Upload
maria-luiza-braga
View
258
Download
12
Embed Size (px)
DESCRIPTION
O presente trabalho procura inicialmente estudar novas tecnologias construtivas na área de pré fabricados, para em uma segunda etapa desenvolver através de pesquisas comparativas e estudos de materiais um sistema construtivo para habitações de baixo custo, em painéis pré fabricados removíveis incentivando a autoconstrução e valorizando a customização. Compreendendo a realidade social e politica do país, assim como as disponibilidades e demandas do mercado.
Citation preview
Aluno Frédéric Camelo HomerinOrientador Raquel Naves Blumenschein
3
AUTOTEKTONSistema de autoconstrução para habitação
Autor: Frédéric Camelo HomerinOrientadora: Raquel Naves Blumenschein
Caderno de projeto final para conclusãoCurso de Arquitetura e UrbanismoUniversidade de Brasilia 2º Semestre / 2016
4
AGRA
DEC
IMEN
TOS
A Minha orientadora, Raquel Naves Blumenschein, por ter confiado e acreditado em meu projeto, e pela sua orientação interessada e atenciosa
A minha companheira de todas as horas e aventuras Carol, pelos conselhos, pelo seu carinho, seu sorriso e paciencia nas horas dificeis, e por estarsempre presente.
Minha família, que mesmo fisicamente distante, nunca deixou me sentir só. Sempre presente quando necessário, com os melhores conselhos que eu poderia desejar receber, e o carinho indiscutível que só vocês sabem dar.
Ao professor Ivan Manoel Rezende, por todo seu apoio técnico, sua incrivel paciencia e dedicação.Aos amigos Victor e
o Diego, pela ajuda insuperável que fez toda a diferença!
Augusto Cristiano Prata Esteca, pela parceria em diversos projetos, a compreensão e apoio descontraído e sincero.
5
AGRA
DEC
IMEN
TOS - RESUMO: 07
- INTRODUÇÃO: 08 Moradia digna: 10 Deficithabitacional: 12
- OBJETIVOS: 14 INICIATIVAS: Estado:minhacasaminhavida- 16Sociedadecivil:Teto: 18 -REFERÊNCIAS: 20 Walter’sway: 20 Eameshouse: 21 Furniturehouse: 22 Flatpakhouse: 23 Universalworldhouse: 24 Homesapiens: 24 Playmobil: 25
-CONCEITOS: 26
-DIRETRIZES: 30 Autoconstrução: 31 Modulação/Industrialização: 36 Condicionantesedeterminantes 38
- OBJETIVOS: 44
-CONDICIONANTESeDETERMINANTES: 45 NBR15575: 36 WoodFrame: 40 Placacimenticea: 41 Estudoscomplementares: 41
-CONCLUSÃO: 42
-ESBOÇOPRELIMINAR: 43
-DEFINIÇAO DE PROJETO: 44
-PROJETO: 46 Estudovolumétrico: 47 Plantasbaixas: 48 Fachada: 54 Perspectivas: 55 Vedaçãoeacabamento: 56 Cobertura: 58 Detalhedospaineis: 60
-ESTUDOESTRUTURAL: 62 Barras: 63 Conectores: 64
-HIDRÁULICA: 66
-CONTEXTUALIZAÇÃOURBANA: 67 Casasgeminadas: 68
-RENDERIZAÕES: 70
-BIBLIOGRAFIA: 72
SUM
ÁRI
O
6
Opresentetrabalhoprocurainicialmenteestudarnovastecnologiasconstruti-vasnaáreadepréfabricados,paraemumasegundaetapadesenvolveratravésdepesquisascomparativaseestudosdemateriaisumsistemaconstrutivoparahabitaçõesdebaixocusto,empainéispréfabricadosremovíveisincentivandoaautoconstruçãoevalorizandoacustomização.Compreendendoarealidadesocialepoliticadopaís,assimcomoasdisponibilidadesedemandasdomercado.
RESUMO
Palavras chave: Modulação,préfabricado,autoconstrução,Doityourself,autogestão,apoiomutuo,sistemaconstrutivo,habitaçãodeinteres-sesocial,MMC,Woodframe,Fibrocerâmica.
7
“LE PROGRÉS SOCIAL DES MASSES EST SUBORDONNÉ AU PROGRÉS DES DISPOSITIONS SOCIALES DE L’ARCHITECTURE” Jean Baptiste André Godin
8
Apreocupaçãodohomemcomasegurança,suaedeseusdependentes,étãoantigaquantosuaexistência.Preocupando-semeramentecomosperigosmaisevidentesemumprimeirotempo,nosdeparamoscomoconceitomaisrudimentardeabrigo:umespaçopreferencialmentecoberto,proporcionandosegurançaerefúgio.Nodecorrerdahistória,pode-setraçarumriquíssimoeheterogêneorepertóriodepreocupaçõesesolu-çõesencontradasporcadacomunidadeesociedadehumana. Nãoexisteainda,emtermodelinguagemarquitetônica,umaúnicaeidealsoluçãouniversalquepoderiasatisfazeratodasasnecessidadesedemandasprovindasdosquatrocantosdomundo,considerandosuasparticularidadessociais,econômicas,geográficas,climáticaseculturais.Porémhá,sim,umapreocupa-çãodeseconstruirconceitosdebem-estar,vidadignae,conse-quentemente,demoradiadigna,quereinvadeaagendapolíticacontemporâneaapartirdofimdaIIGuerraMundial.Nessecontexto,oArtigo25,Parágrafo1ºdaDeclaraçãodosDireitosHumanosadotadapelaONU,redigidaem1948,jádemonstraapreocupaçãocomrespeitoaotemadamoradia,dentrodoconceitodebem-estar:
INTR
OD
UÇÃO
“Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle”.
FotoemBrasilia,Fotodeautoriaprópria.
9
Ouseja,paraassegurarobem-estarsocial,énecessárioquesegaranta,emcon-junto,umalistadepré-requisitos,sendoamoradiaumelemento-chaveparaavidadignadeumafamília.AlémdaDeclaraçãodosDireitosHumanos,em1966,foielaboradoumtratadoadotadopelaAssembleia-GeraldasNaçõesUnidas:oPactoInternacionaldeDireitosEconômicosSociaiseCulturais(PIDESC)que,entreoutrostemas,reforçanovamenteodireitoàhabitaçãocomofundamentaldireitohumano:
“Os estados-partes no presente Pacto reconhecem o direito de toda pessoa a um nível de vida adequado para si próprio e para sua família, inclusive à alimentação, vestimenta e mo-radia adequadas, assim como uma melhoria contínua de suas condições de vida. Os Estados-partes tomarão medidas apro-priadas para assegurar a consecução desse direito, reconhe-cendo, nesse sentido, a importância essencial da cooperação internacional fundada no livre consentimento” (Artigo 11, Parágrafo 1°).
NocasodoBrasil,apesardeserassinantedoPIDESC,somenteem2000apreo-cupaçãocomamoradiafoioficializadanaConstituiçãoFederal,comapromulga-çãodaEmendaConstitucionaln°26:
“São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição” (Artigo 6).
FotosdafaveladoBugrenabaixadaSantista,SãoVicentesetorGrajauGoiania.Todasasfotossãodeautoriaprópria-2014
10
Segurança da posse:amoradianãoéadequadaseosseusocu-pantesnãotêmumgraudesegurançadepossequegarantaaproteçãolegalcontradespejosforçados,perseguiçãoeoutrasameaças.
Disponibilidade de serviços, materiais, instalações e infraestrutura:amoradianãoéadequada,seosseusocupantesnãotêmáguapotável,saneamentobásico,energiaparacozinhar,aque-cimento,iluminação,armazenamentodealimentosoucoletadelixo.
Economicidade: amoradianãoéadequada,seoseucustoameaçaoucomprometeoexercíciodeoutrosdireitoshumanosdosocupantes.
Habitabilidade: amoradianãoéadequadasenãogarantirasegurançafísicaeestruturalproporcionandoumespaçoadequado,bemcomoproteçãocontraofrio,umidade,calor,chuva,vento,outrasameaçasàsaúde.
Acessibilidade: amoradianãoéadequadaseasnecessidadesespecíficasdosgruposdesfavorecidosemarginalizadosnãosãolevadosemconta.
Localização: amoradianãoéadequadaseforisoladadeoportu-nidadesdeemprego,serviçosdesaúde,escolas,crecheseoutrasinsta-laçõessociaisou,selocalizadosemáreaspoluídasouperigosas.
Adequação cultural:amoradianãoéadequadasenãorespeitarelevaremcontaaexpressãodaidentidadecultural”(UNITEDNATIONS,1991)Itemn°8,comentáriogeraln°4.
“Numa primeira reflexão, a moradia aparece em nossa mente como um abrigo que nos protege e dá privacidade. Para o homem da caverna talvez a habitação fosse apenas isso mesmo. Já para o homem medieval, entretando, a habitação era mais que isso, pois, pelo menos no caso do homem urbano, era também seu local de trabalho. Já sob o modelo capitalista de produção, a habitação terá outros papéis e significados” VILLAÇA, 1986.
