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FACULDADE DE SAÚDE TECSOMA CURSO DE ENFERMAGEM Avaliação do Nível de Conhecimento dos Trabalhadores de Enfermagem do Hospital Municipal de Paracatu MG acerca dos Riscos Ocupacionais Carolina Carvalho Fiuza PARACATU 2010

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FACULDADE DE SAÚDE TECSOMA

CURSO DE ENFERMAGEM

Avaliação do Nível de Conhecimento dos Trabalhadores de Enfermagem do Hospital Municipal de Paracatu – MG acerca dos

Riscos Ocupacionais

Carolina Carvalho Fiuza

PARACATU

2010

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CAROLINA CARVALHO FIUZA

Avaliação do Nível de Conhecimento dos Trabalhadores de Enfermagem do Hospital Municipal de Paracatu – MG acerca dos

Riscos Ocupacionais

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à disciplina TCC II, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Enfermagem, da Faculdade Tecsoma. Orientado metodológico: Geraldo Benedito Batista Oliveira. Orientadora temática: Carolina Silveira de Souza.

PARACATU 2010

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Fiuza, Carolina Carvalho, 1987. Avaliação do nível de conhecimento dos trabalhadores de enfermagem do Hospital Municipal de Paracatu – MG acerca dos riscos ocupacionais. / Carolina Carvalho Fiuza. Paracatu - Minas Gerais: Faculdade TECSOMA - FATEC, 2010. 60f. Orientadora: Carolina Silveira de Souza. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação). Faculdade Tecsoma, Curso de Enfermagem. 1. Enfermagem. 2. Riscos ocupacionais. 3. Saúde ocupacional. I Souza, Carolina Silveira de. II Faculdade Tecsoma. III Título.

CDU: 616.057

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Carolina Carvalho Fiuza

Avaliação do Nível de Conhecimento dos Trabalhadores de

Enfermagem do Hospital Municipal de Paracatu – MG acerca dos Riscos Ocupacionais

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à disciplina Metodologia da Pesquisa Científica como requisito parcial à obtenção do título de bacharel em enfermagem da Faculdade Tecsoma – Paracatu Minas Gerais.

________________________________________________

Carolina Silveira de Souza (Orientadora Temática) - FATEC

________________________________________________

Geraldo Benedito Batista (Orientador metodológico) - FATEC

Paracatu, 21 de junho de 2010

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Dedico este trabalho e minha formação a meus pais, Galba Lino

Fiuza e Lourdes Barreto de Carvalho, por depositarem em mim

confiança e incentivo. Aos meus irmãos, Galba Lino Fiuza Filho e

Frederico Antunes Fiuza pelo carinho e compreensão. Ao meu

amor, Heitor Joaquim de Oliveira, pelo incentivo e por estar ao

meu lado nesta caminhada. À minha professora e orientadora,

Carolina Silveira de Souza, pela paciência, atenção e

disponibilidade. Aos demais colegas por cada momento juntos de

aprendizado e de troca de experiências.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço à Deus por me guiar, iluminar, proteger e por me dar forças e

sabedoria para nunca desistir.

Aos meus pais, Galba e Lourdes, que contribuíram para esta construção com

muito empenho e dedicação.

Ao meu irmão Fred pela compreensão e por me acolher e fortalecer nos

momentos difíceis.

Ao meu namorado e companheiro Heitor, que sempre esteve ao meu lado,

construindo juntos nosso futuro e nossa história.

À minha amiga, orientadora e Professora Carolina Silveira de Souza, que

tornou possível a realização deste trabalho e que será para sempre um exemplo a

seguir em minha vida.

Ao orientador metodológico, Geraldo Benedito Batista de Oliveira, pela

paciência e disponibilidade em ajudar.

À equipe de Enfermagem, do Hospital Municipal de Paracatu, sujeitos da

pesquisa, pela valiosa contribuição ao responder aos questionários.

Ao meu colega Alan Almeida de Freitas, “amigo pra toda obra”, pelo incentivo,

disponibilidade, atenção e por ajudar a clarear minhas idéias, quando pensava que

já haviam se esgotado e pela troca de experiências e conhecimentos.

Às minhas amigas, em especial Isabela Borges, Kamila Cunha, Nathália

Guimarães e Ludmilla Oliveira pela troca de experiências e por estarem sempre

presentes nos momentos difíceis, nesta fase de minha vida, e também nos

momentos de felicidades, de crescimento pessoal e profissional.

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“O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer.”

Page 8: Avaliação do Nível de Conhecimento dos Trabalhadores de … CAROL PRONTO.pdf · apresentado à disciplina TCC II, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel

Albert Einstein

RESUMO

O trabalho em unidades hospitalares exige dos profissionais o máximo de atenção,

capacitação e precauções devido aos riscos ocupacionais aos quais estão expostos.

Dos profissionais susceptíveis aos riscos ambientais, físicos, químicos, biológicos,

ergonômicos e de acidentes, existentes no ambiente de trabalho, a enfermagem

(enfermeiros, técnicos e auxiliares) destaca-se como o mais afetado pelos acidentes

do trabalho, apresentando alguns problemas de saúde inerentes à função que

desempenham diariamente. Buscando conhecer as estratégias de prevenção e o

nível de conhecimento dos trabalhadores de enfermagem sobre os riscos

ocupacionais aos quais estão expostos, no Hospital Municipal de Paracatu – MG, foi

realizado um estudo quanti-qualitativo, descritivo, transversal e não-experimental,

considerando todas as unidades do hospital, compreendendo uma população total

de 137 trabalhadores de enfermagem (enfermeiros, técnicos e auxiliares). Realizou-

se entrevistas, no mês de Abril e Maio de 2010, com a abordagem dos profissionais

dentro da referida instituição, durante o seu período de trabalho. Os resultados

mostram que os enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem do Hospital

Municipal de Paracatu têm pouco conhecimento a respeito dos riscos ocupacionais.

Sendo assim, o estudo sugere a adoção de programas de segurança e saúde no

trabalho e aplicação de medidas consistentes e sustentáveis que garantam o

conhecimento, o bem estar e qualidade de vida dos trabalhadores, já que as normas

se encontram plenamente regulamentadas.

Palavras chave: Enfermagem. Riscos ocupacionais. Saúde ocupacional.

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ABSTRACT

Work in hospitals requires professionals the most attention, accreditation, and

precautions due to occupational risks to which they are exposed. Professionals likely

to environmental risks, physical, chemical, biological, ergonomic and accidents,

existing on the desktop, nursing (nurses, technicians and assistants) stands as the

most affected by accidents at work, featuring some health problems inherent in the

role play daily. Looking for known prevention strategies and the level of knowledge of

workers nursing about occupational risks to which they are exposed in hospital

municipal de Paracatu – MG, was a study following-qualitative, descriptive,

transversal and non-experimental, whereas all hospital units, comprising a total

population of 137 nursing workers (nurses, technicians and assistants). Interviews

took place in April and may 2010, with the approach of professionals within the said

institution, during the period of its work. The results show that nurses, technicians

and nurses at the hospital municipal de Paracatu have little knowledge of

occupational risks. Thus, the study suggests the adoption of programmes of safety

and health at work and applying consistent and sustainable measures that ensure

knowledge, well-being and quality of life of workers, since the rules are fully

regulated.

Keywords: Nursing. Occupational Risks. Occupational health.

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 Profissionais por categoria, COFEN, 2010 ............................................. 23

GRÁFICO 2 Profissionais por categoria, COREN, 2010 ............................................. 24

GRÁFICO 3 Profissionais do HMP – MG por categoria, Paracatu – MG, Mar./Abr.,

2010 ............................................................................................................................ 24

GRÁFICO 4 Profissionais de enfermagem quanto ao gênero, Paracatu – MG,

Mar./Abr., 2010 ............................................................................................................ 34

GRÁFICO 5 Tempo de trabalho na instituição, Paracatu – MG, Mar./Abr., 2010 ....... 35

GRÁFICO 6 Total de profissionais do HMP e o total de profissionais da equipe de

enfermagem, Paracatu – MG, Mar./Abr., 2010 ............................................................ 36

GRÁFICO 7 Profissionais que responderam aos questionários, Paracatu – MG,

Mar./Abr., 2010 ............................................................................................................ 37

GRÁFICO 8 Treinamentos oferecidos pela instituição, segundo a resposta dos

profissionais, Paracatu – MG, Mar./Abr., 2010. ........................................................... 44

GRÁFICO 9 Profissionais que já ouviram falar sobre a NR32, Paracatu – MG,

Mar./Abr., 2010 ............................................................................................................ 46

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 Relação das categorias profissionais de enfermagem segundo o número

de inscrições ativas, COREN, 2010 ........................................................................... 23

TABELA 2 Frequência dos profissionais acidentados expostos aos líquidos corporais

humanos, segundo a área de trabalho e função, São Paulo, HU - USP, 2006 ........... 30

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LISTA DE SIGLAS

CAT - Comunicação de Acidente de Trabalho

CCIH - Centro de controle de infecção hospitalar

CDC - Centers for Diseases Control and Prevention

CEREST - Centros Estaduais e Regionais de Referência em Saúde do Trabalhador

CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

CME - Central de esterilização de materiais

COFEN - Conselho Federal de Enfermagem

COREN - Conselho Regional de Enfermagem

DML - Depósito de material de limpeza

EPI - Equipamento de Proteção Individual

FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz

HMP - Hospital Municipal de Paracatu

INAMPS - Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social

MTB - Medicina do trabalho

MTE - Ministério do Trabalho e Emprego

NaSH - National Surveillance System for Health Care Workers

NR - Normas Regulamentadoras

PCMSO - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional

PNSST - Política Nacional sobre Saúde e Segurança do Trabalho

PPRA - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais

PS - Pronto Socorro

SINAN - Sistema de Informação de Agravos de Notificação

SMS - Secretaria Municipal de Saúde

SUS - Sistema Único de Saúde

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LISTA DE ABREVIATURAS

Art. – Artigo

nº - número

p. - Página

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 13

1.1 Justificativa ..................................................................................................... 13

1.2 Objetivos ......................................................................................................... 15

1.3.1 Objetivo geral .............................................................................................. 15

1.3.2 Objetivos específicos .................................................................................. 16

2 REVISÃO LITERÁRIA ........................................................................................ 17

2.1 O Hospital ....................................................................................................... 17

2.2 A Enfermagem ................................................................................................ 20

2.3 Saúde e segurança no trabalho de enfermagem ......................................... 25

3 METODOLOGIA ................................................................................................. 32

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................... 34

5 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 48

REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 50

APÊNDICES .......................................................................................................... 56

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1 INTRODUÇÃO

Profissionais de enfermagem estão constantemente expostos ao risco de

adquirir doenças ocupacionais e de sofrerem algum acidente no seu ambiente de

trabalho. Medidas de prevenção com intuito de evitar ou reduzir estes riscos e

programas de treinamento são implantados nos hospitais, porém, a adoção a estas

medidas de prevenção requer uma mudança de hábito que muitos profissionais

experientes têm dificuldades em lidar, sendo obstáculos para a prevenção destes

acidentes. Outra questão que dificulta a prevenção das doenças ocupacionais e

acidentes é a falta de conhecimento dos profissionais sobre como surgem as

doenças decorridas do trabalho e que os acidentes podem ser prevenidos se

usarem as medidas adequadas.

