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I Avaliação das vias aéreas superiores em telerradiografia de perfil facial Autor: Joana Isabel Barão Faustino Aluna 5ºAno Mestrado Integrado em Medicina Dentária Faculdade de Medicina Dentária Universidade do Porto Contacto: [email protected] Porto, 2012

Avaliação das ias aéreas superiores em telerradiografia de ... · As adenóides são uma parte do sistema linfóide associado às vias aéreas (anel de Waldeyer) e ocupam parte

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I

Avaliação das vias aéreas superiores em

telerradiografia de perfil facial

Autor: Joana Isabel Barão Faustino

Aluna 5ºAno Mestrado Integrado em Medicina Dentária

Faculdade de Medicina Dentária – Universidade do Porto

Contacto: [email protected]

Porto, 2012

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III

Orientadora:

Maria Cristina Pinto Coelho Mendonça de Figueiredo Pollmann

Professora Associada na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto

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V

Co-orientadora

Mestre Daniela Afonso

Estudante de especialização clínica em Ortodontia da Faculdade de Medicina Dentária

da Universidade do Porto

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VII

Agradecimentos

Este trabalho não teria sido realizado sem o apoio das seguintes pessoas, a

quem, desde já, agradeço o apoio prestado.

À minha orientadora, Professora Doutora Maria Cristina Pollmann, por toda a

dedicação e disponibilidade demostradas na orientação e ajuda na realização deste

trabalho.

À Mestre Daniela Afonso, minha Co-orientadora, pela ajuda na recolha de dados

e pela colaboração na sua análise.

Ao Mestre Engénio Martins pela sua preciosa ajuda na elaboração deste

trabalho.

À Dra. Catarina Moniz Alves sem a qual não seria possível terminar a análise

estatística deste trabalho.

À minha família por serem as pessoas a quem devo tudo.

À Inês Beirão, minha colega de trabalho e amiga, por partilhar comigo todos os

dias desta jornada.

À Joana Almeida, Rita Pacheco, Marta Almeida e Maria João Catita por estarem

sempre presentes.

Ao Eurico, a quem dedico este trabalho.

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IX

Abreviaturas

Na – Ponto Nasion

Pog –Ponto Pogonion

Pt – Ponto Pterigoideu

Gn – Ponto Gnation

Ba – Ponto Basion

HF – Plano de Frankfurt

Me – Ponto Mentoniano

Ag – Ponto Antegonial

ENA – Ponto espinha nasal anterior

Xi – Ponto centróide mandibular

Pm – Ponto supra-pogonion

Dc – Ponto condilar

T0 – Inicio do tratamento ortodôntico

T1 – Final do tratamento ortodôntico

Ângulo ANB –Ângulo formado pela interseção do Nasion com o ponto A e o ponto B

Ângulo SNB – Ângulo formado pela interseção do Nasion com a Sela Turca e o

ponto A

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Avaliação das Vias Aéreas Superiores

1

ÍNDICE

Resumo .......................................................................................................................... 3

Abstract .......................................................................................................................... 5

1. Introdução ............................................................................................................... 7

2. Material e Métodos .................................................................................................. 9

2.1. Amostra ................................................................................................................. 9

2.2. Análise Cefalométrica ........................................................................................... 9

2.3. Análise estatística ............................................................................................... 12

3. Resultados ............................................................................................................. 13

3.1. Dados da amostra em estudo ............................................................................. 13

3.2. Variação da dimensão das vias aéreas superiores ............................................. 15

4. Discussão .............................................................................................................. 21

5. Conclusão .............................................................................................................. 25

Referências Bibliográficas ......................................................................................... 27

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Avaliação das Vias Aéreas Superiores

3

Resumo

Introdução – A morfologia das vias aéreas é um dos factores que condiciona o lúmen

da região nasofaríngea e consequentemente a aptidão ou não para uma ventilação

nasal eficiente. Os aspectos funcionais das vias aéreas estão directamente

relacionados com o crescimento facial, pelo que o estudo da relação entre o espaço

das vias aéreas e os diferentes padrões de crescimento facial e relação sagital

esquelética dos maxilares constitui motivo de interesse em ortopedia dentofacial.

Objetivo – Este estudo teve como objetivo avaliar a dimensão sagital da nasofaringe

em telerradiografias de perfil facial, em pacientes com diferentes classes esqueléticas e

diferentes tipos faciais, antes e após o tratamento ortodôntico.