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
MORADIA DIGNAApósoficializarodireitoàmoradiadigna,énecessáriocompre-enderesseconceitoeenquadrá-loemumconjuntoderequisitosespecíficos.ASecretariadosDireitosHumanosdaPresidênciadaRepublica(SDH-PR)retrata,nasuapublicação“DireitosàMoradiaAdequada”(2013),embasando-senosconceitosdoPIDESC,7critériosmínimosparaaaceitaçãodeumahabitaçãoconsideradadigna.Sãoeles:
Fotonoassentamentosemteto,Grajau,Goiania.2007
FotoMichaelWolf-HongKong
11
ApublicaçãodoIBGE,“Síntesedeindicadoressociais,umaanálisedosindica-doresdevidadapopulaçãobrasileira”,de2010,ressaltaaconceitualizaçãode”assentamentoprecário”daUN-HABITAT(ProgramadasNaçõesUnidasparaosAssentamentosHumanos),complementandoadefiniçãodemoradiadignacommaisduaspreocupaçõesessenciais:
Sendoassim,percebemosqueoconceitode“moradiadigna”vaimuitoalémdeumsimplesabrigoqueofereceproteçãocontraasvariaçõesclimáticas,nãoseresumindoaumtetoequatroparedes.Sãonecessários,nomínimo,9critériosbásicosparaseconsiderarqueumahabitaçãoéumamoradiadigna.Nãoéoescopodesteprojetosolucionartodosositens,umavezquefatoresambientaiscomosaneamento,coletadelixo,oumesmoprestaçãodeserviçospúblicosnãoestãoaoalcancedaproposta,masserãolevadosemconsideraçãonafaseproje-tualedevemserdestacados.
1)
2)
Durabilidade da construção(emlocalnãoperigosoecomestruturapermanenteeadequa-da);e
Área suficiente para viver(nãomaisqueduaspessoascompartilhandoomesmodormitório).
Fotodeautoriaprópria.Bugre,SãoVicente,baixadasantista-2014
FotoMichaelWolf-HongKong
12
DÉFICIT HABITACIONALTendoemvistaqueoIBGEenquadranashabitaçõesprecáriassomenteasconstruçõesfeitasemmateriaisdiferentesdealvenaria,istoé,tapumes,lonaseoutrosmateriaisimprovisadosetem-porários,etomandoaspremissasdoPIDESCedaUN-HABITATjámencionadasanteriormente,podemosconsiderarqueográfico1nãonosproporcionaumaexataretrataçãodarealidadenoquedizrespeitoacarênciadehabitaçãodequalidadenoBrasil.Setomadaemcontaafaltadeinfraestruturageralesaneamento,assimcomoconceitosdedurabilidadedaconstruçãoeáreadevivencia,iremosperceberqueademandahabitacionaldignaémuitomaior.Paraisso,traremosinformaçõescomplementares,tantodeoutrabasesdedadosfederaiscomodeoutrasvariáveisdesagregadasdaprópriaPNADdeanosanteriores.
Alémdisso,segundoaFundaçãoJoãoPinheiro,odeficithabitacionalbrasileiroem2012erade5,4milhõesdedomicílios,dosquais4,6milhões,ou85,9%,estavamlocalizadosnasáreasurbanas.Podemosnotarnatabela1,oitemreferentea“Condiçãodeocupação”eanalisá-lonaperspec-tivade“segurançadeposse”.AregiãocommaiorinsegurançadeposseéaCentro-Oeste,com65,6%dosdomicíliospróprios,abaixodamédianacional. Considerandoadificuldadedeafirmarcomexatidãoapopulaçãoresidenteemassentamentosprecários,principalmenteempesquisasamostrais,comoéocasodaPNAD,utilizou-secomoproxyadistribuiçãoderendimentos(até½saláriomínimoderendimentodomiciliarpercapita).SegundoaPNAD2009,asmoradiasqueseenquadravamnesseperfilrepresentavam19,0%dototaldedomicíliosdopaís.Sendoque,paraasRegiõesNorteeNordeste,foiconstatadoumaproporçãomuitoacimadamédianacional:30,7%e36,3%,respectivamente.JáasRegiõesCentro-Oeste(16,4%),Sudeste(12,2%)eSul(10,9%)demonstram,nestecontexto,umasituaçãobemmaisfavorável(vergráfico5)
Uma vez compreendido o conceito de “moradia digna” podemos analisar as condições de moradia da população brasileira. Analisando os dados da PNAD
Fonte:PNAD-IBGE2013
13
Habitação precária: domicílios particulares permanentes ou improvisados, do tipo casa ou apartamento, cujo material predominante nas paredes externas não seja alvenaria ou madeira emparelhada. DATAsocial
“A chamada falta de habitação, que hoje em dia desempe-nha na imprensa um papel tão grande, não consiste no facto de a classe operária em geral viver em casas más, apinhadas e insalubres. Esta falta de habitação não é algo próprio do presente; ela não é sequer um dos sofrimentos próprios do moderno proletariado, (...) ela atingiu de uma forma bastante parecida todas as classes oprimidas de todos os tempos. (…) Aquilo que hoje se entende por falta de habitação é o agra-vamento particular que as más condições de habitação dos operários sofreram devido à repentina afluência da população às grandes cidades; é o aumento colossal dos alugueres, uma concentração ainda maior dos inquilinos em cada casa e, para alguns, a impossibilidade de em geral encontrar um alojamen-to.” (ENGELS, 1873)
Fonte:PNAD-IBGE/2012Elaboração:FundaçãoJoãoPinheiro-FJ
14
15
OBJ
ETIV
OS
Permitir o acesso à habitação de qualidade para as camadas sociais mais desfavorecidas, aproveitando processos de industrialização para garantir, através de painéis moduláveis uma construção de simples execução e alta versatilidade e mutabilidade.
16
ESTADOMINHA CASA MINHA VIDA
ConformeaprópriadefiniçãonositedobancoCaixaEconômica:
Minhacasaminhavida:“ÉumainiciativadoGovernoFederalqueoferececondiçõesatrativasparaofinanciamentodemora-diasnasáreasurbanasparafamíliasdebaixarenda.Emparceriacomestados,municípios,empresaseentidadessemfinslucra-tivos,oprogramavemmudandoavidademilharesdefamíliasbrasileiras.Éoportunidadeparaquemprecisaemaisdesenvolvi-mentoparaoBrasil.”http://www.caixa.gov.br/voce/habitacao/minha-casa-minha-vida/urbana/Paginas/default.aspx
OprogramaMCMVfoicriadopelogovernofederalem2009,tendocomoobjetivos,atravésdaconstruçãode1milhãodehabitações,diminuirodeficithabitacionalnopaís,impulsionaromercadoimobiliário,assimcomogeraracriaçãodenovospostosdetrabalho,procurandominimizarosefeitosdacriseeconômica.
Oprogramavisavaessencialmenteasfamíliascomrendadeaté3saláriosmínimos,masnãoseresumiaaessaparceladapopu-lação,proporcionando,comconsiderávelaportederecursosdopróprioOrçamentoGeraldaUnião(OGU),financiamentosdediversostipos,específicosparacadaparceladasociedade.
Cadaumadasfaixaspossuisuaespecificidadequantoaofinan-ciamento.Porexemplo,paraocasodasfamíliascomrendadeatétrêssaláriosmínimos,elassebeneficiamdesubsídiointe-gral,comisençãodoseguro,alémdepagamentodeprestaçõesmensaislimitadasa10%darendaporumperíododedezanos.Jáparaosmunicípiosacimade50milhabitantes,oprogramaestabeleceumaparceriapublico/privadoentreasconstrutoraseogovernomunicipal.
Oprogramavemsendocolocadoempraticadesdeentão,jáentrandonasuaterceiraediçãoanunciadapelapresidentaDilmaRousseffdia03/07/2015.Porém,elevemrecebidodiversascriti-cas,comoapontaHaroldoPinheiro,presidentedoCAU/BR:
“O “Minha Casa Minha Vida 3” foi gestado da mesma forma que os anteriores: um programa que atende sobretudo aos interesses do setor priva-do e não da sociedade como um todo. Se isso não for corrigido, perderemos uma vez mais a oportu-nidade de utilizar os recursos vultosos do programa para reorganizar as cidades em benefício de todos. O Estado não pode abrir mão de seu papel de pla-nejador do uso e ocupação do solo de nossas cida-des. Os prefeitos, ao receberem verbas do Minha Casa Minha Vida, devem pensar no futuro de suas comunidades, não fechar os olhos para a prolifera-ção de anomalias urbanas, seduzidos por inaugura-ções imediatistas de obras com a presença de altas autoridades. Sem planejamento amplo e bom uso dos mecanismos previstos no Estatuto das Cidades para coibir a especulação imobiliária, os subsídios do Minha Casa Minha Vida beneficiam mais os latifundiários urbanos que a população de baixa renda. Agora, com a ampliação das faixas de renda que podem ter acesso ao programa, precisamos ficar atentos para a lógica do mercado imobiliário não prevalecer sobre os interesses sociais”.
Apreocupaçãocomacriaçãode“cidadesdor-mitórios”,arquiteturadequalidadequestioná-veleespeculaçãoimobiliáriaéjustificada,po-rémoprogramavemsidocontinuado,játendomaisde1,5milhãodehabitaçõesentreguese5milhõesdepessoasbeneficiadasdesde2009,comoapontadonositedogovernofederal.Fonte:http://www.brasil.gov.br/infraestrutura/minha-casa-minha-vida
INICIATIVAS
17
O programa é dividido em 3 principais faixas:
Faixa 1 - Famílias com renda mensal bruta de até R$ 1.600,00;
Faixa 2 - Famílias com renda mensal bruta de até R$ 3.275,00;
Faixa 3 - Famílias com renda mensal bruta acima de R$ 3.275,00 até R$ 5 mil.
OprogramapossuiumatabeladetipologiasarquitetônicasapresentadanacartilhadoMCMV.
Tipologia mínima apresentada para casa térrea:-02quartos,sala,cozinha,banheiroeáreadeserviço;-Transição:áreaútilmínimade32m²(nãocomputadaáreadeserviço).-Acessibilidade:áreaútilmínimade36m²(nãocomputadaáreadeserviço).
