Upload
api-3761173
View
193
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Cancro Próstata
Dr. Franklim Marques2007/2008
Oncologia
No últimos anos o numero de novos cancro da próstata aumentou drasticamente
Rastreio por PSA que detecta cancros muito precoces (45%) Em Portugal em 2002 foram diagnosticados 3995 novos casos,
tumor mais frequente*Em Portugal em 2007 morreram 1784 doentes por cancro da
próstata, segunda causa de morte por cancro*A taxa de morte ajustada à idade por cancro da prostata têm
diminuído nos últimos anosAumento da detecção precoce e melhoramentos no
tratamentoCancros biologicamente menos agressivos?
•GLOBOCAN – 2002 - http://www-dep.iarc.fr./)
Rastreio por PSAA maioria dos doentes têm cancro assintomáticos e
clinicamente localizados A combinação do Score Gleason, valor do PSA e estadio clínico
Permite estratificar os doentes em categorias com diferentes probabilidades de obter cura
A escolha do tratamento inicial é altamente influenciado pela esperança de vida, comorbilidades, efeitos laterais do tratamento, e preferência do doente
Opções para tratamento primário para doença clinicamente localizada
Tratamento expectanteProstectomia radicalRadioterapia
Estimativa da esperança de vida
Tratamento expectanteA estimativa da esperança de vida é chave nesta decisão
É possível estimar a esperança de vida para grupo de homensÉ difícil extrapolar esta estimativa para um doente individual
Não há tabelas de esperança de vida em Portugal mas é possível extrapolar os dados a partir de tabelas americanas
Minnesota Life Insurance Tables ou Social Security Administration Life Tables (http://www.ssa.gov/OACT/STATS/table4c6.html)
A esperança de vida pode ser ajustada para o doente individual somando ou subtraindo 50% baseado se o doente está na quartil de saúde mais alto ou mais baixo
Estimativa da esperança de vida
Tratamento óptimo do cancro da próstata – Requer avaliação do risco1. Probabilidade do cancro progredir ou metastizar após
tratamento2. Probabilidade do cancro estar confinado à próstata ou
disseminada aos gânglios regionais
Decisão da modalidade de tratamento – predição do estadio patológico1. Estadiamento clínico (TNM)
Toque rectal Meios de imagem (ECO, RM) – não aceites como úteis no
estadiamento2. Score Gleason na amostra da biopsia3. PSA sérico
Nomogramas e modelos preditivos
Nomogramas - Quantificação do risco com maior exactidão Avaliam o efeito interactivo de múltiplos factores de
prognóstico Estadio clínico Grau de Gleason da biopsia PSA pré-operatorio
Quatro grupo mutuamente exclusivos1. Cancro limitada ao órgão2. Extensão extracapsular (extraprostatica)3. Invasão da vesícula seminal4. Metástases nos gânglios regionais
Valor das tabelas (nomogramas) Estimativa do estadio patológico Planeamento do tratamento
Nomogramas e modelos preditivos
Staging nomogram to predict the probability (95% confidence intervals) of each, mutually exclusive pathological stage from the preoperative clinical stage, biopsy Gleason score, and serum PSA level (ng/mL).
