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Apresenta relatório sobre desmatamento no Acre nos anos de 2011 e 2012, conforme metodologia da UCEGEO/Acre
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AVALIAO
ESTADO DO ACRE 2011 2012
U N I DA D E C E N T R A L D E GEOPROCESSAMENTO ESENSORIAMENTO REMOTO
AVALIAO DO DESMATAMENTO NO ESTADO DO ACRE PARA OS ANOS
DE 2011 E 2012 COM BASE NAMETODOLOGIA DA UCEGEO
UNIDADE CENTRAL DE GEOPROCESSAMENTO ESENSORIAMENTO REMOTO
COOPERAO
REPBLICA FEDERATIVA
DO BRASIL
REPBLICA FEDERAL
DA ALEMANHA
GESTO ADMINISTRATIVA: GESTO TCNICA:
Concepo da metodologia
Marcelo de Oliveira Latuf
Lucio Flvio Zancanela do Carmo
Eufran Ferreira do Amaral
Processamento dos dados
Leandro Sampaio da Silva
Joventina Claro da Silva Nakamura
Valmira Domingos de Oliveira
Mickael Mello
Djallene Rebelo de Arajo
Maria Alice Silva de Paula
Pedro Santiago
Juliana Fortes e Silva
Checagem de campo
Leandro Sampaio da Silva
Joventina Claro da Silva Nakamura
Valmira Domingos de Oliveira
Maria Alice Silva de Paula
Co
mit
G
esto
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a U
CE
GE
O (
20
11
-20
14
)
Dados Internacionais de Catalogao-na-Publicao (CIP)Dados Internacionais de Catalogao-na-Publicao (CIP)
Acre. Governo do Estado.
Avaliao do desmatamento no estado do Acre para os anos de 2011 e 2012 com
base na metodologia da UCEGEO Rio Branco: IMEC, 2013.
36 p.; 22 cm. 44 pg.
ISBN:
1. Desmatamento Acre. 2. Engenharia ambiental. 3. Sensoriamento
remoto. I. Ttulo.
CDD 628
Exemplares desta publicao podem ser adquiridos no:
Instituto de Mudanas Climticas e Regulao de Servios Ambientaiso
Rua Floriano Peixoto, 460 1 andar Centro, Rio Branco, Acre. CEP 69 900-046
Tel. 68 3223 1933. [email protected]
Djallene Reblo de Arajo
Matemtica. Especializao em Educao e Trabalho. Tcnica em
Geoprocessamento UCEGEO
E-mail: [email protected]
Edson Alves de Arajo
Engenheiro Agrnomo. Doutor em Agronomia (Solos e Nutrio de Plantas). Secretaria
de Estado de Agropecuria (SEAP)/Pesquisador Colaborador Embrapa Acre.
E-mail: [email protected]; [email protected]
Eufran Ferreira do Amaral
Engenheiro Agrnomo. Doutor em Solos e Nutrio de Plantas. Diretor-Presidente
do IMC e Pesquisador da Embrapa Acre
E-mail: [email protected]; [email protected]
Joventina Claro da Silva Nakamura
Gegrafa. Especializao em Sensoriamento Remoto. Especializao em Gesto
Ambiental. Tcnica em Geoprocessamento UCEGEO
E-mail: [email protected]
Juliana Fortes e Silva
Engenheira Florestal. Tcnica em Geoprocessamento FUNAI
Leandro Sampaio da Silva
Tecnlogo em Gesto Ambiental. Ps graduando em Geoprocessamento.
Coordenador da Unidade Central de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto
do Acre UCEGEO/Acre
E-mail: [email protected]
Lucio Flvio Zancanela do Carmo
Gegrafo. Doutor em Solos e Nutrio de Plantas. Professor Efetivo IFAC/AC
E-mail: [email protected]
Marcelo de Oliveira Latuf
Gegrafo. Doutor em Geografia. Professor Adjunto I da Universidade Federal da Bahia
E-mail: [email protected]
Maria Alice Silva de Paula
Engenheira Cartgrafa. Especializao em Sensoriamento Remoto, MSc. Ecologia e
Manejo de Recursos Naturais, Tcnica em Geoprocessamento UCEGEO
E-mail: [email protected]
Mickael Leo Velloso Chateaubriand Bandeira de Mello
Engenheiro Florestal. Tcnico em Geoprocessamento UCEGEO
E-mail: [email protected]
Nilson Gomes Bardales
Engenheiro Agrnomo. Doutor em Solos e Nutrio de Plantas. Pesquisador
Colaborador EMBRAPA Acre
E-mail: [email protected]; [email protected]
Pedro de Souza Santiago
Gegrafo. Tcnico em Geoprocessamento UCEGEO
E-mail: [email protected]
Valmira Domingos de Oliveira
Gegrafa. Especializao em Educao, Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentvel. Tcnica em Geoprocessamento UCEGEO
E-mail: [email protected]
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, 2
01
1-2
01
2.
AVALIAO
ESTADO DO ACRE 2011 2012
U N I DA D E C E N T R A L D E GEOPROCESSAMENTO ESENSORIAMENTO REMOTO
RESULTADOS
APRESENTAO
10
MATERIAL E MTODOS
BIBLIOGRAFIACONCLUSES
12 22
22
52 44
SUM
R
IO
Emsetembrode2008,foicriadaaUnidadeCentraldeGeoprocessamen-
toeSensoriamentoRemotodoEstadodoAcreUCEGEO,comointuitodeinte-
graranecessidadedeutilizartcnicasdeGeoprocessamentoeSensoriamento
Remotocomoferramentasdegestoterritorialparaosdiversosprojetosestra-
tgicosdoAcre.AUCEGEO,constitui-setambmemplomultiplicadordegeo-
tecnologias,formandotcnicosmultiplicadoresdoSensoriamentoRemotoedo
Geoprocessamento.
Acriaodestaunidadeincorporouduasinovaes.Aprimeirasereferea
formadegestocompartilhadaentreoitorgosdegovernoentresecretariase
autarquias.Nessaestrutura,aFUNTACexerceagestoadministrativaeoIMCa
gestotcnica.
Asegundabaseia-senoprincpiodesetrabalhartemasrelevantespara
queessaunidadesejaarefernciaparaarmazenar,integrar,gerenciar,atualizar
edisponibilizartodasasgeoinformaesdoEstado.Valedestacarabasededados
geradanombitodoZoneamentoEcolgicoEconmico,assimcomoarealizao
deestudos,pesquisaseprojetosreferentesaosaspectoscartogrficos,territoria-
is,desmatamentos,coberturadesolos,processamentosdeimagens,modelagem
ambientaletemasafins.
Nocasoespecficododesmatamento,quesempretemadedebatesecon-
trovrsias,principalmentecomrelaoaosresultadosanuais,ogovernobrasilei-
rotemomelhorsistemademonitoramentododesmatamentodaAmaznia.Esse
sistemanospermite,dentrodeumasriehistrica,visualizaradinmicadodes-
matamentoentreosdiversosestados,assimcomodentrodecadaestado,com
umaresoluoespacialadequadaparaestenveldeanlise.
