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8/17/2019 Autor Desconhecido - A Tragedia Grega http://slidepdf.com/reader/full/autor-desconhecido-a-tragedia-grega 1/15 A TRAGÉDIA GREGA

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A TRAGÉDIA GREGA

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Dionísio, o deus do teatro

Comumente, entre nós, modernos, a palavra "tragédia" tornou-se uma aplicação costumeira para designar um acontecimento doloroso, catastrófico, acompanhado de muitas vítimas, ouainda para descrever o desenlace de uma paixão qualquer que redundou num horrível

assassinato !ara os gregos, entretanto, tragiós era outra coisa # tragédia definia acima detudo uma forma artística, ou algo que somente ocorria entre os grandes $a visão de#ristóteles, um dos primeiros a estudar o impacto dos espet%culos teatrais, a tragédia seria"uma representação imitadora de uma ação séria, concreta, de certa grande&a, representada, enão narrada, por atores em linguagem elegante, empregando um estilo diferente para cadauma das partes, e que, por meio da compaixão e do horror provoca o desencadeamentoli'erador de tais afetos"

# tragédia como catarse

#ristóteles criou o conceito de catarse#ristóteles não preocupou-se em esta'elecer qualquer teoria so're a tragédia nem concentrou-se nos aspectos técnicos do espet%culo mas no comportamento do p('lico Concluiu que oespet%culo tr%gico para reali&ar-se como o'ra de arte deveria sempre provocar a )atarsis, acatarse, isto é a purgação das emoç*es dos espectadores #ssistindo as terríveis dilaceraç*esdo herói tr%gico, sensi'ili&ando-se com o horror que a vida dele se tornara, sentindo uma

 profunda compaixão pelo infausto que o destino reservara ao herói, o p('lico deveria passar  por uma espécie de exorcismo coletivo #tri'ui-se + concepção de #ristóteles, que associa atragédia + purgação, ao fato dele ter sido médico, o que teria contri'uído para que eleentendesse a encenação dram%tica como uma espécie de remédio da alma, audando as

 pessoas do auditório a expelirem suas próprias dores e sofrimentos ao assistirem o desenlace

.erói /r%gico

centro do espet%culo teatral gira em torno do destino infeli& do herói, tema comum a maior  parte das narrativas e das sagas antigas $elas ele é apresentado como uma figura radiante, umvencedor que est% no esplendor da vida, usufruindo dos feitos das suas armas, envolto numaauréola de glória quando, repentinamente, v0-se vítima de uma alteração 'rusca do destino1m acontecimento sensacional, terrível, sufoca as suas alegrias, condu&indo-o + desgraça,arremessando-o ao mundo das som'ras #ssim é que 2dipo é rei de /e'as, onde casou com a

rainha vi(va e com a qual teve quatro 'elos filhos 3dois var*es e duas moças4, quando tudodeu para desa'ar ao seu redor 5m outra peça, #gamemnon, o rei de 6icenas, ao retornar paracasa vitorioso depois de ter pilhado /róia, sucum'e pelo golpe assassino de Cliptemnestra,sua mulher, e do amante dela !rometeu, o titã que trouxe do limpo o fogo dos céus para oshomens, 'anido, termina preso e encadeado no alto das montanhas do C%ucaso 

.omero e a tragédia

s poemas de .omero, tanto a 7líada como a disséia, oferecem v%rios desses momentos deinfelicidade pelos quais os grandes passam8 o desespero de #quiles quando perde o seu amigo

!%troclo num com'ate9 o encontro de 1lisses com #quiles na morada dos mortos9 a desgraça

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de .eitor, o 'ravo guerreiro morto num duelo pela defesa da sua cidade9 a humilhação de!ríamo, o velho rei de /róia, que é o'rigado a suplicar a #quiles pela devolução do corpo dofilho o'etivo do poeta porém não é exatamente o mesmo do autor dram%tico 5ssesepisódios da "7líada" e "disséia" fa&em parte da narrativa geral cua intenção é enaltecer a

 'ravura e os feitos dos com'atentes e não provocar a compaixão ou qualquer outro sentimento piedoso nos leitores ou ouvintes :egundo #l'in ;es< "a epopéia homérica é para a

o'etivação do tr%gico na o'ra de arte somente um prel(dio"

s postulados do tr%gico

!ara poder-se di&er que um espet%culo é uma tragédia é preciso que ele apresente certascaracterísticas facilmente identificadas pelo p('lico 5m primeiríssimo lugar, deve revelar adignidade da queda herói é sempre uma figura reconhecidamente grande, importante, queconsegue manter a integridade moral quando as coisas desandam ao seu redor 2 pois, umestóico Depois, h% de verificar-se a import=ncia da altura da queda, transmitindo a idéia dacaída de um mundo de segurança e felicidade, que se v0 ilusório, para as mais profundas dasmisérias >ueda, diga-se, que o herói deve aceitar em sua consci0ncia $ão se entende como

tragédia o caso da vítima ser alguém sem vontade, condu&ido como se fosse um surdo-mudo para a desgraça, um marionete inconsciente dos deuses 5, por (ltimo, a tragédia resulta deuma falta a'soluta de solução $ão h% outra saída do que aquela determinada pelosacontecimentos que vão se descortinando frente ao herói

