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INFORMAÇÃO DE MEDICAMENTOS Aurora Simón Farmácia Hospitalar – 2011/12

Aurora Simón Farmácia Hospitalar – 2011/12. Aumento do número de fármacos Crescimento do número de publicações científicas Complexidade da terapêutica

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INFORMAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Aurora Simón

Farmácia Hospitalar – 2011/12

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Aumento do número de fármacos

Crescimento do número de publicações científicas

Complexidade da terapêutica

Primeiros Centros - EUA

Necessidade de Centros de Informação de Medicamentos

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NECESSIDADE DE CENTROS DE INFORMAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Factores adicionais:

• Falta de objectividade de algumas publicações• Medicamentos novos – dificuldade de obter informação• Diferente nomenclatura• Promoção comercial intensa• Custos da terapêutica• Custos de acesso às fontes de informação• Tempo necessário para pesquisa e análise da informação• Alterações da prática da farmácia – Farmácia Clínica / Cuidados

Farmacêuticos

Medicamentos – benefícios/riscos

A pesquisa da informação é complexa; necessários conhecimentos específicos e habilidades na avaliação

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INFORMAÇÃO

“Conjunto de conhecimentos e técnicas que permite a comunicação de dados e experiências sobre o medicamento para promover o seu uso racional”. (Garcia G, Alberola C. Ver AEFH 1984; 4: 5-18)

“Qualquer classe de conhecimento ou mensagem que pode ser utilizado para melhorar ou possibilitar uma intervenção”. (Castillo P. Med Clin 1992; 99: 305-09)

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ATRIBUTOS DA INFORMAÇÃO SOBRE MEDICAMENTOS

Acessível Capacidade de obter a informação no momento necessário.

Fiável Confiança quanto à veracidade do conteúdo da informação.

Completa Sem omissões de informação (portanto, actualizada).

Aplicável Deve ser útil para a toma de decisões que motivou a sua busca.

(Fernadez-Llimós F. Pharm Care Esp 1999; 1: 90-96)

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CENTRO DE INFORMAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Proporciona informação objectiva, actualizada e disponibilizada em tempo útil, mediante um uso adequado das fontes de informação necessárias.

O objectivo é a realização de uma terapêutica racional. A informação de medicamentos é indispensável para o uso seguro dos fármacos.

Não é uma biblioteca.

Informação avaliada, clinicamente orientada e imparcial.

Procedimentos normalizados de trabalho e pessoal especializado.

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OBJECTIVOS DOS CENTROS DE INFORMAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Proporcionar informação especializada e independente

Estimular o uso eficaz das fontes de informação e a demanda de informação

Contribuir à definição de políticas sobre medicamentos

Promover a actualização de conhecimentos de farmacêuticos e outros profissionais de saúde. Apoiar o farmacêutico.Melhoria dos cuidados ao doente

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TIPOS DE FONTES DE INFORMAÇÃO QUANTO À PRODUÇÃO DA INFORMAÇÃO

Classificação tradicional

Fontes primárias

Estudos de investigação originais.

Informação actualizada. Necessária avaliação crítica (metodologia, conclusões…).

Fontes secundárias

Sistemas de indexação e/ou resumo da literatura primária.

Recolha de referências de artigos de revisão e de investigação. Permitem acesso às primárias.

Fontes terciárias

Livros de referência, compêndios (Martindale, Goodman, Drug Information) Bases de dados a texto completo (Micromedex®)

Condensação de factos básicos, publicados na literatura. Rápido acesso à informação. Menos actualizadas.

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TIPOS DE INFORMAÇÃO QUANTO À PRODUÇÃO DA INFORMAÇÃO

*Evid Based Med 2006; 11(6): 162-4

Sistema de ajuda na tomada de decisões

Resumo colectivo de estudos sobre um tema

(fonte ex. Clinical evidence, Uptodate) Resumos estruturados de artigos originais

(fonte ex. ACP Journal Club) Revisões sistemáticas/meta-análises(fonte ex. Cochrane Database of Systematic Reviews) Estudos originais

(fonte ex. PubMed)

Fontes de informação biomédica - Modelo de Haynes

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TIPOS DE FONTES DE INFORMAÇÃO QUANTO AO MEIO DE TRANSMISSÃO

Impressas (suporte papel)

Suporte electrónico (online, CD-ROM)

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TIPOS DE FONTES DE INFORMAÇÃO QUANTO AO EDITOR

Oficiais Resumo das Características do Medicamento (RCM) e folheto informativo (FI);

Independentes Livros e compêndios;

Associadas à indústria farmacêutica (comerciais) Monografias do produto, publicidade.

