Aumento Da Confiabilidade de Esquemas de Protecao e Controle Em IEC 61850

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Confiabilidade de Esquemas de Protecao

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  • 1

    Aumento da confiabilidade de esquemas de

    proteo e controle em IEC 61850 com o uso

    de Message Quality

    Paulo Franco, Carlos Oliveira e Geraldo Rocha - Schweitzer Engineering Laboratories, Inc.

    Sumrio - A introduo da norma IEC 61850 em

    sistemas eltricos de potncia e industriais possibilita a

    troca de informaes entre rels via rede Ethernet. Novas

    capacidades surgem visando a reduo de cabos

    convencionais e o tempo de comissionamento em

    subestaes e possibilitando a utilizao de esquemas de

    controle e proteo mais elaborados e adaptados para

    diversas aplicaes.

    Atravs da utilizao das funes de proteo com troca

    de informaes atravs de mensagens GOOSE (Generic

    Object Oriented Substation Event) entre os IEDs (Intelligent

    Electronic Devices), redes Ethernet ganham papel

    importante nos esquemas de proteo e controle e torna-se

    necessrio que a mesma tenha alta disponibilidade e

    confiabilidade tornando o seu monitoramento obrigatrio

    em subestaes.

    Alguns recursos como portas Ethernet dual nos IEDs e

    redes de switches em anel garantem a redundncia de

    comunicao, aumentando a disponibilidade do sistema de

    automao e proteo da subestao, assim como IEDs

    com monitoramento dos links de comunicao nas portas

    Ethernet.

    Ao utilizar-se a norma IEC 61850 para projetos de

    automao de subestaes, faz-se necessrio revisar as

    lgicas e esquemas de proteo contemplando o

    monitoramento da comunicao pelo IED.

    Este artigo relata uma viso das principais lgicas e

    esquemas de proteo em uma SE.

    I. INTRODUO

    A norma IEC 61850 estabelece as funcionalidades dos

    protocolos de comunicao vertical e horizontal, permitindo a

    interoperabilidade entre os sistemas e a troca rpida de

    mltiplos tipos de mensagens entre os equipamentos de

    proteo, controle, superviso e medio da subestao.

    Um dos maiores benefcios da norma IEC 61850 a

    comunicao ponto-a-ponto atravs de mensagens IEC 61850

    GOOSE para troca de informaes entre os diversos IEDs e o

    uso dessas informaes nas lgicas de proteo, automatismo

    e intertravamento, possibilitando o desenvolvimento de um

    sistema de automao descentralizado, distribudo atravs de

    diversos IEDs.

    A melhoria das condies operativas da subestao com

    uso de automatismos para manobras, antes executadas pelos

    operadores permitiu aumento da confiabilidade, segurana

    e disponibilidade do sistema, que reflete diretamente na

    diminuio do tempo de interrupes.

    Alm dos aspectos operacionais e econmicos, a deciso

    pela adoo desta nova filosofia das subestaes, fazendo uso

    dos protocolos de comunicao da norma IEC 61850, baseia-

    se tambm nos seguintes fatores:

    Comunicao de alta velocidade em rede Ethernet;

    Interoperabilidade de equipamentos de diferentes

    fabricantes;

    Significativa reduo da quantidade de cabos utilizados;

    Agilidade no comissionamento e menor probabilidade de

    falhas;

    Alta confiabilidade e disponibilidade do sistema, com

    projeto mais simples e arquitetura mais eficiente;

    Menor possibilidade de obsolescncia no futuro prximo,

    garantindo o retorno do investimento realizado;

    Garantia de fcil expansibilidade.

    II. SISTEMA DE AUTOMAO DE SUBESTAES COM BASE NA

    NORMA IEC 61850

    Um Sistema de Automao de Subestao (SAS)

    composto por rels de proteo, controladores, redes de

    comunicao, gateways para facilitar a integrao com o

    sistema de superviso e aquisio de dados (SCADA),

    registradores de perturbao, medidores, unidades de medio

    sincronizada de fasores, estaes de engenharia local e remota

    e uma IHM (Interface Homem-Mquina) local [1].

