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AVALIAÇÃO DO SERVIÇO INTERNAMENTE PRESTADO PELA
ATIVIDADE DE INFORMÁTICA, EM UMA GRANDE EMPRESA
BRASILEIRA.
Eduardo Felherg
TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DO INSTITUTO DE PÓS
GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, COPPEAD/UFRJ, COMO PARTE DOS
REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM
CIÊNCIAS (M. Se).
APROVADO POR:
Prof.
Prof.
. JULIO CESAR SAMPAIO DO PRADO LEITE PUC/RJ
RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COPPEAD
INSTITUTO DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO
AVALIAÇÃO DO SERVIÇO INTERNAMENTE PRESTADO PELA ATMDADE DE INFORMÁTICA, EM UMA GRANDE EMPRESA BRASILEIRA.
Eduardo Felberg
Mestrado em Administração
Orientador: Prof. Kleber F ossati Figueiredo
Rio de Janeiro, RI - Brasil 1994
FELBERG, Eduardo.
Avaliação do serviço internamente prestado pela
atividade de informática, em uma grande empresa brasileira!
Eduardo Felberg. Rio de Janeiro: COPPEADIUFRJ,1994.
xiii, 171p., 29,7 cm
Tese - Universidade Federal do Rio de Janeiro,
COPPEAD.
1 . Qualidade. 2. Serviços. 3. Informática.
4. Tese (Mestrado - COPPEAD!UFRJ). I. Título
iH
iv
Se não eu, quem por mim?
Mas se eu/or só por mim, o que serei eu?
E se não agora, quando?
HILLEL
Aos meus pais, que plantaram as
sementes e de quem muito me
orgulho.
Aos meus irmãos, pela amizade e
carinho que nos une.
v
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Kleber Fossati Figueiredo, pela paciente orientação e pelo constante apoio.
Aos Profs. Donaldo de Souza Dias e Julio Cesar Sampaio do Prado Leite, pelos comentários e sugestões.
À PETROBRÁS, pelo apoio material e fmanceiro recebido durante o curso.
Aos Srs. Manoel Coelho de Segadas Vianna, Aristides Mesquita e Josafá Dias de Moraes, pela oportunidade, apoio, compreensão e confiança.
Ao Sr. Francisco José Marques Fernandes, pela oportunidade da pesqwsa.
À Sra. Vera Lúcia da Silva Pinto, pela colaboração na pesquisa e pela revisão do texto.
Ao Prof. Frederico A. Carvalho, pela colaboração na fase do tratamento e da análise estatística dos dados.
À Sra. Rebecca Arkader, pelo grande apoio, dedicação e interesse.
Ao Sr. José Carlos Macedo, pelo estímulo.
Ao Michael Benitáh, pelo auxilio no uso do computador.
Aos professores e funcionários da COPPEAD, sempre prontos a colaborar.
Aos meus colegas da PETROBRÁS/SERlNF, pela colaboração constante e pela amizade.
Aos meus amigos, que me incentivaram a persistir.
À Profa. Anna Maria Campos, pelas descobertas que me proporCiOnou.
À Sra. Lilian Nobre, por ter me acompanhado em muitas buscas.
vi
RESUMO DA TESE APRESENTADA À COPPEADIUFRJ COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM cIÊNCIAS (M.Sc.).
AVALIAÇÃO ATIVIDADE DE BRASILEIRA.
DO SERVIÇO INTERNAMENTE PRESTADO PELA INFORMÁTICA, EM UMA GRANDE EMPRESA
Eduardo Felberg
Julho de 1994
Orientador: Prof KLEBER FOSSATI FIGUEIREDO, Ph.D.
Este estudo pretende contribuir para a compreensão do conceito de
qualidade de serviço na atividade de informática, a partir da avaliação do
serviço prestado internamente em uma grande empresa brasileira.
Nesse sentido, buscou-se verificar a existência de diferenças entre aS expectativas de um conjunto de usuários quanto a um excelente setor de
informática e as percepções dos prestadores quanto a essas mesmas
expectativas. Pretendeu-se, ainda, avaliar, com base no modelo conceitual
adotado, a existência de diferenças entre as expectativas desses usuários
quanto à excelência nos serviços e as percepções dos mesmos quanto aos
serviços efetivamente prestados pela atividade de informática.