O trabalho em unidades hospitalares tem sido associado à sobrecarga e

desgaste do trabalhador, especialmente nos hospitais públicos, caracterizados pela

elevada demanda. A organização do trabalho e as condições em que o mesmo se

realiza, no entanto, podem provocar doenças e acidentes do trabalho. Já num

ambiente de trabalho saudável, no qual os trabalhadores estão protegidos dos riscos

ocupacionais, ocorrem menos acidentes e, consequentemente, menos perdas,

afastamentos, indenizações, entre outros custos decorrentes de acidentes.

Dos grupos ocupacionais expostos aos riscos ambientais, físicos, químicos e

biológicos, existentes no ambiente de trabalho, a enfermagem (enfermeiros, técnicos

e auxiliares) destaca-se como o mais afetado pelos acidentes do trabalho,

apresentando alguns problemas de saúde inerentes à função que desempenham em

suas atividades diárias. Em função desta peculiaridade vários trabalhos são voltados

aos riscos ocupacionais dos trabalhadores de enfermagem no meio hospitalar.

(DIAS; CORDEIRO; GONÇALVES, 2006).

No Brasil, os estudos que enfocam a relação saúde-trabalho de enfermagem

nas instituições hospitalares, começaram a ser realizados na década de 70 e foram

incrementados a partir da década de 80. Estes estudos demonstram que a saúde do

trabalhador de enfermagem é comprometida. Este comprometimento, em parte,

pode ser detectado através da elevada incidência de acidentes de trabalho e

doenças profissionais. (SARQUIS; FELLI, 2002).

Segundo Sarquis e Felli (2002), outra pesquisa também realizada, confirma a

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grande subnotificação destes trabalhadores e afirmam ter encontrado um percentual

de 69% de acidentes na classe de trabalhadores de enfermagem.

Reconhecendo tal panorama, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) veio

através da Norma Regulamentadora (NR) 32, publicada em 2005, regulamentar as

medidas necessárias para a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais dos

trabalhadores da saúde.

As ações preventivas em saúde do trabalhador é uma busca constante, que

necessita de mais investimento com o objetivo de melhorar as condições de

trabalho, proporcionar um ambiente saudável, ampliar o conhecimento dos riscos e

reduzir o índice de doenças e acidentes com os profissionais de enfermagem.

Dessa forma, o presente estudo tem por objetivo avaliar o nível de

conhecimento dos trabalhadores de enfermagem do Hospital Municipal de Paracatu-

MG acerca dos riscos ocupacionais aos quais estão expostos no seu ambiente de

trabalho.

1.1 Justificativa

O trabalho de enfermagem na instituição hospitalar caracteriza-se pelo

cuidado nas 24 horas do dia, permitindo a continuidade da assistência aos

pacientes. Nesse cuidado aos pacientes, “os trabalhadores de enfermagem ficam

expostos a riscos ambientais, físicos, químicos e biológicos existentes no ambiente

de trabalho, que, dependendo da sua natureza, concentração ou intensidade e

tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde dos trabalhadores.”

(NISHIDI; BENATTI; ALEXANDRE, 2004).

Diante do exposto, o presente estudo buscou identificar o nível de

conhecimento dos trabalhadores de enfermagem (enfermeiros, técnicos e auxiliares)

do Hospital Municipal de Paracatu (HMP), quanto aos riscos ocupacionais aos quais

estão expostos na sua atividade laboral. A escolha da temática deu-se em função da

percepção de que o trabalhador que presta assistência em saúde, direta ou

indiretamente, demonstra preocupar-se muito com o cuidado e bem estar do cliente

e pouco com a sua própria saúde.

Os profissionais de enfermagem, na execução de suas atividades voltadas a

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assistência aos pacientes, apresentam um potencial de exposição a riscos físicos,

químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes.

No ambiente hospitalar materiais e procedimentos realizados pelos

trabalhadores de enfermagem, os expõe a vários tipos de riscos que se expressam

por diferentes problemas de saúde: os acidentes de trabalho e as doenças

ocupacionais.

Sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis e

não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de

doenças profissionais, o Equipamento de Proteção Individual (EPI) deve ser utilizado

pelo trabalhador como um dos métodos de controle dos riscos no local de trabalho.

São de responsabilidade da instituição empregadora o fornecimento do EPI

adequado ao risco e o treinamento dos trabalhadores quanto à forma correta de

utilização e conservação destes.

O profissional deve adotar orientações fundamentadas no conhecimento

científico, comprovadamente eficazes, sobre prevenção e controle de infecção,

sobre seguridade ocupacional, na sua prática profissional, estabelecidas pelas NR’s,

voltadas para o profissional da saúde.

Posto isto, cabe questionar: os profissionais de enfermagem, durante a

execução de suas atividades profissionais, adotam medidas de prevenção quanto

aos riscos ocupacionais aos quais estão expostos?

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo Geral

Avaliar o nível de conhecimento dos trabalhadores de enfermagem do

Hospital Municipal de Paracatu – MG acerca dos riscos ocupacionais aos quais

estão expostos.

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1.2.2 Objetivos Específicos

Identificar quais os riscos os trabalhadores de enfermagem estão expostos e

quais as suas fontes;

Identificar quais os equipamentos de proteção coletiva e individual são

utilizados para atenuação ou eliminação do risco;

Conhecer o processo de capacitação dos trabalhadores de enfermagem

quanto à identificação e reconhecimento de riscos ocupacionais;

Avaliar o nível de adesão dos trabalhadores às medidas preventivas

orientadas pela instituição.

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2 REVISÃO LITERÁRIA

2.1 O Hospital

O termo hospital origina-se do latim hospitiu, que quer dizer “local onde se

hospedam pessoas”, em referência a estabelecimentos fundados pelo clero, a partir

do século IV d.C. cuja finalidade era prover cuidados a doentes e abrigar peregrinos

viajantes. (MOZACHI et al., 2006)

Segundo o Ministério da Saúde, hospital é definido como “estabelecimento de

saúde destinado a prestar assistência a uma determinada clientela, ou de não

internação, no caso de ambulatórios e outros serviços”. (BRASIL, 1986).

Historicamente, os hospitais surgiram como lugares de acolhida de doentes e

peregrinos, durante a Idade Média. Com o passar dos tempos, os estudiosos viram

que a saúde estava relacionada não só com a cura em si, mas também com o bem

estar físico e mental dos pacientes, o qual exigiu dos hospitais algumas

modificações para proporcionar conforto para os mesmos. A partir do momento em

que se transformou em um instrumento de cura, surgiu a preocupação com a sua

arquitetura, não com o seu exterior, mas com a relação de número de leitos e área

útil do hospital, tamanho e altura das salas, iluminação e aeração, fluxo de roupas e

materiais diversos, pois poderiam ser fatores de várias situações patológicas dentro

do hospital. (SILVA et al, 2008).

Com o crescimento da população e com as melhores condições que o

ambiente passou a oferecer, tais como a economia, filosofia, religião, educação e

métodos técnico-científicos é que o sistema de atenção à saúde passou a progredir.

Atualmente, é um local destinado ao atendimento de doentes, para proporcionar o

diagnóstico e o tratamento necessários. (MOREIRA, 1999).

Segundo o Ministério da Saúde:

“O Hospital é parte integrante de uma organização médica social, cuja função básica, consiste em proporcionar à população assistência médica sanitária completa, tanto curativa como preventiva sob quaisquer regimes de atendimento, inclusive o domiciliar, cujos serviços externos irradiam até o âmbito familiar, constituindo-se também, em centro de educação, capacitação de recursos humanos e de pesquisas em saúde, bem como de

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encaminhamento de pacientes, cabendo-lhe supervisionar e orientar os estabelecimentos de saúde a ele vinculados tecnicamente.” (BRASIL, 1986)

No que se refere à saúde em seu contexto global, a Constituição Federal

Brasileira de 1988 expressa no seu artigo 196 que:

“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.” (BRASIL, p.[?], 1988).

O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado, pela Constituição Federal de

1988, em 1990 para que toda a população brasileira tenha acesso ao atendimento

público de saúde. Anteriormente, a assistência médica estava a cargo do Instituto

Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), ficando restrita aos

empregados que contribuíssem com a previdência social; os demais eram atendidos

apenas em serviços filantrópicos. Do Sistema Único de Saúde fazem parte os

centros e postos de saúde, hospitais - incluindo os universitários, laboratórios,

hemocentros (bancos de sangue), os serviços de Vigilância Sanitária, Vigilância

Epidemiológica, Vigilância Ambiental, além de fundações e institutos de pesquisa,

como a FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto Vital Brazil. Este sistema

abrange desde o simples atendimento ambulatorial até o transplante de órgãos,

possibilitando acesso integral, universal e gratuito para os mais de 180 milhões de

brasileiros. (MELO et al, 1998).

A Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990, constituiu também a chamada Lei

Orgânica da Saúde - que fundamentalmente dispôs sobre as condições para a

promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e funcionamento dos

serviços correspondentes em todo o território nacional - e busca atacar o problema

do equilíbrio federativo nos pontos mais estrangulados pela anterior prática de

excessivo centralismo, o financiamento e a gestão. (BRASIL, 1990).