Tipologia mínima apresentada para apartamento:
-02quartos,sala,cozinha,banheiroeáreadeserviço;-Transição:áreaútilmínimade37m².-Acessibilidade:áreaútilmínimade39m².
https://www.techo.org/paises/brasil/amigos-do-teto/?gclid=Cj0KEQjw17i7BRC7toz5g5DM0tsBEiQAIt7n-LJuHz4qWK0_9yUEXdy5URgS3PdSNVLpO3kPAt5tIUtQaApD68P8HAQ
18
SOCIEDADE CIVILTETO OTETOouTECHO,éumaONGinicialmentefundadanoChile,masjádifundidaemdiversospaísesdaAméricalatina,incluindooBrasil.Suapreocupa-çãoconsistenaelaboraçãodeabrigosrudimentaresparafamíliasemsituaçãodeextremaprecariedade.Seguindoummétodoconstrutivodepainéispréfabrica-dosempinho,suaconstruçãoéextremamentesimples,podendoserrealizadaporqualquergrupodevoluntáriosdispostosatrabalhar. Apesardesetratardeumaconstruçãoextremamenterudimentar,seumétodoconstrutivochamaaatençãoporsuasimplicidadeefuncionalidade.Poucaspessoassãonecessáriasparaaconstruçãodeumaunidadehabitacional(entre4e5pessoassãoosnúmerosdevoluntáriosdemandadospelaONGparaaconstruçãodeumaunicade).Aconstruçãotambémnãonecessitanenhumtipodeequipamentoes-pecializadocomogruas,ospainéissãocarregadosdeumpontodeentregaemcaminhãoatéaobra,pelosprópriosvoluntáriosemoradoresnamão.Alémdafacilidadeconstrutivaoquepermiteumaheterogeneidadedemãodeobra,aobradeveserconcluídaemnomáximodoisdias,sendooprimeiroparacolocaçãodasestruturasdefundação(pilotisdeeucaliptos,podendofun-cionarcomopalafitaemcasodeterrenosmaisalagados)eacolocaçãodopiso(geralmenteconstituídopordoispainéispréfabricados)ereservandoosegundodiaparaasvedaçõeseacoberturaemzinco.Alémdafacilidadeconstrutivaoquepermiteumaheterogeneidadedemãodeobra,aobradeveserconcluídaemnomáximodoisdias,sendooprimeiroparacolocaçãodasestruturasdefundação(pilotisdeeucaliptos,podendofun-cionarcomopalafitaemcasodeterrenosmaisalagados)eacolocaçãodopiso(geralmenteconstituídopordoispainéispréfabricados)ereservandoosegundodiaparaasvedaçõeseacoberturaemzinco.
19
“O TETO é uma organização presente
na América Latina e Caribe, que busca
superar a situação de pobreza em que
vivem milhões de pessoas, através
da ação conjunta entre moradores de
assentamento precários e jovens voluntários.”
Fonte:https://www.techo.org/paises/brasil/amigos-do-teto/?gclid=Cj0KEQjw17i7BRC7toz5g5DM0tsBEiQAIt7n-LJuHz4qWK0_9yUEXdy5URgS3PdSNVLpO3kPAt5tIUtQaApD68P8HAQ
20
Walter’s wayWaltersegal1980
LocalizadanazonasuldeLondres,encontra-seumapequenavieladisfarçadaporarvoresfartasesuas13casasatípicasdocenáriolondrino,maiscomumenteconfundidasporchalessuíços,templosjaponesesouumretirodeartistas,comoapelidadaspelosmoradoresvizinhos.IdealizadapeloarquitetodeorigemalemãWalterSegal,apropostadoarquitetosefirmanapremissadequequalquerindivíduocomconhecimentosbásicosdemanuseiodeferramentassimplescomomartelo,cerrademadeiraeumaparafusadora,poderiaexecutarseusistemaparaarealizaçãodesuaprópriaresidencia.Embasandoseuprojetonalivreassociaçãoeprincípiosdecomunidade,Segaldesenvolveseuprojetoutilizandoamadeiraemodulaçãocomoelementoscentrais.Estima-sequeopreçofinaldometroquadradodecadacasaseriadecercade1/3dovalormédiodamoradiapadrãobritânica.Oarquitetoacreditaqueacasadeveseadaptaraseusmoradores,enãooinverso,oqueolevouacriarumsistemadefaciladaptabilidadeepersonificação,removendoasparedesouestendendo-amantendoamodulaçãopadrão.
SegundoBarbaraHicks,moradoraoriginaldaviela:
Apósdoisanosdeconstruçãoconjunta,osconstrutoresamadorespodiamadquirirsuasresidenciascomprando-asporpreçosextremamenteconvidativos.Apesardeboapartedosmoradoresiniciaisjáteremseretirado,avielaéconhecidacomoatípicanaregião.Tendomantidoseuespirito“façavocêmesmo”edecooperaçãomutua,apequenaruaéFamosapelascriançasbrincandoeumambienteacolhedor.
REFE
RÊNC
IAS
“There was a lot of peer-group support. If you needed more hands to lift something up, they’d come and help you. We’d be working on our individual homes, but when it was time to raise the main frame of the house, the whole group would stop what they were doing and come and help.” The guardian - ‘This isn’t at all like London’: life in Walter Segal’s self-build ‘anarchist’ estate
21
Eames houseCharleseRayEames1949
Tambémconhecidacomo“casestudyn°8”,acasafezpartedeumprogramadeestudodecasasresultantesdastecnologiasdesenvolvidasduranteasegundaguerramundial.Respondendoasdemandasenecessidadesdohomemmoderno.Intentandoprojetarsuacasaparaumcasalfictíciodeartistas,cujofilhosjánãomorariamcomeles,oresultadodoprojetodocasalCharleseRayEamesfoioEstudon°8
Suaestruturaéformadaporelementospréfabricadosdeaço,epainéisdemadeira,vidroeelementosdeconcreto.
fonte:http://segalselfbuild.co.uk/links.html:http://www.eamesfoundation.org/-http://w3eames.blogspot.com.br/2012/12/eames-house-frame-construction.html-https://archtech260.wordpress.com/2013/10/31/historical-precedents/
22
Furniture HouseShigeruBan(1995)
Preocupadocomaquestãodahabitaçãopósdesastrenaturalcomoterremotos,oarquitetojaponêsShigeruBanpropôsumasoluçãoinovadora.Tomandocomobasearecomendaçãodeseabrigarabaixodeummóvelresistenteemcasodeterremoto,oarquitetotomacomoiniciativautilizaromóvelcomoparteconstituintedaestruturadahabitação.Issoé,armárioseestan-tesformamasparedesestruturaisedivisóriasdacasa.
Criandomódulosdearmáriosdemenosde80kg,osmódulosconstituintesdacasapodemfacilmentesertransportadosporduaspessoaseseremalinhadosondesedesejaedificaraparede,posteriormentereforçadoporumavigademadeira.Alémdoprotótipojaponês,tambémfoiedificadoumnachina,dessavezutilizandoumcompensadonativoabasedebambu.
Criando módulos de armários de menos de 80kg, os módulos consti-tuintes da casa podem facilmente ser transportados por duas pessoas
Fontes:http://www.shigerubanarchitects.com/works/1995_furniture-house-1/index.htmlhttp://www.eames-foundation.org/
23
Flatpak HouseCharlieLazor(2004)
OprojetoidealizadopeloarquitetodeMinneapolis,CharlieLazoréconstituídoporpainéisde1,44m(8’)comaltadiversidadedetipologias,comvidro,semvidro,parcialmenterevestido,etc,per-mitindoumaliberdadedeescolhaaseucliente.
Acasapossuiumaestruturametálicaquelhepermitereceberate4pavimentos.Poremsuadiversidadeaindaéseletivaconformeoorçamentodocliente,oscilandoentrepreçosquevãode200a300dólaresometroquadrado.
Fontes:http://www.flatpakhouse.com/
24
Universal World HouseBauhaus-prof.DirkDonath(2009)
Procurandosubstituirashabitaçõesmaisprecáriasexistentes,delonaoutapu-mes,presentesnascomunidadesmaiscarentes,aempresaConsidoAGprocuroudesenvolverumprodutoextremamenteacessível.
Suasolução:umpainelabasedepapelrecicladoestruturadoemformatodecolmeiaimpermeabilizadocomceluloseeumaresinasintética.
Aestruturaemcolmeiajávemsendoutilizadohátempopelaindustrianáutica,masnuncacomummaterialtãofrágilcomoopapel.Porissoumtratamen-torigorosoabasedepressõesetemperaturaselevadasénecessárioparaaelaboraçãodoprodutofinal,umpainelde5cmdelargura,resistente,leveeimpermeabilizado.
Home Sapiens2014
OprojetodaempresaPortuguesaHomeSapiens,consisteemumsistemadeca-saspréfabricadas,constituídasdepainéisdepoliuretanoexpandido.3principaistipologiasformamocatalogodaempresa(T1,T2eT3),podendovariarsutilmen-tecompequenasextensões.
Acasadescansaemumaestruturaemradierindependentedosistema.Todaainfraestruturajáestaembutidanospaineis.
Fonte::http://inhabitat.com/5000-dollar-recycled-paper-house-by/http://www.homesapiens.pt/Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=YsVD8-INt6U
25
PlaymobilHansBeck(1974)
Playmobiléumaempresadebrinquedosdeplásticocriadosem1974peloalemãoHansBeck.Preocupadoscomacrisedopetróleoeoencarecimentodematériaprima,Hanssevênodesafiodeproduzirumbrinquedoresistente,barato,extrema-menteversátileatrativoparaascrianças.