A revisão de literatura destaca vários aspectos relacionados ao tema da
qualidade de serviço, que permitiram a identificação de alguns atributos de
qualidade para a atividade de informática e auxiliaram a avaliação dos
resultados do estudo.
Os resultados revelaram que os prestadores de serviço percebem quais
são as expectativas dos usuários quanto a um excelente setor de informática,
embora não estejam atendendo satisfatoriamente, através da prestação dos
serviços, a tais expectativas.
vii
ABSTRACT OF THE DlSSERTATION PRESENTED TO COPPEADIUFRJ AS PART OF THE NECESSARY REQUIREMENTS FOR THE MASTER OF SCIENCE DEGREE (M.Sc.).
EVALUATION OF THE LEVEL OF SERVICE RENDERED BY A COMPUTER INFORMATION AREA IN A LARGE BRAZILIAN COMPANY.
Eduardo Felberg
July 1994
Advisor: Prof. KLEBER FOSSATI·FIGUEIREDO, Ph.D.
This study intends to contribute to the understanding of Service Quality concepts in Computer infomiation, based on the evaluation of the internaI service rendered in a large Brazilian company.
The intention was to verify, on the basis of the conceptual model _ adopted, (a) the existence of differences between the users' expectations
about an excellent service and the service performers' perceptions about these expectations and (b) the existence of differences between the users' expectations about an excellent service and their perceptions about the services performed.
The literature suggests some aspects related to the service quality subject, leading to the identification of some quality attributes in Computer information and helped in the evaluation of the results.
The results revealed that the service performers perceive the users' expectations about an excellent service, although the performances do not correspond totally to such expectations.
viii
LISTA DE ANEXOS
I Modelo de medição da qualidade de serviço
11 Questionários da pesquisa
III Modelo da carta de divulgação da pesquisa
IV Resultados dos testes das hipóteses
Pág.
126
127
146
147
ix
x
LISTA DE GRÁFICOS
Pág.
1 Respondentes por função gerencial 77
2 Respondentes por área de contato no Setor de Infonnática 78
3 Respondentes por atividade do departamento 79
4 Respondentes por total de empregados na atividade 80
5 Hiatos entre as expectativas dos usuários e as percepções dos
prestadores quanto as expectativas dos usuários (médias) 88
6 Hiatos entre as expectativas e percepções dos usuários (médias) 95
xi
LISTA DE QUADROS
Pág.
1 Resumo dos atributos pesquisados na atividade de informática 57
2 Comparativo dos percentuais de lotação de empregados
e de respondentes da pesquisa, por área de atividade 64
3 Expectativas dos usuários quanto a um excelente setor de
informática 82
4 Percepções do Setor de Informática quanto as expectativas
dos usuários 85
5 Hiatos entre as expectativas dos usuários e as percepções
dos prestadores quanto às expecta#vas dos usuários (médias) 86
6 Hiatos entre as expectativas dos usuários e as percepções
dos prestadores quanto às expectativas dos usuários (medianas) 87.
- 7 Percepções dos usuários quanto aos serviços prestados
pelo Setor de Informática 90
8 Hiatos entre as expectativas e percepções dos usuários (médias) 93
9 Hiatos entre as expectativas e percepções dos usuários (medianas) 94
10 Resultados da Análise Discriminante para o teste da hipótese 2 103
11 Quadro associativo entre o hiato 5 de cada atributo e a
importância �o mesmo para o usuário. 112
1 1. 1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.5.1 1.5.2
1.6
sUMÁRIO
PROBLEMA Introdução Importância do estudo Objetivos do estudo Delimitação do estudo Ambiente do estudo Introdução As empresas de economia mista e suas especificidades Organização do estudo
REVISÃO DE LITERATURA Introdução
Pág.
