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AUTOMÓVEIS www.odebateon.com.br Macaé (RJ), quarta-feira, 25 de junho de 2014, Ano XXXIX, Nº 8431 Fundador/Diretor: Oscar Pires O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Mania de grandeza Fiat reposiciona o sedã Linea na linha 2015 e usa versão Absolute para ganhar imagem mais sofisticada A Fiat decidiu reposicionar o seu sedã Linea 2015 no mercado. O modelo, lan- çado em 2008, foi planejado para disputar espaço entre os sedãs médios. Mas nunca che- gou a fazer frente, de fato, aos concorrentes desta categoria. A plataforma, a mesma do compac- to Punto, gera um espaço inter- no coerente com o de modelos menores. Mesmo que seu entre- eixos, de 2,60 metros, fosse seme- lhante ao de alguns automóveis da época – caso do antigo Toyota Corolla. Mas ocorre que todos os sedãs todos cresceram – hoje têm 2,70 m de entre-eixos – e o Linea ficou evidentemente para trás. Com isso, a marca italiana ado- tou uma nova estratégia: prepa- rou o carro para “brigar” contra os compactos superiores, vistos como premium no Brasil. Para formar esta imagem, a versão de topo Absolute é fundamental, mesmo que responda por apenas 20% dos emplacamentos. Esteticamente, o carro tem mudanças sutis em relação à li- nha 2014, mas que fazem diferen- ça. Ganhou novos para-choques, faróis de neblina redesenhados, grade frontal, rodas de liga leve e tampa do porta-malas. A grade se modernizou com as barras hori- zontais cromadas. Aliadas ao “V” também cromado inserido no para-choque dianteiro, transmi- tem certa sofisticação à frente do carro. Na traseira, o para-choque foi reformulado e, agora, passa a impressão de se tratar de um veículo maior e mais robusto. A tampa do porta-malas redese- nhada incorpora o porta-placa e destaca a grafia “Linea” de seu puxador cromado. PÁG. 8 A linha 2015 do Linea Absolute alia requinte e charme à cabine do sedã. O contraste do bege com o preto dos materiais, a presença do acabamento metalizado em cobre na porta e o contorno em leds que envolve o painel à noite chamam a atenção Visualmente, ela é parecida com a naked N. Mas traz alguns detalhes que a diferenciam, como o número seis em destaque na parte carenada Segundo dados do Conpet, instituto que mede a eficiência dos motores, o novo T5 Drive-E é 27% mais econômico no ciclo estrada e gasta 16% a menos no ciclo urbano que o T5 anterior Volvo: força interior MOTOMUNDO AUTOPERFIL Fator de atração Com a edição especial SP, linha 2015 da XJ6 engrossa vendas da Yamaha no segmento de 600 cilindradas Volvo lança motores T5 Drive-E para os modelos S60, V60 e XC60, com câmbio de oito marchas PÁG. 6 A Yamaha é a segunda fa- bricante que mais vende motocicletas no Brasil – só perde para a compatriota Honda. Mas, nos últimos meses, a marca do diapasão fez “chover” no segmento de 600 cc. Até maio, a linha XJ6 emplacou 1.782 uni- dades – destaques para os meses de março, com 489 vendas, e abril, com 473. Esses resultados fizeram a diferença para a “into- cável” gama 600 da Honda – que conta com a best-seller CB600 F Hornet e a CBR 600F – ficar em apenas 103 motos até o final de maio. Em termos de comparação, no acumulado dos cinco primei- ros meses de 2013, esse número estava em 549 modelos. PÁG. 11 FOTOS DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO O couro que reveste parcialmente os assentos, portas e volante tem um toque agradável e imperfeições do asfalto quase não são sentidas pelos ocupantes

Automóveis 25 06 14

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AUTOMÓVEISwww.odebateon.com.br Macaé (RJ), quarta-feira, 25 de junho de 2014, Ano XXXIX, Nº 8431 Fundador/Diretor: Oscar Pires

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ

Mania de grandezaFiat reposiciona o sedã Linea na linha 2015 e usa versão Absolute para ganhar imagem mais sofisticada

A Fiat decidiu reposicionar o seu sedã Linea 2015 no mercado. O modelo, lan-

çado em 2008, foi planejado para disputar espaço entre os sedãs médios. Mas nunca che-gou a fazer frente, de fato, aos concorrentes desta categoria. A plataforma, a mesma do compac-to Punto, gera um espaço inter-no coerente com o de modelos menores. Mesmo que seu entre-eixos, de 2,60 metros, fosse seme-lhante ao de alguns automóveis da época – caso do antigo Toyota Corolla. Mas ocorre que todos os

sedãs todos cresceram – hoje têm 2,70 m de entre-eixos – e o Linea ficou evidentemente para trás. Com isso, a marca italiana ado-tou uma nova estratégia: prepa-rou o carro para “brigar” contra os compactos superiores, vistos como premium no Brasil. Para formar esta imagem, a versão de topo Absolute é fundamental, mesmo que responda por apenas 20% dos emplacamentos.