Apesardenãosetratardeumprojetoarquitetônicopropria-menteditooudeumatecnologiaparticularmenteinovadora,osistemaconstrutivodaspequenasconstruçõesdobrinquedoéextremamenteinteressanteesemduvidaalgumameinfluencia-riatantonosconceitosdemodulaçãocomonasuaversatilidade.Obrinquedoofereceatravésdeumsistemasimplesdeencaixedospainéisqueconstituemasfachadasdasconstruções,umaliberdadecriativainteressanteeumafacilidadedeexecuçãoimpressionante,dandoaqualquercriançaapossibilidadedesesentirnapeledeumprojetistacomextremafacilidade.
O brinquedo oferece através de um sistema simples de encaixe dos painéis que constituem as fachadas das construções, uma liberdade criativa interessante
http://www.playmofriends.com/
26
CO
NCEI
TOS
27
MO
DU
LA
ÇÃ
OV
ER
SAT
ILID
AD
EC
UST
OM
IZA
ÇÃ
OA
UT
O C
ON
STR
UÇ
ÃO
PR
AT
ICID
AD
EIN
DU
STR
IALI
ZA
ÇÃ
OD
UR
AB
ILID
AD
ECO
NCEI
TOS
28
Considerandoocontextoapresentadoacima,dealtademandahabitacionaleen-tendendoasiniciativastantodoestadocomodasociedadecivilemercadológica,sepropõemdentrodessepanoramaumanovasoluçãodeprojeto.
Querendorespondertantoaquestãosocialassimcomosatisfazerasproble-máticaseconômicasdiretamenteligadasaoprocesso,esperasedesenvolverumsistemaarquitetônicoversátil,econômicoedesimplesexecução,mantendoaqualidadenecessáriaesperadadeumamoradiadignasegundoospadrõesjámencionadosacima.
Dessaforma,foitraçadoumconjuntodeconceitosespecíficosnorteadoresdoprojeto:
MODULAÇÃO: Acolunavertebraldoprojeto.Procura-seatravésdamodulaçãopermitirumaconstruçãomaissistematizadaesimples.
VERSATILIDADE: Apesardamodulaçãopoderserinterpretadacomoelementolimitador,compreende-sediferentemente,vendoopotencialinesgotáveldediversidadedepossibilidadesprojetaisapartirdeumsistemadeencaixeuniversal,comoseriacomumLEGO.
CUSTOMIZAÇÃO:Alémdafacilidadeparamontar,intenciona-sequesejatãofácildedesmontar.Permitindoassimqueaconstruçãosejafacil-mentereformulada,conformeanecessidadedomorador,emqualquerperíodoPermitindoaomoradorpersonalizarsuaresidenciaconformebementender.Seratambémprojetadoumagamadepainéisprocurandopreencherasdemandasdecadamorador.
29
AUTO CONSTRUÇÃO: Entende-secomauto-construçãoqueaedificaçãodaobrasejarealizadapeloprópriomoradorcomaajudadeduasoutrêspessoasnomáximo.Osistemadeveserleveesimplesosuficienteparaabolirousodequalquermaquinárioonerosoouquerequereriaumconhe-cimentotécnicomaisespecializado.Espera-sechegaremumprodutodefácilentendimentoeexecuçãoaimagemdeummóvelemkitcompradoemqualquerlojadedepartamento.
PRATICIDADE: Aconstruçãoprecisasersimplesosuficienteparaquequalquerpessoaautilizeconformesuasne-cessidadessemprecisardeconhecimentostécnicosespecíficos.
INDUSTRIALIZAÇÃO: Atravésdoprocessodeindustrializaçãoprocura-segarantirnãosomenteumpadrãodequalidade,mastambémumasistematizaçãodospainéisAlémdeproporcionarumbarateiosignificativocomaproduçãoemlargaescala.
DURABILIDADE: Oconceitodedurabilidadevaialémdosinônimodequalidade.Haumaverdadeirapreocupaçãosocialportrásdesseconceitoqueseriaoda“hereditariedade”daobra.Aconstruçãonãomaisétratadacomomeroabrigotemporáriodebaixocusto,masmantendoumpadrãodequali-dadeeumafacilidadedecustomizaçãoatravésdeseuprocessodeindustrializaçãoecustoacessível,procura-setransformararesidenciaemumbemmaterialparaafamília.Podendosertransmitidodegeraçãoageração,comfacilidadedemanuten-ção(aosimplesmentetrocarumpainelindesejado,ouampliararesidenciaconformeademandadafamília)contribuindonãosomentedeformaquaseimediataaoproblemadedeficithabitacional,mastambémproporcionandoumasoluçãoqueseestendealongoprazo,reforçandosuacontribuiçãosocialdeformamaiseficiente.
Fonte:Projetodoautor-modulos
fontes:http://decentfilms.com/reviews/moderntimeshttps://www.amazon.com/Freedom-Build-John-F-C-Turner/dp/0020896905http://streif.co.uk/products/housing-association/lyndhurst-road/
30
DIR
ETRI
ZES
Lapidandoosconceitosimaginadosinicialmente,quandoaindanaformamaisprimariadoestudo,foramdefinidasdiretrizesmaisespecíficas,procurandoassimorientardeformamaisefeti-vaotrabalho,permitindochegaraumprodutofinalqueabracedeformasatisfatóriatodasasintençõesiniciais.
Sendoassim,essasdiretrizesserãoapresentadasnessepróximocapitulo,tendocomobaseprincipalaAutoconstruçãocomoeixonorteadordoestudo.
Issodeve-seaofatodoconceitodeAutoconstruçãoenglobarporsisóquasetodososconceitosfundamentais,funcionandocomoacolunavertebraldoprojeto.
“the degree of this dominance is the degree in wich any society loses his social spontaneity [...] our ability to act for ourselves is inhibited in this way”
WARD COLIN, la pratica de la libertad
fontes:https://www.theguardian.com/society/2010/feb/22/colin-ward-obituaryhttp://theanarchistlibrary.org/category/author/colin-wardhttps://libcom.org/blog/colin-ward-13022010
31
AUTOCONSTRUÇÃOAautoconstruçãoemsuadefiniçãomaisabrangentenãoselimi-taaoscontextosdasociedademoderna,poisdesdesuarelaçãocomahabitaçãoedificadaohomemflertadeumaformamaisoumenosdiretacomanoçãodeautoconstrução.
Contudo,aautoconstruçãocomoétratadanabibliografiaestudadaentraemquestõesmaisespecíficas,reflexodenossasociedadenospadrõesatuais.Issoé,algunsautoresentendemaautoconstruçãocomoreflexodeumconflitodeinteressesdeconotaçãoeconômica.DeacordocomMaricato(1979),“Aautoconstruçãoéaarquiteturapossívelparaaclassetrabalha-dora,dadasascondiçõesemquesedáasuareproduçãoemmeiourbano”.
Comoadventodarevoluçãoindustrialeumabundanteêxodorural,identificamosaprimeiramanifestaçãoemmassadeauto-construçãonosistemacapitalista,porfinaldoséculoXIXnospaísesdovelhocontinente.Posteriormenteumasegundaondaaindamaissignificativanospaísesemdesenvolvimentoapósasegundaguerramundial.Apartirdaí,aautoconstruçãonocontextodasociedadecapitalistaatualécomponenteintegraleabundantedapaisagemdenumerosascidadespelomundo,frutodeumagentrificaçãomaciçaqueformaealimentaasperiferiasurbanas.
Encurraladospeladeficiênciadomercadoimobiliárioocidadãopobresevêforçadoalimitarsuasopçõeshabitacionaisdentrodeumlequedepossibilidadesextremamenterestritas.Issoenglobaalocalizaçãodoterrenoonderesidirá,osmateriaisem-pregadosnaconstrução,aáreatotaldaedificaçãoeoprocessodeexecuçãodesuamoradia.Procurandoaumentarsuaautono-mia,desvencilhando-sedoaluguelocidadãotentarásolucionarsuacarênciahabitacionalconsequentedesuadeficiênciaeco-nômicafazendorecursoaautoconstruçãoeconomizandoassimsignificativamentenamãodeobra.
DIR
ETRI
ZES “A autoconstrução, o
mutirão, a auto-ajuda, a ajuda mútua são termos usados para designar um processo de trabalho calcado na cooperação entre as pessoas, na troca de favores, nos compromissos familiares, diferenciando-se portanto das relações capitalistas de compra e venda da força de trabalho” (MARICATO, 1979).
“É principalmente através da autoconstrução que a maioria da população trabalhadora resolve o problema da habitação. (…) A prática da autoconstrução está estreitamente ligada á especulação imobiliária. Esta atende aos anseios e á necessidade que o traba-lhador tem da casa própria, e do pedaço de terra, mesmo que situado distante das áreas urbanizadas, mesmo que situado em área de topografia bastante acidentada, mesmo que a dívida do terreno se arraste por muitos anos e até mesmo em condições ilegais de posse e ocupação da terra” (MARICATO, 1979).
fontes:https://www.theguardian.com/society/2010/feb/22/colin-ward-obituaryhttp://theanarchistlibrary.org/category/author/colin-wardhttps://libcom.org/blog/colin-ward-13022010
32
Porem,comoseriadeseesperar,suaslimitaçõesnãoseresumemamãodeobradaconstruçãomasalémdasegregaçãoespacialtambémseinsereosmateriaisempregados.Sendoassimofu-turomoradorsevêrestringidoaumavariedadedemateriaisínfima,determinadaprincipalmentepelocustoemsidomaterialeofornecimentolocal.DeacordocomSérgioFerro:
Alémdabaixaqualidadedosmateriais,Ferroressaltaafaltadediversidade.Talfatorlimitacon-sideravelmenteopotencialdecriaçãooucustomizaçãodoprodutofinal.Sendoassim,oprodutofinalsecaracterizapormateriaisbaratos,geralmentedebaixaqualidadeedurabilidade.SegundoFranciscoOliveira,talcontextolevariaaumparadoxodovaloragregadodaresidênciaprópriacomoapontaemsuaconferênciao“víciodavirtudeautoconstruçãoeacumulaçãocapitalistanoBrasil”em2006:
“Eaisechegaaoseguinteparadoxo:nãosecriaummercadoimobiliário.MercadoimobiliárionoBrasilsóexistedaclassemédiaparacima.Nasclassespopulares,nãoexiste.Éimpossívelexistir,porquevocêestádeposseexatamentedaquiloquenãoémercadoria.Acasanãopodesertroca-da,nãotemvalordetroca,temapenasvalordeuso,afinalidadedehabitar.”
