Upload
vanmien
View
213
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
APRESENTAÇÃO
Prof. Mda. Renata Cardoso Menezes Especialização em Alfabetização e
Psicopedagogia. Professora e supervisora da rede municipal em séries iniciais e
Educação de Jovens e Adultos.
E-mail: [email protected]: [email protected]
AVALIAÇÃOPara avaliar um grupo de alunos, antes de
mais nada, precisa-se diagnosticar oconhecimento prévio do educando sobredeterminado assunto. Para esse diagnóstico sereficaz é necessário coletar dados essenciaispara avaliar o que precisamos. Segundo(LUCKESI,2011,p.84): "Dados essenciais são(LUCKESI,2011,p.84): "Dados essenciais sãoaqueles que estão definidos nos planejamentosde ensino, a partir de uma teoria pedagógica, eque foram traduzidos em práticas educativasnas aulas.".
“Corrigir não é avaliar, interpretar é avaliar”. “Um “Corrigir não é avaliar, interpretar é avaliar”. “Um número (nota) não me permite interpretar e
compreender a aprendizagem”. “Falta na prova significa ausência na prova e não zero. Não é
investigar o que o aluno aprendeu”. (HOFFMANN,2004,p.61)(HOFFMANN,2004,p.61)
Avaliar com eficácia e eficiência• A eficiência está relacionada ao objetivo e ao
processo desenvolvido para alcançá-lo e a eficáciaprocesso desenvolvido para alcançá-lo e a eficáciaquando o objetivo proposto foi alcançado. Competeao professor organizar de forma eficiente o processoda avaliação da aprendizagem.( MORETTO,2001,p.101)
• A avaliação é parte integrante do ensino e daaprendizagem por esta razão ela precisa seraprendizagem por esta razão ela precisa seranalisada sob novos parâmetros e assumir o papelde intervenção pedagógica com a redefinição dosprocessos educacionais.
Definir com clareza os objetivos de ensinoOs objetivos de ensino são importantes no
desenvolvimento do trabalho docente, pois o fato de quea prática educativa é socialmente determinada,a prática educativa é socialmente determinada,respondendo às exigências e expectativas dos grupos eclasses sociais existentes na sociedade.
Entrar em uma sala de aula e agir com improvisos,não deixando claro os objetivos, é angustiante aoseducandos. O aluno participa das aulas, ouvi o que foidito mas o que exatamente aprendeu, ele não sabe dizer.dito mas o que exatamente aprendeu, ele não sabe dizer.Por isso a importância da definição dos objetivos aosalunos. (MORETTO,2001,p.47)
Sabendo perguntar...O domínio da arte em perguntar é uma das
competências mais desafiadoras ao professor.competências mais desafiadoras ao professor.Devemos concordar que: uma boa perguntaresulta em uma boa resposta. Para que seobtenha retorno positivo do educando é precisoprepará-lo para entender a linguagem emdiversos contextos e atingir respostas claras eprecisas sobre o assunto abordado.precisas sobre o assunto abordado.
Um exemplo para que o professor queirasaber sobre o que o aluno conhece sobre afotossíntese. Se pergunta normalmente: “fotossíntese. Se pergunta normalmente: “Como é o processo da fotossíntese?” O alunopoderá responder o mais sucinto, como: “ Élegal!”. Sua resposta está correta, de acordocom a forma da questão proposta, mas não éisso que o professor espera. Então porquenão reformular a pergunta assim: “ Vimos nestanão reformular a pergunta assim: “ Vimos nestasemana como é interessante o processo dafotossíntese, então explique este processo,descrevendo a sua importância.
Uma outra pergunta: Quais são os estadosfísicos da água? O aluno poderia respondê-lo: “quente, gelado e na temperatura”. Neste casoquente, gelado e na temperatura”. Neste casopoderia elaborar de outra forma a pergunta como:“ Na natureza, podemos encontrar a água em trêsestados físicos. Quais são eles?”
Por isso a importância de elaboraradequadamente as perguntas em provas e oadequadamente as perguntas em provas e oprofessor perceber as concepções prévias doaluno.
Para maioria dos alunos, a prova não cumpreseu real papel, pois pressupõe que, se não foibem ou se foi bem, dão-se por satisfeitos oubem ou se foi bem, dão-se por satisfeitos ouinsatisfeitos. Então, a nota traduz seu sentido deaprendizagem correspondente, um troféu ou umaderrota, uma verdade ou uma mentira.
Devemos entender que :
• “ A aprendizagem é um processo interior do• “ A aprendizagem é um processo interior doaluno, ao qual temos acesso por meio deindicadores externos.”
• “ Os indicadores ( palavras, gestos, figuras, textos) sãointerpretações pelo professor e nem sempre a interpretaçãocorresponde fielmente ao que o aluno pensa.