NoEstadodoAcre,entreosanosde19992006houveumamudanadrs-
ticanopadrodedesmatamento,queantesseconcentravaemgrandesreas.No
entanto,nosltimosanos,odesmatamentotemseconcentradoempequenospol-
gonosquedemandamumolharmaisdetalhadosobreosmesmos.
APRESENTAO
NoestadodoAcre,o
desmatamentotemse
concentradoem
pequenospolgonos
quedemandamum
estudomais
detalhado,acrescido
denovosdadosde
auxlioafiscalizao
eaespacializao
dasatividades.
8
EufranFerreiradoAmaral
InstitutodeMudanasClimaticaseRegulaaodeServiosAmbientais
LuizAugustoMesquitaAzevedo
FundaaodeTecnologiadoEstadodoAcre
Nessesentido,em2009foirealizadaumarevisodasriehistricaque
existiaparaoEstadoequepossibilitouaconstataodessespequenospolgonos,
oquepossibilitougerarumaferramentaparaauxiliarafiscalizaoeaespaciali-
zaodasatividadesde fomentoproduoagropecuria.Essametodologia,
adaptadaparaoAcre,nospermiteterumavisointernadetalhada,sendoanual-
menteacrescidadenovosdadosquemostramadinmicaeatendncia,ajudando
natomadadedeciso.
NaatualgestodoGovernadorTioViana,novosdesafiosestocolocados
paraaproduorural,taiscomoofortalecimentodapiscicultura,amecanizao
agrcola,oreflorestamentoeosserviosambientais,atividadesquerequeremum
monitoramentodealtonvelparamensurar,avaliareindicarresultadosespacia-
is.Essesdesafiosestoassociadoscomocompromisso,comatica,atransparn-
ciaecomodevidocuidadocomagestodosrecursosnaturais,ondeafloresta
nossograndepatrimnionatural.
Muitoaindahdesefazerparaquesepossaoferecer,aosrgosgoverna-
mentaisdoEstadodoAcreedaregioAmaznica,soluesgeotecnolgicasque
contribuamna identificaoeseleodosconhecimentos,mtodos, tcnicase
instrumentosdetrabalhoquenosauxiliematomardeciseseaconduziroproces-
sodeimplementaodepolticas,planos,programaseaes.Contudo,estamos
trilhandoumcaminhoparaumaestratgiadeEstadoquebusca,acadaanoea
cadagesto,aprimorartcnicaseestruturas.
Esserelatriorepresentanossoesforoeiniciaumasriequeserpublica-
daanualmentecomosnossosresultadosdedesmatamento.Informaesqueesto
sendogeradasportcnicosacreanos,commetodologiaconstrudaporacreanos
paraqueosacreanospossamterumabasedeinformaoconsistenteeconfivel
desseindicadorqueodesmatamento.Portanto,umapequenacontribuiopara
construiruminstrumentoqueajudenamelhoriadaqualidadedevidadaspopula-
es,naconservaodomeioambienteenasustentabilidadeeconmica.
AgestodaUCEGEO
compartilhadaentre
oitorgosdeEstado.
Nessaestrutura,a
Fundaode
TecnologiadoAcre
(FUNTAC)exercea
gestoadministrativa
eoinstitutode
MudanasClimticas
(IMC)agestotcnica.
8
0100'0"S
0
80'0"S
300Km150750
0
74 0'0"W0
72 0'0"W
Fig
ura
1.
Ma
pa
do
esta
do
do
Acre
.
070 0'0"W0
68 0'0"W
AMAZONASAMAZONASAMAZONAS
Unidade Central de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto do Acre
1.
I N T R O D U OO Estado do Acre no um santurio intocado, mas uma
regio que faz parte do arco de desmatamento que ocorre na Ama-znia, e cuja rea corresponde a trs vezes a do territrio de Costa Rica e faz parte da ltima fronteira agrcola da Amaznia. Entre-tanto, diferencia-se dos demais estados da regio em virtude da cobertura vegetal quase intacta, uma vez que encontra-se na fase inicial de converso da floresta tropical e de sua histria com rela-o a conservao dos recursos naturais.
O estado do Acre (Figura 1) est localizado na Amaznia sul-ocidental, entre as latitudes de 7o 7'S e 11o 8'S e as longitudes de 66 o 30'W e 74 o 0'W, e faz divisas internacionais com Bolvia e Peru e limites estaduais com os estados do Amazonas e Rondnia.
Sua superfcie territorial de 164.221 km2, correspondendo a aproximadamente 4% da Amaznia Brasileira e a 1,9% do territ-rio nacional (ACRE, 2006).
No ano de 2.000, o Governo do Estado do Acre, concluiu a primeira fase do seu zoneamento Ecolgico-Econmico (ACRE, 2000), que se constitui numa sntese scio-ambiental na escala de 1:1.000.000. Montenegro (2001) enfatiza que um fator importante que o diferencia dos demais zoneamentos feitos no Brasil foi a maneira inovadora que o grupo de trabalho adotou uma postura participativa envolvendo todos os atores do processo.
O Zoneamento Ecolgico-Econmico Fase II (com Lei sanci-onada em 2007) expressa uma viso estratgica do governo e da sociedade do futuro do territrio acreano que conseguiu integrar as seguintes orientaes estratgicas: ser consistente; pragmti-
1.
12
co; expressar as particularidades/diferenas; ser construdo de forma integrada/participativa; ser um marco indicativo institudo e ter aceitao social (ACRE, 2006).
Comprovadamente, aps a aprovao do Zoneamento Eco-lgico-Econmico do estado (ZEE/AC Fases I e II; ACRE, 2000; ACRE, 2006), o Governo tem atuado de forma mais constante no processo de fiscalizao e monitoramento do desmatamento den-tro de seus limites territoriais, devido, sobretudo, s recentes pol-ticas no setor agroflorestal, bem como nas reas de proteo e conservao da biodiversidade.
A partir dos instrumentos de ordenamento territorial foi pos-svel captar recursos, realizar investimentos, fortalecer institui-es tendo como foco melhoria de qualidade e conservao ambi-ental. Recentemente o governo do Acre sancionou uma srie de polticas de base florestal, como: A Poltica de Valorizao do Ativo Ambiental Florestal (ACRE, 2008a), Regularizao do Passi-vo Ambiental, Certificao Ambiental de Propriedades Rurais (ACRE 2008b), Cadastro Ambiental Rural CAR, Sistema de Incentivo a Pagamento por Servios Ambientais SISA (ACRE, 2010a), dentre outras como as aes de fomento a produo na rea de piscicultura e reflorestamento, alm das aes j consoli-dadas de fiscalizao e combate do desmatamento no estado.