Paraoautor,apesardomoradorseverproprietáriodesuahabitação,elanãopossuivaloragregadodetroca,considerandoaproduçãoprópriacomotrabalhonãopago.Alémdoprejuí-zoeconômicoinerenteádisparidadequalitativadoprodutodiantedasdiversascondicionantespejorativasdesuasituação,localização,qualidadeconstrutiva,etc.Sendoassim,oautortrataaautoconstruçãodeformapejorativacomo“supertrabalho”.
Pórem em contrapartida Nabil Bondukie Raquel Rolnik apresentam sua resposta em “periferia da grande São Paulo, reprodução do espaço como expediente de reprodução da força do trabalho” (pg 129)
“Os materiais, sempre os mesmos, são os de menor preço (…) Mas uma série de restrições orientam sua escolha: o preço reduzido do material é básico, ele precisa estar disponível perto para evitar o transporte oneroso, deve possibilitar compra parcelada com as reservas de casa salário (…) não pode requerer mais de um indivíduo para sua manipulação e, finalmente, não deve exigir nenhuma técnica especial no seu emprego” (FERRO, 1979).
33
Ferronasua“notasobreovíciodavirtude”de2006,tambémdemonstraqueainexistênciadecomércionarea-lidadedaautoconstruçãoéequivocada.Masodebateenvoltadaautoconstruçãovaialémdaesferamercantilista.Ignorarasqualidadessociaisepsicológicasdaaquisiçãodacasaprópriapelomoradorseriaresumirodebateaumdiscursomeramentematerialistaesimplórioquenãoseencaixaemnossarealidade.
Adefesadaautoconstruçãocomoprocessodeconstruçãodaautonomiadosusuáriosemrelaçãoadependên-ciapaternalistaeaburocraciaestatalsefaznãosomenterealcomonecessáriadiantedeumarealidadepoliticanegligenteeacomodada.OarquitetoJohnTurnerquestionaaautonomiadoconsumidor,vistoquesevêsubjugadoaumadependênciaatreladaapoliticapaternalista,emqueocidadãoleigodependedoprofissional.Essasituaçãoinevitavelmenteabafaasatisfaçãopessoaleignoraasreaisnecessidadesdecadaindividuo.Alémdavalorizaçãodaautonomiaapresentadaacima,Turnerressaltaosvaloresagregadosamoradiaquenãopodemserquantificadosoumonetizados,comoseriaopróprioprocessodeconstruçãodeumaunidadehabitacionalprópria,beneficiandodecontribuiçãodeoutros,contandocomasrelaçõessociaiseaajudamutua,contribuindoassimparavaloresdeteormaishumano,desagregandoovalormaterialdaconstruçãoecontribuindoparaumprocessomaissocialmenteenvolvido.
“These are especially avident in the common assumption that the ‘ordinary’ citizen or ‘layman’, is utterlydependent on the ‘extraordinary’ citizen or the ‘professional’, who cultivates the mistery of his or hher activity in order to increase dependency and profes-sional fees” (TURNER, Housing by people pg 18)
“No entanto, ao produzir sozinho sua casa, o trabalhador cria um valor de uso, apropriado totalmente por ele, e que é, potencialmente, uma mercadoria, pois pode ser comercializado a qualquer momento. Portanto, não se trata de trabalho não pago ao nível da produção da casa, mas sim de um trabalho realizado como se o trabalhador fosse, neste momento, um “produtor individual de mercadorias” e não vendedor de sua força de trabalho para o capitalista. Se, numa primeira instância, a habitação resultante dessa operação é produzida como valor de uso, passa a ter um valor de troca quando é mercantilizada, através de venda ou locação, muito freqüentes”.
fontes:https://www.theguardian.com/society/2010/feb/22/colin-ward-obituaryhttp://theanarchistlibrary.org/category/author/colin-wardhttps://libcom.org/blog/colin-ward-13022010
34
Turnerressaltaafaltadecomprometimentoqualitati-vonasexecuçõesarquitetônicasdogoverno,eadvogaumareformulaçãododialogoentreestadoecidadão,apontandoaincompetênciadoestadoemsatisfazerasdemandaspessoaisdecadaindivíduoevalorizandoumamaiorautonomiadocidadão,solicitandounicamenteporpartedoestadoquegarantaasferramentasneces-sáriasparaumprocessodeautoconstruçãoadequadoemaisautônomo. “For people, the value of housing lies in what it does for them. It is not so much a function of what it looks like and what it is for the architects and builders, bankers and speculators and short-term politicians” (TURNER, housing by people).
AtravésdessediscursoTurnertambémdefendeadura-bilidadedaconstrução.Tendoumamaioridentificaçãopessoalcomsuaresidência,frutodeseuprópriosuoreimaginação,omoradororgulhosodesuaobraolevamaummaiorcomprometimentoeresponsabilidade,zelan-dodeformamaisefetivasuaresidência.Osbenefíciospsicológicosesociaisprovenientesdosentimentodetrabalhocompetenteexecutadoesatisfaçãopessoalsãoextremamenteelevantes.
Aculturado“Doityourself”embasadonaautogestãoenoapoiomutuodefendidoporPiotrKropotkincon-tribuiriaparaumamaioremancipaçãodosindivíduoseumamelhorrelaçãodevizinhança.
Oquepodemosconcluircomessasapresentações,équeoprocessodeautoconstrução,bemqueoriginal-menteprovenientedacarênciaepartedeumcon-textodesegregação,podesetornaraocontrarioumelementodeconstruçãodaautonomiaporpartedeseusatores.Contribuindoatravésdalivreassociaçãoeautogestãodepequenosgruposparaumcaminhamentodeumasociedademaisconscienteeresponsávelcomopróximoestreitandoarelaçãodevizinhança.Masprincipalmente,percebemosdeformamaisobviaasa-tisfaçãopessoaleorgulhoporpartedomoradoraoseexprimir“eufizisso”.Pormaisqueaconstruçãoseja,dentrodepadrõesdemercadoouporvezesmesmodesalubridade,consideradaprecária,osentimentodebemestareliberdadeporsetornarproprietáriodesuaobrasefazinevitavelmentesentir.
“(…) apenas a casa própria autoempre-endida permite que a família possa, com segurança, incorporar trabalho e recursos para remodelar e melhorar permanente-mente o espaço físico, de modo a fazê-lo refletir e expressar o cotidiano familiar enquanto que, na casa de aluguel ou ce-dida, o mais comum é a família ter que se amoldar ela própria (…) isto explica tam-bém porque uma camada bastante signifi-cativa da população de baixa renda prefe-re a casa autoempreendida á casa própria padronizada em conjunto habitacional produzido por empresas governamentais” (BONDUKI,).
ComoressaltamTurnereBondukiemsuasobrasdistintas,somenteoprópriomoradorsaberáquaissãosuasreaisnecessidadeseintenções,ecomoúnicorealinteressadoeagenteativodoprocessodecria-ção,poderáassegurarquesejamconcretizadassuasaspirações.
Aautoconstruçãoéumarealidade,tantonocontex-tobrasileirocomonocenáriomundial.Ignorá-laoudesprezarsuainfluênciaeefetividadecomoprocessodeformaçãourbanaserianãosomenteinconscientecomoimprodutivo.ParaautorescomoJohnTurner,aautoconstruçãoéoprimeiropassodeumconjuntodemudançasnaestruturadasociedadecapitalista,emqueosmoradoresnãosomentesetornamagentesativosdoprocessodecriaçãoeexecuçãodesuasmoradias,mastambémseenvolvemsocialmentecomavizinhança,aexemplodeexperiênciasaindaescassasdeumaarquite-turaparticipativacomoasCohousingScandinavasouostrabalhosdoarquitetoWalterSegal.’
Dentrodessaperspectiva,oquesepretendecomesseprojetoénãosomentecompreendercomoassimilareabsorverafilosofiadaautoconstrução,parapoderfuturamenteacrescentar,semportantodesvirtuarsuasprincipaiscaracterísticas,comconhecimentosadquiridosaolongodeminhaformaçãonagraduaçãoemArquiteturaeUrbanismonaUnB.Assim,pode-sebeneficiarousuáriocomumprodutoquesejaacessíveleconomicamente,defácilmanuseio,eassegurandoaautoconstruçãocomoprocesso-chave.