Materiais e Métodos – A amostra foi constituída por 28 pacientes com telerradiografias

de perfil facial realizadas antes e após tratamento ortodôntico. As vias aéreas

superiores foram medidas através do traçado cefalométrico de McNamara. A relação

estatística entre as variáveis em estudo foi obtida por aplicação de um teste t de

Student e ANOVA unilateral com um teste Tukey HSD (p<0,05).

Resultados – Os resultados obtidos indicaram um aumento significativo das

dimensões das vias aéreas entre a análise inicial e final do tratamento ortodôntico

(p<0.05). Simultaneamente, demonstrou-se uma relação estatisticamente significativa

entre a dimensão sagital das vias aéreas superiores e o tipo facial (p<0,05). Não se

encontrou relação estatisticamente significativa entre a dimensão sagital das vias

aéreas superiores e a classe esquelética ou o género dos pacientes.

Conclusão – A dimensão sagital das vias aéreas superiores dos indivíduos

dolicofaciais são menores quando comparadas com indivíduos mesofaciais e

braquifaciais.

Palavras-chave: vias aéreas superiores telerradiografias; vias aéreas cefalometrias

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Avaliação das Vias Aéreas Superiores

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Abstract

Introduction – The morphology of the airways is one factor that determines the lumen

of the nasopharyngeal region and consequently the ability or not for an effective nasal

ventilation. The functional aspects of the airways are directly related to facial growth, so

the study of the relationship between the space of the airways and the different patterns

of facial growth and skeletal sagittal relationship of the jaws is an interest in dentofacial

orthopedics.

.

Objective – This study aimed at evaluating the upper airway space using lateral

cephalograms of individuals pertaining to different skeletal classes and growth patterns

before and after orthodontic treatment.

Materials and Methods – The population consisted of lateral cephalograms of 28

individuals obtained before and after orthodontic treatment. The upper airway spaces

were assessed according to McNamara’s airways analysis. Data variables were

subjected to statistical analysis by means of using Student's t-test, and one-way

ANOVA, with the Tukey test (p<0.05).

Results – The results showed a significant increase (p<0.05) of the upper airway space

before and after the orthodontic treatment. Similarly, the upper airway space

measurements were influenced by the growth pattern (p<0.05). There was no

statistically significant relationship between the sagittal dimension of the upper airways

and skeletal class or gender of patients.

Conclusion – The upper airway space decreases for vertical growth pattern when

compared to the normal and horizontal growth patterns.

Keywords: upper respiratory airway lateral cephalograms; airways cephalometrics.

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Avaliação das Vias Aéreas Superiores

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1. Introdução

A influência dos tecidos moles no crescimento craniofacial tem sido alvo de estudo há

já vários anos, sendo aceite nos dias de hoje que tem um papel relevante no

diagnóstico e tratamento ortodôntico.

As adenóides são uma parte do sistema linfóide associado às vias aéreas (anel de

Waldeyer) e ocupam parte do lúmen do cavum nasofaríngeo. Entre os 3 e os 5 anos de

idade a sua velocidade de crescimento ultrapassa o ritmo de crescimento das restantes

estruturas e espaço circundante.(1) Alcançam a sua máxima dimensão na infância

assistindo-se a uma diminuição progressiva de tamanho até à idade adulta, ocorrendo

em idade pré-escolar a maioria dos problemas associados à hipertrofia das adenóides.

(2) (3)

Em condições normais, as dimensões das vias aéreas tendem a aumentar na pré-

adolescência devido à regressão das adenóides e ao crescimento das estruturas

anatómicas circundantes, nomeadamente os maxilares.

