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Autossomica dominante

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Doença Autossômica Dominante

Herança hereditária

O modo como certas características da espécie humana passam de uma geração a outra revela que existem vários tipos de herança.

Em todas as espécies, os descendentes se parecem com os progenitores em traços físicos, morfológicos e fisiológicos.

Os fatores ou unidades determinantes da herança chamam-se genes, e a ciência que os estuda é denominada genética. As características transmissíveis do ser humano estão contidas nos 46 cromossomos, estruturas encontradas no núcleo das células do organismo. Esses cromossomos dispõem-se emparelhados dois a dois, em 23 pares, no núcleo de cada célula. Vinte e dois deles formam os chamados autossomos, idênticos em ambos os sexos. O par restante é constituído pelos cromossomos sexuais XY no homem e XX na mulher.

Os caracteres genéticos também podem definir características como doenças e anomalias hereditárias que são transmitidas por genes específicos dominantes ou recessivos.

Dois conceitos importantes para o desenvolvimento da genética, no começo do século XX, foram os de fenótipo e genótipo, criados pelo pesquisador dinamarquês Wilhelm L. Johannsen (1857 – 1912).

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Fenótipo

O termo “fenótipo” (do grego pheno, evidente, brilhante, e typos, característico) é empregado para designar as características apresentadas por um indivíduo, sejam elas morfológicas, fisiológicas e comportamentais. Também fazem parte do fenótipo características microscópicas e de natureza bioquímica, que necessitam de testes especiais para a sua identificação.

Entre as características fenotípicas visíveis, podemos citar a cor de uma flor, a cor dos olhos de uma pessoa, a textura do cabelo, a cor do pêlo de um animal, etc.

Genótipo

O termo “genótipo” (do grego genos, originar, provir, e typos, característica) refere-se à cosntituição genética do indivíduo, ou seja, aos genes que ele possui. Estamos nos referindo ao genótipo quando dizemos, por exemplo, que uma planta de ervilha é homozigota dominante (VV) ou heterozigota (Vv) em relação à cor da semente.

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Doença hereditária

As doenças hereditárias são um conjunto de doenças genéticas caracterizadas por transmitir-se de geração em geração, isto é de pais a filhos, na descendência e que se pode ou não manifestar em algum momento de suas vidas. Não deve se confundir doença hereditária com:

Doença congênita: é aquela doença que se adquire com o nascimento e se manifesta desde o mesmo. Pode ser produzida por um transtorno durante o desenvolvimento embrionário ou durante o parto.

Doença genética: é aquela doença produzida por alterações no DNA, mas que não tem por que se ter adquirido dos progenitores; assim ocorre, por exemplo, com a maioria dos cancros (câncer).

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Classificação das doenças hereditárias

As doenças hereditárias podem ser:

Doenças poligênicas: São um conjunto de doenças hereditárias produzidas pela combinação de múltiplos fatores ambientais e mutações em vários genes, geralmente de diferentes cromossomos. Também se chamam doenças multifatoriais.

Doenças cromossômicas: São devidas a alterações na estrutura do cromossomo, como perda cromossômica, aumento do número de cromossomos ou translocações cromossômicas. Alguns tipos importantes de doenças cromossômicas podem-se detectar no exame microscópico. A trissomia 21 ou síndrome de Down é um transtorno freqüente que sucede quando uma pessoa tem três cópias do cromossomo 21 (entre um 3 e um 4% dos casos são hereditários; o resto são congênitos).

Doenças monogênicas: São doenças hereditárias produzidas pela mutação ou alteração na seqüência de DNA de um sozinho gene. Também se chamam doenças hereditárias mendelianas, por se transmitir na descendência segundo as leis de Mendel. Conhecem-se mais de 6000 doenças hereditárias monogênicas, com uma prevalência de um caso por cada 200 nascimentos.

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1ª Lei de Mendel: Lei da Segregação dos Fatores

Em 1864, Gregor Mendel estabeleceu pela primeira vez os padrões de hereditariedade de algumas características existentes em ervilheiras, mostrando que obedeciam a regras estatísticas simples.

O trabalho de Mendel provou que a aplicação da estatística à genética poderia ser de grande utilidade.

