Upload
phungminh
View
215
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Curso de Fisioterapia
MARINA SZÉLIGA
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS COM OSTEOP OROSE
Rio de Janeiro 2007
MARINA SZÉLIGA
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS COM OSTEOP OROSE
Monografia de Conclusão de Curso apresentada ao Curso de Fisioterapia da Universidade Veiga de Almeida, como requisito para obtenção do título de Fisioterapeuta. Orientador: Profª Eliane Ferreira
Rio de Janeiro 2007
MARINA SZÉLIGA
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS COM OSTEOP OROSE
Monografia de Conclusão de Curso apresentada ao Curso de Fisioterapia da Universidade Veiga de Almeida, como requisito para obtenção do título de Fisioterapeuta.
Aprovada em: ____/____/2007. BANCA EXAMINADORA Prof. Eliane Ferreira Universidade Veiga de Almeida - Presidente da Banca Examinadora. Prof. Dr. João Carlos Moreno de Azevedo Universidade Veiga de Almeida - Membro da Banca Examinadora. Prof. Dr. José Diniz Feijóó Universidade Veiga de Almeida - Membro da Banca Examinadora.
Dedico e agradeço essa conquista a Deus e a meus pais por estarem sempre presentes nesta etapa da minha vida. Obrigado pelo sonho realizado, sobretudo, obrigado pela lição de amor que me ensinaram durante toda a minha vida.
AGRADECIMENTO Agradeço a todos os professores que acompanharam meus passos durante essa trajetória. Agradeço a minha família por estarem sempre do meu lado.
“Sonhar, apesar das desilusões, caminhar, apesar dos obstáculos. Lutar, apesar das barreiras, acreditar, acima de tudo”
RESUMO A osteoporose é uma doença que afeta cerca de 50% para as mulheres na oitava
década e 20% para os homens da mesma idade. . É uma doença que leva ao enfraquecimento
dos ossos, tornando-os vulneráveis aos pequenos traumas. A osteoporose tem sido
recentemente reconhecida como um dos maiores problemas de saúde pública. sendo
responsável por alto índice de morbidade e mortalidade entre os idosos, com enormes
repercussões sociais e econômicas, provocando grande impacto na qualidade de vida e grau
de independência nos indivíduos acometidos.
Palavras-chave: Osteoporose, Qualidade de vida, Instrumentos de avaliação
ABSTRACT
Osteoporosis is a disease that affects about 50% for women at the eighth decade and 20% for
men the same age. It is a disease that leads to the weakening of the bones, making them
vulnerable to small traumas. The osteoporosis has been recently recognized as one of the
major public health problems. Being responsible for high rate of morbidity and mortality
among older people, with enormous social and economic repercussions, causing great impact
on the quality of life and level of independence in individuals affected.
Keywords: Osteoporosis, Quality of life, assessment tools
SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 09 OBJETIVO ........................................................................................................................ 10 CAPÍTULO 1 OSTEOPOROSE...................................................................................... 11 1.1 Definição.........................................................................................................................11 1.2 Etiologia e epidemiologia.............................................................................................. 12 1.3 As principais alterações nos tecidos .............................................................................. 13 1.4 As princiapis alterações funcionais ............................................................................... 15 1.5 Classificação.................................................................................................................. 15 CAPÍTULO 2 QUALIDADE DE VIDA..........................................................................18 2.1 Histórico..........................................................................................................................18 2.2 Conceito...........................................................................................................................22 2.2 Instrumentos de avaliação................................................................................................23 CAPÍTULO 3 METODOLOGIA .................................................................................... 26 CAPÍTULO 4 DISCUSSÃO ............................................................................................. 27 CAPÍTULO 5 CONCLUSÃO .......................................................................................... 28 REFERÊNCIAS .................................................................................................................29 ANEXOS..............................................................................................................................33
INTRODUÇÃO
O envelhecimento populacional é um triunfo, mas é visto como um problema pela
maioria dos governantes, políticos, planejadores e, mesmo, pelas pessoas em geral, pois este
envelhecimento pode ter uma contrapartida de fracasso, pois os anos ganhos a mais na
sobrevida podem significar anos de sofrimento e infelicidade, um tempo de perdas,
incapacidades e dependência. Assim, o envelhecimento e a possibilidade de sobrevida
aumentada trouxeram a necessidade de se avaliar a qualidade dessa sobrevida. A longevidade
tem implicações importantes para a qualidade de vida, podendo trazer problemas, com
conseqüências sérias nas diferentes dimensões da vida humana, física, psíquica e social. O
desejo de viver cada vez mais e, ao mesmo tempo, o temor de conviver com a incapacidade e
a dependência é uma situação vivenciada por muitas pessoas. De fato, o avanço da idade
aumenta a chance de ocorrência de doenças e de prejuízos à capacidade funcional física,
psíquica e social. No entanto, se os indivíduos envelhecerem com autonomia e independência
com a boa saúde física, desempenhando papeis sociais, permanecendo ativos e desfrutando de
senso de significado pessoal, a qualidade de sua vida pode ser muito boa (PASCHOAL,
2006).
O aumento acentuado do número de idosos nas últimas décadas e o fato de grande
número deles permanecer em atividade e produzindo fizeram que o interesse pelo estudo do
envelhecimento fosse se desenvolvendo progressivamente. Tanto os problemas de saúde dos
idosos quanto os vários aspectos relativos à qualidade de vida dessa população tornaram-se
objetos de preocupação e de estudos (NAVEGA & OISHI, 2007).
A osteoporose é considerada uma importante questão de saúde pública mundial devido
a sua alta prevalência e em função dos seus efeitos devastadores na saúde física e
psicossocial. Pode causar invalidez pelas deformidades e incapacidades nos indivíduos
afetados, trazendo grandes prejuízos financeiros pelo demorado tratamento das fraturas
decorrentes da enfermidade. Embora já esteja bem estabelecido o benefício das mudanças de
hábito de vida (como um importante fator modificável relacionado à saúde óssea) a sua
importância, e o conhecimento de que a prevenção de perda de massa óssea pode ser feita
com alimentação bem balanceada e a pratica regular de exercício físico, nem sempre é do
conhecimento da população (CARVALHO, et al, 2004).
OBJETIVO
Apontar os meios pelos quais os pacientes com osteoporose podem envelhecer com
autonomia e independência, permanecendo ativos e garantindo assim melhor qualidade de
vida.
CAPÍTULO I
1. OSTEOPOROSE
1.1 DEFINIÇÃO
Osteoporose é uma desordem esquelética crônica e progressiva, de origem
multifatorial, que acomete as pessoas idosas, tanto homens quanto mulheres, principalmente
após menopausa. Caracteriza-se por resistência óssea comprometida, predispondo o aumento
do risco de fraturas, principalmente nos ossos do punho, do quadril e da coluna vertebral, dor,
deformidade e incapacidade física. A resistência óssea reflete a integração entre densidade
óssea, que por sua vez é determinada por vários fatores: microarquitetura trabecular interna,
taxa de remodelamento ósseo, macroarquitetura, acúmulo de microdanos, grau de
mineralização e qualidade da matriz. É comum conceituar osteoporose como sendo sempre o
resultado de perda óssea. Entretanto, uma pessoa que não alcançou seu pico máximo durante a
infância e a adolescência, por desnutrição ou anorexia nervosa. Portanto, otimizar o pico de
massa óssea na infância e adolescência é tão importante quanto à perda óssea no idoso
(FREITAS et al, 2006).