A ocupao dos espaos por meio de um Zoneamento Eco-lgico-Econmico uma forma inteligente de crescer e ser sus-tentvel. Na segunda fase do zoneamento do Acre no h zonas de expanso e sim de consolidao sobretudo no contexto de uma
13
Entreasatribuiesda
UCEGEO,destaca-sea
detecoeo
monitoramentodas
alteraesnacobertura
dosolo,desmatamento,
queimadas,
regeneraoentre
outrasfunesligadas
aomeioambiente.
economia com base florestal (ACRE, 2006).Essas polticas de base territorial necessitam de um monito-
ramento anual, constante e adequado a realidade local, da taxa de desmatamento em diversos recortes territoriais, por exemplo, por municpios, unidades de conservao, projetos de assentamentos, terras indgenas, regionais administrativas, reas particulares, reas de preservao permanentes, bacias hidrogrficas, dentre outros.
Nos ltimos 30 anos, o sensoriamento orbital evoluiu e se consolidou como a principal tecnologia para mapeamento e moni-toramento de vastas extenses territoriais (ASNER et al., 2005).
O Brasil considerado um pas singular no que tange avali-ao da cobertura florestal da parte da Amaznia compreendida em seu territrio. O pas gera estimativas anuais da taxa mdia e da extenso do desflorestamento sistematicamente desde 1988 sob a coordenao do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), identificando desflorestamentos maiores que 6,25 hectares (KRUG, 2001).
No Acre, as aes de deteco e monitoramento de altera-es do uso e cobertura do solo refletem uma poltica florestal para conservao e manuteno da biodiversidade, que necessitam de monitoramento constante em suas diversas divises polticas representativas. Neste contexto, Amaral et al. (2010) ressaltam que as Geotecnologias, de um modo geral, tm sido importante ferra-menta nas aes de conservao e uso sustentvel da floresta Ama-znica no territrio acreano.
Em um sistema de informaes geogrficas, dados da paisa-gem e da cobertura vegetal podem ser analisados, juntamente, com outros conjuntos de dados (ex.: tipologias florestais, fundirio, bacia hidrogrfica, solos, modelos digitais de elevao, restries) para modelar cenrios futuros e avaliar a efetividade de polticas de planejamento, em termos de mudanas na paisagem, monitoradas para cada rea (PECCOL et al., 1994). Alm disso, as informaes podem ser armazenadas e manipuladas de uma maneira flexvel e os resultados podem ser documentados em formato mais adequa-do para tomadores de deciso, como o governo, polticos e lderes comunitrios.
Como forma de subsidiar o planejamento e a gesto do terri-trio, torna-se necessrio a gerao de dados atualizados e cont-nuos sobre a dinmica de modificao do uso e cobertura do solo (ROSA & CASTANHO, 2007).
Neste sentido, o levantamento da dinmica do desmatamen-to de uma determinada regio de interesse fundamental para o entendimento dos padres de organizao e ocupao do espao. Desse modo, existe a necessidade de atualizao constante dos registros, de modo que essas mudanas possam ser quantificadas, espacializadas e analisadas.
No Plano Estadual de Preveno e Controle do Desmatamen-to no Acre PPCD/AC (ACRE, 2010b) se enfatiza que a pavimenta-
14
o das BRs 364 e 317 (Inter-Ocenica), que conectam o Acre com os portos do Oceano Pacfico no Peru, consolidar dois eixos de integrao que podem vir a promover a abertura de novas frentes de desmatamento no Estado do Acre, caso sejam mantidos os padres tradicionais de desenvolvimento.
Estes dois eixos, j determinam a distribuio do desmata-mento no Estado, uma vez que os municpios que esto localizados ao longo destas rodovias so os que apresentam maiores taxas de desmatamento, concentrando-se principalmente nas reas mais prximas destas rodovias.
Fatores como, especulao da terra, subsdios e incentivos fiscais, programas de crdito subsidiado (FNO, PRONAF), rentabili-dade da pecuria e dinmica expansiva dos mercados da carne esto associados, em maior ou menor grau, expanso do rebanho bovino na Amaznia nas ltimas dcadas (ALENCAR et al., 2004).
Outro aspecto importante que influencia o desmatamento no Estado que ainda existem reas sem ordenamento territorial e regularizao fundiria. Alm de problemas estruturais relaciona-dos s terras devolutas, outros aspectos que dificultam os traba-lhos de regularizao fundiria so: falta de um cadastro eficiente e georreferenciado de detentores de ttulos; falta de compatibilidade entre o cadastro de terras estadual e os diversos cadastros federais (INCRA, IBAMA, FUNAI); quadro tcnico subdimensionado em rela-o ao desafio; e altos custos associados ao georreferenciamento de imveis rurais conforme normas tcnicas do INCRA e as condi-es de acessibilidade nas reas de concentrao de desmatamen-to.
No Acre, o desmatamento est destinado, principalmente, a implantao de pastagens para atividade pecuria extensiva. As reas ocupadas por pastagens no Estado correspondiam a aproxi-madamente 70% do total desmatado em 1989, passando para 81% em 2004. A taxa de crescimento das pastagens no perodo foi de 54,4 mil hectares/ano, o que demonstra uma expanso da atividade pecuria no Estado (ACRE, 2006).
Embora os agentes de desmatamento para implantao desta atividade tenham sido grandes e mdios pecuaristas, dados recentes mostram que pequenos produtores tm contribudo signi-ficativamente para o desmatamento nos ltimos anos (ACRE, 2010b).
Os indicadores de sustentabilidade ambiental tem que ter determinados pressupostos (CHRISTOFOLETTI, 2002) entre eles: representar um componente crtico do ecossistema, possibilidade de ser isolado, ser mensurado de forma precisa e repetidamente, identificar necessidades para elaborar estratgias de controle e ser compreendido e interpretado em termo de funcionalidade no geos-sistema. Assim, a varivel desmatamento se constitui num indica-dor eficiente da sustentabilidade ambiental do territrio acreano e deve ser interpretada anualmente e no perodo de monitoramento
15
para se ter a viso da dinmica e das tendncias. A floresta, alm da importncia para os povos que habitam a
mesma, tem um imenso valor ecolgico para o Brasil e para a huma-nidade. E, a sua utilizao sustentvel exige adoo de critrios cientficos antes de se dar incio a qualquer tipo de explorao. Deve-se levar em conta que so mais de 100 ecossistemas diferen-tes, convivendo na regio que convencionamos chamar de Amaz-nia e para o Acre so 1.445 Unidades de paisagem biofsica (UPB) que se constituem em espaos territoriais homogneos em termos de caractersticas fsicas (geologia, geomorfologia, solos, drena-gem, etc.), biolgicas (tipo de vegetao, plantas e animais que ocorrem) e antrpicas (AMARAL et al., 2010).