No município de Paracatu – MG, o Hospital Municipal faz parte do patrimônio

do município integrando o Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com o número de leitos, o Hospital Municipal de Paracatu (HMP),

pode ser classificado como hospital de médio porte, pois possui 71 leitos de

internação em sua estrutura.

Para que o paciente receba todos os cuidados de que necessita durante a

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internação hospitalar, deve haver não só o envolvimento de diversos serviços

integrados, mas também equipes de profissionais competentes – corpo clínico,

equipe de enfermagem, serviço de nutrição, fisioterapia entre outros.

A estrutura física do HMP compreende:

Pronto Socorro: sala de nebulização, sala de curativos e suturas, sala de

aplicação de medicamentos, consultórios, boxes de urgência e emergência,

sala de triagem, sala de gesso, leitos de observação e sala de raios-x;

Unidade de Internação: posto de enfermagem, unidade de terapia intensiva,

clínica cirúrgica, clínica médica, pediatria e maternidade com alojamento

conjunto;

Centro cirúrgico: área de recepção de pacientes, vestiários, área de

escovação, salas de cirurgias, área de recuperação pós-anestésica, guarda

de equipamentos e materiais esterilizados;

Ambientes de Apoio: administração, sala de reunião, sala de preparação do

recém-nascido, sala de exame ginecológico, sala de prontuários, sala de

endoscopia, farmácia, área de higienização dos profissionais, sala dos

enfermeiros, sala dos médicos, expurgo, recepção, rouparia, central de

esterilização de materiais – CME, depósito de equipamentos e materiais,

almoxarifado, centro de controle de infecção hospitalar – CCIH, vestiários

para funcionários, cozinha, necrotério, lavanderia, copa de distribuição de

alimentos, depósito de material de limpeza – DML e abrigo de resíduos

sólidos;

Unidade de Conforto e Higiene: vestiário de funcionários, quarto de plantão

de médicos e enfermeiros separados por sexo e com banheiros, copa de

guarda de utensílios.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o Hospital Municipal de

Paracatu – MG conta com um contingente humano de 359 trabalhadores de diversas

categorias profissionais.

A equipe de enfermagem é quem mais se destaca dentro dos hospitais, por

ser uma equipe numerosa, por assistir os pacientes 24h de forma holística e direta,

desde o tratamento mais simples até o mais complexo, o qual exige o máximo de

atenção e cuidados, tanto no preparo de medicamentos como nos procedimentos

invasivos. Caracteriza-se ainda pela sobrecarga de trabalho e responsabilidades

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dentro das instituições, tornando-os susceptíveis às doenças ocupacionais e

acidentes de trabalho. No HMP, a equipe de enfermagem totaliza 137 profissionais

entre enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem.

2.2 A Enfermagem

Enfermagem é a arte de cuidar e também uma ciência cuja essência e

especificidade é o cuidado ao ser humano, individualmente, na família ou em

comunidade de modo integral e holístico, desenvolvendo de forma autônoma ou em

equipe atividades de promoção, proteção, prevenção e recuperação da saúde.

(GEOVANINI et al, 2002).

“A Enfermagem é ciência e arte. Fundamenta-se num corpo de conhecimentos e práticas abrangendo do estado de saúde ao estado de doença, e mediada por transações pessoais, profissionais, científicas, estéticas, éticas e políticas do cuidar de seres humanos." (HORTA,1979, p.21).

Florence Nightingale é considerada a fundadora da enfermagem moderna. Na

Inglaterra, Florence abriu o primeiro curso de treinamento, em 1860. Ela não

conhecia o conceito de contato por microorganismos, uma vez que este ainda não

tinha sido descoberto, porém já acreditava em um meticuloso cuidado quanto à

limpeza do ambiente e pessoal, ar fresco e boa iluminação, calor adequado, boa

nutrição e repouso, com manutenção do vigor do paciente para a cura. Até meados

do século XIX, era praticamente nula a assistência aos enfermos nos hospitais de

campanha, onde a insalubridade aumentava ainda mais o número de mortos.

(GEOVANINI et al, 2002).

A medicina grega, hipocrática, considerava que o bem estar dos indivíduos

era influenciado pelos fatores ambientais – qualidade da água, do ar, dos alimentos,

dos hábitos gerais de vida, da topografia. Uma das primeiras providências de

Florence Nightingale, ao chegar à Criméia, no século XIX, foi melhorar as condições

sanitárias do hospital que abrigava os soldados feridos, ela diz que enfermagem

deveria significar o uso apropriado de ar puro, iluminação, aquecimento, limpeza e

silêncio (...), ou seja, deveria ser função precípua da enfermagem zelar pelas

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condições do ambiente em que ficava o paciente. (SILVA et al, 2008).

Segundo Horta (1979), o ser-enfermeiro é um ser humano, com todas as suas

dimensões, potencialidades e restrições, alegrias e frustrações; é aberto para o

futuro, para a vida e nela se engaja pelo compromisso assumido com a

enfermagem. Este compromisso levou-o a receber conhecimentos, habilidades e

formação de enfermeiro, sancionados pela sociedade que lhe outorgou o direito de

cuidar de gente, de outros seres humanos. Em outras palavras: o ser-enfermeiro é

gente que cuida de gente.

O trabalho de enfermagem atende a dois aspectos básicos. O primeiro é o de

preservar, respeitar e reconhecer a particularidade, a individualidade e a

variabilidade das situações e necessidades dos usuários; o segundo, por sua vez, é

o de estar em conformidade com determinadas regras, regulamentos e valores

gerais, além de inserir/integrar, permanentemente, as atividades da equipe

multiprofissional. (AZAMBUJA; KERBER; KIRCHHOF, 2007).

Cabe à enfermagem desenvolver um trabalho de acordo com orientações da

equipe de saúde; essa execução não deverá ser realizada de maneira mecânica,

mas utilizando-se de princípios científicos, observação, rapidez de raciocínio e

outros instrumentos de trabalho. Para o desenvolvimento da assistência ao paciente,

os membros da equipe de enfermagem devem trabalhar em cooperação, mas

respeitando as funções de cada um. (KAWAMOTO; FORTES, 1997).

“Assistir, em enfermagem, é fazer pelo ser humano tudo aquilo que ele não pode fazer por si mesmo; ajudá-lo ou auxiliá-lo quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar; orientá-lo ou ensiná-lo, supervisioná-lo ou encaminhá-lo a outros profissionais.” (Horta, 1979, p. 1).

Destaca-se a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o

Exercício da Enfermagem e dá outras providências. (BRASIL, 1986).

Art. 1º O exercício da atividade de enfermagem, observadas as disposições da Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, e respeitados os graus de habilitação, é privativo de Enfermeiro, Técnico de Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e só será permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva região.

Art. 4º São Enfermeiros:

I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituição de ensino, nos termos da lei;

II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeiro Obstétrico, conferido nos termos da lei;

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III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeiro e a titular do diploma ou certificado de Enfermeiro Obstétrico ou de Obstetriz, ou equivalente, conferido por escola estrangeira segundo as respectivas leis, registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro, de Enfermeiro Obstétrico ou de Obstetriz;

IV - aqueles que, não abrangidos pelos itens anteriores, obtiveram título de Enfermeiro conforme o disposto na letra d do art. 3º do Decreto nº 50.387, de 28 de março de 1961.

Art. 5º São Técnicos de Enfermagem:

I - o titular do diploma ou do certificado de Técnico de Enfermagem, expedido de acordo com a legislação e registrado no órgão competente;

II - o titular do diploma ou do certificado legalmente conferido por escola ou curso estrangeiro, registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Técnico de Enfermagem.

Art. 6º São auxiliares de Enfermagem:

I - o titular de certificado de Auxiliar de Enfermagem conferido por instituição de ensino, nos termos da lei, e registrado no órgão competente;

II - o titular do diploma a que se refere a Lei nº 2.822, de 14 de junho de 1956;

III - o titular do diploma ou certificado a que se refere o item III do art. 2º da Lei nº 2.604, de 17 de setembro de 1955, expedido até a publicação da Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961;

IV - o titular do certificado de Enfermeiro Prático ou Prático de Enfermagem, expedido até 1964 pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia, do Ministério da Saúde, ou por órgão congênere da Secretaria de Saúde nas Unidades da Federação, nos termos do Decreto nº 23.774, de 22 de janeiro de 1934, do Decreto-lei nº 8.778, de 22 de janeiro de 1946, e da Lei nº 3.640, de 10 de outubro de 1959;

V - o pessoal enquadrado como Auxiliar de Enfermagem, nos termos do Decreto-lei nº 299, de 28 de fevereiro de 1967;

VI - o titular do diploma ou certificado conferido por escola ou curso estrangeiro, segundo as leis do país, registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como certificado de Auxiliar de Enfermagem.

Art. 7º São Parteiros:

I - o titular do certificado previsto no art. 1º do Decreto-lei nº 8.778, de 22 de janeiro de 1946, observado o disposto na Lei nº 3.640, de 10 de outubro de 1959;

II - o titular do diploma ou certificado de Parteiro, ou equivalente, conferido por escola ou curso estrangeiro, segundo as respectivas leis, registrado em virtude de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil até 26 de junho de 1988, como certificado de Parteiro.

Segundo o Conselho Federal de Enfermagem - COFEN, no Brasil há um total

de 155.444 enfermeiros registrados, conforme figura a seguir.

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Gráfico 1: Profissionais por categoria, COFEN, 2010

Fonte: Portal COFEN, 2010

Já em Minas Gerais estão cadastrados 25.676 enfermeiros; 61.858 técnicos

em enfermagem; 40.518 auxiliares de enfermagem.

TABELA 1 Relação das categorias profissionais de enfermagem segundo o número de inscrições ativas

Fonte: Portal COREN-MG, 2010

15%

41%

44%

0%

Enfermeiros

Técnicos

Auxiliares

Parteiras

Categoria Profissional Número de inscrições ativas por categoria

ENFERMEIROS 25.676

TÉCNICOS 61.858

AUXILIARES 40.518

TOTAL 128.052

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Gráfico 2: Profissionais por categoria, COREN, 2010

Fonte: Portal COREN-MG, 2010

No Hospital Municipal de Paracatu - MG, a equipe de enfermagem

(enfermeiros, técnicos e auxiliares) totaliza em 137 profissionais, como mostra na

figura a seguir, dividida por categorias.

