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23/09/2016 1 LEGUMINOSAS Vanessa Zirondi Longhini Morfologia de leguminosas RAIZ Sistema radicular pivotante (raiz principal) Raiz tuberosa (raiz caulinar) • CAULE • 1. Rizoma • 2. Estolão • 3. Caules volúveis • 4. Caules erectos (herbáceos e lenhosos) Folíolos Peciolulo Pecíolo Folha de leguminosa consiste de três partes: 1. Folíolo; 2. Pecíolo (peciolulo); 3. Estípula. Estípula FLORES • Brácteas • Cálice • Corola • Androceu • Gineceu

Aula Leguminosas - fcav.unesp.br · taxa de recuperação mínima de 70% (visando à produção de sementes) • Estima-se que em 1 quilograma haja, em média, 6.500 sementes Semeadura:

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LEGUMINOSAS

Vanessa Zirondi Longhini

Morfologia de leguminosas•RAIZ•Sistema radicular pivotante (raiz principal)•Raiz tuberosa (raiz caulinar)

• CAULE• 1. Rizoma• 2. Estolão• 3. Caules volúveis• 4. Caules erectos (herbáceos e lenhosos)

Folíolos

Peciolulo

Pecíolo

Folha de leguminosa consiste de três partes:

1. Folíolo;

2. Pecíolo (peciolulo);

3. Estípula.

Estípula

FLORES

• Brácteas• Cálice• Corola• Androceu• Gineceu

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FRUTOS

• Legume (deiscente ouindeiscente)

•Aumenta o teor de N no sistema solo/planta

•Aumenta o teor de proteína da forragem

•Aumento no estoque de proteína para a estação

seca

•Aumenta o consumo de forragem

•Redução nos custos de suplementação

Leguminosas Forrageiras

Fixação Biológica de NitrogênioA quantidade de N fixado varia com a espécie e com ascondições do ambiente1. Acidez do solo2. Salinidade3. Deficiências ou excesso de minerais4. Estresse hídrico5. Variações na temperatura6. Quantidade de N inorgânico no solo7. Pragas e doenças

FBN � Principal via de inclusão do N atmosférico no sistemasolo-planta (170 x 109 kg de N/ano)

Leguminosas:

1. Stylosanthes spp.

2. Arachis pintoi

3. Pueraria phaseoloides

4. Leucaena leucocephala

5. Cajanus cajan

6. Medicago sativa

7. Calopogonium mucunoides

8. Neonotonia wightii

9. Macrotyloma axilare

10. Crotalaria spp.11. Lablab purpureus

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Stylosanthes spp. Gênero Stylosanthes

� Características gerais:

� Reconhecidas 48 espécies� Exclusivas do continente americano: 43� Brasil: 29 espécies

� Conhecidas vulgarmente como:� Trifólio� Meladinho� Manjericão-do-campo� Saca-estepe� Alfafa do nordeste� Estilosantes

Caracterização do gênero

Porte:varia de herbáceo a subarbustivopodendo ser ereto,semiprostrado ou prostrado

Folhas:trifolioladas (folíolos elípticos)

Flores:variam desde amarelo atéalaranjadasAlgumas espécies apresentamestrias purpúreas nas flores

Caracterização do gênero

Adaptação:

• Ampla variação de climas

• Resistência às secas:

S. Guianensis

S. Macrocephala

S. capitata

• Ótima performance em solos arenosos e de baixa fertilidade

• Produção de forragem superior a 10 t MS/ha

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Gênero Stylosanthes

Utilização:

• Feno

• Banco de proteína

• Pastos consorciados com gramíneas

• Adubo verde ou planta de cobertura (embora bastante

estudada, ainda não é largamente difundida)

Stylosanthes capitata

• Nativo da América do Sul• Ocorre com maior frequência em

áreas de vegetação de caatinga donordeste brasileiro, e também noCerrado, em vegetação de campolimpo, campo sujo, campo cerrado ecampo rupestre

• Brasil:Pode ser encontrado na Bahia, Ceará,Goiás, Maranhão, Mato Grosso, MatoGrosso do Sul, Minas Gerais, Pará,Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grandedo Norte, São Paulo, Tocantins e noDistrito Federal

Forma decumbenteArbusto semi-ereto

Stylosanthes capitata Stylosanthes guianensis

• Distribuição mais ampla � desdeo México até a Argentina

• Brasil:

Estados da Bahia, Ceará, EspíritoSanto, Goiás, Maranhão, MatoGrosso do Sul, Mato Grosso,Minas Gerais, Pará, Paraná,Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro,Rio Grande do Norte, São Paulo,Tocantins e no Distrito Federal

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Stylosanthes guianensis Stylosanthes macrocephala