Clinical Stage T1c (nonpalpable, PSA elevated) (page 1 of 4)PSA Range Pathologic Stage Gleason Score(ng/mL) 2-4 5-6 3+4=7 4+3=7 8-10
Organ confined 95 (89-99) 90 (88-93) 79 (74-85) 71 (62-79) 66 (54-76)0-2.5 Extraprostatic extension 5 (1-11) 9 (7-12) 17 (13-23) 25 (18-34) 28 (20-38)
Seminal vesicle (+) ----- 0 (0-1) 2 (1-5) 2 (1-5) 4 (1-10)Lymph node (+) ----- ----- 1 (0-2) 1 (0-4) 1 (0-4)
Organ confined 92 (82-98) 84 (81-86) 68 (62-74) 58 (48-67) 52 (41-63)2.6-4.0 Extraprostatic extension 8 (2-18) 15 (13-18) 27 (22-33) 37 (29-46) 40 (31-50)
Seminal vesicle (+) ----- 1 (0-1) 4 (2-7) 4 (1-7) 6 (3-12)Lymph node (+) ----- ----- 1 (0-2) 1 (0-3) 1 (0-4)
Organ confined 90 (78-98) 80 (78-83) 63 (58-68) 52 (43-60) 46 (36-56)4.1-6.0 Extraprostatic extension 10 (2-22) 19 (16-21) 32 (27-36) 42 (35-50) 45 (36-54)
Seminal vesicle (+) ----- 1 (0-1) 3 (2-5) 3 (1-6) 5 (3-9)Lymph node (+) ----- 0 (0-1) 2 (1-3) 3 (1-5) 3 (1-6)
Organ confined 87 (73-97) 75 (72-77) 54 (49-59) 43 (35-51) 37 (28-46)6.1-10.0 Extraprostatic extension 13 (3-27) 23 (21-25) 36 (32-40 47 (40-54) 48 (39-57)
Seminal vesicle (+) ----- 2 (2-3) 8 (6-11) 8 (4-12) 13 (8-19)Lymph node (+) ----- 0 (0-1) 2 (1-3) 2 (1-4) 3 (1-5)
Organ confined 80 (61-95) 62 (58-64) 37 (32-42) 27 (21-34) 22 (16-30)> 10.0 Extraprostatic extension 20 (5-39) 33 (30-36) 43 (38-48) 51 (44-59) 50 (42-59)
Seminal vesicle (+) ----- 4 (3-5) 12 (9-17) 11 (6-17) 17 (10-25)Lymph node (+) ----- 2 (1-3) 8 (5-11) 10 (5-17) 11 (5-
18)Continued on next page
OncologiaOncologiaCancro da Cancro da próstatapróstata
Urology, 2001 Vol 58, No. 6, Partin AW, Mangold, LA, Lamm DM, et al: Contemporary update of prostate cancer staging.nomograms (Partin tables) for the new millennium, pp 843-848
OncologiaOncologiaCancro da próstataCancro da próstata
Clinical Stage T2a (palpable < ½ of one lobe) (page 2 of 4)
PSA Range Pathologic Stage Gleason Score(ng/mL) 2-4 5-6 3+4=7 4+3=7 8-10
Organ confined 91 (79-98) 81 (77-85) 64 (56-71) 53 (43-63) 47 (35-59)0-2.5 Extraprostatic extension 9 (2-21) 17 (13-21) 29 (23-36) 40 (30-49) 42 (32-53)
Seminal vesicle (+) ----- 1 (0-2) 5 (1-9) 4 (1-9) 7 (2-16)Lymph node (+) ----- 0 (0-1) 2 (0-5) 3 (0-8) 3 (0-9)
Organ confined 85 (69-96) 71 (66-75) 50 (43-57) 39 (30-48) 33 (24-44)2.6-4.0 Extraprostatic extension 15 (4-31) 27 (23-31) 41 (35-48) 52 (43-61) 53 (44-63)
Seminal vesicle (+) ----- 2 (1-3) 7 (3-12) 6 (2-12) 10 (4-18)Lymph node (+) ----- 0 (0-1) 2 (0-4) 2 (0-6) 3 (0-8)
Organ confined 81 (63-95) 66 (62-70) 44 (39-50) 33 (25-41) 28 (20-37)4.1-6.0 Extraprostatic extension 19 (5-37) 32 (28-36) 46 (40-52) 56 (48-64) 58 (49-66)
Seminal vesicle (+) ----- 1 (1-2) 5 (3-8) 5 (2-8) 8 (4-13)Lymph node (+) ----- 1 (0-2) 4 (2-7) 6 (3-11) 6 (2-12)
Organ confined 76 (56-94) 58 (54-61) 35 (30-40) 25 (19-32) 21 (15-28)6.1-10.0 Extraprostatic extension 24 (6-44) 37 (34-41) 49 (43-54) 58 (51-66) 57 (48-65)
Seminal vesicle (+) ----- 4 (3-5) 13 (9-18) 11 (6-17) 17 (11-26)Lymph node (+) ----- 1 (0-2) 3 (2-6) 5 (2-8) 5 (2-10)
Organ confined 65 (43-89) 42 (38-46) 20 (17-24) 14 (10-18) 11 (7-15)> 10.0 Extraprostatic extension 35 (11-57) 47 (43-52) 49 (43-55) 55 (46-64) 52 (41-62)
Seminal vesicle (+) ----- 6 (4-8) 16 (11-22) 13 (7-20) 19 (12-29)Lymph node (+) ----- 4 (3-7) 14 (9-21) 18 (10-27) 17 (9-29)
Continued on next page
OncologiaOncologiaCancro da próstataCancro da próstata
Clinical Stage T2b (palpable > ½ of one lobe, not on both lobes) (page 3 of 4)PSA Range Pathologic Stage Gleason Score(ng/mL) 2-4 5-6 3+4=7 4+3=7 8-10