2 4 7 8
14
14 17
20 2 2.1 2.2 O Conceito de qualidade de serviço e sua importância
para as organizações 21 2.2.1 Qualidade e a defmição do serviço sob a perspectiva
2.2.2 2.2.3 2.2.4 2.2.5
do cliente Qualidade, a cultura e o clima organizacionais Qualidade e o elemento humano nas organizações Qualidade e a lealdade do cliente Qualidade e o planejamento, o controle e a padronização do serviço
2.3 Qualidade e a Prestação interna de serviços 2.3.1 Introdução 2.3.2 A Prestação interna de serviços 2.4 A Medição da Qualidade do Serviço 2.4.1 Introdução 2.4.2 O modelo de Parasuraman el ai. 2.5 Atributos de Qualidade na Atividade de Informática 2.5.1 Introdução 2.5.2 Atributos na atividade de informática 2.5.2.1 Atributos associados ao contexto organizacional 2.5.2.2 Atributos associados à área de informática, ao seu
corpo técnico e às políticas de serviço 2.5.2.3 Atributos associados às interfaces entre os
usuários e os serviços de informática 2.5.2.4 Atributos associados à qualidade dos sistemas 2.5.2.5 Atributos associados aos aspectos comportamentais
dos usuários 2.6 Modelo ConceituaI da Pesquisa
23 23 25 27
28
29 30
34 36
40 42 43
44
48 49
54 59
xii
xiii
3 METODOLOGIA 3.1 Hipóteses da pesquisa 61 3.2 Detenninação da população e da amostra 63 3.3 Método de coleta de dados 65 3.4 Questionários 66 3.5 Tratamento e análise de dados 68 3.6 Limitações 72
4 RESULTADOS 4. 1 Caracterização da amostra 75 4.2 Frequência dos atributos 8 1 4.3 Testes das hipóteses 99 4.3.1 Teste da hipótese 1 100 4.3.2 Teste da hipótese 2 102
. 5 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES PARA
PESQUISAS FUTURAS 5.1 Conclusões 106 5.2 Recomendações para pesquisas futuras 1 16
BIBLIOGRAFIA 1 19
ANEXOS 126
CAPÍTULO 1
1 PROBLEMA
1.1 Introdução
A discussão sobre qualidade na área de prestação de serviços vem se
intensificando, nos últimos tempos, de forma generalizada.
Esta questão vem gerando uma mudança radical de comportamento por parte
das organizações, principalmente pelo fato de a atividade de serviços vir em um
crescente, como percentual do produto nacional bruto dos países "desenvolvidos",
na.atual ordem econômica mundial. Horovitz (1991) exemplifica tal importância ao
citar o percentual da atividade de serviços nas economias francesa, norte-americana
e alemã como sendo, respectivamente, de 65%, 70% e 56% do PNB. Aquele autor
ressalta; ainda, que estamos assistindo a uma g1obalização dos serviços, como
conseqüência do impacto conjunto das telecomunicações e da informática.
Diversas outras explicações podem ser destacadas para justificar este novo
comportamento. A competição internacional vem crescendo em decorrência do
novo rearranjo geo-político mundial. O surgimento dos "tigres asiáticos", a
liderança industrial do Japão, a concorrência com os países do leste europeu, as
restrições de acesso à Comunidade Econômica Européia e a criação do NAFTA
(North American Free Trade Agreement), entre outros, fazem com que o Brasil
tenha que se adaptar rapidamente a esta nova situação, para evitar ser alijado do
mercado mundial. Preocupado com esta questão, o governo brasileiro lançou, em
1990, o Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade (p.B.Q.P.), voltado
para incentivar as empresas nacionais a atentarem para este conceito.
2
Por sua vez, os consumidores, de uma maneira geral, estão se tomando cada
vez mais exigentes com relação à qualidade dos produtos e dos serviços prestados.
Particularmente, no Brasil, há até pouco tempo, o consumidor não tinha atentado
para sua força como agente modificador do status quo da qualidade dos produtos e
serviços disponíveis no mercado. Este novo posicionamento dos consumidores
brasileiros pode ser melhor compreendido, quando se considera a aprovação, por
parte do Congresso Nacional, da lei nO 8.078, de 11.09.1990, regulamentando o
Código de Defesa do Consumidor, cujo conteúdo é muito rígido quanto ao respeito
aos direitos dos cidadãos.
