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MACAÉ (RJ), QUARTA-FEIRA, 26 DE MARÇO DE 2014 ANO XXXVII Nº 8355 FUNDADOR/DIRETOR: OSCAR PIRES NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE A Volvo é uma mar- ca de nicho. Seus automóveis não são pensados para alcançar vo- lumes expressivos no mer- cado. E exatamente por is- so, a montadora precisa su- perqualificar seus modelos. A marca sueca, que é con- trolada pela chinesa Geely, valoriza, então, a qualidade de acabamento, a tecnologia voltada para a segurança e a exclusividade. Como é o caso do V40 Cross Croun- try. Ele chega às concessio- nárias brasileiras neste final de março com a intenção de emplacar apenas 300 unida- des nos nove meses restantes de 2014. Pág. 10 DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO VITRINE TRANSMUNDO Volvo amplia oferta do hatch V40 com a versão “aventureira” Cross Country Com a extinção do Mille, Palio Fire vira o modelo de entrada da Fiat e briga para ser o carro mais barato do Brasil Pág. 6 Palio Fire: estrela de ocasião Nas trilhas do mercado Renault aposta na portal lateral opcional do Kangoo para tentar atrair os “viúvos” da Kombi Pág. 11 Briga de herdeiros

Automóveis 26 03 14

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MACAÉ (RJ), QUARTA-FEIRA, 26 DE MARÇO DE 2014 • ANO XXXVII • Nº 8355 • FUNDADOR/DIRETOR: OSCAR PIRES • NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

A Volvo é uma mar-ca de nich o. Seus automóveis não são

pensados para alcançar vo-lumes expressivos no mer-cado. E exatamente por is-so, a montadora precisa su-

perqualificar seus modelos. A marca sueca, que é con-trolada pela chinesa Geely, valoriza, então, a qualidade de acabamento, a tecnologia voltada para a segurança e a exclusividade. Como é o

caso do V40 Cross Croun-try. Ele chega às concessio-nárias brasileiras neste final de março com a intenção de emplacar apenas 300 unida-des nos nove meses restantes de 2014. Pág. 10

DIVULGAÇÃODIVULGAÇÃOVITRINE TRANSMUNDO

Volvo amplia oferta do hatch V40 com a versão “aventureira” Cross Country

Com a extinção do Mille, Palio Fire vira o modelo de entrada da Fiat e briga para ser o carro mais barato do Brasil Pág. 6

Palio Fire: estrela de ocasião

Nas trilhas do mercado

Renault aposta na portal lateral opcional do Kangoo para tentar atrair os “viúvos” da Kombi Pág. 11

Briga de herdeiros

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2 Automóveis MACAÉ, QUARTA-FEIRA, 26 DE MARÇO DE 2014

Falta pouco

AUTOTAL

A Alfa Romeo está a um passo de retomar suas atividades no Bra-

sil. Na apresentação do modelo 4C Spyder durante o Salão de Genebra, na Suíça, Sergio Mar-chionne, CEO da Fiat Chrysler Automobiles, ainda não confir-mou quando a tradicional mar-ca milanesa volta a desembar-car seus carros por aqui. Mas o anúncio oficial parece estar

próximo – ventila-se a possibi-lidade de ser até o final do se-gundo semestre.

Apesar do martelo ainda não estar batido, as especula-ções em torno de quais carros chegarão importados ao mer-cado brasileiro já começaram. Alguns modelos inclusive fo-ram flagrados camuflados e rodando em testes. Um dos primeiros que pode pintar é o

Giulietta – do mesmo porte do Bravo.. O hatch chegaria para concorrer com outros hatches de marcas premium, como o BMW Série 1, Audi A3 e Mer-cedes-Benz Classe A. Outro veículo seria o Mito – equiva-lente ao Fiat Punto. As chances menores são do 4C, mas o cupê foi um dos que deu as caras em testes nacionais com bastante disfarce.

Toque especialA Yamaha usou as redes so-ciais para apresentar a linha 2015 da naked XJ6. Além das já conhecidas versões N e F, uma novidade: a XJ6 N SP. A edição especial traz alguns itens diferentes como o dese-nho das tomadas de ar mais es-portivo e a carenagem do farol

com efeito de fibra de carbono. O painel de instrumentos traz conta-giros análogo e velo-címetro digital. O motor dos três modelos é o mesmo: um quatro cilindros com 600 cc e arrefecimento líquido. Ele é capaz de gerar 77,5 cv e 6,1 kgfm de torque.. A transmissão

tem seis velocidades.Pela XJ6 N SP, a Yamaha

cobra R$ 29.490 e 32.590 com freios ABS. Já a XJ6 N tem preços sugeridos de R$ 28.890 e R$ 31.990. Na versão F – com visual carenado –, os valores pulam para R$ 29.490 e R$ 32.590.

YAMAHA

De volta para o futuroA Porsche dominou o cenário das provas de longa duração nos anos 1980 com os icônicos modelos 956 e 962. Foram sete vitórias em dez anos na principal e lendária prova: as 24 horas de Le Mans. Sem competir há 16 anos, a fabricante ale-mã viu a compatriota Audi triunfar 12 vezes e se tornar uma das grandes marcas no mundo do automobilismo. Agora, a Porsche está dis-posta a retomar o seu posto e em 2014 volta a competir no Campeonato Mundial

PORSCHE

de Endurance com o recém-apresentado 919 Hybrid. O protótipo que vai competir na categoria LMP1 com os Audi R18 “quebra” uma tradição. Em vez dos intocáveis seis cilindros boxer dos carros de rua, o híbrido traz um V4 2.0 litros com injeção direta e um mono-turbocompressor. Ele consegue produzir mais de 500 cv de potência e ainda tra-balha em conjunto com outro propulsor elétrico.

O bólido também é equipado com dois sistemas de recupera-ção de energia. O primeiro res-

gata energia térmica dos gases com gerador elétrico acionado por meio da corrente de gases de escape. O segundo método transforma a energia perdida nas frenagens e a armazena em baterias de íon-lítio – igual ao KERS da Fórmula 1. E para acompanhar essa reestreia, a Porsche contratou um nome de peso para a temporada 2014 do Mundial de Endurance. Trata-se de Mark Weber. O austra-liano, ex-piloto da equipe Red Bull Racing de Fórmula 1, é a grande aposta da Porsche para voltar a triunfar em Le Mans.