    As subestaes de energia eltrica projetadas para utilizar

    as funcionalidades dos protocolos da norma IEC 61850 podem

    usufruir de mensagens padronizadas para o sistema

    supervisrio, troca de dados em tempo real entre os IEDs e

    coleta das informaes de monitoramento dos equipamentos,

    reduzindo significativamente o nmero de equipamentos

    usados para proteo, controle, medio e automao.

    Assim, a arquitetura do SAS torna-se modular e

    distribuda, onde os equipamentos so instalados em painis

    especficos para cada bay: entrada de linhas, transformadores

    e alimentadores.

    A comunicao com o centro de controle e com a IHM

    normalmente efetuada atravs de um gateway de comunicao

    que coleta os dados dos IEDs atravs do protocolo IEC 61850

    MMS, concentrando toda informao na SE e, em seguida,

  • 2

    converte-os em protocolos como DNP3 LAN/WAN, IEC

    61870- 104, Modbus, entre outros.

    Um exemplo de arquitetura da rede de comunicao de

    uma subestao de distribuio baseada na norma IEC 61850

    est mostrada na Fig. 1.

    Rel de Proteo

    Rel de Proteo

    Rel de Proteo

    Rel de Proteo

    Rel de Proteo

    Rel de Proteo

    Controlador de

    Automao

    Programvel

    Switch A Switch B

    Gateway B

    Switch C

    Gateway A

    Web

    Centro de

    Operao

    Remoto

    Acesso de

    Engenharia

    GPS

    IHM

    Operao Local

    Antena

    Firewall

    Fig. 1. Rede de comunicao de dados

    III. ARQUITETURA E MONITORAMENTO DE REDES DE

    COMUNICAO ETHERNET

    A. Arquitetura e Monitoramento do link de comunicao

    Com a utilizao de esquemas de proteo dependentes de

    informaes que trafegam em redes de comunicao [1],

    torna-se imprescindvel que a arquitetura de comunicao

    utilizada na subestao, para a troca de informaes entre os

    IEDs, seja analisada levando em considerao a confiabilidade

    e disponibilidade da rede. As principais arquiteturas de rede

    Ethernet so: Estrela Simples, Anel e Estrela Dupla.

    Estrela Simples: Utiliza uma nica rota para

    comunicao entre os elementos da rede. Nesta

    topologia, a falha em uma conexo ou switch pode

    ocasionar desde interrupes localizadas ou at mesmo

    desativao de toda a rede. Na Fig. 2, temos um exemplo

    onde os IEDs se comunicam apenas atravs de uma nica

    porta Ethernet, onde a porta de comunicao Ethernet

    A esta ativa e a porta B no utilizada.

    IED 01

    A B

    IED 02

    A B

    IED 03

    A B

    SWG SWITCHGERENCIVEL

    Fig. 2. Arquitetura em Estrela Simples

    Anel: A rota de comunicao tem o fluxo em um nico

    sentido enquanto o anel estiver integro, caso ocorra uma

    falha que interrompa o anel, o switch abre duas rotas em

    sentidos opostos. Nesta arquitetura de comunicao h

    redundncia de cabos e switches. O sistema suscetvel

    a N-1 falhas. A Fig. 3 ilustra esta topologia.

    IED 01

    A B

    IED 02

    A B

    IED 03

    A B

    SWGSWG

    Fig. 3.

    Arquitetura em Anel

    Estrela Dupla: Dispe de duas rotas independentes para

    comunicao entre os IEDs. A comunicao

    estabelecida atravs da porta primria (ex: porta Ethernet

    A), deixando a segunda porta em espera (porta

    Ethernet B). Nesta arquitetura h redundncia dos

    cabos de comunicao e switches. O sistema suscetvel

    a N-2 falhas. A Fig. 4 ilustra um exemplo desta

    arquitetura.

    IED 01

    A B

    IED 02

    A B

    IED 03

    A B

    SWGSWG

    Fig. 4. Arquitetura em Estrela Dupla

    B. Configurao dos IEDs de Proteo e Controle

    Para flexibilizar o uso das arquiteturas de comunicao, o

    hardware dos IEDs pode ser concebido tendo uma interface de

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    rede com duas portas de comunicao. Estas portas na verdade

    so apenas interfaces fisicas duplicadas com endereos MAC

    (Media Access Control) distintos, porm existe apenas uma

    das camadas OSI superiores. Ou seja, apenas um endereo IP

    (Internet Protocol) configurado. Atravs de software de

    configurao (ver Fig. 5), trs modo de operao podem ser

    escolhido para adequar o IED arquitetura de comunicao

    selecionada. Estes modos de operao so:

    Fixed: Fora o IED a utilizar somente uma porta de rede,

    deixando a segunda porta de rede desabilitada

    (Arquitetura em estrela simples, Fig. 2).