5stoicismo e tragédia

# tragédia tam'ém tornou-se uma inspiração para a filosofia estóica que, desde os seus princípios, estava determinada a demonstrar os terríveis estragos que a paixão humana provocava s%'io estóico :0neca 3? #C- @A4 serviu-se de peças com urdidura tr%gica comouma admoestação e advert0ncia para mostrar o desespero que acomete aqueles que se deixamguiar por elas ao não sa'erem impor limites ao ardores do coração, su'metendo-o aos poderesda lógica 3esta, comumente, foi a interpretação da tragédia que chegou a nós no cidente comforça 'em maior do que aqueles que os grandes autores dram%ticos da Btica lhe davam4

Cristianismo e tragédia

!ara alguns autores cristãos a tragédia é um g0nero que pertence exclusivamente ao mundo pagão cristianismo teria 'anido a tragédia por que ela simplesmente não se enquadra naidéia da alma pecadora que atinge sua redenção por uma graça de Deus, pois não h% salvação

nem perdão para o herói tr%gico 5la, a tragédia, só seria possível na cultura pré-cristã quedesconhecia os princípios do arrependimento e da a'solvição, ou o gesto inesperado emiraculoso da graça divina 3o artifício do /heos ex machiné, largamente utili&ado por 5urípides, foi interpretado por muitos como um recurso teatral, não pertinente + ess0ncia daconcepção grega da tragédia4 !ode-se até coneturar ter sido a própria vida de Cristo umatragédia definitiva, uma cat%strofe moral de tamanha dimensão que superou todos os possíveisdramas, não deixando espaço emocional para que nada mais pudesse emparelhar-se aosofrimento do :alvador # representação popular da paixão e do martírio de esus, que atéhoe é encenada nos autos religiosos, ini'iu para sempre a dramaturgia cristã

riginalidade do teatro

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:a'emos que os poetas da récia #ntiga exploraram outros g0neros, tais como o dramasatírico e a comédia, mas nenhum deles teve a transcend0ncia alcançada pela tragédia,fa&endo com que o espet%culo tr%gico fosse o que mais profundamente se enrai&ou na tradiçãocultural moderna

6uitas das contri'uiç*es culturais que nos chegaram pelas mãos dos gregos, tais como a

Eilosofia, a eometria, a !intura Cer=mica, a #rquitetura, a 6(sica, a .istória, a 6edicina, a;iteratura 2pica e ;írica, a 6itologia, etc, com certe&a eram de origem riental mesmo, porém, não se deu com o /eatro :e !it%goras e !latão a'e'eram-se da filosofia e dageometria egípcia 9 se .eródoto inspirou-se nas crFnicas anatólicas, persas e egípcias9 semesmo .omero inspirou-se em narrativas épicas de outros povos, tal não pode di&er-se dosautores tr%gicos # /ragédia é a mais pura criação da cultura grega antiga e, quandotransplantada para outras culturas, não encontrou a mesma receptividade

teatro grego, um espet%culo de massas

s concursos tr%gicos

#s encenaç*es tr%gicas, tais como as conhecemos, tiveram início com a institucionali&ação dachamada D<onissia, os "Concursos /r%gicos", no governo do tirano ateniense !isístrato 3cercaAG@-AG? aC4 Eamoso por ter sido "h%'il e 'onacheirão", o autocrata rapidamentecompreendeu a potencialidade política do /eatro, dele lançando mão para populari&ar o seuregime :ólon 3@@H-AAI aC4, o mais famoso legislador ateniense, ao dar-se conta disso, certave& a'andonou em pleno andamento, uma representação que assistia em protesto contra amanipulação política das artes velho s%'io, desiludido, retirou-se do teatro sentindo-sevencido

1ma "personaJ

 $aquela época a encenação teatral ainda dava seus primeiros passos e seu apogeu só se deuno século seguinte, no século K aC, ao surgir a trindade dos so'er'os autores tr%gicos82squilo, :ófocles e 5urípedes ciclo da tragédia só encerrou-se quando, + época de#ristóteles, no século 7K aC, o ovem teatrólogo #gaton compFs peças cuos elementos nãose inspiram mais na tradição, e sim resultam da sua própria criação período a'arca mais oumenos uns cento e cinqLenta anos, mas o seu apogeu concentrou-se do início das guerras

 persas 3?IM-?HM aC4 até encerrar-se com a morte de 5urípedes em ?M@ aC 3dois anos antesda capitulação de #tenas perante 5sparta4, isto é uns NM ou HM anos ;iterariamente seusmarcos seriam a primeira apresentação de "s !ersas" de 2squilo, que se sup*e tenham

ocorrido em ?NO aC, e as "#s /roianas" de 5urípedes em ?PA aC# organi&ação das dionisíacas

60s Denominação da festa

De&em'ro # !equena Dionisíacaaneiro # ;anea

Eevereiro #nthesteria

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6arço # rande Dionisíaca, cele'rada após a procissão das !anatenéias, que duravam seisdias