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AUTOTAL

S de SportA JAC marcou para o

fim do mês de março a estreia do J3 S com

o face-lift lançado no hatch básico em agosto do ano pas-sado. Além do visual, a versão esportivada do modelo tem co-mo diferencial o motor 1.5 Jet Flex 16V de 127 cv de potência – similar ao J5, mas com op-ção de etanol. A marca chinesa

ainda não revelou como será a atualização do J3 S, mas as fai-xas laterais e rodas pintadas de outra cor podem não ser mais oferecidas. O preço já foi defi-nido: R$ 39.990

Outra novidade é que J3 Turin também ganhará a ver-são S, com preço a partir de R$ 41.690. A mudança pelo motor flex mais potente, que

dispensa o tanquinho de ga-solina para partidas rápidas, acrescenta R$ 2 mil aos pre-ços habituais praticados pelos modelos equipados com o 1.3 litro a gasolina – que a JAC anuncia como 1.4 – de 108 cv. Segundo a fabricante, o motor 1.5 permitirá o hatch e o sedã alcançarem os 100 km/h em menos de dez segundos.

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Suzuki Burgman 125 chega na Europa com novo visual e freios ABSPor Carlo ValenteAutopress

A Suzuki Burgman é uma das linhas de scoo-ter mais bem-sucedidas

em todo o mundo. Sua estreia aconteceu no Japão, em 1998, com a AN400, disposta a pe-gar carona no sucesso de mo-delos como a Honda Helix e a Yamaha Majesty. Mas a maxi-scooter rapidamente se tornou um ícone. Em seguida, a linha se estendeu para modelos me-nores, como os de 125 cc e de 150cc, e maiores, como a de 650 cc. Sempre com boa aceitação. Agora, a marca renovou o mo-delo de entrada, 125 cc, com linhas mais fortes e ABS de sé-rie, e a ideia é fazer as vendas na Europa crescerem. No Bra-sil, por enquanto, ainda não há previsão de quando esta nova geração vai chegar ao mercado – a atual Burgman 125i fica por mais um tempo.

A Suzuki mudou a Burgman para melhor. A nova linha per-manece essencialmente com as mesma dimensões, mas o corpo do veículo foi redesenhado e fi-cou marcado por linhas simples e dinâmicas. Os faróis em forma de gota duplos substituem o an-tigo, simples, e o escudo frontal ganhou mais personalidade, com “nervuras” e entalhes que dão um ar mais agressivo

MOTOMUNDO

ao modelo. O pára-brisas está 11 cm maior e o assento foi re-modelado, tornando-se mais estreito e com altura mais bai-xa em relação ao solo – está a apenas 73 cm do chão.

A traseira também foi com-pletamente renovada e ganhou lanternas duplas com o pisca incorporado. O painel de ins-trumentos passa a um dese-nho mais clássico, com dois marcadores circulares para velocímetro e conta-giros e, entre eles, um display vertical em LCD com computador de bordo, relógio e marcador de combustível. Em torno dos marcadores, diversas luzes-espia. Mesmo com as mudan-ças, a scooter tem um visual fa-cilmente identificado como da linha Burgman. Até porque as transformações seguem fortes influências das versões supe-riores, equipadas com motores de 200 cc, 400 cc e 650 cc.

O compartimento abaixo do assento é bem amplo, com 41 litros e capaz de armazenar dois capacetes. No dia-a-dia, torna-se quase inútil utilizar a caixa traseira opcional, de 35 litros. Há também três com-partimentos na parte da frente, um deles fechado com chave, espaçoso e bastante funcional. O menor carrega uma garrafa de meio litro de água e existe ainda uma tomada de 12V –

Pitada de precisão

Eficiência e segurançaA posição de pilotagem não é de todo ruim: o assento é confortável. Talvez alguns centímetros a mais de altura – para esticar as pernas – fos-sem bem-vindos, mas isso é um mero detalhe. A Suzuki Burgman se destina ao uso ur-bano e, quem sabe, a viagens curtas. Para qualquer dessas situações, a moto é guiada com grande facilidade e mos-tra boa estabilidade, mesmo em paralelepípedos irregula-res e entre as linhas de trem das ruas históricas de Turim, onde aconteceu a maior parte do teste.

O motor oferece respostas rápidas ao acelerador. Ele tem

125 cm³, atinge 12,5 cv e 1,10 kgfm de torque a 6.500 rpm, é silencioso e perfeito para uso urbano, onde sobressai com seus dados de consumo: a fabricante japonesa divulga uma média de 34 km/l. Um resultado até bom, já que o percurso contou com muitas paradas em semáforos e trân-sito intenso de cidade grande, ou seja, o pior cenário para os consumidores.

O avanço mais significativo da Burgman 125 é certamen-te a inclusão de freios ABS de série. O item, que ainda não é obrigatório para motocicle-tas no Brasil, permite desvios controlados de trajetórias

mesmo quando o pedal do freio está totalmente pressio-nado. E foi exatamente isso que aconteceu. O acessório revelou toda a sua eficácia em diversas frenagens ao longo do teste. As rodas não trava-ram e as motos mantiveram-se sempre sob controle.

Finalizado o teste, não havia vestígios de cansaço em ne-nhum dos pilotos. Seja graças ao assento confortável ou pelo baixo centro de gravidade, que favorece a estabilidade. Outro detalhe que auxilia a pilota-gem é o fato de o modelo ser leve. Com o propulsor de 125 cc, a Burgman pesa 161 kg e é muito fácil de manobrar.

normalmente usada para car-regar telefones celulares.

A nova scooter chegou ao mercado europeu neste mês de março e com preço mais baixo. Isso porque a configu-ração 125 ABS sai por 4.190 euros, equivalente a R$ 13.800. Há ainda a opção com propul-sor de 200 cc, por 4.390 euros a mais, cerca de R$ 14.500 – basicamente o mesmo valor pedido pela geração anterior, que não tinha ABS. No Brasil, a Burgman 125i, que não tem ABS, sai por R$ 6.990.

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6 Automóveis MACAÉ, QUARTA-FEIRA, 26 DE MARÇO DE 2014

Com a extinção do Mille, Palio Fire vira o modelo de entrada da Fiat e briga para ser o carro mais barato do BrasilPor Raphael PanaroAutopress

Nos últimos meses, o Fiat Palio Fire voltou aos holofotes do mer-

cado brasileiro. Atualmente, é o modelo que concentra a maior parte da verba publicitária da marca. Tanta atenção ocorre por dois motivos. O primeiro foi a “aposentadoria” do Mille, decidida quando a marca italia-na achou melhor tirar o vete-rano compacto da linha do que incluir ABS e airbags, obrigató-rios desde janeiro. O segundo foi a chegada do Volkswagen Up!. Antes do lançamento, ventilou-se que o novo carrinho da mar-ca alemã custaria R$ 25 mil em sua configuração mais barata – o que não foi confirmado em fevereiro último, quando o ultra-básico Take Up! de duas portas foi anunciado por R$ 26.900. Como fabricante que mais ven-de carros no Brasil, a Fiat resol-veu contra-atacar previamente. Um mês antes do lançamento do Up!, colocou o Palio Fire para brigar pelo título de carro mais barato do Brasil, com preço inicial de R$ 23.990 – na versão duas portas. Para isso, adotou no seu hatch básico pequenas mu-danças no visual, mas manteve o semblante de 2004 – que fez mais sucesso. Sob o capô, o eco-nômico motor Fire 1.0 8V, que puxa um modelo que vem de série com pouquíssimos equi-pamentos. Na medida certa para abaixar o peso – e o preço.