Organ confined 88 (73-97) 75 (69-81) 54 (46-63) 43 (33-54) 37 (26-49)0-2.5 Extraprostatic extension 12 (3-27) 22 (17-28) 35 (28-43) 45 (35-56) 46 (35-58)
Seminal vesicle (+) ----- 2 (0-3) 6 (2-12) 5 (1-11) 9 (2-20)Lymph node (+) ----- 1 (0-2) 4 (0-10) 6 (0-14) 6 (0-16)
Organ confined 80 (61-95) 63 (57-69) 41 (33-48) 30 (22-39) 25 (17-34)2.6-4.0 Extraprostatic extension 20 (5-39) 34 (28-40) 47 (40-55) 57 (47-67) 57 (46-68)
Seminal vesicle (+) ----- 2 (1-4) 9 (4-15) 7 (3-14) 12 (5-22)Lymph node (+) ----- 1 (0-2) 3 (0-8) 4 (0-12) 5 (0-14)
Organ confined 75 (55-93) 57 (52-63) 35 (29-40) 25 (18-32) 21 (14-29)4.1-6.0 Extraprostatic extension 25 (7-45) 39 (33-44) 51 (44-57) 60 (50-68) 59 (49-69)
Seminal vesicle (+) ----- 2 (1-3) 7 (4-11) 5 (3-9) 9 (4-16)Lymph node (+) ----- 2 (1-3) 7 (4-13) 10 (5-18) 10 (4-20)
Organ confined 69 (47-91) 49 (43-54) 26 (22-31) 19 (14-25) 15 (10-21)6.1-10.0 Extraprostatic extension 31 (9-53) 44 (39-49) 52 (46-58) 60 (52-68) 57 (48-67)
Seminal vesicle (+) ----- 5 (3-8) 16 (10-22) 13 (7-20) 19 (11-29)Lymph node (+) ----- 2 (1-3) 6 (4-10) 8 (5-14) 8 (4-16)
Organ confined 57 (35-86) 33 (28-38) 14 (11-17) 9 (6-13) 7 (4-10)> 10.0 Extraprostatic extension 43 (14-65) 52 (46-56) 47 (40-53) 50 (40-60) 46 (36-59)
Seminal vesicle (+) ----- 8 (5-11) 17 (12-24) 13 (8-21) 19 (12-29)Lymph node (+) ----- 8 (5-12) 22 (15-30) 27 (16-39) 27 (14-40)
Continued on next page
OncologiaOncologiaCancro da próstataCancro da próstata
Clinical Stage T2c (palpable on both lobes) (page 4 of 4)PSA Range Pathologic Stage Gleason Score(ng/mL) 2-4 5-6 3+4=7 4+3=7 8-10
Organ confined 86 (71-97) 73 (63-81) 51 (38-63) 39 (26-54) 34 (21-48)0-2.5 Extraprostatic extension 14 (3-29) 24 (17-33) 36 (26-48) 45 (32-59) 47 (33-61)
Seminal vesicle (+) ----- 1 (0-4) 5 (1-13) 5 (1-12) 8 (2-19)Lymph node (+) ----- 1 (0-4) 6 (0-18) 9 (0-26) 10 (0-27)
Organ confined 78 (58-94) 61 (50-70) 38 (27-50) 27 (18-40) 23 (14-34)2.6-4.0 Extraprostatic extension 22 (6-24) 36 (27-45) 48 (37-59) 57 (44-70) 57 (44-70)
Seminal vesicle (+) ----- 2 (1-5) 8 (2-17) 6 (2-16) 10 (3-22)Lymph node (+) ----- 1 (0-4) 5 (0-15) 7 (0-21) 8 (0-22)
Organ confined 73 (52-93) 55 (44-64) 31 (23-41) 21 (14-31) 18 (11-28)4.1-6.0 Extraprostatic extension 27 (7-48) 40 (32-50) 50 (40-60) 57 (43-68) 57 (43-70)
Seminal vesicle (+) ----- 2 (1-4) 6 (2-11) 4 (1-10) 7 (2-15)Lymph node (+) ----- 3 (1-7) 12 (5-23) 16 (6-32) 16 (6-33)
Organ confined 67 (45-91) 46 (36-56) 24 (17-32) 16 (10-24) 13 (8-20)6.1-10.0 Extraprostatic extension 33 (9-55) 46 (37-55) 52 (42-61) 58 (46-69)
56 (43-69)Seminal vesicle (+) ----- 5 (2-9) 13 (6-23) 11 (4-21) 16 (6-29)Lymph node (+) ----- 3 (1-6) 10 (5-18) 13 (6-25) 13 (5-26)
Organ confined 54 (32-85) 30 (21-38) 11 (7-17) 7 (4-12) 6 (3-10)> 10.0 Extraprostatic extension 46 (15-68) 51 (42-60) 42 (30-55) 43 (29-59) 41 (27-57)
Seminal vesicle (+) ----- 6 (2-12) 13 (6-24) 10 (3-20) 15 (5-28)Lymph node (+) ----- 13 (6-22) 33 (18-49) 38 (20-58) 38 (20-59)
Tratamento expectante Cirurgia Radioterapia Terapêutica de privação androgénica
Tratamento do cancro da próstata localizado
Tratamento expectante (vigilância activa) Monitorização activa do curso doença e intervir se
progressão ou sintomas iminentes Estadiamento correcto Estimativa da esperança de vida Avaliação de comorbilidades Monitorização activa com seguimento apertado
Cancro da próstata “clinicamente significativo” Cancro da próstata “clinicamente insignificante”
Scores Geason > 8 Menos de 50% da biopsia da próstata tem cancro PSA sérico inferior a 10-15 ng/ml
Tratamento do cancro da próstata localizado
Tratamento expectante (vigilância activa) Tem mostrado taxas de sobrevida ao 10 anos e esperança de