A osteoporose é uma doença que leva ao enfraquecimento dos ossos, tornando-os
vulneráveis aos pequenos traumas. A osteoporose é assintomática, lenta e progressiva. Seu
caráter silencioso faz com que, usualmente, não seja diagnosticada até que ocorram as
fraturas, principalmente nos ossos do punho, do quadril e da coluna vertebral. Nas últimas
décadas, a osteoporose foi amplamente reconhecida como um importante problema de saúde
pública. É a doença osseo-metabólica mais comum, afetando pelo menos 30% de todas as
mulheres na pós-menopausa (REBELATTO & MORELLI, 2004).
A osteoporose é o enfraquecimento progressivo dos ossos, com perda de massa óssea,
cujo resultado final, se não for controlada, são as fraturas e deformidades ósseas. Ela atinge
dez vezes mais as mulheres do que os homens. Nos homens ocorre após os 65 anos de idade.
Em 30 a 40% das mulheres é muito grave, ocasionando fraturas. A primeira fratura
geralmente ocorre nas vértebras da coluna. A fratura mais séria, porém, é a do fêmur, que com
freqüência favorece complicações como trombose, pneumonia e outras, ocorrendo o óbito
antes de um ano. A conseqüência mais séria da osteoporose é o risco de fraturas e quedas
(CALDAS & SALDANHA, 2004).
A osteoporose é na realidade um doença involucional, uma vez que perda óssea é um
fenômeno universal que acomete a todos os seres humanos. De acordo com a World Health
Organization, a definição do diagnóstico da osteoporose se baseia na presença de uma
densidade óssea em coluna de 2,5 SD abaixo do valor máximo esperado, ou seja, do valor que
o indivíduo deveria ter quando jovem e saudável. Como a massa óssea diminui com a idade,
quase todas as pessoas que vivem por muito tempo virão a ter osteoporose (SKARE, 1999).
As características da osteoporose incluem redução da densidade óssea e alteração na
estrutura óssea, aumentando a suscetibilidade a fraturas (SMELTZER & BARE, 2006).
A osteoporose é uma doença caracterizada por diminuição da massa óssea e
deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, levando a um aumento na fragilidade dos
ossos e, consequentemente, aumento no risco de fratura (LEMOS et al, 2006).
A osteoporose tem sido recentemente reconhecida como um dos maiores problemas de
saúde pública. Atingindo cerca de um terço das mulheres na pós-menopausa, tornou-se uma
das doenças osteometabólicas mais comuns, sendo responsável por alto índice de morbidade e
mortalidade entre os idosos, com enormes repercussões sociais e econômicas, provocando
grande impacto na qualidade de vida e grau de independência nos indivíduos acometidos
(NAVEGA & OISHI, 2007)
1.2 ETIOLOGIA / EPIDEMIOLOGIA
As origens da osteoporose são desconhecidas na maioria dos casos. É possível que a
osteoporose represente um ponto terminal comum de múltiplas vias patogenéticas que devem
agir em conjunto para causar uma doença clínica significativa. As influências genéticas
podem contribuir para a constituição do esqueleto. A lenta formação do osso pode originar a
osteoporose sintomática, mesmo com uma velocidade normal de perda óssea. A imobilização
e a atividade física reduzida estão claramente associadas ao aparecimento da osteoporose e
são marcadas pela reduzida formação de osso. Há indícios de que a diminuição dos estímulos
piezoelétricos relacionados com a pressão reduz a formação óssea. A diminuição dos níveis
estrogênicos está amplamente associada a um aumento da reabsorção óssea. (CHIARELLO et
al, 2005)
A osteoporose é atualmente a causa principal de incapacidade na sociedade, em parte
devido ao aumento da longevidade. O risco de ocorrer uma fratura de Colle durante a vida de
um indivíduo é de 15% para as mulheres e de 2% para os homens. Cerca de um terço das
mulheres acima dos 65 anos de idade apresentará uma ou mais fraturas por compressão das
vértebras. O risco de ocorrer uma fratura de quadril durante a vida de um indivíduo é de 15%
para as mulheres caucasianas e 5% para homens caucasianos. Os pacientes com uma fratura
de quadril e suas complicações apresentam um aumento de 5 a 20% na mortalidade,
comparados aos controles sem fratura de quadril (CALKINS, 2003).
A prevalência varia segundo a influência de vários fatores sobre a massa óssea e a
facilidade de se realizar o diagnóstico, entretanto, atualmente a literatura registra incidência
de 50% para as mulheres na oitava década e 20% para os homens da mesma idade. Por ser
uma doença assintomática, seu registro se faz, muitas vezes, secundariamente, por meio de
suas complicações, que são as fraturas. As mulheres idosas com mesma densidade óssea têm
maior taxa de fratura quando comparadas às mais jovens, devido a outros fatores, como
qualidade óssea e tendência aumentada a quedas. A morbidade após fratura osteoporótica
parece ser mais séria e a mortalidade é mais comum em homens do que em mulheres. Pessoas
com baixa massa óssea podem não desenvolver fraturas, mas isso não nega a importância de
detectar todos os indivíduos com baixa massa óssea para serem submetidos a tratamento
preventivo, diminuindo o risco de fraturas (FREITAS et al., 2006).
A osteoporose é mais rara em indivíduos de raça negra e mais freqüente nos orientais.
Na população branca, a incidência de enfermidade sintomática é menor nas pessoas da
Europa. Esses fatores estão mais relacionados às diferenças de massa óssea entre os
indivíduos do que à velocidade de destruição óssea. Esta última costuma ser praticamente a
mesma em todos os grupos raciais (SKARE, 1999)
1.3 AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES NOS TECIDOS
O osso é um tecido metabolicamente dinâmico e sua rigidez depende do equilíbrio
entre os processos anabólicos (aposição) e catabólicos (reabsorção). Sabe-se que a
constituição genética, a dieta e os estímulos físicos são fatores que influenciam o metabolismo
ósseo, mas o controle efetivo da aposição e da reabsorção óssea é mediado por hormônios,
produtos celulares e pelos constituintes da matriz óssea. O processo catabólico ou reabsorção
óssea tem a função vital de manter constantes os níveis de cálcio extracelulares. Já a aposição
óssea (síntese e mineralização da matriz óssea) tem dois principais objetivos, que são: repor o
tecido ósseo perdido pelo processo catabólico e suprir as necessidades do órgão em se adaptar
às condições funcionais. Ao longo da vida do indivíduo, vão sendo acumulados desequilíbrios
entre esses dois processos, principalmente em função da hipocalcemia (existência de uma
fraca concentração de cálcio no sangue). Com a supremacia do processo catabólico, a perda
óssea se instala, principalmente se fatores inibidores da neoformação óssea como os inerentes
à senescência estiverem associados. Assim, alterações no metabolismo, na absorção de cálcio
e no perfil hormonal, principalmente em mulheres após menopausa, associada à inatividade
física, contribuem para um balanço negativo no equilibrio da remodelação óssea, tendo a
osteoporose como principal consequência. A osteoporose é umas doenças metabólicas
generalizada, caracterizadas por menor aposição óssea devido a insuficiência osteoblástica,
com redução da massa óssea por unidade de volume e de etiologia multifatorial. É dada muita
atenção no que diz respeito à deficiência dos hormônios sexuais na gênese da osteoporose da
menopausa, uma vez que, após, cessada a produção dos hormônios sexuais, a massa óssea da
mulher diminui rapidamente nos primeiros 10 anos e lentamente nos anos subsequentes,
havendo, a cada ciclo de remodelação, menor quantidade de osso formado e maior quantidade
de osso reabsorvido. O estrogênio e a progesterona atuam na remodelação óssea, porém por
mecanismos ainda não totalmente elucidados. A presença de receptores para estrógeno
aumenta a diferenciação dessas células e estimula a síntese e a mineralização da matriz óssea,
regulando a expressão de genes que codificam o colágeno tipo I e as proteínas não
colagênicas como osteopontina, osteocalcina, etc. Além disso,o estrógeno inibe indiretamente
a reabsorção óssea ao regular tanto a síntese quanto a liberação de citocinas, prostaglandinas e
de fatores de crescimento. A progesterona também participa do metabolismo ósseo, sobretudo
da síntese de matriz óssea. Ela estimula a proliferação e diferenciação das células
osteoprogenitoras e atua nos osteoblastos, regulando a secreção de fatores de crescimento e
estimulando a aposição e mineralização ósseas. Assim, a osteopenia observada na deficiência
de progesterona parece ser decorrente da diminuição da aposição óssea (OCARINO &
SERAKIDES, 2006).