Esteticamente, o carro tem mudanças sutis em relação à li-nha 2014, mas que fazem diferen-ça. Ganhou novos para-choques,

faróis de neblina redesenhados, grade frontal, rodas de liga leve e tampa do porta-malas. A grade se modernizou com as barras hori-zontais cromadas. Aliadas ao “V” também cromado inserido no para-choque dianteiro, transmi-tem certa sofisticação à frente do carro. Na traseira, o para-choque foi reformulado e, agora, passa a impressão de se tratar de um veículo maior e mais robusto. A tampa do porta-malas redese-nhada incorpora o porta-placa e destaca a grafia “Linea” de seu puxador cromado. PÁG. 8

A linha 2015 do Linea Absolute alia requinte e charme à cabine do sedã. O contraste do bege com o preto dos materiais, a presença do acabamento metalizado em cobre na porta e o contorno em leds que envolve o painel à noite chamam a atenção

Visualmente, ela é parecida com a naked N. Mas traz alguns detalhes que a diferenciam, como o número seis em destaque na parte carenada

Segundo dados do Conpet, instituto que mede a eficiência dos motores, o novo T5 Drive-E é 27% mais econômico no ciclo estrada e gasta 16% a menos no ciclo urbano que o T5 anterior

Volvo: força interior

MOTOMUNDO AUTOPERFIL

Fator de atraçãoCom a edição especial SP, linha 2015 da XJ6 engrossa vendas da Yamaha no segmento de 600 cilindradas

Volvo lança motores T5 Drive-E para os modelos S60, V60 e XC60, com câmbio de oito marchas PÁG. 6

A Yamaha é a segunda fa-bricante que mais vende motocicletas no Brasil

– só perde para a compatriota Honda. Mas, nos últimos meses, a marca do diapasão fez “chover” no segmento de 600 cc. Até maio, a linha XJ6 emplacou 1.782 uni-dades – destaques para os meses de março, com 489 vendas, e abril, com 473. Esses resultados fizeram a diferença para a “into-cável” gama 600 da Honda – que conta com a best-seller CB600 F Hornet e a CBR 600F – ficar em apenas 103 motos até o final de maio. Em termos de comparação, no acumulado dos cinco primei-ros meses de 2013, esse número estava em 549 modelos. PÁG. 11

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O couro que reveste parcialmente os assentos, portas e volante tem um toque agradável e imperfeições do asfalto quase não são sentidas pelos ocupantes

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 AUTOMÓVEIS Macaé, quarta-feira, 25 de junho de 2014

AUTOTAL por LUIZ FERNANDO LOVIK

Letras mágicas

Estética alinhada

A Audi passou a importar para o Brasil uma versão do utilitário esportivo Q3 que é muito mais esportivo do que utilitário. O RS Q3 é primei-ro SUV da marca a receber o tratamento “RS”, o mais agressivo da marca alemã. E a boa dose esportividade co-meça no visual, com a grande grade em formato de colmeia e generosas tomadas de ar e detalhes prateados. Outro belo toque são as rodas de 19 polegadas e as saídas ovais do escapamento para maxi-mizar o “ronco” do motor.

Uma nova geração da Nissan Frontier foi apresentada na Tai-lândia, onde a picape começa a ser vendida ainda em 2014, assim como no Japão, com o nome de Navara. O modelo recebeu a atual identidade visual da marca japo-nesa, batizada de “V-Motion”, com vários detalhes cromados na grade frontal. Entre as novidades, estão luzes de led diurnas, repetidores de seta nos retrovisores e duas novas opções de cor: um tom de marrom e outro dourado.

Sob o capô, a picape pode rece-ber dois motores de quatro cilin-

Esse, por sua vez, é um pro-pulsor de um cinco cilindros 2.5 litros turbinado – o mes-mo do TT-RS. Ele é capaz de gerar 310 cv de potência e 42,8 kgfm de torque. Com tais credenciais, o modelo acelera de zero a 100 km/h em apenas 5,2 segundos. A força é gerenciada pela transmissão automatizada S-Tronic de sete velocidade e duas embreagens e transfe-rida para as quatro rodas por meio do sistema de tração in-tegral Quattro. O preço é de R$ 273.600.

dros e 2.5 litros. Um é turbodiesel e capaz de atingir 163 cv e 41,1 kgfm de torque ou 190 cv e 45,9 kgfm de tor-que. Já o outro é abastecido com ga-solina e rende 165 cv e 25,5 kgfm de torque. Completam o trem de força um câmbio que pode ser manual de seis marchas ou automático de sete velocidades. Essa geração está previs-ta para chegar ao Brasil em meados do ano que vem, sendo produzida em São José dos Pinhais, no Paraná, na fábri-ca da Renault. Mas a picape deve apa-recer em solo brasileiro já no próximo Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, em outubro próximo.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 AUTOMÓVEIS Macaé, quarta-feira, 25 de junho de 2014