vida ajustada à qualidade similar à prostectomia radical ou radioterapia
Opção para doentes com cancros de baixo risco e para doentes com esperança de vida curta Menos de 20% dos doentes com cancro da próstata de
baixo risco morrem de causa especifica do cancro pelos 10 anos
Decisão de iniciar tratamento Dependendo fundamentalmente do inicio de sintomas
Doente deve aderir a esquema de seguimento regular Toque rectal PSA Repetir biopsia
Tratamento do cancro da próstata localizado
Tratamento do cancro da próstata localizado
•Tratamento expectante (vigilância activa)Progressão do cancro
Score Gleason 4 ou 5 na biopsia repetidaCancro num maior numero de biopsiasCancro ocupa um maior numero de biopsiasTempo de duplicação do PSA < 3 anosVelocidade do PSA > 0,75
Contraindicação para tratamento expectanteCancro de alto risco ou muito alto risco em doentes
com esperança de vida longaEvidencia de progressão com tratamento expectante
Tratamento do cancro da próstata localizado
• Tratamento expectante (vigilância activa) Vantagens do tratamento expectante
1. Evitar efeitos laterais da terapêutica que pode não ser necessária
2. Qualidade de vida e actividade normal são mantidas3. Cancros pequenos e indolentes não recebem tratamento
desnecessário4. Diminuição de custos iniciais
Tratamento do cancro da próstata localizado
• Tratamento expectante (vigilância activa) Desvantagens do tratamento expectante
1. Risco de perder a oportunidade de cura2. O cancro pode progredir ou metastizar antes do tratamento3. Tratamento de cancro maior, mais agressivo pode ser mais
intenso com mais efeitos laterais4. Poupar os nervos na prostectomia subsequente pode ser mais
difícil, o que pode reduzir a probabilidade de preservar a potencia sexual
5. Aumentar a ansiedade de viver com um cancro não tratado6. Necessidade de exames médicos frequentes e biopsias
periódicas7. Incerteza da historia natural a longo prazo do cancro não
tratado8. A altura e o valor dos estudos de imagem periódicos não está
determinado
Tratamento do cancro da próstata localizado
• Tratamento expectante (vigilância activa)
Doentes com doença de alto risco
Melhor sobrevida total aos 5 anos e sobrevida especifica da doença com intervenção activa do que observação até sintomas
Tratamento do cancro da próstata localizado
• Tratamento com cirurgia Prostectomia radical é apropriada para qualquer doentes com
tumor clinicamente limitado á próstata < 20% dos doentes com tumor de baixo risco morrem de cancro
da próstata pelos 10 anos Potencial morbilidade peri-operatória
Perda se sangue Incontinência urinária após cirurgia Estenoses anatómicas Incontinência urinária Perda da função eréctil
Prostectomia deve ser reservada a doentes com esperança de vida ≥ 10 anos
Dissecção ganglionar pélvica Pode ser evitada em doentes menos de 7% de probabilidade
estimada de metástases ganglionares (nomogramas)
Tratamento do cancro da próstata localizado
• Radioterapia Radioterapia externa é uma das principais opções de tratamento do
cancro da próstata clinicamente limitado A radioterapia moderna e a cirurgia mostram sobrevida livre de
progressão similar em doentes de baixo risco A radioterapia tem uma curva dose resposta favorável no cancro da
próstata A radioterapia tridimensional reduz tanto a toxicidade aguda como
tardia aos tecidos normais Permite altas doses acumulativas com poucos efeitos laterais
Dose standard de 70-75 Gys em 35 a 41 fracção Apropriado para doentes com cancro de baixo risco
Doses de 75-80 Gys Doentes de risco intermédio ou alto risco
