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1. Introdução
Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos são eventos de massa, históricos, que reúnem
pessoas de diversos países no país sede. Os jogos ocorrem a cada quatro anos em
um país específico e reúnem esportistas que concorrem em diversas modalidades. Os
jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 têm como país anfitrião o Brasil e como
cidade sede a cidade do Rio de Janeiro, no período de 5 a 21 de Agosto e 7 a 18 de
Setembro de 2016, respectivamente. Entretanto, os jogos de futebol ocorrerão em
mais cinco cidades: Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Salvador e São Paulo.
O país possui reconhecida experiência na preparação e organização de grandes
eventos internacionais realizados com absoluto sucesso, como Jogos Pan Americanos
e Para Pan Americanos 2007, Rio+20, Copa das Confederações FIFA 2013, Jornada
Mundial da Juventude 2013, Copa do Mundo FIFA 2014 e I Jogos Mundiais dos Povos
Indígenas em 2015.
2. Objetivo
Avaliar riscos de danos à saúde pública, que podem ocorrer durante os Jogos, nas
cidades sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, com ênfase para os riscos de
potencial impacto relevante em saúde pública.
3. Metodologia de Avaliação
A estratégia metodológica se apoiou na revisão de literatura, em critérios iniciais tais
como: doenças e agravos, sazonalidade e população alvo, probabilidade de ocorrência
dos riscos e impacto potencial durante os Jogos. Importante considerar ainda no
planejamento dos riscos em curso, testes, exercícios e atividades operacionais
existentes na rotina, verificando se as mesmas estão adequadas para o evento de
massa.
Para a primeira fase da análise contou-se com o conhecimento técnico e o
levantamento dos dados sobre os agravos/doenças e riscos à saúde, bem como de
AVALIAÇÃO DE RISCO – CIDADES SEDES DOS JOGOS
OLÍMPICOS E PARALÍMPICOS
Manaus
estratégias de promoção, prevenção e controle desenvolvidas e programadas, junto às
diversas áreas técnicas do Ministério da Saúde e das Secretarias Estaduais e
Municipais de Saúde. Essa estratégia, além de estabelecer uma interação entre os
interessados, possibilitou a realização de um planejamento minucioso, a fim de
identificar a ocorrência de possíveis eventos em saúde, em circulação e ao longo dos
últimos anos, as potenciais consequências, para assim, poder traçar estratégicas de
controle e/ou prevenção.
Na segunda fase da análise, especificamente para as doenças de notificação
compulsória (DNC), foi realizado o levantamento dos dados no Sistema de Informação
de Agravos de Notificação (SINAN), através de avaliação de séries históricas, visando
estimar a ocorrência de possíveis eventos em saúde que já estão presentes no país,
para o período dos Jogos.
A terceira fase incluiu os possíveis riscos a serem importados, com a entrada no país
de visitantes estrangeiros, em função dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Para essa
análise utilizou-se as fontes: EIS for IHR National Focal Points (Informações oficiais),
HealthMap (rumores).
Na quarta fase foram realizadas oficinas de trabalho nas cidades sedes dos Jogos,
com a participação de diversos setores das Secretarias Estaduais e Municipais de
Saúde, visando a elaboração dos textos que constituiriam a avaliação de risco de cada
cidade. Os textos foram revisados pelos técnicos das respectivas Secretarias, sendo
consolidados pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde
(SVS/MS).
Na presente avaliação de risco foi considerada a situação epidemiológica atual dentro
do país e no município sede, especificamente referente aos riscos relativos às
doenças transmissíveis selecionadas, riscos ambientais, violência e acidentes no
município sede.
Para algumas doenças transmissíveis selecionadas foram consideradas aquelas que
apresentam maior potencial de introdução ou reintrodução no país considerando seu
impacto.
Os riscos relativos à segurança, terrorismo (QBRN) e produtos e serviços sob
Vigilância Sanitária, são tratados em outros documentos específicos. Em relação à
QBRN existe um Plano de Contingência disponível na página da SVS/MS
(http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/plano_contingencia_emergencia_saude_q
uimico.pdf).
O formato do texto com a avaliação dos riscos específicos conta com perguntas
padronizadas, de interesse para o cidadão (residente no local ou visitante), em termos
de conhecimento dos riscos, das medidas adotadas, ou que ainda serão adotadas e
as recomendações pertinentes, caso o risco ocorra.
Para a definição dos riscos abordados nesta avaliação foram identificados os riscos à
saúde que podem se expressar de forma adicional, tanto em termos de magnitude,
como de gravidade, em relação ao padrão normal de ocorrência de uma determinada
doença ou agravo para o local e período de tempo especifico. Assim, esta avaliação
não compreendeu os riscos relacionados aos eventos de saúde pública que se
expressam rotineiramente e dentro da magnitude esperada para o local de realização
e no período dos Jogos e não substitui planos de contingência específicos já
existentes para situações de emergências de Saúde Pública.
