e mucosas secas, xerostomia.

c) turgor cutâneo adequado, anasarca.

d) aumento da frequência cardíaca, hipotensão.

e) turgor cutâneo deficiente

COMENTÁRIOS:

Essa questão é facilmente respondia pelo bom senso. O gabarito é a letra C, pois a

desidratação desencadeia o turgor cutâneo deficiente, e não adequando. Fiquem tranquilos,

pois vamos detalhar esse assunto na aula sobre Saúde da Criança.

60. (Prefeitura de São Gonçalo do Amarante-RN/ASPERHS/2011) Um paciente com

diagnóstico de Doença de Crohn deve ser encaminhado para acompanhamento de qual

especialidade médica?

a) Gastroenterologia b) Dermatologia c) Urologia d) Ginecologia e) Hematologia

COMENTÁRIOS:

A Doença de Crohn (Enterite Regional) é uma inflamação subaguda e crônica que

estende através de todas as camadas da parede do intestino, a partir da mucosa intestinal.

Fistulas, fissuras e abscessos ocorrem à medida que a inflamação se estende pelo peritônio.

Granulomas ocorrem na metade dos casos. À medida que a doença avança, a parede intestinal

espessa-se e torna-se fibrosa, e a luz intestinal fica mais estreita.

O início dos sintomas geralmente é insidioso, com notável dor abdominal e diarréia que

não são aliviadas com a defecação. Ocorre frequentemente cólica e dores abdominais. Além

disso, as úlceras no interior da membrana intestinal e outras alterações inflamatórias resultam

numa constante perda de líquidos e inchação do intestino, que continuamente esvazia uma

descarga irritante no cólon. Isso causa uma diarreia crônica porque a absorção é interrompida.

O resultado final é uma pessoal magra e malicenta devido a uma ingesta inadequada de

alimento e perda constante de líquidos.

O gabarito da questão, portanto, é a letra A.

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Página 88

61. (Prefeitura de Patos-PB/PagTCPB/2010) O comprometimento cutâneo traz sérias

consequências na vida do individuo acometido. Indique qual é a afecção cutânea de natureza

auto-imune.

a) Erisipela.

b) Impetigo.

c) Tinea do pé.

d) Pênfigo.

e) Herpes-zóster.

COMENTÁRIOS:

Erisipela é uma infecção aguda da pele envolvendo a derme e o subcutâneo, que se

caracteriza por febre, anorexia, calafrios, outros sintomas gerais, leucocitose e lesão cutânea

em placa eritematosa, edematosa e dolorosa. Dessa placa podem ter origem faixas

eritematosas ao longo do trajeto de vasos linfáticos (linfangites). Existe adenite satélite à

região comprometida. Vesículas e bolhas podem ser observadas - erisipela bolhosa. As áreas

comprometidas são em geral membros inferiores, face ou abdome.

Os agentes etiológicos são os estreptococos beta-hemolíticos do grupo A. Muito

raramente, quadros clínicos semelhantes podem ser produzidos por StaphyIococus aureus.

A penetração do estreptococo na pele (modo de transmissão) ocorre por soluções de

continuidade. São portas de entrada frequentes nos membros inferiores as úlceras de perna e

dermatomicoses interdigitais.

As complicações podem ser o linfedema ou elefantíase como consequência dos surtos

recidivantes.

As principais medidas de tratamento da erisipela são o repouso no leito e antibióticos.

Impetigo é uma doença comum da infância causada por Staphylococcus ou

Streptococcus e de alta transmissibilidade.

Impetigo Bolhoso: vesículas e bolhas desenvolvem-se em pele normal, sem eritema ao

redor. As lesões localizam-se no tronco, face, mãos, áreas intertriginosas, tornozelo ou dorso

dos pés, coxas e nádegas. O conteúdo seroso ou sero-pustulento desseca-se, resultando em

crosta amarelada que é característica do impetigo. Quando não tratada tem tendência à

disseminação. A lesão inicial muitas vezes é referida como se fosse uma bolha de queimadura

de cigarro.

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Página 89

Impetigo não Bolhoso: geralmente inicia-se com lesões eritematosas seguida da

formação de vesículas e pústulas que se rompem rapidamente formando áreas erosadas com

as típicas crostas de coloração amarelada. Localizam-se preferencialmente na face, braços,

pernas e nádegas. É comum a presença de lesões satélites que ocorrem por autoinoculação. As

lesões do impetigo duram dias ou semanas. Quando não tratadas podem envolver a derme o

que constitui o ectima, com ulceração extensa e crosta hemorrágica.

As mãos são o meio mais importante para transmitir a infecção do impetigo. A fonte

mais comum de propagação epidêmica são as lesões supurativas.

As complicações são a glomerulonefrite e septicemias.

As principais medidas de tratamento do impetigo são a remoção e limpeza, duas a três

vezes ao dia, das crostas com água e sabão, ou água Dalibour ou permanganato de potássio

1:40.000, ou água boricada a 2%. Em seguida, aplica-se pomada de antibióticos tipo

neomicina, mupirocina, gentamicina. Se necessário, são administrados antibioticos

sistêmicos.

Tinea do pé (pé-de-atleta) é a infecção fungica mais comum. É perticularmente

prevalente naqueles que usam chuveiro ou psinas comunitárias.

A tinea do pé pode aparecer como uma infecção ou crônica na sola dos pés ou entre os

dedos dos pés. A unha também pode ser afetada. Linfangite e celulite ocorrem

ocasionalmente, quando superinfecção bacteriana. Por vezes, uma infecção mista, envolvendo

fungos, bactérias e leveduras acontecem.

Pênfigo é um grupo de doenças graves da pele, caracterizado pelo aparecimento de

bolhas de tamanhos variados na pele e mucosas. As evidências disponíveis indicam que o

pênfigo é uma doença autoimune que envolve a IgG, uma imunoglobulina.

Acredita-se que o anticorpo do pênfigo seja dirigido contra um antígeno específico da

superfície celular nas células epidérmicas. Uma bolha forma-se a partir da reação antigeno-

anticorpo. O nível de anticorpo sérico é preditivo da gravidade da doença. Em geral, esse

distúrbio ocorre em homens e mulheres na meia idade e na fase tardia da vida adulta. Essa

doença pode estar associada à ingestão de penicilina e captopril e à miastenia grave.

Herpes-zóster geralmente é decorrente da reativação do vírus da varicela em latência,

ocorrendo em adultos e pacientes imunocomprometidos, como portadores de doenças

crônicas, neoplasias, aids e outras. O herpes zoster tem quadro pleomórfico, causando desde

doença benigna até outras formas graves, com êxito letal. Após a fase de disseminação

hematogênica, em que atinge a pele, caminha centripetamente pelos nervos periféricos até os

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Página 90

gânglios nervosos, onde poderá permanecer, em latência, por toda a vida. Causas diversas

podem levar a uma reativação do vírus, que, caminhando centrifugamente pelo nervo

periférico, atinge a pele, causando a característica erupção do herpes zoster.