Gráfico 3: Profissionais do HMP - MG por categoria, Paracatu-MG, mar./abr., 2010.

Fonte: Secretaria Municipal de Paracatu, 2010.

20%

48%

32%

0%

Enfermeiros

Técnicos

Auxiliares

Parteiras

20%

78%

2%

Enfermeiros

Técnicos

Auxiliares

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O profissional de enfermagem é responsável não só pelo cuidar, hoje o

enfermeiro atua de forma multidisciplinar, aliando conceitos de administração

hospitalar, humanização do atendimento e cuidados técnicos. O serviço de

enfermagem exige do profissional do setor, a consciência da responsabilidade e das

variadas funções que exerce, como de um verdadeiro gestor de uma unidade de

negócios inserida em todo o contexto médico-hospitalar. (MOREIRA, 1999).

A enfermagem é apontada como detentora de percentual superior a 50% do

contingente de recursos humanos do setor da saúde, sendo responsável pela maior

parcela da prestação de serviços de saúde à sociedade. Todavia, a desvalorização

dos profissionais, por questões de baixo salário no mercado faz com que eles

assumam jornadas duplas ou triplas de trabalho, colocando em risco suas condições

de vida e saúde, além de resultar no inevitável quadro de desinteresse e

afastamento das causas sociais que envolvem o exercício profissional. É importante

destacar que percentual superior a 85% do contingente de pessoal de enfermagem

é de mulheres. Podemos perfeitamente compreender as manobras políticas

institucionais articuladas para justificar os baixos salários do pessoal de

enfermagem. Elas são reflexos do sistema de valores do patriarcado que atribui à

mulher o papel secundário na estrutura e divisão de bens na sociedade.

(GEOVANINI et al., 2002).

A prática de enfermagem precisa continuar cada vez mais tendo como alvo

um cuidar humanístico, porém norteado por normas que visam à implementação de

medidas preventivas e precauções que protejam o profissional. Essas medidas

precauções são medidas profiláticas, que devem ser empregadas por todos que

lidam ou têm contato com pacientes, independente do diagnóstico ou estado

presumido de infecção. (OLIVEIRA; MUROFUSE, 2001).

2.3 Saúde e segurança no trabalho de enfermagem

Historicamente, os profissionais de saúde não eram considerados como

categoria profissional de alto risco para acidentes de trabalho. A preocupação com

riscos biológicos surgiu a partir da constatação dos agravos à saúde dos

profissionais que exerciam atividades em laboratórios onde se dava a manipulação

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com microrganismos e material clínico desde o início dos anos 40. Para profissionais

que atuam na área clínica, entretanto, somente a partir da epidemia da aids nos

anos 80, as normas para as questões de segurança no ambiente de trabalho foram

melhor estabelecidas. (GIR; COSTA; SILVA, 1998).

O indicativo da infectividade via ocupacional, embora seja baixo, não isenta

os trabalhadores da enfermagem de medos, angústias, inquietações, mesmo porque

dentre os profissionais da saúde, os da enfermagem são um dos grupos que mais se

expõe a situações de riscos. (BALSAMO; FELLI, 2006).

Para proporcionar a saúde e segurança do trabalhador em seu ambiente de

trabalho foram criadas algumas normas regulamentadoras, relativas à segurança e

Medicina do trabalho, aprovadas pela Portaria MTB nº 3.214, de 08 de Junho de

1978, adotadas pelas instituições para serem seguidas e cumpridas podendo evitar

assim, doenças ocupacionais e acidentes de trabalho. (ALVES; GODOY; SANTANA,

2006).

O acidente de trabalho ocorre quando o trabalhador sofre lesão corporal,

perturbação funcional ou doença no local e durante o trabalho. Para tanto, devem

estar preenchidos os requisitos previstos no art. 86 da Lei nº 8.213/91 - de Acidentes

do Trabalho, quais sejam, redução da capacidade para o labor que habitualmente

exercia. (BALSAMO; FELLI, 2006).

Doença ocupacional é a designação de um grupo de várias doenças que

causam alterações na saúde do trabalhador, provocadas por fatores relacionados

com o ambiente de trabalho. Elas se dividem em doenças profissionais ou

tecnopatias, que são sempre causadas pela atividade laboral, e doenças do trabalho

ou mesopatias, que podem ou não ser causadas pelo trabalho. (OLIVEIRA;

MUROFUSE, 2001).

Na Lei Nº 8.080, de 19.09.1990, dos objetivos e atribuições que diz no art. 6º:

estão incluídas ainda no campo de atuação do SUS (BRASIL, 1990):

I - a execução de ações: [...] c) de saúde do trabalhador; [...] § 3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho, abrangendo:

I - assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou

portador de doença profissional e do trabalho;

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II - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), em estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes no processo de trabalho;

III - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), da normatização, fiscalização e controle das condições de produção, extração, armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de substâncias, de produtos, de máquinas e de equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador;

IV - avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde;

V - informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os resultados de fiscalizações, avaliações ambientais e exames de saúde, de admissão, periódicos e de demissão, respeitados os preceitos da ética profissional;

VI - participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde do trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas;

VII - revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de trabalho, tendo na sua elaboração a colaboração das entidades sindicais;

VIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente a interdição de máquina, de setor de serviço ou de todo ambiente de trabalho, quando houver exposição a risco iminente para a vida ou saúde.

Em vigor desde 2004, a Política Nacional de Saúde do Trabalhador do

Ministério da Saúde visa à redução dos acidentes e doenças relacionadas ao

trabalho, mediante a execução de ações de promoção, reabilitação e vigilância na

área de saúde. Suas diretrizes, descritas na Portaria nº 1.125 de 6 de julho de 2005,

compreendem a atenção integral à saúde, a articulação intra e intersetorial, a

estruturação da rede de informações em Saúde do Trabalhador, o apoio a estudos e

pesquisas, a capacitação de recursos humanos e a participação da comunidade na

gestão dessas ações. (MALAGUTI et al, 2008).

A partir da percepção de ser necessário normatizar as questões relativas à

saúde e segurança do trabalhador em saúde, o MTE veio através da NR32 -

Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde - publicada em 2005,

determinar as medidas necessárias para a prevenção de acidentes e doenças

ocupacionais dos trabalhadores da saúde. (BALSAMO; FELLI, 2006).

Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, esta Norma Regulamentadora

tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de

medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de

saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à

saúde em geral. Para fins de aplicação desta NR entende-se por serviços de saúde

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qualquer edificação destinada à prestação de assistência à saúde da população, e

todas as ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde

em qualquer nível de complexidade. (BRASIL, 2005).

Em seu texto, a NR32 resume os pontos principais de várias normas, no que

se aplica aos serviços de saúde, como a seguir:

NR5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA;

NR6 - Equipamentos de Proteção Individual – EPI;

NR7 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO;

NR9 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA;

NR17 – Ergonomia;

NR26 - Sinalização de Segurança.

Segundo a NR32, toda ocorrência de acidente envolvendo riscos biológicos,

com ou sem afastamento do trabalhador, deve ser emitida a Comunicação de

Acidente de Trabalho (CAT), previsto inicialmente na Lei nº 5.316/67, com todas as

alterações da Lei nº 9.032/95, regulamentada pelo Decreto nº 2.172/97. Os

trabalhadores também devem comunicar imediatamente todo acidente ou incidente,

com possível exposição a agentes biológicos, ao responsável pelo local de trabalho

e, quando houver, ao serviço de segurança e saúde do trabalho e à CIPA. Ressalta-

se a importância da comunicação, principalmente o completo e exato preenchimento

do formulário, tendo em vista as informações nele contidas, não apenas do ponto de

vista previdenciário, estatístico e epidemiológico, mas também trabalhista e social.

(BRASIL, 2005).

As condições de trabalho dos enfermeiros nos hospitais há muito tempo tem

sido consideradas inadequadas devido as especificidades do ambiente e das

atividades insalubres executadas. O desgaste físico e emocional, a baixa

remuneração e o desprestígio social são fatores associados às condições de

trabalho do enfermeiro, que vem refletindo negativamente na qualidade da

assistência prestada ao cliente, levando ao abandono da profissão e

consequentemente a escassez de profissionais no mercado de trabalho.

(MARZIALLE, 2007).

A Renast, regulamentada pela Portaria nº 2.728/GM de 11 de novembro de

2009, é uma das estratégias para a garantia da atenção integral à saúde dos

trabalhadores. Ela é composta por Centros Estaduais e Regionais de Referência em

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Saúde do Trabalhador (Cerest) - ao todo, 178 unidades espalhadas por todo o País -

e por uma rede de 1.000 serviços sentinela de média e alta complexidade capaz de

diagnosticar os agravos à saúde que têm relação com o trabalho e de registrá-los no

Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). (BRASIL, 2009).

Em esfera interinstitucional, o Ministério da Saúde desenvolve uma política de

ação integrada com os ministérios do Trabalho e Emprego e da Previdência Social,

a Política Nacional sobre Saúde e Segurança do Trabalho (PNSST), cujas diretrizes

compreendem:

I - Ampliação das ações, visando à inclusão de todos os trabalhadores brasileiros no sistema de promoção e proteção da saúde;

II - Harmonização das normas e articulação das ações de promoção, proteção e reparação da saúde do trabalhador;

III - Precedência das ações de prevenção sobre as de reparação;

IV - Estruturação de rede integrada de informações em Saúde do Trabalhador;

V - Reestruturação da formação em Saúde do Trabalhador e em segurança no trabalho e incentivo à capacitação e à educação continuada dos trabalhadores responsáveis pela operacionalização da política;

VI - Promoção de agenda integrada de estudos e pesquisas em segurança e Saúde do Trabalhador.