35
“Participação é aplicável como um instrumento de emancipação. É considerado que um sentimento comunal entre os residentes de uma área pode ser obtido pelo conceito de ‘autoconstrução’. Ao menos na fase inicial da ação de autoconstrução (que é outra forma de autogestão), colaboração é um pré-requisito necessário para os projetos autoconstruídos, contribuindo para aumentar o fortalecimento social. Supõe-se que inicie o entendimento e a boa vizinhança entre os envolvidos” WULTZ,1990, pg 39-48)
fontes:http://www.archdaily.com.br/br/01-36195/classicos-da-arquite-tura-nakagin-capsule-tower-kisho--kurokawa
36
MO
DUL
AÇÃO
E I
NDUS
TRIA
LIZ
AÇÃO
Procurandosatisfazeraspremissaslevantadasnocapituloanteriorsobreaauto-construção,énecessáriolevaremcontaopublicovisadoeseucontexto.Tomadocomopremissaafaltadeconhecimentotécnicodoagenteativo,seránecessárioampliaraspossibilidadesdeexecuçãodoprojetoatravésdesistemassimpleseeficientes.Paratal,ferramentascomoamodulaçãocontribuideformaeficientetantonaproduçãodomaterialcomoemseumanuseio.Comoesclarecidoaci-ma,oprocessodeprojetaçãoemsistemadeunidadesfracionadasemmódulosconstantes(ouproporcionais)contribuiemdiversospontosparaagarantiadeumaobrarealizadacomsucesso.AntonioPedroAlvesdeCarvalhoeIgordeGóesTavaresapresentamsuasvantagensemseuestudo:“MODULAÇÃONOPROJETOARQUITETÔNICODEESTABELECIMENTOSASSISTENCIAISDESAÚDE:ocasodosHospitaisSARAH” Dessaforma,atravésdamodulaçãoeindustrialização,segaranteumprodutouniformeeaomesmotempoversátil.Aintençãonãoéapadronizaçãodasformasdashabitações,maspelocontrario,atravésdamodulaçãoeseusbenefíciosdemanuseio,permitirumapersonalizaçãofacilitadadoprojeto,elevandooslimitesdecriatividadedousuário.
“Ao se estabelecer uma medida que serve de unidade para determinar as restantes, a modulação visa coordenar as dimensões das partes de um edifício, assegurando, ao mesmo tempo, flexibilidade de combinação de medidas e facilidade de produção. A definição de um módulo implica que todos os componentes, ou parte significativa deles, tenham suas dimensões estabelecidas pela multiplicação ou fração de uma mesma unidade. Isso faz com que se obtenha mais facilmente uma mesma medida pela combinação de diferentes elementos, o que resulta numa inter-relação harmônica dos componentes entre si e com o total do edifício “ (ARGENTINA, 1977)
37
A intenção não é a padronização das formas das habitações,
mas pelo contrario, através da modulação e seus benefícios de manuseio, permitir uma personalização facilitada do projeto.
MO
DUL
AÇÃO
E I
NDUS
TRIA
LIZ
AÇÃO
Fontes:http://imgur.com/gallery/RtM8D
38
NBR 15575 / 2013:Alémdapreocupaçãoemsegarantirumamoradiadignasegundoospadrõesmencionadosanteriormente,idealizadospelaPIDESC,seránecessárioacompanharasexigênciasfeitaspelanormabrasileiradeedificaçõeshabitacionais.Anormabrasileira15575de2013,foielaboradaparagarantirpadrõesdenormatizaçãodedesempenhodosmateriaisemumaconstruçãohabitacional.Baseadaempadrõesinternacionaistemosentãoosseguintesrequisitosgeraisdedesempenho:
“A coordenação modular consiste num sistema capaz de ordenar e racionalizar a confecção de qualquer artefato, desde o projeto até o produto final”
(PENTEADO, 1980, p.1)
7.1 Requisitos gerais para a edificação habitacional:
a)Racionalizaoprocessoprojetual,jáqueesta-beleceumalimitaçãoàsmedidasaplicáveisaoscomponenteseaoprojetocomoumtodo,alémdefacilitareflexibilizaracombinaçãodessasmedidas(ARGENTINA,1977).
b)Possibilitaoempregodoscomponentesnaconstruçãoemseuespaçodesignadosemanecessidadedemodificaçõesdoprojetoparaaobra,evitandogastoseperdadetempo(NAÇÕESUNIDAS,1966).
c)Adéquaascaracterísticasdaconstruçãocivilaosprocessosdeproduçãoindustrial(ARGENTINA,1977).
d)Proporcionamaiorprodutividadedamãodeobra.
e)Reduzprazosdeexecuçãodaobra.
a)Melhoraoentrosamentoentreprojetistas,fabricantesdemateriaiseexecutoresdaobrapela
Atenderduranteasuavidaútildeprojeto,sobasdiversascondiçõesdeexposição(açãodopesopróprio,sobrecargasdeutilização,atuaçõesdoventoeoutros),aosseguintesrequisitosgerais:
a)nãoruirouperderaestabilidadedenenhu-madesuaspartes;
b)proversegurançaaosusuáriossobaçãodeimpactos,choques,vibraçõeseoutrassoli-citaçõesdecorrentesdautilizaçãonormaldaedificação,previsíveisnaépocadoprojeto;
c)nãoprovocarsensaçãodeinsegurançaaosusuáriospelasdeformaçõesdequaisquerelementosdaedificação,admitindo-setalexigênciaatendidacasoasdeformaçõessemantenhamdentrodoslimitesestabelecidosnestaNorma;
d)nãorepercutiremestadosinaceitáveisdefissuraçãodevedaçãoeacabamentos;
e)nãoprejudicaramanobranormaldepartesmóveis,comoportasejanelas,nemrepercu-tirnofuncionamentonormaldasinstalaçõesemfacedasdeformaçõesdoselementosestruturais;
f)cumprirasdisposiçõesdasABNTNBR5629,ABNTNBR11682eABNTNBR6122rela-tivamenteàsinteraçõescomosoloecomo
CO
NDIC
IONA
NTES
E
DET
ERM
INA
NTES
39
entornodaedificação.
REQUISITOS DA NORMA 4.2 Segurança As exigências do usuário relati-vas à segurança são expressas pelos seguintes fatores: a)segurançaestrutural;b)segurançacontraofogo;c)segurançanousoenaoperação.
4.3 Habitabilidade As exigências do usuário relativas à habitabilidade são expressas pelos seguintes fatores: a)estanqueidade;b)desempenhotérmico;c)desempenhoacústico;d)desempenholumínico;e)saúde,higieneequalidadedoar;f)funcionalidadeeacessibilidade;g)confortotátileantropodinâmico.
4.4 Sustentabilidade As exigências do usuário relativas à sustentabilidade são expressas pelos seguintes fatores: a)durabilidade;b)manutenibilidade;c)impactoambiental Fonte:NBR15575/2013eNBR15575-1/2013
PARTICULARIDADES-Modernmethodsofconstruction(MMC)AfundaçãoNHBC,definiuoMMCcomoumtermoreferenteaumconjuntodetécnicasconstrutivas,introduzidasnoReinoUnidoemcontrastecomadita“arquiteturatradicional”,trabalhandocomummaioraproveitamentoenergéticoemenordisperdiciodematerial.
OsprodutosmaistrabalhadosnoMMCsãoospainéisemódulospréfabricados.Oprocessodepréfabricaçãopermiteummaiorcontroledoprodutoelaboradonafabrica.Esseprocessonosgaranteumaproveitamentoenergéticosubstancialmentemaiorassimcomoumagarantiadequalidade.Alémdaeficiêncianaproduçãopercebemosumaeficiêncianamontagem.Umaveznaobra,oprocessodeinstalaçãodospainéiséextrema-menterápidoeeficiente.IncluindoemseuinteriorjátodoosistemahidráulicoeelétricoFonte;“aguidetomodernmethodsconstruction”NHBCFoundation12/2006. Alémdospainéisencontramostambémachamada“construçãovolumétrica”.Unidadestridimensional,completamenteproduzidasejáencaixadasnafabri-ca,saindodiretamenteparaocanteiroempacotadas,necessitandosomenteoencaixenafundação.Dentrodessacategoriaencontramoscômodosinteirosacasascompletas,prontasparainstalação,utilizandoprocessosdesteelewoodframe.
HáaindaumaterceiraformadeMMC,asconstru-çõeshibridas.Comoseunomeindica,setratadeumamescladasduastécnicas,entrepainéiseconstruçãovo-lumétricacompleta.Geralmenteutilizadaparaconstru-çõesmaissimples.
Fontes:ftosdeautoriapropria-siscobras-2015
40
WOOD FRAMEOWoodFrame,consisteemumsistemaindustrializa-dodepainéispréfabricados,estruturadosporpeque-nasseçõesdemadeiraserradaunidasentresi,forman-dooselementosestruturaisdaconstrução.
InicialmenteutilizadopelospaísesdaEscandinávia,EUAeCanadánaprimeirametadedoséculoXIX,osistemaprocuravaresponderaaltademandahabitacionaldeumaformaprática,rápidaequefizesseusodosrecur-sosdisponíveisnolocal,amadeira,abundantenessasregiões.
ComoadventodacorridaaoouronosEstadosUnidosecidadessendocriadasdodiaparaanoite,osistemasepopularizounaconstruçãocivilnorte-americanaaolongodesuahistória,sendohojeosistemaconstrutivomaiscomumnashabitaçõesdopaís(segundoCastro2006).
Todotipodemadeirapodesertrabalhado,porémencontramosmaisfrequentementeoPinusdereflores-tamento.Cadapeçaédevidamentetratadaconformeasnormasdopaís(noBrasil,aNBR7190)garantin-doqualidadeedurabilidadedomaterial.Aestruturaemmadeiraéentãoenvoltapordiversascamadasdechapasepelículasformandoopainel,contribuindoparasuaresistência,isolamentotérmico/acústico,vedaçãoeacabamento.
