Aula Teórica 04 - Compostos Orgânicos Oxigendos

Embed Size (px)

Citation preview

  • 8/17/2019 Aula Teórica 04 - Compostos Orgânicos Oxigendos

    1/30

    Universidade Federal  Rural  do Semi- Árido – UFERSA 

    1 Prof.  Zilvam Melo – Química Orgânica 

    1.  Compostos Orgânicos Oxigenados 

    Os compostos orgânicos oxigenados são moléculas orgânicas que apresentam

    em sua constituição o heteroátomo oxigênio, podendo estar presente na cadeia

    principal ou não.

    O conjunto de átomos que conferem características próprias aos compostos

    que o possui é chamado grupo  funcional  e, é o centro da reatividade em uma

    molécula. Para os compostos orgânicos oxigenados o oxigênio um heteroátomo que

    participa do grupo funcional destes compostos.

    1.1  Alcoóis 

    Alcoóis são moléculas orgânicas em que um hidrogênio de um alcano foi

    substituído por um grupo funcional hidroxila  (–OH). Alcoóis apresentam apenas

    carbonos saturados, ou seja, um carbono que faz apenas ligações simples.

    Grupo Funcional  

    Fórmula Geral: R‐OH

    C

    OH

     

    1.1.1   A nomenclatura de  Alcoóis 

    •  Nomenclatura Sistemática (IUPAC) 

    Prefixo  + infixo (geralmente an) + sufixo (ol) 

    Exemplos: 

    H3CH2C OH

     

    et anol  

    HC CH3H3C

    OH  

     propan-2-ol  

  • 8/17/2019 Aula Teórica 04 - Compostos Orgânicos Oxigendos

    2/30

    Universidade Federal  Rural  do Semi- Árido – UFERSA 

    2 Prof.  Zilvam Melo – Química Orgânica 

    H2C OH

    H2C

    H2CH3C

     

    but an-1-ol  

    H2C CH3

    HC

    H2CH3C

    OH

     

     pent an-3-ol  

    •  Nomenclatura Usual 

    Considera como radical a cadeia carbônica ligada ao grupo –OH.

    álcool  + nome do radical + sufixo (ico) 

    Exemplos: 

    H3CH2C OH

     

    álcool  etil ico 

    HC CH3H3C

    OH  

    álcool  isopropil ico 

    CH3CH3C

    OH

    CH3

     

    álcool  t -butil ico 

    As letras n, s e t  antes dos nomes dos radicais indicam que a hidroxila está localizada

    em um carbono normal (primário), secundário e t erciário respectivamente.

  • 8/17/2019 Aula Teórica 04 - Compostos Orgânicos Oxigendos

    3/30

    Universidade Federal  Rural  do Semi- Árido – UFERSA 

    3 Prof.  Zilvam Melo – Química Orgânica 

    1.1.2  Nomenclatura de Compostos Orgânicos Contendo Grupo 

    Funcional 

    As regras abaixo são utilizadas para nomear uma substância que apresentam

    grupo funcional:

    a)  A cadeia principal é a cadeia contínua mais longa que contém  o  grupo 

    funcional;

    b) 

    A cadeia principal é numerada na direção que dê o menor número possível 

    para o grupo funcional;

    CH3CHCH2CH3

    OH

    2‐butanolou

    butan‐2‐ol

    1 2 3 4CH3CH2CH2CHCH2OH

    CH2CH3

    2‐etil‐1‐pentanolou

    2‐etilpenta‐1‐ol

    12345

     

    c)  Se há um grupo funcional e um grupo substituinte o grupo  funcional  deve

    receber o menor número possível;

    CH3CCH2CH2CH2OH

    CH3

    CH3

    CH3CH2CH2CCH2CH2CHCH3

    OH

    CH2CH3

    CH2

    CH3

    5,5‐dietiloctan‐2‐ol4,4‐dimetilpentan‐1‐ol 

    d)  Se o mesmo número para o grupo funcional for obtido em ambas as direções,

    a cadeia será numerada na direção que dê o menor número possível para o

    substituinte. Observe que não é necessário designar por um número a

    posição do grupo funcional em uma substância cíclica porque presume‐se

    que tal posição seja 1.

  • 8/17/2019 Aula Teórica 04 - Compostos Orgânicos Oxigendos

    4/30

    Universidade Federal  Rural  do Semi- Árido – UFERSA 

    4 Prof.  Zilvam Melo – Química Orgânica 

    CH3CHCHCH2CH3

    2‐metilpentan‐3‐ole não

    4‐metilpentan‐3‐ol

    OH

    CH3OHCH3

    3‐metilcicloexanole não

    5‐metilcicloexanol 

    e)  Se houver mais que um substituinte, os substituintes são citados em ordem

    alfabética. Lembre‐se dos itens a e b para a numeração

    CH3

    CH(CH3)2

    HO

    5‐etil‐3‐isopropril‐4‐metil‐2‐propilciclopentanol

    CH2CH3

    H3CH2CH2C

    CH3CHCH2CHCH2CHCH3

    OH

    CH2CH3

    CH3

    3‐etil‐6‐metileptan‐2‐ol  

    1.1.3  Classificação dos  Álcoois 

    Os álcoois podem ser classificados de duas formas. A primeira, conforme o

    número de grupos –OH presentes na cadeia carbônica.

    a)  Quanto ao Número de Hidrolixas 

    •  Monoalcoól ou Monol: Apresenta apenas um grupo –OH na cadeia

    carbônica.

