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AULA 5 – RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL DANO MORAL E OUTROS DANOS Responsabilidade Civil

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  • AULA 5 RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL DANO MORAL E OUTROS DANOSResponsabilidade Civil

    RESPONSABILIDADE CIVILRESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL, DANO MORAL E OUTROS DANOS

    OBJETIVOS

    IDENTIFICAR quem parte legtima para pleitear o dano moral.

    SABER que a pessoa jurdica possui direito indenizao por dano moral.

    ANALISAR a liberdade de informao e a inviolabilidade da vida privada como direitos fundamentais.

    OBSERVAR que a pessoa falecida tem o direito imagem.

    COMPREENDER o dano imagem e o dano esttico.

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    Dano moral da pessoa jurdica2. Legitimao para pleitear o dano moral3. Transmissibilidade do dano moral 4. Dano imagem da pessoa falecida5. Liberdade de informao versus inviolabilidade da vida privada 6. Dano esttico7. Liquidao do dano CONTEDO

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    DANO MORAL DA PESSOA JURDICAConceito:

    a leso de um bem jurdico ligado a honra objetiva.

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    2. Legitimao para pleitear o dano moral.Possui legitimidade todo aquele que possuir ntimo contato.Direito Comparado: http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10828

    2.1 Cdigo Portugus2.2 Cdigo Civil (dano material)Art.496 n.2Art.20 PUPor morte da vtima, o direito indemnizao por danos no patrimoniais cabe, em conjunto, ao cnjuge no separado judicialmente de pessoas e bens e aos filhos ou outros descendentes; na falta destes, aos pais ou outros ascendentes; e, por ltimo aos irmos ou sobrinhos que os representem.Pargrafo nico. Em se tratando de morto ou de ausente, so partes legtimas para requerer essa proteo o cnjuge, os ascendentes ou os descendentes.

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    TRF-2 - APELAO CIVEL AC 228264 RJ 2000.02.01.012999-2 (TRF-2)

    Data de publicao: 13/01/2009

    Ementa: CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. MILITAR IMPEDIDO DE EXERCER SUA PROFISSO DE AVIADOR. PORTARIAS S-50-GM5 e S-285-GM5. INDENIZAO. CABIMENTO. DANO MORAL. LEGITIMIDADE DOS HERDEIROS PARA PLEITEAR. I Rejeita-se a preliminar de ilegitimidade ativa apresentada pela Unio Federal, porquanto os filhos do militar falecido, herdeiros dele que so, tm evidente legitimidade para pleitear em juzo a reparao pecuniria que seria devida ao prejudicado, se vivo fosse, certo que as questes alusivas partilha dos bens do esplio do finado so irrelevantes na seara federal. II Igualmente no assiste razo Unio no tocante alegada inviabilidade de se aquinhoar os autores com verba compensatria de dano moral infligido ao militar falecido. De fato, da jurisprudncia do Superior Tribunal de Justia extrai-se que a ao por danos morais transmite-se aos herdeiros do autor por se tratar de direito patrimonial.

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    TRANSMISSIBILIDADE DO DANO MORAL 1 Posies:Intransmissibilidade a corrente que indica pela impossibilidade da transmisso do dano moral. ( Lon Mazeaud)Transmissibilidade Condicionada a que admite a possibilidade da transmisso com o fator condicionante da demanda ter sido ajuizada. (resp.11.735 Min. Eduardo Ribeiro)Transmissibilidade IncondicionadaTrata-se da transmissibilidade da indenizao resultante do dano e no da transmisso do dano em si.Obs. A leso deve ter ocorrido em vida.

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    Dano Moral PunitivoTeoria do mais desestmuloDano EstticoDano Material Reflexo (ricochete)Dano a imagemDano a imagem de pessoa falecidaUso imagem de pessoa falecidaDano jornalsticoOUTRAS ESPCIES DE DANO

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    STJ Smula n 221

    Responsabilidade Civil - Publicao pela Imprensa - Ressarcimento de Dano

    So civilmente responsveis pelo ressarcimento de dano, decorrente de publicao pela imprensa, tanto o autor do escrito quanto o proprietrio do veculo de divulgao.

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    Entrevista:http://www.cartaforense.com.br/conteudo/entrevistas/dano-moral-no-direito-de-familia/9087

    DANO MORAL FAMILIAR

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    A matria liquidao de danos encontra-se prevista nos arts.945-954.Nesse momento iremos tratar da liquidao dos casos em que a vtima venha chegar ao bito.