A maioria dos doentes refere, antecedendo às lesões cutâneas, dores nevrálgicas, além

de parestesias, ardor e prurido locais, acompanhados de febre, cefaléia e mal-estar. A lesão

elementar é uma vesícula sobre base eritematosa. A erupção é unilateral, raramente

ultrapassando a linha mediana, seguindo o trajeto de um nervo. Surgem de modo gradual,

levando de 2 a 4 dias para se estabelecerem. Quando não ocorre infecção secundária, as

vesículas se dissecam, formam-se crostas e o quadro evolui para a cura em 2 a 4 semanas. As

regiões mais comprometidas são a torácica (53% dos casos), cervical (20%), trigêmeo (15%)

e lombossacra (11%).

A partir dos comentários, verificamos que o gabarito é a letra D.

62. (Prefeitura de Teresina-PI/NUCEPE/2011) Durante a consulta de enfermagem,

atividade regulamentada pela Resolução COFEN 159/1993, o enfermeiro, ao avaliar os

resultados de exames laboratoriais de um paciente deve considerar como alterado:

a) creatinina plasmática de 0,8mg/dl;

b) glicemia de jejum de 98 mg/dl;

c) potássio plasmático de 8 mEq;

d) LDL colesterol de 120 mg/dl;

e) HDL colesterol de 50 mg/dl.

COMENTÁRIOS:

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Segue exemplos de valores normais de alguns exames de importância clínica:

Exames Valores de Referência Normais

Creatinina plasmática homens - inferior a 1,2 8mg/dl;

mulheres - inferior a 1,1.

Dosagem de ureia33

15 – 39 mg/dl;

Glicemia de jejum

normal < 110 mg/dl;

alterada >110 e <126 mg/dl;

diabetes mellitus > 126 mg/dl.

Colesterol total

desejável < 200 mg/dl;

limítrofe - 200-239 mg/dl;

alto ≥ 240 mg/dl.

Colesterol fracionado – LDL (ruim)

ótimo < 100 mg/dl;

desejável - 100-129 mg/dl;

limítrofe - 130-159 mg/dl;

alto - 160-189 mg/dl;

muito alto ≥ 190.

Colesterol fracionado – HDL (bom) desejável > 60 mg/dl;

baixo < 40 mg/dl.

Potássio plasmático34

adultos - 3,5 a 5,1 mmol/L (ou

meq/L);

Valores críticos

≤ 2,5 mmol/L(hipocalemia);

≥ 6,5 mmol/L (hipercalemia);

A partir do exposto, verificamos que o gabarito é a letra C, pois o potássio plasmático

em 8 mEq é muito elevado (hipercalemia).

33

A ureia e creatina em conjunto fornecem dados sobre a função renal. 34

A dosagem do potássio sérico é um teste é útil na avaliação do equilíbrio hidroeletrolítico e acidobásico. A monitorização

desse exame é útil no acompanhamento de pacientes em terapia com diuréticos, em nefropatias, principalmente com

insuficiência renal, na cetoacidose diabética, no manejo da hidratação parenteral e na insuficiência hepática.

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63. (Prefeitura de Goiana-PE/IPAD/2010-Adaptada) Segundo a Organização Mundial de

Saúde, “Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe

multidisciplinar, ativa e integral a pacientes cuja doença não responde mais ao tratamento

curativo, sendo o principal objetivo a garantia da melhor qualidade de vida, tanto para o

paciente quanto para seus familiares, através do controle da dor e demais sintomas, em suas

dimensões psicossociais e espirituais”. Sobre os cuidados paliativos, analise as afirmativas

abaixo.

1. Os Cuidados Paliativos visam garantir melhor qualidade de vida, controle da dor e demais

sintomas, além de facilitar a desospitalização.

2. Os Cuidados Paliativos contribuir para reduzir a realização de exames complementares

quando os resultados não mudam a terapia e evitar o uso de terapias ineficazes e

potencialmente danosas aos pacientes.

3. Os cuidados Paliativos enfatizar o tratamento domiciliar em detrimento do tratamento

hospitalar, preparar os cuidadores para a realização, em ambiente domiciliar, de cuidados

antes restritos às instituições e estruturar o acesso à distribuição e à dispensação de insumos e

medicamentos necessários à manutenção do paciente no seu domicílio.

4. A instituição dos Cuidados Paliativos deve ser precoce, à época do diagnóstico de doença

avançada, sem possibilidade de cura, seguindo princípios éticos baseados no respeito à

autonomia do paciente e requer habilidade de comunicação e uma abordagem interdisciplinar.

Estão corretas:

a) 1, 2, 3 e 4. b) 1, 2 e 3, apenas. c) 2, 3 e 4, apenas. d) 3 e 4, apenas e) 1, 2 e 4, apenas

COMENTÁRIOS:

Essa questão faz uma abordagem importante sobre os cuidados paliativos. Todos os

itens estão corretos. Por isso, o gabarito da questão é a letra A.

=================

Chagamos ao final de mais uma aula. Espero que tenham gostado!

A partir da análise de mais de 70 provas, constatei que aproximadamente 75% do

conteúdo de Clinica Médica se restringe à hipertensão e diabetes. Merecem destaque também

as doenças cardíacas, respiratórias e renais.

Nas próximas aulas, aprofundaremos o estudo dessa disciplina e abordaremos a

oncologia clínica.

Até mais, meus amigos!

Prof. Rômulo Passos

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Lista das Questões

1- Questões de Aprofundamento sobre Resíduos Sólidos em

Saúde. Métodos de Esterilização e Desinfecção, Limpeza. Infecção

Hospitalar (Aula nº 1)

1. (UFPE-PE/2013) A higienização das mãos é uma preocupação constante, por tratar-se da

medida mais simples e menos dispendiosa para a prevenção das infecções hospitalares, e para

a segurança do profissional de saúde. Sobre as recomendações para realizar este

procedimento, assinale a alternativa que não corresponde às orientações da ANVISA.

a) A preparação alcoólica substitui a lavagem das mãos, quando não houver sujidade aparente.

b) Deve-se evitar água muito quente ou muito fria na higienização das mãos, a fim de evitar o

ressecamento da pele.

c) Após a higienização das mãos com água e sabão, deve-se fazer uso de uma preparação

alcoólica.

d) Depois do uso da preparação alcoólica, deve-se deixar que as mãos sequem

completamente, sem a utilização de papel-toalha.

e) Deve-se aplicar creme hidratante nas mãos diariamente, para evitar o ressecamento.