• “ O conhecimento é um conjunto de relações estabelecidasentre os componentes de um universo simbólico.”
• “ O conhecimento construído significamente é estável eestruturado.
• “ O conhecimento adquirido mecanicamente é instável eisolado.”
• A avaliação da aprendizagem é um momento privilegiado deestudo e não um acerto de contas.
Características de avaliações na Educação tradicional:tradicional:
• Exploração exagerada da memorização:• Relacione os nomes das aranhas venenosas:
• 1. aranha comum ( ) Latrodectes
• 2. armadeira ( ) Lycosa
• 3. tarântula ( ) Loxóceles• 3. tarântula ( ) Loxóceles
• 4. viúva negra ( ) Ortognata
• 5. caranguejeira ( ) Phoneutria
Complete as lacunas:
• As cidades fenícias eram chefiadas por um ___
• _____ que governava com o apoio de ________• _____ que governava com o apoio de ________
• ___como os _________, os_____________ e os membros do _________________________.
Estes tipos de questões apelam àmemorização com pouco significado, sem umamemorização com pouco significado, sem umaanálise ou explicação.
- Utilização de palavras de comando sem precisão de sentido no contexto:Questão ( História)
• Dê sua opinião: o que você faria para acabar com a corrupção no país?
Resposta de um aluno
“ Acabaria com o Congresso Nacional e daria apoio à ditadura.
Comentário
A resposta responde ao comando “ Dê a sua opinião”. Este é o tipo de questão semparâmetros para correção, que deixa o aluno “ na mão do professor”. Alguns professorespodem alegar que é importante saber a opinião dos alunos sobre determinado assunto.Ótimo, nada de errado nisso. Mas se assim for, é preciso ter consciência de quequalquer resposta dada merece receber os pontos atribuídos à questão.
Outra forma de perguntar
• Neste mês, estudamos o quanto os meios decomunicação divulgam notícias sobre acomunicação divulgam notícias sobre acorrupção no Brasil. Imagine que você fosseuma autoridade com poderes de resolvê-lo,mesmo que em parte, a questão. Apresente, aomenos 4 (quatro) medidas conscientes quevocê tomaria para resolver o problema.
Características das provas na perspectiva construtivista
• A) contextualização• A) contextualização
O texto deve servir de contexto e não de pretexto.
• B) Parametrização
Indicação clara e precisa dos critérios de correção.Exemplo: Disserte sobre a educação brasileira” ou “Escreva quatro substantivos próprios que iniciam comEscreva quatro substantivos próprios que iniciam comvogal”. Estas questões são sem parâmetros para acorreção.
C) Exploração da capacidade de leitura e de escrita do aluno.
• Recomenda-se aos professores evitar questões que • Recomenda-se aos professores evitar questões que possam ter:
• Resposta apenas “ sim”, “não” ou “pode”, não pode”
• Justifique sua resposta... O que justificar? Caso não for indicado nenhum parâmetro para determinar a resposta, a pergunta fica vaga.resposta, a pergunta fica vaga.
• Dividir a questão na prova, um pedaço no fim da folha e a outra parte na folha seguinte, prejudica a linha de raciocínio do aluno.
D) Proposição de questões operatórias e não apenas transcritórias
As questões transcritórias são aquelas que dependem de umaAs questões transcritórias são aquelas que dependem de umasimples resposta, muitas vezes aprendidas de cor e normalmentesem muito significado para o aluno em seu contexto do dia a dia.
Um exemplo disso:
“ Um aluno está se preparando para a prova de ciências,pergunta-se: - Qual origem da terra roxa? Ele respondeautomaticamente: - Originou-se da decomposição do basalto. Emautomaticamente: - Originou-se da decomposição do basalto. Emseguida, prossegue com outra pergunta: - E o que é basalto?Então responde: - Isso, eu não sei responder!
“Questiona-se qual o sentido desse tipo de pergunta?”
• Para a preparação de instrumentos de avaliação, sobretudo da prova escrita, estão avaliação, sobretudo da prova escrita, estão algumas recomendações:
• Determinar com clareza e precisão o objetivo da questão;
• Verificar se o conteúdo cobrado é importante, relevante no contexto e potencialmente relevante no contexto e potencialmente significativo;
• Buscar concepções prévias do aluno, ligadas ao conteúdo explorado;
• Contextualizar a questão, colocando-a numa • Contextualizar a questão, colocando-a numa situação de possível compreensão do aluno;
• Utilizar linguagem de “ aproximação”.
Questionamentos importantes:• Quantos objetivos específicos são necessários
para se considerar plenamente alcançado um para se considerar plenamente alcançado um objetivo geral?