Alguns fatores predisponentes, infeções repetidas ou inflamações contribuem para uma

hipertrofia das adenóides e a uma consequente redução do espaço das vias aéreas

superiores condicionando a predominância da respiração mista e/ou bucal.(4, 5) (6) (7, 8)

Nestes indivíduos para além de não se assistir à normal diminuição da dimensão das

adenóides, verifica-se o estabelecimento de condições funcionais respiratórias

anormais entre outras complicações. A apneia obstrutiva é uma das complicações que

pode resultar da obstrução crónica das vias aéreas causada por um aumento das

adenóides e cuja gravidade leva à indicação para adenoidectomia.(9)

Há muitos estudos que associam a adaptação às dificuldades respiratórias a alterações

do desenvolvimento dento-facial e outros que apontam para influência recíproca. (4, 5, 7)

Ricketts em meados dos anos 60 chamou à atenção para a importância da análise das

vias aéreas nas cefalometria quando verificou que os pacientes que possuíam

mordidas abertas ou constrição do palato apresentavam história clínica que incluía

alergias, hipertrofia das adenóides e respiração bucal. (9) (10) A dimensão relativa das adenóides e cavum nasofarínge é uma questão pertinente pois

está relacionada com a probabilidade de ocorrência de constrição das vias aéreas.(4)

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Avaliação das Vias Aéreas Superiores

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Vários estudos correlacionaram as dimensões das vias aéreas em pacientes com

diferentes más oclusões (11) e em pacientes com morfologia facial alterada. (12) Alguns

autores (11) (4) defendem que indivíduos com más oclusões de classe II têm vias aéreas

menores quando comparados com indivíduos classe I e III. Contudo, noutro estudo de

Freitas et al(6) não encontraram correlação entre as dimensões das vias aéreas

superiores e as más oclusões dentárias, mas afirmam que os indivíduos com uma

classe I esquelética e padrão de crescimento vertical têm uma menor dimensão das

vias aéreas que os indivíduos com um padrão de crescimento horizontal. Em 2011,

Ucar e seus colegas (12) vieram reafirmar num estudo que há diferenças significativas

nas dimensões das vias aéreas em sujeitos com diferentes padrões de crescimento

facial.

Há autores que propõem adenoidectomias precoces como forma de amenizar o padrão

de crescimento facial hiperdivergente. (13, 14) (15) Assim, deve-se alertar o pediatra ou

otorrinolaringologista para a importância de aumentar as vias aéreas e recuperar a

respiração nasal em crianças que apresentem respiração bucal ou mista.

O objetivo deste estudo é avaliar o espaço das vias aéreas superiores, em sentido

sagital, antes e após tratamento ortodôntico, em telerradiografias do perfil facial, em

indivíduos classe I, II e III esquelética com diferentes padrões de crescimento e cotejar

diferenças significativas entre elas.

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Avaliação das Vias Aéreas Superiores

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2. Material e Métodos

O material bibliográfico analisado foi obtido por pesquisa electrónica na base de dados

da “Natural Library of Medicine PUBMed-Medline” e por pesquisa manual usando os

recursos da biblioteca da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto.

Os artigos revistos enquadram-se no tema do estudo das vias aéreas em

telerradiografias e da sua utilização em Ortodontia, tendo sido obtidos utilizando as

seguintes palavras-chaves: vias aéreas superiores telerradiografias e vias aéreas

cefalometrias. Neste estudo foram selecionados artigos recentes, a partir do ano 2000

e posteriores. No entanto, alguns artigos publicados anteriormente a esta data foram

também incluídos no trabalho por se tratarem de estudos de referência nesta

especialidade e que ainda são de extrema relevância em qualquer discussão do estado

da arte desta matéria.

2.1. Amostra

A amostra do estudo engloba 28 crianças com registos pré-existentes nos ficheiros

clínicos de uma clínica privada. A seleção dos pacientes foi aleatória e anónima. Os

critérios de inclusão foram: pacientes submetidos a tratamento ortodôntico intercetivo

de disjunção palatina, em cuja ficha clínica existisse uma telerradiografia de perfil facial

antes e uma telerradiografia de perfil facial após tratamento, com um período de pelo

menos um ano entre os dois registos radiográficos e tendo sido ambos efectuados com

o mesmo equipamento. Foram critérios de exclusão pacientes sindrómicos, má

qualidade dos registos, a existência de intervenções cirúrgicas na região e a

associação com outro tipo de tratamento ortodôntico, durante esse período. Para

garantir o sigilo, a identificação dos pacientes foi codificada, estando apenas visível na

radiografia a idade e o género.

2.2. Análise Cefalométrica

Todas as telerradiografias de perfil facial foram efectuadas com o mesmo equipamento

radiográfico digital (Villa Sistemi Medical®, I-MAX MS-05; dimensão do ânodo da

ampola de raios x: 0,5 mm; distância da fonte de radiação ao plano médio sagital da

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cabeça: 20 cm; factor de ampliação: 1:1,1; registos: 1599 x 1537 pixéis, 8 bits gravado

em formato JPEG sem compressão).