Tratamento do cancro da próstata localizado
• Radioterapia Quem beneficia da irradiação dos gânglios pélvicos e terapêutica de
privação androgénica (TPA)? Doentes com cancro de alto risco com vários factores adversos
Irradiação dos gânglios pélvicos e privação androgénica neoadjuvante com ou sem TPA subsequente por 2-3 anos
Doentes com cancro de alto risco com um único factores adverso Irradiação dos gânglios pélvicos e privação androgénica
neoadjuvante com ou sem TPA subsequente por 4-6 meses Doentes com cancro de risco intermédio
Irradiação dos gânglios pélvicos e privação androgénica neoadjuvante por 4-6 mês com ou sem TPA adjuvante
Doentes com cancro de baixo risco Não devem receber nem irradiação dos gânglios pélvicos nem
TPA
Tratamento do cancro da próstata localizado
• Radioterapia externa tridimensional Vantagens sobre a cirurgia
Evita complicações associadas com a prostectomia radicalHemorragia e efeitos relacionados com as transfusõesRisco associados com a anestesia
Muito baixo risco de incontinência urinária e estenose Boa hipótese de preservação da função eréctil a curto prazo RT combinada com a privação androgénica
Oferece a probabilidade de cura no cancro avançado Erradicação de extensões do tumor além das margens da
próstataAumenta o risco para disfunção eréctil
Tratamento do cancro da próstata localizado
• Radioterapia externa tridimensional Desvantagens
Tratamento durante 8 a 9 semanas Até 50% dos doentes têm alguma sintomas temporários urinários
e da intestino durante o tratamento Há um risco baixo mas real para sintomas rectais prolongados Há um risco baixo mas real para sintomas rectais prolongados por
proctite radica O risco e disfunção erctil aumenta com o tempo Se o cancro recorre a cirurdia de salvação está associada com um
maior risco de complicações do que a cirurgia inicial
Tratamento do cancro da próstata localizado
• Radioterapia externa tridimensional Contraindicações para radioterapia da próstata
Radioterapia pélvica anterior Doença inflamatória activa do recto Algaliação permanente
Contraindicações relativas para a radioterapia Baixa capacidade da bexiga Diarreia grave ou moderada crónica Obstrução da saída da bexiga requerendo cateter suprapubico Colite ulcerosa inactiva
Tratamento do cancro da próstata localizado
• Radioterapia - braquiterapia Colocação de fontes radioactivas no tecido próstatico
Implantes permanentes que gradualmente perdem a sua radioactividade
Irradiação curta das fontes de baixa energia usada Doses adequadas são administradas apenas ao cancro dentro da
próstata Irradiação excessiva da bexiga e recto são evitadas Não é possível administrar doses muito altas com a braquiterapia
Reduz a efectividade biológica
Tratamento do cancro da próstata localizado
• Radioterapia - braquiterapia Opção de braquiterapia como monoterapia
Cancro precoce clinicamente limitado à próstata (cT1c-T2a, Gleason 2-6, PSA < 10 ng/dl)
Vantagens da braquiterapia Tratamento completado num dia Pouco tempo perdido de actividade normal Em doentes cuidadosamente seleccionados
Taxas de controlo da comparáveis ao da cirurgia Risco de incontinência mínimo em doentes sem RTU prévia Função eréctil preservada a curto prazo
Desvantagens da braquiterapia Necessário anestesia geral Risco de retenção urinária aguda Limitada a doentes seleccionados com próstata de baixo volume (<
60 gm) Sintomas urinários irritativos podem persistirem até um ano
Tratamento do cancro da próstata localizado
• Radioterapia - braquiterapia Cancro de baixo risco
Braquiterapia como monoterapia Cancros de risco intermédio