• Deverão ser planejadas atividades de ensino correspondentes a cada objetivo específico, para que se possa conseguir a aprendizagem prevista no objetivo geral? prevista no objetivo geral?
Preparação de provasAlguns passos propostos para o preparo da prova:
• Especificar o conteúdo a ser explorado na questão;• Especificar o conteúdo a ser explorado na questão;
• Escolher o tipo de questão mais adequada a etapa/ ano e ao conteúdo;
• O vocabulário deve ser simples e acessível;
• As orientações não devem deixar dúvidas;
• Se a questão é relevante e tem valor significativo no • Se a questão é relevante e tem valor significativo no contexto;
• Estabeleça critérios de avaliação como: se ele identificou (recebe 5 pontos), soube responder ( recebe 3 pontos) e chegou no problema da questão ( 2 pontos).
Que instrumentos de avaliação podemos usar?• Atividades escritas;
• Dramatização;• Dramatização;
• Avaliação oral ou exposição oral dos alunos;
• Desenhos;
• Maquetes ( planejada e construída com materiais reciclados e em sala de aula);
• Produção textual ( utilizando diferentes textos)
• Seminários ( debates sobre assunto da atualidade)• Seminários ( debates sobre assunto da atualidade)
• Portifólio ( arquivo com as atividades desenvolvidas)
• Mapa conceitual ( realizado a cada conteúdo novo)
• Juri simulado
• Oficinas
• Aula expositiva dialogada;
• Estudo de textos;
• Tempestade cerebral;
• Estudo dirigido;
• Lista de discussão por meio informatizado;
• Estudo de caso
• Auto-avaliação
Estratégias de EnsinoMAPAS CONCEITUAIS
O mapa mental ou conceitual é uma técnica de síntese, criadaO mapa mental ou conceitual é uma técnica de síntese, criadapelo psicólogo inglês Tony Buzan, que permite a organização,representação e recuperação da informação de forma fácil,espontânea e criativa. Esta técnica é conhecida por diversosnomes como: mapas de palavras, mapas conceituais, mapa deideias e mapas mentais.
A criação dos mapas podem ser utilizando um tema e a partirdele serão criados outras palavras que correspondem a ideia.dele serão criados outras palavras que correspondem a ideia.Procure escrever letras legíveis e chamativa. Use flechas para uniros círculos, não utilize frases longas, de preferência à palavras,símbolos e imagens. O mapa não precisa ser finalizado, ele podeser ampliado e aperfeiçoado. Use a criatividade.
• Sugestão de ficha para avaliação do seminárioAVALIAÇÃO PELO PROFESSOR
Quanto aos objetivos pretendidosAlcançados Parcialmente Não alcançados Apontamento das possíveis Alcançados Parcialmente
alcançadosNão alcançados Apontamento das possíveis
falhasQuanto à participação dos estudantes
Do grupo responsável( solicitar relatório do grupo com a descrição da participação de cada componente na elaboração)
Dos estudantes grupo responsável e (grupo maior) na discussão em pequenos grupos
Dos estudantes do grupo responsável e (grupo maior) no momento do debate
Possíveis falhas e meios para superá-las.
Quanto ao texto roteiroElaboração clara e objetiva? Entrega no tempo proposto?Elaboração clara e objetiva? Entrega no tempo proposto?
Quanto à realização do seminárioHouve contratempos de comunicação com os estudantes da classe?
Houve dificuldade de participação da classe na dinâmica proposta?
Houve preparo de recurso audiovisual? SeuUso foi adequado e tinha relação com o seminário?
O grupo demonstrou domínio sobre o que estava sendo abordado?
ATIVIDADE PRÁTICA• 1ª Atividade:
• Estudo de textos: • Estudo de textos:
Material: diversos tipos de textos, folhas, caneta.
Cada grupo de 5 pessoas recebe um texto e a partirdele, elaborar 3 questões sobre o mesmo. Após fazeruma breve apresentação para o grande grupo. Observaros textos de acordo com o ano e o componenteos textos de acordo com o ano e o componentecurricular.
Avaliação:
Leitura, compreensão do texto, uso correto dapontuação, criatividade e trabalho em equipe.
ATIVIDADE PRÁTICA• 2ª Atividade:
• Estudo de caso
• Material: histórias em jornais ou revistas, folhas e caneta.
• Cada grupo receberá um caso para elaborar 3questões: análise, questionamento e solução doproblema. Apresentar ao grande grupo. Cada casopoderá ser utilizado, conforme a disciplina escolhida.poderá ser utilizado, conforme a disciplina escolhida.
• Avaliação
Leitura, participação nas discussões sobre o caso eestratégia para resolução do problema.