5m cada uma delas, concorriam apenas tr0s poetas, escolhidos pelo .onor%vel #rconte, o patriarca da cidade # inscrição era volunt%ria, ca'endo ao autor apresentar tr0s tragédias e umdrama satírico, - uma tetralogia Ca'ia ao 5stado 3/heorica4 a premiação dos poetas e a

manutenção, durante a temporada, do sustento dos h<pocrites 3os atores4 s integrantes docoro por sua ve& eram mantidos por patrocinadores privados, em geral atenienses ricos que procuravam ganhar o respeito da sociedade e o reconhecimento p('lico com a pr%tica domecenato Eeita a escolha dos tr0s autores, o nome deles era su'metido a uma votação por uma comissão de AMM uí&es 3AM de cada um dos demos da cidade4 que colocavam o nome doseu preferido escrito numa pequena esfera que, depois, era depositada numa das de& urnasexistentes no !%rtenon # o'ra daquele que foi indicado começa a ser representada a partir dohor%rio matutino, sendo que as dos outros preencherão os dias restantes até que o festival seencerrasse poeta escolhido tinha o seu nome anunciado pelo heraldo e, em seguida, ele eracoroado pelo .onor%vel #rconte com uma coroa de hera, a planta sagrada de Dionísio

# /ragédia rega

:ócrates, um ini'idor da tragédiaQ

# filosofia + época da tragédia

5ntende-se a época da récia Cl%ssica como um dos momentos supremos da racionalidadehumana, um dos poucos instantes em que imperaram as lu&es em meio a um mundo desuperstição, assustado pelas malignidades so'renaturais 5ssa interpretação, de viésiluminista, muito difundida até nossos dias, merece porém alguns reparos 5stes só foram

 possíveis graça + intensificação da pesquisa erudita e de uma maior seriedade científica nahistoriografia moderna 3estimulada de certo modo pelas intuiç*es do poeta .Rlderlin e de

 $iet&sche4 resultado da "reavaliação" indica uma sociedade grega muito mais complexa,onde os elementos racionais tam'ém estavam acossados pelo assom'roso, pela superstição,misticismo e medo do oculto !elo menos numa escala 'em maior do que suspeitavam oshistoriadores iluministas e positivistas do século passado

Daremos alguns exemplos de como conviviam dialeticamente esses elementos racionais eirracionais entre alguns pensadores e políticos do período cl%ssico Sepresentativo é caso deTenofonte que relata na parte final da "#n%'asis", na qual ele a'orda a import=ncia dos rituaisinterpretativos 3a an%lise das vísceras de um animal sacrificado4 para decidir o destino da

tropa que ele comandava, alertando os seus leitores para os perigos que incorrem aqueles quenão o'servam os aug(rios 5m nenhum momento esses discípulo de :ócrates pFs em d(vida avalidade de tal tipo de crença

helenista suíço #ndré Uonnard tam'ém mostrou essa am'igLidade do universo culturalhel0nico $em mesmo as escolas filosóficas escaparam de escorregadelas nas crendices

 populares Demócrito, o filósofo atomista, levando ao extremo o seu materialismo, acreditavaque o sangue das mulheres menstruadas servia com um perfeito antídoto contra os insetosdevoradores de cereais /emístocles, o consagrado herói da vitória so're os persas, nãohesitou em sacrificar vidas humanas aos deuses nas vésperas da vitória de :alamina3repetindo um ritual que em nada deveu aos praticados nos tempos arcaicos, quando o rei

#gamennon, por exemplo, imolou a própria filha4

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7mpacto do Sacionalismo

#pesar dessas puls*es do irracional 3h% um céle're ensaio do helenista 5S Dodds so'reisso4, foi ineg%vel o impacto do pensamento racionalista so're a sociedade grega em geral,audando-os a superarem o domínio dos mitos pelo domínio da ra&ão 5 aqui nos

demoraremos para descrever sinteticamente como se processou esse fenFmeno, dando-lheuma origem material $o século K aC, o século de ouro da cultura grega, ocorreu umaradical mudança no pensamento convencional, tri'ut%rio do mundo místico-rural #ampliação das relaç*es econFmicas dos gregos para regi*es cada ve& mais distantes fe& comque o pensamento convencional, de origem rural, entrasse em crise #s cidades crescem e comelas a presença das classes médias aumenta $ota-se por toda a parte uma descrençagenerali&ada nos deuses homéricos filósofo Tenófanes ironi&ou a religião di&endo que "seos cavalos pudessem se expressar, criariam deuses feitos a sua imagem" #s antigas escolasracionalistas-naturalistas 3como a de 6ileto4 que discutiram exaustivamente a composição domundo material, deram lugar, desde :ócrates, aos de'ates humanistas, que cuidaram então dedeterminar se os valores humanos 3tais como o da idéia do 'em e da idéia do 'elo4 eram ou

não permanentes Com a expansão da democracia, questionou-se tudo s sofistas, mestres profissionais da palavra e do pensamento, emergem com vigor naquele mesmo séculolançando d(vida so're tudo aquilo que lhes parecia ortodoxo ou dogm%tico $esta pol0micaem'arcam :ócrates, o maior dialeta ateniense, e seu ovem discípulo !latão, que procuramerguer limites + avalanche dos sofista