OsistemaapresentadiversospontospositivosemrelaçãoaossistemasconstrutivosmaistradicionaisnoBrasil.
VANTAGENS DA MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO:*Madeirareflorestadaetratada*Qualidadeconsistentedomaterial*100%reciclável*Estabilidadedepreços*Desempenhosísmicosuperior*Fácilmanejoetransporte*Resistênciaainsetos,fungoseoutrosorganismosecontraaumidade
CARACTERÍSTICAS:*Flexibilidadeemprojetosdearquitetura*Projetosfuncionaissimples*Estruturasesbeltaseleves*Vãoslivressemnecessidadedecolunas*MelhorrelaçãopesoXresistência
BENEFÍCIOS:*Rapideznaconstrução*Maiorrendimentonaprodução*Reduçãodecustosnolocaldaobra*Reduçãodecustosdefundação*Reduçãodecustosdetransportes*Reduçãodeentulhoeresíduosnaobra*Reduçãodedesperdícios*Fácilmanutençãoeampliação*Altocontrolenoprocessodeproduçãoenaqualida-definaldosprodutos*Processosemioutotalmenteindustrializado.
SegundodadosdarevistaTechné,Pini(lightwoodframe,2009),hapoucasempresasquetrabalhamcomwoodframenoBrasil,situadasnosuldopaís.EmpaísescomoCanada,EUA,JapãoeAlemanha,osistemaéamplamenteimplantado,sendoquenaAméricalatinapaísescomoChileeVenezuelateminvestidosconsi-deravelmentenosistemaparaaconstruçãodecasaspopularesdeaté65m².Comaforteinserçãodocon-cretonopaís,aconstruçãoemmadeiraperdeusignifi-cativamenteseuespaçonaconstruçãocivil,apesardaindustriadereflorestamentonopaísserextremamentecompetitivanomercadointernacional.
Amadeiratemavantagemdeserummaterialreno-váveledebaixoconsumoenergético.Alémdepossuirumaótimatrabalhabilidadeedesempenhotérmico/acustico,elaconstituiumaótimaopçãoquandoseprocuraumaboarelaçãopeso/resistência,oqueexplicaseuusomaisabundantenaautoconstrução. Porsetratardeumsistemaindustrializado,epossibili-tarumaampladiversidadedeacabamentos,eleseadap-tafacilmentetantoasnecessidadesdeproduçãoemlar-gaescaladehabitaçõespopulares,comonarealizaçãodecasascomaltopadrãodeacabamento.Conciliandoessascaracterísticasépossíveldesenvolverpainéiscomqualidadesignificativa,mantendocontudopreçosaces-síveisparaaexecuçãodemoradiaspopulares.
41
PLACA CIMENTICEAVantagens;-Resistênciaàumidade-Elevadaresistênciaaimpactos-Resistênciaacupinsmicroorganismosefungos.-Resistênciaafogo-Elevadadurabilidade-Bomisolamentotérmico-Bomisolamentoacústico-Acabamentos
PREÇOSEternit-1,2x2,4m,8mm=110/115reais-1,2x3m,10mm=180reais
Profort -1,2x2,4m,8mm=85/90reais-1,2x2,4m,12mm=120/130reais
CRF -1,2x2,4m8mm=75reais-1,2x2,4m,10mm=90reais-1,2x3m,10mm=115reais
Brasilit-1,2x2,4,12mm=65reais-1,2x3m,6mm=116reais
ESTUDOS COMPLEMENTARESConsiderandooprocessodeautoconstruçãocomonorteadordoprojeto,algunsdadosespecíficosforamlevantadosparacomplementaroestudo.Sendoassim,forampesquisadoselementosquepodematuardefor-mamaisoumenosdiretanarealidadedosagentesnoprocessodeexecuçãodaobraeporconsequentenoprocessodedesenvolvimentodoprodutofinal:
MEDIDAS DA CAÇAMBA DE CAMIONETESCercade2.5mdecomprimentoparaamaioriadascamionetesestudadas
POPULARES- Montana:Larguramaior:140cmLarguramenor:112cm- Saveiro: Larguramaior:122cmLarguramenor:92cm- Courrier:Larguramaior:124cmLarguramenor:110cm- Strada: Larguramaior:127cmLarguramenor:102cm
NÃO POPULARES- S10 : Larguramaior:143cmLarguramenor:100cm- Hilux: Larguramaior:150cm- F250:Larguramaior:160cm
Fontes:-sitedaempresaecoverde:http://construtoraecoverde.com.br/site/wood-frame/-Theenginereedwoodassociation:http://www.apawood.org/concrete-form-panels-Téchne,revistapini:http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/140/light-wood-frame--construcoes-com-estrutura-leve-de-madeira-287602-1.aspxTecverde,tecnologiawoodframe
42
Após analisar as demandas, as soluções propostas tanto por parte do governo Brasileiro como de ONGs e soluções arquitetônicas propostas por diversos arquitetos em épocas e regiões distintas, poderá se iniciar um processo de elaboração de projeto acima de todas as informações coletadas, respeitando e seguindo as diretrizes estabelecidas através dos conceitos e enquadrando o projeto nas normas apresentadas anteriormente. C
ONC
LUSÃ
O
43
ESBOÇO PRELIMINARProcurandosatisfazerasdiversascondicionantesapresentadasanteriormente,foiesboçadoumestudopreliminar.Aindanãoentrandoemproblemáticasmaisdetalhistascomosistemasdeencaixesouestrutura,oesboçofoiproduzidoprincipalmentetendocomoreferenciaasmedidasepesosideaisparaumpainelsertransportadoetrabalhadocomconfortopelosmoradores.
Alémdisso,foiimaginadoumsistemadepainéismodularescomestruturaçãoemviga/pilarindependentes,permitindoumamaiorflexibilidadecriativadoprojeto.
Pensou-setambémemsubdividirospainéisem3partesiguais,sendoqueduaspartescriamumaporta.
Opainelemwoodframe,ofereceumamultitudedepossibilida-desderevestimentosaseremestudadasmaisafundo.
CO
NCLU
SÃO
44
Elaborar um produto arquitetônico na forma de sistema construtivo modular. Utilizando painéis pré fabricados, de custo acessível, fácil manuseio e alta durabilidade, permitindo uma construção mutável e de qualidade.
DEF
INIÇ
ÃO
DE
PRO
JETO
45
Apartirdosestudosedadoslevantadosanteriormenteedosconceitosapresen-tados,foielaboradoumprojetoqueprocurasintetizaresolucionarasproblemá-ticasapresentadasnaprimeirapartedotrabalho.
Sendoassim,optou-seporumsistemaconstrutivoempeçasestruturaismetáli-caspréfabricadas.Oprocessodeindustrializaçãodecadaelementofoivalorizado,procurandominimizaraquantidadedepeçaseelementosqueconstituemaestruturabásicadaconstrução,permitindoassim:
-Maioragilidadedeprodução-Maiorcontroledeprodução-Altoníveldedetalhamento-Considerávelbarateamentodoproduto
Alémdisso,foipensadoemumsistemaquegarantiriaumacompletapermutaçãodaspeças,resultandoemumamanutençãoextremamenterápidaefácil,alémdepropiciarumatotalcustomizaçãoeadaptaçãodeprojetoconformenecessário.
Foiparticularmentevalorizadooelementodeautoconstrução,paratalfoineces-sáriocriarumsistemasimples,eficienteedefácilmanuseiosejaqualforoníveldeexperiênciadoconstrutor.Pensandonisso,optou-seporevitarqualquermanuseiodemaquináriopesadooudemanuseioespecializado.Paratal,foipensadoemumsistemadeencaixesimplescomparafusosebrocas,permitindoolevantamentodetodaumacasacomumasimpleschavedefenda.Ousodeparafusostambémgaranteafacilida-dedeacessoàestrutura,evitandoassimquebrarqualquerelementoemcasodemanutençãointerna.
Querendosimplificaraomáximooprojeto,afimdegarantirfacilidadedeexe-cuçãoebaixocusto,foiutilizadotantocomovigacomopilar,umaúnicapeçaparalelepipedal,reduzindoassimadiversidadedeelementos.
Porsetratardeumsistemaparaautoconstrução,afimdefacilitaroprocessodeprojetaçãoassimcomoodeindustrialização,aconstruçãoéconstituídaporele-mentosmodulares,oquenosgaranteumainfinidadedepossibilidadesprojetais.