    1 Tratamento2 Funeral3 Luto da Famlia (danos emergentes)4 Pensionamento a quem a vtima devia alimentos (L.Cessante)LIQUIDAO DO DANO

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    Art. 948. No caso de homicdio, a indenizao consiste, sem excluir outras reparaes: I - no pagamento das despesas com o tratamento da vtima, seu funeral e o luto da famlia;II - na prestao de alimentos s pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a durao provvel da vida da vtima.

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    1 - Penso ao pai pela morte do filho

    Filho em idade de trabalho a remunerao se dar at os 65 anos. Vale frisar que aps os 25 anos a indenizao deve ser reduzida em 50% em razo da presuno de formao de famlia.

    2 Penso a filho menor por morte do pai.

    A indenizao finda aos 25 anos.(perodo de concluso da formao escolar)

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    3 Indenizao previdenciria e comum.As indenizaes de cunho previdencirio e comum no se comunicam, haja vista, tratar-se de uma nova leso ao patrimnio da vtima.

    4 Seguro obrigatrio (DPVAT) e indenizao comum.Neste caso existir a compensao. O objetivo obstar o bis in idem.

    5 13 SalrioO dcimo terceiro salrio deve integrar a penso, desde que fique comprovado o vnculo empregatcio.

    6 Prova do dano

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    O Art.475 Q do CPC propicia uma garantia para o cumprimento da prestao. Seno vejamos:Art. 475-Q. Quando a indenizao por ato ilcito incluir prestao de alimentos, o juiz, quanto a esta parte, poder ordenar ao devedor constituio de capital, cuja renda assegure o pagamento do valor mensal da penso. (Includo pela Lei n 11.232, de 2005) 1o Este capital, representado por imveis, ttulos da dvida pblica ou aplicaes financeiras em banco oficial, ser inalienvel e impenhorvel enquanto durar a obrigao do devedor. (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)CONSTITUIO DE CAPITAL PARA GARANTIR A PENSO

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    2o O juiz poder substituir a constituio do capital pela incluso do beneficirio da prestao em folha de pagamento de entidade de direito pblico ou de empresa de direito privado de notria capacidade econmica, ou, a requerimento do devedor, por fiana bancria ou garantia real, em valor a ser arbitrado de imediato pelo juiz. (Includo pela Lei n 11.232, de 2005) 3o Se sobrevier modificao nas condies econmicas, poder a parte requerer, conforme as circunstncias, reduo ou aumento da prestao. (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

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    4o Os alimentos podem ser fixados tomando por base o salrio-mnimo. (Includo pela Lei n 11.232, de 2005) 5o Cessada a obrigao de prestar alimentos, o juiz mandar liberar o capital, cessar o desconto em folha ou cancelar as garantias prestadas. (Includo pela Lei n 11.232, de 2005)

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    Joana e Joo da Silva moveram ao de indenizao por dano moral contra o Estado do Rio de Janeiro porque dois servidores estaduais, Jos da Silva e Aroldo dos Santos, assinaram, divulgaram e promoveram distribuio de aviso de suspeita de caso de AIDS no Municpio do Rio das Pedras, indicando o nome do filho dos autores, Antonio da Silva, como sendo portador de tal doena. Sustentam que o mencionado aviso, alm de violar o direito intimidade e vida privada de Antonio, debilitou ainda mais o seu estado de sade, apressando a sua morte, ocorrida poucos meses depois da divulgao. Em contestao o Estado alega no terem os autores, pais de Antonio, legitimidade para pleitearem a indenizao porque o dano moral, por se tratar de direito personalssimo, intransmissvel, desaparece com o prprio indivduo, impossibilitado a transmissibilidade sucessria e o exerccio da ao indenizatria por via subrogatria. Diante do caso concreto, aborde a possibilidade de os pais de Antonio obterem a reparao civil pelos danos causados ao seu filho.

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    Com relao ao dano esttico CORRETO afirmar:

    I- Existe jurisprudncia que coloca o dano esttico como um terceiro tipo de dano ao lado do dano material e moral. II- H quem defenda que o dano esttico no um tipo autnomo de dano. III- No h qualquer controvrsia sobre o tema.