Este documento tem como público alvo os participantes dos Jogos Olímpicos
(delegações, espectadores, trabalhadores), população residente na cidade sede, bem
como os profissionais de saúde dessas cidades e dos locais de origem das
delegações.
4. Avaliação de Risco do Município de Manaus
4.1. Contexto
Manaus é a capital do Estado do Amazonas e o principal centro financeiro, corporativo
e econômico da Região Norte do Brasil. É uma cidade histórica e portuária, localizada
no centro da maior floresta tropical do mundo, em uma das regiões mais úmidas do
Brasil. No mês de agosto, durante o pleno verão amazônico, o clima equatorial úmido
caracteriza-se por altas temperaturas, variando entre a máxima absoluta de 37,6 (°C)
e a mínima de 27,3 (°C), umidade em torno de 79%, pouca ventilação e menor
precipitação pluviométrica do ano, por volta de 47 mm. Nesse período, o Rio Negro,
que banha a cidade, estará na fase máxima de enchente e início de vazante, dentro do
nível esperado em 2016. Possui uma população estimada em 2.057.711 habitantes,
área territorial de11.401,092 Km2 e densidade demográfica de158,06 hab/km2.
A cidade representa o centro cultural do Estado, dotada de um dos mais belos e antigo
teatros do país. Grandes eventos de massa são realizados anualmente como o Boi
Manaus (200.000 pessoas); Reveillon (150.000 pessoas); Carnaboi (50.000), dentre
outros. Foi sede de jogos da Copa do Mundo de 2014, sendo avaliada como a melhor
do Brasil, nos quesitos de segurança e hospitalidade além de uma das mais belas
arenas de futebol do país.
Arena da Amazônia
A Arena da Amazônia Vivaldo Lima é um estádio de futebol, localizado na zona
oeste da cidade de Manaus. Tem capacidade para 44.351 lugares. Foi a sede dos
jogos de futebol da Copa do Mundo de 2014, realizados na capital.
4.2. Avaliação de Riscos Específicos
4.2.1. Doenças Transmissíveis
A. Riscos Endógenos
Dengue, Febre de Chikungunya e Doença Aguda pelo Virus Zika
O que poderia acontecer?
A Dengue, Chikungunya e Zika, são doenças virais, transmitidas por mosquitos Aedes
aegypti e Aedes albopictus. A primeira é endêmica no país e as duas últimas de
introdução recente, portanto, com ocorrência de surtos epidêmicos em vários estados
da federação. Em Manaus, a densidade do mosquito vetor começa a elevar-se no
início do período das chuvas e, consequentemente, maior a probabilidade de
transmissão. O período de maior incidência da doença situa-se entre novembro a
maio, com o pico de transmissão nos meses de fevereiro, março e abril. O declínio de
casos ocorre nos meses de maio e junho, sendo o período dos Jogos Olímpicos
considerado como de baixo risco de transmissão destas viroses.
No período dos Jogos Olímpicos (agosto de 2016), em Manaus, o potencial de
transmissão da dengue é baixo em função dos determinantes ambientais
desfavoráveis, associado à baixa susceptibilidade da população local e aos diferentes
sorotipos do vírus. Manaus registra casos de dengue desde 1998. A maior epidemia
foi observada em 2011 com mais de 60 mil casos notificados, com circulação dos
quatro sorotipos. Até o mês de abril de 2016 foram reportados na cidade 4.485 casos
notificados de dengue com uma taxa de incidência de 217,96 por 100 mil habitantes;
No Brasil, a circulação do vírus da Chikungunya foi identificada pela primeira vez em
2014. Os primeiros casos importados em Manaus foram registrados nesse ano e os
primeiros autóctones ocorreram em 2015. A capacidade de reprodução da doença tem
sido baixa. Em 2016, até o mês de abril, foram notificados 113 casos suspeitos na
capital.
O vírus da Zika foi identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015. Vem
apresentando rápida difusão no território brasileiro determinando epidemias. Manaus
registra casos autóctones desde o segundo semestre de 2015. Em 2016 até o mês de
abril foram 3.178 notificações, com incidência de 154,4/100 mil habitantes.
O que você deve fazer caso aconteça?
Diante da ocorrência de um quadro clínico caracterizado por uma síndrome febril,
síndrome febril exantemática ou mesmo de síndrome exantemática, a avaliação
médica é essencial. Em Manaus, toda a rede de serviços de saúde encontra-se
habilitada para o reconhecimento e diagnóstico destas doenças, contando como
referência a Fundação de Medicina Tropical “Dr. Heitor Vieira Dourado” que alberga
também a clínica do Viajante do Estado.
Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta, de início abrupto, que
dura em média de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e
articulações, prostração, dor atrás dos olhos, acompanhada ou não de erupção e
coceira na pele.
Os principais sintomas da Chikungunya são febre alta, dores intensas nas grandes ou
pequenas articulações. Pode ocorrer ainda dor de cabeça, dores nos músculos e
manchas vermelhas na pele.
