63
AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS Professora: M. Sc. Rosângela Mendanha da Veiga

AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

  • Upload
    melia

  • View
    226

  • Download
    0

Embed Size (px)

DESCRIPTION

AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS. Professora: M. Sc. Rosângela Mendanha da Veiga. Módulo XII Análise de Risco. O que é risco? Quais os tipos de risco?. O que é Risco? - PowerPoint PPT Presentation

Citation preview

Page 1: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Professora: M. Sc. Rosângela Mendanha da Veiga

Page 2: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Módulo XIIAnálise de Risco

Page 3: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

O que é risco?

Quais os tipos de risco?

Page 4: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

O que é Risco?

A probabilidade de uma comunidade sofrer conseqüências econômicas, sociais ou ambientais, em uma área particular e durante um tempo de exposição determinado. Exemplo:

• Ferimento e/ou morte de seres vivos;• Avaria de bens;• Prejuízo na capacidade produtiva;• Interrupção da atividade econômica.

São fatores de risco:

• A periculosidade;• A vulnerabilidade;• A exposição ao perigo.

Se qualquer um destes fatores aumentarem, o risco aumenta.

Page 5: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Risco segundo Society for Risk Analysis:

É o potencial de realização de conseqüências adversas indesejadas para a saúde ou vida humana, para o ambiente ou para bens materiais.

Pode ser definido de modo mais formal como o produto da probabilidade de ocorrência de um determinado evento pela magnitude das conseqüências:

R = P x C

Page 6: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

PERIGOSituação ou condição que tem potencial de acarretar conseqüências indesejáveis. É a propriedade intrínseca de uma substância perigosa ou de uma situação física de poder provocar danos à saúde humana e/ou ao ambiente

RISCOContextualização de uma situação de perigo, ou seja, a possibilidade da materialização do perigo ou de um evento indesejado ocorrer.

PERIGO ≠ RISCO

Page 7: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

RISCOSAMBIENTAIS

NATURAIS

ANTRÓPICOS OUTECNOLÓGICOS

ATMOSFÉRICOS

HIDROLÓGICOS

GEOLÓGICOS

BIOLÓGICOS

SIDERAIS

AGUDOS

CRÔNICOSQuais os tipos de Risco?

Page 8: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Riscos naturais – Atmosféricos

Oriundos de processos e fenômenos meteorológicos e climáticos.

• Temporalidade curta:Tornados, trombas de água, granizo e raios.

• Temporalidade longa:Secas.

Page 9: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

18/10/2007Nuvem de poeira cobriu o centro de Goiânia

Fonte: http://g1.globo.com/VCnoG1/0,,MUL152717-8491,00.html

Page 10: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

04/05/2008Mais de 25 mil pessoas foram desalojadas no Rio Grande do Sul, de acordo com a Defesa Civil estadual. O ciclone extratropical afetou cerca de 100 mil pessoas.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/0,,GF57642-5598,00.html

Page 11: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

23/01/2008O Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCT) informou que no Brasil os raios são responsáveis por cerca de 100 mortes por ano e causam danos diversos que chegam a R$ 1 bilhão. Os raios tendem a atingir os pontos mais altos e regiões descampadas.

Fonte: http://agenciact.mct.gov.br/index.php/content/view/47171.html

Page 12: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Riscos naturais – Hidrológicos

Oriundos de processos e fenômenos hidrológicos:Chuvas intensas e inundações.

Page 13: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

27/11/2008:Alagamento na cidade de Itajaí, Santa Catarina

Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/mat/2008/11/27/cidades_isoladas_tem_acesso_liberado_em_santa_catarina_chuvas_mataram_mais_de_90-586572660.asp

Page 14: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

27/11/2008:Deslizamento causado por chuva forte em Blumenau, Vale do Itajaí, Santa Catarina

Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/mat/2008/11/27/cidades_isoladas_tem_acesso_liberado_em_santa_catarina_chuvas_mataram_mais_de_90-586572660.asp

Page 15: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

15/02/2008Em Aparecida de Goiânia a força da água de um córrego que passa embaixo da Avenida Uirapuru rompeu a canalização e abriu uma cratera de 15 metros de comprimento e 10 metros de profundidade.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL300735-5598,00.html

Page 16: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

31/12/2001Imagens da enchente do Rio Vermelho na Cidade de Goiás.

Fonte: http://www.goiasvelho.net/2009/02/cidade-de-goias.html

Page 17: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Riscos naturais – Geológicos

Oriundos de processos e fenômenos geológicos, podem ser subdivididos em dois grupos:

• Processos endógenos:Sismos e atividades vulcânicas.

• Processos exógenos:Escorregamentos, subsidências, erosões e assoreamentos.