A amostra foi submetida a dois tipos de análises cefalométricas e em registos

correspondentes a dois tempos diferentes. O tempo T0, correspondente às

telerradiografias feitas antes do tratamento ortodôntico e o tempo T1, para as

telerradiografias efetuadas pelo menos um ano após terminada a disjunção.

Todos os traçados cefalométricos e medições foram realizadas pelo mesmo

investigador utilizando o programa Digimizer® (versão 4.2.0.0, MedCalc Software). Foi

efetuada então a análise de Ricketts, apenas em T0, para categorizar os indivíduos

segundo a convexidade facial e os diferentes padrões de crescimento. A convexidade

facial foi definida, de acordo com o protocolado por Ricketts, como uma medida linear

dada pela distância horizontal do ponto A ao plano facial (N-Pog). Este parâmetro foi

utilizado para definição do tipo facial esquelético. A norma clínica deste factor

cefalométrico varia com a idade tendo sido utilizado o valor 4,4 mm uma vez que os

pacientes tinham idades compreendidas entre os 7 e 10 anos de idade. A divisão

segundo o tipo facial, baseia-se em cinco factores cefalométricos: eixo facial (Pt-

Gn/Na-Ba); ângulo facial (HF/Na-Pog); plano mandibular (HF/Me-Ag); altura facial

inferior (ENA-Xi/Pm-Xi); e arco mandibular (Pm-Xi/Dc-Xi) (Figura 1).

Figura 1. Representação dos cinco fatores cefalométricos. 1- Eixo facial; 2- Plano Mandibular;

3- Ângulo facial; 4- Altura facial inferior; 5- Arco Mandibular (retirado de Nery C.G. et al.)(16)

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Avaliação das Vias Aéreas Superiores

11

Numa segunda fase foram feitas as medições das vias aéreas superiores, em T0 e T1,

segundo os critérios da análise cefalométrica de McNamara em suporte digital.(17) Para

a medição linear das vias aéreas superiores foi calculada a distância entre o ponto

mais posterior do palato mole e o ponto mais próximo da parede posterior da faringe

(Figura 2). Para identificar erros associados às medições radiográficas, todas as

medições foram repetidas após duas semanas. O erro casual (Se) foi calculado

segundo a fórmula de Dahlberg (18)(equação 1):

Se2 = d2/2n, (Equação 1)

onde d é a diferença entre a primeira e a segunda medições e n é o número da

amostra. O valor do erro casual foi de 0,18mm.

Figura 2: Pontos e linha de referência usada para medição das vias aéreas: ponto mais

posterior do palato mole até ao ponto mais próximo da parede posterior da faringe.

.

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Avaliação das Vias Aéreas Superiores

12

2.3. Análise estatística

Os resultados obtidos foram submetidos a análise estatística usando o programa

SPSS® (“Software Statistical Package for Social Science”, versão 20). Os dados

obtidos foram analisados através de estatísticas descritivas com média e desvio

padrão. A avaliação da dimensão das vias aéreas foi efetuada em dois momentos

diferentes, correspondentes ao início (T0) e ao final do tratamento ortodôntico (T1)

através do teste t de Student para amostras emparelhadas e usando um nível de

confiança de 95% (p<0,05). O teste de Tukey HSD (p<0,05, ANOVA unilateral,

PASWStatistics 20.0, SPSS, Inc.) foi usado para efetuar comparações de

multivariáveis. Este teste foi utilizado para comparar as dimensões das vias aéreas

superiores em T0 e T1, em função do tipo facial e da classe esquelética.

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Avaliação das Vias Aéreas Superiores

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3. Resultados

3.1. Dados da amostra em estudo

Quanto ao género, a amostra é representada por 46% de indivíduos do sexo feminino e

54% do sexo masculino, num total de 28 indivíduos (Figura 3).

Figura 3: Distribuição dos indivíduos quanto ao género.