Considerando o desafio de gerenciar e gerar dados especiali-zados, em 12 de setembro de 2008, atravs do Decreto no 3.413, foi criada a Unidade Central de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto do Estado do Acre UCEGEO, para dar apoio a essas e outras aes geoespaciais de governo (ACRE, 2008c).
Entre as atribuies da UCEGEO, destaca-se a deteco e o monitoramento das alteraes na cobertura do solo, como desma-tamento, queimadas, regenerao etc. Assim, ao longo do ano de 2009, a UCEGEO realizou uma reviso com o aprimoramento e apli-cao de uma metodologia para a dinmica do histrico do desma-tamento em todo territrio acreano, tendo como marco inicial o ano de 1988.
Este trabalho demonstra os resultados do desmatamento anual de 2011 e 2012, considerando a srie histria entre 1988 a 2012 construda pela UCEGEO.
16
MATERIAL EMTODOS UNIDADE CENTRAL DE GEOPROCESSAMENTO E
SENSORIAMENTO REMOTO
2.
1. Segmentao
5. Validao de Campo
2 . Amostras
Representativas
3. Classificao
Supervisionada
4. Edio Matricial
A metodologia de classificao do desmatamento foi estruturada em duas fases: pr-processamento e processamento das imagens (Figura 2). Na fase do pr-processamento foi reali-zada a aquisio de imagens (priorizando as cenas com a menor taxa de cobertura de nuvens), filtragem de correo atmosfrica e correo geomtrica.
A fase de processamento divide-se nas etapas de segmen-tao das imagens (definio de reas estatisticamente homog-neas), definio de amostras representativas (em reas de cober-tura florestal e em reas desmatadas), classificao supervisio-nada, edio matricial (correo de erros de classificao) e vali-dao em campo.
MATERIAL E MTODOS
PR
OCES
SAM
ENTO
1.
Aquisio de
Imagens
2. Filtragem
3. Correo
Geomtrica
CLASSIFICAO DO
DESMATAMENTO
PR-PROCESSA
MEN
TO
FIGURA 2. FLUXO METODOLGICO PARA AVALIAO DO DESMATAMENTO ANUAL NO ACRE PELA UCEGEO.
2.
18
A construo da metodologia permite realizar processos de auto-depurao, realizando revises sistemticas dos dados da srie histrica e corrigir erros de processamento acumulados ao longo dos anos. Trata-se de espaos que foram se formando na juno das cenas classificadas. Este um problema comum neste tipo de anli-se, pois o registro da mesma cena a cada ano no coincidente, gerando assim pequenos deslocamentos. Quando os anos so soma-dos aparecem s lacunas devido s diferenas de registro entre os anos. Contudo, estes problemas foram identificados e corrigidos no ano de 2010 e consequentemente, refletir, para 2011, um acrscimo na rea total desmatada.
Em 2011, utilizou-se o sensor TM do satlite Landsat 5, do ano de 2011, por meio dos sites do INPE e USGS, nos seguintes endereos da WEB: dgi.inpe.br/CDSR e landsat. usgs. gov, respectivamente.
Foi efetuado o download de 12 imagens das 15 rbitas/ponto que cobrem o Estado do Acre (Figura 3), pois para este ano duas cenas, referentes a rbita 5, s tiveram imageamentos com grande percentual de nuvens, no sendo possvel classificar tais imagens. Neste processo buscou-se obter imagens com menor cobertura de nuvens e com data de aquisio mais prxima possvel da data de referncia (1 de agosto), para o clculo de taxa de desmatamento.
FIGURA 3. CENAS (RBITA/PONTO) DE LANDSAT 5TM QUE COBREM O ESTADO DO ACRE.
6/65 5/65 4/65
6/66 5/66 4/65
5/67 4/67
3/65
3/67
2/65
2/67 1/67
3/68 2/68
300Km150750
19
Para iniciar o tratamento, inicialmente realizou-se a aplicao do filtro HAZE, algoritmo desenvolvido por Carlotto (1999) que tem por objetivo melhorar a visibilidade das feies nas imagens com efeito de neblina e fumaa e foi executado no ambiente ENVI/IDL.
O tratamento das imagens foi realizado para ajustar o realce, eliminar rudos e fazer a correo de interferncias atmosfricas. Inicialmente realizou-se o ajuste do realce no aplicativo software ENVI verso 4.6, e por fim, foi realizada a filtragem para correo atmosfrica, utilizando o filtro HAZE.
Para a correo geomtrica foram utilizadas como referncia as imagens GeoCover 2000 (https://zulu.ssc.nasa.gov/mrsid/). As ima-gens deste mosaico so disponibilizadas ortorretificadas e georrefe-renciadas, com resoluo de 30m de pixel, apresentando compatibili-dade com a resoluo das imagens a serem classificadas.
Nesta etapa de registro foram identificadas as coordenadas da imagem base de vrios pontos claramente identificveis (pontos de controle no terreno) e a coincidncia com as suas posies na imagem registro.
Foi realizado o agrupamento das bandas no software ENVI + IDL 4.6 e o registro foi realizado com o software ERDAS IMAGINE 9.1, considerando uma coleta de pontos no inferior a 20 e o mto-do de reamostragem adotado foi o vizinho mais prximo com erro (RMS) menor que 1 pixel para a imagem Landsat.
O processamento das imagens iniciou-se com a segmentao considerando o agrupamento das bandas nos canais R(5), G(4) e B(3). Esta composio est associada s respostas espectrais para eviden-ciar os padres de floresta e no floresta nas imagens.
A segmentao da imagem, etapa realizada no ENVI Zoom 4.6, foi realizada a partir da identificao de objetos usando um nvel de escala; juno de alvos prximos por nvel de agrupamen-to; entrada de dados e definio de composio das bandas (pas-sando a vegetao para o canal R vermelho: a banda 4);
Foi realizada uma classificao supervisionada, onde se definiu amostras de treinamento para o classificador. O algoritmo definido foi o SVM (Support Vector Machine) e Kernel tipo Sigmoid, e as categori-as das amostras de treinamento foram: Desmate, Floresta, gua, Nuvem e Sombra. Na coleta das amostras distribuiu-se as mesmas por toda imagem mantendo-se a representatividade das diferentes cate-gorias a serem classificadas. Com as amostras coletadas realizou-se a classificao, e quando essas no se mostraram satisfatrias, os pas-sos anteriores foram repetidos com novos parmetros e novas amos-tras e, quando a classificao mostrou-se satisfatria, realizou-se a edio matricial.
29
FIGURA 4. CENAS (RBITA/PONTO) DO SATLITE IRS-P6, DO SENSOR LISS-III QUE RECOBREM O ESTADO.
A edio matricial foi realizada no aplicativo IDL (Interactive Data Language) do software ENVI verso 4.6. Esta edio consistiu em inspeo visual e edio manual da imagem classificada, objeti-vando corrigir pequenos erros e confuses no processo de classifi-cao digital.
Adicionalmente foi realizada a limpeza da classe desmate em polgonos menores que 0,54 hectares ou 6 pixels, que configurou a rea mnima mapevel. Ao final da edio, os dados raster foram transformados em vetores.