  • 8/17/2019 Aula Teórica 04 - Compostos Orgânicos Oxigendos

    5/30

    Universidade Federal  Rural  do Semi- Árido – UFERSA 

    5 Prof.  Zilvam Melo – Química Orgânica 

    •  Dialcoól,  Diol  ou  Glicol:  Apresentam dois grupos –OH na cadeia

    carbônica.

    •  Dialcoól ou Triol: Apresentam três grupos –OH na cadeia carbônica.

    •  Polialcoól ou Poliol: Apresentam mais de três grupos –OH na cadeia

    carbônica.

    b)  Quanto ao Tipo de Carbono onde se localiza a Hidrolixa 

    •   Álcool Primário: Apresenta o grupo –OH ligado a um carbono primário. 

    H2C

    H2C

    Propanol

    HO CH3H3CH2C   OH

    Etanol 

    •   Álcool  Secundário:  Apresenta o grupo –OH ligado a um carbono

    secundário. 

  • 8/17/2019 Aula Teórica 04 - Compostos Orgânicos Oxigendos

    6/30

    Universidade Federal  Rural  do Semi- Árido – UFERSA 

    6 Prof.  Zilvam Melo – Química Orgânica 

    H3CH2C C

    H

    H2C

    H2C CH3

    OH

    Hexan‐3‐ol

    OH

    H

    Ciclopentanol 

    •   Álcool Terciário: Apresenta o grupo –OH ligado a um carbono terciário 

    H3CH2C C

    H2C

    H2C CH3

    OH

    CH3

    H3CH2C C CH3

    OH

    CH3

    2-Metil-Butan-2-ol   3-Metil-Hexan-3-ol  

    c)  Quanto à localização das hidroxilas 

    • 

    Diol Vicinal: É quando a molécula apresenta duas hidroxilas, no entanto

    cada uma ocupa um carbono vizinho.

    C C

    OHOH

    H

    H H

    H

    Etan‐1,2‐diol 

    •  Diol Geminal: É quando a molécula apresenta duas hidroxilas, contudo

    cada uma ocupa o mesmo carbono. 

    C C

    HOH

    H

    OH H

    H

    Etan‐1,1‐diol 

  • 8/17/2019 Aula Teórica 04 - Compostos Orgânicos Oxigendos

    7/30

    Universidade Federal  Rural  do Semi- Árido – UFERSA 

    7 Prof.  Zilvam Melo – Química Orgânica 

    1.2 Fenóis 

    A palavra fenol  deriva de feno, que em alemão significa benzeno, e ol,

    indicando um grupo hidroxila, ‐OH. Assim, o fenol é uma substância na qual um

    grupo OH está ligado a um carbono hibridizado em sp2  de um anel benzênico. O

    fenol mais simples é justamente aquele em que um hidrogênio do benzeno foi

    substituído por um grupo –OH.

    Grupo Funcional  

    Fórmula Geral:  ArOH.

    OH

     

    1.2.1  Nomenclatura dos Fenóis 

    Os fenóis podem ser nomeados usando o anel aromático como cadeia

    principal e os grupos ligados a ele como radicais. O grupo hidroxila

    obrigatoriamente já assume a posição 1. Quanto a forma de designar a posição, podeser tanto por numeração quanto pelos prefixos orto, meta e para.

    •  Nomenclatura para anéis simples 

     substituinte  +  hidroxi   +  nome da cadeia 

    mais complexa 

    Exemplos: 

    CH3HO

     

    3-metil -hidroxi benzeno ou 

    m-metil -hidroxi benzeno 

  • 8/17/2019 Aula Teórica 04 - Compostos Orgânicos Oxigendos

    8/30

    Universidade Federal  Rural  do Semi- Árido – UFERSA 

    8 Prof.  Zilvam Melo – Química Orgânica 

    HO

    OH

     

    1,2-di -hidroxi benzeno ou 

    o-di -hidroxi benzeno 

    •  Nomenclatura para anéis aromáticos condensados 

    Exemplos 

    OH

    α

    β

    1

    2

    3

    γ

     

    1-hidroxi naftaleno ou 

    α-hidroxi naftaleno 

    ou α-naftol  (vulgar) 

    OH

     

    2-hidroxi naftaleno ou 

     β-hidroxi naftaleno ou 

     β-naftol  (vulgar) 

    Localização do 

     grupo –OH  (via alfabeto  grego, ou numeração) 

    +  hidroxi   +  Nome da cadeia 

    Mais complexa 

  • 8/17/2019 Aula Teórica 04 - Compostos Orgânicos Oxigendos

    9/30

    Universidade Federal  Rural  do Semi- Árido – UFERSA 

    9 Prof.  Zilvam Melo – Química Orgânica 

    1.3 Éter 

    Denomina‐se éter todo composto orgânico que possui o oxigênio como

    heteroátomo na cadeia principal, ficando assim, entre dois átomos de carbono.