No universo dos automó-veis, a estrela da Merce-des-Benz sempre apon-

tou o caminho do requinte. Na linha de caminhões, porém, a marca se destacou pela preci-são de construção e robustez de seus veículos. Mas isso vem mudando de uns anos para cá. A engenharia refinada e o pa-drão construtivo continuam lá, mas agora, e cada vez mais, o mercado de carga valoriza o conforto e o luxo dos modelos. Não é um consumo irracional de tecnologia. A eletrônica apli-

cada aos caminhões faz parte de uma equação que maximiza o lucro. Estes novos recursos vi-sam impedir erros na operação, reduzir os custos de manuten-ção e melhorar a economia de combustível. Junto disso, o au-mento do conforto do motorista reduz a fadiga no trabalho, o que melhora a produtividade. Itens como cabine com cama dupla, assentos e cabine com suspen-são, já presentes no extrapesado Actros, agora chegam também ao pesado Axor e no semipesado Atego. A versão topo do semipe-

sado Atego, 2430, e a linha Axor ainda têm um requinte a mais: o opcional do câmbio automa-tizado PowerShift. Além disso, Axor, Actros e Atego 2430 re-ceberam melhorias no eixo tra-seiro, sempre em busca de uma performance otimizada.

O objetivo explícito da em-presa é retomar a liderança ge-ral entre caminhões, perdida há mais de uma década para a Volkswagen. Mas o caminho que a montadora busca não é tão óbvio. Em vez de criar produtos de menor custo, que pudessem

aumentar imediatamente as vendas, a Mercedes optou pela sofisticação. Inclusive porque a iminência da chegada de fabri-cantes chinesas, que têm cami-nhões mais baratos, dificultaria esta estratégia.. A ideia é ampliar o prestígio de seus produtos e tornar a marca mais desejada, mesmo caminho adotado no segmento de semipesados e pe-sados por Volvo e Scania.

A Mercedes batizou o pro-cesso de modernização de sua linha com o nome de Econfort – para representar as ideias de

economia, conforto e força/de-sempenho. No total, foram im-plementadas nada menos que 40 novidades, desde a colocação de um cabide novo na cabine até a adoção de eixos sem redução nos cubos. Nessa linha, a mar-ca promete, por exemplo, uma economia de até 6% e redução de custos de manutenção com a aplicação do câmbio PowerShift.

A transmissão automatizada tem recursos como EcoRoll, que é uma espécie de “bangue-la controlada”. Há ainda uma programação específica para

situações que exigem força, a Power, e outra para facilitar as movimentações mais delicadas e lentas, chamada apropriada-mente de Manobra. Pelas van-tagem alardeadas pela monta-dora, o custo de R$ 5 mil para o câmbio não chega a ser alto. Ainda mais diante dos valo-res. O semipesado Atego 2430 custa R$ 235 mil. Já o pesado/extrapesado Axor começa em R$ 244 mil e vai a R$ 405 mil, dependendo da configuração. Já o extrapesado Actros sai por R$ 335 mil.

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A Mercedes batizou o processo de modernização de sua linha com o nome de Econfort – para representar as ideias de economia, conforto e força/desempenho

TRANSMUNDO

Luxo em estado brutoMercedes sofistica a linha de semipesados Atego e aposta no fascínio da estrela

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 AUTOMÓVEIS Macaé, quarta-feira, 25 de junho de 2014

Enquanto as fabricantes de carros de luxo alemãs Mercedes-Benz, BMW e

Audi cuidam da instalação de suas novas unidades industriais brasileiras, a Volvo – controlada desde 2010 pela chinesa Geely –, não tem planos de se instalar por aqui. Mas a marca sueca não está parada. Trata de tornar mais competitivos seus produ-tos, estrategicamente posicio-nados na base do segmento de luxo. Agora, resolveu aprimorar a linha 60, que inclui o sedã S60, a perua V60 e o crossover XC60 – esse último é responsável por dois em cada três Volvo empla-cados no Brasil. Os três recebe-ram, em suas versões básicas, a nova motorização T5 Drive-E, 2.0 litros turbo de quatro cilin-dros com injeção direta e 245 cv, que atua conjugada ao novo câmbio automático Geartronic de 8 marchas. As versões mais caras dos modelos continuam equipadas com os mesmos motores T6, um 3.0 litros tur-bo com seis cilindros e 304 cv, com câmbio automático de seis velocidades.

Ou seja, a novidade atinge exatamente as versões da linha

Segundo dados do Conpet, instituto que mede a eficiência dos motores, o novo T5 Drive-E é 27% mais econômico no ciclo estrada e gasta 16% a menos no ciclo urbano que o T5 anterior

60 com preços mais competiti-vos – e, por isso mesmo, as mais vendidas. As configurações bá-sicas de S60, V60 e XC60 agora compartilham o novo motor T5 2.0 turbo, desenvolvido pela própria Volvo, que ficou mais compacto e passou por uma “dieta” – está 22 kg mais leve que o anterior, que era de origem Ford. Segundo a marca, o bloco do motor Drive-E per-mite sua utilização em diversas configurações de potência e até de combustível – na Europa, é adotado também em versões diesel. Apesar do “downsizing”, o novo T5 a gasolina que está sendo lançado no Brasil apre-senta evoluções em termos de potência e torque. Agora são 245 cv – antes eram 240 cv – entregues a 5.500 giros e 35,7 kgfm – contra 32,6 kgfm – dis-poníveis na ampla faixa entre 1.400 e 4.800 rotações.