Os principais sintomas da Zika são dor de cabeça, febre quando presente é baixa,
dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos
olhos. No geral, a evolução da doença é benigna e os sintomas desaparecem
espontaneamente após 3 a 7 dias.
O tratamento para as três doenças é inespecífico e inclui repouso, hidratação e uso de
medicações sintomáticas com prescrição médica. Para avaliação e orientação com
relação a estes casos, os pacientes devem procurar a unidade de saúde mais
próxima.
Ainda não existe vacina disponível contra Dengue, Chikungunya ou Zika vírus. É
importante a forma de prevenção individual com o uso de repelentes (conforme
instruções do rótulo) e roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia.
O que está sendo feito para diminuir ou mitigar o risco?
O Brasil dispõe de um plano de contingência para Dengue, Chikungunya e Zika vírus,
sendo reproduzido de acordo com cada realidade dos estados e municípios. Tais
planos contemplam ações de vigilância, assistência, educação em saúde e,
principalmente às de controle vetorial com foco na interceptação do ciclo de vida do
mosquito transmissor.
Em Manaus, as ações de controle vetorial envolvem a instalação das salas de
situação, estadual e municipal, que coordenam, controlam, monitoram, orientam e
definem estratégias com envolvimento intersetorial e interdisciplinar tendo como
principal foco o controle do Aedes aegypti. Tal como efetivado para a Copa do Mundo
de Futebol de 2014, as ações de controle vetorial estão sendo efetivadas, com
previsão de intensificação nas últimas semanas que antecedem os jogos,
principalmente na Arena e adjacências e hotéis que funcionarão como Vila Olímpica.
O que será feito caso aconteça?
Na ocorrência de surtos ou epidemias será acionado o Plano de Contingência
adotando-se as ações que constam neste plano.
Febre Amarela
O que poderia acontecer?
Desde 1942 não há registro de casos de febre amarela urbana no Brasil; a ocorrência
de casos de febre amarela no país é restrita ao ciclo em áreas silvestres. No Estado
do Amazonas a ocorrência de casos é esporádica, ocorrendo nos últimos anos apenas
casos isolados em pessoas não vacinadas, que adentraram a floresta sem proteção. O
município de Manaus não registra casos autóctones desde 2010.
O risco de infecção pelo vírus amarílico reside na exposição do homem em ambiente
silvestre quando não vacinado, portanto, altamente susceptível, sendo recomendada a
vacinação em tempo oportuno (10 dias antes da viagem) para aqueles que viagem
para o estado do Amazonas e para outras áreas onde é recomendada a vacinação
(http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2015/novembro/19/Lista-de-Municipios-
ACRV-Febre-Amarela-Set-2015.pdf)
O que você deve fazer caso aconteça?
Caso apresente os sintomas de inicio súbito com presença de febre, mialgias,
artralgias, surgimento de icterícia, náuseas vômitos, manifestações hemorrágicas,
diminuição do fluxo urinário, a avaliação médica é fundamental. Em Manaus a
referência para o diagnóstico e tratamento é o Hospital da Fundação de Medicina
Tropical “Dr. Heitor Vieira Dourado” - FMT-HVD.
O que está sendo feito para diminuir ou mitigar o risco?
O Estado do Amazonas e o município de Manaus em particular, mantém uma alta
cobertura vacinal. A vacina é disponibilizada à toda a população em toda a rede da
atenção básica da capital e municípios do interior do Estado. Ao visitante é
recomendável e essencial a vacinação com pelo menos 10 dias de antecedência,
lembrando que a proteção só começa a ser efetivada após esse período.
Frente a ocorrência de uma epidemia de febre amarela urbana em alguns países da
África (Angola e República Democrática do Congo), seguindo a recomendação da
Organização Mundial da Saúde, o Ministério da Saúde adota a exigência de certificado
internacional de vacinação contra febre amarela para todos os viajantes procedentes
desses países.
O que será feito caso aconteça?
Se ocorrer algum caso de febre amarela, este será investigado pela vigilância
epidemiológica do município, para verificar a procedência, ou seja, em que área de
risco ocorreu a transmissão e adotar as medidas indicadas no Guia de Vigilância em
Saúde do Ministério da Saúde.
Malária
O que poderia acontecer?
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários,
transmitidos pelo mosquito Anopheles sp. A doença é endêmica no Estado do
Amazonas. A transmissão no município de Manaus restringe-se às áreas rurais e
manchas na periferia urbana consideradas áreas de transição rural-urbana. A capital
registrou em 2015, 8.500 casos, tendo como áreas de maior risco de transmissão as
localidades fluviais às margens do Rio Negro e localidades rurais nas rodovias BR 174
e AM 010.
A área urbana do município de Manaus é isenta de transmissão, portanto o risco de
infecção encontra-se adstrito à área rural e eventualmente a periferia urbana. O risco
de transmissão da doença reside na visita ou permanência nestas localidades,
principalmente quando requer pernoite, pelo hábito noturno de alimentação do vetor.
O que você deve fazer caso aconteça?