    Grupo Funcional  

    Fórmula Geral:  ROR’ 

    O CC

    H

    H

    H

    H

    H

    H  

    1.3.1  Nomenclatura dos Éteres 

    •  Nomenclatura Sistemática (IUPAC) 

    O sistema IUPAC nomeia um éter como um alcano com um substituinte RO. Os

    substituintes são nomeados ao se trocar o final “ila” no nome do substituinte por

    “oxi”. A cadeia principal será a que contiver a cadeia mais complexa e o grupo

    substituinte será a cadeia mais simples.

    nome da cadeia 

    mais  simples 

    +  oxi   +  Posição e tipo de  substituinte alquila 

    na cadeia  principal  

    +   nome da cadeia mais complexa 

    (Prexifo)  (caso exista)  (Prefixo + Infixo + o ) 

    Exemplos: 

    O CH3H3C   met oxi met ano 

    OH2CH3C CH3  

    met oxi et ano 

    OH2C

    H2C

    H2C CH3H3C

     

    et oxi  propano 

  • 8/17/2019 Aula Teórica 04 - Compostos Orgânicos Oxigendos

    10/30

    Universidade Federal  Rural  do Semi- Árido – UFERSA 

    10 Prof.  Zilvam Melo – Química Orgânica 

    OH2C

    H2CH3C CH3

     

    et oxi et ano 

    CH3

    CHCH2

    CH3

    OCH3 

    2-met oxi but ano 

    CH3CHCH2CH2CH2OCH2CH3

    CH3 

    1-et oxi -4-metil  pent ano 

    CH3CHOCH2CH2CH2CH2OCHCH3

    CH3CH3

    1,4-diisopropoxi but ano 

    •  Nomenclatura Usual 

    Considera tudo que estiver ligado ao grupo — O — deve ser considerado um

    grupo substituinte. Os dois substituintes alquilas devem ser ordenados em ordem 

    alfabética  e precedidos da palavra éter.  Os éteres menores são quase sempre

    chamados pelos nomes comuns. O segundo substituinte deve ter a terminação “ico”.

    Éter + Nome do primeiro Substituinte (ordemalfabética) 

    + Nome do segundo Substituinte (ordemalfabética) 

    + ico

     

    Exemplos 

    OH2CH3C CH3  

    éter  etil metíl ico 

    OH2C

    H2C

    H2C CH3H3C

     

    éter  etil  propíl ico 

  • 8/17/2019 Aula Teórica 04 - Compostos Orgânicos Oxigendos

    11/30

    Universidade Federal  Rural  do Semi- Árido – UFERSA 

    11 Prof.  Zilvam Melo – Química Orgânica 

    OH2C

    H2CH3C CH3   éter  di etil ico 

    Exemplos  para o éteres contendo o benzeno: 

    OH3C

    metoxibenzeno ou 

    éter   fenilmetílico 

    CH3OH3CH2C

     

    1-etoxi -4-metilbenzeno 

    ou etoxi - p-tolueno 

    ou éter  etil - p-toluílico 

    1.3.2  Éteres Cíclicos 

    Os éteres cíclicos podem ser denominados de diversas maneiras. Umamaneira simples é usar a nomenclatura de substituição, na qual relacionamos o

    éter cíclico ao sistema de anel do hidrocarboneto correspondente e usamos o

    prefixo oxa-  para indicar que um átomo de oxigênio está substituindo um grupo

    CH2.

    Em um outro sistema, um éter cíclico de três membros é chamado de

    oxirano ou epóxi e de quatro membros é chamado de oxetano. Além disso, éteres

    simples também podem ter nomes comuns.

    Grupo Funcional  

    O

     

    Exemplos: 

  • 8/17/2019 Aula Teórica 04 - Compostos Orgânicos Oxigendos

    12/30

    Universidade Federal  Rural  do Semi- Árido – UFERSA 

    12 Prof.  Zilvam Melo – Química Orgânica 

    O

     

    oxaciclopropano ou 

    oxirano 

    O

     

    oxaciclobutano ou 

    oxetano 

    O  

    oxaciclopentano ou 

    tetraidrofurano 

    O

    O  

    1,4-dioxaciclohexano ou 1,4-dioxano 

    1.3.3  Propriedades Físicas dos  Alcoóis e Éteres 

    As propriedades físicas de alguns alcoóis e éteres são dadas na Tabela 1 e Tabela 2. 

    Tabela 1: Propriedades Físicas dos Alcoóis.

    Composto  Nome  PF (oC)  PE (oC)  Densidade 

    (g/mL) 

    Solubilidade em água 

    (g/100 mL H2O) 

    CH3OH Álcool metílico ‐97 64,7 0,792 ∞

    CH3CH2OH Álcool etílico ‐117 78,3 0,789 ∞

    CH3CH2CH2OH Álcool propílico ‐126 97,2 0,804 ∞

    CH3CH2CH2CH2OH Álcool butílico ‐90 117,7 0,810 8,3

    CH3(CH2)3CH2OH Álcool pentílico ‐78,5 138 0,817 0,6

    CH3(CH2)4CH2OH Álcool hexílico ‐52 156,5 0,819 0,2

    CH3(CH2)5CH2OH Álcool heptílico ‐34 176 0,822 0,05

    CH3(CH2)6CH2OH Álcool octílico ‐15 195 0,825 ‐

    CH3(CH2)7CH2OH Álcool nonílico ‐5,5 212 0,827 ‐

    CH3(CH2)8CH2OH Álcool decílico 6 228 0,829 ‐

  • 8/17/2019 Aula Teórica 04 - Compostos Orgânicos Oxigendos

    13/30

    Universidade Federal  Rural  do Semi- Árido – UFERSA 

    13 Prof.  Zilvam Melo – Química Orgânica 

    Os éteres possuem pontos de ebulição que são de alguma maneira

    comparáveis aos dos hidrocarbonetos de mesma massa molecular. Por exemplo, o

    ponto de ebulição do éter dietílico (MM = 74) é 34,6 oC, já o do pentano (MM = 72) é

    36 oC. Os alcoóis , por outro lado, possuem pontos de ebulição muito mais altos que

    éteres ou hidrocarbonetos comparáveis. O ponto de ebulição do álcool butílico (MM

    = 74) é 117,7 oC.