# pol0mica foi tão intensa que afetou as artes c0nicas /anto na comédia de #ristófanes comonas encenaç*es tr%gicas de 5urípides verifica-se quão profundamente o espírito dadesconfiança no que era esta'elecido enrai&ou-se na população ateniense desafio dossofistas ao pensamento convencional e + ortodoxia religiosa auxilia-nos a compreender afunção que a /ragédia ir% ocupar - a tarefa de voltar a agregar pela emoção violenta o que sedesagrega na esfera das crenças !ara $ie&tsche, porém, a desagregação que mais tarde iriaocorrer com a representação do tr%gico que ele considerava a melhor expressão da vitalidadedo grego, deveu-se ao espírito excessivamente inquisidor de :ócrates #o querer, o filósofo,sa'er a origem dos comportamentos morais, ao exigir, para todas as sensaç*es, umaexplicação lógica, ele teria ini'ido o espontaneísmo necess%rio + representação dram%tica socratismo teria sufocado a livre manifestação dos instintos '%sicos

# /ragédia rega

culto a Dioniso

#s encenaç*es teatrais gregas derivaram dos cultos dedicados a Dionísio, o PGV deus dolimpo, protetor das vindimas 3que provavelmente originou-se da Bsia4 5timologicamente"Dionísio" significa o filho de Weus 3os romanos chamaram-no de Uaco4 $a época dacolheita as comunidades rurais dedicavam ao deus festivo, cinco dias de folias ungidas commuito vinho, até provocar a em'riague& coletiva Durante as 'acantes, isto é, as festasdionisíacas, ninguém poderia ser detido e aqueles que estivessem presos eram li'ertados para

 participarem da festança geral

Corifeu e o Coro

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!ara entreter os participantes das festas 'acantes, audando a passar o tempo, eramorgani&adas pequenas encenaç*es, ora dram%ticas, ora satíricas, coordenadas por um corifeu5ste torna-se um personagem chave na deflagração da encenação, apresentando-se como omensageiro de Dionísio #companhava-o um coro que tinha a função de externar por gestos e

 passos ensaiados os momentos de alegria ou de terror que permeavam a narrativa corifeu eo coro são os elementos '%sicos do /eatro, formam o ponto de partida da encenação que mais

tarde assumir% algumas alteraç*es 'em definidas

#s 60nades 3Uacantes4

#s 60nades em festa

#ntes de prosseguirmos na descrição dos espet%culos teatrais devemos fa&er algumaso'servaç*es so're esse quase desconhecido culto a Dionísio, que penetrou su'-repticiamentena sociedade grega #credita-se que sua origem primeira veio da /r%cia, sendo que asmulheres daquela região da récia foram suas principais adoradoras 5m'riagadas ousimulando encontraram-se "possuídas", endemoninhadas, lançando so're si cin&as e pó, as

seguidoras de Dionísio refugiavam-se em locais ermos para, em contato com o ar livre e anature&a selv%tica, exorci&ar a "possessão" Chamavam-nas de 6énades ou Uacantes e temosv%rias refer0ncias de grupos femininos que peram'ulavam pelas montanhas e 'osques numestado de permanente frenesi, alimentando-se de ervas, 'agas silvestres e leite de ca'raselvagem :egundo senso comum, Dionísio as alimentava # origem psico-sociológica dessecomportamento não foi ainda suficientemente avaliada, mas pode-se supor que derivasse deuma reação patológica + exclusão cada ve& maior das mulheres da vida coletiva afastamento volunt%rio e a conseqLente entrega a um estado de possessão, seguidos de umtremor '%quico, onde em'riague& e a devoração de animais se intercalavam, atuavam comouma terapia + sua crescente marginali&ação Diga-se que essa 'i&arria não passoudesperce'ida aos médicos e sociólogos gregos daquela época que a definiam como uma forma

 prosaica de loucura - o cori'antismo atingido por tal loucura, excluídas as circunst=nciasexteriores capa&es de provocarem o fenFmeno, via estranhas figuras, ouvia o som de flautas ecaia num profundo paroxismo, sendo atacado por um furor irresistível de dançar !ortanto, oculto dionisíaco conservou, como um componente essencial, essas explos*es imprevisíveis,an%rquicas e passionais, que fi&eram com que $iet&sche as identificasse como as autenticasmanifestaç*es de uma vitalidade aprisionada pela moral, pelo preconceito e pela ra&ão

Sesist0ncia a Dionísio

Como não poderia deixar de ser, perante uma cele'ração tão su'versiva dos costumes, houve

enorme resist0ncia por parte de reis e dos sacerdotes na aceitação do novo culto # lenda, por sua ve&, conservou o nome de !roteu, Sei de /e'as, que teria amargado um triste destino por ter-se oposto a ele Com o decorrer dos tempos Dionísio tornou-se cada ve& mais"respeit%vel" #s festas dionisíacas transformaram-se num ritual cada ve& mais organi&ado edisciplinado, rece'endo uma cuidadosa atenção das autoridades civis e religiosas