O quadro clínico da malária é caracterizado por febre, dor de cabeça, calafrios,
sudorese, cansaço e mialgia. Em geral, os sintomas começam a aparecer de 10 a 15
dias após a picada de um mosquito infectado. Caso tenha permanecido ou visitado
áreas de risco e apresente os sinais e sintomas da malária procure uma unidade de
saúde mais próxima. Em Manaus o hospital da Fundação de Medicina Tropical “Dr.
Heitor Vieira Dourado” é a referência para o diagnóstico e tratamento, todavia todas as
unidades de saúde também se encontram habilitadas para este procedimento.
O que está sendo feito para diminuir ou mitigar o risco?
O Estado e municípios desenvolvem o programa de controle que envolve além do
controle vetorial, ações de educação em saúde e uma ampla rede de diagnóstico e
tratamento objetivando um diagnóstico precoce e tratamento rápido de doentes,
evitando que estes sejam fontes de transmissão da doença. Como medida de
proteção individual é recomendado o uso de repelentes, bem como o uso
mosquiteiros, assim como roupas que minimizem a exposição durante os horários de
maior atividade do mosquito, do entardecer ao amanhecer.
O que será feito caso aconteça?
Se ocorrer algum caso de malária, este será investigado pela vigilância epidemiológica
do município, para verificar a procedência, ou seja, em que área de risco ocorreu a
transmissão e adotar as medidas indicadas no Guia de Vigilância em Saúde do
Ministério da Saúde.
Leishmaniose Tegumentar Americana – LTA
O que poderia acontecer?
As Leishmanioses são doenças parasitárias transmitidas por insetos denominados
flebotomíneos, com várias manifestações, sendo a mais comum a forma cutânea
denominada Leishmaniose Tegumentar Americana – LTA, cuja principal manifestação
clínica é o aparecimento de lesões tipo úlceras que acometem a pele e mucosas.
O parasita mantém-se em ciclo silvestre, sendo o homem um hospedeiro acidental ao
adentrar nesse ambiente. Portanto, não existe risco de transmissão na área urbana
pela ausência de mosquito vetor. No município de Manaus, a doença ocorre em áreas
rurais, com registro em 2015 de 755 casos.
O que você deve fazer caso aconteça?
A doença tem um período de incubação longo e se caracteriza pela presença de
ulcera cutânea, com fundo granuloso e bordas infiltradas em moldura. Manaus conta
com duas referências para o diagnóstico e tratamento da doença: Fundação de
Medicina Tropical “Dr. Heitor Vieira Dourado” – FMT-HVD e a Fundação “Alfredo da
Matta” - FUAM.
O que está sendo feito para diminuir ou mitigar o risco?
Por se tratar de exposição em áreas silvestre, recomenda-se que ao adentrar neste
ambiente proteja-se com vestuário de calças compridas e blusa de manga longa e
usar repelente nas partes expostas do corpo.
O que será feito caso aconteça?
Caso seja detectado algum caso suspeito de LTA no município, este será notificado
pela unidade de saúde à vigilância epidemiológica do município, que procederá a
investigação do caso, visando identificar a possível área de transmissão e adotar as
medidas indicadas.
Influenza
O que poderia acontecer ?
Influenza, conhecida como gripe, é uma doença viral febril aguda, geralmente benigna
e autolimitada. No município de Manaus, o período de maior incidência da doença
compreende os meses de novembro a maio, correspondente ao período chuvoso. Em
agosto, normalmente registra-se um baixo número de ocorrências.
Por tratar-se de mecanismo de transmissão pessoa a pessoa, é alta a vulnerabilidade
da infecção, no entanto, a proteção através de vacina é mandatória, principalmente
pela circulação viral no pais do vírus H1N1.
O que você deve fazer caso aconteça?
Caso apresente os sinais e sintomas de gripe como: febre, calafrios, dor de cabeça,
mialgias associado a sintomas respiratórios como tosse, dor de garganta, coriza
procure uma unidade de saúde mais próxima de você. Algumas pessoas, como
idosos, crianças, gestantes e pessoas com alguma co-morbidade possuem um risco
maior de desenvolver complicações devido a influenza. Toda rede de saúde da capital
encontra-se habilitada para o atendimento.
O que está sendo feito para diminuir ou mitigar o risco?
O país desenvolve anualmente campanha de vacinação contra os vírus mais
frequentes determinantes da influenza, direcionada a grupos populacionais mais
susceptíveis e que apresentam maior probabilidade de complicações. A última
campanha ocorreu de 30/04 a 20/05/2016 e teve cobertura de 99.59%, na capital.
O que será feito caso aconteça?
Caso ocorra uma mudança no padrão habitual da doença, o município dispõe de
procedimentos padronizados para a investigação epidemiológica e adoção de medidas
de controle, conforme preconizado no Guia da Vigilância em Saúde do Ministério da
Saúde.
Meningites
O que poderia acontecer?
Meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o
cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por diversos agentes infecciosos,
como bactérias, vírus, parasitas e fungos, ou também por processos não infecciosos.