• Distribuição mais restrita

• Ocorre somente no Brasil

• Encontrada nos estados da

Bahia, Ceará, Goiás, Minas

Gerais, Mato Grosso, Mato

Grosso do Sul,

Pernambuco, Piauí e no

Distrito Federal

Stylosanthes macrocephala Principais cultivares brasileiras

Características: • Perene, semi-ereto

• Altura média de 65 cm

• Produção: em torno de 2.500 kg.ha-1.ano de MS

• Teor médio de PB de 12%

• Excelente resistência à seca (mantêm-se verde durante o período seco)

• Bastante tolerante à antracnose (Colletotrichum gloeosporioides)

Produção de sementes: • Considerada baixa (quando comparada com as cultivares australianas da

espécie)

Utilização do estilosantes Bandeirante foi mínima devido ao desinteresse de produção comercial de sementes

Stylosanthes guianensis var. pauciflora cv. Bandeirante

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Coletada na área experimental da Embrapa Cerrados, emPlanaltina-DF, em 1974

Apresentou resistência à antracnose em oito locais dos 11testados

Experimentos em pastejo:Presença do Pioneiro na consorciação aumentou os teores de N eCa na forragem disponível para os animais e também a produção decarne/ha.

Não houve interesse por parte dos produtores de sementes emproduzir e comercializar o produto

Principais cultivares brasileiras

Stylosanthes macrocephala cv. Pioneiro

Características:• Perene

• Semi-ereta

• Pode atingir 2,5 m de altura

• Caules grossos na base

• Folíolos lanceolados medindo de 2,0 a 5,0 cm de

comprimento e 0,4 a 0,8 cm de largura

• Caules e folhas � viscosidade que se acentua na seca

• Permanece verde durante o período seco

Principais cultivares brasileiras

Stylosanthes guianensis var. guianensis cv. Mineirão

É a cultivar mais tolerante à antracnose existente no mercadoO mais produtivo em solos de baixa fertilidade

Consumo:Maior no período seco do ano (Teor de PB na parte aérea de até 12%)

Recomendação:Formação de pastos consorciadosBanco de proteínaAssociado com culturas anuais e em áreas de recuperação de pastagem

Pode permanecer até quatro anos na pastagemRessemeadura é muito baixa ou inexistente em condições de pastejo

Principais cultivares brasileiras

Stylosanthes guianensis var. guianensis cv. Mineirão

É uma mistura física de

sementes com 80% (em

peso) de linhagens de S.

capitata tolerantes à

antracnose e 20% de

linhagens de S.

macrocephala

Principais cultivares brasileiras

S. capitata + S. macrocephala cv. Campo Grande

S. macrocephala S. capitata

Liberada em 2000 pela Embrapa Gado de Corte

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Produção de forragem:• Atinge 14 t.ha-1.ano de MS (condições do Mato Grosso do Sul)• Menor produção de forragem na época seca do ano

Teor de PB: • varia de 12% a 18%

Digestibilidade in vitro da massa seca: 55% a 60%

• Alta produção de sementes: • acima de 200 kg.ha-1

Principais cultivares brasileiras

S. capitata + S. macrocephala cv. Campo Grande

Nitrogênio fixado (kg/ha) por cultivares de estilosantes CampoGrande, Mineirão Pioneiro (Adaptado de Miranda et al., 1999).

Fig. 1a. Ganho médio diário e; b. ganho em peso anual empastagens de Brachiaria decumbens pura e consorciada comestilosantes Campo Grande (Adaptado de Valle et al., 2001).

Fig.1a.

Fig.1b.

S. guianensis cv. Bela

Lançamento pela Embrapa

Mistura de quatro linhagens:

var. guianensis, var. pauciflora, var. canescens e var. microcephala

Seleção:• Tolerância à antracnose• Produção de forragem• Produção de sementes

Principais cultivares brasileiras

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Arachis pintoi Gênero Arachis

• Possui aproximadamente 81 espécies distribuídas em oitoseções, sendo a América do Sul o centro de origem e dediversidade

• Cerca de 60 espécies selvagens ocorrem no Brasil

• As espécies A. pintoi, A. repens, A. glabrata têm sido asmais coletadas e avaliadas quando o enfoque é a produçãode forragem

• A espécie A. pintoi é a mais utilizada no mundo, sendo a

única com registro formal de cultivares para uso em

pastagens no Brasil (MAPA, 2006)

• A espécie A. repens tem sido utilizada predominantemente

para fins paisagísticos e na proteção de taludes

• O cultivo da espécie A. glabrata ainda está praticamente

restrito ao Estado da Flórida (EUA)

Gênero Arachis

Nome comum:

Amendoim forrageiro

Amendoim de veado

Características:

Estolonífero

Crescimento rasteiro

Perene

Gênero Arachis

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Caules: estolão

Gênero Arachis

Folhas: alternas e compostas de quatro folíolos

Folíolos: elípticos, obovados ou oblongos

Flores: coloração amarelo

Gênero Arachis

Frutos: subterrâneos (geocarpismo) a partir de floreslocalizadas na parte aérea

Gênero Arachis Arachis pintoi

Adaptação:

• locais chuvosos (>1.500 mm.ano-1)

• com precipitações bem distribuídas

• Com estação seca de curta duração (<4 meses)• Chuvas bem distribuídas � pode sobreviver em ambientes menos chuvosos

(1.000–1.200 mm.ano-1) ou com seca prolongada (6 meses)

Solos:• Pode ser cultivado em solos de qualquer textura

• Desenvolve-se melhor em solos de textura média• pH: próximo a 5,5• Saturação por bases (V%) de no mínimo 30-35%

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Propagação:

• Semente (cv. Amarillo)

• Vegetativa (cv. Belmonte eAlqueire-1 )

Utilização:

• Pastagens consorciadas

• Feno com produção de 10-15t/ha

Arachis pintoi

A cultivar Amarillo MG-100:• Lançada inicialmente no Estado de São Paulo• Tem sido a mais disseminada nas diversas regiões

A cultivar Alqueire-1:• Estado do Rio Grande do Sul• Da Região Sul, onde foi selecionada pela tolerância ao frio, acultivar Alqueire-1 já foi introduzida por pecuaristas noSudeste e no Centro-Oeste do Brasil

A cultivar Belmonte:• Sul da Bahia• É a mais recomendada e disseminada na Região Norte

Arachis pintoi - cultivares

cv. Amarillo como cobertura do solo em Gliricidia sepium e vinha de pimenta nas Filipinas

cv. Amarillo como cobertura do solo em Café

Arachis pintoi cv. BRS Mandobi• Obtida por meio de seleção massal, realizada na Embrapa Acre

• Registrada em 2008 no Registro Nacional de Cultivares do MAPA

• A espécie é exclusiva da flora brasileira, sendo encontrada desde o

Planalto Central, em Goiás, até o litoral da Bahia, nos biomas Mata

Atlântica e Cerrado

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Arachis pintoi cv. BRS Mandobi

Características:•Perene•Estolonífero (raízes nos nós)

Folíolos:• Longos e largos• Alta intensidade de cerdas

na face abaxial do folíolobasal

Flores:• Amarelas

Frutos:• Largos (quando comparados

com os das cultivaresAmarillo e Alqueire-1)

Formato dos folíolos basais e apicais (A), coloração amarelada flor (B), estípula larga na porção não soldada ao pecíolo(C) e frutos largos (D), característicos de A. pintoi cv. BRSMandobi.

Estabelecimento:• Taxa de semeadura de 30 kg de sementes puras viáveis comtaxa de recuperação mínima de 70% (visando à produção desementes)• Estima-se que em 1 quilograma haja, em média, 6.500sementes

Semeadura:• Profundidade de 3 cm-5 cm• Mecânico - linhas espaçadas de 0,25 m, com cinco sementespor metro linear• Manual - sulcos no espaçamento de 0,50 m, com distribuição de10 sementes por metro linear

Em ambos os métodos de plantio as sementes devem ser cobertas e o solo levemente compactado

Arachis pintoi cv. BRS Mandobi

Tolerância:• Solos bem drenados ou de baixa permeabilidade

Produção:• Varia de 9 t/ha a 15 t/ha de MS, 10 meses após o plantio• Produz cerca de 3 mil kg/ha de sementes puras, 18 a 21

meses após o plantio (nas condições ambientais do Acre)

Cobertura total do solo:• Entre 90 e 120 dias após o plantio (nas condições

edafoclimáticas de Rio Branco), sendo a altura do estandeem torno de 8 cm a 10 cm

Arachis pintoi cv. BRS Mandobi Pueraria phaseoloides

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Pueraria (Pueraria phaseoloides)Nome comum:• Kudzu tropical

Características vegetativas:• Herbácea perene• Estolonífera

Hábito de crescimento:• Decumbente ou volúvel

Caules:• Geralmente cobertos com pelos

(coloração marrom-ferruginosa)• 6 mm de diâmetro• Até 10 m de comprimento

Pueraria (Pueraria phaseoloides)

Folhas:

• Trifoliadas

Folíolos:

• Rombóides, apresentando-

se recobertos de pelos

ferrugíneos

Flores:

• Cor púrpura ou branca

Frutos:• 10 a 20 sementes• Retas ou ligeiramente curvadas,

lineares, cilíndricas• Finamente cobertas com pelos• Tornando-se pretas quando

maduras

Sementes:• Forma oblonga a subcilíndrica• Têm coloração marrom a marrom-

escura

• 1 kg contém entre 80.000 a88.000 sementes

Pueraria (Pueraria phaseoloides)