2. (Prefeitura de Vimão-RS/Fundatec/2012) No processo de higienização das mãos, não é

indicado o uso de ________, uma vez que raramente o tempo necessário para a secagem é

________, além de haver dificuldade no seu acionamento. Eles podem, ainda, carrear

________. O acionamento manual de certos modelos de aparelho também pode permitir a

________ das mãos. Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as

lacunas do trecho acima.

a) secadores manuais – obedecido – microrganismos – recontaminação

b) secadores elétricos – obedecido – microrganismos – recontaminação

c) secadores elétricos – desrespeitado – microrganismos – recontaminação

d) secadores elétricos – obedecido – antissépticos – contaminação

e) porta-toalhas – obedecido – microrganismos – recontaminação

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3. (Prefeitura de Gramado-RS/Fundatec/2013) Em relação à higienização das mãos, para a

segurança do paciente, é INCORRETO afirmar que:

a) As técnicas de higienização das mãos podem variar, dependendo do objetivo ao qual se

destinam.

b) Apesar de as evidências mostrarem a importância das mãos na cadeia de transmissão das

infecções relacionadas à assistência à saúde, e os efeitos dos procedimentos de higienização

das mãos na diminuição das taxas de infecções, os profissionais de saúde ainda adotam uma

atitude passiva diante deste problema de saúde pública mundial.

c) Devem higienizar as mãos apenas os profissionais que trabalham em serviços de saúde que

mantêm contato direto com os pacientes. Recomenda-se, ainda, que familiares,

acompanhantes e visitantes higienizem as mãos antes e após contato com o paciente, nos

serviços de saúde.

d) As mãos dos profissionais que atuam em serviços de saúde podem ser higienizadas

utilizando-se água e sabonete, preparação alcoólica e antisséptico degermante.

e) A higienização simples das mãos tem por finalidade remover os microrganismos que

colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o suor, a oleosidade e as células

mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação de microrganismos.

4. (UFG-2013) De acordo com o manual sobre “Segurança do paciente: higienização das

mãos”, a higienização das mãos com preparação alcoólica (sob a forma de gel ou líquida com

1-3% glicerina) é indicada quando estas não estiverem visivelmente sujas. Mediante esta

situação, quando deve ser usada esta preparação?

a) Ao iniciar e terminar o turno de trabalho; antes e após a remoção de luvas.

b) Antes e após o contato com o paciente; antes do preparo e da manipulação de

medicamento.

c) Antes e após a administração de medicamentos.

d) Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo.

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5. (HCFMB–UNESP/CAIPIMES/2013) Relacione as categorias de isolamento e

exemplos de infecções.

A - Precauções padrão.

B - Isolamento respiratório.

C - Isolamento de gotículas.

D - Isolamento de contato.

( ) Neisseria meningiditis.

( ) varicela.

( ) Clostridium difficile.

( ) Atendimento a todos os pacientes.

( ) sarampo.

( ) impetigo.

( ) Haemophilus influenzae.

( ) Enterococo resistente à vancomicina.

( ) tuberculose.

( ) caxumba.

( ) coqueluche.

( ) Staphylococcus aureus resistente à meticilina.

A sequência correta, de cima para baixo, é:

a) C – B – D – A – B – D – C – D – B – C – C – D.

b) A – C – D – B – A – D – C – B – C – B – D – B.

c) B – A – C – C – D – D – A – C – D – C – A – B.

d) D – A – C – B – D – A – B – D – C – D – B – C.

6. (HCFMB–UNESP/CAIPIMES/2013) Em relação ao dispositivo intravascular periférico,

de acordo com a United States Center for Disease Control and Prevention (CDC) é

recomendado que sejam mantidas, no paciente, nos períodos máximos entre:

a) 48 a 72 horas.

b) 48 a 96 horas.

c) 72 a 96 horas.

d) 24 a 48 horas.

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Página 96

7. (HCFMB–UNESP/CAIPIMES/2013) Escolha a frase correta sobre a desinfecção.

a) Consiste em um processo de eliminação de microorganismos presentes em superfícies e

produtos para saúde, porém não destrói todas as formas de vida microbiana, principalmente os

esporos.

b) É o processo que utiliza agentes químicos, físicos ou físico-químicos para destruir todas as

formas de vida microbiana e aplica-se especificamente a objetos inanimados.

c) É a remoção de sujidade de um material, preparando-o para a esterilização.

d) É a remoção completa de micro-organismos, sendo o processo que mantém materiais e

líquidos livres de pirogênios.

8. (Universidade Estadual de Londrina-PR/2013) Com relação às medidas de controle de

infecção hospitalar, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas

a seguir.

( ) As medidas de precaução padrão devem ser seguidas para todos os pacientes, independente

da suspeita de infecção.

( ) O paciente com uso de precauções respiratórias com gotículas deve manter-se isolado.

( ) O uso de luvas é um substituto efetivo para a lavagem das mãos e para o uso de álcool gel.

( ) O uso do álcool com fricção, como substituto da lavagem das mãos com água e sabão,

pode ser indicado quando há sujidade aparente.

( ) Para casos de diarreia infecciosa, devem ser usadas medidas de precaução por contato.

Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.

a) V, V, F, F, V. b) V, F, F, V, F. c) F, V, F, V, V. d) F, F, V, V, F. e) F, F, V, F, V.

9. (Tribunal de Justiça do Amazonas-AM/FVG/2013) Conforme a Resolução CONAMA

358/05, os Resíduos de Serviços de Saúde são classificados em cinco grupos, de acordo com

os riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, a fim de que tenham gerenciamento

adequando. Com base nessa classificação, assinale a afirmativa correta.

a) Grupo A - resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde

pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade,

corrosividade, reatividade e toxicidade.

b) Grupo B - resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas

características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção.

c) Grupo C - resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou

ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.

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Página 97

d) Grupo D - quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham

radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de eliminação especificados nas normas

da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN e para os quais a reutilização é imprópria

ou não prevista.

e) Grupo E - materiais pérfurocortantes ou escarificantes, tais como lâminas de barbear,

agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas

de bisturi e lancetas.

10. (IF-SC/2013) A classificação dos resíduos de saúde, atualmente em vigor no Brasil

descritas nas resoluções RDC nº 30613 da ANVISA e na resolução nº 35815 do CONAMA é:

( I ) Grupo A Potencialmente infectantes.

Grupo B Químicos.

Grupo C Rejeitos radioativos.

Grupo D Resíduos comuns.

Grupo E Resíduos perfurocortantes.

( II ) Grupo A Potencialmente infectantes e perfurocortantes.

Grupo B Químicos e radioativos.

Grupo C Líquidos e sólidos infectantes.

Grupo D Recicláveis.

Grupo E Biológicos.

( III ) Grupo A Perfurocortantes.

Grupo B Biológicos e recicláveis.

Grupo C Químicos e radiativos.

Assinale a alternativa CORRETA.

a) II está correta.

b) I está correta.

c) I está incorreta.

d) III está correta.

e) I, II, III estão incorretas.