As meningites bacterianas e virais são as mais importantes do ponto de vista da saúde
pública, principalmente àquelas determinadas por agentes com capacidade de
transmissão pessoa a pessoa, devido a sua capacidade de ocasionar surtos.
A probabilidade de ocorrência de casos isolados está relacionada a presença da
circulação de bactérias como o meningococo ou mesmo vírus, aliado ao grau de
susceptibilidade do hospedeiro, dentre outros fatores.
O que você deve fazer caso aconteça?
A meningite é uma doença que, em geral, o quadro clínico é grave e caracteriza-se por
febre, cefaleia, náusea, vômito, rigidez de nuca, prostração e confusão mental, sinais
de irritação meníngea, acompanhadas de alterações do líquido cefalorraquidiano
(LCR). Quando do aparecimento de sinais e sintomas deve-se procurar de imediato o
serviço de saúde. A cidade dispõe de grandes Prontos Socorros além de hospital de
referência que é a Fundação de Medicina Tropical, “Dr. Heitor Vieira Dourado”.
O que está sendo feito para diminuir ou mitigar o risco?
O Estado do Amazonas em consonância com a política de imunização do país,
executa o calendário de vacinação no qual está inserido imunobiológicos direcionados
à proteção de agentes contagiosos que podem determinar quadros de
meningoencefalites, portanto é baixa a circulação destes agentes.
O que será feito caso aconteça?
Caso ocorra algum surto de meningite, o município dispõe de procedimentos
padronizados para proceder a investigação epidemiológica e adoção de medidas de
controle da doença, conforme preconizado no Guia da Vigilância Epidemiológica do
Ministério da Saúde.
Doença de Chagas Aguda
O que poderia acontecer?
A Doença de Chagas é causada por um protozoário, Trypanosoma cruzi, transmitida
por um inseto que se alimenta de sangue, conhecido como barbeiro (triatomíneo). No
Amazonas, a doença mantém-se através do ciclo silvestre sendo o homem acometido
de forma acidental. No entanto, formas de transmissão alternativas têm preocupado a
saúde pública, como a transmissão por via oral, quase sempre exteriorizada por surtos
epidêmicos.
No Amazonas quatro surtos foram registrados no presente século, em localidades do
interior do Estado, tendo como provável fonte de infecção a ingestão de suco de frutos
regionais contaminados pelo triatomíneo infectado ou por suas fezes. Destes frutos o
mais frequentemente implicado é o suco do açaí, entretanto em situações nas quais a
procedência e as condições de higiene não eram adequadas.
No município de Manaus não tem ocorrido casos de Doença de Chagas Aguda por
transmissão oral, sendo a probabilidade de infecção praticamente ausente quando se
ingere esses produtos de boa procedência e de boas práticas de higiene.
O que você deve fazer caso aconteça?
A doença, em sua fase aguda, se manifesta com um quadro de febre, dor de cabeça,
náuseas, vômitos, mialgia e diarreia, evoluindo posteriormente com edema de
membros inferiores e de face, aumento de baço e fígado. A referência para o
diagnóstico e tratamento é o hospital da Fundação de Medicina Tropical “Dr. Heitor
Vieira Dourado” – FMT-HVD.
O que está sendo feito para diminuir ou mitigar o risco?
Embora não haja registro de casos em Manaus, a Capital do Amazonas é abastecida
por municípios produtores com registros de casos. A vigilância sanitária tem
intensificado a fiscalização da produção e venda do produto, monitoramento da
qualidade através da coleta de amostras com avaliação laboratorial.
O que será feito caso aconteça?
Caso seja detectado algum caso suspeito de Doença de Chagas Aguda no município,
este será notificado pela unidade de saúde à vigilância epidemiológica do município,
que procederá a investigação do caso, visando identificar as possíveis fontes de
contaminação e adotar as medidas indicadas.
Doença Diarreica Aguda
O que poderia acontecer?
Durante um evento de massa as doenças diarréicas agudas são uma importante
causa de atendimento pelos serviços de saúde seja em casos isolados ou
frequentemente sob forma de surtos epidêmicos. Nestes eventos está ligada
diretamente a ingestão de água ou alimentos contaminados (por bactérias e suas
toxinas, vírus, parasitas ou toxinas naturais), principalmente em áreas em condições
de saneamento precárias. Em grandes eventos, é comum a oferta de alimento por
vendedores ambulantes não regularizados, o que pode resultar no consumo de
alimento sem padrão higiênico.
O que você deve fazer caso aconteça?
Caso apresente os sinais e sintomas sugestivos de Doença Diarreica Aguda,
mantenha-se hidratado e procure a Unidade de Saúde mais próxima de seu domicílio.
A maioria dos casos poderão ser tratados em nível ambulatorial ou domiciliar, com
indicação de hidratação e dieta apropriada. Os casos mais graves serão
encaminhados para unidades hospitalares de referência, após avaliação médica
O que está sendo feito para diminuir ou mitigar o risco
A forma de se prevenir é observar a qualidade do que você ingere, evitar o consumo
de alimentos vendidos na rua, lavar frequentemente as mãos com água e sabão e
beber apenas água mineral engarrafada. As atividades relacionadas à produção e
consumo de alimentos estão sendo fiscalizadas pela Vigilância Sanitária municipal,
portos e aeroportos e estadual, dentro de suas especificidades.