O osso é um tecido vivo que se renova permanentemente durante a vida toda. Essa
renovação se deve às células ósseas responsáveis pela atividade de formação e de reabsorção
do tecido ósseo. Esse sistema de “construção e destruição” é denominado remodelação óssea.
Em geral, há um excelente equilibrio entre a reabsorção óssea por osteoclastos e a
subsequente restauração do sosso por osteoblastos. Há evidencias de que, na osteoporose, a
perda do osso é resultado de um desequilibrio entre a reabsorção e formação óssea. Inúmeros
fatores sistêmicos e locais atuam sobre esse sistema, como aspectos nutricionais, fatores
raciais e genéticos, atividade física e influência hormonal (CHIARELLO et al, 2005).
1.4 AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES FUNCIONAIS
Nos estágios iniciais da osteoporose, existe pouco em termos de achados físicos. Com
a doença mais estabelecida, pode ser obsevada uma perda na altura e cifose da espinha dorsal
(corcunda). Na osteoporose severa, as costelas podem vir a repousar sobre o ilíaco, que é uma
deformidade dolorosa. Outros sinais e sintomas podem incluir uma deformidade do pulso, um
andar anormal devido a uma fratura prévia de quadril ou dor durante a respiração devida a
uma costela fraturada (CALKINS et al, 2004)
A redução na altura da região anterior dos corpos vertebrais leva à deformidade
vertebral com consequente cifose dorsal, redução da estatura e dor crônica secundária à
deformidade mecânica e ao espasmo da musculatura paravertebral. Quando várias vértebras
se colapsam, a perda de altura pode atingir a 200 mm. Essas alterações anatômicas reduzem a
capacidade das cavidades torácicas e abdominais, com consequente alteração das funções
cardica, pulmonar, gástrica e vesical, que podem dificultar a respiração e ausar hérnia de hiato
e incontinencia urinária (CHIARELLO et al, 2005)
Fraturas da coluna vertebral seguem uma sequência específica de eventos que acaba
por levar a deformidades características. As fraturas compressivas ocorrem inicialmente em
região torácica média levando a um aumento da cifose e dando ao paciente o aspecto de
“corcunda”. Isso é associado a altura. À medida que o processo progride e aparecem mais
fraturas, o abdome fica proeminente. Se existem fraturas em vértebras lombares inferiores, a
caixa torácica pode vir a se apoiar nos ossos da pelve (SKARE, 1999).
1.5 CLASSIFICAÇÃO
A osteoporose tem sido classicamente dividida em osteoporose primária, quando os
pacientes apresentam osteoporose isolada e osteoporose secundária, naqueles com uma
patologia associada. Embora essa classificação tenha sofrido muitas críticas, uma vez que, nas
duas situações, parecem operar os mesmos elementos patogenéticos, ela é bastante didática
(SKARE, 1999).
A osteoporoase primária é dividida em: involucional e idiopática
- Involucional: é o tipo mais comum de osteoporose, aparece em 95% de todos os pacientes.
Ocorre mais em mulheres brancas e idosas. Subdivide-se em osteoporose tipo 1 ou pós-
menopausa e osteoporose tipo 2 ou senil.
Osteoporose tipo 1 ou pós-menopausa também é chamada de osteoporose acelerada,
aparece em 5 a 10% de toda a população feminina nos 20 anos que seguem a menopausa. Ela
resulta, na realidade, do somatório de dois efeitos, o da perda de osso relacionada com a idade
associada ao efeito da perda acelerada pela pós-menopausa, provavelmente devida à
deficiêcia de estrógenos. O que não se sabe é por qual mecanismo a deficiência de estrógeno
promove a perda óssea. Embora a falha ovariana se acompanhe de um remodelamento ósseo
com uma diferença entre reabsorção e formação óssea, favorecendo a primeira, não se sabe se
isso se deve, ou não, a uma ação direta dos hormônios ovarianos no osso. Se atrás da falha
ovariana existe uma reabsorção acelerada, pode-se imaginar a seguinte sequência de eventos:
reabsorção óssea aumentada → aumento do cálcio sérico → redução do PTH → formação
diminuida de vitamina D ativada → diminuição na absorção intestinal de cálcio. Uma outra
ideia é a que a osteoporose pós-menopáusica se explique por deficiência de calcitonina. A
calcitonina é o hormônio da paratireoide cujo efeito principal é se opor à reabsorção
osteoclástica. Tem se demonstrado que pacientes osteoporóticos têm um nível sérico de
calcitonina menor que os não-osteoporóticos com a mesma idade, q que a administração de
estrógenos aumenta a nével sérico da calcitonina. Uma terceira hipótese é a de que a ausência
dos hormônios femininos permita que células da medula óssea expressem, localmente,
moléculas que sinalizem positivamente para a formaçõa de osteoclastos.
Osteoporose tipo 2 ou senil ocorre em idosos (em torno dos 75 anos) e se manifesta
por fraturas vertebrais e de quadris. O remodelamento ósseo está diminuído, principalmente
no que se refere a taxas de formação óssea. Essa forma de osteoporose representa um exagero
das alterações normalmente vistas com a idade. Existe uma diminuição na longevidade do
osteoblasto, além de um prejuízo em seu recrutamento e função. No idoso, encontra-se um
aumento das células de gordura da medula, as quais se formam à custa da célula progenitora
do osteoblasto. Essa forma de osteoporose afeta metade da pupolação feminina idosa e ¼ da
maculina idosa. A perda óssea é proporcional, tanto no osso trabecular como no cortical
- Idiopática: as formas idiopáticas são relativamente raras. Ainda que a remissão ocorra de
maneira espontânea, as pessoas afetadas podem permanecer com incapacidade residual
importante (por causa das fraturas) e dificilmente atingem, em idade adulta, uma massa óssea
normal.