    A) Somente a I e II esto corretas. B) Somente a I e III esto corretas. C) Somente a II e III esto corretas. D) Nenhuma est correta

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    Informativo n 0516 Perodo: 17 de abril de 2013. Terceira Turma DIREITO CIVIL. DANOS MORAIS PELO USO NO AUTORIZADO DA IMAGEM EM EVENTO SEM FINALIDADE LUCRATIVA. O uso no autorizado da imagem de atleta em cartaz de propaganda de evento esportivo, ainda que sem finalidade lucrativa ou comercial, enseja reparao por danos morais, independentemente da comprovao de prejuzo. A obrigao da reparao pelo uso no autorizado de imagem decorre da prpria utilizao indevida do direito personalssimo. Assim, a anlise da existncia de finalidade comercial ou econmica no uso irrelevante. O dano, por sua vez, conforme a jurisprudncia do STJ, apresenta-se in re ipsa, sendo desnecessria, portanto, a demonstrao de prejuzo para a sua aferio. REsp 299.832-RJ, Rel. Min. Ricardo Villas Bas Cueva, julgado em 21/2/2013.

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    Informativo n 0508 Perodo: 5 a 14 de novembro de 2012. Segunda Turma DIREITO ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO MORAL. PESSOA JURDICA. HONRA OBJETIVA. VIOLAO. Pessoa jurdica pode sofrer dano moral, mas apenas na hiptese em que haja ferimento sua honra objetiva, isto , ao conceito de que goza no meio social. Embora a Sm. n. 227/STJ preceitue que a pessoa jurdica pode sofrer dano moral, a aplicao desse enunciado restrita s hipteses em que h ferimento honra objetiva da entidade, ou seja, s situaes nas quais a pessoa jurdica tenha o seu conceito social abalado pelo ato ilcito, entendendo-se como honra tambm os valores morais, concernentes reputao, ao crdito que lhe atribudo, qualidades essas inteiramente aplicveis s pessoas jurdicas, alm de se tratar de bens que integram o seu patrimnio. Talvez por isso, o art. 52 do CC, segundo o qual se aplica s pessoas jurdicas, no que couber, a proteo aos direitos da personalidade", tenha-se valido da expresso "no que couber", para deixar claro que somente se protege a honra objetiva da pessoa jurdica, destituda que de honra subjetiva. O dano moral para a pessoa jurdica no , portanto, o mesmo que se pode imputar pessoa natural, tendo em vista que somente a pessoa natural, obviamente, tem atributos biopsquicos. O dano moral da pessoa jurdica, assim sendo, est associado a um "desconforto extraordinrio" que afeta o nome e a tradio de mercado, com repercusso econmica, honra objetiva da pessoa jurdica, vale dizer, sua imagem, conceito e boa fama, no se referindo aos mesmos atributos das pessoas naturais. Precedente citado: REsp 45.889-SP, DJ 15/8/1994. REsp 1.298.689-RS, Rel. Min. Castro Meira, julgado em 23/10/2012.

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    Informativo n 0508 Perodo: 5 a 14 de novembro de 2012. Terceira Turma DIREITO CIVIL. DANOS MORAIS. MATRIA JORNALSTICA SOBRE PESSOA NOTRIA. No constitui ato ilcito apto produo de danos morais a matria jornalstica sobre pessoa notria a qual, alm de encontrar apoio em matrias anteriormente publicadas por outros meios de comunicao, tenha cunho meramente investigativo, revestindo-se, ainda, de interesse pblico, sem nenhum sensacionalismo ou intromisso na privacidade do autor. O embate em exame revela, em verdade, coliso entre dois direitos fundamentais, consagrados tanto na CF quanto na legislao infraconstitucional: o direito de livre manifestao do pensamento de um lado e, de outro lado, a proteo dos direitos da personalidade, como a imagem e a honra. No se desconhece que, em se tratando de matria veiculada em meio de comunicao, a responsabilidade civil por danos morais exsurge quando a matria for divulgada com a inteno de injuriar, difamar ou caluniar terceiro. Alm disso, inconteste tambm que as notcias cujo objeto sejam pessoas notrias no podem refletir crticas indiscriminadas e levianas, pois existe uma esfera ntima do indivduo, como pessoa humana, que no pode ser ultrapassada. De fato, as pessoas pblicas e notrias no deixam, s por isso, de ter o resguardo de direitos da personalidade. Apesar disso, em casos tais, a apurao da responsabilidade civil depende da aferio de culpa sob pena de ofensa liberdade de imprensa. Tendo o jornalista atuado nos limites da liberdade de expresso e no seu exerccio regular do direito de informar, no h como falar na ocorrncia de ato ilcito, no se podendo, portanto, responsabiliz-lo por supostos danos morais. Precedentes citados: REsp 1.082.878-RJ, DJe 18/11/2008; e REsp 706.769-RN, DJe 27/4/2009. REsp 1.330.028-DF, Rel. Min. Ricardo Villas Bas Cueva, julgado em 6/11/2012.