O que será feito caso aconteça?
Caso seja detectado algum surto de DTA no município, este procederá a investigação
do caso, visando identificar as possíveis fontes de contaminação e adotar as medidas
indicadas.
B. Riscos exógenos
Sarampo
O que poderia acontecer?
A circulação do vírus do sarampo permanece em diferentes países do mundo. Em
2016 já foram registrados milhares de casos e dezenas de óbitos em países da África,
além de surtos de refugiados na França e casos notificados no Reino Unido e casos
importados nas Américas (Estados Unidos e Canadá). No Brasil a circulação do vírus
foi interrompida no ano 2000. A partir dessa data, ocorreram surtos determinados por
cepas importadas. Entre 2013 a 2015 o Brasil registrou surto nos Estados de
Pernambuco e Ceará, encerrados em julho de 2015. Desde então, não são registrados
casos no Brasil. O município de Manaus não apresenta circulação do vírus do
sarampo desde o ano de 2000.
O que você deve fazer caso aconteça?
Em caso de ocorrência de doença caracterizada por febre alta, conjuntivite, coriza,
tosse e presença de manchas disseminadas no corpo (exantema) busque atendimento
no hospital de referência da capital, Fundação de Medicina Tropical “Heitor Vieira
Dourado” para avaliação e manejo clínico e adoção de medidas epidemiológicas
necessárias.
O que está sendo feito para diminuir ou mitigar o risco?
A intensificação da vigilância epidemiológica das síndromes febris exantemáticas tem
sido um dos focos principais, com a obrigatoriedade de confirmação ou descarte
através de exames laboratoriais específicos. Para grandes eventos pelo aumento da
vulnerabilidade local, a intensificação da cobertura vacinal contra o Sarampo, em
população de maior risco como taxistas, pessoal de aeroporto, recepção de hotéis,
turismo, dentre outras, tem sido a principal estratégia.
O que será feito caso aconteça?
Caso seja detectado algum caso suspeito de sarampo no município, este será
comunicado à vigilância epidemiológica que procederá a investigação do caso,
visando identificar as possíveis fontes de contaminação e adotar as medidas
indicadas.
No presente momento há um surto de sarampo ocorrendo na Irlanda, portanto
recomenda-se que todo viajante que se dirija ao Brasil seja vacinado
antecipadamente contra o sarampo, visando evitar a reintrodução do vírus no
país.
Rubéola
O Brasil está oficialmente livre da rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC)
O país não registra casos da transmissão endêmica das doenças desde 2008 e 2009,
respectivamente, tendo recebido da Opas o Certificado de Eliminação da Rubéola em
2015, em conjunto com os demais países da América.
Caracteriza-se por febre e exantema máculo-papular, acompanhado de
linfoadenopatia retroauricular, occipital e/ou cervical. Em caso de ocorrência desses
sinais e sintomas procure imediatamente atendimento na unidade de saúde mais
próxima.
A importância epidemiológica da rubéola está representada pela ocorrência da SRC,
que atinge o feto ou o recém-nascido cujas mães se infectaram durante a gestação. A
infecção na gravidez acarreta inúmeras complicações para a mãe (aborto e natimorto)
e para os recém-nascidos, como malformações congênitas (surdez, malformações
cardíacas, lesões oculares e outras).
Recomenda-se que todo viajante que se dirija ao Brasil seja vacinado
antecipadamente contra a rubéola, visando evitar a reintrodução do vírus no
país.
Poliomielite
O que poderia acontecer?
A poliomielite ou paralisia infantil,é uma doença infecto-contagiosa aguda,
caracterizada por um quadro clássico de paralisia flácida de início súbito. O último
caso da doença registrado no Brasil foi em 1990. Em 1994, o Brasil recebeu da
Organização Panamericana da Saúde – OPAS, o Certificado da Erradicação da
Transmissão Autóctone do Pólio vírus Selvagem, juntamente com os demais países
do continente americano. No entanto, o vírus selvagem ainda circula em alguns países
da África, portanto, a ameaça de reintrodução do vírus selvagem é real.
O que você deve fazer caso aconteça?
Em caso de ocorrência de doença caracterizada por febre com evidências de
instalação de deficiências motoras de instalação súbita, acometendo sobretudo a
musculatura dos membros inferiores, com flacidez muscular e conservação da
sensibilidade, busque atendimento no hospital de referência da Capital, Fundação de
Medicina Tropical “Heitor Vieira Dourado” para avaliação e manejo clínico e adoção de
medidas epidemiológicas necessárias.
O que está sendo feito para diminuir ou mitigar o risco?