Braquiterapia pode ser combinada com RT externa (40-50 Gy) com ou sem terapêutica de privação androgénica (TPA)
Taxa de complicações aumentada Cancros de alto risco
Geralmente considerados maus candidatos Pode efectiva em doentes seleccionados combinada com RT
externa e TPA Contraindicada
Próstatas grandes (>60 gm) Próstatas pequenas (15-20 gm) Sintomas obstrutivos RTU previa
Tratamento do cancro da próstata localizado
• Terapêutica de privação androgénica (TPA) Agonistas LHRH (castração médica) Orquiectomia bilateral (castração cirúrgica)
Igualmente efectivas Bloqueio androgénico combinado (castração médica ou cirúrgica com
um antiandrogénio) Bloqueio androgénico triplo (finasteride ou dutasteride, antiandrogénio
mais castração médica ou cirúrgica) Sem beneficio provado sobre a castração isolada
Doentes com metástases abertas em risco de sintomas associados à subida inicial da testosterona com os agonistas LHRH
Antiandrogénio deve preceder ou ser co-administrado com o agonista LHRH e continuado durante pelo menos 7 dias
Doentes sem supressão adequada da testosterona sérica (< 50 ng/dl) com castração medica ou cirúrgica
Manipulação hormonal adicional (estrogénio, antiandrogénio, ou esteroide) embora de benéfico não claro
Tratamento do cancro da próstata localizado
• Terapêutica de privação androgénica (TPA) Regimes alternativos à terapêutica antiandrogénica continua
TPA intermitente (reduzir efeitos laterais)Eficácia a longo prazo não provada
Monoterapia antiandrogénicaMenos eficaz que a castração médica ou cirúrgicaEfeitos laterais diferentes da TPA mas considerada menos
toleráveis Terapêutica de privação androgénica
Usada em conjugação com a RT definitivaDoença clinicamente localizada de alto riscoDoença localmente avançada
Usada por rotina na doença metastizadaUsada precocemente
Atrasa o aparecimento de sintomas e metástases Não está claro que prolongue a sobrevida
Terapêutica imediata deve ser usada: Sintomas relacionado com o tumor ou metástases abertas
Tratamento do cancro da próstata localizado
• Terapêutica de privação androgénica (TPA) Doentes com PSA elevado e sem sintomas ou evidencia clínica de
cancro Dilema terapêutico em relação ao papel da TPA Avaliação do prognóstico da doença
Valor absoluto do PSATaxa de mudança do PSA com o tempo (tempo duplicação do
PSA)Estadio inicial, grau e PSA na altura do terapêutica definitiva
Decisão de iniciar TPAVelocidade do PSAAnsiedade do médico e do doenteEfeitos laterais a curto e longo prazo da TPATPH precoce pode ser uma opção aceitávelDoentes com tempo de duplicação do PSA curto esperança de
vida longa devem ser encorajado a iniciar TPA precoce
Diagnóstico
• Suspeita inicial de cancro da próstata Toque rectal anormal ou PSA elevado
PSA ≤ 4,0 ng/ml é considerado normal 15% dos homens com este valor “normal” de PSA têm cancro da
próstata e 2% é um cancro de alto grau Não nenhum nível de PSA abaixo do qual garanta não haver
cancro Diagnóstico definitivo
Requer biopsia da próstata Exame patológico
Geason primário e secundário Estadiamento
Classificação TNM 2000 da AJCC Finalidade do tratamento
Optimizar as curvas de sobrevida do cancro e Minimizar a morbilidade dos tratamentos
Diagnóstico
• Avaliação clínica e avaliação de estadiamento Estratificação dos doentes para recomendações de tratamento inicial
Esperança antecipada de vida e Sintomas do cancro
Esperança de vida inferior a 5 anos e sem sintomas Investigação ou tratamento podem ser atrasados até sintomas Se factores de alto risco para desenvolver hidronefrose ou