A osteoporose secundária é caracterizada por várias patologias: de origem endócrina,
devido a imobilização, induzida por drogas, devido ao alcoolismo, da osteogênese imperfeita,
das corredoras de maratona e das atletas de elite, da gravidez, da doença hepática crônica e
das doenças neoplásicas (SKARE, 1999).
CAPÍTULO II
2. QUALIDADE DE VIDA
2.1 HISTÓRICO
Qualidade de vida é o que as pessoas querem para si ou consideram prioritário para
suas vidas. As sociedades modernas, juntamente com os avanços da medicina e o setor saúde,
caminham em direção da melhoria na Qualidade de Vida das pessoas.
O termo Qualidade de Vida surgiu em 1964, quando pela primeira vez o então
presidente dos Estados Unidos, Lyndon Johnson, “declara que os objetivos não podem ser
medidos através do balanço dos bancos. Eles só podem ser medidos através da qualidade de
vida que proporcionam às pessoas” (FLECK et al, 1999a).
Explica LAURENTI (2003), que há uma preocupação internacional em conseguir
medir o patamar em que se encontra a qualidade de vida, tanto em nível individual quanto
coletivo e em todas as áreas da vida das pessoas.
Diz PASCHOAL (2000) que, a busca pela qualidade de vida vem emergindo nos
últimos trinta anos, sendo considerado um atributo importante no setor saúde, gerando, desta
forma, a implementação de políticas públicas de saúde. Estas focalizam indicadores objetivos:
morbidade e mortalidade e enfocam variáveis subjetivas como a percepção das pessoas em
relação ao seu bem estar e a sua qualidade de vida.
Há, no entanto, registros de que nos últimos doze anos, qua renta países vêm
mensurando a qualidade de vida das pessoas, segundo SKEVINGTON et al. (2004 a, b, c).
Com este propósito, o Grupo World Health Organization Quality of Life (WHOQOL), possui
um projeto que envolve dezesseis centros em todo o mundo, sendo o Coordenador localizado
na Escócia.
As ciências humanas e biológicas possuem interesses em diagnosticar o padrão e a
qualidade de vida, assim como expectativa de vida das pessoas e como estas vivem em seu
cotidiano (FLECK et al, 1999a).
De acordo com os estudos elaborados pelo Grupo WHOQOL, que desenvolveu uma
escala para mensurar qualidade de vida em perspectiva transcultural, o instrumento
WHOQOL-100 foi criado, sob a orientação de John Orley, e definiu qualidade de vida como a
percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto cultural e no sistema de valores
nos quais vive, além da sua relação com seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações
a fim de valorizar e padronizar o bem estar das pessoas (FLECK et al, 2003b).
“O interesse em conceitos como padrão de vida e qualidade de vida foi inicialmente
partilhado por cientistas, filósofos e políticos” (FLECK et al, 1999a), estendendo-se a
diferentes áreas da medicina e outras ciências como as humanas e biológicas.
O instrumento WHOQOL-100, traduzido em 20 idiomas, agora com versão em
português mostrou desempenho psicométrico e seus autores confirmaram que o “conceito de
qualidade de vida é subjetivo, multidimensional” (WHOQOL GROUP, 1994, apud FLECK et
al, 1999b); o instrumento busca avaliar a qualidade de vida baseando-se em pressupostos
subjetivos do sujeito com dimensões positivas e negativas (WHOQOL GROUP, 1994, apud
FLECK et al, 1999b).
O conceito multidimensional de saúde avalia a qualidade de vida em diferentes
domínios como o físico, o psicológico, as relações sociais e o meio ambiente. Esses objetivos,
as expectativas, os padrões e as preocupações do ser humano, assim como condições
socioeconômicas mantêm seu bem-estar (FLECK et al, 2000).
Mesmo assim, é difícil responder às inúmeras questões que surgem quando avaliamos
qualidade de vida nas interações sociais possíveis nas comunidades (FLECK et al, 1999a). As
variáveis culturais regionais, as diferenças socioculturais e as peculiaridades de algumas
situações merecem comparações com estudos realizados em outros países.
Seguindo-se os padrões de crescimento das sociedades contemporâneas, com o
crescente avanço tecnológico e a possibilidade de viver em mundo globalizado, as pessoas
enfrentam novos desafios em suas vidas, que podem afetar o seu bem-estar.
A esse respeito, PASCHOAL (2000), cita que, desde a segunda metade do vinte, tanto
nos países desenvolvidos quanto em desenvolvimento no mundo inteiro, inclusive no Brasil,
as pessoas começaram a atingir uma faixa etária de 60 anos ou mais, com percentuais bem
representativos, pois chegam a 20-22% em alguns países.
A expectativa de vida está aumentando em todo o mundo. Com isto, um número cada vez mais de indivíduos passa a sobreviver até 70, 80, 90 anos. Qual a qualidade dessa sobrevivência? Como aumentar o vigor físico, intelectual, emocional e social dessa população até os momentos que precedem a morte? A maioria dos indivíduos deseja viver cada vez mais, porém a experiência do envelhecimento (a própria e a dos outros) está trazendo angústias e decepções, pelo menos em nosso país. Como favorecer uma sobrevida cada vez maior, com uma qualidade de vida cada vez melhor?(PASCHOAL, 2000 p 17).
PASCHOAL (2000), ao comentar a evolução etária da população brasileira, observou
que no censo brasileiro de 1991 constatou-se que a população idosa representava 7,4 % de
nossa população, isto é, 10.676.509 pessoas de 60 anos ou mais. No Brasil, até 1960, a
população crescia junto ao total populacional sem grandes modificações nas diferentes faixas
etárias. A partir de 1960, houve um acréscimo na população idosa em relação aos jovens
(PASCHOAL, 2000).
Segundo PASCHOAL (2000), as expectativas para o Brasil são que chegaremos ao
ano 2025 com registros progressivos de 32 milhões de pessoas com expectativa de vida
superior aos 60 anos e seremos a 6ª população com mais idosos no mundo. Nos países
desenvolvidos, este processo é mais lento, e cresce de maneira gradativa.
“O envelhecimento populacional é fruto, principalmente, de diminuições importantes dos coeficientes de mortalidade e das taxas de fecundidades e natalidade. A queda de mortalidade em todas as faixas etárias levou, inicialmente, a aumento da expectativa de vida aos 60 anos (sobrevida). Isto foi secundado pela queda de fecundidade e natalidade, ocasionando o aumento da proporção de indivíduos idosos. Essa situação, conhecida como “transição demográfica”, é acompanhada por mudança da morbi-mortalidade, com aumento da incidência e prevalência de doenças crônicas e a queda das doenças infecciosas, levando o aumento do número de pessoas incapacitadas, dependentes de cuidados de longa duração, um processo denominado transição epidemiológica” (FRIES, 1980; KALACHE et al, 1987, apud PASCHOAL 2000, p.16).
CURI (1993), explica que são muitas as instituições, entre as quais, o Banco Mundial
e a Organização das Nações Unidas (ONU), que desenvolvem pesquisas científicas e mostram
indicadores econômicos, demográficos, culturais, educacionais e indicadores da saúde nos
países, utilizando-os, em muitos casos, como indicadores de qualidade de vida.