A amostra inicial (T0) é composta por pacientes com idades compreendidas entre os 7

e 9 anos, sendo a média de idades de 8 anos. Relativamente à amostra final (T1), o

intervalo das idades variou entre os 9 e 12 anos, correspondendo a média de idades a

10 anos (Figura 4). A avaliação da dimensão das vias aéreas a partir de

telerradiografias foi efetuada em dois momentos diferentes: no inicio (T0) e no final do

tratamento ortodôntico (T1).

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Avaliação das Vias Aéreas Superiores

14

Figura 4: Informação dos indivíduos quanto à idade em T0 e T1.

Em relação à classe esquelética a amostra contém 15 indivíduos com classe I, 10

indivíduos com classe II e 3 indivíduos com classe III (Figura 5).

Figura 5: Informação dos indivíduos quanto às classes esqueléticas.

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Avaliação das Vias Aéreas Superiores

15

Relativamente ao tipo facial a amostra contém 11 indivíduos dolicofaciais, 13 indivíduos

mesofaciais e 4 indivíduos braquifaciais (Figura 6).

Figura 6: Informação dos indivíduos quanto ao tipo facial.

3.2. Variação da dimensão das vias aéreas superiores

A análise da dimensão das vias aéreas superiores de T0 para T1, foi efetuada através

do teste t de Student para amostras emparelhadas. Os resultados obtidos foram

estatisticamente significativos entre T0 e T1 (p<0,05). O valor médio da dimensão das

vias aéreas foi de 9,28 ± 2,71mm e de 10,99 ± 2,61mm para T0 e T1, respectivamente

(Figura 7).

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Avaliação das Vias Aéreas Superiores

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Figura 7: Distribuição dos valores da dimensão das vias aéreas em T0 e T1 (* estatisticamente

diferente; p<0.05; teste t de student).

As dimensões das vias aéreas superiores em T0 e T1 foram analisadas em função do

género, do tipo facial e da classe esquelética através do teste de Tukey HSD (p<0,05,

ANOVA unilateral).

Os resultados indicaram a existência de diferenças estatisticamente significativas tanto

em T0 como em T1 em função do tipo facial. Em T0 a dimensão média das vias aéreas

aumentou no sentido de dolicofacial para mesofacial e finalmente braquifacial, com os

valores de 7,15 ± 2,09mm, 10,49 ± 2,39mm e 11,23 ± 0,75mm, respectivamente

(Figura 8).

*

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Avaliação das Vias Aéreas Superiores

17

Figura 8: Distribuição dos valores da dimensão das vias aéreas em T0 para cada tipo facial (*

estatisticamente diferente; p<0.05; teste t de student).

Em T1 verificou-se uma tendência semelhante à obtida para T0. Os valores de

dimensão média das vias aéreas em T1 foram de 9,05 ± 2,23mm para dolicofaciais,

11,98 ± 2,24mm para mesofaciais e 13,10 ± 0,69mm para braquifaciais (Figura 9).

A comparação da variação entre T0 e T1, em cada tipo facial não foi possível em

função da pequena dimensão da amostra.

Figura 9: Distribuição dos valores da dimensão das vias aéreas em T1 segundo o tipo facial (*

estatisticamente diferente; p<0.05; teste t de student).

*

*

*

*

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Avaliação das Vias Aéreas Superiores

18

O teste de Tukey HSD (p<0,05, ANOVA unilateral) foi também utilizado para comparar

as dimensões das vias aéreas superiores em T0 e T1 em função da classe esquelética.

Os resultados não indicaram diferenças estatisticamente significativas em T0 e em T1

em função da classe esquelética. Em T0 a dimensão média das vias aéreas para a

classe I foi de 9,55 ± 2,94mm, para a classe II foi de 8,55 ± 2,66mm e para a classe III

10,37 ± 1,30mm (Figura 10).

Figura 10: Distribuição dos valores da dimensão das vias aéreas em T0 segundo a classe

esquelética.

Em T1 verificou-se a mesma tendência observada para T0. Os valores de dimensão

média das vias aéreas em T1 foram 11,06 ± 2,99mm, 10,43 ± 2,25mm e 12,50 ±

1,22mm para a classe I, II e III, respectivamente (Figura 11).

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Avaliação das Vias Aéreas Superiores

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Figura 11: Distribuição dos valores da dimensão das vias aéreas em T1 segundo a classe

esquelética.

A análise da dimensão das vias aéreas superiores em T0 e em T1, em função do

género, não demonstrou significado estatístico.