Para o ano base 2012 as imagens utilizadas foram do sensor LISS-III - Linear Imaging Self-Scanner do satlite IRS-P6 ou RESOURCESAT-1, disponibilizadas gratuitamente no site do INPE, endereo da WEB: http://www.dgi.inpe.br/CDSR.
Foi efetuado o download de 18 imagens das 08 rbi-tas/ponto, do total de 20 imagens, que cobrem o Estado do Acre (Figura 4), pois duas imagens, referentes rbita 305, no foi pos-svel classific-las, por haver muita nuvem em todos os imageamen-tos disponveis para este ano. Neste processo buscou-se obter ima-gens com menor cobertura de nuvens e com data de aquisio mais prxima possvel de agosto que o ms de referncia para o clcu-lo da taxa de desflorestamento no Estado.
309/83
309/84
308/83
308/84
307/83
307/84
306/83
306/84
307/82306/82
305/83
305/82
304/83
304/82
303/83
303/82
304/81303/81
302/82
302/81
300Km150750
21
As imagens do sensor LISS-III, possuem 4 bandas, com resolu-o espacial de 23,5 metros; Temporal de 24 dias e Radiomtrica de 7 bits . Diferente do Sensor TM5, que possuem 7 bandas com resoluo espacial de 30 metros, Temporal de 16 dias e Radiomtrica de 8 bits.
Como o histrico do desmatamento foi todo construdo com base nas imagens Landsat, antes de iniciar a classificao das cenas foi necessrio fazer ajustes com as imagens do sensor LISS-III, que neste caso foi a reamostragem de pixels.
Realizou-se o agrupamento das bandas e realizado o realce. O passo seguinte foi reamostrar o pixel de todas as cenas de 23,5 metros para 30 metros, para iniciar o procedimento de tratamento das mes-mas conforme os anos anteriores com o Landsat TM5. Como ainda no foi criado um filtro de HAZE especfico para o sensor LISS-III, com o objetivo de melhorar a visibilidade das feies nas imagens com efei-to de neblina e fumaa, essa etapa foi suprimida da metodologia.
Todo o restante da metodologia foi realizado conforme o pro-cesso utilizado para classificao do desmatamento do ano de 2011, permitindo manter a integridade dos resultados em termos de unida-de mnima de mapeamento.
22
RESULTADOSUNIDADE CENTRAL DE GEOPROCESSAMENTO ESENSORIAMENTO REMOTO
3.
O Plano Nacional de Mudanas Climticas PNMC (BRASIL, 2008) estabelece uma linha de base de emisses a partir dos dados de desmatamento e uma meta at 2020 para quantificar as emisses evitadas pelo desmatamento no pas. Esta linha de base e meta de re-duo fazem parte do compromisso brasileiro de reduo de suas emisses de CO decorrentes do desmatamento.2
O PNMC foi atualizado em 2009 utilizando uma meta de redu-o de 42% a cada perodo de compromisso (1 perodo de 2006-2010, 2 perodo de 2011 2015 e 3 perodo de 2016 2020), usando como primeiro patamar de reduo a linha de base estabelecida a par-tir da mdia de desmatamento de 1996 a 2005.
Considerando estas mesmas mdias utilizando os dados gera-dos pela UCEGEO obtm-se uma mdia de 1996-2005 de 75.279 hec-tares. Observa-se que os anos de 2011 e 2012 esto abaixo desta linha de base e se constituem nos menores valores j detectados na srie histrica (Figura 5).
FIGURA 5. HISTRICO DO DESMATAMENTO NO ESTADO DO ACRE (REA MNIMA MAPEVEL).
DESMATAMENTO
(ha)
1989
1994
1999
2004
2009
2008
2007
2006
2003
2002
2001
1998
1997
1996
1993
1992
1991
1990
1995
2000
2005
2010
2011
2012
80.060.040.020.0 0.0(ANOS)
No
per
od
o a
nalis
ado
res
salta
m-s
e os
val
ores
enc
ontr
ados
em
20
05
e
2010
que
coi
ncid
em c
om o
s an
os d
as s
ecas
mai
s se
vera
s d
o p
ero
do.
24
Os dados do incremento de desmatamento no ano de 2011 para o estado do Acre representaram um total de 30.979 hectares, equivalendo 0,2 % do territrio acreano.
Comparando os dados do desmatamento 2011 com os dados de 2010 para o Acre, verifica-se que houve reduo de 62% de incre-mento e neste ano se obteve a menor taxa anual de desmate no esta-do, ao longo dos 24 anos de monitoramento.
Em 2011, os desmatamentos concentraram-se no sudeste acrea-no, ao redor dos ncleos urbanos e ao longo das redes hidro e rodo-viria do estado, com destaque para as BRs 364 e 317 (Figura 6).
No ano de 2011, os dados confirmaram a tendncia da reduo dos grandes desmatamentos (ACRE, 2006), uma vez que a maioria dos desmatamentos foi de pequenas reas (polgonos), reflexo do manejo tradicional dos recursos naturais, atravs da derruba e quei-ma. Nestas reas realiza-se uma broca de pequena rea de floresta, quase que anualmente, para a produo de culturas anuais.
Os resultados da classificao do incremento de desmatamen-to do ano de 2011 no Acre, revelaram que 88,3% dos desmatamentos foram realizados em reas menores que 3 ha que correspondem a 61,2 % da rea total desmatada no perodo (Tabela 1).
Foram 15.656 polgonos que correspondem a uma rea de 18.972,5 hectares com uma rea mdia de 1,2 hectares. Apenas 0,01 % dos polgonos foram maiores de 60 hectares o que correspondeu a um nico polgono com 75,5 hectares.
DESMATAMENTO0112
25
FIGURA 6. DISTRIBUIO DO INCREMENTO DO DESMATAMENTO DO ANO DE 2011 NO ESTADO DO ACRE.
300Km150750
TABELA 1. INCREMENTO DE DESMATAMENTO DO ANO DE 2011, NO ESTADO DO ACRE, POR TAMANHO DE POLGONO.
Intervalo de tamanhos de polgonos de desmatamento
0,54 a 3 3,1 a 6 6,1 a 10 10,1 a 60 60,1 a 200 > 200
QUANT.
(ha)
(%)
(%)
Total
15.656 1.524 358 196 1 0
88,3 8,6 2,0 1,1 0,01 0
18.972,5 6.142,4 2.693,7 3.090,5 75,5 0
61,2 19,9 8,7 10,0 0,2 0
100
17.735
30.974,6
100
26
Com base nos dados do incremento de desmatamento no ano de 2011, por municpio do estado do Acre, verifica-se que em termos de rea total desmatada, o municpio de Sena Madureira foi o que mais converteu suas florestas alcanando uma rea de 5.088,7 ha, seguido de Rio Branco (2.962,3 ha), Feij (2.894,3 ha) e Brasilia com mais de 2.800 ha desmatados (Figura 7).