Adaptação:•Prefere regiões com precipitação anual acima de1.500 mm

•Tolera períodos secos de 4 a 5 meses (apresentaperda considerável de folhas)

Solos:•Qualquer tipo de solo, preferindo os de médiafertilidade

Tolerância:•Moderada ao sombreamento

Pueraria (Pueraria phaseoloides)

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Propagação:• Sementes

• 3 a 6 kg.ha-1 em semeadura exclusiva• 0,5 a 1,0 kg.ha-1 em pastos consorciados com gramíneas

Utilização:• Cobertura do solo em plantações de espécies perenes• Adubo verde• Forrageira em pastos exclusivos e consorciados comgramíneas

• Bancos de proteínas para pastejo• Forragem verde cortada• Feno• Silagem

Pueraria (Pueraria phaseoloides) Leucaena leucocephala

Peru:

Alto

Bastante ramificado na

base

Florescimento tardio

El Salvador:

Alto

Ramos esparsos na base

Florescimento tardio

Hawai:

Baixo

Arbustivo

Florescimento precoce

Leucena - Leucaena leucocephala

• Nome comum:

• Leucena

• 10 cultivares no mundo (2 híbridos)

� cv. Cuningham é o mais usado no Brasil

• As cultivares foram agrupados em três tipos principais:

Leucena - Leucaena leucocephala

Características Vegetativas:• Porte arbustivo ou arbóreo

(até 20 m)• Crescimento ereto• Ciclo de vida perene (> 20

anos)

Caule:• Cinza• Sem espinhos

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Leucena - Leucaena leucocephala

Folhas:• Bipinadas

• Paripinadas (4 a 10 pares de pinas)

Flores:• Brancas

• Muito pequenas

• Agrupadas em inflorescência tipo capítulo

• Globoso

Leucena - Leucaena leucocephala

Vagens:

• Finas

• Achatadas

• Longas (10 a 20 cm)

Sementes:

• Coloração marrom escura

• Brilhantes

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Adaptação:• Prefere solos com pH mais elevado (pode crescer em solos

ácidos, desde que não apresentem alumínio)• Requer 600 a 700 mm de chuva- 22 a 30˚C

Não Tolera:• Solos encharcados ou com alagamento temporário• Geadas

Suporta:• Estiagem curta

Principal praga no mundo:Psilídeo (Heteropsylla cubana)

Leucena - Leucaena leucocephala

Ovos

Leucena - Leucaena leucocephala

Propagação por Sementes:• 5 a 6 Kg/ha

- 40 a 60 sementes/m- linhas espaçadas de 2,00 m

• 20 a 40 Kg/ha- linhas espaçadas de 0,5 a 1,0 m

Utilização:• Banco de proteína• Pastagens consorciadas (gramíneas estoloníferas)• Adubação verde• Produção de madeira

Ótima qualidade de forragem e aceitabilidade (PB<15%)

Problemas: mimosina

Aminoácido não-protéico,produzido pela planta

Mimosina

A intoxicação pela mimosinaocorre quando ela éhidrolizada pormicrorganismos e forma 3-hidroxi-4-(1H) pyridone =3,4-DHP.

Muitos fatores negativos ocorrem quando vacas consomemgrandes quantidades de Leucaena leucocephala:

• Diminuição do ganho de peso• Bezerros mais leves• Salivação excessiva• Queda de pelo (efeito depilatório)• Aumento das glândulas da tireóide

• Dietas contendo menos que 1% de mimosina na MS, jácausa efeito no funcionamento da tireóide

• Bactérias ruminais em cabras metabolizamcompletamente a mimosina e o 3,4-DHP

Mimosina

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• Aproximadamente 14,8% do total de N presentena L. leucocephala é contribuição da mimosina

• Encontra-se em maior concentração nassementes.• Folhas novas = 12%• Casca da árvore = 6%

• Corresponde a aproximadamente 60% do totalde aminoácidos livres nas sementes de L.leucocephala

Mimosina Cajanus cajan

Guandu - Cajanus cajan

Nome comum:• Guandu

Origem:

• Índia

Características Vegetativas:• Arbusto perene de 1,2 a 3m

Guandu - Cajanus cajan

Folhas:

• Trifolioladas

Flores:

• Podem ser totalmente amarelas

• ou apresentarem o estandarte

com estrias vermelhas

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Guandu - Cajanus cajan

Frutos:

• Vagens com reentrâncias

visíveis lateralmente

Sementes:

• Formato globoso

• Coloração creme amarelada,

marrom ou apresentar pintas

escuras sobre fundo claro

Guandu - Cajanus cajan

Adaptação:• Não tem grandes exigências climáticas e de solos• Desenvolvendo-se satisfatoriamente em regiões de climatropical, sub tropical e semi-árido

Solos:• Qualquer tipo de solo• Recomendado para solos de baixa fertilidade

• Boa tolerância à seca• Não tolera encharcamento

Guandu - Cajanus cajan

Propagação por Sementes:

• 10 a 14 Kg/ha: linhas espaçadas

de 0,5 a 1,0m

• 120 a 150 Kg/ha: linhas

espaçadas de 0,3- 0,4m

• 20 sementes/cova: linhas

espaçadas de 5 a 10m

Semeadura:

• Início da estação chuvosa

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Guandu - Cajanus cajan

Utilização:

• Enriquecer palhada de milho (na razão de 30% de sementes)

• Grãos na alimentação humana e animal (tem aumentado enormemente)

• Grãos, forragem de folhas e caules � menos lignificados (20-22% PB)

• Adubação verde

• Fenação

Medicago sativa

Alfafa - Medicago sativa L.Nome comum:• Alfafa

Origem:• Ásia

Características forrageiras:• Alta produtividade• Elevado teor de PB• Alta digestibilidade• Elevado potencial de consumo animal

Utilizada em todo o mundo devido àscaracterísticas forrageiras

Ciclo vegetativo: • Perene

Caule:• Herbáceo

Folhas:• Trifoliadas

Folíolos:• Ovais

Alfafa - Medicago sativa L.

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Flores:• Pequenas• Cor violeta • Dispostas em rácemosabertos

Fruto:• Tipo legume, indeiscente

Sementes:• Pequenas (1 g/ 500 a 550 sementes)

Alfafa - Medicago sativa L.Clima: • Temperado• Crescimento reduzido � inverno rigoroso

Temperatura ótima: • 10 a 25˚C

Produção:• > na primavera/verão

Tolerante à seca:• raiz profunda

Chuvas: • 900 a 1400mn/ano

Produção:• 1 kg de MS = 700 a 800 litros d’água

Alfafa - Medicago sativa L.

Solo:• Exigente em fertilidade ( Solos profundos)• Textura areno-argilosa (estrutura média)• pH 6,5 e 7,5• Bem drenado

Adubação:• Altamente exigente em P, K, Ca, Mg, S e B

Produção:• Sob condições de irrigação e adubação intensiva é possívelobter com essa forrageira produções anuais de massa secade até 26,872 t.ha-¹

Alfafa - Medicago sativa L.

Semeadura:

• 20 kg.ha-1 de sementes

viáveis

• lanço ou em linhas

espaçadas de 15 a 20 cm

Profundidade de semeadura:

• 0,5 a 2 cm

• 0,5 cm � solos argilosos

• até 2 cm� solos arenosos

Alfafa - Medicago sativa L.

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Utilização:

• Feno

• Silagem

• Corte

• Pastejo

• Alimentação humana (brotos,

extratos de folhas)

• Alimentação de aves (fonte de

beta caroteno)

Alfafa - Medicago sativa L.Problemas:

• Presença de saponinas:

consideradas as principais

substâncias encontradas na

alfafa, causadoras de timpanismo.

• Alelopatia: contém substâncias

solúveis em água que são

inibidoras não somente da própria

espécie, mas também de outras.

• Pragas e doenças

Alfafa - Medicago sativa L.

Animal Normal Animal Timpânico

Distensão dolado esquerdo

Gases do rúmen que escapam durante a eructação

Pressão exercida pelos gases do rúmen

Esfíncter esofágico bloqueado

Esfíncter esofágico aberto

Rúmen de animal normalRúmen distendido de animal timpânico

Saponina, do latim sapo, significa sabão, e

tradicionalmente as plantas que contêm

saponinas são usadas para limpeza

(Hostettmann e Marston, 1995).

Saponina

•As saponinas são caracterizadas por um gosto

amargo e propriedades espumantes

•Divididas em dois grupos:

•Saponinas esteroidais (glicosídios em capins)

•Saponinas triterpenóides (soja e na alfafa)

Saponina

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São glicosídios que contêm uma molécula de

aglicona policíclica de C27 (esteróides) e C30

(triterpenóides), ligados a um carboidrato.

O que é saponina?

Saponinas encontradas em:1) Leguminosas tropicais2) Leguminosas temperadas

• Em alfafa, o conteúdo nas folhas é baixona primavera e aumenta no verão

Saponina

Saponina

• O efeito biológico da saponina ocorre no tratodigestivo, pois é muito pouco absorvida (Cheeke,1996).