Page 18: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Fonte: http://www.surfersvillage.com/surfing/19615/news.htm

Processos endógenos - Tsunami Asiático

Page 19: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS
Page 20: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Fonte: http://www.apolo11.com/imagens/etc/vulcao_kilauea.jpg

Processos endógenos - Vulcão Kilauea

Page 21: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Fonte: http://pinker.wjh.harvard.edu/photos/american_west/images/Grand%20Canyon.jpg

Processos exógenos - Grand Canyon

Page 22: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Riscos naturais – Biológicos

Relativos à atuação de agentes vivos, como organismos patogênicos.

Exemplos:Dengue, febre amarela, epidemias de gripe.

Page 23: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

26/03/2008Epidemia de dengue no Rio de Janeiro: fila para atendimento na Clínica Samci, na TijucaFoto: Márcia Foletto

Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/mat/2008/03/26/dengue_ja_pode_ter_matado_114_no_estado_do_rio-426554883.asp

Page 24: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Riscos naturais – Siderais

Têm origem fora do planeta.

Exemplo:Queda de meteoritos.

Page 25: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

17 de setembro de 2007:

Meteorito caiu na região de Puno no Peru, próxima à fronteira com a Bolívia, e abriu cratera de 30 metros

Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1914931-EI302,00.html

Page 26: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Atenção!

Na caracterização de situações de risco natural, deve-se sempre levar em conta a ação do homem como deflagrador ou acelerador dos processos naturais. A intensidade e freqüência dos fenômenos podem ser aumentadas devido às ações antrópicas.

Page 27: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

24/10/2007Chuva forte e deslizamento de terra no Túnel Rebouças – Rio de Janeiro

Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/transito/mat/2007/10/24/326882635.asp

Page 28: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Fonte: http://sigma.cptec.inpe.br/produto/queimadas/#

Page 29: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Riscos tecnológicos – Agudos

São decorrentes do mau funcionamento de um sistema tecnológico.

Exemplo:Vazamento de petróleo de um duto ou navio.

Page 30: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Riscos tecnológicos – Crônicos

São decorrentes da exposição a agentes e/ou fontes de poluição.

Exemplos:Liberação contínua de pequenas quantidades de poluentes

Page 31: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

RISCO AGUDO RISCO CRÔNICOFacilidade em se estabelecer uma relação entre causa e efeito.

Dificuldade em se estabelecer uma relação entre causa e efeito.

O efeito é imediato. O efeito manifesta-se a médio ou longo prazo

A conexão entre causa e efeito é certa.

Pode tornar incerta a conexão entre causa e efeito.

O reconhecimento da situação de risco é mais fácil.

O reconhecimento da situação de risco é mais difícil.

Chamam mais atenção.Chamam menos atenção, entretanto podem ser mais significativos.

Page 32: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Podem apresentar riscos antrópicos / tecnológicos:

• Transporte e depósitos de substâncias perigosas, tóxicas, inflamáveis e potencialmente poluidoras;

• Atividades e indústrias potencialmente poluidoras;

• Rede de dutos em geral (derivados de petróleo, gás, álcool combustível);

• Áreas de depósito e manipulação de elementos biológicos;

• Áreas de depósito e manipulação de elementos químicos;

• Áreas de depósito e manipulação de elementos radioativos.

Page 33: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Vista geral da Central Nuclear com o canteiro de Angra 3 em primeiro plano.

Movimentação do vaso do reator para um novo armazém.

Fonte: http://www.eletronuclear.gov.br/professores/galeria_imagens.php?id_galeria=15

Page 34: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Atividades da indústria sucroalcooleira

Atividades da indústria petroquímica

Fonte: http://www.revistafatorbrasil.com.br/index.php

Page 35: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Atividades da siderurgia e mineração – USIMINAS na região do Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais

Atividades em portos e terminais – Porto de SUAPE em Pernambuco.

Fonte: http://www.revistafatorbrasil.com.br/index.php

Page 36: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Fonte: http://www.goiania.go.gov.br/comurg/limpezaurbana.htm

Aterro Sanitário de Goiânia

Page 37: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

ATIVIDADES DE RISCO

DANOS MATERIAIS

DANOS À SAÚDE HUMANA

DANOS AOS ECOSSISTEMAS

Page 38: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Deve-se ressaltar que:

• A ocorrência de acidentes e disfunções em sistemas tecnológicos faz parte dos cenários usuais de funcionamento de indústrias, sistemas de transporte e inúmeras outras atividades, ainda que se trate de situações anômalas ou atípicas;

• Estas situações devem ser objeto de programas específicos de gerenciamento, incluindo aspectos preventivos e corretivos;

• Acidentes tecnológicos resultam em potenciais impactos ambientais significativos que devem ser identificados e analisados.