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2 - Questões de Aprofundamento sobre Hipertensão Arteria

Sistêmica, Diabetes Melittus e Doenaças Respiratórias (Aula nº 2)

11. (UNIOESTE-2013) Com relação ao indivíduo diabético, pode-se afirmar que a

Cetoacidose diabética é precipitada mais comumente pela(o)

a) alimentação em excesso.

b) infecção.

c) esquecimento de uma dose de insulina.

d) estresse psicológico.

e) obstipação intestinal.

12. (Assembleia Legislativa do RN/FCC/2013) O hálito cetônico é uma manifestação clínica

característica de

a) hipoglicemia.

b) retinopatia diabética.

c) cetoacidose diabética.

d) síndrome de baixa osmolaridade não cetótica.

e) glicação de proteína na presença de hipoglicemia.

13. (Prefeitura de São Caetano do SUL-SP/CAIPIMES/2011) São sintomas clássicos do

Diabetes Mellitus inicial:

a) aumento do número de micção, urinar à noite, tontura, edema dos membros inferiores.

b) sede excessiva, aumento do volume urinário, fadiga, fraqueza.

c) perda de peso, visão borrada, aumento do apetite, exoftalmia.

d) sede excessiva, perda de peso, aumento do número de micção, hemoptise.

14. (Prefeitura de São Caetano do SUL-SP/CAIPIMES/2011) A Hipertensão Arterial é

uma doença que necessita de constante acompanhamento do paciente, pois no seu tratamento,

incluem-se mudanças no estilo de vida. Assim, é correto afirmar que

a) obesidade, alta ingestão de sal e de álcool podem interferir no aparecimento da hipertensão

arterial, mas não são considerados fatores de risco.

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b) o tratamento da hipertensão arterial deve ser, exclusivamente, medicamentoso, visto que

alguns fatores de risco não podem ser alterados.

c) a medida da pressão arterial pode ser influenciada pelo tamanho do manguito, sendo

padronizados dois tamanhos: adulto e criança.

d) a maioria dos casos de hipertensão arterial compõe-se daqueles de hipertensão denominada

de essencial ou primária e de etiologia desconhecida.

15. (Prefeitura de São Caetano do SUL-SP/CAIPIMES/2011) De acordo com o

procedimento para medida da pressão arterial, leia as afirmações abaixo e, em seguida,

assinale a alternativa que contém a resposta correta.

I - Antes de verificar a pressão arterial deve-se explicar o procedimento ao paciente e

certificar-se de que o mesmo encontra-se com a bexiga vazia, não praticou atividades físicas,

não ingeriu bebidas alcoólicas, cafés, alimentos ou fumou até 30 minutos antes do

procedimento a ser realizado.

II - Manter o braço do paciente acima do nível do coração e palpar a artéria radial para

posicionamento do estetoscópio.

III - A pressão sistólica deve ser determinada no momento do aparecimento do primeiro som

(fase I de Korotkoff).

IV - A pressão diastólica deve ser determinada no momento do aparecimento do último som

(fase V de Korotkoff).

a) As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.

b) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.

c) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.

d) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.

16. (Prefeitura de São Caetano do SUL-SP/CAIPIMES/2011) Os fatores de risco para

Hipertensão Arterial são:

a) obesidade, sedentarismo, dieta hipocalórica.

b) hereditariedade, idade, atividade física.

c) tabagismo, estresse, dieta hipossódica.

d) hereditariedade, raça, ingestão excessiva de sal.

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Página 100

17. (Prefeitura de São Caetano do SUL-SP/CAIPIMES/2011) Com relação à Pressão

Arterial, é correto afirmar que

a) o tamanho do esfigmomanômetro depende da circunferência do braço a ser examinado,

sendo que a bolsa inflável do manguito deve ter uma largura que corresponda a 40% da

circunferência do braço, e seu comprimento deve ser de 80%.

b) em crianças a pressão arterial é nitidamente mais alta do que em adultos.

c) durante o sono ocorre uma elevação na pressão arterial a cerca de 10% tanto na sistólica

como na diastólica.

d) durante o exercício físico há diminuição da pressão arterial, devido ao aumento do débito

cardíaco.

18. (TRT 6ª Região/FCC/2012) Ao trabalhador diabético de 50 anos, com queixa de cefaleia,

mantendo a pressão arterial de 150×110 mmHg, o consenso das VI Diretrizes Brasileiras de

Hipertensão recomenda como prioridade

a) mudar o estilo de vida e, na reavaliação após três meses, iniciar o tratamento

medicamentoso se necessário.

b) encaminhar o paciente à nutricionista para reavaliar a ingesta de carboidratos para reduzir a

pressão arterial.

c) iniciar o tratamento medicamentoso, mudar o estilo de vida, realizar exercícios físicos

moderados e manter alimentação saudável.

d) instalar máscara de pressão positiva duas vezes ao dia, se o paciente apresentar ronco

pulmonar.

e) reduzir a resistência à insulina com o uso de metformina e diurético tiazídico.

19. (Prefeitura de Piripiri-PI/LUDUS/2012) A doença pulmonar obstrutiva crônica

descreve condições nas quais o fluxo aéreo no interior dos pulmões encontra-se

comprometido e ocorre redução da resistência à inspiração, de modo que a fase expiratória da

respiração é prolongada. De acordo com os principais sinais e sintomas apresentados no

paciente com DPOC, analise as assertivas e identifique a alternativa FALSA ocorrida no

quadro clínico específico destes pacientes:

a) A bronquiectasia, a atelectasia, a bronquite crônica e o enfisema são classificados como

doenças pulmonares obstrutivas crônicas; e a asma é um distúrbio obstrutivo, mas muito mais

agudo.

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b) A bronquiectasia é caracterizada por infecção crônica e pela dilatação irreversível dos

brônquios e dos bronquíolos; pode ter como etiologia um tumor ou um corpo estranho,

anomalias congênitas e exposição a gases tóxicos.

c) Os pacientes com bronquiectasia apresentam tosse crônica com expectoração de escarro

purulento, mas sem presença de hemoptise e os pacientes raramente apresentam perda de

peso.

d) A atelectasia é o colapso do alvéolo e pode envolver uma pequena porção do alvéolo ou

um lobo pulmonar inteiro; ocorre secundária à aspiração de alimento ou de vômito e à

presença de líquido ou de ar na cavidade torácica.

e) O enfisema é uma doença crônica caracterizada por distensão alveolar anormal e as paredes

e os capilares alveolares apresentam-se destruídos; a lesão pulmonar é em geral permanente.

Trata-se da DPOC mais comum.