    O CH2CH3H3CH2C

    Éter dietílicoPE = 34,6 oC

    MM =74

    CH3CH2CH2CH2CH3

    PentanoPE = 36 oCMM =72

    CH3CH2CH2CH2CH2   OH

    ButanolPE = 117,7 oC

    MM =74  

    Esse comportamento se dá devido as moléculas, de forma semelhante às

    moléculas da água, de álcool poderem se associar entre si através de ligações de 

    hidrogênio, enquanto que os éteres e os hidrocarbonetos não.

    O

    H3C

    H

    H O

    CH3

    H O

    CH3

     

    Figura 1: Ligação de hidrogênio entre moléculas de metanol.

    Os éteres, contudo, podem formar ligações de hidrogênio com compostos

    como a água. Os éteres, portanto, possuem solubilidades na água que são similares

    às dos alcoóis de mesma massa molecular e que são muito diferentes dassolubilidades dos hidrocarbonetos.

    O

    H3C

    H3C

    H O

    H

    CH3O

    H3C

     

    Figura 2: Ligações de hidrogênio entre moléculas de éter e água.

  • 8/17/2019 Aula Teórica 04 - Compostos Orgânicos Oxigendos

    14/30

    Universidade Federal  Rural  do Semi- Árido – UFERSA 

    14 Prof.  Zilvam Melo – Química Orgânica 

    O éter dietílico e 1‐butanol, por exemplo, possuem a mesma solubilidade na

    água, aproximadamente 8 g por 100 mL, à temperatura ambiente. O pentano, ao

    contrário, é praticamente insolúvel em água.

    A solubilidade dos alcoóis em água diminui gradualmente à medida que

    cresce a porção de hidrocarboneto da molécula. Deste modo, alcoóis de cadeia longa

    são mais parecidos com alcanos, portanto, são menos solúveis em água.

    Tabela 2: Propriedades Físicas dos Éteres.

    Nome  Fórmula  PF (oC)  PE (oC) Densidade 

    (g/mL) Éter dimetílico CH3OCH3  ‐138 ‐24,9 0,661

    Éter etilmetílico CH3OCH2CH3  ‐ 10,8 0,697

    Éter dietílico CH3CH2OCH2CH3  ‐116 34,6 0,714

    Éter dipropílico (CH3CH2CH2)2O ‐122 90,5 0,736

    Éter diisopropílico (CH3)2CHOCH(CH3)2 ‐86 68 0,725

    Éter dibutílico (CH3CH2CH2CH2)2O ‐97,9 141 0,769

    1,2‐dimetoxientano CH3OCH2CH2OCH3  ‐68 83 0,863

    Tetraidrofurano

    O  

    ‐108 65,4 0,888

    1,4‐dioxano

    O

    O  

    11 101 1,033

    Anisol

    (metoxibenzeno)OCH3

     ‐37,3 158,3 0,994

  • 8/17/2019 Aula Teórica 04 - Compostos Orgânicos Oxigendos

    15/30

    Universidade Federal  Rural  do Semi- Árido – UFERSA 

    15 Prof.  Zilvam Melo – Química Orgânica 

    1.4  Aldeídos 

    1.4.1  Grupo Carbonila 

    O grupo cabonila (uma ligação dupla ligada a um oxigênio) é provavelmente

    o grupo funcional mais importante encontrado nas substâncias orgânicas.

    Substâncias que contêm o grupo carbonila (chamados carbonilados) são

    abundantes na natureza. Muitas desempenham um importante papel nos processos

    biológicos. Hormônios, vitaminas, aminoácidos e drogas são apenas alguns

    exemplos de substâncias carboniladas que nos afetam diariamente. Um grupo acila 

    consiste em um grupo carbonila ligado a um grupo alquila ou arila.

    C

    O

    RC

    O

    ArC

    O

    Grupo carbonila Grupo acila  

    Aldeídos apresentam o grupo carbonila que está ligado a pelo menos um

    átomo de hidrogênio. Usando a letra R para designar um grupo alquila qualquer

    podemos representar um aldeído pela fórmula geral:

    Grupo Funcional  

    Fórmula Geral: RCOH,ArCOH,

    –CHO

    CH

    O

    Aldeído 

    •  A união do grupo carbonila + hidrogênio – forma o grupo aldoxila. 