Depois de alguns reajustes no valor, o carro agora parte de R$ 24.490 – R$ 26.520 na versão quatro portas. A elevação do preço reduziu a diferença para a concorrência, mas manteve o carro na disputa da posição de “queridinho dos pão-duros”. Ainda só oferecendo a versão quatro portas, a Volkswagen pede iniciais R$ 28.900 pelo Take Up!. A Renault tem o Clio, que começa em R$ 24.690 e R$ 25.700, nas versões de duas e quatro portas. No caso da Nis-san, o valor inicial pedido pelo March – que só possui a confi-guração com quatro portas – é de R$ 27.990. Já na Chevrolet, o Celta passou a ser comerciali-zado somente na versão quatro portas, o que subiu o preço ini-cial do carro para R$ 31.390. E o chinês Chery QQ anda sendo oferecido por R$ 24.490.

Os R$ 26.520 do Palio Fire de quatro portas não contemplam nenhum item de conforto. A proposta racional predomina. De série, apenas os obrigatórios airbags dianteiros e freios ABS, apoios de cabeça dianteiros com regulagem de altura, ban-co traseiro rebatível, bancos com assento anti-submarining, bancos dianteiros reclináveis, barra de proteção nas portas e brake light. Para tornar o carro um pouco mais interessante, itens como direção hidráulica, ar-condicionado, rádio e rodas

TESTE

de liga leve de 14 polegadas, vidros elétricos dianteiros, tra-vas elétricas, faróis de neblina, retrovisores na cor do veículo e limpador traseiro podem ser ad-quiridos como opcionais. Mas, com todos esses equipamentos, o preço da versão quatro portas sobe para R$ 32.334. Outras co-modidades banais, como ajuste do volante e de altura do banco, ou vidros traseiros e retroviso-res com ajuste elétricos, sequer aparecem nessa lista.

As proporções do hatch per-manecem as mesmas. São 3,82 m de comprimento, 1,63 m de largura, 1,43 m de altura e 2,37 m de entre-eixos. A Fiat promo-veu discretas alterações no visu-al, como a grade frontal junto ao para-choque dianteiro na cor do veículo e também uma nova pin-tura nos faróis com biparábolas – que foram 100% metalizados. Já o interior exibe alterações mais significativas. A ergononia não mudou, mas o novo painel traz um remodelado quadro de instrumentos, onde “sumiu” o conta-giros e “apareceu” a fun-ção Econômetro – já presente em outros modelos da marca. O mostrador indica ao motorista se a condução está eficiente em termos de consumo de combus-tível – cor verde – ou não – cor vermelha. O habitáculo ainda traz novo volante, console cen-tral com porta-copos integrado, novos tecidos para os bancos e painéis das portas.

A Fiat não alterou a mecâni-ca do Palio. Optou por manter o motor 1.0 8V Fire que rende 73 cv com gasolina e 77 cv com etanol, sempre a 6.250 rpm – outra opção seria adotar o pro-pulsor 1.0 Evo do Uno. O torque é de 9,5/9,9 kgfm com gasolina ou etanol no tanque, respecti-vamente, a 4.500 giros. Com a transmissão manual de cinco marchas, o Palio demora pouco mais de 15 segundos para chegar aos 100 km/h. Já a velocidade máxima é de 164 km/h, de acor-do com os dados da Fiat. Outro atrativo do Palio Fire é a econo-mia de combustível. O propulsor Fire 1.0 litro obteve nota “A” no Programa Brasileira de Etique-tagem do InMetro – algo que soa como música aos ouvidos dos consumidores mais apega-dos ao dinheiro. Exatamente os que acompanham com maior interesse a dura disputa na qual o Palio Fire está envolvido.

NÚMEROS

1.0 8vmotor fire

77 cv73 cv com gasolina e 77 cv com etanol

9,9 kgfmde torque máximo com etanol

Estrela de ocasião

FICHA TÉCNICA

Fiat Palio Fire 1.0 8V › MOTOR: Gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 999 cm3, quatro cilindros em linha, duas válvulas por cilindro. Injeção multiponto e acelerador ele-trônico. › TRANSMISSÃO: Manual de cinco marchas a frente e uma a ré. Tração dianteira. › POTÊNCIA: 73 cv com gaso-lina e 75 com etanol a 6.250 rpm. › TORQUE: 9,5 kgfm com gaso-lina e 9,9 kgfm com etanol a 4.500 rpm. › 0-100 km/h: 15,2 segundos com etanol e 15,8 segundos com gasolina. › DIÂMETRO e curso: 70,0 mm X 64,9 mm. Taxa de compres-são: 12,1:1. › SUSPENSÃO: Dianteira inde-pendente do tipo McPherson e braços oscilantes inferiores transversais. Traseira com eixo de torção. › PESO: 935 kg em ordem de marcha › PNEUS: 165/70 R13 e 175/65 R14 como opcionais. › FREIOS: Discos ventilados na frente e a tambores atrás. ABS de série. › CARROCERIA: Hatch em mo-nobloco com duas ou quatro portas e cinco lugares. Com

3,83 metros de comprimento, 1,63 m de largura, 1,43 m de altura e 2,37 m de distância entre-eixos. Oferece airbags frontais. › CAPACIDADE do porta-malas: 290 litros › TANQUE de combustível: 48 litros. › PRODUÇÃO: Betim, Minas Gerais. › DATA de lançamento: 1996. Reestilização: 2003, 2004 e 2007. › ITENS de série: airbags dian-teiros, freios ABS, rodas de aço de 13 polegadas, apoios de cabeça dianteiros com re-gulagem de altura, banco tra-seiro rebatível, bancos com assento anti-submarining, bancos dianteiros reclináveis, barra de proteção nas portas e brake light. › PREÇO básico: R$ 25.620 (quatro portas) › OPCIONAIS: ar-condicionado, direção hidráulica, vidros dian-teiros elétricos, trava elétrica, rádio com suporte MP3/WMA e entrada USB integrada no porta-luvas, rodas de liga leve de 14 polegadas, limpador tra-seiro e faróis de neblina. › PREÇO da versão avaliada: R$ 32.334

Ponto a ponto› DESEMPENHO – Os 75 cv de

potência máxima do motor 1.0 litro 8V não fazem mi-lagres. No tedioso “para e anda” das grandes cidades, o Palio até cumpre bem o seu papel. Mas dar uma “es-ticada” com o modelo exi-ge paciência, já que o zero a 100 km/h é cumprido em longos 15,2 segundos – com etanol. O escalonamento da transmissão manual de cinco marchas até não de-sagrada, mas os encaixes poderiam ser mais precisos. Nota 6.