20. (Exército Brasileiro/EsFCEx/2011) À inflamação das vias respiratórias que provoca

episódios de tosse, sibilo e dispnéia, que exige avaliação adequada de enfermagem com

medidas de intervenção para alívio imediato de sintomas respiratórios e de ansiedade, como

também intervenções para educação e manutenção da saúde, dá-se o nome de:

a) Sinusite

b) Anafilaxia

c) Rinite alérgica

d) Asma brônquica

e) Alergias alimentares

21. (Prefeitura de Goiana-PE/IPAD/2010) Doença inflamatória crônica, caracterizada por

hiperresponsividade das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo,

reversível espontaneamente ou com tratamento, manifestando-se clinicamente por episódios

recorrentes de sibilância, dispnéia, aperto no peito e tosse, particularmente à noite e pela

manhã ao despertar. Resulta de uma interação entre genética, exposição ambiental a alérgenos

e irritantes, e outros fatores específicos que levam ao desenvolvimento e manutenção dos

sintomas. Essa descrição define que doença?

a) Asma.

b) Tuberculose.

c) Enfisema Pulmonar.

d) Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

e) Aspergilose broncopulmonar alérgica.

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22. (Prefeitura de Patos-PB/PagTCPB/2010) Qual a via preferida para a administração de

drogas sintomáticas e profiláticas na asma por reduzir os seus efeitos colaterais, além de

propiciar maior rapidez de ação?

a) Oral.

b) Subcutânea.

c) Intra-muscular.

d) Retal.

e) Inalatória.

23. (Prefeitura de Patos-PB/PagTCPB/2010) Causas primárias da hipertensão pulmonar:

a) Vasculite, doença cardíaca primária.

b) Uso de contraceptivo oral, doença falciforme.

c) Doença pulmonar obstrutiva crônica, pneumonia intersticial.

d) Inalação de fumaça, cifoescoliose.

e) Obesidade, altitude elevada.

24. (Prefeitura de São Luís-MA/MOVENS/2007) Doença pulmonar obstrutiva crônica é

uma terminologia ampla usada para classificar diversos distúrbios, como bronquite crônica,

bronquiectasias, enfisema pulmonar e asma brônquica. É uma condição geralmente

irreversível, associada à dispnéia, esforço e fluxo aéreo reduzido inexplicado por doença

cardíaca ou pulmonar infiltrativa específica. Com relação a esse assunto, nos itens a seguir,

assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F).

I. A bronquite crônica é definida como a presença de tosse seca, que perdura por pelo menos

três meses a um ano, por dois anos consecutivos.

II. A bronquiectasia é uma dilatação crônica dos brônquios e bronquíolos e pode ser causada

por várias condições, incluindo as infecções pulmonares, e obstrução de um brônquio.

III. Fumar cigarros constitui a principal causa de enfisema pulmonar.

IV. A asma manifesta-se por um estreitamento das vias aéreas, resultando em dispnéia, tosse e

sibilos.

V. Quando a asma e a bronquite ocorrem ao mesmo tempo, a obstrução é composta e é

chamada de bronquite asmática crônica.

A sequência correta é

a) F F F F V. b) V V F F V. c) F F V V F. d) F V V V V. e) V F F V V.

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3 - Questões de Aprofundamento sobre Ética e Legislação em

Enfermagem (Aula nº 3)

25. (Prefeitura de Vitória da Conquista-BA/AOCP/2013) A pena de cassação do Exercício

Profissional é aplicável em qual dos seguintes casos?

a) Deixar de exercer a profissão com justiça, compromisso, equidade, resolutividade,

dignidade, competência, responsabilidade, honestidade e lealdade.

b) Deixar de fundamentar suas relações no direito, na prudência, no respeito, na solidariedade

e na diversidade de opinião e posição ideológica.

c) Deixar de comunicar ao COREN e aos órgãos competentes, fatos que infrinjam

dispositivos legais e que possam prejudicar o exercício profissional.

d) Deixar de avaliar criteriosamente sua competência técnica, científica, ética e legal e

somente aceitar encargos ou atribuições, quando capaz de desempenho seguro para si e para

outrem.

e) Deixar de praticar e/ou ser conivente com crime, contravenção penal ou qualquer outro ato,

que infrinja postulados éticos e legais.

4 - Outros Temas de Clínica Médica

26. (Prefeitura de Galinhos-RN/ACAPLAM/2011) Região especial do coração, que

controla a frequência cardíaca. Localiza-se perto da junção entre o átrio direito e a veia cava

superior e é constituído por um aglomerado de células musculares especializadas:

a) Feixe de His

b) Nódulo sinoatrial

c) Sistema de Purkinge

d) Válvula tricúscpide

e) Válvula mitral

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27. (UFG/2013) A insuficiência cardíaca (IC) é a insuficiência das câmaras esquerda e/ou

direita do coração que resulta em um débito insatisfatório para atender às necessidades

tissulares provocando congestão vascular e cardíaca. Além de monitorar balanço hídrico nas

24 horas, manter o paciente em posição de Fowler na fase aguda e monitorar a pressão

arterial, as ações de enfermagem para indivíduos acometidos por IC, quanto ao gerenciamento

de líquidos, incluem a seguinte:

a) auscultar sons respiratórios.

b) administrar oxigênio.

c) administrar analgésico.

d) observar padrão intestinal.

28. (Prefeitura de Pontes de Lacerda-MT/FAPERP/2011) Na insuficiência cardíaca

congestiva, a disfunção do músculo cardíaco causa:

a) hipertrofia ventricular.

b) infarto agudo do miocárdio.

c) doenças degenerativas do miocárdio.

d) enfisema pulmonar.

29. (Prefeitura de Gramado-RS/FUNDATEC/2013) Sobre a prevenção clínica de doença

cardiovascular, cerebrovascular e renal crônica, leia as seguintes afirmativas:

I. A doença cardiovascular representa hoje, no Brasil, a maior causa de mortes.

II. Mais importante do que diagnosticar no indivíduo uma patologia isoladamente, seja

diabetes, hipertensão ou a presença de dislipidemia, é avaliá-lo em termos de seu risco

cardiovascular, cerebrovascular e renal global.

III. Os principais grupos de risco para o desenvolvimento da doença renal crônica são diabete

mellitus, hipertensão arterial e história familiar.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.

b) Apenas II.

c) Apenas I e III.

d) Apenas II e III.

e) I, II e III.

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30. (Exército Brasileiro/EsFCEx/2011) Trata-se de um dos cuidados de enfermagem

prioritário para paciente com o diagnóstico de enfermagem de débito cardíaco diminuído:

a) controle de diurese.

b) realizar pulsoterapia.

c) realizar curva térmica.

d) orientar aumento da ingesta hídrica.

e) orientar sobre os cuidados com o uso de marcapasso.

31. (Prefeitura de Montes Claros-MG/ UNIMONTES/2010) Em relação aos distúrbios

venosos agudos, podemos afirmar:

I. A tromboflebite superficial, via de regra, é um distúrbio de difícil diagnóstico: muitas vezes

é iatrogênico, decorrente de introdução descuidada de cateteres venosos ou má manutenção

dos locais de manipulação endovenosa.

II. As veias e as válvulas, permanentemente lesadas pela trombose venosa profunda,

diminuem o risco de outra trombose venosa profunda, embolia pulmonar e úlceras venosas de

estase.

III. A trombose venosa profunda é um distúrbio comum, mais entre as mulheres do que entre

os homens, e mais em adultos do que em crianças.