    Switched: Fora o IED a comunicar em ambas as portas

    de rede simultaneamente (Arquitetura em anel, Fig. 3).

    Failover: Fora o IED a iniciar a comunicao atravs da

    porta de rede principal e coloca a segunda porta de rede

    em espera. Quando detecta perda de link de dados pela

    porta principal, o IED muda automaticamente a

    comunicao para a porta de rede que estava em espera.

    (Arquitetura em dupla estrela, Fig. 4).

    Fig. 5. Configurao do modo de operao da placa de

    rede

    Analisando a flexibilidade das arquiteturas apresentadas

    possvel identificar que o monitoramento da porta de

    comunicao ativa importante para manter a rede ntegra e

    possibilitar manuteno preditiva/preventiva.

    O IED deve possuir variveis binrias internas (Fig. 6) que

    identificam e monitoram o link de dados. Estas variveis

    binrias podem ser utilizadas em lgicas internas e

    disponibilizam informaes sobre o estado da rede para o

    sistema de superviso e controle. Alarmes neste sistema

    podem disparar equipes de manuteno para aes na rede de

    comunicao evitando situaes de defeito na rede, o que

    possibilita o aumento da disponibilidade e da confiabilidade

    da rede Ethernet da subestao, aumentando, por

    consequncia, a disponibilidade e a confiabilidade do sistema

    de proteo e controle.

    Fig. 6. Monitoramento do link de dados

    C. Monitoramento das Mensagens GOOSE

    O comissionamento e manuteno dos IEDs tradicionais

    so feitos utilizando medidores de grandezas eltricas, tais

    como multimedidores, osciloscpios, etc.

    Nos sistemas de automao que utiliza a norma IEC 61850,

    as ferramentas tradicionais de manuteno e comissionamento

    so substitudas por ferramentas desenvolvidas pelos

    fabricantes dos IEDs. A Fig. 7 mostra um exemplo de IED que

    permite o monitoramento das mensagens GOOSE publicadas

    e subscritas e que disponibiliza vrios dados referentes s

    mesmas.

    Este monitoramento indica quais as mensagens que o IED

    est transmitindo e recebendo e se h alguma falha na rede

    que impossibilite a comunicao entre os IEDs.

    Fig. 7. Monitoramento das mensagens GOOSE

    Os campos e os dados que o monitoramento das mensagens

    GOOSE disponibiliza so extrados das informaes contidas

    nas mensagens publicadas e subscritas e que so padronizadas

    pela norma IEC 61850. Esta funcionalidade auxilia a equipe

  • 4

    tcnica a identificar falhas de conexo e configurao. Os

    principais campos so:

    MultiCastAddr: Indica o endereo multicast MAC da

    mensagem GOOSE, para um monitoramento adequado

    das mensagens importante que o mesmo seja nico em

    toda a rede;

    Ptag: Representa qual o valor da prioridade da

    mensagem;

    Vlan: Identifica a VLAN (Virtual Local Area Network) a

    qual a mensagem se destina;

    Code: Indica a presena de erros e falhas na rede ou na

    mensagem caso exista. Os cdigos (Tabela 1) devem ser

    analisados caso a caso para identificar as possveis

    causas da falha.

    CODE DESCRIO

    OUT OF SEQUENC Mensagem fora de seqncia

    CONF REV MISMA Perda da verso de configurao

    NEED COMMISSIO Necessidade de comissionamento

    TEST MODE IED em modo teste

    MSG CORRUPTED Mensagem corrompida

    TTL EXPIRED Mensagem no recebida dentro do

    tempo esperado

    HOST DISABLED IED desabilitado

    Tabela 1. Cdigos de erro

    D. Message Quality

    O grande motivo de falha nos esquemas de proteo e

    automao dos sistemas tradicionais a no possibilidade de

    monitorar a integridade do cabo metlico que transfere a

    informao entre os IEDs. No SAS que utiliza a norma IEC

    61850, a falha de comunicao entre os IEDs monitorada e

    tratada em tempo real (Message Quality) e esta informao

    pode ser utilizada pelos IEDs para executar bloqueios e/ou

    mudar esquemas de proteo/automao para impedir

    atuaes incorretas.