No Brasil, o Centro Brasileiro do Grupo de Qualidade de Vida da Organização
Mundial de Saúde-OMS, é representado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRS), e tem trabalhado numa escala de perspectiva transcultural para medir qualidade de
vida em adultos.
FLECK et al (2003b), constataram que as medidas de qualidade de vida revestem-se
de particular importância na avaliação de saúde, tanto dentro de uma perspectiva individual
quanto social. O bem estar ou a qualidade de vida de cada pessoa está vinculada às
perspectivas de envelhecimento saudável, cujas diferenças individuais dependerá da classe
social a que pertence, bem como das características culturais e padrões de comportamento da
população adulta.
De acordo com LAURENTI (2003), ao avaliar qualidade de vida das pessoas, explica
que deve ser levado em conta o nível de vida no mundo e a saúde da população. Atenção
especial deveria ser dada aos idosos, já que sua proporção nas comunidades tem aumentado,
tanto em países desenvolvidos, quanto em países em desenvolvimento.
Já que viver implica a dimensão física, psíquica e social, os anos vividos pelo
indivíduo e que são excedentes à sua expectativa de vida, muitas vezes são marcados pelo
aumento da dependência, pela perda da autonomia, pelo declínio funcional ou pelo isolamento
social assim como o sofrimento de seus familiares (PASCHOAL, 2000); o estado subjetivo de
saúde – subjective health status e a qualidade de vida – health-related quality of life são
conceitos afins, centrados no estado de saúde e na capacidade do indivíduo em viver
plenamente (FLECK et al, 1999a).
RUFINO NETO (1992), explica que o hoemem, frente a novas situações, é um ser
bio-psico-social, que, além de se reproduzir, é capaz de produzir e incorporar experiências e
conhecimentos pela educação e cultura, aprimorando concepções de um viver bem.
A percepção de vida do indivíduo, segundo WHOQOL GROUP (1994, apud Fleck et
al, 1998), está relacionada à cultura, valores, objetivos, preocupações, expectativas e padrões,
e de acordo com FLECK et al (1999a) e também, segundo o WHOQOL GROUP (1994, apud
OMS, 1998), na visão multidimensional, há diferentes domínios que devem ser considerados
como o físico, o psicológico, o nível de independência, o meio ambiente, a religião e a
espiritualidade/crenças pessoais.
BULLINGER et al (1993) apud FLECK et al. (1999a), consideram qualidade de vida
uma variedade de potencial relacionando sentimentos e comportamentos com o
funcionamento diário do indivíduo.
Já o processo de natureza humana, como descreve MELO-FILHO (1996), baseia-se
nos processos biológicos, subordinados aos processos da vida social, integrando
determinantes da vida.
A população mundial tem envelhecido, assim como a população brasileira, em
diferentes perspectivas, numa visão biológico/comportamentalista, economicista,
sociocultural e transdisciplinar, nas quais se enquadram as populações da Terceira Idade
(SIQUEIRA et al, 2002).
Sob o ponto de vista Epidemiológico, RUFFINO-NETTO (1992), coloca o estilo de
vida e os processos saúde-doença inclusos no que podemos considerar Qualidade de Vida,
podendo ser classificada como excelente, boa, regular ou ruim.
A propagação do imperialismo implicou desenvolvimento de várias áreas, ligadas às
tecnologias científicas, que aliado aos avanços ocorridos a partir da Revolução Industrial,
aprimoraram setores de produção visando atender a demanda. Dentre os setores, a biologia, a
bioquímica, a microbiologia, a quimioterapia, a citologia, a embriologia, o sistema de controle
nervoso, herança ou genética, evolução e ecologia possibilitaram e incorporando o
conhecimento dos saberes globalizados adaptando o Homem a esse novo mundo (RUFFINO-
NETTO, 1992).
2.2 CONCEITO
Conceituar Qualidade de Vida é uma tarefa difícil, pois está longe de obter uma
resposta precisa.
O conceito de qualidade de vida está relacionado à auto-estima e ao bem estar pessoal
e abrange uma série de aspectos como a capacidade funcional, o nível socioeconômico, o
estado emocional, a interação social, a atividade intelectual, o autocuidado, o suporte familiar,
o próprio estado de saúde, os valores culturais, éticos e a religiosidade, o estilo de vida, a
satisfação com o emprego e/ou com atividades diárias e o ambiente em que se vive. O
conceito de qualidade de vida, portanto, varia de autor para autor e, além disso, é um conceito
subjetivo dependendo do nível sociocultural, da faixa etária e das aspirações pessoais do
indivíduo (VECCHIA et al, 2005).
PASCHOAL (2000) explica que a vida é um dos maiores bens a serem preservados; é
o primeiro direito, o direito a vida e a uma vida digna” (PASCHOAL, 2000, p. 22).
A definição de Qualidade de Vida, segundo o grupo de especialistas da Organização
Mundial de Saúde (OMS) é “a percepção do indivíduo acerca de sua posição na vida, de
acordo com o contexto cultural e os sistemas de valores nos quais vive e em relação a seus
objetivos, expectativas, padrões e preocupações” (WHOQOL GROUP, 1995, apud FLECK et
al, 1999b).
O Projeto Ciência, Tecnologia e Inovação (Ministério do Desenvolvimento, Indústria
e Comércio, 2004), define que Qualidade de vida pode ser interpretada de muitas maneiras.
Cada pessoa e sociedade têm uma lista daquilo que considera prioritário em termos de
qualidade de vida e esta varia com o tempo, influenciado por múltiplos fatores sociais,
culturais e econômicos. Saúde, alimentação sadia, trabalho adequado, lazer agradável, acesso
a bens culturais, ar puro, água potável, vida social, segurança, tranqüilidade em relação a seu
futuro e aos seus familiares e assim por diante.
O conceito de saúde segundo o Moderno Dicionário Enciclopédico Brasileiro (Ábila
Filho, 1984), é de Substantivo feminino. Estado do que é, são. Do que tem função orgânica
regulares; vigor; robustez; saudação; brinde.
Para CANGUILHEM (2002), saúde é a “vida no silêncio dos órgãos, não há
propriamente ciência da saúde. A saúde é a inocência orgânica” (CANGUILHEM, 2002, p.
76).
CANGUILHEM (2002), ao falar de saúde, acaba por abordar a doença, então a saúde
e a doença não são dois modos que diferem essencialmente, como talvez tenham pensado os
antigos médicos e como ainda pensam alguns. É preciso não fazer da saúde e da doença
princípios distintos, entidades que disputam uma à outra o organismo vivo e que dele fazem o
teatro de suas lutas (CANGUILHEM, 2002, p. 48). Ainda segundo o autor, doença está na
origem da atenção especulativa que a vida dedica à vida, por intermédio do homem
(CANGUILHEM, 2002, p. 76).
No entanto, “saúde difere tanto quantitativamente quanto qualitativamente da
enfermidade. Ela não implica o completo bem-estar, a normalidade total, a ausência de
anormalidade, uma vez que esta concepção se distância da realidade concreta” (COELHO e
ALMEIDA FILHO, 2003, p. 102).
COELHO e ALMEIDA FILHO (2003), ao comentar a afirmação de CANGUILHEM,
explicam que a saúde implica poder adoecer e sair do estado patológico (COELHO e
ALMEIDA FILHO 2003 p. 102).