Segundo o Manual “Programa de prevenção de acidentes com material

perfurocortantes (2010)”, os serviços de saúde são compostos por ambientes de

trabalho complexos, apresentando, por isso mesmo, riscos variados à saúde dos

trabalhadores e também das pessoas que estejam recebendo assistência médica

nesses locais. Dentre esses riscos, um que é bastante peculiar ao serviço de saúde

é o risco de sofrer um acidente de trabalho com material biológico envolvendo um

perfurocortante. Além de incluir o ferimento em si, a grande preocupação em um

acidente desta natureza é a possibilidade de vir a se infectar com um patógeno de

transmissão sanguínea, especialmente os vírus das hepatites B e C e da aids. Essas

são doenças que trazem grandes perdas não só ao trabalhador acidentado, mas

também a toda a sociedade. Mesmo que não haja soroconversão, um acidente com

um perfurocortante envolve o sofrimento do trabalhador acidentado, de sua família e

muitas vezes grandes custos financeiros. (BRASIL, 2010).

Um estudo realizado por Balsamo e Felli (2006), sobre os acidentes de

trabalho com exposição aos líquidos corporais humanos em trabalhadores da saúde

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de um hospital universitário (HU- USP), São Paulo, nos mostra que o departamento

de enfermagem foi o que mais se destacou pelo número de acidentes com

exposição a líquidos corporais humanos, totalizando 71% acidentes (ver tabela 2).

TABELA 2

Frequência dos trabalhadores acidentados com exposição aos líquidos corporais humanos, segundo a área de trabalho e função, São Paulo, HU- USP, 2006.

Área de trabalho Nº. % Nº de trabalhadores CR *

Departamento de Enfermagem

Enfermeiro 9 18,75 149 6,04

Técnico de enfermagem 25 52,09 403 6,20

Auxiliar de enfermagem 0 - 47 0

Subtotal 34 70,59 599 12,24

Área de trabalho Nº. % Nº de trabalhadores CR *

Departamento médico

Médicos 3 6,25 713 0,42

Subtotal 3 6,25 713 0,42

Serviço de higienização especializada

Auxiliar de serviços gerais 4 8,33 76 5,26

Auxiliar de lavanderia 3 6,25 24 12,5

Subtotal 7 14,58 100 17,76

Divisão de farmácia e laboratório clínico

Farmacêutico 1 2,08 33 3,03

Biólogo 0 - 1 0

Técnico de laboratório 2 4,17 18 11,11

Auxiliar de laboratório 0 - 12 0

Subtotal 3 12,25 64 14,14

Total 47 103,67 1476 44,56

* coeficiente de risco

Os dados obtidos por Balsamo e Felli (2006) em relação à equipe de

enfermagem, supõem-se ao fato de que são os profissionais de enfermagem que

assistem aos pacientes de forma integral, ou seja, assistem por 24horas do dia, têm

contato direto com os pacientes, realizam a maioria dos procedimentos invasivos,

preparam e administram medicamentos, são responsáveis pela higienização,

curativos entre outros. O tempo de exposição dentro do ambiente hospitalar são

capazes de causar danos à saúde dos trabalhadores.

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Na prática, pouca atenção é dispensada aos acidentes com materiais

perfurocortantes quando avaliamos sua alta frequência, sua significativa

subnotificação e a necessidade de preveni-los em função das graves consequências

que acometem os trabalhadores expostos a esses acidentes. Os fatos evidenciam

que tanto o empregado quanto o empregador, costumam menosprezar esse tipo de

acidente por não terem a real consciência dos riscos envolvidos nos acidentes com

materiais biológicos que podem, ao longo do tempo, ser causadores de doença e até

de morte do trabalhador. (DAMASCENO et al, 2006).

Segundo Dias, Cordeiro, Gonçalves (2006) a prevenção continua sendo a

melhor forma de prevenir acidentes e doenças. Os programas de orientações e

treinamentos, bem como o fornecimento de EPI´s, são medidas menos onerosas, se

comparadas com o pagamento de indenizações determinadas por sentenças

judiciais ou procedimentos administrativos junto a Previdência Social.

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3 METODOLOGIA

O presente estudo configura-se no tipo quanti-qualitativo, descritivo,

transversal e não-experimental que visa conhecer o nível de conhecimento dos

trabalhadores de enfermagem, acerca dos riscos ocupacionais.

O desenvolvimento do presente estudo se deu em uma instituição hospitalar

pública localizada na cidade de Paracatu - MG, Hospital Municipal de Paracatu,

inserida no Sistema Único de Saúde – SUS. Segundo a Secretaria Municipal de

Saúde – SMS, do município, a referida instituição conta com um contingente

humano de 359 trabalhadores, que desempenham diferentes funções, em serviços

como o de enfermagem, lavanderia, cozinha, zeladoria, manutenção, administrativo,

laboratorial, segurança, entre outros.

Para a realização da pesquisa foram consideradas todas as unidades do

hospital, compreendendo uma população total de 137 trabalhadores de

enfermagem (enfermeiros, técnicos e auxiliares). Porém, foram excluídos aqueles

que estiveram em férias ou licença, durante o período de coleta de dados, bem

como aqueles que se negaram a participar.

Para a aplicação dos questionários dentro das dependências da instituição foi

enviado um ofício (APÊNDICE A) à SMS solicitando autorização de acesso aos

locais de trabalho dos funcionários entrevistados.

Cada trabalhador participante da pesquisa foi orientado a assinar o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE B) solicitando formalmente sua

participação e garantindo a confidencialidade das informações por ele fornecidas.

Para coleta de dados foi utilizado um questionário semi-estruturado com 12

questões objetivas (APÊNDICE C).

Realizou-se entrevistas, no mês de Abril e Maio de 2010, com os

trabalhadores de enfermagem do HMP. Apresentou-se um Termo de Consentimento

ao entrevistado, conforme Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde que

delibera sobre a ética na pesquisa envolvendo seres humanos (BRASIL, 1996), no

qual ficou claro seus direitos e a importância que essa pesquisa representaria, foi

explicada a natureza da pesquisa, os objetivos, métodos, a liberdade de desistir da

participação a qualquer momento e a manutenção do sigilo de seus nomes, usando

a letra “P” caracterizando o profissional e o respectivo número relacionado à ordem

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que respondeu.

A entrevista foi realizada com a abordagem dos profissionais dentro do HMP,

durante o seu período de trabalho. Após os mesmos assinarem, concordarem com o

termo de consentimento e responderem aos questionários, foi possível então, avaliar

e discutir os resultados sobre o conhecimento destes profissionais, em relação aos

riscos que estão expostos dentro da instituição executando suas atividades.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A apresentação e discussão dos dados obtidos na aplicação do questionário

inicia-se pela análise dos dados de identificação dos participantes da pesquisa. A

média de idade dos participantes ficou na faixa dos 30 anos, sendo que a idade mais

prevalente entre eles é de 28 anos.

Durante a pesquisa e ao aplicar os questionários percebeu-se como o sexo

feminino predomina entre os profissionais de enfermagem do HMP. Dos 137

profissionais, 90% são do sexo feminino (ver gráfico 4). Tal dado confirma outras

pesquisas na área que afirmam que 85% do contingente de pessoal de enfermagem

são do sexo feminino. Desde a antiguidade o papel de “cuidar” é atribuído à mulher,

associada à figura de Florence Nightingale, pioneira da enfermagem e símbolo desta

profissão.

Gráfico 4: Profissionais de enfermagem quanto ao gênero, Paracatu-MG, mar./abr., 2010.

Fonte: Dados coletados em pesquisa de campo com a equipe de enfermagem do HMP, pela acadêmica, Carolina Carvalho Fiuza, Paracatu, 2010.

Quanto ao tempo de trabalho dentro da instituição, nota-se que 55%

trabalham entre 1 e 5 anos e 21% tem menos de 1 ano de trabalho. Acredita-se que

esse dado associa-se à recente realização de concurso público no ano de 2008 para

provimento de vagas nas mais diversas áreas visando atender à crescente demanda

90%

10%

Feminino

Masculino

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e ampliação do atendimento à população usuária dos serviços do hospital. (ver

gráfico 5).

Gráfico 5: Tempo de trabalho na instituição, Paracatu-MG, mar./abr., 2010.

Fonte: Dados coletados em pesquisa de campo com a equipe de enfermagem do HMP, pela acadêmica, Carolina Carvalho Fiuza, Paracatu, 2010.

O fato de a equipe de enfermagem ser o maior grupo nos serviços de saúde,

ter mais contato direto na assistência aos pacientes e também ao tipo e à frequência

de procedimentos realizados, os torna uma das principais categorias sujeita a

exposições aos riscos ocupacionais.

Desse modo, para desenvolver este trabalho foi necessário levantar o

contingente de profissionais atuantes na área de enfermagem (enfermeiros, técnicos

e auxiliares), obtendo-se um total de 137 trabalhadores. (ver gráfico 6).

0

10

20

30

40

50

60

21

53

16

8

Menos de 1 ano

Entre 1 e 5 anos

Entre 5 e 15 anos

Entre 15 e 30 anos

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Gráfico 6: Total de profissionais do HMP e o total de profissionais da equipe de enfermagem, Paracatu-MG, mar./abr., 2010.

Fonte: Secretaria Municipal de Paracatu, 2010.

No período de aplicação dos questionários fez-se necessário a exclusão dos

profissionais que estavam de férias e/ou atestado médico, como também aqueles

que se negaram a responder (ver gráfico 7).

Houve muita resistência por parte dos profissionais em responder ao

questionário, evidenciado na taxa de 18% de recusa em participar da pesquisa.

Alguns relataram não ter tempo no horário de trabalho, pois os questionários não

podiam ser levados para casa, já outros, quando leram as questões, mostraram-se

inseguros e optaram por não responder.

72%

28%

Total de profissionais do HMP

Total de profissionais da equipe de enfermagem do HMP

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Gráfico 7: Profissionais que responderam aos questionários, Paracatu-MG, mar./abr., 2010.

Fonte: Dados coletados em pesquisa de campo com a equipe de enfermagem do HMP, pela acadêmica, Carolina Carvalho Fiuza, Paracatu, 2010.

Referente à primeira pergunta: “Você sabe o que é acidente de trabalho?