metástases (tumor grande T3-T4 ou score Gleason 8-10)Considerara terapêutica de privação androgénica ou
radioterapia Esperança de vida superior a 5 anos e/ou doentes sintomáticos
T1 ou T2 e PSA > 20 ng/ml ou Gleason ≥ 8Cintilograma ósseo
T1 ou T2 e nomograma indica risco de >7% de envolvimento ganglionar
TAC ou RM pélvica T3 ou T4 ou sintomáticos
Cintilograma ósseoTAC ou RM pélvica
Diagnóstico
• Avaliação clínica e avaliação de estadiamento Esperança de vida superior a 5 anos e/ou doentes sintomáticos
T1 ou T2 e PSA > 20 ng/ml ou Gleason ≥ 8Cintilograma ósseo
T1 ou T2 e nomograma indica risco de >7% de envolvimento ganglionar
TAC ou RM pélvica T3 ou T4 ou sintomáticos
Cintilograma ósseoTAC ou RM pélvica
Todos os outrosNenhum estudo adicional é necessário para estadiamento
Diagnóstico
• Avaliação clínica e avaliação de estadiamento Categorização dos doentes em relação ao risco de recorrência
Doença clinicamente localizada de baixo risco Doença clinicamente localizada de risco intermédio Doença clinicamente localizada de alto risco Doença localmente avançada Doença metastizada
Diagnóstico
• Avaliação clínica e avaliação de estadiamento – risco recorrência Baixo risco de recorrência
Tumores estadio T1 ou T2a, baixo Gleason (2 a 6) e PSA <10 ng/mlEsperança de vida inferior a 10 anos
Tratamento expectante (opção aceitável) ou Radioterapia tridimensional ou braquiterapia (outra opção)
Esperança de vida ≥ 10 anos Prostectomia radical com ou sem dissecção ganglionar
pélvica se probabilidade de gânglios envolvidos ≥ 7% ou Radioterapia tridimensional ou braquiterapia
Diagnóstico
• Avaliação clínica e avaliação de estadiamento – risco recorrência Risco intermédio de recorrência
Tumores estadio T2b ou T2c, Gleason 7, ou PSA de 10 a 20 ng/ml*Esperança de vida < 10 anos
Tratamento expectante (opção aceitável) ou Radioterapia externa tridimensional com ou sem
braquiterapia ou Prostectomia radical com dissecção ganglionar pélvica
(excepto se probabilidade de gânglios envolvidos < 7%) Esperança de vida ≥ 10 anos
Prostectomia radical com dissecção ganglionar pélvica se probabilidade de gânglios envolvidos ≥ 7% ou
Radioterapia externa tridimensional com ou sem braquiterapia e dissecção ganglionar pélvica (se probabilidade de gânglios > 7%)
Tratamento expectante não recomendado Braquiterapia como monoterapia não recomendado* Múltiplos factores de risco pode mudar para categoria superior
Diagnóstico
• Avaliação clínica e avaliação de estadiamento – risco recorrência Alto risco de recorrência
Tumores T3a, Gleason 8 a 10, ou PSA < 20 ng/ml*Radioterapia externa tridimensional com TPA ouProstectomia radical com dissecção ganglionar pélvica em
doentes seleccionados com tumores de baixo volume e não fixo aos órgãos adjacentes
* Múltiplos factores de risco pode mudar para categoria superior
Diagnóstico
• Avaliação clínica e avaliação de estadiamento – risco recorrência Doença localmente avançada (muito alto risco de recorrência)
Tumores T3b a T4 ou cancro não localizada (qualquer T, N1, M0)Terapêutica de privação androgénica (TPA) isolada ouRadioterapia tridimensional e terapêutica de privação
androgénicaNão candidatos para prostectomia radical
Diagnóstico
• Avaliação clínica e avaliação de estadiamento – risco recorrência Cancro metastizado
Tumores qualquer T, qualquer N, M1Terapêutica de privação androgénica isolada
Terapêutica adjuvante
Radioterapia adjuvante Não existe evidência de alto nível para recomendar RT adjuvante
após prostectomia Prostectomia radical com margens microscópicas positivas