Marque a alternativa CORRETA.

a) Somente I e III estão corretas.

b) Somente I e II estão corretas.

c) Somente II e III estão corretas.

d) Somente III está correta.

32. (Prefeitura de Ibiporã-PR/AOCP/2011) Relacione as colunas e, em seguida, assinale a

alternativa com a sequência correta.

Tipo de Angina

1. Angina Instável.

2. Angina Estável.

3. Angina Refratária.

4. Angina Variante.

Definição/sintomas

(1) Os sintomas acontecem com o paciente em repouso,

sintomas com maior frequência e duração.

(2) A dor acontece aos esforços e é aliviada pelo repouso.

(4) Dor torácica grave e intratável.

(3) Dor em repouso com elevação reversível do seguimento ST

(também chamada de Prinzmetal).

a) 2 – 1 – 4 – 3. b) 1 – 2 – 3 – 4. c) 1 – 2 – 4 – 3. d) 3 – 4 – 2 – 1. e) 4 – 3 – 1 – 2.

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33. (Instituto Inês/AOCP/2012) A dor torácica é a apresentação clínica mais comum da

isquemia miocárdica ocorrendo em aproximadamente 80% dos casos. Sobre as características

da dor torácica e sintomas associados, assinale a alternativa correta.

a) Uma das características básicas da angina estável típica é o desconforto difuso,

retroesternal, não afetado por posição, movimento ou palpação, podendo irradiar para ombros,

braço esquerdo, braço direito, pescoço ou mandíbula.

b) A dor dos pacientes com SCA (síndrome coronariana aguda) tem características

semelhantes à da angina estável, mas os episódios são menos intensos e prolongados e,

normalmente, ocorrem nos esforços.

c) Entre os pacientes que apresentam angina pectoris, há três apresentações principais que

sugerem o surgimento de uma SCA uma delas é a angina de repouso com geralmente menos

de 20 minutos de duração.

d) A angina estável típica não é aliviada pelo repouso nem pelo uso de nitrato sublingual.

e) Angina em crescendo (maior frequência, maior duração ou ocorre com menor esforço que

em eventos anginosos prévios) descarta o aparecimento de uma SCA.

34. (Prefeitura de Paranavaí-PR/AOCP/2011) Sobre a síndrome coronariana aguda (SCA)

informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a

sequência correta.

( ) São sintomas atípicos da SCA: Mal estar, indigestão, dor epigástrica e sudorese,

principalmente em idosos e em portadores de diabetes mellitus (DM).

( ) A dor é localizada na região do hipocôndrio direito.

( ) A dor geralmente não se altera por posição, movimento ou palpação.

( ) O início da dor geralmente se dá em repouso.

a) V – V – V – V.

b) F – F – V – V.

c) V – F – V – V.

d) V – F – F – F.

e) F – V – F – V.

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35. (Prefeitura de Machadinho D’Oeste-RO/FUNCAB/2012) Marque a alternativa de

acordo com a correta classificação do tipo de Angina de peito.

a) Angina estável: dor torácica intensa e incapacitante.

b) Angina intratável: dor previsível e consistente que ocorre sob esforço e é aliviada pelo

repouso.

c) Angina variante: evidência objetiva de isquemia, mas o paciente não relata sintomas.

d) Angina refratária: dor em repouso com elevação reversível do segmento ST.

e) Angina instável: também chamada de angina pré-infarto, o limiar para dor é menor e a dor

pode ocorrer em repouso.

36. (Assembleia Legislativa do Amazonas-MA/FGV/2013) A angina de peito é uma

síndrome clínica comumente caracterizada por episódios ou paroxismos de dor ou pressão na

região anterior do tórax. Os sintomas variam de acordo com o tipo de angina, podendo ir

desde um desconforto até a dor agonizante. A dor em repouso, possivelmente causada pelo

vasoespasmo da artéria coronária, é característica da

a) angina estável.

b) angina instável.

c) angina refratária.

d) angina Prinzmetal.

e) isquemia silenciosa.

37. (Prefeitura de Patos-PB/PagTCPB/2010) Coloque (V) verdadeiro ou (F) falso e marque

a alternativa correta. A endocardite infecciosa é uma infecção microbiana da superfície

endotelial do coração. São fatores de alto risco para endocardite infecciosa:

( ) Próteses valvulares cardíacas.

( ) Doença da válvula aórtica.

( ) Regurgitação mitral.

( ) Defeito septal ventricular.

( ) Coarctação da aorta.

Assinale a alternativa correta:

a) V V V F F. b) F F V V V. c) V V V V V. d) V V V V F. e) F F F F V.

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38. (Prefeitura de Machadinho D’Oeste-RO/FUNCAB/2012) Entre os cuidados contidos

na Prescrição de Enfermagem para o paciente com Insuficiência Renal Crônica, deve-se:

a) alterar o horário dos medicamentos de modo que eles sejam administrados imediatamente

antes das refeições.

b) incentivar lanches hipocalóricos e hipossódicos entre as refeições.

c) oferecer alimentos hiperprotéicos e ricos em potássio.

d) avaliar o estado hídrico: peso diário; balanço hídrico; turgor cutâneo e presença de edema.

e) oferecer hidratação oral sem restrição.

39. (Prefeitura de Goiana-PE/2010-IPAD) Se um cliente possui diagnóstico de enfermagem

de “excesso de volume líquido relacionado ao débito urinário reduzido e retenção de água e

sal” e é portador de insuficiência renal crônica, são cuidados essenciais:

a) avaliação de edema e administração de suplementos de vitamina D, conforme prescrito.

b) realização de ausculta cardíaca e estimulação da ingestão de sódio

c) a mensuração diária do peso e aferição da pressão arterial.

d) avaliação do ingurgitamento de veia jugular e monitoração da contagem de eritrócitos.

e) avaliação da frequência respiratória e administração de suplementos de ferro, conforme

prescrição.

40. (UNIOESTE-2013) Sr. Josias tem problema renal a mais ou menos 3 anos, procurou o

serviço de saúde onde identificou-se hipertensão. As causas da hipertensão associadas com a

insuficiência renal crônica incluem

a) hipoaldosteronismo.

b) sódio aumentado e retenção de água.

c) produção de renina diminuída.

d) produção de hormônio antidiurético diminuída.

e) hipotireoidismo.

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41. (HCFMB–UNESP/CAIPIMES/2013) Referente à diálise peritoneal assinale a alternativa

incorreta.

a) A diálise peritoneal é indicada em pacientes que realizaram cirurgia abdominal recente ou

extensa, apresentam aderências abdominais ou estejam em estado gravídico.

b) Na maioria das vezes, a diálise peritoneal é indicada para pacientes graves que necessitam

de diálise, mas são incapazes de tolerar as alterações hemodinâmicas associadas à

hemodiálise.

c) A diálise peritoneal também pode ser realizada em uma unidade de terapia intensiva em

pacientes que já faziam uso de diálise peritoneal crônica e pacientes hospitalizados com

doença aguda.

d) A diálise peritoneal é um tratamento mais lento e menos eficaz que a hemodiálise.