3ª atividade
Tempestade CerebralEsta dinâmica possibilita gerar novas ideias ou soluções de forma espontânea e
natural. Não há certo ou errado, tudo que for levantado será considerado e solicitando, se necessário, uma explicação posterior aos alunos.
Material: Papel pardo, pincéis atômicos, cola.
O coordenador forma subgrupos de aproximadamente seis pessoas. Um dos participantes do grupo é o secretário.
O coordenador apresenta o problema a ser resolvido.
Terminado o tempo, forma-se um plenário para a leitura das melhores ideias.
• Ao serem perguntados sobre uma problemática, os estudantes devem:
• Expressar em palavras ou frases curtas as ideias da questão proposta;
• Evitar atitude crítica que levaria a emitir juízo e/ou excluir ideias;
• Registrar e organizar a relação de ideias espontâneas;
• Avaliação:
Observar a habilidade dos alunos naObservar a habilidade dos alunos naapresentação de ideias quanto a: capacidadecriativa, logicidade, aplicabilidade e pertinência,ainda assim o desempenho na descoberta desoluções apropriadas ao problema apresentado.
• 4ª atividade
• Em grupos, desenhar no papel pardo o Brasil.• Em grupos, desenhar no papel pardo o Brasil.Dividi-lo e identificar as regiões do País. Com apesquisa prévia das regiões brasileiras e comrevistas e jornais trazidos de casa, colarimagens que caracterizam cada região. Após,fazer a apresentação dos trabalhos.fazer a apresentação dos trabalhos.
AVALIAÇÃO – ENSINO À DISTÂNCIA
QUESTÃO 1: A avaliação tornou-se um instrumento político de seletividade e de exclusão social. Aspráticas avaliativas classificatórias fundamentam-se na competição e no individualismo. Porém, abusca atual é de que através de pesquisas e estudos, haja a possibilidade de mudar esta conotaçãobusca atual é de que através de pesquisas e estudos, haja a possibilidade de mudar esta conotaçãoque lhe foi conferida, a fim de que passe a ser vista como uma via que venha a ajudar o aluno noprocesso de aprendizagem, para que. este consiga se apropriar dos conhecimentos de formacrítica. (Pesquisas e Práticas Psicossociais, v. 1, n. 2, São João Del-Rei, dez. 2006 5 VAGULA, E. Trabalho, Tempo e Cultura:Olhares Avaliativos na Educação de Jovens e Adultos)
Partindo da leitura e compreensão do texto acima, faça uma correlação dos instrumentos utilizadospara avaliação, nas duas práticas avaliativas: classificatória e construtivista ( visão crítica).
QUESTÃO 2: Para elaboração das questões, nos instrumentos de avaliação, devemos ter algunscuidados importantes, para que o aluno entenda o objetivo e responda conforme o enunciado dapergunta. Quais são eles?
QUESTÃO 3: A partir da imagem ilustrada, com vista ao planejamento, metodologia e avaliação,elabore uma atividade para que os alunos da Educação de Jovens e Adultos realize a construção doconhecimento.
• Questão 4: Estudo de Caso
• “Cleiton, 20 anos, era funcionário de uma empresa . Ele havia começado o ensino médio, mas como já trabalhava, não chegou sequer a terminar o primeiro ano. Há três anos afastado da escola, Cleiton diz que foi trabalhava, não chegou sequer a terminar o primeiro ano. Há três anos afastado da escola, Cleiton diz que foi fundamental o apoio recebido no emprego, onde era liberado para assistir às aulas mesmo quando havia algum atraso na produção. Depois de 18 meses ele concluiu o curso e se inscreveu para o vestibular .”
• “Adão nunca tinha conseguido completar um ano letivo. Entrou na escola a primeira vez aos 13 anos e teve que parar de estudar para trabalhar, aos 27 anos. Agora ele faz duas matérias por dia e diz que resolveu voltar porque “a tecnologia está avançando e a gente precisa acompanhar. Mesmo estando aposentado, nunca se sabe quando vai precisar”, diz.” (EJA enfrenta desafios de ensinar para todas as idades, UOL, 2014.)
Reconhecemos essas realidades nas escolas. O ensino precisa contemplar as experiências de vida do educando e o respeito ao tempo de aprender de cada indivíduo. Quais estratégias de ensino para incentivar a participação nas aulas e evitar a evasão escolar?
Referências• HARGREAVES, Andy. APRENDENDO A MUDAR.Ed. Artmed. São
Paulo,2001.
• MORETTO, Vasco Pedro. PROVA. Ed. DP&A.2001.
• GONZÁLEZ, Antonio. TÉCNICAS DE ESTUDO PARA ADOLESCENTES.EdVozes.2009.
• FREIRE, Paulo. PEDAGOGIA DA AUTONOMIA.Ed. Paz e Terra,SãoPaulo,2004.