Fontes científicas/profissionais ≠ Fontes comerciais

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TIPOS DE FONTES DE INFORMAÇÃO QUANTO À LOCALIZAÇÃO PARA O UTILIZADOR

Fontes internas;

Fontes externas (outras fontes de informação) Centros de informação de medicamentos, CIAV, indústria farmacêutica, organizações profissionais, consulta de especialistas, etc.

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INTERNET

Informação nem sempre de qualidade / Excesso de informação

Necessário sistematizar a pesquisa e avaliar a qualidade da informação: considerar a procedência, vigência, confidencialidade e acessibilidade.

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INTERNET

Fontes bibliográficas individuais (livros, revistas

cientificas, boletins sobre medicamentos, etc.)

Páginas Web (sociedades científicas, médicas ou farmacêuticas; laboratórios; organismos oficiais; associações profissionais; agências de avaliação de medicamentos; editoras).

Bibliotecas virtuais, portais e directórios de saúde (Medscape, National Library of Medicine, Biblioteca Virtual em Saúde, The National Electronic Library for Medicines)

Bases de dados sobre medicamentos (Infomed, Medscape Drug Info)

Recursos sobre MBE: Sinopses (Clinical Evidence, DynaMed); Revisões sistemáticas (Cochrane Library); Normas de orientação clínica (National Guideline Clearinghouse, NICE); Metabuscadores (TripDatabase, SUMSearch)

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ALGUNS SISTEMAS DE RECUPERAÇÃO DA INFORMAÇÃO

Bases de dados (índices bibliográficos):

Medline (National Library of Medicine) 5.000 revistas biomédicas 300.000 ref. anuais (metade com “Abstract”) Consulta gratuita: Internet (PubMed) “Medical Subject Heading” (índice de termos) “Clinical Queries” Outras bases de dados da NLM: Premedline, Aidsline,

Toxline…

International Pharmaceutical Abstracts (IPA) - ASHP 800 revistas

Desenvolvimento e uso de medicamentos, prática farmacêutica.

Resumos elaborados pela fonte.

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ALGUNS SISTEMAS DE RECUPERAÇÃO DA INFORMAÇÃO

EMBASE (versão electrónica de Excerta Médica-Elsevier)

Cerca de 5000 revistas70 paísesMais revistas europeias

IOWA Drug Information Service (IDIS)Índices+ Artigo Original 180 Revistas sobre terapêutica

Índice de Revistas Médicas Portuguesas Inpharma/Reactions

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SELECÇÃO / AVALIAÇÃO DE FONTE BIBLIOGRÁFICAS Adaptadas às necessidades e recursos/ Ter em conta o que já existe

Livros: Data da edição Editora Actualidade da bibliografia da nova edição Um só autor? Colaboração de vários especialistas? Informação rapidamente acessível?

Sistemas de recuperação de informação: Cobertura temática e temporal, nº de publicações, material seleccionado Tempo de espera Indexação: facilidade de recuperação (Vocabulário) Resumo ou só bibliografia?

Publicações periódicas: Existe comissão de redacção? Condições para publicação (normas, avaliação externa – “Peer Review”) Conteúdo, periodicidade, finalidade Quem edita? Indexação em sistemas secundários?

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Ensaio aleatorizado e controlado

- Os resultados do estudo são válidos?- Quais são os resultados? São importantes?- São aplicáveis ao doente?

- Estão os objectivos bem definidos?- Ensaio adequadamente planeado? Metodologia correcta?- A análise estatística é adequada?- A conclusão está de acordo com os resultados?

Artigos de revisão/Revisões sistemáticas/Meta-análises/Avaliação económica

AVALIAÇÃO DE FONTES BIBLIOGRÁFICAS

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LEITURA CRÍTICA DA LITERATURA CIENTÍFICA

Actualmente, existe aumento da demanda de informação.O excesso de informação dificulta a diferenciação das fontes de qualidade.