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Avaliação das Vias Aéreas Superiores

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4. Discussão

Vários estudos indicam uma relação positiva entre as medições das vias aéreas

obtidas por telerradiografia lateral e por tomografia computorizada (CBCT), sendo este

último um exame mais invasivo e dispendioso. (19, 20), (21) Das principais limitações

inerentes ao uso de telerradiografias para medição das vias aéreas destaca-se a

dificuldade em visualizar nitidamente os limites das mesmas. Simultaneamente, surge

como desvantagem a impossibilidade de tirar conclusões sobre o fluxo respiratório, que

pode ser obtido apenas através de exames tridimensionais ou de testes(22, 23). Assim,

nas telerradiografias laterais de perfil facial apenas podemos calcular a dimensão

antero-posterior das vias aéreas. Contudo são exames protocolares para diagnóstico

ortodôntico e devido à sua simplicidade, baixo custo e baixa radiação poderão ser

também de considerável utilidade na avaliação do espaço nasofaríngeo(4).

Em relação aos condicionalismos éticos da execução dos exames radiográficos, neste

estudo apenas foram utilizadas telerradiografias pré-existentes obtidas por razões de

diagnóstico ortodôntico, não tendo sido executado nenhum exame cujo propósito fosse

a sua inclusão neste estudo. Quanto ao sigilo em relação à identidade das crianças foi

assegurado pela codificação das radiografias, como referido nos materiais e métodos.

O presente estudo revelou a existência de diferenças significativas (p<0,05) entre as

dimensões das vias aéreas antes (T0) e após (T1) a realização do tratamento

ortodôntico. Os resultados obtidos indicaram um aumento do valor médio das vias

aéreas de 9,28 ± 2,71mm para 10,99 ± 2,61mm em T0 e T1, respetivamente. Estas

observações estão de acordo com estudos que analisaram a variação da dimensão das

vias aéreas com a idade, até à puberdade, na ausência de tratamento ortodôntico e

numa perspectiva de estudo do desenvolvimento das vias aéreas.(24, 25) Devido à

inexistência de uma tabela de correcção em função da idade (correcção biológica) para

o valor em estudo, os autores do presente estudo não podem inferir sobre o efeito

direto do tratamento ortodôntico na variação da dimensão das vias aéreas. A criação

de uma amostra de controlo com esse objectivo, seria do ponto de vista ético

reprovável.

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Avaliação das Vias Aéreas Superiores

22

No entanto, atendendo a que os indivíduos estudados tinham indicação para disjunção

maxilar, parece aceitável presumir que tivessem alguma insuficiência respiratória nasal.

A postura lingual está modificada nos respiradores bucais e o palato mole é afectado

por mudanças de posição da língua, condicionando a dimensão das vias aéreas.(24, 26,

27) Os valores encontrados neste estudo para a dimensão sagital das vias aéreas

superiores podem estar influenciados por esse condicionalismo e não representar a

dimensão normal esperada para crianças da mesma idade, sem esse tipo de patologia.

Esta situação será muito provável para os registos feitos em T0. Já no que respeita a

T1, esta circunstância poderá não se verificar uma vez que a disjunção palatina

melhora consideravelmente a capacidade ventilatória nasal. Neste contexto poderá

admitir-se que as diferenças T0-T1 em cada indivíduo sejam o somatório do

crescimento e das consequências da terapêutica ortodôntica instituída na sua provável

associação à modificação funcional respiratória.

O traçado de McNamara para avaliação da dimensão do cavum nasofaríngeo

apresenta uma outra limitação relacionada com o facto de um dos pontos de medição

das vias aéreas se situar no palato mole, uma estrutura de difícil delimitação numa

telerradiografia, que potencia o erro do examinador. Se o paciente não estiver instruído

a não deglutir no momento da realização da telerradiografia, o palato mole pode sofrer

deformações e deslocamentos que influenciam significativamente a análise das vias

aéreas por este método. Para complementar este tipo de estudo, estaria adequado a

aplicação de outras referências de análise cefalométrica.

A amostra foi caracterizada em relação aos indicadores demográficos. Quanto ao

género, a amostra em estudo incluía 54% de homens e 46% de mulheres, não se

verificando diferenças estatisticamente significativas nas dimensões da nasofaringe.