A notificação à vigilância epidemiológica municipal/estadual das paralisias flácidas
agudas sendo que todo caso suspeito de obrigatória e imediata. Todo caso suspeito é
obrigatória a coleta de fezes, para excluir laboratorialmente a presença do Pólio vírus
selvagem. Além disso, o país vem mantendo campanha de vacinação sistemática em
todo o território nacional, na faixa de 0 a menores de 5 anos além da rotina conforme
calendário vacinal da criança.
O que será feito caso aconteça?
Caso seja detectado algum caso suspeito de poliomielite no município, este será
comunicado à vigilância epidemiológica que procederá a investigação do caso,
visando identificar a possível origem do caso (se importado de outro país) e adotar as
medidas indicadas.
Recomenda-se que todo viajante originário de países com circulação do
poliovirus selvagem (Afeganistão e Paquistão), não vacinado ou
incompletamente vacinado ou sem comprovação de dose anterior, que se dirija
ao Brasil seja vacinado antecipadamente contra a poliomielite, visando evitar a
reintrodução do vírus no país.
MERS-CoV
O que poderia acontecer?
Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS) é uma doença respiratória viral
causada por um novo coronavírus (MERS-CoV) que foi identificada pela primeira vez
na Arábia Saudita em 2012. Em 16 de abril de 2014, casos de Mers-CoV foram
relatados em vários países, como Arábia Saudita, Malásia, Jordânia, Quatar, Emirados
Árabes Unidos, Tunísia e Filipinas.
O Brasil não é considerado área de risco para MERS-CoV, todavia trata-se de um
vírus emergente, cujos reservatórios e mecanismos de transmissão ainda não
encontram-se totalmente esclarecidos, portanto passível de introdução.
O que você deve fazer caso aconteça?
O espectro clínico da infecção varia de assintomático ou com sintomas respiratórios
leves para doença respiratória aguda grave e morte. A apresentação típica da doença
é febre, tosse e falta de ar. Pneumonia é um achado comum, mas nem sempre
presente. Procure atendimento no hospital de referência da capital, Fundação de
Medicina Tropical “Heitor Vieira Dourado” para avaliação e manejo clínico e adoção de
medidas epidemiológicas necessárias.
O que está sendo feito para diminuir ou mitigar o risco?
Implementação da vigilância epidemiológica hospitalar na detecção e notificação
imediata de Síndrome Respiratória Aguda Grave.
O que será feito caso aconteça?
Caso seja detectado algum caso suspeito de MERS-CoV no município, este será
comunicado à vigilância epidemiológica que procederá a investigação do caso,
visando identificar a possível origem do caso (se importado de outro país) e adotar as
medidas indicadas.
4.2.2. Riscos ambientais
O que poderia acontecer?
Enchente: embora por ocasião do evento o Rio Negro estará em sua cota máxima, a
previsão de nível máximo para a cheia deste ano em Manaus é de 27,50 metros, o
que indica uma enchente mais branda em 2016 e não representa maiores riscos.
Altas temperaturas: o aumento da temperatura em Manaus começa em junho e tem
picos mais elevados a partir de agosto estendendo-se até o mês de setembro, quando
pode alcançar máximas superiores a 37,6 °C, alta umidade em torno de 80%, pouca
de ventilação e menor precipitação pluviométrica do ano, por volta de 47 mm, levando
a riscos de insolação e desidratação.
Incêndios e queimadas: No início de agosto, as condições climáticas e ambientais
levam ao ressecamento da vegetação, o que contribui para a ocorrência de incêndio.
Adicionalmente, fumaça densa ocasionada pelas queimadas ocorridas em municípios
e estados vizinhos podem resultar em problemas respiratórios e agravamento de
quadros alérgicos, bronquites e asma.
O que você deve fazer caso aconteça?
Procure se manter hidratado e em ambientes sombreados, ventilados ou refrigerados.
Evite se expor ao sol nos horários mais quentes do dia. Use protetor solar. Caso
ocorra alguma dano ou lesão devido a esses eventos procure uma unidade de saúde
mais próxima. Emergências que envolvam vítimas de queimaduras tem como
referência o Pronto Socorro 28 de Agosto que mantêm serviço especializado.
O que está sendo feito para diminuir ou mitigar o risco?
Campanhas educativas, formação de brigadas em comunidades de risco potencial,
repressão de ato ilícito com notificações auto de infração e outras medidas previstas
em lei na rotina de ações dos órgãos responsáveis e intensificação de ações com
planos específicos nas ocasiões críticas.
O que será feito caso aconteça?
Como os desastres envolvem ações multisetoriais dependendo do tipo de evento que
ocorra serão acionados os órgãos responsáveis pelas medidas de controle para
adoção daquelas mais apropriadas para cada situação. O atendimento às eventuais
vítimas será procedido nas unidades de saúde de acordo com a gravidade das lesões,
conforme indicado acima.
4.2.3. Riscos relacionados à violência e acidentes
Acidentes e Violências
O que poderia acontecer?