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    Informativo n 0502 Perodo: 13 a 24 de agosto de 2012. Quarta Turma DANO MORAL. REPREENSO EM ESCOLA. LEGITIMIDADE. VALOR DA INDENIZAO. Trata-se de ao de indenizao proposta pelos pais da vtima uma adolescente j falecida ao tempo da propositura da presente demanda em conjunto com o seu ex-namorado poca dos fatos, contra diretora escolar que supostamente teria repreendido, de forma excessiva, o casal de namorados que trocavam carcias no ptio do colgio mesmo aps advertncia anterior pelo mesmo motivo. Consta ainda que, em razo dos fatos narrados, foi determinado o desligamento do casal de estudantes do estabelecimento de ensino. Acolhida a pretenso nas instncias ordinrias, a diretora do estabelecimento comercial foi condenada ao pagamento de danos morais sofridos pelo casal. Nas preliminares, a Turma entendeu que, de acordo com a jurisprudncia do STJ, os pais podem ajuizar ao de indenizao de danos morais sofridos pela filha falecida, em razo da proteo dada imagem de quem falece. Quanto legitimidade passiva, o Min. Relator asseverou que, nos casos em que uma pessoa fsica age em nome de uma pessoa jurdica, ocorrendo evento danoso, cabe ao interessado escolher entre ajuizar a ao reparatria contra a pessoa jurdica em conjunto com a pessoa fsica que atuou como rgo social, ou, ainda, separadamente, preferindo acionar uma ou outra. Assim, se a diretoria da escola era exercida de forma unipessoal por uma das scias administradoras da sociedade educacional, ela parte legtima para responder por danos eventualmente causados no exerccio de suas funes. No mrito, no obstante a diretora tenha agido com rigidez para com os alunos, aparentou cuidado que no extrapolou o limite do razovel, sobretudo porque no utilizou expresses incompatveis com o contexto educacional. Assim, no caso, os danos morais foram fixados em valor exacerbado e restou configurada a exceo que autoriza a alterao pelo STJ do valor da condenao por danos morais. Precedentes citados: AgRg no EREsp 978.651-SP, DJe 10/2/2011, e REsp 268.660-RJ, DJ 19/2/2001. REsp 705.870-MA, Rel. Min. Raul Arajo, julgado em 21/8/2012.

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    Informativo n 0459 Perodo: 6 a 10 de dezembro de 2010. Terceira Turma DANOS MORAIS REFLEXOS. LEGITIMIDADE. Trata-se de REsp em que a controvrsia definir se os pais da vtima sobrevivente de acidente de trnsito tm legitimidade para pleitear compensao por danos morais, considerando-se que, na espcie, a prpria acidentada teve reconhecido o direito a receber a referida compensao por tais danos. A Turma assentou que, no obstante a compensao por dano moral ser devida, em regra, apenas ao prprio ofendido, tanto a doutrina quanto a jurisprudncia tm firmado slida base na defesa da possibilidade de os parentes do ofendido a ele ligados afetivamente postularem, conjuntamente com a vtima, compensao pelo prejuzo experimentado, conquanto sejam atingidos de forma indireta pelo ato lesivo. Observou-se que se trata, na hiptese, de danos morais reflexos, ou seja, embora o ato tenha sido praticado diretamente contra determinada pessoa, seus efeitos acabam por atingir, indiretamente, a integridade moral de terceiros. o chamado dano moral por ricochete ou prjudice daffection, cuja reparao constitui direito personalssimo e autnomo dos referidos autores, ora recorridos. Assim, so perfeitamente plausveis situaes nas quais o dano moral sofrido pela vtima principal do ato lesivo atinja, por via reflexa, terceiros, como seus familiares diretos, por lhes provocar sentimentos de dor, impotncia e instabilidade emocional. Foi o que se verificou na espcie, em que postularam compensao por danos morais, em conjunto com a vtima direta, seus pais, perseguindo ressarcimento por seu prprio sofrimento decorrente da repercusso do ato lesivo na sua esfera pessoal, visto que experimentaram, indubitavelmente, os efeitos lesivos de forma indireta ou reflexa, como reconheceu o tribunal de origem, ao afirmar que, embora conste da exordial que o acidente no atingiu diretamente os pais da vtima, eles possuem legitimidade para pleitear indenizao, uma vez que experimentaram a sensao de angstia e aflio gerada pelo dano sade familiar. Diante disso, negou-se provimento ao recurso. Precedentes citados: REsp 160.125-DF, DJ 24/5/1999; REsp 530.602-MA, DJ 17/11/2003; REsp 876.448-RJ, DJe 21/9/2010; REsp 1.041.715-ES, DJe 13/6/2008, e REsp 331.333-MG, DJ 13/3/2006. REsp 1.208.949-MG, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 7/12/2010.