Desmatamento
FIGURA 7. INCREMENTO DE DESMATAMENTO (HA) DO ANO DE 2011 POR MUNICPIO DO ESTADO DO ACRE.
5.088,7
2.962,3
2.894,3
2.850,7
2.170,0
1.977,0
1.627,7
1.615,0
1.428,6
1.249,4
1.247,0
1.153,0
1.113,5
1.017,1
849,5
761,4
495,8
400,7
47,8
29,1
MU
NI
C
PI
OS
4.0002.000(ha) 0,0
Sena Madureira
Rio Branco
Feij
Brasilia
Epitaciolndia
Tarauac
Acrelndia
Xapuri
Capixaba
Plcido de Castro
Porto Acre
Assis Brasil
Manuel Urbano
Bujari
Senador Guiomard
Mncio Lima
Santa Rosa do Purus
Jordo
Cruzeiro do Sul
Rodrigues Alves
27
Em razo da diferena territorial entre os municpios importan-te realizar uma anlise da taxa de converso anual. Os dados revelam que doze municpios tem uma taxa de desmatamento maior do que a taxa estadual. O municpio de Epitaciolndia foi o municpio com a maior taxa anual de desmatamento (1,3%), seguido de Acrelndia (0,9 %) e Capixaba (0,8 %), localizados no sudeste acreano (Figura 8).
FIGURA 8. TAXA DO INCREMENTO DE DESMATAMENTO DO ANO DE 2011 POR MUNICPIO DO ESTADO DO ACRE.
Desmatamento
0,5 1,0
Epitaciolndia
Acrelndia
Capixaba
Brasilia
Plcido de Castro
Senador Guiomard
Sena Madureira
Mncio Lima
Manuel Urbano
Santa Rosa do Purus
Rodrigues Alves
Cruzeiro do Sul
Porto Acre
Rio Branco
Bujari
Xapuri
Assis Brasil
Feij
Tarauac
Jordo
MU
NI
C
PI
OS
(%) 0
1,3
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,3
0,3
0,2
0,2
0,1
0,1
0,1
0,1
0,1
0,1
0,0
0,0
28
Analisando o avano da converso florestal no Acre observa-se que o Arco do desmatamento concentra-se no eixo dos municpios de Sena Madureira e Assis Brasil. Vale salientar que Epitaciolndia, Capi-xaba e Acrelndia j so municpios que possuem alta taxa de conver-so total e continuam com elevada progresso no processo de con-verso de suas florestas (Figura 9). Todos os municpios deste eixo tm taxa de desmatamento maior que a taxa estadual.
No Acre, a agricultura familiar consiste no processo de derruba e queima realizada de forma anual (ARAJO et al., 2011). Este sistema predomina em projetos de assentamento do INCRA, e estes so res-ponsveis por uma mdia de 40% de desmatamento anual no Estado do Acre (ACRE, 2011). Essas atividades enfatizam o baixo nvel tecno-lgico do sistema de manejo praticado pelos agricultores, em que novas reas de floresta so abertas em substituio a reas abandona-das, que se encontram com baixa produtividade, depois de 3 a 6 anos de cultivo agrcola.
Os dados do incremento de desmatamento no ano de 2011 do Acre, nas reas dos Projetos de Assentamento foram 11.095,7 hectares, correspondendo a 35,8% de todo o desmatamento do ano no estado.
O Projeto de Assentamento que mais contribuiu para o desma-tamento em 2011 no Acre foi o Projeto de Assentamento Dirigido Pedro Peixoto (PAD Pedro Peixoto) (2.093,7 ha), tendo mais que o dobro de desmate que o segundo PA mais desmatado neste ano, seguido do Projeto de Assentamento Extrativista (PAE) Santa Quit-ria, PAD Quixad, PAE Remanso e PAD Boa Esperana, todos com mais de 500 ha desmatados em 2011 (Figura 10). Neste caso preocupa o desmatamento nos dois Projetos de assentamento extrativistas em funo da sua forma de uso principal que a do extrativismo.
29
FIGURA 9. DISTRIBUIO DA TAXA DO INCREMENTO DE DESMATAMENTO DO ANO DE 2011, POR MUNICPIO DO
ESTADO DO ACRE.
FIGURA 10. INCREMENTO DE DESMATAMENTO (HA) DO ANO DE 2011, POR PROJETO DE ASSENTAMENTO (10 MAIS
DESMATADOS) DO ESTADO DO ACRE.
PR
OJE
TO
DE
AS
SE
NTA
ME
NTO
PAD Pedro Peixoto
PAE Santa Quitria
PAD Quixad
PAE Remanso
PAD Boa Esperana
PAF Providncia Capital
PAF Valncia
PAR Mrio Lobo
PA Alcobrs
PA S. Joo do Balanceio
Desmatamento
1,0000 2,000
863,7
2.093,7
677,3
649,9
645,0
433,7
238,5
231,4
231,0
227,3
300Km150750
0,0 - 0,1
0,1 - 0,2
0,2 - 0,4
0,4 - 0,6
0,6 - 1,0
1,0 - 1,6
(ha)
30
2.242,2
322,0
193,1
176,9
133,9
122,6
99,9
73,6
69,1
55,4
10,9
3,6
2,2
0,1
O desenvolvimento de uma poltica voltada para apoiar a pro-duo sustentvel a partir de 1999, em conjunto com o cenrio ambi-ental, geraram condies favorveis reduo do desmatamento. A criao e gesto das Unidades de Conservao (UCs) uma das aes para contribuir com a reduo do desmatamento, visto que, aproximadamente 31% da rea total do Estado est protegida em forma de Unidades de Proteo Integral (9,5% do territrio acreano) e Uso Sustentvel (21,5% do territrio acreano) (ACRE, 2011).
Os resultados do incremento de desmatamento do ano de 2011, no Acre, mostraram que nas UCs foram desmatados 3.505,7 hectares, correspondendo a 11,3% de todo o desmatamento do ano. A unidade que mais contribuiu para o desmatamento em 2011 foi a RESEX Chico Mendes, responsvel por 64 % da rea desmatada em unidades de conservao com um total de 2.242 ha desmatados. A segunda mais desmatada foi a RESEX Cazumb-Iracema (322 ha), seguida pela PARNA Serra do Divisor (193,1 ha), FLOES Antimary (176,9 ha) e APA do So Francisco (133,2 ha) (Figura 11).
Resex Chico Mendes
Resex Cazumb Iracema
Parque da Serra do Divisor
Floresta Antimary
APA So Francisco
Resex Alto Tarauauc
Floresta Sta. Rosa do Purus
Floresta Rio Gregrio
ARIE Ser. Nova Esperana
Floresta do Mogno
Floresta Maracan
Floresta So Francisco
Parque Chandless
Floresta Rio Liberdade
Desmatamento
2.0OO1.0OO0
Figura 11. Incremento de desmatamento (ha) do ano de 2011, por Unidade de Conservao do estado do Acre.