Page 39: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Estudos de Análise de riscos (EAR)

Page 40: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Periculosidade das

substâncias

Nível de periculosidade da instalação

Vulnerabilidade da região

Quantidade das

substâncias

Tipo de estudo

Page 41: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Estudos de Análise de RiscosEAR

Planos de Gerenciamento de RiscosPGR

TIPOS DE ESTUDOS

Page 42: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Busca: Identificar os perigos; Estimar matematicamente as probabilidades de ocorrência de um evento e a magnitude das conseqüências; Propor medidas de gerenciamento (preventivas e de emergências);

ESTUDO DE ANÁLISE DE RISCOS (EAR)

Page 43: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Critérios para exigência de EARs

Baseiam-se no perigo de uma instalação para a comunidade e o meio ambiente circunvizinho, dependendo diretamente dos tipos de substâncias manipuladas, das quantidades envolvidas e da vulnerabilidade do local.

Page 44: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Conteúdo dos EARs

1) Caracterização do empreendimento e da região:

• Descrição das instalações e atividades;

• Características importantes do local.

2) Identificação dos perigos e consolidação de cenários de acidentes:

• Identificar possíveis seqüências de eventos que poderão resultar na liberação acidental de substâncias ou em outra conseqüência negativa;

• Preparam-se cenários (situações plausíveis de acidentes).

Page 45: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

3) Estimativa dos efeitos físicos e análise de vulnerabilidade:

• Previsão das conseqüências ambientais caso se concretizem os cenários considerados para análise;• Modelos matemáticos simulam os efeitos de acidentes;• As atividades nesta fase envolvem a estimativa de quantidades liberadas, o estudo do comportamento da substância imediatamente após a liberação e a simulação da dispersão no meio.

Liberação:Espalhamento de líquido, volatilização de líquido, dispersão a jato, expansão adiabática de gás pressurizado, explosão de nuvem de gás ou vapor.

Page 46: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

4) Estimativa de freqüências:

• Quantificação das freqüências de ocorrência dos cenários acidentais identificados, com base em dados históricos ou na opinião de especialistas.

5) Estimativa e avaliação de riscos:

• Estimativa quantitativa em termos probabilísticos, do risco ao qual estão expostas as pessoas na área de influência da instalação.

Page 47: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

6) Gerenciamento de riscos:

A formulação de Plano de Gerenciamento de Riscos (PGR) Inclui:

• Diferentes medidas preventivas para evitar a ocorrência de acidentes ou reduzir suas conseqüências;• Descrição de todos os procedimentos propostos e recursos necessários, concentrando-se nos aspectos críticos identificados e priorizando os cenários acidentais mais importantes; • Descrição das medidas a serem tomadas em caso de ocorrência de acidentes – Plano de Atendimento de Emergências (PAE).

Page 48: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Conteúdo mínimo:• Informações de segurança do processo;• Revisão dos riscos do processo;• Gerenciamento de modificações;• Manutenção e garantia da integridade de sistemas críticos;• Procedimentos operacionais;• Capacitação de recursos humanos;• Investigação de acidentes;• Plano de Ação de Emergências (PAE);• Auditorias.

PLANO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS (PGR)

Page 49: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

PGR I PGR II

Planos de Gerenciamento de RiscosPGR

Empregado para empreendimentos

médio e grande porte

Empregado para empreendimentos

pequeno porte

Page 50: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

O PGR é normalmente é empregado em:

Industrias químicas;

Mineração;

Setor de transportes;

Geração de energia elétrica.

Page 51: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Etapas e ferramentas para análise de riscos

Page 52: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

ETAPAS DA ANÁLISE DE RISCOS

1) Identificação de perigos;

É o ponto de partida dos estudos de riscos. Para identificar os perigos é feita uma varredura da instalação analisada para a identificação de eventos iniciadores de falhas operacionais e posterior quantificação de suas freqüências.

Page 53: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

São técnicas de identificação:

• Análise histórica de acidentes;

• Inspeção de segurança;

• Lista de verificação;

• Método “E se...? (What if...?);

• Análise preliminar de riscos (Preliminary Hazard Analysis – PHA);

• Estudos de riscos e operabilidade (Hazard and Operability Study – Hazop);

• Tipos de ruptura e análise das consequencias (Failure Modes and Effects Analysis – FMEA);

• Análise de Árvore de Falhas (Fault Tree Analysis – FTA);

Page 54: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

ETAPAS DA ANÁLISE DE RISCOS

2) Análise das conseqüências e estimativa de riscos:

• Trata-se da parte quantitativa da avaliação de riscos. A análise das conseqüências é uma simulação de acidentes, que permite estimar a sua extensão e magnitude, feita por meio de modelos matemáticos específicos para cada cenário.