› ESTABILIDADE – Nas veloci-dades baixas cotidianas, o Palio se sai bem e mostra boa desenvoltura em curvas e manobras. Mas ,quando o ponteiro do velocímetro co-meça a subir, o hatch trata logo de avisar seus limites e “cantar” pneus em ligeiros abusos nas curvas. Em mu-danças bruscas de direção, a carroceria rola um pouco, mas tudo de maneira “civili-zada” e sem a perda da sen-sação de segurança. Nota 7.

› INTERATIVIDADE – Por ser um carro bem simples, o Pa-lio Fire é de fácil manuseio, mas tem alguns senões. Acomeçar pelo painel. Os números grandes facilitam a leitura, mas ele não traz o tradicional conta-giros. No lugar, a Fiat instalou um econômetro para dar uma força ao marketing ecológi-co. Outro ponto negativo é a localização das saídas de ar. Elas são baixas e tendem a “gelar” a mão do condutor se o ar-condicionado estiver ligado. Nota 7.

› CONSUMO – O InMetro tes-tou uma unidade do Fiat Palio Fire 1.0 8V na versão quatro portas. O modelo ob-teve duas notas “A”, tanto na classificação do segmento quanto no geral. As médias que garantiram o resultado foram de 8,8 km/l na cidade e 10,3 km/l na estrada com etanol e 12,3 km/l no trajeto urbano e 15 km/l na estrada quando abastecido com ga-solina. Nota 9.

› CONFORTO – O Palio Fire traz o tradicional acerto de suspensão do compacto da Fiat. Ela tem ajuste bem macio e absorve os desníveis do asfalto com sucesso. Os ocupantes dianteiros gozam de certo espaço. Já nos ban-cos traseiros, os mais altos podem sofrer um pouco e a adição de uma terceira pes-soa compromete o confor-to em viagens mais longas. Além disso, o apoio de cabe-ça no banco central traseiro também foi lamentavelmen-te “economizado”. Nota 6.

› TECNOLOGIA – O motor 1.0 Fire e a plataforma são ba-sicamente os mesmos da década retrasada. E para custar o preço de R$ 24.490, a Fiat “removeu” equipa-mentos básicos. O carro não conta, de série, com direção hidráulica nem ar-condicio-nado. Mas a maioria dos carros de entrada não ofe-recem tais dispositivos em suas versões mais baratas. Para dar ao carro algumas poucas comodidades bási-cas, como rádio com USB e MP3 e vidros e travas elé-

tricas no banco dianteiro, o futuro comprador já precisa pagar por fora. Nota 5.

› HABITABILIDADE – Não há grandes dificuldades para acessar o interior do Palio. Tanto na frente quando atrás, as portas tem um bom ângulo de abertura. Os por-ta-objetos são poucos, mas eficientes. Além das por-tas, à frente da alavanca de câmbio há espaço para dois copos ou latas. Logo acima há um nicho para carteiras, celulares ou chaves serem armazenadas. Os vidros dianteiros têm ajuste elétri-co – opcional com a função “one touch”, mas atrás é a velha maçaneta de outrora. Já o porta-malas leva bons 290 litros. Nota 6.

› ACABAMENTO – Por ser um dos carros mais baratos à venda no mercado brasi-leiro, o acabamento segue algumas lógicas. Uma delas é o predomínio de plásticos rígidos e rugosos. O conso-le central e as saídas de ar possuem um tom diferente do resto do painel . A unida-de testada ainda apresenta-va evidente falta de controle de qualidade na montagem na área dos comandos dos vidros elétricos, com peças em diferentes níveis e al-gumas rebarbas. Já o novo tecido dos bancos com gra-fismos até agrada. Nota 5.

› DESIGN – O Palio teve alguns desenhos desde sua estreia no mercado brasileiro, em 1996. Mas a atual “cara” é basicamente a de 2004 – o que dá ao modelo um cer-to ar “vintage”. O estilo é tão “old fashion” que fica até difícil convencer que se trata realmente de um carro novo. Na linha 2014, a Fiat promoveu discretas modi-ficações como uma nova grade frontal e a pintura dos faróis biparabólicos. Esó. As mudanças mais sig-nificativas – mesmo assim, poucas – aconteceram no interior. Nota 5.

› CUSTO/BENEFÍCIO – Ser mais barato é o melhor argu-mento de vendas do Palio. O hatch vem totalmente “pelado” de série e custa R$ 24.490 e R$ 26.420, nas versões duas e quatro portas, respectivamente. Aversão testada era quatro portas e com alguns opcio-nais como direção hidráuli-ca, ar-condicionado, vidros elétricos dianteiros, travas elétricas, rodas de liga leve de 14 polegadas – série são de aço e 13 polegadas –, faróis de neblina, retroviso-res na cor do veículo, rádio com MP3 e entrada USB no porta-luvas e limpador tra-seiro. Com tudo isso a eti-queta sobe para R$ 32.334, na configuração com quatro portas. A Chevrolet agora só oferece o Celta com quatro portas e o preço parte de R$ 31.390. Já a Renault cobra R$ 33.357 pelo Clio Expres-sion quando equipado à al-tura. O Volkswagen Take Up! também ultrapassa os R$ 33 mil e o Nissan March quase bate R$ 34 mil. Nota 8.

› TOTAL – O Fiat Palio Fire 1.0 8V somou 64 pontos em 100 possíveis.

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8 Automóveis MACAÉ, QUARTA-FEIRA, 26 DE MARÇO DE 2014

Ford Fusion Titanium AWD tem visual inspirado e muita tecnologia para conquistar clientelaPor Eduardo RochaAutopress

A Ford não tem do que reclamar com o novo Fusion. Se a primeira

geração foi um sucesso, respon-sável por recolocar a marca no segmento de sedãs no Brasil e nos Estados Unidos, a segunda fase do modelo não fez feio. E ainda elevou as vendas do carro. Em 2013, a Ford conseguiu ven-der cerca de 800 Fusion no Bra-sil por mês – lidera com folga entre os sedãs médio-grandes e, mesmo entre os médios, só vendem mais que ele o Honda Civic, o Toyota Corolla e o Che-vrolet Cruze. Um desempenho bem superior às 460 unidades, ainda do modelo antigo, que saíram das concessionárias em cada mês de 2012. E a tendên-cia parece ser de alta – em ja-neiro desse ano, já foram 1.341 emplacamentos. A primeira variante a chegar ao mercado brasileiro, no fim de 2012, foi a “top” Titanium, com motor 2.0 turbo e tração integral. Ela custa R$ 118.900 e vem reche-ada de equipamentos. E ainda é envolvida por uma carroceria com design sofisticado.