Além do ganho de força, a redução de consumo foi outro foco da reengenharia promovi-da no motor T5. A engenharia da Volvo afirma que os atritos nos pistões foram reduzidos em 50% se comparados ao mo-delo anterior. A eficiência na

combustão também foi incre-mentada e o motor passou a ter aquecimento mais rápido nas partidas, o que também colabo-ra para a redução no consumo de combustível. A função Eco+ otimiza as trocas de marchas e as respostas do acelerador, além de gerenciar de forma mais econômica a climatização. O já conhecido Start/Stop, que

AUTOPERFIL

Volvo: força interiorVolvo lança motores T5 Drive-E para os modelos S60, V60 e XC60, com câmbio de oito marchas

desliga o motor quando o carro está parado, também contribui nesse aspecto.

Mas, em termos de economia, a grande novidade do trem de força é o câmbio automático Geartronic de 8 velocidades, produzido pela japonesa Aisin. A nova caixa substitui a antiga automatizada de seis marchas com dupla embreagem que an-

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2.0 turbonova motorização T5 Drive-E

245 cvde potência máxima

8 marchasnovo câmbio automático Geartronic

NÚMEROS

tes acompanhava os motores T5 e incorpora modernidades como o Sistema Redutor de Perdas. Ela conta com a fun-ção Eco-Coast, que desacopla a transmissão quando o moto-rista alivia o pé do acelerador e aproveita o movimento inercial do veículo para poupar com-bustível. Segundo dados do Conpet, instituto que mede a eficiência dos motores, o novo T5 Drive-E é 27% mais econô-mico no ciclo estrada e gasta 16% a menos no ciclo urbano que o T5 anterior. O instituto constatou 8 km/litro na cidade e 11,1 km/litro na estrada.

Mas nem só com economia de combustível que se conquis-ta os consumidores de modelos de luxo. É preciso também exi-bir vigor. E novo trem de força também dá sua contribuição nesse aspecto. O controle de tração otimizado permite um leve destracionamento na ar-rancada inicial e, combinado com o sistema Controle da Largada, inédito nos mode-los Volvo, busca proporcionar acelerações vigorosas, quando o carro parte da imobilidade. Agora o zero a 100 km/h de um

XC60 T5 Drive-E pode ser fei-to em 7,2 segundos, enquanto o modelo com o T5 anterior le-vava 8,1 segundos para atingir a mesma velocidade.

Os preços da linha 60 com motor T5 Drive-E já foram de-finidos pela Volvo.. O sedã S60 R-Design sai por R$ 157.950 e a wagon V60 R-Design custa R$ 162.950. O crossover XC60 tem duas versões com esse motor: a Dynamic sai pelo mesmo preço da V60 R-Design – ou seja, R$ 162.950 – e a R-Design é a mais cara com esse motor. Já está sendo oferecida por R$ 193.950 nas 26 concessionárias brasilei-ras da Volvo.

Além do ganho de força, a redução de consumo foi outro foco da reengenharia promovida no motor T5

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 AUTOMÓVEIS Macaé, quarta-feira, 25 de junho de 2014

TESTE

Mania de grandezaFiat reposiciona o sedã Linea na linha 2015 e usa versão Absolute para ganhar imagem mais sofisticadapor Márcio MaioAuto Press

A Fiat decidiu reposicio-nar o seu sedã Linea 2015 no mercado. O modelo,

lançado em 2008, foi planeja-do para disputar espaço entre os sedãs médios. Mas nunca chegou a fazer frente, de fato, aos concorrentes desta catego-ria. A plataforma, a mesma do compacto Punto, gera um es-paço interno coerente com o de modelos menores. Mesmo que seu entre-eixos, de 2,60 metros, fosse semelhante ao de alguns automóveis da época – caso do antigo Toyota Corolla. Mas ocorre que todos os sedãs todos cresceram – hoje têm 2,70 m de entre-eixos – e o Linea ficou evidentemente para trás. Com isso, a marca italiana adotou uma nova estratégia: preparou o carro para “brigar” contra os compactos superiores, vistos como premium no Brasil. Para formar esta imagem, a versão de topo Absolute é fundamental, mesmo que responda por ape-nas 20% dos emplacamentos.

Esteticamente, o carro tem mudanças sutis em relação à linha 2014, mas que fazem di-ferença. Ganhou novos para-choques, faróis de neblina rede-senhados, grade frontal, rodas de liga leve e tampa do porta-malas. A grade se modernizou com as barras horizontais cromadas. Aliadas ao “V” também cro-mado inserido no para-choque dianteiro, transmitem certa sofisticação à frente do carro. Na traseira, o para-choque foi reformulado e, agora, passa a impressão de se tratar de um veículo maior e mais robusto. A tampa do porta-malas redese-nhada incorpora o porta-placa e destaca a grafia “Linea” de seu puxador cromado.

Mas é por dentro que se notam as principais alterações. O painel frontal é todo novo, importado do Punto, e, na versão Absolute, chega na composição de cores bege e preto. No painel, a parte inferior é em plástico bege. Mes-mo tom usado no revestimento em couro de parte das portas. Ali também há friso na cor cobre e maçanetas em preto brilhante. Os bancos têm revestimento par-cial de couro com costuras bege e logomarca micro perfurada. O

FICHA TÉCNICA

Fiat Linea Absolute● MOTOR: Gasolina e etanol,

dianteiro, transversal, 1.747 cm3, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro e comando simples no cabeçote. Injeção eletrônica multiponto e acelerador eletrônico.