Este resultado está de acordo com o estudo de Handelman e Osborn (25) que avaliou 20

pacientes anualmente entre os 9 meses e os 18 anos de idade, não encontrando

diferenças significativas nas dimensões das vias aéreas entre homens e mulheres.

Estudos recentes realçam a importância do estudo da variação da dimensão das vias

aéreas em função do tipo facial. Segundo Ackam et al.,(27) as vias aéreas superiores

apresentam menores dimensões em indivíduos que com uma rotação posterior da

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Avaliação das Vias Aéreas Superiores

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mandíbula. Num outro estudo, Ucar et al. (12) avaliou 104 teleradiografias laterais com o

objetivo de relacionar a dimensão sagital das vias aéreas como os padrões de

crescimento facial, concluindo que os indivíduos dolicofaciais apresentavam vias

aéreas superiores de menores dimensões quando comparados com indivíduos

braquifaciais e mesofaciais.(12)

No presente estudo, existem diferenças estatisticamente significativas nas dimensões

das vias aéreas de pacientes dolicofaciais relativamente a pacientes mesofaciais e

braquifaciais (p<0.05). Especificamente, verificou-se que os pacientes com padrão de

crescimento vertical (dolicofacial) possuíam vias aéreas superiores de menores

dimensões do que pacientes com padrão de crescimento normal (mesofacial) e

horizontal (braquifacial). Esta tendência verificou-se para T0 e para T1 podendo-se

inferir que a dimensão sagital das vias aéreas é influenciadas pelo padrão de

crescimento e que o tratamento ortodôntico instituído – disjunção palatina- não alterou

esta tendência de forma significativa. Contudo a análise de telerradiografias apenas

permite analisar a dimensão das vias aéreas no sentido antero-posterior, pelo que

ficam também por esclarecer as dimensões e potenciais alterações transversais ou

verticais.

A análise das vias aéreas em T0 e T1 em comparação com as diferentes classes

esqueléticas indicou a ausência de diferenças estatisticamente significativas. No

entanto, na amostra em estudo, os indivíduos com classe II apresentam vias aéreas

ligeiramente menores quando comparados com indivíduos classe I e classe III.

Num estudo realizado por El e Palomo(11), as medições das vias aéreas foram

relacionadas com o ângulo ANB, não tendo sido encontradas diferenças significativas

entre as várias classes. Contudo, na avaliação dos ângulo ANB separadamente, tendo

em maior consideração o ângulo SNB a literatura mostra resultados diferentes. Do

mesmo modo, Muto T. et al. verificou no seu estudo que as dimensões da vias aéreas

superiores alteravam em função da posição antero-posterior da mandíbula: pacientes

com retromandíbulia (SNB<76 ) apresentaram uma diminuição das dimensões da vias

aéreas quando comparados com pacientes com normomandíbulia (76 <SNB<82 ) (28).

Estes resultados parecem ir ao encontro dos resultados por nós obtidos, contudo está

evidente a influência da nomenclatura e da metodologia que não são sobreponíveis

entre eles. Daí a dificuldade em comparar estes resultados, com outros estudos

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Avaliação das Vias Aéreas Superiores

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recentes como o de Alves Jr. et al. (29) Tendo então em conta as limitações inerentes

aos critérios de classificação da classe esquelética será de interesse a repetição do

estudo aplicando mais indicadores cefalométricos para além do fator convexidade facial

de Ricketts.

A complementação deste estudo, com aplicação de traçados que incluam correção

biológica assim como a utilização de mais factores cefalométricos poderá aumentar o

impacto dos resultados e conclusões.

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Avaliação das Vias Aéreas Superiores

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5. Conclusão

No presente estudo, com base na amostra analisada e dentro dos condicionalismos

metodológicos, verifica-se:

um aumento significativo da dimensão sagital das vias aéreas superiores entre

T0 e T1.

uma relação estatisticamente significativa entre a dimensão sagital das vias

aéreas superiores e o tipo facial: nos indivíduos dolicofaciais são menores

quando comparadas com indivíduos mesofaciais e braquifaciais. Após a

realização de disjunção maxilar não se verifica alteração desta tendência.

que a dimensão sagital das vias aéreas superiores não revelou influência pelas

variáveis classe esquelética e género dos pacientes.

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Avaliação das Vias Aéreas Superiores

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