42. (UFSM/2013) O rim tem como principal função a regulação da composição

hidroeletrolítica dos líquidos corporais e a remoção dos produtos finais do metabolismo do

sangue. É correto afirmar que a assistência de enfermagem a pacientes em diálise peritoneal

intermitente compreende

a) controlar a pressão arterial e o pulso a cada 60 minutos na primeira troca.

b) introduzir mais 5 cm o cateter no abdômen, se este não estiver permeável.

c) realizar a monitorização renal por meio do balanço hídrico e da pesagem diária.

d) adicionar os antibióticos somente no dialisador, no caso de peritonite.

e) aumentar a velocidade do influxo da diálise, no caso de dificuldade respiratória do

paciente.

43. (HCFMB–UNESP/CAIPIMES/2013) Apesar de cada terapia dialítica apresentar

características únicas, todas requerem intervenções semelhantes. Assinale qual alternativa não

se refere à intervenção protocolar em terapia dialítica.

a) Monitorização cuidadosa da pressão arterial e avaliação do estado de coagulação.

b) Débito urinário e débito cardíaco.

c) Pressão de preenchimento capilar arterial e venoso.

d) Gerenciamento preciso dos fluidos e monitoramento do peso.

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44. (Prefeitura de Paranavaí-PR/AOCP/2012) Sobre a assistência de Enfermagem em

pacientes com cálculo renal, assinale a alternativa correta.

a) Como não existem complicações relacionadas ao paciente com cálculo renal, o objetivo da

assistência é proporcionar o alívio da dor e prevenção de recidiva dos cálculos renais.

b) Uma das prescrições de enfermagem para o paciente com cálculo renal é a dor relacionada

à inflamação e obstrução do trato urinário.

c) Os sinais vitais do paciente com cálculo renal não precisam ser monitorados, uma vez que

o risco de infecção nestes pacientes é muito baixo.

d) A ingestão hídrica aumentada deve ser encorajada para evitar desidratação e aumentar a

pressão hidrostática dentro do trato urinário, de modo a promover a passagem do cálculo.

e) A litotripsia deve ser realizada precocemente em todos os casos para evitar a eliminação

espontânea do cálculo e obstrução da uretra.

45. (Prefeitura de Piripiri-PI/LUDUS/2012) Sobre os distúrbios urinários, analise as

alternativas abaixo e assinale com (V) as afirmativas verdadeiras e com (F) as afirmativas

falsas.

( ) As infecções do trato urinário (ITU) são causadas por micro-organismos patogênicos no

trato urinário.

( ) As ITU são classificadas como infecções iatrogênicas que, em casos graves, podem

ocasionar a morte do paciente.

( ) Entre os fatores de risco para as infecções do trato urinário estão: incapacidade ou falha

em esvaziar por completo a bexiga; obstrução do fluxo urinário; aumento excessivo do

consumo de sódio; imunossupressão.

( ) A pielonefrite é uma infecção da pelve renal que pode ser causada por bactérias que

alcançam a bexiga e ascendem ao rim, ou que chegam ao rim por meio da circulação

sanguínea.

( ) Como exemplo de infecções do trato urinário inferior temos a cistite, prostatite, uretrite e

pielonefrite.

Marque a alternativa que apresenta a sequência

CORRETA, de cima para baixo.

a) V – F – F – V – F b) V – F – V – F – V d) V – V – F – V – F d) F – V – F – F – V e) F – V – V – V – F

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46. (Secretaria Estadual de Saúde do Piauí-PI/NUCEPE/2012) A invasão bacteriana da

próstata pode ter várias etiologias. Sobre este assunto analise as afirmações a seguir.

1) pode ser decorrente de refluxo da urina infectada do canal ejaculatório.

2) é secundária a uretrite.

3) pode ser estimulada por instrumentação uretral ou exame retal de próstata.

4) è frequentemente causada por bactérias entéricas gram positivas e gram negativas.

Está(ão) correta(s).

a) 1 apenas

b) 2, e 4 apenas

c) 1 e 3 apenas

d) 2, 3 e 4 apenas

e) 1, 2, 3 e 4

47. (Município de Resende-RJ/CONSULPLAN/2010) O aumento acentuado de proteína na

urina, a diminuição da albumina no sangue, edema, elevação das lipoproteínas de baixa

densidade e do colesterol, são características de:

a) Infecção urinária.

b) Insuficiência renal.

c) Síndrome nefrótica.

d) Diabetes mellitus.

e) Uretrite.

48. (Prefeitura de Patos-PB/ESF/2010-PagTCPB) A glomerulonefrite aguda é mais comum

em crianças com mais de 2 anos de idade, porém pode acontecer em todas as idades. São

manifestações clínicas da glomerulonefrite aguda, EXCETO:

a) Hipotensão.

b) Edema.

c) Urina cor de coca-cola.

d) Cefaleia.

e) Mal-estar.

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49. (TRT 11ª Região/FCC/2012) Uma das condutas recomendadas no tratamento da

ascite é a

a) utilização de substitutos do cloreto de sódio por outros contendo hidrato de cloral.

b) paracentese.

c) postura ereta para ativação do sistema reninaangiotensina.

d) terapia osmótica com a sonda de Sengstaken Blakemore.

e) terapia com amônia.

50. (Prefeitura de São Luís-MA/MOVENS/2007) Um paciente chega à unidade de saúde e,

durante a anamnese, queixa-se de falta de apetite, náuseas, dor abdominal, fraqueza e

emagrecimento. Ao ser examinado pelo enfermeiro, verifica-se que ele apresenta ascite,

edema de membros e icterícia. Refere ser etilista há 20 anos e também relata o aumento de

peso progressivo. De acordo com os sintomas apresentados, o enfermeiro pode suspeitar que

este paciente provavelmente apresenta

a) esofagite.

b) gastrite.

c) cirrose hepática.

d) retocolite.

e) pancreatite.

51. (UFSM/2013) Quanto aos distúrbios e procedimentos biliares, pode-se afirmar que

a) coledocotomia é a presença de cálculos na vesícula biliar.

b) colelitiase é a remoção da vesícula biliar.

c) coledocolitotomia é a abertura e drenagem da vesícula biliar.

d) colecistite é a inflamação da vesícula biliar.

e) coledocoduodenostomia é a anastomose do colédoco ao jejuno.

52. (IBC/AOCP/2012) Assinale a alternativa que apresenta um diagnóstico de Enfermagem

que pode estar relacionado a um cliente com quadro de Anemia Falciforme.

a) Dor músculo-esquelética aguda.

b) Ingestão nutricional aumentada.

c) Controle da frequência respiratória e frequência cardíaca.

d) Orientar dieta rica em vitamina C.

e) Aplicar compressas mornas nas articulações.