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    Informativo n 0454 Perodo: 1 a 5 de novembro de 2010. Quarta Turma RESPONSABILIDADE CIVIL. ACIDENTE. TRNSITO. Trata-se de ao de indenizao proposta na origem por vtima de acidente de trnsito em que preposto de empresa de transporte efetuou manobra de ultrapassagem em caminho sem as devidas cautelas. Buscou o autor indenizao pelo dano esttico nos termos do art. 1.538, 1, do CC/1916 e lucros cessantes, visto que passou dois anos sem poder desenvolver atividade como produtor de shows e eventos. O acrdo recorrido deu provimento ao apelo do autor para dar os lucros cessantes, a serem apurados em dobro por ocasio da liquidao; proveu parcialmente o apelo da r para reduzir o quantum indenizatrio por danos estticos para R$ 45 mil e, ainda, para postergar o clculo do limite da aplice de seguro para o momento da satisfao do crdito. Por fim, desproveu o recurso interposto pela seguradora litisdenunciada. No REsp, a empresa de transporte recorrente defende a tese de que a dobra mencionada no 1 do art. 1.538 do CC/1916 diz respeito apenas multa criminal ali prevista, e no ao total do valor indenizatrio. Para o Min. Relator, com base na doutrina, o citado preceito legal buscou conceder, com a duplicao, a compensao tanto pelo dano material quanto pelo moral, neste ltimo compreendido o dano esttico. Entretanto, explica que, com o advento da CF/1988, passou a ser indenizvel, tambm, o dano moral, e a jurisprudncia deste Superior Tribunal tem afastado a dobra prevista no mencionado dispositivo, admitindo-a apenas relativamente multa ali prevista. Dessa forma, assevera que essa dobra ficou inoperante, pois passou-se a indenizar a vtima pelo dano moral, antes no contemplado, e a jurisprudncia passou a admitir as indenizaes por dano material e dano moral pagas em uma s vez. Observa que o CC/2002 recepcionou essa jurisprudncia quanto indenizao do dano moral. Ao final, anota, ainda, que a dobra das verbas visa compensao pelo aleijo, que o ressarcimento que j ocorre pelo denominado dano esttico; assim, caso deferidos o dano esttico e mais a dobra, ocorreria um bis in idem. Diante do exposto, a Turma conheceu parcialmente do recurso e, nessa parte, deu-lhe provimento para afastar a dobra relativa aos lucros cessantes, mantido, quanto ao mais, o acrdo recorrido. Precedentes citados: REsp 623.737-DF, DJ 14/3/2005; AgRg na MC 14.475-SP, DJe 26/9/2008; REsp 248.869-PR, DJ 12/2/2001, e REsp 135.777-GO, DJ 16/02/1998. REsp 866.290-SC, Rel. Min. Luis Felipe Salomo, julgado em 4/11/2010.