UN
IDA
DE
S D
E C
ON
SE
RV
A
O
(ha)
31
O estado do Acre possui 35 Terras Indgenas (TIs) reconhecidas pelo governo federal, com extenso agregada de 2.415.644 ha, represen-tando 14,6% do territrio acreano sendo que, a maior parte delas j regula-rizadas e com efetivo reconhecimento incontestvel da situao fundiria da rea reivindicada (ACRE, 2006).
Neste sentido, habitam no territrio acreano 15 povos indgenas, pertencentes a trs famlias lingsticas (Pano, Aruak e Arawa), totalizando uma populao de aproximadamente 15.000 ndios. Atualmente, represen-tam cerca de 2% da populao do estado do Acre (ACRE, 2006).
Os dados referentes ao incremento de desmatamento do ano de 2011, no Estado do Acre, mostraram que nas Terras Indgenas foram des-matados 855,8 hectares, representando 2,8 % dos desmates ocorridos em 2011. A Terra indgena mais desmatada em 2011 foi a Kaxinawa do Seringal Curralinho, seguida das TIs Nawa e Alto Rio Purus, todas com mais de 100 ha desmatados (Figura 12).
TE
RR
AS
IN
DG
EN
AS Kaxinawa do Serin. Curralinho
Nawa
Alto do Rio Purus
Nukini
Mamoadate
Cabeceira do Rio Acre
Kaxinawa do Rio Humait
Manchineri do Serin. Guanabara
Katukina / Kaxinawa
Rio Gregrio
Kulina do Rio Envira
Igarap do Gacho
Kaxinawa Nova Olinda
Kampa Isolados do Rio Envira
Kaxinawa da Praia do Carapan
Jaminawa Envira
Kaxinawa do Serin. Independ.
Jaminawa do Rio Caete
Kaxinawa do Baixo Rio Jordo
Kulina do Igarap do Pau
Kampa do Igarap Primavera
100 200
210,3
151,7
100,5
82,9
81,0
49,4
21,0
17,5
16,2
15,7
15,1
14,2
14,1
13,2
12,6
11,2
10,6
7,9
4,5
3,8
2,5
0
Desmatamento
FIGURA 12. INCREMENTO DE DESMATAMENTO (HA) DO ANO DE 2011 POR TERRA INDGENA
DO ESTADO DO ACRE.
(ha)
32
No ano de 2012, os dados do incremento de desmatamento para o estado do Acre demonstram um total de 36.751,3 hectares, equivalendo 0,2 % do territrio acreano.
Comparando os dados do desmatamento 2012 com os dados de 2011, verifica-se que houve um incremento de 5.772,7 hectares, ou seja, em 2012 o desmatamento foi 18,6% maior que o ano de 2011. Esse aumento deve-se, entre outros fatores, ao fato de que no ano 2011, no foram classificadas as cenas da rbita 5, por haver muitas nuvens nas cenas disponibilizadas, o que impli-ca em incluso destes polgonos na contabilidade de 2012.
Em 2012, a dinmica do desmatamento foi equivalente a 2011, os desmatamentos concentram-se no sudeste acreano, ao redor dos ncleos urbanos e ao longo das redes hidro e rodovi-ria do Estado, com destaque para as rodovias federais, BR 364 e BR 317 (Figura 13).
Os resultados da classificao do incremento de desmata-mento do ano de 2012 no Acre, revelam que 80,3% dos desmata-mentos ocorreram em reas menores que 3 hectares, alm de que 93,5% de toda rea desmatada ocorreu em polgonos meno-res que 6 hectares (Tabela 2).
DESMATAMENTO
0122
33
FIGURA 13. DISTRIBUIO DO INCREMENTO DO DESMATAMENTO DO ANO DE 2012 NO ESTADO DO ACRE.
Intervalo de tamanhos de polgonos de desmatamento
TABELA 2. INCREMENTO DE DESMATAMENTO DO ANO DE 2012, NO ESTADO DO ACRE, POR TAMANHO DE POLGONO.
0,54 a 3 3,1 a 6 6,1 a 10 10,1 a 60 60,1 a 200 > 200
QUANT.
(ha)
(%)
12.870 2.119 678 365 4 0
80,3 13,2 4,2 2,3 0,02 0
16.984,6 8.522,3 4.974,8 5.958,5 311,2 0
46,2 23,2 13,5 16,2 0,8 0
300Km150750
(%)
Total
16.036
100
36.751,31
100
34
Ao verificar os dados do incremento de desmatamento no ano de 2012, por municpio do estado do Acre, nota-se que em termos de rea total desmatada, o municpio de Sena Madureira foi o mais atingido, totalizando uma rea de 5.672 hectares, seguido de Manuel Urbano e Feij (Figura 14). Neste caso, para 2012 h uma tendncia do deslocamento da frente de desmatamento para a fronteira da BR 364 no trecho Sena Madureira-Feij.
MU
NIC
PIO
S
Desmatamento
4.0002.0000
FIGURA 14: DISTRIBUIO DO DESMATAMENTO NOS MUNICPIOS DO ESTADO DO ACRE, NO ANO DE 2012.
5.672,0
4.685,7
4.267,3
2.888,8
2.563,8
2.362,2
1.824,5
1.338,9
1.320,9
1.201,4
1.161,2
1.088,6
927,8
885,8
813,5
696,9
683,8
658,0
587,0
506,1
346,9
346,9
Sena Madureira
Manuel Urbano
Feij
Acrelndia
Plcido de Castro
Rio Branco
Cruzeiro do Sul
Capixaba
Porto Walter
Tarauac
Xapuri
Porto Acre
Rodrigues Alves
Mal. Thaumaturgo
Bujari
Senador Guiomard
Brasilia
Epitaciolndia
Sta. Rosa do Purus
Mncio Lima
Jordo
Assis Brasil
(ha)
35
Em termos percentuais, o municpio do estado que obteve maior taxa de supresso total de sua vegetao foi Acrelndia com 1,6% de rea desmatada, seguido de Plcido de Castro (1,32%) e Capi-xaba (0,79%), localizados na regional do Baixo Acre (Figura 15).
Ob
s:
Va
le s
ali
en
tar
qu
e,
de
vid
o a
fa
lha
na
co
be
rtu
ra d
as
im
ag
en
s d
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at
lite
La
nd
sa
t
rbit
a 5
, n
o
fo
ram
re
gis
tra
do
s v
alo
res
de
de
sm
ata
me
nto
pa
ra o
s m
un
icp
ios
de
Po
rto
Wa
lte
r e
Ma
rec
ha
l T
ha
um
atu
rgo
.
FIGURA 15. DISTRIBUIO PERCENTUAL DA TAXA DE DESMATAMENTO NOS MUNICPIOS ACREANOS NO ANO DE 2012.