Um dos atrativos do Fusion topo de linha é a lista de equipa-mentos de série. A Ford dotou o carro de itens só vistos em mode-los bem mais caros.. Além dos já quase triviais monitor de ponto cego e assistente de estaciona-mento, o carro tem controlador de velocidade de cruzeiro adapta-tivo – que regula a velocidade de acordo com o ritmo do tráfego – e um equipamento que mantém o carro numa mesma faixa de ro-lagem. Ao detectar que o carro tende a ir para a faixa ao lado, ele

TESTE

faz uma leve força contrária ao volante para impedir a manobra e alertar o motorista. A câmara de ré também avisa sobre carros vindo na perpendicular ao movi-mento do carro e o Fusion ainda freia sozinho na cidade, caso algo entre no caminho. Além disso, a tela sensível ao toque de 8 pole-gadas do MyFord Touch dá um ar quase futurista ao interior.

Para animar esse conjunto, a versão é equipada com o motor 2.0 litros turbo EcoBoost. Ele ren-de 240 cv a 5.500 rpm e 34,5 kgfm constantes entre 1.750 e 4.500 gi-ros. Com isso, o Fusion Titanium acelera de zero a 100 km/h em ótimos 7,3 segundos e segue até a máxima de megalômanos 240 km/h. A força é gerenciada por um câmbio automático conven-cional de seis marchas e enviada às quatro rodas pelo sistema de tração integral. Esse motor subs-tituiu o antigo V6 de 3.0 litros usado na primeira geração do Fusion. O seis cilindros era mais potente, com 243 cv, mas rendia apenas 30,8 kgfm a 4.300 rpm.

O visual instigante é um dos pontos altos do sedã. A Ford con-seguiu um ótimo resultado com o modelo, que ostenta linhas mus-culosas e ao mesmo tempo ele-gantes. A frente baixa tem faróis estreitos e a grade que remete aos superesportivos da Aston Martin – e que se parece bastante com o arranjo do novo Ford Mustang. A traseira é curta e com o terceiro volume bem integrado ao caimen-to do teto, onde quase não há ân-gulo entre o vidro de trás e a tam-pa do porta-malas. As lanternas traseiras são grandes e com uma luz de leds que contorna toda a peça e contribui para a beleza do conjunto. O perfil é mais sóbrio, com um friso cromado em torno

FICHA TÉCNICA

Fusion Titanium 2.0 EcoBoost AWD › MOTOR: A gasolina, dianteiro, transversal, 1.999 cm3, quatro ci-lindros em linha, quatro válvulas por cilindro, turbo. Injeção direta de combustível e acelerador ele-trônico. › TRANSMISSÃO: Câmbio auto-mático de seis marchas à frente e uma a ré com modo sequencial e trocas no volante. Tração inte-gral. Oferece controle eletrônico de tração. › POTÊNCIA máxima: 240 cv a 5.500 rpm. › ACELERAÇÃO 0-100 km/h: 7,3 s. › VELOCIDADE máxima: 240 km/h. › TORQUE máximo: 34,5 kgfm en-tre 1.750 rpm e 4.500 rpm. › DIÂMETRO e curso: 87,5 mm x 83,1 mm. Taxa de compressão: 10,0:1. › SUSPENSÃO: Dianteira indepen-dente do tipo McPherson, com molas helicoidais, amortecedo-res hidráulicos e barra estabiliza-dora. Traseira independente do tipo Multilink, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e bar-ra estabilizadora. Oferece contro-le eletrônico de estabilidade. › PNEUS: 235/45 R18. › FREIOS: Discos ventilados na

frente e sólidos atrás. Oferece ABS com EBD › CARROCERIA: Sedã com quatro portas e cinco lugares. Com 4,87 metros de comprimento, 1,85 m de largura, 1,44 m de altura e 2,85 m de entre-eixos. Oferece sete airbags: dois frontais, dois laterais dianteiros, dois do tipo cortina e um para o joelho do motorista. › PESO: 1.599 kg. › CAPACIDADE do porta-malas: 453 litros. › TANQUE de combustível: 60 litros. › PRODUÇÃO: Hermosillo, México. › LANÇAMENTO mundial: 2012. › ITENS de série: Ar-condicio-nado automático, vidros elétri-cos, travas elétricas, rádio/CD/MP3/USB/Bluetooth, computa-dor de bordo, direção hidráulica, freios ABS, airbag frontais, la-terais e de cabeça, sensores de estacionamento, crepuscular e de chuva, bancos em couro, sis-tema de navegação GPS, rodas de liga-leve em 18 polegadas, volante multifuncional, leds de iluminação diurna, controlador de velocidade de cruzeiro adap-tativo, bancos dianteiros com aquecimento.

NÚMEROS

2.0 turboMotor 2.0 turbo EcoBoost

240 cvde potência máxima

34,5 kgfmconstantes entre 1.750 e 4.500 giros

Presença em cena

Ponto a pontoDesempenho – Os 240 cv produzi-dos pelo valente 2.0 litros são bem su-ficientes para o Fusion não fazer feio. Há boa dose de força em praticamente qualquer rotação e o sedã, apesar dos 1.599 kg, deslancha com notável faci-lidade. O torque de 34,5 kgfm aparece por completo entre 1.750 e 4.500 ro-tações e permite uma tocada sempre consistente. O câmbio automático de seis marchas cumpre bem a função, com trocas suaves e escalonamento correto. As marchas são mais longas, mas o motor dá conta de empurrar sem problemas. Nota 9.Estabilidade – É um dos pontos altos do modelo. Apesar de grande, o sedã se mantém sempre colado ao asfalto, com comportamento excelente. A suspen-são controla bem os movimentos do “corpanzil” do Fusion em mudanças de direção e curvas acentuadas. A tração integral contribui muito e até corrige

eventuais escapadas antes da atuação do controle de estabilidade. Nota 9.Interatividade – A quantidade de sistemas e funções no interior do Fusion é grande e o motorista precisa de algum tempo para aprender tudo. Mas passada a confusão inicial, as ope-rações correm sem muito mistério. O MyFord Touch é relativamente sim-ples de usar e a tela sensível ao toque está ao alcance das mãos sempre. O cluster de instrumentos é configurável e exibe uma infinidade de informações úteis, como direções do GPS e indica-ções do computador de bordo. Fora o comando dos vidros, muito avançado nas portas em relação ao banco do motorista, todos os comandos são bem posicionados. Nota 8.Consumo – O InMetro testou o Ford Fusion Titanium 2.0 AWD e conse-guiu média de 7,8 km/l na cidade e 11,0 km/l de gasolina na estrada. As

marcas conferem ao modelo notas C em sua categoria e D no cômputo ge-ral. Nota 5.Conforto – Os 2,85 m de entre-eixos do carro abrem bastante espaço no interior, que tem bancos de couro bastante confortáveis. O motorista consegue logo uma boa posição de dirigir e o Fusion se torna um ótimo companheiro para viagens. A mesma suspensão que dá um bom comporta-mento dinâmico ao carro ainda conse-gue ser macia em uso urbano. A “bura-queira” do asfalto das grandes cidades é menos sentida do que as rodas de 18 polegadas fariam supor. O isolamento acústico é muito bom e também deixa de fora ruídos de rua e motor. Nota 8.Tecnologia – O Fusion é um carro bastante moderno. A segunda gera-ção é de 2012 e a versão topo trocou o antigo V6 de 3.0 litros por um mais eficiente 2.0 litros turbinado da linha