• Efeitos da saponina na fermentação ruminal :são tóxicos aos protozoários ruminais

SaponinaOs efeitos da saponina na fermentação ruminal

foram dependentes da dieta e do tipo desaponina envolvida:

1. Diminuição da concentração de NH3 (Lu &Jorgensen 1987; Lu et al., 1987; Makkar et al., 1998)

2. Alteração na concentração de AGCC, comaumento da concentração de propionato (Lu et al.,1987; Hristov et al., 1999);

3. diminuição do número de protozoários (Williams &Coleman 1992).

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Animal Normal Animal Timpânico

Distensão dolado esquerdo

Gases do rúmen que escapam durante a eructação

Pressão exercida pelos gases do rúmen

Esfíncter esofágico bloqueado

Esfíncter esofágico aberto

Rúmen de animal normal Rúmen distendido de animal timpânico

Os compostos químicos liberados pelas plantas

ou microrganismos no ambiente e que causam

efeitos benéficos ou deletérios sobre outras

plantas ou microrganismos são denominados de

substâncias alelopáticas, agentes aleloquímicos ou

simplesmente aleloquímicos, ou produtos

secundários.

Alelopatia

Vias prováveis seguidas por compostos aleloquímicos da liberação pela planta doadora até causar o efeito alelopático na

planta receptora.Efeitos Aleloquímicos

Sabe-se que afetam processos na planta, taiscomo:

• a germinação das sementes e o crescimento dasplântulas

• a assimilação de nutrientes• a fotossíntese• a respiração• a síntese de proteína• a atividade de várias enzimas• a perda de nutrientes pelos efeitos na

permeabilidade da membrana celular

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Alfafa - Pragas e doençasPor se tratar de uma

cultura perene, a alfafa é predisposta a sofrer

ataque de pragas e doenças, tanto na parte aérea como nas raízes,

cujos efeitos são acentuados pelo manejo

inadequado ou condições ambientais

desfavoráveis. Entretanto, as mais sérias são aquelas que

afetam as partes perenes das plantas,

como a coroa e as raízes.

• Lagarta rosca (Agrostis apisilon)

• Lagarta da folha (Mocis latipens)

• Lagarta da alfafa (Colis lesbia pyrrthothera)

• Lagarta mede palmos (Rachiplusia nu)

• Outros : pulgões e besouros

Alfafa - Pragas

Alfafa - Doenças• Antracnose (Colletrotriclum trifolii): mancha

de coloração marrom ou negra na base docaule.

• Cercóspora (Cercospora medicaginis):manchas amarelo-escuras nos folíolos;

• Podridão úmida da raiz: (Phytophthoramegasperma)

• Fusarium (Fusarium) : podridão de coloraçãomarrom nos tecidos vasculares das raízes

• Nematóides

Manejo adequado, acompanhamento frequente

do estado sanitário e, em alguns casos,

pulverizações com fungicidas ou inseticidas

podem evitar prejuízos maiores a cultura.

Calopogonium mucunoides

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Calopogônio (Calopogonium mucunoides)

Nome comum:• Calopogônio• Marmelada-de-boi• Orelha-de-onça

Características Vegetativas:• Herbácea

Crescimento:• Estolonífero, decumbente ou

volúvel• Formando uma massa entrançada

de folhas• Caules de 30 a 50 cm de altura

Ciclo vegetativo:• Perene

• Caules:• Finos,• Flexíveis,• Volúveis,• Recobertos de pêlos ferrugíneos

• Folhas:• Trifoliadas

Folíolos:• Formato irregular• Recobertos de pêlos em ambas

as faces

Calopogônio (Calopogonium mucunoides)

Flores:

• Azuladas

Calopogônio (Calopogonium mucunoides)

Frutos:

• Vagens curtas e retas (2 a 4 cm)

• Recobertos de pêlos ferrugíneos

Calopogônio (Calopogonium mucunoides)

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Adaptação:•Melhor a clima quente e úmido•Pouca tolerância à seca e ao sombreamento

Solos:•Se adapta a uma grande variedade•Mas prefere solos argilosos

Propagação por Sementes:•2 a 4 Kg/ha•3 a 5 Kg/ha

Calopogônio (Calopogonium mucunoides)

Utilização:

•Inicialmente como

cobertura do solo

•Adubo verde

•Mais tarde como

forrageira em pastagens

consorciadas

•Fenação

Calopogônio (Calopogonium mucunoides)

Baixa aceitabilidade:• Geralmente atribuída aos pêlos abundantes existentes nas folhas

e caules

Consumo:• Baixo quando as plantas estão verdes• Aumentando no período seco, quando já estão secas e a

disponibilidade de matéria seca é reduzida

Calopogônio (Calopogonium mucunoides) Neonotonia wightii

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Soja perene - Neonotonia wightii

Gênero: • Neonotonia

Espécie:• Neonotonia wightii (Wight & Arn.)