    1.4.2  Nomenclatura dos  Aldeídos 

    Para nomear aldeídos acíclicos, primeiramente deve‐se observar que o

    carbono da carbonila já possui 3 ligações preenchidas, faltando apenas uma ligação

    para alcançar sua tretavalência. Assim, o grupo funcional de um aldeído sempreestará uma das extremidades da cadeia. Sendo assim, a numeração da cadeia

  • 8/17/2019 Aula Teórica 04 - Compostos Orgânicos Oxigendos

    16/30

    Universidade Federal  Rural  do Semi- Árido – UFERSA 

    16 Prof.  Zilvam Melo – Química Orgânica 

    principal deve sempre começar do carbono da carbonila de um aldeído. Veja a

    seguir:

    H3CH2C

    H2C

    H2C C

    O

    H

    12345

    αβδ   γ

    Nomenclatura oficial

    Nomenclatura vulgar 

    Na nomenclatura oficial usa‐se números para designar as posições da cadeia

    principal, começando pela carbonila. Já na nomenclatura vulgar usa‐se o alfabeto grego

    para designar as posições da cadeia principal, começando a nomear no carbono adjacente

    (vizinho) à carbonila.

    Para dar o nome do composto é de forma semelhante às observadas nos alcanos

    com a diferença do que usa‐se o sufixo “al”.

    Prefixo  + infixo + sufixo (al) 

    Exemplos: 

    C

    O

    H

    H

     

    met anal  ou 

     formaldeído ou 

     formol  

    C

    O

    H

    H3C

     

    et anal  ou 

    acetaldeído 

  • 8/17/2019 Aula Teórica 04 - Compostos Orgânicos Oxigendos

    17/30

    Universidade Federal  Rural  do Semi- Árido – UFERSA 

    17 Prof.  Zilvam Melo – Química Orgânica 

    C

    O

    H

    H2C

    HCH3C

    CH3

     

    3-metil -but anal  ou 

     β-metil -but anal  

    C

    O

    HCH3CH=CHCH2CH2

     

    4-hex enal  

    C

    O

    H

    H2C

    H2CC

    H

    O  but andial  

    Os aldeídos, cujo grugo –CHO está ligado a um sistema cíclico, são nomeados

    substitutivamente adicionando‐se o sufixo “carbaldeído” em vez de usar a forma

    sufixal “comum”.

    Exemplos: 

    C

    O

    H

     

    benzenocarbaldeído ou 

    benzaldeído 

    C

    H

    O

     

    cicloexanocarbaldeído 

    C

    O

    H

    OH

     

    o-hidroxi -benzenocarbaldeído 

  • 8/17/2019 Aula Teórica 04 - Compostos Orgânicos Oxigendos

    18/30

    Universidade Federal  Rural  do Semi- Árido – UFERSA 

    18 Prof.  Zilvam Melo – Química Orgânica 

    1.5 Cetonas 

    Cetonas são compostos carbonílicos que possuem a carbonila ligada a

    carbonos.

    Grupo Funcional  

    Fórmula Geral: RCOR’, RCOAr,ARCOAr. R

    C

    R'

    O

    Cetona 

    1.5.1 

    Nomenclatura de Cetonas 

    •  Nomenclatura sistemática (IUPAC) 

    A numeração da cadeia principal em cetonas começa da extremidade mais próxima

    do grupo funcional. A nomeação do composto é dado de forma semelhante à dos alcanos

    com a diferença do que usa‐se o sufixo “ona”.

    Grupo substituinte (quando existir) 

    +   Prefixo  +  infixo  +  sufixo (ona) 

    Exemplos: 

    CH3C CH3

    O

     

     propanona ou 

    acetona 

    CH2C CH3

    O

    H3C

     but anona 

    CH3CCH2CH=CHCH3

    O  

    hex -4-en-2-ona 

  • 8/17/2019 Aula Teórica 04 - Compostos Orgânicos Oxigendos

    19/30

    Universidade Federal  Rural  do Semi- Árido – UFERSA 

    19 Prof.  Zilvam Melo – Química Orgânica 

    CH3CHCH2CH2CCH2CH3

    O  

    6-ciclopropil -3-hept anona 

    •  Nomenclatura Usual das Cetonas 

    Nomes radico‐funcionais para as cetonas são obtidos nomeando‐se

    separadamente os dois grupos ligados ao grupo carbonila, adicionando‐se a palavra

    “cetona” como uma palavra separada.

    Nome do  substituinte mais 

     simples 

    +  Nome do  substituinte mais complexo 

    +  Cetona 

    Exemplos: 

    CH3C CH3

    O

     

    dimetil cetona 

    CH2C CH3

    O

    H3C  

    metil -etil cetona 

    O

     

    difenil cetona 

  • 8/17/2019 Aula Teórica 04 - Compostos Orgânicos Oxigendos

    20/30

    Universidade Federal  Rural  do Semi- Árido – UFERSA 

    20 Prof.  Zilvam Melo – Química Orgânica 

    CHC   CH3

    O

    H3C

    CH3

     

    metil isopropil cetona 

    1.5.2   Arranjo Espacial de  Aldeídos e Cetonas 

    Aldeídos e cetonas apresentam arranjo triangular planar ao redor do átomo

    de carbono carbonílico, que possui hibridização sp2. No formaldeído, por exemplo,

    os ângulos das ligações são:

    H

    H

    O

    121o

    121o

    118o

     

    1.5.3 

    Propriedades Físicas 

    O grupo carbonila é um grupo polar; portanto, os aldeídos e cetonas

    apresentam pontos de ebulição mais elevados do que os hidrocarbonetos de mesma

    massa molecular. No entanto, aldeídos e cetonas não podem formar ligações de

    hidrogênio fortes entre suas moléculas, eles apresentam pontos de ebulição mais

    baixos do que os alcoóis correspondentes. Os compostos a seguir, que possuem

    massas molares semelhantes, ilustram esta tendência

    CH3CH2CH2CH3   CH3CH2CH

    O

    CH3CCH3

    O

    CH3CH2CH2OH

    Butano

    PE = ‐0,5 oC

    MM = 58

    Propanal

    PE = 49 oC

    MM = 58

    Propanona

    PE = 56,1 oC

    M M = 5 8

    1‐propanol

    PE = 117,7 oC

    MM = 60

     

  • 8/17/2019 Aula Teórica 04 - Compostos Orgânicos Oxigendos

    21/30

    Universidade Federal  Rural  do Semi- Árido – UFERSA 

    21 Prof.  Zilvam Melo – Química Orgânica 

    O átomo de oxigênio do grupo carbonila permite que as moléculas dos

    aldeídos e cetonas formem ligações de hidrogênio fortes com moléculas de água.