Desmatamento
(%) 0 1,0
MU
NIC
PIO
S 1,6
1,3
0,8
0,4
0,4
0,4
0,4
0,3
0,3
0,3
0,2
0,2
0,2
0,2
0,2
0,2
0,1
0,1
0,1
0,1
0,1
Acrelndia
Plcido de Castro
Capixaba
Manuel Urbano
Porto Acre
Senador Guiomard
Xapuri
Cruzeiro do Sul
Porto Walter
Mal. Thaumaturgo
Mncio Lima
Jordo
Epitaciolnda
Rodrigues Alves
Bujari
Rio Branco
Sena Madureira
Brasilia
Feij
Sta Rosa do Purus
Tarauac
36
No ano de 2012 h uma mudana no padro espacial e na tendncia do avano da converso, uma vez que os munic-pios de Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves e Porto Walter apresen-taram uma taxa maior que a taxa estadual (Figura 16).
Os Projetos de Assentamentos apresentaram dinmica semelhante observada em 2011. Analisando os dados do incre-mento de desmatamento no ano de 2012 do Acre, verificou-se que nas reas dos Projetos de Assentamento foram desmatados 14.480,7 hectares, correspondendo a 39,5 % de todo o desmata-mento do ano no Estado.
O Projeto de Assentamento que mais contribuiu para o incremento do desmatamento em 2012 no Acre, assim como em 2011, foi o PAD Pedro Peixoto, tendo desmatado trs vezes mais que o segundo projeto mais desmatado, com um total de 3.503,2 hectares (Figura 17).
37
FIGURA 17. QUANTIDADE DE REAS DESMATADAS EM HECTARES NOS PROJETOS DE ASSENTAMENTOS MAIS
CORTE NO ANO DE 2012
PR
OJE
TO
D
E A
SS
EN
TA
ME
NTO
Pedro Peixoto
Boa Esperana
Berlim Recreio
Orion
Remanso
Liberdade
Nazar
Porto Dias
Porto Luiz I
Santa Lucia
(ha) 1,0000 2,000 3,000
672,1
619,6
592,8
482,9
471,0
441,2
406,7
406,5
1.006,1
3.503,2
FIGURA 16. DISTRIBUIO PERCENTUAL DA TAXA DE DESMATAMENTO NOS MUNICPIOS
ACREANOS NO ANO DE 2012.
0,0 - 0,1
0,1 - 0,2
0,2 - 0,4
0,4 - 0,6
0,6 - 1,0
1,0 - 1,6
Desmatamento
38
FIGURA 18. DISTRIBUIO DO DESMATAMENTO EM HECTARES DENTRO DAS UCS, EM 2012 NO
ESTADO DO ACRE.
Os resultados do incremento de desmatamento do ano de 2012, no Acre, mostraram que nas Unidades de Conservao do estado foram desmatados 3.753,6 hectares, correspondendo a 10,2% de todo o desmatamento do ano.
No Acr, a Unidade de Conservao que mais contribuiu para o desmatamento em 2012 foi a RESEX Chico Mendes, com 1.059,34 hectares, a segunda mais desmatada foi a RESEX Alto Juru e terceira a RESEX Cazumb Iracema (Figura 18
Desmatamento
1.00.50
Resex Chico Mendes
Resex Alto Juru
Resex Cazumb-Iracema
Parq. Nac. Serra do Divisor
Resex Riozinho da Liberdade
Floresta do Mogno
Arie Seringal Nova Esperana
Floresta Antymari
Floresta Rio Liberdade
Floresta So Francisco
Resex Alto Tarauac
Floresta Rio Gregrio
Parque Est. Chandless
Floresta St.a Rosa do Purus
Parque
Arie Jappin Pentecostes
Parq. Urb. de Plc. de Castro
1.059,3
651,9
583,2
335,5
287,6
204,0
138,8
117,4
97,3
80,4
64,7
57,3
40,9
32,3
0,8
1,0
1,1
(ha)
UN
IDA
DE
S D
EC
ON
SE
RV
A
O
39
FIGURA 19. ESPACIALIZAO DO DESMATAMENTO EM HECTARES DENTRO DAS TERRAS
INDGENAS ACRE. - 2012
Nas Terras Indgenas foram desmatados 634,4 hectares, valor inferior ao de 2011 que foram 855,75 hectares, com uma dife-rena de 221,33 hectares, ou seja, 25,9% de reduo. A Terra Ind-gena Alto Rio Purus foi a mais desmatada em 2012, com 334,1 hec-tares seguidos das TIs, Kaxinawa do Rio Jordo e Arara do Igara-p Preto. (Figura 19).
334,1
72,8
38,5
27,9
23,3
23,0
22,8
18,9
15,5
13,4
10,2
9,3
8,9
5,6
5,3
3,5
1,5
Desmatamento
0 100 300
TE
RR
AS
IN
DG
EN
AS
(ha)
Alto do Rio Purus
kaxinawa - Rio Jordo
Arara do IgarapeHumait
Kampa do Rio Amnia
Nawa
Campinas Katukina
Kaxinawa Baixo Rio Jordo
Jaminawa do Rio Caet
Arara do Rio Amnia
Jaminawa Arara do Rio Bag
Nukina
Jaminawa do Igarap Preto
Poyanawa
Kaxinawa do Ser. Independncia
Kaxinawa da Praia do Carapan
Kaxinawa do Rio Humait
Cabeceira do Rio Acre
40
CONCLUSESUNIDADE CENTRAL DE GEOPROCESSAMENTO ESENSORIAMENTO REMOTO
4.
A metodologia de classificao do histrico do desmatamento, elaborada e aplicada pela UCEGEO, mostra-se consolidada e permite uma anlise eficiente do desmatamento em uma escala compatvel com as demandas fundirias locais.
O incremento de desmatamento em 2011 para o Acre foi o menor ao longo dos 24 anos de monitoramento, confirmando a tendncia de reduo dos desmates nos ltimos anos, com nfase para o ltimo qinqnio, tendo em vista as correes aplicadas em 2010, que acumularam um incremento nos dados finais nmeros. O incremento do desmatamento em 2012 para o Acre foi de 5.693,4 hectares em relao ao ano de 2011, esse valor representa 18,4%.
Em 2011 e 2012, a grande maioria dos desmatamentos foi realizado em pequenas reas. Esse processo confirma o padro de desmates pequenos, reflexo do manejo tradicional dos recursos naturais, realizado principalmente, por produtores familiares do Acre.
Os municpios das regionais do Alto e Baixo Acre, apresentaram as maiores taxas de desmatamento em 2011, confirmando a grande presso sobre os recursos na bacia hidrogrfica do rio Acre, principal manancial de abastecimento pblico da capital acreana. Em 2012 houve uma tendncia de incremento na regio do Juru, principalmente nos municpios de Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves e Mncio Lima.
C O N C L U S E S4.
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5. B
IBLI
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RA
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