● TRANSMISSÃO: Câmbio automatizado com cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Não oferece controle de tração.

● POTÊNCIA: 130 cv com gasolina e 132 cv com etanol a 5.250 rpm.

● TORQUE máximo: 18,4 kgfm com gasolina e 18,9 kgfm com etanol a 4.500 rpm.

● ACELERAÇÃO 0-100 km/h: 10,3 segundos com gasolina e 9,9 s com etanol.

● VELOCIDADE máxima: 190 km/h com gasolina e 192 km/h com etanol.

● DIÂMETRO e curso: 80,5 mm x 85,8 mm. Taxa de compressão: 11,2:1.

1.8 16vO motor é sempre o 1.8 16V flex

132 cvPotência máxima com etanol

19,9 kgfmTorque máximo com etanol

NÚMEROS

A linha 2015 do Linea Absolute alia requinte e charme à cabine do sedã. O contraste do bege com o preto dos materiais, a presença do acabamento metalizado em cobre na porta e o contorno em leds que envolve o painel à noite chamam a atenção

FOTOS DIVULGAÇÃO

novo quadro de instrumentos tem iluminação branca, assim como os comandos dos vidros elétricos, rádio e de ar-condicio-nado. E uma luz guia em leds cria uma sutil borda iluminada no painel frontal e nas portas, que é percebida apenas à noite.

O motor é sempre o 1.8 16V de 130/132 cv e torque de 18,4/18,9 kgfm com gasolina/etanol no tanque. O trem de força é com-pletado pela transmissão auto-matizada de cinco marchas, com possibilidade de trocas manuais a partir de aletas no volante. Na versão Essence, a transmissão é apenas manual. A lista de itens de série do Linea Absolute é extensa. Já sai de fábrica com volante multifuncional em cou-ro, sinalização de frenagem de emergência, regulagem elétrica dos faróis, computador de bordo, faróis de neblina, banco traseiro bipartido, ar-condicionado auto-mático digital com saída para os ocupantes traseiros, computador de bordo, controlador de cruzei-ro, vidros, travas e retrovisores elétricos, direção hidráulica, chave canivete com telecoman-do, sensores traseiros de estacio-namento com visualizador grá-fico e sistema de áudio baseado no Windows Mobile, operado

O Linea é um carro com visual um tanto quanto comportado.. Sem contar que suas formas mudaram muito pouco desde que foi lançado

por comandos de voz, com por-ta USB e Bluetooth. O preço é de R$ 66.450.

Como opcionais, ainda é pos-

PONTO A PONTO

● DESEMPENHO – O motor 1.8 16V de 132 cv tem um comportamento di-nâmico bem interessante. Responde rapidamente às pisadas no acelera-dor, mesmo em giros mais baixos – o torque máximo de 18,4/18,9 kgfm com gasolina/etanol no tanque só aparece às 4.500 rpm, mas a faixa de trabalho é razoavelmente plana. O Li-nea se mostra valente em retomadas e trechos de subida. Mesmo quando carrega quatro passageiros. Nota 8.

● ESTABILIDADE – Como a maior parte dos sedãs, o Linea tem a sus-pensão ajustada para proporcionar conforto aos passageiros, mas man-tém também um bom compromisso com a estabilidade. Além de absorver bem os impactos causados pelos bu-racos típicos das ruas brasileiras, se mantém com as quatro rodas fincadas ao chão. Há rolagens na carroceria à medida em que as curvas são feitas em velocidades maiores, mas em nenhum momento o modelo ameaça

ignorar os comandos do motorista. Nota 8.

● INTERATIVIDADE – O Linea Ab-solute tem todos os comandos em lugares previsíveis. O som tem bo-tões em excesso, mas as principais funções são acessadas a partir do eficiente volante multifuncional. E o câmbio dualogic de cinco marchas conta com paddle-shifts para trocas manuais, o que aumenta a diversão de quem prefere dirigir com mais controle sobre a transmissão. Nota 8.

● CONSUMO – O Fiat Linea não par-ticipou do Programa de Etiquetagem do InMetro. Durante a avaliação, o modelo registrou média de 6,9 km/l na cidade, abastecido com gasolina. Nota 6.

● CONFORTO – O couro que reveste parcialmente os assentos, portas e volante tem um toque agradável e imperfeições do asfalto quase não são sentidas pelos ocupantes. O iso-lamento acústico é bom. O espaço

interno não é dos mais generosos. O entre-eixos de 2,60 metros não permite que os ocupantes traseiros desfrutem de muita folga. Nota 7.

● TECNOLOGIA – A configuração Ab-solute sai de fábrica com volante mul-tifuncional, sinalização de frenagem de emergência, regulagem elétrica dos faróis, computador de bordo, ar-condicionado automático digital, con-trole de cruzeiro, sensores traseiros de estacionamento com visualizador gráfico e sistema de áudio com co-mando de voz, porta USB e Bluetooth. Ainda aceita como opcionais senso-res crepuscular e de chuva, retrovisor eletrocrômico, navegador GPS, som hi-fi com subwoofer e quatro airbags extras, além dos frontais obrigatórios. Nada mal para quem procura um car-ro que alie conforto e segurança a um bom custo/benefício. Nota 8.