EcoBoost – que produz praticamente a mesma força do V6. Dentro, a Ford instalou a geração mais recente do MyFord Touch, com uma tela sensí-vel ao toque de 8 polegadas. O carro ainda tem dispositivos eletrônicos de segurança como monitor de ponto cego, sistema de estacionamento au-tomático, controlador de velocidade de cruzeiro adaptativo e até um sistema que ajuda a manter o carro na faixa de rolamento. Nota 9.Habitabilidade – Mesmo com ar de carro “executivo”, a cabine do Fusion tem diversos porta-objetos que faci-litam a vida a bordo. Há dois porta-copos fundos no console e um grande nicho sob o descansa braço dianteiro. Nas portas, espaços para garrafas e outros itens que ficariam soltos pelo interior. O porta-malas leva bons 453 litros, tem rede para segurar objetos menores e os bancos traseiros ainda

podem ser rebatidos. Nota 7.Acabamento – Os materiais usa-dos no interior são de qualidade, com couro e imitação de metal usados em profusão. O problema é a montagem das peças, que não está à altura dos R$ 118.900 cobrados. Os encaixes mere-ciam melhor precisão, principalmente em áreas que trabalham sob maior es-tresse, como os revestimentos próxi-mos aos puxadores de porta, que não passam muita firmeza e se soltam com facilidade. Ao menos, o isolamento acústico é dos melhores e as costuras das partes revestidas em tecido ou couro não decepcionam. Nota 7.Design – Certamente o ponto al-to do modelo. As linhas são muito elegantes e esportivas, com traços finos e bem resolvidos. A frente em cunha, com a grade que imita os As-ton Martin, dá bastante personalidade, enquanto a traseira alta é ornada por

belas lanternas de led. O perfil é sóbrio e as dimensões sutilmente avantajadas do carro são notadas. Nota 10.Custo/benefício – O Ford Fusion Titanium EcoBoost AWD reina pra-ticamente sozinho no segmento. Seus principais concorrentes – como Nis-san Altima e Hyundai Sonata – trazem motores menores e são mais empare-lhados com a versão 2.5 flex do sedã da marca norte-americana. Pelos R$ 118.900 pedidos, ele já consegue brigar com as versões mais baratas de Mer-cedes-Benz Classe C, Audi A4 e BMW Série 3 que, no entanto, são carros me-nos equipados e mais fracos. O Ford ainda traz uma extensa lista de itens de série, com várias comodidades ainda raras em seu nicho, visual instigante e muita tecnologia. Nota 7.Total – O Ford Fusion Titanium AWD 2.0 EcoBoost somou 79 pontos em 100 possíveis.

das janelas, que demarca bem a linha de cintura alta do sedã. As rodas de 18 polegadas com raios finos completam o conjunto.

Os R$ 118.900 que a Ford pede pelo carro parecem bastante ade-quados ao que o modelo oferece. A quantidade de mimos e itens de segurança é grande e superior à maior parte dos rivais. Sedãs do mesmo porte, como o Nissan Altima e o Hyundai Sonata, tem motorização inferior – compatí-vel com a versão mais barata do Fusion, a 2.5 flex. Quem mais se aproxima é o Volkswagen Passat, com seu 2.0 litros também turbo de 211 cv. Mas, equipado à altura do Fusion, o Passat sobe dos R$ 118.150 iniciais para elevados R$ 154.700. Pelo valor do Fusion, a real concorrência vem com em-blemas cheios de status, como Mercedes-Benz C180, BMW 316i

e Audi A4 2.0. Eles têm preços se-melhantes, mas são menos equi-pados, já que são todos versões de entrada. O Fusion pode não ter o mesmo status de um sedã alemão, mas oferece em troca es-paço, design elegante e bastante conveniência.

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MACAÉ, QUARTA-FEIRA, 26 DE MARÇO DE 2014 Automóveis 9

Briga de herdeirosTRANSMUNDO

Renault aposta na portal lateral opcional do Kangoo para tentar atrair os “viúvos” da Kombi

O ano de 2014 impactou de forma significativa o setor automotivo. A obri-

gatoriedade de airbags frontais e freios ABS em todos os mode-los de automóveis produzidos no Brasil acarretou na extinção de alguns veículos. Entre eles, a cinquentona Kombi, que liderou durante décadas as vendas no segmento de furgões no país. E o vácuo deixado pelo fim de sua produção do “pão de forma” da Volkswagen logo acirrou a dis-puta entre outras marcas. Com o momento propício, a Renault aproveita para lançar a linha 2015 do Kangoo. A marca fran-cesa aposta em sua capacidade de carga de 800 kg – a maior da categoria – e também no preço

mais baixo entre modelos os que oferecem porta lateral corrediça, a partir de R$ 41.850. Valor ape-nas R$ 1 mil a mais que o Kangoo sem esse opcional.

A confiança da Renault em seu furgão pequeno na briga pe-la “herança” da Kombi pode ser justificada nos resultados con-quistados recentemente. Vice-líder em vendas no segmento em 2012, o Kangoo fechou 2013 com 17,5% de “share”. Esse número representa um crescimento de 4,7% se comparado ao ano ante-rior. Foram 5.562 unidades em-placadas no ano passado. Entre as furgonetas de carga, perdeu para a Fiorino, que fechou 2013 com 12.434 unidades. Já a Kombi chegou a emplacar 25.221 carros

em 2013. Um número expressivo demais para não ser disputado.