• A magnitude pode ser medida em termos de perdas econômicas ou ecológicas.

• O número esperado de mortes é uma característica bastante usada para mensurar a magnitude dos riscos agudos;

• Para os riscos crônicos a característica usada é o número de mortes ou o número adicional de casos de câncer, para as substâncias causadoras de tumores.

Page 55: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

ETAPAS DA ANÁLISE DE RISCOS

3) Avaliação de riscos:

• Processo pelo qual os resultados da análise de riscos são utilizados para a tomada de decisão, para definição da estratégia de gerenciamento dos riscos e aprovação do licenciamento ambiental de um empreendimento;

• Com base nos resultados quantitativos obtidos nas etapas anteriores do estudo e através de critérios comparativos de riscos, pode-se estimar o risco de um empreendimento;

• Nos estudos de análise de riscos, cujos cenários acidentais extrapolem os limites do empreendimento e possam afetar pessoas, os riscos deverão ser estimados e apresentados nas formas de Risco Social e Risco Individual.

Page 56: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Risco Social

O risco expresso na forma de risco social  refere-se ao risco para um determinado número ou agrupamento de pessoas expostas aos danos decorrentes de um ou mais cenários acidentais. Essa forma de expressão do risco foi originalmente desenvolvido para a indústria nuclear.

A apresentação do risco social deverá ser feita através da curva F- N, obtida por meio da plotagem dos dados de freqüência acumulada do evento final e seus respectivos efeitos representados em termos de número de vítimas fatais.

Fonte: http://www.cetesb.sp.gov.br/emergencia/riscos/estudo/etapas_estim_avaliacao.asp

Page 57: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Exemplo de curva F-N.

Fonte: http://www.cetesb.sp.gov.br/emergencia/riscos/estudo/etapas_estim_avaliacao.asp

Page 58: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Risco Individual

O risco expresso na forma de risco individual pode ser definido como o risco para uma pessoa presente na vizinhança de um perigo, considerando a natureza do dano e o período de tempo em que este pode acontecer.

A apresentação do risco individual, segundo estabelecido pela CETESB, deverá ser feita por meio de curvas de iso-risco (contornos de risco individual), uma vez que estas possibilitam visualizar a distribuição geográfica do risco em diferentes regiões.

Assim, o contorno de um determinado nível de risco individual deverá representar a freqüência esperada de um evento capaz de causar um dano num local específico.

Fonte: http://www.cetesb.sp.gov.br/emergencia/riscos/estudo/etapas_estim_avaliacao.asp

Page 59: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

1,0 E 0,4

1,0 E 0,5

1,0 E 0,6

1,0 E 0,7

1,0 E 0,8

1,0 E 0,9

Exemplo de expressão de risco individual: curvas de iso-risco

LEGENDA:

Fonte: http://www.cetesb.sp.gov.br/emergencia/riscos/estudo/etapas_estim_avaliacao.asp

Page 60: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

AVALIAÇÃO DE RISCOSÉ a aplicação de um juízo de valor para discutir a importância dos riscos e suas conseqüências sociais, econômicas e ambientais.

IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS, ANÁLISE DAS CONSEQÜÊNCIAS E ESTIMATIVA DE RISCOS

Tentativa de estimar matematicamente as probabilidades de um evento e a magnitude de suas conseqüências.

GERENCIAMENTO DOS RISCOSEngloba o conjunto de atividades de identificação, estimação, comunicação e avaliação de riscos associado à avaliação de alternativas de minimização dos riscos e suas conseqüências.

Resumindo...

Page 61: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

O gerenciamento de riscos deve agir sobre a probabilidade de que ocorra uma falha e sobre a magnitude das conseqüências da ocorrência.

Medidas de prevenção de acidentes devem ser associadas a considerações sobre localização do empreendimento.

Page 62: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

BIBLIOGRAFIA

CETESB. Norma CETESB P4.261: Manual de Orientação para a Elaboração de Estudos de Análise de Riscos. São Paulo: CETESB, 2003.

PANORAMIO. Barragem de Itaipu. Disponível em:http://www.panoramio.com/photo/5232752Acesso em 19/02/2009.

SÁNCHEZ, Luis Enrique. Avaliação de impactos ambientais: conceitos e métodos. São Paulo: Oficina de Textos, 2008.

SCHIANETZ, Borjan. Passivos ambientais. Curitiba: SENAI, 1999.

Page 63: AVALIAÇÃO DE RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

AGRADEÇO A PRESENÇA E A ATENÇÃO!

Professora: M. Sc. Rosângela Mendanha da Veiga