#polo, o deus sím'olo da racionalidade, da 'ele&a e da intelig0ncia, estendeu finalmente seus 'raços para Dionísio /ranspondo tal esquemati&ação para a encenação teatral podemosafirmar que a /ragédia, como espet%culo, era a domesticação apolínea dos desregramentos deDionísio Consciente dominando o 7nconsciente9 o Sacional su'ordinando o /emer%rio9 o:ol desvelando a /reva #o reprodu&ir frente ao p('lico o inesperado, o passional, imaginava-

se conter Dionísio, domesticando-o !or isso entende-se a o'servação de $iet&sche que

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afirmou que os gregos foram o'rigados a erguer dois altares na encenação teatral8 um para#polo e o outro a Dionísio

#polo, o sol, domesticador de Dionísio

s Ditiram'os

#credita-se que o texto tr%gico resultou da evolução dos ditiram'os 3X4 - as canç*es dedicadasa Dionísio :urgiram, em seus tempos primeiros, sem nenhuma ordem, pois eram cantados

 por amigos em'riagados que confraterni&avam num 'anquete Desde #ríon, o ditiram'o passou a ser regularmente interpretado pelo coro, cele'rando o começo da !rimavera e afloresc0ncia das videiras, sendo alegres ou tristes conforme a disposição dos 'acantes

texto tr%gico tam'ém resultou de um conunto de outras express*es liter%rias, tal como a poesia lírica e a poesia épica >uer di&er, quando a composição tr%gica começou a seconstituir numa forma dram%tica de poderosa penetração popular, % havia uma longa tradiçãocultural cuas origens se perdem nos confins da história

Conte(do do /exto Dram%tico

!or outra parte, muito se discute o conte(do ideológico do texto dram%tico !ara muitos elefoi o veículo utili&ado pela no're&a eup%trida para difundir os ideais agFnicos 3enaltecendo aimport=ncia da sophros<ne e da aloagatia, o senso de medida e de equilí'rio, quecompunham os ideais da vida aristocr%tica4 :e, por um lado, é ineg%vel a exist0ncia de umdiscurso calcado nos valores aristocr%ticos de honra, de sangue e de vontade, por outro, otexto dram%tico expressou o momento da perplexidade dos ha'itantes da polis, constitui-senuma complexa relação onde o passado 3os dramas das famílias aristocr%ticas4 inspirou adiscussão coletiva das quest*es que atormentavam a comunidade no presente >uer di&er,mesmo que a intenção dos autores fosse difundir o ethos aristocr%tico em meio a ple'eur'ana, o espet%culo tr%gico transcendeu tais limites, tornando-se uma força dram%ticacoletiva

Destino da Comunidade

2squilo nas "#s suplicantes" apoia a aliança militar com #rgos e nas "5uménides" discute odestino e a sacralidade do areópago, o tri'unal dos magistrados da !olis, supremo poder 

 udici%rio dos gregos 5urípedes tanto nas ".er%clidas" como em "#ndrFmaca" lançaviolentas farpas contra 5sparta $o final das contas, não é o drama de restes ou os tormentos

do Sei 2dipo e de seus filhos que estão em ogo #quelas histórias eram apenas matéria-primado autor tr%gico, a argamassa com a qual ele procurava moldar novas realidades querealmente lhes interessava era o destino da comunidade, o destino da !olis, que a&ia oculto

 pelo manto ou pela armadura dos heróis $ão é em vão que a tragédia cl%ssica apresenta tantoempenho em apresentar quest*es urídicas, em crimes, em tri'unais, em castigos e puniç*es,revelando com isso todo o questionamento do indivíduo e suas relaç*es com a comunidade/odos os meandros urídicos e éticos são espelhados nas tragédias como resultado das tens*esda comunidade, tens*es que derivam de fatores externos 3a presença do imperialismo persa eda sempre ameaçadora 5sparta4 e internos 3os conflitos entre os eup%tridas e a ple'e ur'ana4

# /ragédia como :íntese

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sucesso da representação tr%gica no século K aC deveu-se + agudi&ação dessas tens*es 'em como da ampliação das perplexidades dos indivíduos, cuas ligaç*es anteriores 3com os ph<lai, com os deuses domésticos, com as velhas fidelidades e compromissos4 entraram emcrise