A primeira lei de Mendel diz que “cada característica é determinada por dois fatores que se separam na formação dos gametas, onde ocorrem em dose simples”, isto é, para cada gameta masculino ou feminino encaminha-se apenas um fator.

Essa hipótese ocorreu depois de vários experimentos efetuados por Mendel o que levou a comprovação sobre a questão de dominância e recessividade.

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Em 1902, enquanto estudava a formação dos gametas em gafanhotos, o pesquisador norte americano Walter S. Sutton notou surpreendente semelhança entre o comportamento dos cromossomos homólogos, que se separavam durante a meiose, e os fatores imaginados por Mendel. Sutton lançou a hipótese de que os pares de fatores hereditários estavam localizados em pares de cromossomos homólogos, de tal maneira que a separação dos homólogos levava à segregação dos fatores.

As bases celulares da segregação

A redescoberta dos trabalhos de Mendel, em 1900, trouxe a questão: onde estão

os fatores hereditários e como eles se segregam?

Atualmente se sabe que os fatores a que Mendel se referiu são os genes (do grego genos, originar, provir), e que realmente estão localizados nos cromossomos, como Sutton havia proposto. As diferentes formas sob as quais um gene pode se apresentar são denominadas alelos. A cor amarela e a cor verde da semente de ervilha, por exemplo, são determinadas por dois alelos, isto é, duas diferentes formas do gene para cor da semente.

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As doenças monogênicas transmitem-se segundo os padrões hereditários mendelianos como:

Doença autossômica recessiva. Para que a doença se manifeste, precisa-se de duas cópias do gene mutado no genoma da pessoa afetada, cujos pais normalmente não manifestam a doença, mas portam cada um uma cópia do gene mutado, pelo que podem o transmitir à descendência. A probabilidade de ter um filho afetado por uma doença autossômica recessiva entre duas pessoas portadoras de uma só cópia do gene mutado (que não manifestam a doença) é de 25%.

Doença autossômica dominante. Só se precisa uma cópia mutada do gene para que a pessoa esteja afectada por uma doença autossômica dominante. Normalmente um dos dois progenitores de uma pessoa afetada manifesta a doença e estes progenitores têm 50% de probabilidade de transmitir o gene mutado a seu descendente, que manifestará a doença.

Doença ligada ao cromossomo X. O gene mutado localiza-se no cromossomo X. Estas doenças podem transmitir-se a sua vez de forma dominante ou recessiva.

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Doença Autossômica DominanteHerança autossômica dominante

Na herança autossômica dominante um fenótipo é expressado damesma maneira em homozigotos e heterozigotos. Toda pessoa afetadaem um heredograma possui um genitor afetado, que por sua vez possuium genitor afetado, e assim por diante, como no heredograma ao lado:

Nos casamentos que produzem filhos com uma doença autossômica

dominante, um genitor geralmente é heterozigótico para a mutação e o

outro genitor é homozigótico para o alelo normal. Pode-se escrever os

genótipos dos pais como:

Cada filho desse casamento tem uma chance de 50% de receber o alelo anormal (A) do genitor afetado e, portanto ser

afetado (A/a), e uma chance de 50% de receber o alelo normal (a) e, assim não ser afetado (a/a).

Critérios da herança autossômica dominante

O fenótipo aparece em todas as gerações, e toda pessoa afetada tem um genitor afetado.

Qualquer filho de genitor afetado tem um risco de 50% de herdar o fenótipo.

Familiares fenotipicamente normais não transmitem o fenótipo para seus filhos.

Homens e Mulheres têm a mesma probabilidade de transmitir o fenótipo aos filhos de ambos os sexos.

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Exemplos de Doenças Hereditárias transmitidas por genes Autossômicos Dominantes:

Anemia Falciforme

Acondroplasia

Retinoblastoma

Doença de Huntington (DHQ)

Neurofibromatose de Von Recklinghausen (NF1)

Polidactilia

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Referências

http://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_here

dit%C3%A1ria#Classifica.C3.A7.C3.A3o_das_d

oen.C3.A7as_hereditarias

http://www.ufv.br/dbg/BIO240/dg16.HTM

http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Genetic

a/leismendel3.php