2.3 INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
A fim de avaliar a qualidade de vida e o estado global de saúde no acompanhamento
dos pacientes de diferentes doenças, foram desenvolvidos questionários genéricos e
específicos (LEMOS et al, 2006)
a) Qualidade de vida relacionado a saúde(QVRS): a medida da QVRS em pacientes com
osteoporose tem sido alvo de estudos nos últimos anos, com intuito de determinar as
mudanças necessárias para obtenção do bem-estar do paciente. A avaliação da QVRS é
realizada na maioria das vezes por questionários, podendo ser genéricos ou específicos. São
multidimensionais, exploram diversos componentes da QVRS além de relevantes na avaliação
das consequencias ds enfermidades crônicas (ARANHA et al, 2006).
b) Questionário SF-36 (anexo I): A criação deste instrumento foi baseada em uma revisão de
vários instrumentos existente na literatura, nos últimos 20 anos que avaliou alterações e
limitações em várias dimensões como capacidade funcional, aspectos sociais, saúde mental e
percepção geral da saúde. O questionário SF-36, foi derivado de um questionário de avaliação
de saúde formado por 149 artigos, desenvolvido e testado em mais de 22 000 pacientes, como
parte de um estudo de avaliação de saúde. Com o intuito de formular um questionário não tão
extenso, foi elaborado um questionário de 18 artigos que avaliaram a capacidade funcional
inicialmente limitando devida doença, saúde mental e percepção da saúde. Mais tarde, foram
somados dois artigos a este questionário para avaliação dos aspectos sociais e dor, então, foi
criado o SF-20 (Forma 20 Pequena). O SF-20 foi respondido por aproximadamente 11000
participantes dos estudos de avaliação de saúde. Estes resultados permitiram a análise de seu
psicométricas medido e também o desenvolvimento de normas preliminares para descobrir
diferenças no estado funcional e de bem-estar entre os pacientes com doenças crônicas e
alterações psiquiátricas. Pelos autores, a dificuldade maior no desenvolvimento do SF-36 foi
para a seleção de oito conceitos de saúde, entre mais de 40 conceitos analisados pelos estudos
de avaliação de saúde. Alguns conceitos foram considerados importantes, porém não foram
escolhidos, como por exemplo, função sexual. O SF-36 foi constituído para satisfazer o
padrão psicométrico, para comparação entre grupos que envolvem conceitos genéricos de
saúde não sendo específico para uma determinada idade, doença ou tratamento. Ele representa
definições múltiplas da saúde, inclusive função e deficiência orgânica, desconforto e bem-
estar, relatórios objetivos e reclamações subjetivas, de solenidade-avaliação favorável e
desfavorável da condição de saúde (CICONELLI et al, 1999)
c) Escala de Medida de Independência funcional (FIM) (anexo II): a Medida de
Independência Funcional (MIF) foi desenvolvida na década de 1980 por uma força tarefa
norte-americana organizada pela Academia Americana de Medicina Física e Reabilitação e
pelo Congresso Americano de Medicina de Reabilitação. Seu objetivo foi criar um
instrumento capaz de medir o grau de solicitação de cuidados de terceiros que o paciente
portador de deficiência exige para realização de tarefas motoras e cognitivas. A MIF verifica
o desempenho do indivíduo para a realização de um conjunto de 18 tarefas, referentes às
subescalas de autocuidados, controle esfincteriano, transferências, locomoção, comunicação e
cognição social. Cada item pode ser classificado em uma escala de graus de dependência de 7
níveis, sendo o valor 0 correspondente à dependência total e o valor 7 correspondente à
normalidade na realização de tarefas de forma independente1. A tradução de um instrumento
de avaliação funcional como a MIF deve seguir uma metodologia aceita pela literatura
científica, pois as traduções livres podem não conter equivalência cultural2-4. As traduções
livres permitem interpretações variadas do original, impedindo a comparação dos dados
obtidos por serviços diferentes. A escolha da MIF para tradução e verificação de propriedades
psicométricas deu-se em virtude da abrangência desse instrumento, sendo útil em quadros
clínicos de naturezas diversas. Colaboram ainda, para a sua escolha, com o fato de avaliar o
componente motor e cognitivo, além da sua grande aceitação na literatura internacional
(RIBERTO et al, 2001)
A Escala FIM avalia a capacidade do paciente em relação a autocuidado, controle de
esfíncteres, mobilidade, comunicação e integração social em uma escala de um a sete. Nesta
escala são avaliados 18 itens e a pontuação do paciente vai de no mínimo 18 a no máximo 126
pontos. As pontuações são: 1) assistência total; 2) assistência máxima; 3) assistência
moderada; 4) assistência com contato mínimo; 5) supervisão ou preparação; 6) independência
modificada e 7) independência completa. Considera-se dependência completa quando o
paciente faz menos de 50% do trabalho e que necessita de assistência máxima para executar
as atividades e pontua-se um e dois. A dependência modificada é aquela em que o paciente
realiza 50% ou mais do trabalho e neste caso pode-se pontuar três, quatro e cinco, dependendo
do nível de assistência. O paciente que necessita de ajudante na supervisão ou na assistência
física é considerado dependente. O paciente é considerado independente quando não necessita
da ajuda de alguém para desenvolver uma atividade. Neste caso, a pontuação pode ser seis ou
sete (dependendo da utilização ou não de algum dispositivo ou da realização em um intervalo
de tempo razoável). A Escala FIM é dividida em dois escores que se subdividem em itens: 1)
escore motor: comer, aprontar-se, banho, vestir parte superior do corpo, vestir parte inferior
do corpo, vaso sanitário, controle de bexiga, controle de intestino, transferência da cama para
a cadeira de rodas, transferência da cadeira de rodas para o vaso sanitário, transferências no
banheiro e chuveiro, marcha/cadeira de rodas, escadas; 2) escore cognitivo: compreensão,
expressão, integração social, resolução de problemas, memória. Os dados são coletados nas
primeiras 72 horas após a admissão e a alta hospitalar dos pacientes. Os dados de seguimento
devem ser coletados entre 80 e 180 dias após a alta hospitalar.( SILVA et al, 2005)
CAPÍTULO III
3. METODOLOGIA
O estudo foi realizado através de revisão da literatura. Para este propósito, utilizou-se
pesquisa bibliográfica na biblioteca da Universidade Veiga de Almeida, sites científicos,
Unati (UERJ). Para o conteúdo revisional foram selecionados diversos artigos científicos
relacionados ao tema e livros atuais.
CAPÍTULO IV
4. DISCUSSÃO
Em relação a cada instrumento utilizado para avaliação da qualidade de vida, foram
utilizados 3 instrumentos: questionário de Qualidade de vida relacionado a saúde(QVRS);
questionário SF-36; e Escala de Medida de Independência funcional (FIM).
O QVRS tem o intuito de determinar as mudanças necessárias para obtenção do bem-
estar do paciente.
O SF-36 foi constituído para satisfazer o padrão psicométrico, para comparação entre
grupos que envolvem conceitos genéricos de saúde não sendo específico para uma
determinada idade, doença ou tratamento. Ele representa definições múltiplas da saúde,
inclusive função e deficiência orgânica, desconforto e bem-estar, relatórios objetivos e
reclamações subjetivas, de solenidade-avaliação favorável e desfavorável da condição de
saúde.