● HABITABILIDADE – Os porta-objetos são pequenos, mas abrigam carteira, celular e outros itens. O por-

ta-malas é capaz de carregar bons 500 litros e essa capacidade pode ser estendida com o banco traseiro rebatido. O ângulo de abertura das portas é bom e é fácil entrar e sair do veículo. Nota 7.

● ACABAMENTO – O revestimento de bancos e da área de toque nas portas é em couro. Há uma quantidade razo-ável de plástico, mas de boa qualidade e não há folgas aparentes nos encai-xes. O uso de preto e bege no interior tenta emprestar uma atmosfera de requinte ao habitáculo, mas este tipo de combinação não é unanimidade. À noite, o contorno em led que ilumina o painel frontal dá charme e um toque de luxo à cabine. Nota 8.

● DESIGN – O Linea é um carro com visual um tanto quanto comportado.. Sem contar que suas formas muda-ram muito pouco desde que foi lança-do, em 2008. Com isso, a impressão que se tem ao olhar para ele é a de que se trata de um modelo antigo,

próximo à época de ganhar uma nova geração. Coisa que a discreta renovação visual indica que não vai acontecer em menos de dois anos. Nota 6.

● CUSTO/BENEFÍCIO – O Ford Fies-ta sedã Titanium 1.6 PowerShift, com transmissão automatizada de dupla embreagem, custa R$ 63.290. Ele não tem GPS nem como opcional, mas traz airbag de joelho, assistente de rampa e controle eletrônico de tra-ção e estabilidade. Já o Honda City, na configuração top EX traz motor 1.5 com transmissão automática de cinco velocidades e começa em R$ 64.990. Mas é bem desfalcado em equipamentos: faltam airbags late-rais e de cortina, GPS, sensores de luz e chuva. O Linea é o mais potente de todos e até tem uma boa lista de equipamentos, mas completo custa salgados R$ 72.234. Nota 5.

● TOTAL – O Fiat Linea Absolute so-mou 71 pontos em 100 possíveis.

sível adquirir sensores crepus-cular e de chuva, retrovisor ele-trocrômico, airbags laterais e de cortina, sistema de áudio com

navegador GPS e som hi-fi com subwoofer, que fazem o preço pular para R$ 72.234. Um valor que poderia se justificar pelo

pacote de tecnologia e conforto que oferece. Mas está longe de combinar com um sedã com o porte do Linea.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, quarta-feira, 25 de junho de 2014 AUTOMÓVEIS 9

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 AUTOMÓVEIS Macaé, quarta-feira, 25 de junho de 2014

AUTOPERFIL

Engarrafamento anunciadoMarcas esperam o fim da Copa do Mundo para retomar os lançamentos automotivos em 2014

A Copa do Mundo, ainda mais no Brasil, rouba toda as atenções. Isso

fez as fabricantes automoti-vas adiarem a apresentação de várias novidades. Como o tempo ficou o apertado entre o fim da campanha do hexa e o Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, em outubro, muitos lançamentos vão se concentrar no último trimestre. Mas, segundo o velho paradigma, tempo de mercado é dinheiro. Esperar demais para substituir um modelo que já não tem tanto poder de atração pode ser um mau negócio. Por isso, a Ford decidiu não perder tempo e mostrar o novo Ka logo de-pois da Copa.

Nessa mesma época, chega o Honda Civic reestilizado – um ligeiro face-lift e mudan-ça na oferta de equipamentos. Já a nova geração do sedã compacto City desembarca por aqui apenas em outu-bro, já colado ao motorshow paulistano. A Renault é outra que só está esperando o api-to final na final para passar a vender o novo Sandero. O hatch compacto adotará um visual próximo ao do sedã Logan, que vem sendo mui-to bem-aceito no mercado. A Volkswagen planeja mostrar o Cross Up, versão aventu-reira do compacto, como no-vidade no Salão de São Paulo.

A lista de modelos importa-dos de luxo é bem mais farta. E as marcas também não se intimidam tanto com a Copa,

já que não são lançamentos bombásticos de modelos de grande volume. Dois exem-plos: apenas em maio, a Kia começa a comercializar o sedã grande Quoris e a Audi inicia as vendas de esporti-vos como o utilitário RS Q3, o cupê de quatro portas RS 7, o conversível A3 cabriolet e o sedã S3. Em junho, a Porsche traz o SUV médio Macan nas configurações S e Turbo.

Já as marcas alemãs mais tradicionais vão deixar pa-ra se movimentar depois da Copa. Caso da BMW, que promete os cupês M4 e Série 2 e o compacto “verde” i3. A Mercedes-Benz também pla-neja mostrar a quarta geração do Classe C e o utilitário GLA – a ideia é aquecer as vendas dos dois para, em 2016, nacio-nalizar ambos os modelos.