DEF
INIÇ
ÃO
DE
PRO
JETO
46
PRO
JETO
ESTU
DO
VOLU
MÉT
RIC
O
47
PRO
JETO
ESTU
DO
VOLU
MÉT
RIC
O
48
Proposta 1Área construída: 46.50 mÁrea útil: 39.00 mCômodos: 1 sala; 1 cozinha; 1 banheiro; 1 quartoPaineis: 24Barras: 28Conectores: 24
Proposta 2Área construída: 61.60mÁrea útil: 52.00mCômodos: 1 sala; 1 cozinha; 1 banheiro; 2 quartosPaineis: 36Barras: 44Conectores: 30
EST
UD
OS
DE
PL
AN
TAS
BA
IXA
S
49
Proposta 3Área construída: 69.45 mÁrea útil: 59.25 mCômodos: 1 sala; 1 cozinha; 1 banheiro; 2 quartosPaineis: 38 Barras: 50Conectores: 34
Proposta 4Área construída: 76.70 mÁrea útil: 66.00m Cômodos: 1 sala; 1 cozinha; 1 banheiro; 2 quartosPaineis: 40Barras: 60Conectores: 36
Planta 5Área construída: 106.40mÁrea útil: 91.50mCômodos: 1 sala; 1 cozinha; 2 ba-nheiro; 1 área de serviço; 3 quartosPaineis: 36Barras: 44Conectores: 30Escala:
50
51
52
53
54
FAC
HA
DA
SP
ER
SPEC
TIV
AS
PLANTAS
Fachada 1Frontal - casa 5
Fachada 2Posterior -casa 1
Fachada 2Lateral - casa 1
55
PLANTA A3 - 1
FAC
HA
DA
SP
ER
SPEC
TIV
AS
56
VEDAÇÃO E ACABAMENTO
57
VEDAÇÃO E ACABAMENTO
58
CO
BE
RT
UR
A
59
COBERTURA Osistemaestruturaldacoberturaacompanhaodesenvolvi-mentodaestruturageraldacasa.Issoé,utilizandoosmesmoselementoscomacrescimodesomente3conectores,épossivelcriar-seumaaltavariedadedepadrõesvolumetricos.Dessaforma,aestruturadacoberturasevésimplificada,facili-tandosuainstalaçãoeafetandodiretamentesobreoorçamentofinaldacasa.Outravantagemdesseprocesso,éaaltareciclagemdepeças.Porsetratardeumsistemasimples,compoucasvariaçõesdeelementos,épossivelcambiaroselementosestruturaiscomextremafacilidadeconformenecessidade,permitindoaltaflexi-bilidadedeprojetoecustomização.
Mantendo a linguagem construtiva em pré fabricado, optou-se pelo uso de telha EPS. Garantindo rapida e fácil execução.
Garantindoumeficientesistemadeestanqueidadeumsistemadecalhaserufosfinalizaainstalaçãodacobertura.
Épossivelescorreraaguadachuva,tantoporumdutoexterno,instaladojuntocomorevestimentodevedação,comoporumdutoinstaladointernamento,passandopelosfurosoblongosdaestrutura.
60
DET
ALH
E D
OS
PAIN
EIS
61
DET
ALH
E D
OS
PAIN
EIS
62
Paragarantirlevezaepraticidadefoinecessáriopensarempaineisocos,edeal-gummaterialmenosdensodoqueconcreto,poremcomtodasascaracteristicasparaumconfortoesegurançaadequada.
AempresaINCLAY,desenvolveumpainelpréfabricadoemfibrocerâmicaabasedefibradepneu.Alemdereciclável,omaterialtemacaracterísticadeterumamateriaprimaabundante,ecomaltanecessidadededescarte.Alemdepossirbeneficiosambientais,omaterialpossuiumaextruturaalveolar,oquelheconcededuasvantagems:-baixopeso-permiteinstalaçãohidraulicaeelétrica.
Porserummaterialfibrocerâmico,eleétrabalhavelcomfacilidade,permitindocriaraberturascompequenasserras.Opainelpropostonessetrabalho,éconstituidopelamesmamateriaprimaapresen-tada,emolduradoporumacapametálicaondesãoparafusadososelementos.Sendoassim,temosumpainelde2.5mpor1.25,oquegarantemanuseioentreduasoutrespessoas.
PAIN
EIS
63
PRO
JETO
ESTU
DO
ES
TRUT
URA
L
64
Vista isométricabarra 1 : 2.5 metros
Vista frontalbarra 1 : 2.5 metros
Vista isométricabarra 1 : 1.25 metros
Vista frontalbarra 1 : 1.25 metros
Vista isométricabarra 1 : 0.53 metros
Vista frontalbarra 1 : 0.53 metros
65
Vista isométricaConector 1
Vista frontalConector 1
Vista isométricaConector 1
V. frontalConector 2
Vista isométricaConector 2 - cobertura
V.frontalConector 4
V. lateral Conector 2
V. frontalConector 3
V. superior Conector 2
V. lateralConector 3
V. superiorConector 3
V.lateralConector 4
V.frontalConector 4
66
HIDRÁULICA
Por se tratar de elementos ocos, toda a parte de infraestrutura é instalada e mantida com facilida-de na parte interna dos paineis ou dos elementos estruturais.
67
PRO
JETO
CO
NTEX
TUA
LIZA
ÇÃO
UR
BANA
68
CONTEXTUALISAÇÃO URBANACASAS GEMINADAS
Uma das vanta-gems do projeto, é sua facilidade de adaptação confor-me anecessidade, ao simplesmente se acrescentar ou reti-rar, por meio de pa-rafusos, paineis.
Uma das propostas elaboradas trabalha em cima de casas geminadas, visto que dessa forma, duas familias dividiriam o custo de toda uma fachada de pain el.
69
CONTEXTUALISAÇÃO URBANA
Apesar do sistema ser industrializado, modular e com uma estrutura extremamente simples, ele per-mite uma alta diversidade de possiblidades pro-jetuais, resultando em um conjunto habitacional com identidade porem onde cada familia pode dar sua personalidade única.
70 PRO
JETO
REND
ERIZ
AÇÕ
ESPR
OJE
TORE
NDER
IZAÇ
ÃO
71PRO
JETO
REND
ERIZ
AÇÕ
ESPR
OJE
TORE
NDER
IZAÇ
ÃO
72
BIBLIOGRAFIA-ARCHITECTUREFOUNDATION.“Walter’sWay,Lewisham”.Disponivelem:<>.Acessoem7nov.2015.
-ARGENTINA.INTI.CoordinacionModular.BuenosAires,1977.
-ASSOCIAÇÃOBRASILEIRADENORMASTÉCNICASNBR15.575:NormadeDesempenho.RiodeJaneiro:ABNT,2008
-BONDUKI,Raquel;BONDUKI,Nabil,“periferiadagrandesãopaulo.Reproduçãodoespaçocomoexpedientedereproduçãodaforçadetrabalho”,117.In:MARICATO,Ermínia,org.Aproduçãocapitalistadacasa(edacida-de)noBrasilindustrial.SãoPaulo,Alfa-Omega,1982.(Textoapresentadoemexposiçãona28aReuniãoAnualdaSBPC,1976,erevistoparcialmenteemjaneirode1978)
-__________,NabilGeorges.“OrigensdahabitaçãosocialnoBrasil(1930-1945):OcasodeSãoPaulo.SãoPaulo,FAUUSP,tesededoutorado,1994.
-CARVALHO,Pedro,“Modulaçãonoprojetoarquitetônicodeestabelecimentosassistenciaisdesaúde:ocasodoshospitsisSarah”. -COBBERS,Arnt;JAHN,Oliver.“prefabhouses”Taschen.2014
-COTTINO,Paolo.“IntervistaaColinWardparte2”.Disponivelem:<>.Acessoem7nov.2015.
-UN.“DeclaraçãoUniversaldosDireitosdoHomem,adoptadaeproclamadapelaResolução217A”(III)da,emde1948.
-ENGELS,Friedrich.“ParaaQuestãodaHabitação”.Obrasescolhidas,Avante.Publicadosegundootextodaediçãode1873
-FERRO,Sérgio.“ACasaPopular”.PublicaçãodogrêmiodafaculdadedearquiteturaeurbanismodauniversidadedeSãoPaulo,1979
-_________________,“Notasobre‘Oviciodavirtude’.Novosestudos”–CEBRAP,SãoPaulo,n76,p229-234,2006.
-FUNDAÇÃOJOAOPINHEIRO,centrodeestatísticaseinformações,BancodedadosdodéficithabitacionalnoBrasil:Brasília,2006
-GRAHAME,Alice.“‘Thisisn’tatalllikeLondon’:lifeinWalterSegal’sself-build‘anarchist’estate”theGuardian,20152015
-HARMS,HansH.H,“Historicalperspectivesonthepracticeandpurposeofself-helphousing”.In:WARD,PeterM(org),“Self-HelpHousing:acritique”.MansellPublishingLimited,London,1982.
-LIGHT,woodframe:“construçõescomestruturaslevesdemadeira”.revistatéchne,sãopauloano16,ed140,pg75-80,nov2008
-MARICATO,Ermínia.“Autoconstrução,aarquiteturapossível”.In:MARICATO,Ermínia,org.“Aproduçãocapi-talistadacasa(edacidade)noBrasilindustrial”.SãoPaulo,Alfa-Omega,1982.(Textoapresentadoemexposiçãona28ReuniãoAnualdaSBPC,1976,erevistoparcialmenteemjaneirode1978)
-______________________.“Habitaçãoecidade”.SãoPaulo:atual,1997
73
-MOLINA,juliocesar.“Sistemaconstrutivoemwoodframeparacasasdemadeira”.Seminário:Ciênciasexatasetecnologicas,Londrina,v3,n2,pg143-156,jul-dez2010
-NAÇÕESUNIDAS.“CoordinacionModularemVivienda”.NovaYork,1966.
-OLIVEIRA,Francisco.“víciodavirtudeautoconstruçãoeacumulaçãocapitalistanoBrasil”,Novosestudos–CEBRAP,SãoPaulo,n74,p.67-85,2006
-PENTEADO,AdilsonF.“Coordenaçãomodular”.(Dissertaçãodemestrado,defendidanaEscolaPolitécnica,USP,SãoPaulo,1980).
-TURNER,F.C.John.“Housingbypeople,towardsautonomyinbuildingenvironments”.pantheonbooksnewyork1976
-UN(24defevereirode2009).Visitadoem30deagostode2013
-VILLAÇA,flavio,“oquetodocidadãoprecisasabersobrehabitação”.sãopauloeditoraglobal1986
-WARD,Colin.“Thehidenhistoryofhousing”2004
-WULTZTheconceptofparticipationIn:SANOFF,H.Participatorydesign:theoryandtechniques.Raleigh,CarolinadoNorte:Bookmasters,1990.p.39-48.