Explique”, todos os entrevistados responderam “Sim”, que têm conhecimento do que

é o acidente de trabalho, como podem ser observadas nas falas a seguir:

“Acidente de trabalho é o acidente ocorrido durante o desempenho da função

no local de trabalho.” (P13).1

“Quando de alguma forma me contamino com alguma secreção ou outros.”

(P21).2

“Tudo que coloca em risco a minha vida e minha saúde no local de trabalho e

durante o percurso casa – trabalho e vice e versa.” (P3).1

“Ao preparar ou administrar uma medicação perfuro o dedo.” (P46).3

“Imprevistos ocorridos durante algum procedimento realizado colocando em

risco a vida do trabalhador.” (P5).1

A saúde do trabalhador, no pensamento clássico da medicina ocupacional,

está relacionada ao ambiente físico, na medida em que o trabalhador, no seu

ambiente de trabalho, está em contato com agentes químicos, físicos e biológicos

que lhe causem acidentes e enfermidades. (OLIVEIRA; MUROFUSE, 2001).

1 Entrevista realizada com a equipe de enfermagem do HMP em 19/04/2010.

2 Entrevista realizada com a equipe de enfermagem do HMP em 20/04/2010.

3 Entrevista realizada com a equipe de enfermagem do HMP em 22/04/2010.

71%

11%

18%

Responderam

Férias e atestado médico

Se negaram a responder

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Analisando as respostas, percebeu-se que os profissionais mostraram ter

conhecimento sobre tal questão. Porém, ainda houve aqueles (9%) que não

opinaram.

Ao questionar se o entrevistado já havia sofrido algum tipo de acidente de

trabalho ou doença ocupacional, 70% dos entrevistados responderam que não e

30% responderam que sim e descreveram o ocorrido, observa-se a seguir:

“Foi um acidente de trabalho, por falta de segurança para mobilizar o

paciente.” (P80).4

“Já perfurei o dedo com perfurocortante; ao socorrer um paciente em uma

ambulância, escorreguei no chão molhado e torci o tornozelo sendo necessário

imobilizá-lo por 8 dias; ao realizar um curativo, cortei o polegar com bisturi sendo

necessário 3 pontos.” (P5).1

“Doença não, mas algumas vezes com perfurocortante, em 2001 mesmo,

furei o dedo com um gelco usado em paciente soro positivo.” (P36).5

“Fui mordida na mão por um paciente psiquiátrico.” (P10).1

“Acidente com perfurocortante (ao desprezar uma seringa).” (P61).6

“Sofri um acidente ao realizar tricotomia em gestante, cortei o dedo.” (P13).1

Ao analisar esta questão sobre acidentes de trabalho e doenças ocupacionais

pode-se notar que dos 30% dos entrevistados que já sofreram algum tipo de

acidente ou doença ocupacional 26% citaram acidente com perfurocortante, sendo

um número significativo.

Segundo o MTE (2010), os Centers for Diseases Control and Prevention

(CDC) estimam que, a cada ano, ocorram 385.000 acidentes com perfurocortantes

entre os trabalhadores da saúde que atuam em hospitais; uma média de 1.000

exposições por dia. (BRASIL, 2010b).

Das doenças ocupacionais, as mais citadas foram “stress, depressão e

problemas na coluna”, observadas em algumas respostas a seguir:

“Stress, cansaço físico e mental, dores musculares e fibromialgia.” (P74).6

“Durante 3 anos anteriores, com stress, creio em alto grau, aproximando a

um quadro depressivo devido a acúmulo e sobrecarga de serviços.” (P1).1

“Tendinite e problema de coluna.” (P9).

4 Entrevista realizada com a equipe de enfermagem do HMP em 02/05/2010.

5 Entrevista realizada com a equipe de enfermagem do HMP em 22/04/2010.

6 Entrevista realizada com a equipe de enfermagem do HMP em 27/04/2010.

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“Logo quando comecei a trabalhar no hospital tive um quadro depressivo, mas

graças a Deus me tratei e hoje já me acostumei com esta vida de tanto sofrimento e

morte.” (P21).2

Percebeu-se que as doenças ocupacionais como “stress e depressão”

ocorreram em profissionais com menos tempo de atuação, podendo estar

relacionado à dificuldade em lidar com fatos novos, como morte e sofrimento, por

exemplo, ou até mesmo por não terem experiência em gerenciar melhor o tempo e o

serviço, resultando em sobrecarga de trabalho.

Já os “problemas de coluna” citados, podem estar relacionados à má postura

ao realizar procedimentos e ao transportar pacientes, de um leito para outro,

havendo sobrecarga de peso.

Quando questionados se sabiam o que fazer em caso de acidente de

trabalho, 5% dos entrevistados responderam “Não”, outros 67% citaram diferentes

ações, algumas observadas nas falas a seguir:

“Caso com materiais perfurocortantes, lavar bem o local com água e sabão e

procurar a chefia imediata para demais providências.” (P98).7

“Comunicar a chefia imediata, técnico de segurança e também o médico do

trabalho.” (P9).1

“Procurar o médico para solicitar exames e utilizar o kit de acidentes de

trabalho.” (P30).2

“Comunicar a administração.” (P11).1

“Solicitar exames do paciente e da pessoa que acidentou (teste rápido HIV,

sorologia Hep. B) e conforme o resultado encaminhá-los.” (P1).1

“Informar o enfermeiro do plantão o tipo de acidente, tomando as medidas de

acordo com o tipo de acidente.” (P26).2

“Fazer exames de ambos, do cuidador e do paciente.” (P91).7

Algumas respostas foram divergentes e incoerentes em relação ao Manual de

Condutas do Ministério da Saúde que preconiza e padroniza as ações que devem

ser adotadas em caso de ocorrência de acidente dentro do ambiente hospitalar.

Nota-se ainda que estes profissionais (67%) não citaram nenhum tipo de

notificação, o que demonstra que a instituição e seus funcionários não estão

preparados para o atendimento aos acidentes, os quais devem ser considerados

7 Entrevista realizada com a equipe de enfermagem do HMP em 25/04/2010

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situações de emergência médica, sendo a notificação ou comunicação a primeira

etapa para o atendimento rápido e eficaz ao colaborador acidentado. As respostas

apresentam-se ainda diversificadas, o que demonstra não haver padronização de

conhecimento sobre o que fazer em caso de acidentes de trabalho dentro deste

ambiente hospitalar.

Cabe destacar que a instituição pesquisada não conta com suporte

especializado de médico e enfermeiro do trabalho, bem como técnico de segurança

para tratar prontamente as ocorrências.

Obteve-se ainda 15% dos pesquisados que citou a Comunicação de Acidente

de Trabalho (CAT) e 13% citaram a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

(CIPA), como se pode ver nas falas a seguir:

“Preencher ficha e consultar no PS, colher exame do profissional e do cliente,

preencher a ficha do SISVAN e CAT e dependendo do acidente temos que

encaminhar o funcionário para Unaí, onde o mesmo será consultado por um

infectologista para tomar ou não o coquetel para HIV.” (P3).1

“Comunicar à chefia imediata e também à CIPA, preencher o CAT e ficha de

investigação de acidentes.” (P93).4

“Comunicar a chefia imediata para tomar providências como o CAT, técnico

de segurança e a CIPA.” (P71).6

A resposta a seguir comprova que o HMP não aplica o Manual de Condutas

do Ministério da Saúde:

“Somente temos protocolo e fluxo para acidente com material biológico. O

atendimento inicial é realizado no hospital, logo após realizar os exames, o servidor

é orientado sobre os procedimentos e encaminhado ao CIPA (Unaí) para consulta

com infectologista e inicia a profilaxia para HIV. A notificação é feita e preenchemos

uma ficha de registro de acidentes para construção dos indicadores.” (P32).5

Quando perguntados sobre o que é doença ocupacional ou do trabalho,

obteve-se as seguintes respostas:

“Doença adquirida pelo desempenho do trabalho a longo ou curto prazo.”

(P81).4

“Aquela que se adquire quando fica exposto sem o uso dos EPI’s ou de forma

incorreta.” (P2).1

“Doença adquirida por esforços repetitivos no trabalho, ou por acidente ou por

doenças contagiosas.” (P34).5

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“Todas as doenças adquiridas durante o período do trabalho e no trajeto da

casa para o trabalho.” (P78).4

“É a patologia proveniente do desgaste que a ocupação impõe, pode ser

físico ou mental.” (P73).6

“Doença adquirida ao longo do tempo na profissão.” (P41).5

“Aquela que pode ocorrer através do acidente e se contaminar.” (P77).4

A doença profissional típica é definida como aquela inerente ou peculiar a

determinado ramo de atividade. (OLIVEIRA; MUROFUSE, 2001).

Percebe-se nas falas dos profissionais, em relação às doenças ocupacionais

ou do trabalho, que os mesmos demonstram ter conhecimentos sobre o tema e tal

conhecimento é coerente com o conceito legal de doença ocupacional.

Quando questionados sobre o que fazer em caso de doença ocupacional,

obtiveram-se respostas divergentes e incoerentes, como a seguir:

“Sim, comunicar o CAT para perícia.” (P44).5

“Sim, comunicar a CIPA.” (P83).4

“Notificar e investigar a doença ocupacional pra estabelecer o tratamento

adequado.” (P49).3

“Deve estabelecer normas e práticas de trabalho que visem minimizar o risco

e em caso da doença já instalada tomar as medidas de rotina da instituição.” (P27).2

“Evitar o que está causando a doença e procurar tratamento.” (P4).1

“Fazer exercícios diariamente, academia, hidroginástica, etc.” (P17).2

As respostas obtidas demonstram como já foi falado, que a instituição

pesquisada não conta com uma estrutura adequada para o atendimento aos casos

de acidentes e doenças ocupacionais, o que acaba por refletir em funcionários

desamparados e desinformados.

Quando questionados sobre o conhecimento dos riscos ocupacionais aos

quais estão expostos, 11% responderam não conhecer e 89% disseram conhecer,

porém, a maioria das respostas não foi fiel ao que estabelece a legislação: “riscos

químicos, físicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes”.