# /ragédia rega

6edéia, a mulher dos feitiços

5ncenação e tem%tica

#tri'ui-se ao teatrólogo /espis 3cerca AG@ aC4 a criação de uma antagonista em relação aocoro, mas desconhecemos qual era a sua função original Erínico 3cerca de APO aC4, maistarde, colocou em cena um ator representando v%rios papéis inclusive os femininos Eoisomente com 2squilo que os principais c=nones da encenação foram esta'elecidos, a começar 

 pela adoção de dois atores8 o protagonista e o deuteragonista

!ara Uuchardt a limitação do n(mero de atores na maior parte das representaç*es teatraisdeveu-se + quest*es de ordem técnica 5ram escassos os h<pocrites que possuíam a vo&sonora e a postura so'er'a necess%ria para tornarem-se audíveis, impondo sua presença parauma platéia que podia chegar até seis mil pessoas helenista . D E )itto refuta talargumentação indicando que o n(mero de atores, maior ou menor, devia-se +s intenç*esdram%ticas do autor Com :ófocles deu-se a adição de mais um ator, o tritagonista, que,seguindo )itto, entende-se, sociologicamente, como fruto da necessidade de refletir adin=mica que o individualismo adquire na sociedade ateniense cada ve& mais democrati&ada2 evidente que tal aumento da dimensão da individualidade refletia uma possi'ilidadedram%tica mais intensa, permitindo definir com mais precisão os conflitos de car%ter, de

 personalidade e até das posiç*es políticas de cada um Uasta lem'rarmos de #ntígona, de2dipo, de restes, de !rometeu, de Eedra, de .ipólito, e mesmo de 6edéia, cuascaracterísticas pessoais fi&eram com que se consagrassem como personalidades universais

Declínio do Coro

Com o passar do tempo verificou-se uma significativa diminuição da atividade do coro5ntendendo-se que ele representava sim'olicamente a coletividade arcaica - vestígio da vidaantiga marcada pelo coletivismo tri'al - o coro ficou cada ve& mais desfocado e deslocado navida ur'ana .egel, o filósofo que dedicou not%veis o'servaç*es em seus estudos so're atragédia, viu a crescente polari&ação entre o protagonista e o coro uma afirmação hipostasiada

da relação social8 o conflito entre o herói aristocr%tico e a comunidade ple'éia 5sseenfrentamento favorecia e destacava dramaticamente o herói na medida em que ele era aexclusiva vítima de um destino ingrato e cruel, atraindo para si as atenç*es do auditório

5nredo /r%gico

!arece que só em seu início a tragédia preocupou-se com a tem%tica contempor=nea Erínicoa'ordou a "/omada de 6ileto" em ?IO aC e, como lem'rou um assunto desagrad%vel para osatenienses, ele foi multado em mil dracmas próprio 2squilo iniciou sua carreira devencedor dos concursos tr%gicos com a peça "s !ersas" /udo nos leva a crer que a'ordar assuntos extraídos da atualidade tra&ia pro'lemas para os autores, fa&endo então que

 procurassem inspiração nos velhos mitos e lendas conhecidos por todos $esse sentido não

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havia originalidade, pois as histórias eram de domínio p('lico 5sse é um dos aspectos quemarcam a profunda diferença entre o teatro cl%ssico e o moderno #tualmente o p('licomoderno é atraído pela novidade do enredo, que ser surpreendido !ara os atenienses, pelocontr%rio, eram os efeitos dram%ticos que o autor o'tinha extraídos de um velha e sa'idahistória é que importavam e não o enredo 7sso explica por que temos, na mesma época, amesma história teatrali&ada por autores diferentes, sendo que cada um ao seu modo,

selecionava um aspecto específico da história, dando mais 0nfase ao que considerava como omais adequado aos seus propósitos dram%ticos

 $a "restéia" de 2squilo, por exemplo, 5lectra aparece como um personagem a'solutamentesecund%rio, apenas um elemento de reforço ao drama vivido pelo seu irmão restes Com5urípedes, 5lectra adquire outra dimensão, sendo a protagonista, a autora intelectual, daterrível vingança que levou sua mãe Cliptemnestra + morte, enquanto que o seu irmãorestes, é visto apenas como o instrumento do seu ardil :a'e-se que o p('lico permitiaalgumas alteraç*es na história original $a lenda, por exemplo, 2dipo não se cegou, morrendotranqLilamente em seu leito :ófocles, porém, deu-lhe o destino de um po're cego, auto-exilado e a'andonado por todos De resto, o p('lico ateniense sempre deu demonstraç*es de

arraigado conservadorismo, o que explica o insucesso de 5urípides, o mais "avançado" deseus teatrólogos # const=ncia desse autor em pro'lemati&ar a'ertamente o contempor=neo eapresentar +s inustiças cometidas 3'asta lem'rarmos as filípicas de 6edéia contra os .omensem geral e o ideal do guerreiro em particular4 fe& com que ele fosse considerado pelos seuscontempor=neos, apesar dos louvores de #ristóteles, como um autor menor 3e um eternoderrotado nos concursos teatrais4