Para entrar nessa competição, o Kangoo agora só está disponí-vel na versão de carga. Foram extintos no Brasil os modelos de passageiros, que chegaram ante-riomente a ter opções de cinco ou sete lugares. O carro ganhou a nova identidade visual da Re-nault, com a logomarca francesa exposta com mais evidência na grade frontal. Os para-choques, que eram pretos, agora são pin-tados da cor do veículo. Esteti-camente, a mudança que mais chama atenção fica mesmo por conta da porta corrediça opcio-nal na lateral direita do compar-timento de carga. Antes presente apenas nos modelos destinados

ao transporte de passageiros, agora ela serve para auxiliar o acesso à mercadoria transpor-tada. Além desta facilidade, o furgão conta ainda com portas assimétricas na traseira, sendo a esquerda maior que a direita, que possibilitam ângulo de aber-tura de 180°.

Por dentro, o modelo continua simples, seguindo o padrão ado-tado pela maioria dos veículos de trabalho. Os bancos ganharam novos tecidos. O painel de ins-trumentos e os revestimentos de portas vêm em tonalidade escura, cinzenta, e poucos são os recursos de conforto para quem vai guiar o carro. O mo-tor é o mesmo 1.6 16V Hi-Flex de antes, capaz de atingir 98 cv

quando abastecido com etanol e 95 cv com gasolina no tanque. Já seu torque máximo, de 15, 3 kgfm com etanol e 15,1 kgfm com ga-solina, aparece em 3.750 rpm. Uma combinação que, aliada ao câmbio manual de cinco mar-chas, deu ao carro nota “A” em sua categoria no Programa Bra-sileiro de Etiquetagem Veicular desenvolvido pelo InMetro e pelo Conama. De acordo com a aferição realizada, o Kangoo faz 6,1 km/l na cidade e 7,4 km/l na estrada com etanol e 9,0 km/l em perímetro urbano e 10,9 km/l em rodovias com gasolina.

Na disputa pelas vendas no segmento, o Kangoo enfrenta o Fiat Fiorino. Porém, o atual lí-der de vendas entre os furgões

comporta quase 20% menos carga, com 650 kg de capaci-dade. Completa, a furgoneta da Fiat custa R$ 46.757, mas com itens como vidros e travas elé-tricas, computador de bordo, faróis de neblina, banco do mo-torista com regulagem de altu-ra, portas traseiras com vidros, sensores de estacionamento, rádio USB/MP3 e volante com regulagem de altura, que não es-tão presentes no Kangoo. Já o modelo da Renault, em sua con-figuração de topo sem a porta lateral, sai por R$ 45.550. Com a porta corrediça, esse valor sobe em R$ 1 mil. A Renault estima que 80% dos Kangoo vendidos saiam com a porta lateral corre-diça opcional.

DIVULGAÇÃO

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10 Automóveis MACAÉ, QUARTA-FEIRA, 26 DE MARÇO DE 2014

Volvo amplia oferta do hatch V40 com a versão “aventureira” Cross CountryPor Eduardo RochaAutopress

A Volvo é uma marca de nicho. Seus automóveis não são pensados para

alcançar volumes expressivos no mercado. E exatamente por isso, a montadora precisa su-perqualificar seus modelos. A marca sueca, que é controlada pela chinesa Geely, valoriza, então, a qualidade de acaba-mento, a tecnologia voltada pa-ra a segurança e a exclusivida-de. Como é o caso do V40 Cross Crountry. Ele chega às conces-sionárias brasileiras neste final de março com a intenção de emplacar apenas 300 unida-des nos nove meses restantes de 2014. Isso não dá 35 vendas por mês. É pouco, mas como cada exemplar custa a partir de R$ 141.500 – com opcionais e acessórios, ultrapassa R$ 170 mil –, o faturamento da Volvo apenas com esta versão pode passar dos R$ 40 milhões, caso a projeção se confirme. A ver-são CC do V40 deve responder por 40% das vendas do hatch daqui para a frente. As versões Dynamic e R-Design, um pouco mais baratas, ficariam com os outros 60%.

O pacote de atrativos que a Volvo monta para seus carros tem de incluir itens que justifi-quem plenamente o fato de seu hatch médio custar até mais que rivais como BMW Série 1, Mercedes-Benz Classe A ou Audi A3 Sportback. No caso es-pecífico do CC, a tração integral permanente vocaciona o carro para enfrentar lama ou neve. Tem, inclusive, controle eletrô-nico de descida de rampa, que ajuda bastante em pisos de bai-xa aderência. Na versão trazida para o Brasil, as rodas são de 18 polegadas, contra as aro 16 origi-nais, para dar um ar mais aven-tureiro ao modelo, que passou a ter 4 cm a mais de distância para o solo em relação aos modelos “civis” do V40.

No mais, o V40 CC tem umas poucas diferenças estéticas. Os para-choques foram redese-nhados e na frente ele ganhou uma grade em colmeia. Os fa-róis ficaram mais alongados e luzes diurnas saíram da saia e ficaram mais verticalizadas. Na parte inferior entre os eixos há uma moldura de proteção e o te-to recebe barras longitudinais. Carcaça dos espelhos e moldu-ras das janelas são em preto bri-lhoso. Na traseira, há um difusor em prata na saia e um espoiler no teto.

Os conteúdos mais interes-santes do V40 CC não são tão explícitos. Caso do motor T5, o mais forte da linha. Trata-se de

VITRINE

um 2.0 litros com cinco cilindros soprados por turbo e gerencia-do por um câmbio automático de seis marchas e com sistema start-stop. Ele rende 210 cv de potência a 6 mil rpm e 30,6 kgfm entre 2.700 e 5 mil giros. Outro exemplo são os recursos de segurança. A estrutura do V40 é feita com cinco tipos de aço – do macio até o ultra resis-tente, dependendo da função –, e plásticos e alumínio. Tem ainda banco com encosto ativo e o sistema city safety, que freia o carro sozinho para evitar coli-sões a até 50 km/h. Isso além de sete airbags e controle dinâmico de estabilidade.

No entanto, alguns recursos de segurança foram “desviados” para um pacote de opcionais, batizado de Safety, que custa R$ 15 mil e tem alguns itens até já banalizados em segmentos su-periores, como sensor de ponto cego ou controle de cruzeiro adaptativo. Na lista estão, entre outros, airbag para pedestres, sensor lateral de tráfego, sen-sor de pedestres e ciclistas com frenagem automática e controle de faixa de rolagem. Já o paco-te chamado Hi-tech, que custa R$ 10 mil, só traz equipamentos que, a princípio, já deveriam es-tar no cardápio de um modelo de mais de R$ 140 mil: park as-sist, GPS e câmara de ré. O sis-tema Sensor, que inclui recursos como tela touch e roteador de internet, acrescenta outros R$ 7.690.