A realização de eventos de grande porte, como os jogos olímpicos e paralímpicos são
de grande relevância econômica e social, mas ao mesmo tempo a grande circulação
de pessoas pode agravar situações de vulnerabilidades estabelecidas, implicando em
risco de acidentes (acidentes individuais, com múltiplas vítimas, de transito) e
violência. Considera-se como violência, para fins de notificação “o uso intencional de
força física ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou
contra um grupo ou uma comunidade que resulte ou tenha possibilidade de resultar
em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação” (OMS,
2002).
O que você deve fazer caso aconteça?
Em casos de acidentes individuais ou de danos físicos, procure atendimento nas
Unidades de Pronto Atendimento na Arena da Amazônia e Hospitais Pronto Socorros
de Manaus mais próximos.
Nos acidentes com múltiplas vítimas, siga as orientações das autoridades presentes
no evento.
Em caso de violência física procure as Unidades de Pronto Atendimento - Urgência e
Emergência, incluindo Pronto Socorros Adulto e Infantil
Na ocorrência de violência sexual procure o Serviço de Atenção às Vítimas de
Violência Sexual (SAVVIS) referência são SAVVIS Maternidade Moura Tapajós e
SAVVIS Instituto da Mulher D. Lindú.
O que está sendo feito para diminuir ou mitigar o risco?
No período que antecede e durante os Jogos Olímpicos deverão ser intensificadas as
ações de abordagem com ênfase na prevenção da violência sexual (exploração,
turismo sexual, pedofilia) e trabalho infantil, as quais serão desenvolvidas por
secretárias e órgãos vinculados à assistência social, segurança e judiciário.
No diz respeito aos acidentes de trânsito, está em execução o projeto Vida no
Trânsito, com ações voltadas à redução da morbimortalidade no trânsito e interação
de órgão gestores municipais e estaduais dos setores de saúde, trânsito, transporte,
educação e segurança pública.
O que será feito caso aconteça?
Como os acidentes e violência envolvem ações multisetoriais dependendo do tipo de
evento que ocorra serão acionados os órgãos responsáveis pelas medidas de controle
para adoção daquelas mais apropriadas para cada situação. O atendimento às
eventuais vitimas será procedido nas unidades de saúde de acordo com a gravidade
das lesões, conforme indicado acima.
4.2.4. Acidentes por animais peçonhentos
O que poderia acontecer?
Dentre os acidentes por animais peçonhentos se destacam os acidentes ofídicos que
podem ocorrer em áreas rurais e de periferia urbana, predominado àqueles
determinados por serpentes do gênero Bothrops e Laquesis. Acidentes por escorpiões
e aranhas são pouco frequentes.
O que você deve fazer caso aconteça?
Estes acidentes geralmente acontecem em regiões de floresta, sendo o local da
picada mais frequente em membros inferiores, com dor local, edema, sangramento e
que dependendo da gravidade manifestações sistêmicas podem estar presentes. As
unidades hospitalares dispõem de soros específicos para o tratamento e, a referência
para esses casos é o hospital da Fundação de Medicina Tropical. Em caso de
acidente, não faça nenhuma manipulação no local da picada, procure o serviço de
saúde mais próximo para avaliação e definição da conduta terapêutica.
O que está sendo feito para diminuir ou mitigar o risco?
A recomendação básica em caso de caminhadas em trilhas de florestas ou qualquer
outra atividade em áreas rurais é usar botas de couro ou borracha de preferência de
cano longo, vestuário como calça comprida e camisa de manga longa.
O que será feito caso aconteça?
Caso ocorra algum acidente com animal peçonhento o paciente será encaminhado
para unidade de saúde mais próxima para tratamento e uso imediato de soro
especifico, de acordo com a indicação médica.
Anexo 1
Unidades de Referências importantes em Manaus:
• Hospital e Pronto Socorro “28 de Agosto “
Av. Mario Ypiranga Monteiro, 1851 – Adrianópolis
Referências: Cardio-vascular, Queimaduras, Nefrologia, Urologia, Oftalmologia,
Traumato-ortopedia, Clínica Médica, Clínica Cirúrgica e Tratamento Intensivo.
• Hospital e Pronto-Socorro “Dr. João Lúcio Pereira Machado.
Alameda Cosme Ferreira, 3937 – São José
Referencias: Neurocirurgia, Cabeça e Pescoço, Bucomaxilo, Traumato-
ortopedia, Cardio-vascular, Urologia, Nefrologia, Clinica Médica e Cirurgica e
Tratamento Intensivo
• Hospital Fundação Heitor Vieira Dourado
• Av. Pedro Teixeira, 25 – Dom Pedro
Referência: Doenças Infecciosas e Parasitárias, Dermatologia Tropical e
Acidentes por animais peçonhentos.
Clínica do Viajante – inserida na estrutura da Fundação de Medicina Tropical “
Heitor Vieira Dourado “
• SAVVIS MATERNIDADE MOURA TAPAJÓS
Avenida Brasil, n. 2971 – Bairro Compensa I
– Atendimento 24h, independente de idade e gênero a pessoas vitimadas de
violência sexual.