Divertidos também são o Fiat 500 Abarth, desenvol-vido pelo braço esportivo da marca italiana e importado do México, e a nova geração dos Mini Cooper e Cooper S, com teve medidas ampliadas. Há ainda uma expectativa de que garantam presença no motorshow paulistano dos esportivos Honda Civic Si – em versão cupê –, Ford Fiesta ST e Renault Megane RS. E, como muitas marcas se esforçam para guardar seus trunfos a sete chaves nos dias que antecedem os salões automotivos, é provável que a concorrência no setor seja ainda mais agressiva na reta final de 2014.

VW Cross Up já é vendido na Europa. A versão aventureira tem a carroceria elevada em 15 mm em relação ao Up normal e mas manteve a mesma motorização

NOVIDADES

O que vem por aí ainda em 2014 ● AUDI – A marca das quatro argolas traz ainda em maio os esportivos RS Q3 e RS 7, seguidos do S3 sedã em junho. Em julho, chega a vez do Brasil ganhar mais um conversível, com o desembarque do A3 Cabriolet no mercado nacional. A capota elétrica se abre ou fecha em 18 segundos e pode ser aberta em velocidades até 50 km/h. O mais provável é que chegue com o propulsor 1.8 TFSI, de 180 cv, que equipa a linha A3 aqui. ● BMW – O segundo semestre vai ser movimentado para a BMW no Brasil. Além da vinda dos cupês M4 e Série 2, a BMW já promete a chegada do elétrico i3. Estrela da marca no último Salão de Frankfurt, o modelo garante autonomia de cerca 160 km, aceleração de zero a 100 km/h em 7,2 segundos e tração traseira. Um prato cheio para quem busca desempenho e uma direção esportiva com emissão zero de poluentes. ● FIAT – A marca italiana deve lançar entre agosto e setembro o Uno reestilizado e começa a importação do 500 Abarth, desenvolvido pelo braço esportivo do grupo Fiat. Importado do México, o subcompacto terá sob o capô um motor 1.4 16V turbo capaz de atingir 162 cv e 23,5 kgfm de torque, com transmissão manual de seis marchas. ● FORD – Todas as atenções da marca americana estão voltadas para o lançamento do novo Ka hatch e sedã. Além de ganhar os traços da atual linguagem visual

da fabricante, o modelo também será responsável pela estréia do novo motor 1.0 litro com três cilindros e duplo comando variável. Ele entrega de 85 cv de potência e 10,7 kgfm de torque, quando abastecido com etanol. Com gasolina, os números são de 80 cv e 10,2 kgfm. ● GEELY – Depois de estrear no Brasil com o sedã médio EC7, a Geely inicia ainda este ano a venda do compacto GC2. Ele deve custar algo em torno de R$ 30 mil e conta com motor flex 1.0. Na China, o seu propulsor 1.0 12V três cilindros a gasolina entrega 68 cv e 9,0 kgfm de torque. No Brasil, o rendimento deve ser um pouco superior a isso. ● HONDA – A marca japonesa deve trazer de volta a versão esportiva do Civic, Si, mas na configuração cupê. Ele seria importado dos Estados Unidos com motor 2.4 16V de 201 cv e 23,4 kgfm de torque. Outro lançamento será a reestilização do Civic, em agosto, que adotará os traços do modelo americano com novos para-choques, grade frontal, faróis e lanternas. Em seguida, as atenções ficam voltadas para o novo City, previsto para outubro. ● JAC – A JAC se prepara para trazer para o mercado nacional seu primeiro utilitário esportivo, o T6. Disposta a conquistar resultados mais expressivos no Brasil, a chinesa vai apresentar o SUV médio no Salão do Automóvel de São Paulo, no último trimestre. O modelo deve custar em torno de R$ 70 mil para

tentar concorrer com as versões de topo de SUV compactos nacionais, como Renault Duster e Ford EcoSport. ● KIA – A coreana já prepara o território para o luxuoso Quoris no país. Mostrado no Salão do Automóvel de São Paulo em 2012, o modelo tem dimensões avantajadas: 5,09 metros de comprimento, 3,04 m de entre-eixos e 1,90 m de largura. O motor é um 3.8 V6 que entrega 290 cv. E já no mês seguinte a marca passa a vender também a nova geração do Soul, que ganhou uma plataforma mais larga e comprida. ● LIFAN – Com uma participação ainda muito tímida, a Lifan vai investir em um segmento de maior volume. O sedã compacto 530 vem equipado com motor 1.5 16V a gasolina, com 103 cv de potência e 13,5 kgfm de torque, sempre com transmissão manual de cinco marchas. ● MERCEDES-BENZ – No segundo semestre, desembarca no Brasil o utilitário esportivo GLA – modelo que deve ser nacionalizado em 2016. Outro que segue o mesmo trajeto é o Classe C da quarta geração. O sedã ficou cerca de 100 kg mais leve e o visual segue a nova identidade da fabricante. Os motores são os mesmos da geração atual: 1.6 turbo de 156 cv e 2.0 turbo com 184 cv ou 204 cv. A transmissão é sempre a automatizada com dupla embreagem e sete velocidades. ● MINI – A nova geração do Cooper aparece com dimensões maiores

