1

AVALIAO DISSERTATIVA 1- 2 SEMESTRE/2015

Nome do Aluno: Wisnael de Souza Matrcula: 209585 Polo Petrpolis

O conceito messinico ns atinge diretamente atravs dos tempos, na poltica, no contexto

social, em nossas comunidades de f. Mudando conceitos quebrando paradigmas criando

outros. Vemos um dualismo messinico onde h uma correlao entre duas tradies, uma

baseada na aristocracia e dinstica e a outra no ruralismo (Jerusalm e Jud). O conceito

messinico tem como base de f a esperana. Podemos inferir que uma das evidncias do

messianismo, parte da necessidade de manipulao de massas, funcionando como manuteno

do poder legitimando, o domnio como algo se que herda, tendo em vista que o conceito

messinico no comea nos perodos monrquicos, mas na necessidade do homem de dominar

ou ser remido. Segundo Schwantes no pice do poder Davi recebe a promessa dinstica, aqui

entendemos que foi forjado um conceito apologtico indissocivel do davinismo com

messianismo, pois ambos se conectam, avaliando as predisposies scio religiosas e polticas

que envolviam o ttulo de rei de Israel. Kaefer 1 afirma que houve uma migrao do reino do

norte para o sul criou uma simbiose entre ambos os reinos tendo em vista que a elite

intelectual, escribas, sacerdotes dentre outros que estavam no norte, sucumbiram ao domnio

de povos inimigos e migram para o sul retratando figuras dos reis que encenam uma imagem

que lhes favorecessem, advogando em seu favor historicamente, cultivando a imagem de um

governante guerreiro, viril e dominado absolutista. No aspecto ruralista que tinha sua

cosmoviso messinica no livro vemos essa evidncia a .Na viso do profeta Miquias, que

profetiza aproximadamente de 725 at 701 a.C, que segundo Schwantes ,o mesmo era

oriundo de uma vila camponesa ,em uma regio agrcola que fundamenta seu discurso na

denncia contra a elite e na esperana messinica como cerne de sua mensagem , relata que a

opresso expressa atravs da denncia que gera forte impacto no povo campons Tais

palavras foram ditas por um campons. Esto centradas realmente na terceira frase, na que v o templo feito

runa e mata! Para lavradores e lavradoras, tal ameaa radical contra o santurio da capital opressora assume

contornos libertrios. Tem jeito de graa. Para os senhores de Jerusalm, da administrao monrquica e para

o templo, as palavras do morastita so desgraa, a pior desgraa possvel. Schwantes (2009, p. 80).

Vemos que Miquias no dispensa a viso davinista, porm sem perder seu conceito

campesino focando Belm e no Jerusalm, mas sem perder de vista o messianismo, porm

como aquele que governaria como pastor.

1 Kaefer, Jos Ademar A Bblia, a arqueologia e a histria e a histria de Israel e Jud / So Paulo: Paulus, 2015 2

Schwantes, Milton, De ti sair Miquias 5,1-5 - Revista de Cultura Teolgica - v. 17 - n. 67 (P.84 abr/jun 2009)

2

Podemos salientar que o reflexo da historicidade dos fatos propostos culminou, com alguns

eventos que influenciaram diretamente a igreja primitiva assim bem como sua viso

messinica. No perodo interbblico, a teologia Judaica foi fortemente influenciada,

impactando o conceito patriotisa, a filosofia era amplamente difundida. Nesse perodo muitos

aspectos se manifestaram, tais como observncia da lei obedincia as tradies e patriotismo,

relatado em I Macabeus 4.42,47 conforme Champlin 3. H uma ligao segundo Tognini 4 do

nascimento de Jesus com o passado ativo e propcio de seu povo, mesmo em meio a um

mundo dissoluto, com efeito de transformar o ser humano em sua essncia. Tostes5, relata que

soluo para impiedade humana est no livro do profeta Isaas 6.8, texto que se refere a lei ao

testemunho, que precedem o advento messinico consumando sua obra de salvao para todas

as naes.

Vemos nos evangelhos que todos os evangelistas tm um pblico alvo de acordo com seu

contexto no qual precisa se conectar, haja vista a diversidade cultural, Judeus, Gregos,

Romanos dentre outros. Essa evidencia se conecta aos partidos polticos que manifestavam

sua viso sobre o Messias, compreende-se que sem acepes Jesus, pastoreia seu povo mesmo

em meio a disperses ideolgicas, em suma a conexo com evangelho tem a ver com a cruz,

pois Santos 6 apud Schwantes sugere que o messianismo precisa ser relido a luz de um

contexto histrico egpcio, onde surge a viso de que um lder mudaria o rumo de seu povo,

que se conecta com a figura de um rei enraizado na cultura rurcola que compreenderia sua

condio e regeria com empatia no caso Davi que exteriotipifica o Messias. Todavia vemos

que, o conceito correto o teocrtico e no o antropocntrico, que exerce a justia e a

esperana, segundo o plano central de Deus para humanidade e a manifestao de Seu Reino

na terra, onde vemos a figura do ungido como o bom pastor que se preconiza em Cristo.

2

3 Russell, Norman, Champlin: Enciclopdia de Bblia, teologia e filosofia/(P.07) V 4, M-O So Paulo, Hagnos,2007 4 Tognini, Enas O Perodo Interbblico: 400anos de silncio proftico / (P. 209) So Paulo: Hagnos, 2009 5 Tostes, Silas: Isaas O evangelista do Antigo Testamento / (P. 93) So Paulo: MAS Editora, 2011 6 Santos, Suely Xavier: Milton Schwantes: a messianidade vai tomando forma de cruz! Revista Caminhando v. 17, n. 2, p. 47-54, jul./dez. 2012