    Consequentemente, os aldeídos e cetonas de baixa massa molecular apresentam

    solubilidades apreciáveis em água. A acetona (propanona) e o acetaldeído (etanal)

    são solúveis são solúveis em água em todas as proporções, veja na Tabela 3.

    Tabela 3: Propriedades Físicas dos Aldeídos e Cetonas.

    Fórmula  Nome  PF (oC)  PE (oC)  Solubilidade em água 

    (g/100 mL H2O) 

    HCHO Metanal ‐92 ‐21 Muito solúvelCH3CHO Etanal ‐125 21 ∞

    CH3CH2CHO Propanal ‐81 49 Muito solúvel

    CH3(CH2)2CHO Butanal ‐99 76 Solúvel

    CH3(CH2)3CHO Pentanal ‐91,5 102 Pouco solúvel

    CH3(CH2)4CHO Hexanal ‐51 131 Pouco solúvel

    CH3COCH3  Propanona ‐95 56,1 ∞

    CH3COCH2CH3  Butanona ‐86 79,6 Muito solúvelCH3COCH2CH2CH3  2‐pentanona ‐78 102 Solúvel

    CH3CH2COCH2CH3  3‐pentanona ‐39 102 Solúvel

    1.6  Ácidos Carboxílicos 

    Os ácidos carboxílicos fazem parte de um conjunto de grupos funcionais

    classificados como compostos carboxílicos, ou seja, apresentam a carboxila em sua

    constituição. Denomina‐se ácido carboxílico todo composto orgânico que possui o

    grupo carboxila ligado a um hidrogênio.

  • 8/17/2019 Aula Teórica 04 - Compostos Orgânicos Oxigendos

    22/30

    Universidade Federal  Rural  do Semi- Árido – UFERSA 

    22 Prof.  Zilvam Melo – Química Orgânica 

    Grupo Funcional  

    Fórmula Geral: 

    RCOOH, ArCOOH

    COOH 

    CO2H 

    H OH

    O

     

    1.6.1  Nomenclatura dos  Ácidos Carboxílicos 

    De forma semelhante a um aldeído, o carbono da carboxila já possui 3ligações preenchidas, falta apenas 1 ligação para completar 4 ligações. Assim, este

    grupo se encontrará sempre na(s) extremidade(s) da cadeia carbônica, não sendo,

    necessário numerá‐la para indicar sua posição. Quando tiver que dá a localização de

    um grupo substituinte, este pode ser feito usando números (IUPAC) ou por letras do

    alfabeto grego (usual).

    H3CH2C H

    2C H

    2C C

    O

    OH12345

    αβδ   γ

    Nomenclatura oficial

    Nomenclatura vulgar  

    ácido  +  prefixo  +  infixo  +  sufixo (óico) 

    Exemplos: 

    H C

    O

    OH  

    ácido met anóico ou 

    ácido o  fórmico 

    H3C C

    O

    OH  

    ácido et anóico 

    ou ácido acético 

  • 8/17/2019 Aula Teórica 04 - Compostos Orgânicos Oxigendos

    23/30

    Universidade Federal  Rural  do Semi- Árido – UFERSA 

    23 Prof.  Zilvam Melo – Química Orgânica 

    H2C   C

    O

    OHHCH3C

    CH3

     

    ácido 3-metil but anóico ou 

    ácido β-metilbutírico 

    CH3CH2CHCO2H

    C6H5

     ácido 2- fenil but anóico 

    ou ácido α- fenilbutírico 

    CH3CH   CHCH2CH2COH

    O

     

    ácido 4-hex enóico ou 

    ácido hex -4-enóico 

    COOH   ácido 3-ciclohex enóico 

    Ou ácido ciclohex -3-enóico 

    COOH   ácido benz óico ou 

    ácido benzeno carboxílico 

    HOOC COOH 

    ácido et anodióico ou 

    ácido oxálico 

    HOOCCH2CH2COOH 

    ácido but anodióico ou 

    ácido  succínico COOH

    COOH

     

    ácido benz eno-1,2-dioíco 

    ácido benzeno 1,2-dicarboxílico 

    1.6.2  Propriedades Físicas dos  Ácidos Carboxílicos 

    Os ácidos carboxílicos são substâncias polares. Suas moléculas podem formar

    ligações de hidrogênio fortes (veja figura abaixo) como outras moléculas de ácido

    carboxílico ou com moléculas de água. Como resultado, os ácidos carboxílicos

    possuem geralmente altos pontos de ebulição, e os ácidos carboxílicos de baixa

    massa molecular apresentam solubilidade apreciável em água. Os primeiros quatro

  • 8/17/2019 Aula Teórica 04 - Compostos Orgânicos Oxigendos

    24/30

    Universidade Federal  Rural  do Semi- Árido – UFERSA 

    24 Prof.  Zilvam Melo – Química Orgânica 

    ácidos carboxílicos da são solúveis em água em todas as proporções. À medida que o

    tamanho da cadeia aumenta, a solubilidade em água diminui, veja na  Tabela 4.