6ito como 7nspiração

6%scara de um ovem

# possível explicação da extraordin%ria quantidade de peças produ&idas pelos tr0s grandescl%ssicos da dramaturgia grega 3ao redor de tre&entas, das quais só nos restaram GO4, deveu-se+ rique&a tem%tica das histórias míticas gregas /odas elas estreitamente vinculadas + culturacoletiva De certo modo as lendas e as narrativas que envolviam os heróis e as famíliasilustres formavam um imenso reservatório a'e'erado sem parar pelos poetas

s aspectos técnicos

mapa físico do teatro grego

antigo teatro grego, construído sempre em forma circular devido ao sim'ologismo m%gico e perfeito da circunfer0ncia, compunha-se de tr0s grandes partes8 P4 a rquestra, em geral umaespaço circular 'em em frente + platéia de onde o chefe do coro, o oriaphaios, dirigia-se aos

 presentes explicando o que iriam assistir9 O4 o !rosc0nio 3em frente a cena4, a parte decoradado teatro, onde os atores 3.<pocrates4 fa&iam a sua encenação 3divida em tr0s entradas4, ondeos cen%rios se alteravam8 G4 #uditório, o )olia, em forma semicircular que envolvia aorquestra e o prosc0nio 5ra dividido em dois setores 3Dia&oma4, sendo que o que estava mais

 próximo do espet%culo era chamado de !roedria, reservado +s autoridades e aos convidadosmais eminentes, e onde se sentava o mais honor%vel dos espectadores - o 5lefthereosDion<ssos, o sumo sacerdote de Dionísio

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espet%culo utili&ava-se de uma série de recursos mec=nicos para auxiliar o efeito dram%tico pretendido pelos poetas, destacando-se8 P4 o #eorema, era uma espécie de trapé&io em que umdeus 3/heos ex machiné4, era descido até o cen%rio para resolver uma trama aparentementesem solução :im'oli&ava uma espécie de chegada da ustiça reparando os desacertos doshomens procurando esta'elecer uma concórdia geral9 O4 !eriactoi, eram dois pilarescolocados nas extremidades do cen%rio que giravam ao redor de um eixo audando a mudar o

fundo da cena9 G4 5eclema, uma plataforma suspensa na qual se colocava o corpo das pessoas mortas, porque nunca se representava em frente ao p('lica a morte ou o suicídio dos personagens

1ma persona, a m%scara do ator 

s atores, sempre homens, apresentavam-se com !ersonas, com m%scaras, não revelando suaverdadeira identidade 3daí serem chamados de h<pocrites4 # idade, o sexo, a import=nciasocial e o estado espiritual de cada personagem vinha, por assim di&er, "escrita" na m%scara5la tinha que ter uma expressão 3triste&a, alegria, pavor, etc4 claramente identificada pelo

 p('lico, sem pairar nenhum d(vida so' qual tipo de emoção o personagem se encontrava

dominado naquele momento do ato

# /ragédia rega

# eclipse da tragédia

apogeu da tragédia ocorreu num momento de extraordin%ria complexidade sociológica ehistórica8 o avanço da democracia e o declínio do poder político dos eup%tridas, atransfer0ncia de fidelidade e compromissos dos indivíduos do clã para a polis, a descrença nosdeuses tradicionais e a erupção do movimento sofista, que se conugam com os not%veisdesafios vindo de fora que os atenienses tiveram que enfrentar 3a ameaça persa e,

 posteriormente, pelo enfrentamento com 5sparta4, na luta pelo hegemonia do mundo hel0nico5la, a tragédia, conheceu a sua eclipse na medida em que a tecitura histórica se alterou

# !erda da #utonomia da !olis

 $o século 7K aC #tenas, exaurida pela longa uerra do !eloponeso, travada contra 5sparta, pouco pFde fa&er para assegurar a sua autonomia, para preservar a 5leutéria 3independ0nciaem face ao estrangeiro4 Eelipe 77 e seu filho #lexandre, da 6acedFnia, após a vitória noscampos de 'atalha, terminam por impor-se so're as !oléis gregas # su'missão delas ao5stado 7mperial 6acedFnico fe& com que perdessem a li'erdade política e econFmica !or 

conseqL0ncia, o espet%culo c0nico, que era o momento do encontro da comunidade com suas perplexidades, o momento de reflexão e catarse coletiva, deixou de ter sua ra&ão de ser

# Eilosofia 5xistencial

Como resultado da decad0ncia do espet%culo tr%gico, surgiram, su'limando as emoç*escoletivas, diversas correntes filosóficas 3denominadas de pós-socr%ticas4 que secaracteri&aram por expressar o retorno ao privado, ao su'etivo, ao íntimo, que são as escolasdos cínicos, dos estóicos, dos cépticos e dos epicuristas Cada uma delas apresentou umaversão, muito própria, da su'etividade grega dilacerada # partir de então, os espet%culosc0nicos deixam de ser a representação das ang(stias e anseios da coletividade, sendo

apreciados apenas como divertimento e la&er Deu-se pois uma transfer0ncia de preocupaç*es,

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do geral ao particular, criando-se as condiç*es para o surgimento da filosofia "existencial" do período helenístico $ão foi o socratismo com o seu racionalismo e o recurso + lógica - comoacusou $iet&sche - quem em'araçou e esva&iou a tragédia do seu sentido, mas sim o fator 

 político que, ao fa&er a cidade-estado perder a 5leutéria 3a li'erdade face ao estrangeiro4,tornou o espet%culo tr%gico sem sentido # /ragédia encontrou então a sua morte