e novos motores. Eles passam a ser empurrado por um propulsor turbo 1.5 litro de 3 cilindros e 136 cv e 2.0 litros de 4 cilindros e 192 cv, para a versão S. ● PORSCHE – A maior novidade da Porsche no último triênio, o SUV médio Macan, desembarca no Brasil nas versões S e Turbo. Os motores são V6 biturbo, sendo um 3.0 de 340 cv e um 3.6 de 400 cv. A tração é sempre integral e o câmbio de dupla embreagem e sete marchas. Há chances ainda de algumas unidades do superesportivo 918 Spyder estar disponível para encomendas, mas o volume é para se contar nos dedos. ● RENAULT – Além do novo Sandero, que acompanha o visual do Logan, a marca francesa pretende importar o SUV compacto Captur, para brigar no andar de cima do segmento. Quem também pode ser trazido da França é o apimentado Megane R.S., um hatch médio com motor 2.0 turbo, semelhante ao usado no Fluence, mas configurado para render 225 cv, ou 45 cv a mais que no sedã médio. ● VOLKSWAGEN – A Volkswagen tem poucas novidades. A linha Fox vai passar por uma reestilização logo depois da Copa e, na época do Salão de São Paulo, chega ao mercado o Cross Up, que já é vendido na Europa. A versão aventureira tem a carroceria elevada em 15 mm em relação ao Up normal, mas manteve a mesma motorização.

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MOTOMUNDO

Fator de atraçãoCom a edição especial SP, linha 2015 da XJ6 engrossa vendas da Yamaha no segmento de 600 cilindradas

A Yamaha é a segunda fa-bricante que mais vende motocicletas no Brasil

– só perde para a compatriota Honda. Mas, nos últimos me-ses, a marca do diapasão fez “chover” no segmento de 600 cc. Até maio, a linha XJ6 empla-cou 1.782 unidades – destaques para os meses de março, com 489 vendas, e abril, com 473. Esses resultados fizeram a di-ferença para a “intocável” gama 600 da Honda – que conta com a best-seller CB600 F Hornet e a CBR 600F – ficar em apenas 103 motos até o final de maio. Em termos de comparação, no acumulado dos cinco primeiros meses de 2013, esse número es-tava em 549 modelos – de acor-do com a Abraciclo, associação que reúne os fabricantes de mo-tos. E um dos motivos para essa ascensão da XJ6 pode ter sido a chegada, em março último, da

linha 2015, que veio com uma novidade. Além das tradicionais versões F e N, a Yamaha trouxe uma edição especial batizada de SP. Visualmente, ela é parecida com a naked N. Mas traz alguns detalhes que a diferenciam, co-mo o número seis em destaque na parte carenada – em alusão a modelos de corrida – e as toma-das de ar e suporte do farol com aspecto de fibra de carbono.

A parte mecânica é capitane-ada pelo motor quatro cilindros de 600 cc, arrefecido a líquido e com duplo comando no cabeço-te. Ele é capaz de produzir 77,5 cv de potência a 10 mil rpm e 6,1 kgfm de torque a 8.500 giros. O propulsor vem associado a uma câmbio manual de seis marchas. O resultado dessa combinação é uma aceleração de zero a 100 km/h em 4,5 segundos. Com toda essa dinâmica, a Yamaha instalou freios duplos a disco

de 298 mm na dianteira e 245 mm na traseira.

Outro destaque da XJ6 N SP é o escapamento. Ele termina em uma pequena ponteira localiza-da sob o motor, onde está alo-jado o abafador e o catalisador. De acordo com a Yamaha, isso melhora o centro de gravidade e potencializa a pilotagem, além de conferir um “ronquinho” mais robusto. A naked é bem equipada e vem com banco bi-partido – para exaltar a espor-tividade – e guidão regulável, Já o painel de instrumentos traz conta-giros analógico e velocímetro digital, além de diversas funções e luzes-espia, incluindo a indicativa do sis-tema imobilizador. Disponível nas cores cinza e branco, a XJ6 N SP custa a partir de R$ 29.490 e R$ 32.590 quando equipada com freios ABS – outra adição da nova linha.

Visualmente, ela é parecida com a naked N. Mas traz alguns detalhes que a diferenciam, como o número seis em destaque na parte carenada

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FICHA TÉCNICA

Yamaha XJ6 N SP ● MOTOR: Gasolina, quatro tempos, 600 cm3, quatro cilindros, quatro válvulas por cilindro, comando duplo no cabeçote e refrigeração a água. ● CÂMBIO: Manual de seis marchas com transmissão por corrente.

● POTÊNCIA máxima: 77,5 cv a 10 mil rpm. ● TORQUE máximo: 6,1 a 8.500 giros. ● DIÂMETRO e curso: 65,5 mm X 44,5 mm. ● TAXA de compressão: 12,2:1 ● SUSPENSÃO: Dianteira por garfo

telescópico com curso de 130 mm. Traseira com braço oscilante e curso ajustável de 130 mm. ● PNEUS: 120/70 R17 na frente e 160/60 R17 atrás. ● FREIOS: Disco duplo na frente e atrás. ● DIMENSÕES: 2,12 metros de comprimento total, 0,77 m de largura, 1,08 m de altura, 1,44 m de distância entre-eixos e 0,78 m de altura do assento.

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