    O monitoramento realizado constantemente, mesmo

    quando no h mudana no valor de nenhuma varivel dentro

    do DataSet, isto possvel pelo fato da mensagem GOOSE ser

    transmitida periodicamente seguindo o ajuste Max. Time

    (ms), que mostrado na Fig. 8.

    Fig. 8. Programao mensagem GOOSE

    Caso o IED assinante da mensagem (Subscriber IED)

    detecte que a mensagem GOOSE no foi recebida dentro do

    tempo esperado, a varivel Message Quality acusar nvel

    lgico 1, indicando a falha de comunicao entre os IEDs.

    A Fig. 9 exemplifica o uso da Message Quality da

    mensagem GOOSE publicada pelo IED AL10 (Alimentador

    10) associada com a varivel CCIN048 do IED RP1TR1

    (Transformador 1). As variveis CCINnn representam

    entradas binrias virtuais que podem ser utilizadas nas lgicas

    internas do IED.

    Fig. 9. Programao mensagem GOOSE

    IV. ESQUEMAS E LGICAS REVISADOS COM USO DE

    MESSAGE QUALITY

    Tradicionalmente os engenheiros de proteo e automao

    buscam os melhores e mais seguros esquemas lgicos.

    Visando a segurana nas aplicaes com a norma IEC 61850

    utilizada nos esquemas lgicos a superviso das mensagens

    GOOSE.

  • 5

    01

    10 11 12

    03

    02

    20 21 22

    04

    05

    89-1-1

    89-1-2

    52-01

    89-2-1

    89-2-2

    52-02

    52-03 52-04

    52-05

    52-10 52-11 52-12 52-20 52-21 52-22

    89-3-1 89-4-1

    C1

    C2

    TF-01 TF-02

    89-3-2 89-4-2

    138 13,8 kV25/30 MVA

    138 13,8 kV25/30 MVA

    Fig. 10. Unifilar tpico

    Analisando um unifilar tpico de uma subestao (Fig. 10),

    possvel identificar alguns esquemas lgicos, tais como,

    seletividade lgica, esquema de falha disjuntor 50/62BF,

    transferncia automtica de linha - TAL, entre outros, com

    aplicao da superviso da mensagem GOOSE. Na sequncia

    so apresentados alguns destes esquemas com a aplicao do

    monitoramento da mensagem GOOSE baseados no unifilar da

    figura 10.

    A. Seletividade Lgica

    Tem como objetivo proporcionar a atuao rpida, segura e

    seletiva do sistema de proteo.

    A Fig 11 apresenta a recepo da partida de proteo

    proveniente do rel dos alimentadores e a superviso da

    comunicao no rel localizado na baixa do transformador.

    No caso de falha de comunicao com o rel dos

    alimentadores, o rel da baixa do trafo executa o bloqueio da

    seletividade lgica (Fig. 12), garantindo a atuao seletiva do

    sistema de proteo.

    Fig. 11. Seletividade lgica

    Fig. 12. Bloqueio seletividade lgica

    B. Falha de Disjuntor

    Este esquema visa garantir a extino do defeito no menor

    tempo possvel atravs do disjuntor a montante.

    O esquema de falha de disjuntor inicializado pelo rel

    que est jusante do sistema. A Fig 13 apresenta um diagrama

    lgico com aplicao da superviso da comunicao. Outros

    esquemas podem ser feitos dependendo da filosofia de

    operao da subestao.

    Fig. 13. Esquema falha disjuntor

    Nesta lgica observa-se que a superviso da comunicao

    permite o encaminhamento do sinal de 50/62BF para o

    disjuntor disponvel para eliminar a falha, garantindo assim a

    correta e segura operao do sistema.

  • 6

    C. Transferncia Automtica de Linha - TAL

    Transferncia entre linhas de forma automtica quando

    ocorre o desligamento da linha em operao, restabelecendo o

    fornecimento de energia no consumidor pela linha retaguarda.