#utores e peças

2squilo 3AOA-?AA a C48 o mais místico dos autores gregos Culpa e castigo o tema comum, pensamentos som'rios, paix*es violentas8 sua religião é o terror9 sua moral, sofrer paraaprender Das HM ou mais peças que escreveu só nos restaram sete8Data prov%vel 3aC4 /ítulo da peça?NO s persas?@N s sete contra /e'as?@? #s suplicantes?AH #gamemnon?AH Coéfora

?AH 5um0nides?GP !rometeu acorrentado

:ófocles 3?IN-?MA aC48 considerado o maior dramaturgo grego, viveu quase por inteiro oséculo de !éricles !rocurava conciliar ra&ão e fé :eus heróis cola'oram com o destino,fa&endo por merecer a fatalidade, procurava colocar a situação como se o destino fosse ateoria e os homens a pr%tica #pra&-lhe g0nios fortes colocando-os com tímidos eacomodados Duas de suas o'ras servirão a Ereud para ela'orar a teoria do complexo de2dipo e o complexo de 5lectra 2 o mais representado dos autores gregos nos temposmodernos :uas o'ras principais são8

:ófocles

Data prov%vel 3aC4 /ítulo da peça?GM s /raquineos??O #ntígona??M #ax?PM 5lectra?MI Eiloctetes?MN 2dipo o tirano?MA 2dipo em Colono

5urípides 3?HM-?M@ aC48 influenciado pelo movimento sofista, foi o mais progressista dostr%gicos gregos, não chegando entretanto a negar as tradiç*es :up*e-se que tenha sido umdos primeiros autores a colocar e analisar o amor e o ci(me no teatro .umanista eindividualista, tratou do drama do homem comum $a opinião de #ristóteles 3in !oética4"pintou os homens como são" #s suas principais o'ras, em n(mero de PI, são8

5urípides

Data prov%vel 3aC4 /ítulo da peça?AM Sésus

?GH #lceste

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?GP 6edéia?GM s .er%clidas?OH .ipólito?ON #ndrFmaca?O? .éca'e?OO #s suplicantes

?OO .éracles?OM 5lectra?PA #s troianas?PO .elena?P? Yon?PG 7fig0nia em /auris?PM s Eenícios?PM 7fig0nia em #vlis?PM Uaco?MH s Ciclopes?MH restes

# /ragédia rega

/ermos regos

#gFnico - %gon, competição esportiva hípica, musical ou liter%ria, especialmente nas festassolenes reali&adas em honra +s divindades, tais como, ogos olímpicos, píticos, nemeus eístmicos

Ditiram'os - composição em versos e est=ncias irregulares que exprimem entusiasmo oudelírio /am'ém entende-se como o elogio entusi%stico, até o exagero

Corifeu - diretor ou regente dos coros nas tragédias

5udemonia - felicidade espiritual e material como supremo fim

Drama - significa a grosso modo "algo que est% a passar"

/eatro - "um lugar onde se olha" 3. D, E )itto, /rag 7, OMN4

:ophros<ne - o 'em senso, equilí'rio, idéia da medida, do meio-termo

 $omos - lei

;ogos - ra&ão

5unomia - hierarquia, 'oa ordem, pacífico

.eteria - clu'e de iniciados, sociedade secreta

5uphros<ne - alegria ou 'anquete acompanhado do canto do aedo

)alón - 'onito

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5use'eia - piedade

 $óus - intelig0ncia

#reté - virtude humana, concepção de excel0ncia, s%'io, famoso

#gathós - esthlós - homem excelente

#gonística - relativo a luta, luta pela vida 3Z techne agonistié4

.<'ris - orgulho irracional, sem limites, desordem

.<'ris 5xterna - política agressiva, de conquista

)osmes - ordem

Di0 - ustiça

#diía - inustiça

7segoria - igualdade de palavra

:ophros<ne - sa'edoria, autodomínio, disciplina

)r%tos )<rios - autoridade legítima

)r%tos Uía - força 'rutal, coerção

!eithé - doce persuasão

)alogagat<a - 7déia de equilí'rio entre as propriedades corporais e espirituais, físicas emorais

# /ragédia rega

Ui'liografia

U$$#SD, #ndré Civili&ação rega 5st(dios Cor, ;is'oa, G v, PI@@U1SC).#SD/, .istória de la Cultura riega 7'éria, Uarcelona8 A v, PI?N

DDD:, 5S - s gregos e o irracional, ;is'oa, radiva, PIHH

#55S, [erner !aidéia .erder, :ão !aulo8 s\d

)7//, . D E # /ragédia rega #rmando-#mado, Coim'ra8 O v, PINO

;5:)7, #l'in ;a /ragédia riega ;a'or, Uarcelona8 PINM

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 $75/W:C.5, E rigem da /ragédia uimarães, ;is'oa8 s\d

S.D5, 5r]in !sique ;a'or, Uarcelona8 O v, PING

K5S$#$/, !9 $#>15/, ! 6ito e /ragédia na récia #ntiga Duas Cidades, :ão !aulo8PINN

http8\\educaterraterracom'r\voltaire\cultura\tragedia^gregaPhtm