    R

    O

    O

    H

    R

    O

    O

    H

    R

    O

    O

    H   O

    H

    H

    Ligações de hidrogênioentre duas moléculas de ácido

    Ligações de hidrogênioentre uma moléculas de ácido

    e uma molécula de água  

    Tabela 4: Propriedades Físicas dos Ácidos Carboxílicos.

    Fórmula  Nome IUPAC  Nome Comum PF 

    (oC) 

    PE 

    (oC) 

    Solubilidade em 

    água (g/100 mL 

    H2O) 

    pKa 

    HCO2H Ácido metanóico Ácido fórmico 8 100,5 ∞ 3,75

    CH3CO2H Ácido etanóico Ácido acético 16,6 118 ∞ 4,76

    CH3CH2CO2H Ácido propanóico Ácido propiônico ‐21 141 ∞ 4,87

    CH3(CH2)2CO2H Ácido butanóico Ácido butírico ‐6 164 ∞ 4,81

    CH3(CH2)3CO2H Ácido pentanóico Ácido valérico ‐34 187 4,97 4,82

    CH3(CH2)4CO2H Ácido hexanóico Ácido capróico ‐3 205 1,08 4,84

    CH3(CH2)6CO2H Ácido octanóico Ácido caprílico 16 239 0,07 4,89

    CH3(CH2)8CO2H Ácido decanóico Ácido cáprico 31 269 0,015 4,84

    CH3(CH2)10CO2H Ácido dodecanóico Ácido láurico 44 179 0,006 5,3

    CH3(CH2)12CO2H Ácido tetradecanóico Ácido mistírico 59 200 0,002 ‐

    CH3(CH2)14CO2H Ácido hexadecanóico Ácido palmítico 63 219 0,0007 6,46

    CH3(CH2)16CO2H Ácido octadecanóico Ácido esteárico 70 383 0,0003 ‐

  • 8/17/2019 Aula Teórica 04 - Compostos Orgânicos Oxigendos

    25/30

    Universidade Federal  Rural  do Semi- Árido – UFERSA 

    25 Prof.  Zilvam Melo – Química Orgânica 

    1.7  Anidridos de  Ácido 

    A perda de uma molécula de água a partir de duas moléculas de ácido

    carboxílico resulta em anidrido de ácido. ‘Anidrido’ significa ‘sem água’.

    Se as duas moléculas de ácido carboxílico que formam o anidrido de ácido

    forem iguais, o anidrido é chamado anidrido simétrico. Se as duas moléculas de

    ácido carboxílico forem diferentes, o anidrido é chamado anidrido misto.

    Grupo Funcional 

    Fórmula Geral: RC2O3R,RC2O3Ar,ArC2O3R,ArC2O3Ar. 

    R1   C

    O

    O

    CR2

    O

    onde R1 e R2 podemser iguais ou diferentes

     

    1.7.1  Nomenclatura dos  Anidridos de  Ácido 

    Os anidridos simétricos são designados pelo nome do ácido carboxílico

    correspondente, substituindo‐se a palavra “ácido” por “anidrido”. Os anidridos

    mistos são nomeados ao se manter os nomes dos ácidos carboxílicos

    correspondentes em ordem  alfabética, substituindo‐se a palavra “ácido” por

    “anidrido”.

    anidrido  +  nome do ácido  (Prefixo +  infixo  +  sufixo (óico)) 

    Exemplos: 

  • 8/17/2019 Aula Teórica 04 - Compostos Orgânicos Oxigendos

    26/30

    Universidade Federal  Rural  do Semi- Árido – UFERSA 

    26 Prof.  Zilvam Melo – Química Orgânica 

    H3C C

    O

    O

    CH3

    C

    anidrido et anóico ou 

    anidrido acético 

    H3C C

    O

    O

    CH

    O  

    anidrido et anóico-met anóico 

    H2C C

    O

    O

    C

    O

    H3C

     

    anidrido benz enóico– propanóico 

    1.8 Haletos de  Acila ou Halogenetos de  Ácido 

    Os haletos de acila são substâncias que têm um átomo de halogênio no lugar

    do grupo –OH de um ácido carboxílico. Os haletos de acila mais comuns são os

    cloretos e os brometos. Os fluretos de acila são muito instáveis devido à alta

    eletronegatividade do flúor. Os iodetos e os brometos de acila são bastante difíceis

    de se obter.

    Grupo Funcional  

    Fórmula Geral: 

    RCOX, ArCOX.

    Onde X é um

    halogênio.H X

    O

     

    Onde R é uma cadeiacarbônica

  • 8/17/2019 Aula Teórica 04 - Compostos Orgânicos Oxigendos

    27/30

    Universidade Federal  Rural  do Semi- Árido – UFERSA 

    27 Prof.  Zilvam Melo – Química Orgânica 

    1.8.1  Nomenclatura dos Haletos de  Acila 

    Os cloretos de acila são nomeados substituindo‐se a palavra “ácido” do ácido

    carboxílico correspondente, pelas palavras “cloreto de”, e a terminação “óico” por

    “ila”. Os brometos de acila são nomeados substituindo‐se a palavra “ácido” do ácido

    carboxílico correspondente, pelas palavras “brometo de”, e a terminação “óico” por

    “ila”.