A Escala FIM avalia a capacidade do paciente em relação a autocuidado, controle de
esfíncteres, mobilidade, comunicação e integração social em uma escala de um a sete. Nesta
escala são avaliados 18 itens e a pontuação do paciente vai de no mínimo 18 a no máximo 126
pontos. As pontuações são: 1) assistência total; 2) assistência máxima; 3) assistência
moderada; 4) assistência com contato mínimo; 5) supervisão ou preparação; 6) independência
modificada e 7) independência completa. Os dados são coletados nas primeiras 72 horas após
a admissão e a alta hospitalar dos pacientes. Os dados de seguimento
devem ser coletados entre 80 e 180 dias após a alta hospitalar.
CAPÍTULO V
5. CONCLUSÃO
A monografia analisou aspectos importantes em relação a osteoporose, o que essa
doença causa nos aspectos funcionais e na qualidade de vida dessas pessoas.
Verificou também aspectos importantes no papel dos questionários relacionados a
qualidade de vida. Levando o bem estar e a auto-estima a essas pessoas.
Mostrando que mesmo com osteoporose as pessoas podem ter uma vida independente,
envelhecendo com autonomia, com boa saúde, desempenhando papeis sociais,
permanecendos ativos e desfrutando de senso de significado pesoal.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ÁBILA, Filho J. Moderno Dicionário Enciclopédico Brasileiro. 10ª ed., Curitiba: Educacional
Brasileira S.A., 1984.
ARANHA, L. L. M. et al. Qualidade de vida relacionada à saúde em espanholas com
osteoporose. Revista Saúde Públic,a v.40, n.2, São Paulo, abr.2006
CALDAS, Célia P.; SALDANHA, Assuero L. A saúde do idoso: A arte de cuidar. Ed.
Interciencia, 2004. P. 225
CALKINS, Evan; FORD, Amara B.; KATZ, Paul R. Geriatria prática. Ed. Revinter. 1998.
P.385
CANGUILHEM, G. O normal e o patológico. 5. ed., Rio de Janeiro:Forense
Universitária, 2002.
CARVALHO, Cecília M. R. G. de; FONSECA, Carla C. C.; PEDROSA, José I. Educação
para a saúde em osteoporose com idoso de um programa universitário: repercussões. Cad.
Saúde pública, Rio de Janeiro 20 (3): 719 – 726. mai/jun, 2004
CERQUEIRA, Ana T. A. R.; OLIVEIRA, Nair I. L. Programa de apoio a cuidadores: Uma
ação terapêutica e preventiva na atenção à saúde dos idosos. Psicologia USP v.13, n.1, São
Paulo, 2002.
CHIARELLO, Berenice; DRIUSSO, Patrícia; RADI, André L. M. Manuais de fisioterapia:
Fisioterapia reumatológica. São Paulo. Ed. Manole. 2005. P. 125-128
CICONELLI, R.M.; FERRAZ, M.B.; SANTOS, W.; MEINÃO, I.; QUARESMA, M.R.
Tradução para a língua portuguesa e validação do questionário genérico de avaliação de
qualidade de vida SF-36 (Brasil SF-36). Rev Bras Reumatol, 39(3):143-150, 1999.
COELHO, MTAD; Almeida Filho N. Análise do conceito de saúde a partir da
epistemologia de Canguilhem e Foucault. In: Goldenberg P, Marsiglia R, Giffoni
M. O clássico e o novo: tendências, objetos e abordagens em ciências sociais e
saúde. Rio de Janeiro:FIOCRUZ, 2003. p.101-113
CURI, PR. Agrupamento de países segundo indicadores de padrão de vida. Rev.
Saúde Pública 1993; 27(2): 127-134
DOURADOR, Eliane B. Osteoporose senil. Arquivo brasileiro endocrinol met. v.43 n.6 São
Paulo. Dez 1999
FLECK, MPA et al. Aplicação da versão em portuguê s do instrumento abreviado da
qualidade de vida “WHOQOL-bref”. Rev. Saúde Pública 2000; 34(2): 178-183.
.______________Aplicação da versão em português do Instrumento de avaliação de
qualidade de vida da OMS (WHOQOL-100). Rev. Saúde Pública 1999b; 33(2): 198-205.
._______________ Desenvolvimento da versão em português do instrumento de avaliação
de qualidade de vida da OMS (WHOQOL-100). Rev. Bras. Psiquiatria 1999ª, 21(1):19-28.
._______________ Projeto WHOQOL-OLD: método e resultados de grupos focais no Brasil.
Rev. Saúde Pública 2003b; 37(6): 793-799
FREITAS, Elizabete V. de. Tratado de geriatria e gerontologia. Ed. Guanabara Koogan. 2006
P. 147 – 149; 798 – 799.
KARE, Thelma L. Reumatologia. Princípios e prática. Ed. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro
1999.
LAURENTI, R. A Mensuração da Qualidade de Vida. Rev. Assoc. Méd. Bras. 2003; 49(4)
349-66.
LEMOS, Maria C. D. et al. Qualidade de vida em pacientes com osteoporose: Correlação
entre OPAQ e SF – 36. Rev. Brás. Reumatologia v.46 n.5 São Paulo. set/out 2006
MELO, Filho DA. Antinomias e “suturas” epistemológicas entre biológico-social e
individual-coletivo no âmbito da epidemiologia social. Rev. Saúde Públ. 1996; 30(4): 383-
391.
NAVEGA, Marcelo T.; OISHI, Jorge. Comparação da qualidade de vida relacionada à saúde
entre mulheres na menopausa praticantes de atividade física com ou sem osteoporose. Ver.
Brás. Reumatologia v.47 n.4 São Paulo jul/ago 2007
PASCHOAL, SMP. Qualidade de Vida do Idoso: Elaboração de um Instrumento
que privilegie sua opinião. São Paulo. 2000. [Dissertação de Mestrado - Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo - FMUSP].
REBELATTO, José R.; MORELLI, José G. da S. Fisioterapia geriátrica. A prática da
assistência ao idoso. Ed. Manole 2004. P. 278
RIBERTO, Marcelo et al. Reprodutibilidade da versão brasileira da medida de independência
funcional. Acta. Fisiátrica 8 (1): 45 – 52, 2001
RUFFINO, Neto A. Qualidade de Vida: compromisso histórico da epidemiologia.
Saúde em Debate 1992; 35:63-67
SILVA, Maurício C. R. da et al. Efeitos da natação sobre a independência funcional de
pacientes com lesão medular.Rev. Brás. Méd. esporte v.11 n.4 jul/ago 2005
SIQUEIRA, RL et al A velhice: algumas considerações teóricas e conceituais. Ciên. & Saúde
Coletiva 2002; 7(4): 899-906.
SKEVINGTON, SM; O’Connell KA; WHOQOL Group. Can we Identify the Poorest Quality
of Life? Assessing the Importance of Quality of Life using the WHOQOL- 100. Quality of
Life Research 2004a; 13: 23-34.
._______________ The World Health Organization’s WHOQOL-BREF Quality of Life
Assessment: Psychometric Properties and Results of the International Field Trial a Report
from the WHOQOL Group. Quality of Life Research 2004b; 13:299-310.