    O rel instalado na entrada da subestao monitora a tenso

    da linha em operao (Fig. 14). Na ausncia da tenso ocorre a

    transferncia para a outra linha sadia (Fig. 15). Outros

    esquemas podem ser feitos dependendo da configurao da

    subestao.

    Fig. 14. Monitoramento da tenso Vo C1

    Fig. 15. Partida da TAL

    D. Restabelecimento Automtico da Subestao - RASE

    O automatismo RASE-D executa a transfrencia entre

    disjuntores ao detectar algum defeito no vo ativo.

    A Fig 16 apresenta algumas condices que bloqueiam a

    RASE-D. A falha de comunicao utilizada para garantir a

    perfeita execuo da lgica.

    Entre os automatismos de reestabelecimento automtico da

    subestao aplicado tambm a RASE-T, que segue o mesmo

    princpio da RASE-D, diferenciando nas condies de partida

    da lgica que feito aps detectar algum defeito interno no

    transformador.

    Fig. 16. Bloqueio temporrio da RASE-D

    Fig. 17. Partida da RASE-D

    Inmeros outros automatimos utilizando a superviso da

    comunicao podem ser realizados para manter a

    confiabilidade do sistema de automao.

    V. DOCUMENTAO DE PROJETOS EM IEC 61850

    Para melhorar a documentao de projetos de SAS com a

    utilizao da norma IEC 61850, fez-se uma analogia com um

    cabo metlico convencional, onde uma mensagem GOOSE

    ser vista como cabo virtual com diversas vias virtuais.

    Cada cabo virtual GOOSE identificado por um endereo

    MAC virtual (Multicast MAC Address) e recebe um nome

    (Message Name) e uma breve descrio de seu contedo

    (Description). As informaes dentro do Dataset da mensagem

    GOOSE representam as vias desse cabo virtual com

    informaes de estados e medies analgicas.

  • 7

    Fig. 18. Programao mensagem GOOSE

    A configurao de LANs Virtuais (VLAN ID)

    analogamente representada por uma bandeja de cabos virtuais

    GOOSE, que permite que switches direcionem o cabo virtual

    somente para as portas habilitadas com os IEDs que utilizaro

    informaes contidas nele.

    Fig. 19. Analogia Cabo x GOOSE

    Seguindo esse conceito, uma ferramenta de fundamental

    importncia para a documentao de projetos em IEC 61850

    a Lista de Pontos Recebidos via GOOSE - Goose Receive

    Point List. Esta lista documenta todo o projeto de fiao

    virtual entre os IEDs de proteo e controle da Subestao,

    substituindo o tradicional diagrama de fiao convencional.

    Esta ferramenta permite identificar a bandeja de cabo

    VLAN ID e quais os cabos virtuais GOOSE presentes nela.

    Alm disso, identifica as informaes publicadas por IED em

    cada cabo virtual GOOSE e para quais IEDs estas informaes

    esto sendo fiadas, identificando a entrada virtual utilizada

    para esse fim. Essa lista pode ser impressa ou salva e constitui

    um documento importante para o projeto em IEC 61850.

    Fig. 20. Lista de Pontos Digitais

    VI. CONCLUSES E RESULTADOS

    A norma IEC 61850 tornou-se um mtodo eficiente de

    comunicao entre IEDs, possibilitando a transmisso de

    informaes de estados, medies e protees entre IEDs.

    O estudo da arquitetura de comunicao utilizada entre os

    IEDs deve ser feito levando em considerao a confiabilidade

    e disponibilidade da rede, aliado ao custo/beneficio.

    Requisitos mnimos de confiabilidade devem ser levados

    em considerao em aplicaes em tempo real. As possveis

    falhas de comunicao necessitam ser tratadas e monitoradas

    pelos IEDs para executar bloqueios e/ou mudar esquemas de

    proteo/automao para impedir atuaes incorretas. Alm

    de gerar alarmes na IHM indicando falha na comunicao

    horizontal, possibilitando executar manuteno preventiva.

    VII. REFERNCIAS

    [1] S. Kimura, A. Rotta, R. Abboud, R. Moraes, E. Zanirato,

    and J. Bahia, Applying IEC 61850 to Real Life:

    Modernization Project for 30 Electrical Substations,

    proceedings of the 10th Annual Western Power Delivery

    Automation Conference, Spokane, WA, April 2008.