J.A. Lackey

Nome comum: • Soja perene

Características Vegetativas:• Herbácea• Perene• Forma de crescimento volúvel

Soja perene - Neonotonia wightii

Caules:

• Glabros a densamente pubescentes (pêlos esbranquiçados a

marrom-avermelhados)

• Semi-eretos (muitas ramificações)

Soja perene - Neonotonia wightii

Folhas:•Três folíolos

Folíolos:•Forma elíptica•Oval ou•Rombóide-ovalada,•Agudos ou obtusos nasextremidades

•Glabros a densamentepubescentes em ambasas faces

Flores:• Brancas a violeta-azulada• Podendo tornar-se amarelas alaranja na senescência

Vagens:• Cor marrom• 3 a 8 sementes• Se abrem quando maduras

Sementes:• Variam em tamanho, forma ecor

Soja perene - Neonotonia wightii

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Adaptação: • Ambientes com precipitação anual média entre 800 a 1.500 mm, preferencialmente concentrada no verão

• Temperaturas anuais ente 15 a 25ºC• Bastante tolerante à seca• Desenvolve-se melhor em solos bem drenados

• Mas tolera encharcamento moderado e temporário

• Prefere pH acima de 6,5• Tolerância moderada ao sombreamento

Soja perene - Neonotonia wightii

Semeadura: • 1,5 a 10 kg.ha-1 de semente • Lanço• Linha: podem ser distribuídas no espaçamento de 50 cm ou 100 cm

entre linhas

Profundidade:• 1 a 3 cm no solo (compactadas com rolo)

Produção:• MS varia de 3 a 8 t.ha-1

• Podendo alcançar 12 t.ha-1

• Boa aceitabilidade durante todo o período de crescimento• Teor de PB na MS total é 20,4%• Teor de PB na MS de folhas é 26,5%

Soja perene - Neonotonia wightii

Utilização:

•Consorciada com as gramíneas:

• P. maximum,

• P. clandestinum,

• P. purpureum,

• B. decumbens e

• B. brizantha cv. Marandu

•Feno ou outros fins (corte na fase de

desenvolvimento das vagens)

Soja perene - Neonotonia wightii Macrotyloma axilare

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Macrotiloma - Macrotyloma axilare

Origem:• Indonésia (Ilha de Java)

Nome científico:• Macrotyloma axilare (. Mey) Verc.

Nome comum:• Macrotiloma• Java• Jade

Macrotiloma - Macrotyloma axilare

Característicasmorfológicas:• Perene• Trepadeira volúvel• Altura em torno de 40 cm

Macrotiloma - Macrotyloma axilare

Adaptação:• Solos de baixa a média fertilidade• boa tolerância a seca• média tolerância ao frio

Produção de forragem:• 5 a 9 t MS/ha/ano

Teor de proteína: 18 a 23%Aceitabilidade: média a baixa

Utilização: consórcio

Crotalaria spp.

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Crotalaria spectabilis Crotalaria juncea

Tipo de solo médio Média a alta (solos bem drenados)

Temperatura 15 a 35° C 15 a 35° CÍndice de chuva/ano 900 a 1500 mm 900 a 1500 mmConsorciação com culturas perenes com culturas perenes Adubação fosfatada no plantio fosfatada no plantioProfundidade de plantio 2,0 cm 2,0 cm

Hábito de crescimento arbustivo arbustivoTolerância seca seca: alta

frio: MédiaUtilização adubação verde adubação verdeBiomassa 60 t/ha 30 t/haPlantio em linha, à lanço ou em

covasem linha, lanço ou em covas

Preparo do solo bem destorroado e nivelado

bem destorroado e nivelado

Tempo de formação 60 a 90 dias 60 a 90 dias

Crotalaria juncea

Crotalaria spectabilis

•Crotalaraia juncea: tem efeito alelopático e/ou supressorde invasoras bastante expressivo.

•Wutke (1993) cita que há evidências dos efeitosalelopáticos da Crotalaria juncea sobre a tiririca (Cyperus

rotundus).

Crotalaria spp. alcalóide pirrolizidineinflorescência > folhas > caule > raízes

Alcalóide (bases orgânicas que contêm aminas secundárias terciárias e cíclicas).

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ALCALÓIDE

A B

A B

Alcalóides Representação Presença Efeito

• Plantas que florescem (no mínimo 1 em 15espécies); não são comuns em gramíneas

• Dentre as mais de 8.000 espécies apenas 21apresentam este composto.

1) Resposta ao estresse: como seca, solos muitopobres, herbívoros, condiçõesambientais muito extremas

2) Uso de herbicidas em plantas aumenta aconcentração do alcalóide

OCORRÊNCIA NAS PLANTAS Lablab purpureus

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Lab lab - Lablab purpureus

Nome científico:• Lablab purpureus (L.) Sweet

Sinônimo:• Dolichos lablab L.