SKEVINGTON, SM; Sartorius N, Amir M; WHOQOL-Group. Developing Methods for
Assessing Quality of Life in Different Cultural Settings: The History of the WHOQOL
Instruments, Soc. Psychiatry Psichiatr Epidemiol 2004c; 39(1): 1-8.
VECCHIA, Roberta D. et al. Qualidade de vida na terceira idade: um conceito subjetivo. Rev.
Brás. Epidemiol. V.8 n.3 São Paulo. set 2005
ANEXO I
. SF-36 PESQUISA EM SAÚDE SCORE:__________ Instruções: Esta pesquisa questiona você sobre sua saúde. Estas informações nos manterão informados sobre como você se sente e quão bem você é capaz de fazer suas atividades de vida diária. Responda cada questão marcando a resposta como indicado. Caso você esteja inseguro em responder, por favor tente responder o melhor que puder. 1. Em geral você diria que sua saúde é: (circule uma) Excelente ________________________1 Muito boa ________________________2 Boa _____________________________3 Ruim ____________________________4 Muito ruim _______________________ 5 2. Comparada há um ano atrás, como você classificaria sua saúde em geral, agora? (circule uma) Muito melhor agora do que há um ano atrás ______________ 1 Um pouco melhor agora que há um ano atrás______________2 Quase a mesma de um ano atrás _______________________3 Um pouco pior agora do que há um ano atrás _____________4 Muito pior agora que há um ano atrás ___________________5 3. Os seguintes itens são sobre atividades que você poderia fazer atualmente durante um dia comum. Devido a sua saúde, você tem dificuldade para fazer essas atividades? Neste caso, quanto? (circule um número em cada linha) Atividades
Sim. Dificulta muito
Sim Dificulta um pouco
Não Não dificulta de modo algum
a. Atividades vigorosas, que exigem muito esforço, tais como correr, levantar objetos pesados, participar em esportes árduos.
1
2
3
b. Atividades moderadas, tais como mover uma mesa, passar aspirador de pó , jogar bola, varrer a casa.
1
2
3
c. Levantar ou carregar mantimentos.
1
2
3
d. Subir vários lances de escada.
1
2
3
e. Subir um lance de escada.
1
2
3
f. Curvar-se, ajoelhar-se ou dobrar-se.
1
2
3
g. Andar mais de um quilômetro
1
2
3
h. Andar vários quarteirões
1
2
3
i. Andar um quarteirão
1
2
3
j. Tomar banho ou vestir-se
1
2
3
4. Durante as últimas quatro semanas, você tem algum dos seguintes problemas com o seu trabalho ou com alguma atividade diária regular, como conseqüência de sua saúde física? (circule uma em cada linha) Sim Não a. Você diminuiu a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades?
1
2
b. Realizou menos tarefas do que você gostaria?
1
2
c. Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou em outras atividades?
1
2
d. Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (por exemplo: necessitou de um esforço extra)?
1
2
5. Durante as últimas quatro semanas, você teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou outra atividade regular diária, como conseqüência de algum problema emocional (como sentir-se deprimido ou ansioso)?(circule uma em cada linha) Sim Não a. Você diminuiu a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades?
1
2
b. Realizou menos tarefas do que gostaria?
1
2
c. Não trabalhou ou não fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz?
1
2
6. Durante as últimas quatro semanas, de que maneira sua saúde física ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais, em relação à família, vizinhos, amigos ou em grupo? De forma nenhuma ________________1 Ligeiramente _____________________2 Moderadamente ___________________3 Bastante_________________________4 Extremamente ____________________5 7. Quanta dor no corpo você teve durante as últimas quatro semanas? (circule uma) Nenhuma_____________________1 Muito leve ____________________2 Leve_________________________3 Moderada ____________________4 Grave _______________________5 Muito grave ___________________6 8. Durante as últimas quatro semanas, quanto a dor interferiu com o seu trabalho normal (incluindo tanto o trabalho, fora de casa e dentro de casa)? (circule uma) De maneira alguma ____________1 Um pouco ___________________2 Moderadamente ______________3 Bastante _________________4 Extremamente _______________5 9. Estas questões são sobre como você se sente e como tudo tem acontecido com você durante as últimas quatro semanas. Para cada questão, por favor dê uma resposta que mais se aproxime da maneira como você se sente em relação às últimas quatro semanas. (circule em número para cada linha) Todo
tempo A maior parte do tempo
Uma boa parte do tempo
Alguma parte do tempo
Uma pequena parte do tempo
Nunca
a. Quanto tempo você tem se sentido cheio de vigor, cheio de vontade, cheio de força?
1
2
3
4
5
6
b. Quanto tempo você tem se sentido uma pessoa muito nervosa?
1
2
3
4
5
6
c. Quanto tempo você tem se sentido tão deprimido que nada pode animá-lo?
1
2
3
4
5
6
d. Quanto tempo você tem se sentido calmo ou tranqüilo?
1
2
3
4
5
6
e. Quanto tempo você tem se sentido com muita energia?
1
2
3
4
5
6
f. Quanto tempo você tem se sentido desanimado e abatido?
1
2
3
4
5
6
g. Quanto tempo você tem se sentido esgotado?
1
2
3
4
5
6
h. Quanto tempo você tem se sentido uma pessoa feliz?
1
2
3
4
5
6
i. Quanto tempo você tem se sentido cansado?
1
2
3
4
5
6
10. Durante as últimas quatro semanas, quanto do seu tempo a sua saúde física ou os problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos, parentes, etc.)? (circule uma) Todo tempo ______________________1 A maior parte do tempo _____________2 Alguma parte do tempo _____________3 Uma pequena parte do tempo ________4 Nenhuma parte do tempo ____________5 11. O quanto verdadeiro ou falso é cada uma das afirmações para você? (circule um número em cada linha) Definitiva-
mente ver- dadeiro
A maioria das vezes verdadeiro
Não sei A maioria das vezes falsa
Definitivamen- te falsa
a. Eu costumo adoecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas.
1
2
3
4
5
b. Eu sou tão saudável quanto qualquer pessoa que eu conheço.
1
2
3
4
5
c. Eu acho que a minha saúde vai piorar.
1
2
3
4
5
d. Minha saúde é excelente.
1
2
3
4
5
ANEXO II
Escala de Medida de Independência Funcional 7 Independência completa (em segurança, em tempo normal) 6 Independência modificada
Independente
5 Supervisão 4 Ajuda mínima (indivíduo >= 75%) 3 Ajuda moderada (indivíduo >= 50%)
Dependência modificada
2 Ajuda máxima (indivíduo >= 25%) 1 Ajuda total (indivíduo >= 0%)
Dependência completa
Admissão Alta Acompanhamento Autocuidado A. Alimentação B. Higiene pessoal C. Banho (lavar o corpo) D. Vestir metade superior E. Vestir metade inferior F. Utilização do vaso sanitário Controle de esfíncteres G. Controle da urina H. Controle das fezes Mobilidade transferências I. Leito, cadeira, cadeira de rodas J. Vaso sanitário K. Banheira, chuveiro Locomoção L. Marcha (M) / cadeira de rodas (C) Preencher somente um dos dois itens em cada coluna
M. Escadas Comunicação N. Compreensão (A-auditiva / V-visual)
O. Expressão (V-verbal / N-não verbal)
Cognição Social P. Interação social Q. Resolução de problemas R. Memória Total