As decisões terapêuticas devem basear-se nas provas científicas

Selecção de informação válida

Métodos da “Medicina baseada na evidência” Ajuda na interpretação de estudos clínicos e na sua extrapolação à prática Estudos aleatorizados controlados, revisões sistemáticas e meta-análises Efectuar deduções correctas a partir de factos, interpretar a informação em função do nível de provas.

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O FARMACÊUTICO ESPECIALISTA EM INFORMAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Capaz de avaliar e interpretar a informação, situá-la numa perspectiva clínica e comunicá-la eficazmente.

Formação nas técnicas especificas da informação. No hospital, dedicação completa ou parcial.

Conhecer: · Fontes de informação · Avaliação da qualidade da informação · Técnicas de comunicação · Medicamentos, fisiopatologia, terminologia médica · Informática e InternetCapacidade de selecção, espírito crítico, prática.

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TIPOS DE CENTROS DE INFORMAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Hospital

Cuidados primários

Organizações profissionais

Indústria farmacêutica

Organizações sanitárias

Centros locais Centros regionais Centros nacionais

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TIPOS DE INFORMAÇÃO

Passiva– Resposta a consultas. Resolução de PRM individuais. Activa – Iniciativa de informar depois de detectada uma carência:

Publicações Recomendações para uso racional dos medicamentos Actividades educativas Programas de formação contínua

Actividades básicas - Elaboração de Normas Terapêuticas, Fichas sobre medicamentos, Boletins informativos…

Actividades assistenciais - Resposta a consultas, programas de informação ao doente, de farmacovigilância.

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PRINCIPAIS ACTIVIDADES DOS CENTROS DE INFORMAÇÃO DE MEDICAMENTOS NO HOSPITAL

Resposta a consultas

Elaboração e manutenção do Formulário hospitalar

Informação às Comissões ou para Utilização Especial de

Medicamentos

Edição de Boletim informativo sobre medicamentos

Elaboração de fichas farmacoterapêuticas sobre novos

medicamentos

Elaboração de Guias de Administração de Medicamentos

Colaboração na elaboração de Normas de Prática Clínica

Informação e formação continuada ao Serviço de

Farmácia

Informação a outros profissionais de saúde

Programas de informação ao doente internado e ao

doente externo

Colaboração em programas de farmacovigilância

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RESPOSTA A CONSULTAS

Protocolo de resposta:

Recepção da consulta – Obtenção de dados do consultante

– Obtenção de dados de consulta – Identificação completa do problema

Pesquisa sistemática – Recolha e avaliação crítica dos dados

Elaboração e comunicação da resposta – Acompanhamento

Arquivo e controle de qualidade

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RESPOSTA

Deve constar de:

- Exame da literatura

- Comentários de avaliação

- Conclusões

Resposta exacta, actualizada, baseada na evidência científica e na avaliação da documentação

Alguns Centros de Informaçao estabelecem um mínimo de fontes a consultar e algoritmos de resolução para determinados tipos de consultas

Adaptar a resposta às necessidades da instituição e do consultante

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BOLETINS INDEPENDENTES SOBRE MEDICAMENTOS

“Publicações periódicas que têm como objectivo fomentar uma farmacoterapia racional, através de trabalhos de revisão em que ressaltem os factores de eficácia, segurança e custo da utilização de medicamentos”

- Aspecto atractivo- Linguagem clara- Periodicidade- Independência- Conselho editorial- Normas de publicação

Possiveis temas :Consultas frequentes, problemas com o uso de medicamentos detectados no hospital, protocolos de utilização de medicamentos, novos medicamentos aprovados pela CTF.

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OUTRAS ACTIVIDADES DE INFORMAÇÃO ACTIVA

• Folhetos, fichas de medicamentos ou brochuras de informação para o doente

Outras publicações

• Informação ao doente internado – Polimedicados, margem terapêutica estreita, posologia complexa.

• Informação ao doente que vai ter alta – Entrevista/ Idosos, polimedicados,etc.

• Informação a doentes externos – Dispensa em ambulatório/Hospital de dia, unidade da dor, consultas externas.

Informação ao doente (Considerar os objectivos do programa e tipo de doentes)

• Informação no Serviço de Farmácia - novos medicamentos, bibliografia, formação continuada.

• Campanhas de educação sanitária• Formação de farmacêuticos em estágio

Formação

• Comissão de Farmácia e Terapêutica, de Ética, de Nutrição Clínica, de Infecções …

Informação para as Comisões