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    Informativo n 0443 Perodo: 16 a 20 de agosto de 2010. Terceira Turma (iseno de responsabilidade)CIRURGIA ESTTICA. INDENIZAO. QUELOIDES. Trata-se, na origem, de ao de indenizao por danos morais e estticos, ajuizada pela ora recorrente contra o recorrido, na qual alega que foi submetida a uma cirurgia esttica (mamoplastia de aumento e lipoaspirao), que resultou em grandes leses proliferativas formadas por tecidos de cicatrizao nos locais em que ocorreram os cortes da operao. Ora, o fato de a obrigao ser de resultado, como o caso de cirurgia plstica de cunho exclusivamente embelezador, no torna objetiva a responsabilidade do mdico, ao contrrio do que alega a recorrente. Permanece subjetiva a responsabilidade do profissional de Medicina, mas se transfere para o mdico o nus de demonstrar que os eventos danosos decorreram de fatores alheios sua atuao durante a cirurgia. Assim, conforme o acrdo recorrido, o laudo pericial suficientemente seguro para afirmar a ausncia de qualquer negligncia do cirurgio. Ele no poderia prever ou evitar as intercorrncias registradas no processo de cicatrizao da recorrente. Assim, no possvel pretender imputar ao recorrido a responsabilidade pelo surgimento de um evento absolutamente casual, para o qual no contribuiu. A formao do chamado queloide decorreu de caracterstica pessoal da recorrente, e no da m atuao do recorrido. Ademais, ao obter da recorrente, por escrito, o termo de consentimento, no qual explica todo o procedimento, informando-lhe sobre os possveis riscos e complicaes ps-cirrgicos, o recorrido agiu com honestidade, cautela e segurana. Logo, a Turma negou provimento ao recurso. REsp 1.180.815-MG, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 19/8/2010.

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    Informativo n 0515 Perodo: 3 de abril de 2013. Quarta Turma DIREITO PROCESSUAL CIVIL. LEGITIMIDADE DA ME PARA O AJUIZAMENTO DE AO OBJETIVANDO O RECEBIMENTO DE COMPENSAO POR DANO MORAL DECORRENTE DA MORTE DE FILHO CASADO E QUE TENHA DEIXADO DESCENDENTES. A me tem legitimidade para ajuizar ao objetivando o recebimento de indenizao pelo dano moral decorrente da morte de filho casado e que tenha deixado descendentes, ainda que a viva e os filhos do falecido j tenham recebido, extrajudicialmente, determinado valor a ttulo de compensao por dano moral oriundo do mesmo fato. Nessa situao, certo que existem parentes mais prximos que a me na ordem de vocao hereditria, os quais, inclusive, receberam indenizao e deram quitao, o que poderia, primeira vista, levar interpretao de estar afastada sua legitimidade para o pleito indenizatrio. Ocorre que, no obstante a formao de um novo grupo familiar com o casamento e a concepo de filhos, de se considerar que o lao afetivo que une me e filho jamais se extingue, de modo que o que se observa a coexistncia de dois ncleos familiares cujo elemento interseccional o filho. Correto, portanto, afirmar que os ascendentes e sua prole integram um ncleo familiar inextinguvel para fins de demanda indenizatria por morte. Assim, tem-se um ncleo familiar em sentido estrito, constitudo pela famlia imediata formada com a contrao do matrimnio, e um ncleo familiar em sentido amplo, de que fazem parte os ascendentes e seu filho, o qual desponta como elemento comum e agregador dessas clulas familiares. Destarte, em regra, os ascendentes tm legitimidade para a demanda indenizatria por morte da sua prole, ainda quando esta j tenha constitudo o seu grupo familiar imediato, o que deve ser balizado apenas pelo valor global da indenizao devida, ou seja, pela limitao quantitativa do montante indenizatrio. REsp 1.095.762-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomo, julgado em 21/2/2013.

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    Informativo n 0521 Perodo: 26 de junho de 2013. Segunda Seo DIREITO PROCESSUAL CIVIL. COMPETNCIA PRA JULGAR AO EM QUE O AUTOR PRETENDA, ALM DO RECEBIMENTO DE VALORES POR SERVIOS PRESTADOS COMO COLABORADOR DE SOCIEDADE DO RAMO PUBLICITRIO, A COMPENSAO POR DANOS MORAIS DECORRENTES DE ACUSAES QUE SOFRERA. Compete Justia Comum Estadual processar e julgar ao em que o autor pretenda, alm do recebimento de valores referentes a comisses por servios prestados na condio de colaborador de sociedade do ramo publicitrio, a compensao por danos morais sofridos em decorrncia de acusaes infundadas de que alega ter sido vtima na ocasio de seu descredenciamento em relao sociedade. A competncia para julgamento de demanda levada a juzo fixada em razo da natureza da causa, que, a seu turno, definida pelo pedido e pela causa de pedir. Na situao em anlise, a ao proposta no tem causa de pedir e pedido fundados em eventual relao de trabalho entre as partes, pois em nenhum momento se busca o reconhecimento de qualquer relao dessa natureza ou ainda o recebimento de eventual verba da decorrente. Trata-se, na hiptese, de pretenses derivadas da prestao de servios levada a efeito por profissional liberal de forma autnoma e sem subordinao, razo pela qual deve ser aplicada a orientao da Smula 363 do STJ, segundo a qual compete Justia Estadual processar e julgar a ao de cobrana ajuizada por profissional liberal contra cliente. CC 118.649-SP, Rel. Min. Raul Arajo, julgado em 24/4/2013.