FICHA TÉCNICA

Volvo V40 Cross Country › MOTOR: A gasolina, dianteiro, transversal, 1.984 cm3, cinco cilin-dros em linha, quatro válvulas por cilindro, turbocompressor, interco-oler, comando duplo no cabeçote. Acelerador eletrônico e injeção direta de combustível. › TRANSMISSÃO: Câmbio auto-mático com seis marchas à frente e uma a ré. Tração integral. Oferece controle de tração. › POTÊNCIA máxima: 210 cv a 6 mil rpm. › ACELERAÇÃO 0-100 km/h: 7,2 segundos. › VELOCIDADE máxima: 250 km/h limitada eletronicamente. › TORQUE máximo: 30,6 kgfm entre 2.700 e 5 mil rpm. › DIÂMETRO e curso: 81,0 X 77,0. Taxa de compressão: 10,5:1. › SUSPENSÃO: Dianteira indepen-dente do tipo McPherson, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barras estabilizado-ras. Traseira do tipo Multilink, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barras estabilizadoras. › FREIOS: Discos na frente e atrás. Oferece ABS com EBD e assistência eletrônica. › CARROCERIA: Hatch em mono-bloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,37 metros de com-primento, 1,80 m de largura, 1,46 m de altura e 2,65 m de entre-eixos.

Oferece airbags frontais, laterais, de cortina e de joelho para o motorista. › PESO: 1.634 kg. › CAPACIDADE do porta-malas: 324 litros. › TANQUE de combustível: 57 litros. › PRODUÇÃO: Ghent, Bélgica. › LANÇAMENTO mundial: 2013. › LANÇAMENTO no Brasil: 2014. › ITENS de série: Ar-condicionado digital dual zone, rádio/CD/MP3/iPod/Bluetooth com tela de sete po-legadas colorida, oito alto-falantes, painel de instrumentos digital com tela de LCD, teto panorâmico, ban-cos e volante com revestimento de couro, keyless, sensor de estacio-namento, chuva e luz, controle de frenagem em descida piloto auto-mático e rodas de liga leve de 18 polegadas. › OPCIONAIS: Pacote High Tech, com GPS, câmara de ré, park assist e leitor de DVD. › PACOTE Safety, com airbag para pedestre, alerta para ponto cego, controle de cruzeiro adaptativo, sistema de alerta ao condutor, detector de pedestres e ciclistas com frenagem automática, alerta de tráfego lateral, sistema digital de leitura de placas de sinalização e aviso de mudança de faixa de ro-lamento. › PREÇO: R$ 141.500. › PREÇO completo: R$ 166.500.

NÚMEROS

2.0 litrocom cinco cilindros soprados por turbo

210 cvde potência máxima

30,6 kgfmde torque máximo

Nas trilhas do mercado

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MACAÉ, QUARTA-FEIRA, 26 DE MARÇO DE 2014 Automóveis 11

Actyon Sports: coração valenteTRANSMUNDO

SsangYong Actyon Sports surpreende pelo motor refinado e visual melhor resolvido

Mesmo com 13 anos de atuação no Bra-sil, a fabricante sul-

coreana SsangYong ainda é relativamente pouco co-nhecida. A marca, criada em 1986 depois da incorporação da antiga Dong-A Motor pe-lo grupo SsangYong – que criou a SsangYong Motor –, quase foi à falência em 2009 em função da crise econômi-ca mundial e de uma década de problemas financeiros. Só conseguiu se reerguer graças à passagem de comando para a indiana Mahindra. A empresa sul-coreana conseguiu alguma representatividade por aqui graças à antiga parceria com a Mercedes-Benz, que forne-

ceu motores, transmissões e até chassis para vários mode-los entre 1991 e 2010. Agora, depois do fim do acordo com a alemã e a passagem de co-mando para a indiana Mahin-dra em 2010, a SsangYong fez algumas mudanças em sua linha. Lançou um novo Ko-rando e tratou de substituir o motor 2.3 litros diesel europeu da picape Actyon Sports, que ainda ganhou uma reestiliza-ção e novo interior.

O novo turbodiesel tem 2.0 litros e é da italiana VM Moto-ri – que também fornece mo-tores diesel para o Grupo Fiat. São 155 cv a 4 mil rpm e 36,7 kgfm de torque constantes entre 1.500 e 2.800 rotações.

O conjunto é sempre atrelado a um câmbio automático de seis marchas da australiana DSI. É suficiente para levar o modelo à velocidade máxima de 163 km/h. A aceleração de zero a 100 km/h fica na casa dos 13 segundos. A tração é traseira, com 4X4 e reduzida com acionamento eletrônico através de um seletor no pai-nel. Antes, a Actyon Sports utilizava um antigo 2.3 litros de origem Mercedes-Benz, de 141 cv e 31,6 kgfm.

O visual também foi bastan-te mexido pela SsangYong. A nova frente tem assinatura de Giorgeto Giugiaro, responsá-vel por dar um aspecto con-sideravelmente mais agradá-

vel ao modelo. A frente com conjuntos óticos redondos foi substituída por uma com traços mais convencionais. Os faróis grandes ladeiam uma grade trapezoidal, com o em-blema da marca ao centro. O perfil continua o mesmo, com uma singular linha de cintura ascendente, que termina nu-ma caçamba alta e volumosa. A Actyon Sports, entretanto, é sensivelmente menor que ou-tras picapes médias do merca-do. São 4,99 metros de compri-mento e 1,91 m de largura – 35 cm e 25 cm a menos, respec-tivamente, que modelos como Chevrolet S10 e Ford Ranger.

Por dentro, o pacote trazido pela versão mais cara GLS é

bem completo. Há bancos em couro com ajustes elétricos, te-to solar, além de ar-condiciona-do automático, volante multi-funcional e trio elétrico. Freios ABS e airbags frontais com-pletam o conjunto. O modelo ainda pode ser equipado com uma central multimídia com conexões Bluetooth, USB, câ-mara de ré, TV digital e até en-trada para modem de internet 3G. Por isso, a SsangYong cobra R$ 109.900, razoavelmente me-nos que picapes nacionais com motor diesel e nível semelhante de equipamentos. Uma Che-vrolet S10 LTZ com motor 2.8 diesel de 200 cv e itens como sistema multimídia MyLink e transmissão automática sai

por R$ 139.790. Enquanto isso, a Ford pede mais elevados R$ 147.390 por uma Ranger argen-tina equipada a altura da picape sul-coreana.

DIVULGAÇÃO

A mudança no visual definitivamente fez muito bem à Actyon Sports. A picape ganhou linhas mais aprazíveis aos olhos, ainda que mantenha o jeitão um tanto tosco já conhecido. A versão GLS é bem equipada e além dos itens triviais, como ar-condicionado, trio elétrico e direção hidráulica, traz também bancos em couro com acionamento elétrico e teto solar

NÚMEROS

2.0 turboO novo turbodiesel tem 2.0 litros e é da italiana VM Motori

155 cvpotência máxima quando

36,7 kgfmtorque máximo

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