RT após recuperar da cirurgia ouObservação apertada até PSA detectávelSe RT é usada esta deve ser administrada antes que o PSA > 1,5
ng/ml Terapêutica de privação androgénica adjuvante
Recomendada para doentes com gânglios positivos na cirurgia Terapêutica antiandrogénica adjuvante
Não é tratamento standard actualmente
Vigilância
Tratamento expectante Esperança de vida ≥ 10 anos – terapêutica local definitiva se cancro
progride PSA cada 3 meses Toque rectal cada 6 meses Repetir biopsia ao fazer um ano Se biopsia inicial tem 10 a 12 cilindros – repetir biopsia aos 18
meses Biopsias subsequentes ao critério do médico
Mudança de grupo de risco – indica progressão Doente tratado com intenção curativa
PSA cada 6-12 meses por 5 anos e depois anual Toque rectal anual (recorrência sem elevação do PSA e cancro rectal)
Vigilância
Cancro localmente avançado ou metastizado Monitorização determinada pela resposta ao tratamento
História e exame físico cada 3 a 6 meses PSA cada 3 a 6 meses
Doentes tratados com castração médica ou cirúrgica Risco de ter ou desenvolver osteoporose
Densidade mineral óssea de base Suplementação com cálcio (500 mg/dia) e vitamina D (400 UI/dia) Homem com osteopenia/osteoporose
Terapêutica com difosfonatos
Investigação e tratamento de salvação
Prostectomia radical e recorrência bioquímica Doentes em que o PSA não cai para níveis indetectáveis após a
cirurgia Pesquisar metástases à distância e recorrência local
História clínica Cintilograma ósseo Biopsia da área prostática TAC ou RM pélvica
Apenas recorrência local Radioterapia externa Associar TPA para doentes com baixa probabilidade de doença
local isolada (opcional) Doentes com PSA não detectável após cirurgia com subsequente nível
detectável que aumenta em duas ou mais determinações Investigação e tratamento igual ao grupo anterior
Investigação e tratamento de salvação • Radioterapia e recorrência bioquímica
Não existe acordo nos critérios de definição. Definição de Phoenix (ASTRO e RTOG-2006)
Elevação do PSA ≥ 2 ng/ml acima do nadir Doentes considerados candidatos a terapêutica local
Estadio inicial T1-2, Nx; esperança de vida > 10 anos e PSA actual <10 ng/ml
Investigação Biopsia da próstata, Cintilograma ósseo Testes adicionais como clinicamente indicado (TAC
abdominal e pélvico, RM) Recidiva local sem metástases
Prostectomia em casos seleccionadosOutras terapêuticas locais (ex crioterapia) -
investigacionais Doença metastática
Observação ou Terapêutica de supressão andogénica (TPA)
Terapêutica sistémica
• Terapêutica de supressão androgénica Castração cirúrgica
Orquiectomia bilateral Castração médica
Agonistas LHRH Progressão após castração
Doentes em tratamento com agonistas LHRH mais antiandrogénio
Suspender o antiandrogénio e manter a castração (receptores de androgénicos permanecem activos)
Progressão após orquiectomia ou LHRH isoladoAssociar antiandrogénio ou terapêutica hormonal de 2ª
linha Kecoconazole com ou sem corticoides ou estrogénios
Terapêutica sistémica
• Terapêutica sistémica de salvação para doentes em escape hormonal Bifosfonatos mais um dos seguintes
Quimioterapia sistémica com docetaxel e prednisolona Radioterapia sistémica com samário-153 ou estróncio-89 Cuidados de suporte
Radioterapia externa para metástases ósseas sintomáticas ou em eminência de fractura patológica
Tumores com diferenciação neuroendocrina Suspeitar em caso de doença de massa de tecidos moles
rapidamente progressiva ou metástases viscerais ou metástases ósseas líticas, na presença de PSA baixo
Biopsia de lesões acessíveis para confirmação Quimioterapia – etoposideo/cisplatina ou
etoposideo/carboplatina