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53. (Prefeitura de São Gonçalo do Amarante-RN/ASPERHS/2011) Qual dos tipos de

anemia é mais comum em indivíduos da raça negra?

a) Anemia Aplástica.

b) Anemia Ferropriva.

c) Anemia Perniciosa.

d) Anemia Falciforme.

e) Anemia Malárica.

54. (Prefeitura de Galinhos-RN/ACAPLAM/2011) Assinale a alternativa em que o tipo de

anemia está relacionado à deficiência da vitamina B12?

a) Talassemia

b) Anemia aplásica

c) Anemia falciforme

d) Anemia perniciosa

e) Anemia ferropriva

55. (Prefeitura de Paranavaí-PR/AOCP/2012) Assinale a alternativa que melhor

corresponde a um Diagnóstico de Enfermagem para um paciente com distúrbio

esofágico.

a) Depuração inadequada da via aérea relacionada à obstrução por muco.

b) Realizar troca de Sonda Nasogástrica a cada 15 dias, observar perfusão da sonda.

c) Risco de aspiração devido à dificuldade de deglutição e/ou sonda de alimentação.

d) Identificar risco de infecção observando sinais de calor, rubor.

e) Excesso de volume hídrico relacionado à velocidade de infusão de líquidos inadequada.

56. (SES-PI/NUCEPE/2012) Sobre o sistema endócrino é correto afirmar que:

a) a deficiência primária ocorre devido doença na própria glândula.

b) os pacientes costumam apresentar queixas específicas.

c) tireoidite de Hashimoto é uma doença aguda normalmente associada a vírus.

d) a síndrome de Cushing ocorre quando níveis plasmáticos de cortisol estão diminuídos.

e) diabetes insipidus é um distúrbio no metabolismo da glicose.

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57. (Prefeitura de São Leopoldo-RS/CONSULPLAN/2010) A fácies do paciente deve ser

avaliada durante o exame físico, e as características encontradas podem decorrer de alterações

orgânico-metabólicas ou por componentes psicológicos. O tipo de fácies que é observado nos

pacientes com uso crônico de corticoides e também em casos de síndrome por hiperfunção do

córtex da suprarrenal, é denominado:

a) Fácies cushingoide.

b) Fácies basedowiana.

c) Fácies miastênica.

d) Fácies pletórica.

e) Fácies acromegálica.

58. (Prefeitura de Goiana-PE/IPAD/2010) As manifestações da disfunção da tireoide

podem indicar produção insuficiente ou excessiva de hormônios. São sintomas da disfunção

da tireoide exceto:

a) Sudorese profusa, exoftalmia, taquicardia, fadiga.

b) Ganho ou perda de peso, constipação, palidez, depressão.

c) Tremores, agitação, anorexia, intolerância ao calor.

d) Sudorese, pele fria e seca, endoftalmia.

e) Nervosismo, diplopia, irregularidade menstrual, constipação.

59. (Prefeitura de Goiana-PE/IPAD/2010) A desidratação ou déficit de volume hídrico

refere-se à perda hídrica de 1% ou mais do peso corporal. São sinais de desidratação todos os

abaixo, exceto:

a) tontura, irritabilidade e delírio.

b) sede extrema, pele e mucosas secas, xerostomia.

c) turgor cutâneo adequado, anasarca.

d) aumento da frequência cardíaca, hipotensão.

e) turgor cutâneo deficiente

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60. (Prefeitura de São Gonçalo do Amarante-RN/ASPERHS/2011) Um paciente com

diagnóstico de Doença de Crohn deve ser encaminhado para acompanhamento de qual

especialidade médica?

a) Gastroenterologia

b) Dermatologia

c) Urologia

d) Ginecologia

e) Hematologia

61. (Prefeitura de Patos-PB/PagTCPB/2010) O comprometimento cutâneo traz sérias

consequências na vida do individuo acometido. Indique qual é a afecção cutânea de natureza

auto-imune.

a) Erisipela. b) Impetigo. c) Tinea do pé. d) Pênfigo. e) Herpes-zóster.

62. (Prefeitura de Teresina-PI/NUCEPE/2011) Durante a consulta de enfermagem,

atividade regulamentada pela Resolução COFEN 159/1993, o enfermeiro, ao avaliar os

resultados de exames laboratoriais de um paciente deve considerar como alterado:

a) creatinina plasmática de 0,8mg/dl;

b) glicemia de jejum de 98 mg/dl;

c) potássio plasmático de 8 mEq;

d) LDL colesterol de 120 mg/dl;

e) HDL colesterol de 50 mg/dl.

63. (Prefeitura de Goiana-PE/IPAD/2010-Adaptada) Segundo a Organização Mundial de

Saúde, “Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe

multidisciplinar, ativa e integral a pacientes cuja doença não responde mais ao tratamento

curativo, sendo o principal objetivo a garantia da melhor qualidade de vida, tanto para o

paciente quanto para seus familiares, através do controle da dor e demais sintomas, em suas

dimensões psicossociais e espirituais”. Sobre os cuidados paliativos, analise as afirmativas

abaixo.

1. Os Cuidados Paliativos visam garantir melhor qualidade de vida, controle da dor e demais

sintomas, além de facilitar a desospitalização.

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2. Os Cuidados Paliativos contribuir para reduzir a realização de exames complementares

quando os resultados não mudam a terapia e evitar o uso de terapias ineficazes e

potencialmente danosas aos pacientes.

3. Os cuidados Paliativos enfatizar o tratamento domiciliar em detrimento do tratamento

hospitalar, preparar os cuidadores para a realização, em ambiente domiciliar, de cuidados

antes restritos às instituições e estruturar o acesso à distribuição e à dispensação de insumos e

medicamentos necessários à manutenção do paciente no seu domicílio.

4. A instituição dos Cuidados Paliativos deve ser precoce, à época do diagnóstico de doença

avançada, sem possibilidade de cura, seguindo princípios éticos baseados no respeito à

autonomia do paciente e requer habilidade de comunicação e uma abordagem interdisciplinar.

Estão corretas:

a) 1, 2, 3 e 4.

b) 1, 2 e 3, apenas.

c) 2, 3 e 4, apenas.

d) 3 e 4, apenas

e) 1, 2 e 4, apenas

Gabarito

1-C 11-B 21-A 31-D 41-A 51-D 61-D

2-B 12-C 22-E 32-B 42-C 52-A 62-C

3-C 13-B 23-B 33-A 43-C 53-D 63-E

4-D 14-D 24-D 34-C 44-D 54-D

5-A 15-B 25- 35-E 45-A 55-C

6-C 16-D 26-B 36-D 46-E 56-A

7-A 17-A 27-A 37-C 47-C 57-A

8-A 18-C 28-A 38-D 48-A 58-D

9-E 19-C 29-E 39-C 49-B 59-C

10-B 20-D 30-A 40-B 50-C 60-A