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    Informativo n 0520 Perodo: 12 de junho de 2013. Segunda Seo DIREITO PROCESSUAL CIVIL. COMPETNCIA PARA O JULGAMENTO DE AO DE INDENIZAO POR DANOS MATERIAIS E DE COMPENSAO POR DANOS MORAIS PROPOSTA POR PASTOR EM FACE DE CONGREGAO RELIGIOSA QUAL PERTENCIA. Compete Justia Comum Estadual processar e julgar ao de indenizao por danos materiais e de compensao por danos morais proposta por pastor em face de congregao religiosa qual pertencia na qual o autor, reconhecendo a inexistncia de relao trabalhista com a r, afirme ter sido afastado indevidamente de suas funes. A competncia para julgamento de demanda levada a juzo fixada em razo da natureza da causa, que definida pelo pedido e pela causa de pedir deduzidos. Na hiptese em anlise, a questo jurdica enfatiza aspectos de poltica interna de uma congregao religiosa na relao com seus ministros, envolvendo direitos e garantias constitucionais de liberdade e exerccio de culto e de crena religiosos (CF, art. 5, VI e VIII). Trata-se, portanto, de discusso atinente ao alegado direito de pastor excludo supostamente de forma indevida de suas funes indenizao material e reparao moral de direito civil. Nesse contexto, considerando o cunho eminentemente religioso e civil da controvrsia, tem aplicao o entendimento consolidado nesta Corte de que no compete Justia do Trabalho processar e julgar demanda em que a causa de pedir e o pedido deduzidos na inicial no guardem relao com as matrias de competncia da Justia Laboral elencadas no art. 114 da CF. CC 125.472-BA, Rel. Min. Raul Arajo, julgado em 10/4/2013.

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    Informativo n 0504 Perodo: 10 a 19 de setembro de 2012. Terceira Turma DANO MORAL. ESPERA EM FILA DE BANCO. O dano moral decorrente da demora no atendimento ao cliente no surge apenas da violao de legislao que estipula tempo mximo de espera, mas depende da verificao dos fatos que causaram sofrimento alm do normal ao consumidor. Isso porque a legislao que determina o tempo mximo de espera tem cunho administrativo e trata da responsabilidade da instituio financeira perante a Administrao Pblica, a qual poder aplicar sanes s instituies que descumprirem a norma. Assim, a extrapolao do tempo de espera dever ser considerada como um dos elementos analisados no momento da verificao da ocorrncia do dano moral. No caso, alm da demora desarrazoada no atendimento, a cliente encontrava-se com a sade debilitada e permaneceu o tempo todo em p, caracterizando indiferena do banco quanto situao. Para a Turma, o somatrio dessas circunstncias caracterizou o dano moral. Por fim, o colegiado entendeu razovel o valor da indenizao em R$ 3 mil, ante o carter pedaggico da condenao. Precedentes citados: AgRg no Ag 1.331.848-SP, DJe 13/9/2011; REsp 1.234.549-SP, DJe 10/2/2012, e REsp 598.183-DF, DJe 27/11/2006. REsp 1.218.497-MT, Rel. Min. Sidnei Beneti, julgado em 11/9/2012.

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    Material de Apoio:

    Vdeos:Dano Moral ( Nelson Rosenvald TV Justia)http://www.youtube.com/watch?v=zNIhCf0f7gY

    Indicao de Filmes:Inimigo do Estado.http://br.bing.com/videos/search?q=privacidade&view=detail&mid=D804FB9566624DC89406D804FB9566624DC89406&first=0&FORM=NVPFVR

    Um pouco de arte para relaxar:

    Poesia Elisa Lucinda (s de sacanagem Ana Carolina)http://www.youtube.com/watch?v=rfR9swi7R84

    Show Ana Carolina Ensaio de Coreshttp://www.youtube.com/watch?v=gNn2P6Ttejg