“LER – lesão por esforço repetitivo.” (P7).1

“Risco de contrair HIV, se perfurar com a mesma agulha usada em um

paciente soro positivo.” (P75).6

“Stress, contaminação com sangue, doenças contagiosas, etc.” (P59).3

“Depressão, doença degenerativa, stress, dor lombar e ouros.” (P95).7

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“Risco de desenvolver hérnia de disco.” (P16).2

“Risco de contaminação e risco de acidentes.” (P90).4

“O stress pode levar a fazer medicações erradas e até ser perfurado.” (P33).5

As respostas a seguir foram mais coerentes, porém incompletas.

“Riscos físicos e biológicos.” (P47).3

“Físicos, químicos e radiotivos.” (P8).1

“Biológico, físico, químico e ergométrico.” (P85).4

“Risco mecânico, biológico e com perfurocortantes.” (P37).5

“Biológico.” (P92).7

Dos 98 entrevistados somente um respondeu corretamente como podemos

ver a seguir:

“Ergonômicos, físicos, químicos, biológicos e acidentes.” (P2).1

Quando os profissionais deram exemplos de doenças como sendo os riscos

ocupacionais, percebeu-se então, que eles vêem estes riscos como consequências

e não como fonte desencadeadora das doenças e acidentes.

Posto isto, cabe ressaltar a importância de seguir as normas propostas pelo

Ministério do Trabalho e Emprego, a NR32 item 32.2.4.9, onde estabelece a

responsabilidade do empregador de realizar treinamentos de forma contínua para

assegurar que os profissionais tenham conhecimentos de quais são os riscos e

quais as medidas preventivas aplicáveis.

Foi pedido para exemplificar situações do dia a dia que representam risco de

acidentes, 6% dos profissionais não opinaram e 94% deram diferentes exemplos,

vistos a seguir:

“Realizar punção venosa.” (P60).3

“Não usar EPI´s adequados.” (P39).5

“Realizar vários procedimentos como: punção venosa, aspiração de vias

aéreas, manipulação com pacientes – transferência.” (P21).2

“Punção venosa, auxílio em suturas, pacientes psiquiátricos, etc.” (P18).2

“Quando as auxiliares de limpeza lava o chão e fica molhado isso pode

causar um acidente de trabalho.” (P5).1

“Ás vezes os EPI´s fornecidos não são de qualidade aumentando o risco de a

luva rasgar e me contaminar com secreção ou até mesmo perfurar com gelco.”

(P35).

“Realizar procedimentos como injeção, contenção de pacientes, resgate em

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acidentes e o transporte destes.” (P69).6

“Perfurocortantes.” (P61).6

“Acompanhar paciente em raio-X e ficar exposto à radiação.” (P2).1

“Ruídos, radiação, meningites, hepatites, tuberculose...” (P32).5

“Entrar em contato com paciente sem diagnóstico definido e ele pode estar

com tuberculose.” (P20).2

Os profissionais foram de certa forma, coerentes e demonstraram ter uma

noção de procedimentos e situações que representam risco, porém, os que citaram

o “mau uso dos EPI´s” ou “EPI´s de má qualidade” não se enquadram em situações

de risco, pois estes equipamentos não previnem acidentes apenas minimizam os

danos.

Questionou-se sobre como prevenir a ocorrência de acidentes de trabalho e

doenças ocupacionais dentro da instituição, 8% não opinaram e dos que

responderam obteve-se as seguintes falas:

“Palestras, ginástica laboral.” (P15).1

“Utilizar os EPI´s, ter ergonomia (postura, descanso), estar sempre alerta na

realização dos procedimentos.” (P51).3

“Uso de EPI´s.” (P47).3

“Seguir as normas da instituição hospitalar.” (P31).5

“Realizar lavagem das mãos.” (P32).5

“Trabalhar com postura correta.” (P77).4

“Seguindo as normas.” (P23).2

“Com orientação e treinamentos dos funcionários quanto à prevenção de

acidentes e uso correto dos EPI´s.” (P2).1

“Tomando as precauções padrão e mantendo a vacinação em dia.” (P21).

“Para prevenir acidentes usando EPI´s, mas doenças ocupacionais eu não

sei.” (P12).1

“É difícil, porque o excesso de trabalho está de mais.” (P57).3

“É difícil evitar acidentes, já as doenças fazendo exames regularmente.”

(P14).1

Como já citado anteriormente, os EPI´s são utilizados para proteção dos

profissionais e dos pacientes, para minimizar os danos caso haja intercorrência.

Percebe-se então que estes entrevistados têm dificuldade de distinguir quais são as

medidas de prevenção.

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Referente à pergunta: “A instituição oferece treinamentos sobre como evitar

acidentes?”, 92% dos entrevistados responderam que “Não” e somente 8%

responderam que “Sim”, (ver gráfico 8).

Gráfico 8: Treinamentos oferecidos pela instituição, segundo as respostas dos

profissionais, Paracatu-MG, mar./abr., 2010.

Fonte: Dados coletados em pesquisa de campo com a equipe de enfermagem do HMP, pela acadêmica, Carolina Carvalho Fiuza, Paracatu, 2010.

Segundo a NR32, o empregador deve assegurar capacitação aos

trabalhadores, antes do início das atividades e de forma continuada, devendo ser

ministrada:

a) sempre que ocorram mudanças das condições de exposição dos

trabalhadores aos riscos biológicos;

b) durante a jornada de trabalho;

c) por profissionais de saúde familiarizados com os riscos inerentes aos

agentes biológicos. (BRASIL, 2005).

Os dados indicam que a instituição não segue o que o Ministério do Trabalho

e Emprego preconiza.

Para os que responderam “Sim”, questionou-se com que periodicidade,

algumas respostas podem ser conferidas a seguir:

“Uma vez no ano apenas.” (P87).4

“Raramente.” (P32).3

“Que eu me lembre teve um treinamento há mais de 1 ano.” (P67).

“Não tem tempo marcado.” (P9).1

8%

92%

Sim

Não

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“Só quando fui admitida.” (P26).2

“Há mais de um ano e meio teve.” (P88).4

Percebe-se que houve divergências entre os entrevistados e que a instituição

anda irregular com os treinamentos que deveriam ser realizados periodicamente.

Em seguida foi questionado se a instituição oferece os EPI´s adequados à

necessidade do profissional, 46% responderam que “Não” e alguns justificaram com

algumas falas a seguir:

“Não tem todos necessários, apenas luvas de péssima qualidade e máscaras

simples, eu acho que deveriam oferecer jalecos padronizados, óculos de proteção,

luvas e máscaras melhores.” (P63).6

“Aqui dificilmente se vê máscaras n 91 e 95 nem capotes.” (P43).5

A seguir algumas respostas dos 54% dos profissionais que responderam

“Sim”:

“Luvas, gorros, aventais, óculos, porém muitos não são de boa qualidade.”

(P11).1

“Na medida do possível como luvas de procedimentos e estéreis, máscara

simples e n 95.” (P85).4

“Apenas luvas, toquinha, máscara e propé, mas não são muito bons.” (P17).2

“Luvas, máscara, gorro, óculos, toca acho que só.” (P33).5

Nota-se mais divergências nas respostas, alguns citaram um tipo de EPI que

a instituição oferece, já outros disseram que “dificilmente” tem este mesmo EPI.

Segundo a NR32 item 32.2.4.7, os Equipamentos de Proteção Individual

(EPI), descartáveis ou não, deverão estar à disposição em número suficiente nos

postos de trabalho, de forma que seja garantido o imediato fornecimento ou

reposição. E é dever do empregador:

a) garantir a conservação e a higienização dos materiais e instrumentos de

trabalho;

b) providenciar recipientes e meios de transporte adequados para materiais

infectantes, fluidos e tecidos orgânicos. (BRASIL, 2005).

Além de fornecer os EPI´s adequados à necessidades dos profissionais e

garantir a conservação dos mesmos, a instituição tem o dever de treinar o pessoal

quanto ao uso correto destes equipamentos.

A última questão refere-se à NR32, se o profissional já ouviu falar sobre esta

norma regulamentadora e se “Sim”, explicá-la. Dos entrevistados 69% responderam

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que “Não” e apenas 31% responderam que “Sim” (ver gráfico 9).

Gráfico 9: Profissionais que já ouviram falar sobre a NR32, Paracatu-MG, mar./abr., 2010.

Fonte: Dados coletados em pesquisa de campo com a equipe de enfermagem do HMP, pela acadêmica, Carolina Carvalho Fiuza, Paracatu, 2010.

Porém quando se pediu para explicar, destes 31% que disseram Sim 7% não

explicou, o que pode significar que na verdade não sabem do que ela trata. Alguns

dos que responderam não demonstraram muita segurança e alguns se equivocaram

como se pode ver nas falas a seguir:

“Não lembro perfeitamente, mas acho que é sobre acidentes e doenças no

trabalho.” (P25).2

“Acho que tem haver com máscaras, sapatos fechados, luvas e etc.” (P27).2

“Lei que protege o trabalhador em relação a acidentes.” (P10).1

“Já ouvi por auto, mas não sei do que ela trata.” (P45).5

“Fala dos riscos que corremos.” (P1).1

“É a NR que regulamenta o uso de EPI´s adequados ao seu trabalho?! Não

tenho certeza!” (P82).4

“São normas regulamentadoras da profissão.” (P91).7

“É a máscara que utiliza em isolamentos para cuidar de pacientes com

doenças de grande transmissibilidade.” (P13).1

“São normas usadas pela CIPA no ambiente de trabalho, na prevenção de

31%

69%

Sim

Não

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acidentes.” (P66).6

“Ela explica os cuidados que devem ser tomados diante do acidente de

trabalho.” (P63).6

“É um tipo de norma para que você fique em dia, como por exemplo manter o

cartão de vacina em dia.” (P3).1

“É uma norma sobre segurança.” (P97).7

Das respostas obtidas as que foram mais coerentes podem ser observadas a

seguir:

“Esta norma tem objetivo de estabelecer diretrizes básicas para a

implementação de ações de proteção à segurança dos trabalhadores dos serviços

de saúde.” (P32).5

“São normas que visam a segurança do trabalhador na instituição de saúde

pública e privada.” (P41).5

“É a norma que regulamenta a prevenção de acidentes no ambiente de

saúde.” (P53).3

“É a norma que regulamenta medidas para prevenir acidentes e doenças

ocupacionais.” (P79).4

“É uma norma regulamentadora relativa à segurança e medicina do trabalho,

estabelece diretrizes para implementação de medidas de segurança e da saúde de

trabalhadores de serviços de saúde.” (P2).1

A NR32 refere-se à Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde,

que tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de

medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de

saúde, em seu texto, resume-se os pontos principais de várias normas, no que se

aplica aos serviços de saúde, como: NR5, NR6, NR7, NR9, NR17 e NR26.