    Cloreto  +  de  +  Prefixo +  infixo  +  sufixo (oíla) 

    ou 

    brometo  +  de  +  Prefixo +  infixo  +  sufixo (oíla) 

    Exemplos: 

    H3C C

    O

    Cl  

    cloreto de et anoíla 

    Br

    O

     

    brometo de benz oíla 

    H2C C

    O

    ClHCH3C

    CH3

     

    cloreto de 3-metil but anoíla 

    1.9 Ésteres 

    Um éster é todo composto orgânico derivado da substituição da hidroxila (‐

    OH), do grupo carboxila de um ácido orgânico por um grupo alcoxíla (‐OR)

    proveniente de um álcool. Os ésteres podem ser obtidos pela reação entre ácidos

    carboxílicos e alcoóis. Como mostra a reação genérica abaixo:

  • 8/17/2019 Aula Teórica 04 - Compostos Orgânicos Oxigendos

    28/30

    Universidade Federal  Rural  do Semi- Árido – UFERSA 

    28 Prof.  Zilvam Melo – Química Orgânica 

    R C

    O

    OH   +   R' OH   R C

    O

    OR'   + H2O

     

    Grupo Funcional  

    Fórmula Geral: 

    RCOOR,

    RCOOAr,

    ArCOOR,

    ArCOOAr. 

    O

    O

    C

     

    1.9.1  Nomenclatura Oficial do Ésteres (IUPAC) 

    Ao nomear um éster retira‐se a palavra “ácido” do nome do ácido carboxílico

    correspondente. A seguir, a terminação “ico” do nome do ácido carboxílico

    correspondente é substituído por “oato”, acrescenta‐se a preposição “de” e,

    finalmente, coloca‐se o nome do grupo (R) ligado ao oxigênio da carboxíla descritocomo grupo substituinte.

    prefixo +  infixo  +  sufixo (oato)  +  de  +  nome do  substituinte com terminação ila 

    Exemplos: 

    H

    O

    OCH3  

    met anoato de metila 

    H2C

    O

    O

    H2CH3C

    H2C CH3

     

    but anoato de etila 

  • 8/17/2019 Aula Teórica 04 - Compostos Orgânicos Oxigendos

    29/30

    Universidade Federal  Rural  do Semi- Árido – UFERSA 

    29 Prof.  Zilvam Melo – Química Orgânica 

    CH3OCCH2COCH3

    O O

     

     propandioato de dimetila 

    O

    OH2C CH3

     benz oato de etila 

    1.9.2  Propriedades Físicas de Substâncias Carboniladas 

    Os éteres são compostos polares, mas não tendo um hidrogênio ligado ao

    oxigênio, suas moléculas não podem formar ligações de hidrogênio fortes umas com

    as outras. Como resultado os ésteres possuem pontos de ebulição menores do que

    os dos ácidos carboxílicos de semelhante massa molecular. Assim, os pontos de

    ebulição dos ésteres são comparáveis aos dos aldeídos e cetonas correspondentes.

    Tabela 5: Propriedades Físicas dos ésteres.

    Fórmula  Nome  PF (oC)  PE (oC) Solubilidade em água 

    (g/100 mL H2O) 

    HCO2CH3Metanoato de metila

    (formato de metila)‐99 31,5 Muito solúvel

    HCO2CH2CH3 Metanoato de etila

    (formato de etila)‐79 54 Solúvel

    CH3CO2CH3 Etanoato de metila

    (acetato de metila)‐99 57 24,4

    CH3CO2CH2CH3 Etanoato de etila

    (acetato de etila)‐82 77 7,39 (25 oC)

    CH3CO2CH2CH2CH3 Etanoato de propila

    (acetato de propila)‐93 102 1,89

    CH3CO2CH2(CH2)2CH3  Etanoato de butila(acetato de butila)

    ‐74 125 1,0 (22 oC)

  • 8/17/2019 Aula Teórica 04 - Compostos Orgânicos Oxigendos

    30/30

    Universidade Federal  Rural  do Semi- Árido – UFERSA 

    CH3CH2CO2CH2CH3  Propanoato de etila ‐73 99 1,75

    CH3(CH2)2CO2CH2CH3  Butanoato de etila ‐93 120 0,51

    CH3(CH2)3CO2CH2CH3  Pentanoato de etil ‐91 145 0,22

    CH3(CH2)4CO2CH2CH3  Hexanoato de etila ‐68 168 0,063C6H5CO2CH3  Benzoato de metila ‐12 199 0,15

    C6H5CO2CH2CH3  Benzoato de etila ‐35 213 0,08

    CH3CO2C6H5 Etanoato de fenila

    (acetato de fenila)‐ 196 Pouco solúvel

    2.  Referências 

    1.  SOLOMONS, T. W.; GRAHAM; CRAIG FRYHLE. Química Orgânica. 8. ed. Rio

    de Janeiro: LTC, 2005. 1 e 2 v.

    2. 

    BRUICE, P. Y. Química Orgânica. 4. ed. São Paulo: Pearson, 2006

    3.  ALLINGER, N. L. Química Orgânica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1978.