Nome comum:• Lab lab

Características:• Anual ou perene de ciclo curto

Hábito de crescimento:• Ereto ou trepador,• Crescimento volúvel vigoroso

Lab lab - Lablab purpureus

Caules:• Longos• Alcançando mais de 3 m de

comprimento

Folhas:• 3 folíolos

Folíolos:• Oval a romboide.• Quase lisos na face ventral• Com pêlos curtos na face

dorsal

•Flores:

•Branca, azul ou púrpura

Lab lab - Lablab purpureus

Vagens:

• 4 a 5 cm de comprimento

• Forma de cimitarra

• 2 a 4 sementes

Lab lab - Lablab purpureus

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Sementes:

• Grandes

• Ovóides

• Comprimidas lateralmente

• Cor branca, vermelha, marrom

ou preta (marca branca ao

longo de um terço da

semente)

• Contêm 3.300 a 4.290

sementes em 1 kg

Lab lab - Lablab purpureus

Adaptação:

• Muito tolerante à seca, depois de estabelecida

• Cresce em área com precipitação anual acima de 500 mm

• Tolera períodos curtos de inundação

• Não se adapta a solos mal drenados

• Não se adapta a ambientes com sombreamento moderado

Lab lab - Lablab purpureus

Semeadura:• Início do período chuvoso

Sulcos:• Com espaçamento de 0,80 a 1,20 m e 30 a 50 cm entreplantas

Taxa de semeadura:• Monocultivo: 12 a 20 kg.ha-1

• Consorciação com gramíneas: 5 a 7 kg.ha-1 em• A lanço: 8 a 10 kg.ha-1

Profundidade de semeadura:• 2,5 a 5 cm no solo

Lab lab - Lablab purpureus

Utilização:

• Pastejo

• Adubo verde

• Cobertura do solo associada a

cultivos perenes

• Forragem verde colhida

fornecida no cocho

(principalmente durante a

estação seca)

Lab lab - Lablab purpureus

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Características morfológicas e adaptativas de cultivares de leguminosas forrageiras tropicais

Principais aspectos positivos e negativos de cultivares de leguminosas forrageiras tropicais

Além do aporte de N e do aumento daatividade biológica, pastagens consorciadaspodem:•Melhorar a estrutura do solo:- Capacidade de armazenamento de água do solo- Aumentar o poder tampão do solo (> matéria

orgânica)- Quebrar ciclo de patógenos- Contribuindo para maior período produtivo da

pastagem

•Efeito residual da leguminosa no sistema solo-planta mesmo quando ela desaparece do sistema.

Consorciação Opções de cultivares de leguminosas tropicais para uso em pastagens

O êxito na utilização de pastagens consorciadas inicia-sepela escolha do cultivar mais adequado:

• às condições ambientais• à natureza da exploração• à capacidade de intervenção e• à disponibilidade de recursos

Como determinante, tem-se a percepção da relação entrecusto e risco da opção por leguminosas.

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Para minimizar os riscos e incertezas:• Conhecer as vantagens e as desvantagens• Restrições ou limitações que os cultivares

apresentam

A interação genótipo x ambiente pode modificaracentuadamente a resposta adaptativa e produtiva

Opções de cultivares de leguminosas tropicais para uso em pastagens

• No Cerrado: o cultivar Basilisk (B. decumbens) tem sido agramínea mais adequada para o consórcio com leguminosasherbáceas

• Na Mata Atlântica: a B. humidicola em consórcio com oamendoim forrageiro (Arachis pintoi cv. Belmonte).

• Pueraria phaseoloides (kudzu tropical): grande expressãoem consórcio com diversas gramíneas na região amazônica

• Brachiaria brizantha cv. Marandu: gramínea maisagressiva. Há pouca estabilidade dos pastos consorciadoscom leguminosas herbáceas ou de porte baixo

Persistência da leguminosa forrageira

•A produção de sementes pela leguminosa, emcondição de pastejo, exerce uma forteinfluência na sua persistência no sistema

•Os cultivares que não conseguem constituir umrazoável banco de sementes no solo, ficam maissuscetíveis a ação de fenômenos como secasprolongadas, e outros, comprometendo suaregeneração na comunidade de plantas dapastagem

Leguminosas forrageiras e seu valor para produção animal

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Efeito da inclusão do estilosantes Campo Grande no ganho depeso na recria de bezerros nelore em pastagens recuperadasde B. decumbens

Produção de leite em pastagens de capim Estrela Africana(Cynodon nlemfuensis) em monocultivo e consorciado comArachis pintoi.

OBRIGADA

Obrigada