Percebeu-se que os profissionais têm muito pouco conhecimento sobre a NR32

demonstrando uma falha na capacitação profissional.

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5 CONCLUSÃO

O presente estudo permitiu analisar o nível de conhecimento dos

trabalhadores de enfermagem acerca dos riscos ocupacionais aos quais estão

expostos no cotidiano do trabalho. Obteve-se assim que os enfermeiros, técnicos e

auxiliares de enfermagem do Hospital Municipal de Paracatu têm pouco

conhecimento a respeito dos riscos ocupacionais. Acredita-se que o pouco que

sabem sobre os riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes,

advém da prática cotidiana, visto que a instituição não conta com programas de

educação continuada.

A partir da concepção de que a educação é fundamental para instrumentalizar

o indivíduo para a prática preventiva em saúde, fica a reflexão de que a referida

instituição deverá, antes de tudo, investir na capacitação e orientação continuada e

sistematizada de seus colaboradores com vistas a implementar ações concretas

voltadas à prevenção de acidentes e doenças de trabalho no ambiente hospitalar.

Neste sentido, a NR32 item 32.2.4.9 estabelece como responsabilidade do

empregador a realização de treinamento e capacitação continuada.

Em relação ao uso de EPI´s percebeu-se uma dificuldade na adesão ao uso

destes equipamentos, seja pela falta de orientação, pelo deficiente fornecimento por

parte da instituição ou pela má qualidade destes materiais. Percebe-se ainda que

muitos profissionais definem o equipamento de proteção individual como sendo item

obrigatório relacionado à prevenção de acidentes. Tal informação traz à tona a

necessidade do investimento, por parte da instituição, na adoção de medidas de

engenharia, administrativas ou de proteção coletiva, com o objetivo de eliminar o

risco, pois como se sabe o EPI somente minimiza o possível dano causado pelo

acidente.

Desta forma, a partir do conhecimento dos custos financeiros, sociais e

emocionais, que envolvem os acidentes e doenças do trabalho, torna-se clara a

urgência na tomada de decisão em propor medidas efetivas para a prevenção

destas ocorrências no ambiente de trabalho. Além de configurar-se como obrigação

legal por parte das instituições de saúde, a adoção de programas de segurança e

saúde no trabalho, caracteriza-se também como exercício de responsabilidade

social.

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Assim, fica evidente que as questões relativas à segurança e saúde do

trabalhador em saúde já se encontram plenamente normatizadas e regulamentadas,

sendo agora necessário o compromisso das instituições de saúde em aplicar, no seu

dia a dia, medidas consistentes e sustentáveis que garantam o bem estar e

qualidade de vida dos trabalhadores, para que estes possam atingir todas as suas

potencialidades e exercer o seu trabalho com excelência.

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REFERÊNCIAS

ALEXANDRE, Neusa Maria Costa; BENATTI, Maria Cecília Cardoso. Acidentes de trabalho afetando a coluna vertebral: um estudo realizado com trabalhadores de enfermagem de um hospital universitário. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 6, n. 2, abril 1998 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11691998000200010&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 22 set. 2009. ALVES, Marília; GODOY, Solange Cervinho Bicalho; SANTANA, Daniela Moreira. Motivos de licenças médicas em um hospital de urgência-emergência. Revista brasileira de enfermagem., Brasília, v. 59, n. 2, Abril 2006 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672006000200014&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 16 Nov. 2009. AZAMBUJA, Eliana Pinho; KERBER, Nalú P. da Costa; KIRCHHOF, Ana Lúcia. A saúde do trabalhador na concepção de acadêmicos de enfermagem. Revista da escola de enfermagem da USP, São Paulo, v. 41, n. 3, Setembro. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342007000300003&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 13 abr. 2010. BALSAMO, Ana Cristina; FELLI, Vanda Elisa Andres. Estudo sobre os acidentes de trabalho com exposição aos líquidos corporais humanos em trabalhadores da saúde de um hospital universitário. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 14, n. 3, Junho 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692006000300007&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 06 ago. 2009. BELLUSCI, Silvia Meirelles. Doenças profissionais ou do trabalho. 3 ed. São Paulo: SENAC, 2001. BENATTI, Maria Cecília Cardoso; NISHIDE, Vera Médice. Elaboração e implantação do mapa de riscos ambientais para prevenção de acidentes do trabalho em uma unidade de terapia intensiva de um hospital universitário. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 8, n. 5, out. 2000 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692000000500003&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 19 set. 2009. BRASIL, Manuais de legislação Atlas. Segurança e medicina do trabalho. 36 ed. São Paulo: atlas,1996.

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APÊNDICES

APÊNDICE A – AUTORIZAÇÃO PARA COLETA DE DADOS

Assunto: Autorização para coleta de dados para elaboração de Trabalho de Conclusão de Curso Prezado Secretário

Vimos através deste apresentar a proposta de trabalho de conclusão de curso

intitulada: “Avaliação do nível de conhecimento dos trabalhadores de enfermagem

do Hospital Municipal de Paracatu – MG acerca dos riscos ocupacionais”, que será

desenvolvido pela acadêmica Carolina Carvalho Fiuza, regularmente matriculada no

7º Período do Curso de Enfermagem desta IES.

Para realização deste trabalho a acadêmica necessita coletar dados junto aos

profissionais de enfermagem do Hospital Municipal. Em nenhum momento este

trabalho tem como objetivo denegrir valores e sim rever conceitos referentes a

assunto tão importante. Este trabalho não visa lucros, nem vai gerar encargos ao

município. Após a conclusão do trabalho e sua aprovação, a Acadêmica se

compromete a enviar uma cópia do mesmo à esta secretaria para apreciação.

Solicitamos, portanto a colaboração e permissão de vossa senhoria para a

coleta das informações necessárias ao estudo.

Sem mais para o momento,

Atenciosamente.

____________________________ ___________________________ Carolina Silveira de Souza Carolina Carvalho Fiuza Professora Orientadora Temática Acadêmica do Curso de Enfermagem Ilustríssimo Senhor Eurípedes Tobias Secretário Municipal de Saúde Paracatu – Minas Gerais

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APÊNDICE B - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (Conselho Nacional de Saúde, Resolução 196/96)

Eu, ___________________________________________________________,

abaixo qualificado (a), DECLARO para fins de participação em pesquisa, na

condição de sujeitos objeto da pesquisa, que fui devidamente esclarecido do Projeto

de Pesquisa intitulado: Avaliação do nível de conhecimento dos trabalhadores de

enfermagem do Hospital Municipal de Paracatu – MG acerca dos riscos

ocupacionais, desenvolvido pela aluna Carolina Carvalho Fiuza, acadêmica do 7º

período do curso de enfermagem da Faculdade Tecsoma, Paracatu-MG, sob a

orientação da Professora Carolina Silveira de Souza.

A população em estudo será composta pela equipe de enfermagem

(enfermeiros, técnicos, auxiliares) do Hospital Municipal de Paracatu-MG, totalizando

137 profissionais. Trata-se de um estudo quanti-qualitativo, descritivo, transversal e

não-experimental, utilizando um questionário com perguntas objetivas.

Ao sujeito objeto deste estudo será garantido os esclarecimentos que se

fizerem necessários, antes e durante o curso do estudo, bem como o sigilo e

privacidade dos dados confidenciais envolvidos na pesquisa e a liberdade de

recusar-se em participar ou cancelar o seu consentimento sem penalização alguma

e sem qualquer prejuízo.

DECLARO, que após convenientemente esclarecido pelo pesquisador e ter

entendido o que me foi explicado, consinto voluntariamente a participação nesta

pesquisa.

Paracatu, _____ de ______________ de 2010.

______________________________

Assinatura do Declarante

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APÊNDICE C – QUESTIONÁRIO APLICADO

Sexo ( ) Feminino ( ) Masculino

Idade ___ anos

Estado civil ( ) solteiro ( ) casado ( )viúvo ( ) divorciado

Qual sua formação?

( ) enfermeiro ( ) técnico ( ) auxiliar

Qual função você exerce nesta instituição?

___________________________________________________________________

Em qual setor você desempenha a sua função?

___________________________________________________________________

Há quanto tempo você trabalha na instituição?

( ) Menos de 1 ano

( ) Entre 1 e 3 anos

( ) Entre 3 e 5 anos

( ) Entre 5 e 10 anos

( ) Entre 10 e 15 anos

( ) Entre 15 e 20 anos

( ) Entre 20 e 25 anos

( ) Entre 25 e 30 anos

( ) Entre 35 e 40 anos

( ) Mais de 40 anos. Quantos? ________anos

1. Você sabe o que é acidente de trabalho? Explique. ( ) Sim ( ) Não ___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

2. Já lhe aconteceu algum acidente ou alguma doença ocupacional nestes anos

dentro da instituição?

( ) sim ( )não

Descreva o ocorrido

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

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3. Você sabe o que fazer em caso de acidente de trabalho? Explique.

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

4. Você sabe o que é doença ocupacional ou do trabalho? Explique. ___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

5. Você sabe o que fazer em caso de suspeita de doença ocupacional? Explique.

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

6. Você conhece quais os riscos ocupacionais aos quais você está exposto?

( ) sim ( )não

Se sim, quais?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

7. Quais as situações no seu dia a dia representam risco de acidente de trabalho? Exemplifique. ___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

8. De que forma você previne a ocorrência de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais dentro da instituição? Explique. ___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

9. A instituição oferece treinamentos sobre como evitar acidentes?

( ) sim ( ) não

Se sim, com que periodicidade

___________________________________________________________________

10. A instituição fornece os EPI´s adequados à sua necessidade? ( ) sim ( ) não

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

11. Quais EPI´s?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

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12. Você já ouviu falar sobre a NR32? ( ) sim ( ) não

Se sim, explique.

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________