Por outro lado, não se pode deixar de considerar os avanços paulatinos que a
sociedade brasileira vem conquistando nos últimos anos. Através da reconquista da
cidadanía, a sociedade volta a exercer·
os seus direitos de reivindicar, exigir e
cobrar, quer do governo e das instituições públicas, quer das instituições privadas.
Assim sendo, parece que as organizações têm começado a perceber que o
cultivo do respeito ao consumidor tem sido o grande diferencial, entre países e
empresas, na luta pela manutenção ou conquista de mercados.
Berry et aJo (1989) comentam que esta nova mentalidade se dá porque "a
qualidade é o grande diferenciador. A qualidade de serviço atrai - e mantém - a
atenção do cliente". Berry et alo (Op.cit.) destacam, ainda, que a excelência do
serviço prestado assegura ganhos para todos: o cliente, o empregado e a empresa.
Desatníck (1989), por sua vez, ressalta que o motivo pelo qual se passa a dar tanta
ênfase em qualidade de serviço é que agora a competição está se intensificando de
forma acentuada e, alcançar uma posição competitiva em termos mundiais, está se
tomando cada vez mais dificil. Aquele autor chega a mencionar que "qualidade de
3
serviço não é uma vantagem competitiva. É a vantagem competitiva" (p.25).
Reichheld et ai. (1990) comentam que a preocupação com a qualidade seria a mais
lucrativa maneira de se administrar um negócio.
Seja como for, não se pode mais pensar em prestação de serviços sem se
considerar as necessidades, desejos, interesses e aspirações dos interessados. É premente a necessidade de se investigar o que o cliente, consumidor, usuário ou
público alvo, como quer que se queira chamar, pensa e deseja. Da mesma forma, é
necessário que as organizações estabeleçam uma nova relação com seus
empregados. Talvez só desta forma poder-se-á buscar o equilíbrio entre a finalidade
genérica das organizações de obter lucros, e o papel social que estas mesmas
organizações têm que começar a cumprir perante a sociedade.
1.2 Importância do estudo
A relevância de se discutir temas como Qualidade de Serviços, Atendimento
a clientes, Produtividade e Competitividade, entre outros, pode ser constatada
quando se percebe o grau de importância que vem sendo dado pela imprensa a tais
assuntos.
Nesse sentido, pode-se destacar alguns dos inúmeros artigos publicados,
cujos enfoques estão completamente de acordo com as questões acima abordadas:
- reportagem de capa "Acima de tudo o cliente", publicada na Revista
Exame, edição 514, de 19/09/92;
- entrevista entitulada "O cliente é a salvação", com Jan Carlzon, publicada
na Revista Exame, edição 541, de 29/09/93;
4
- artigo "Qualidade vira diretoria nas empresas", Jornal do Brasil, 24/05/92;
- artigo "TAM promete a festa a passageiro", Jornal do Brasil, 14/09/92;
- artigo "Empresas prestam atendimento ao cliente", Jornal do Brasil,
15/11/92;
- "Indústrias ignoram consumidores solteiros", Jornal do Brasil, 22/11192;
- "Qualidade de serviços 'não é qualidade de produtos", de Rodolfo Horta,
Jornal do Brasil, 09/01194;
- "Em busca do governo competitivo", Jornal do Brasil, 20/02194;
- "IAM decola e já compete com grandes companhias", Jornal do Brasil,
31103/94;
- encarte promocional da Associação Brasileira de Anunciantes, publicado
em revistas semanais brasileiras em março/1994, em comemoração ao Dia
Internacional do Consumidor, 15 de março,
Por outro lado, além das questões citadas na introdução do estudo, quando
justificamos a importãncia de se discutir Qualidade dentro de um contexto de
mercado (visão econômica da Qualidade), é fundamental analisar esta mesma
questão sob um outro foco, qual seja, o enfoque humano/social da Qualidade.
Deveria ser dispensável comentar que discutir Qualidade só se justifica quando se
considera o elemento humano o ponto central da questão, uma vez que antes de se
preocupar com a qualidade dos produtos e dos serviços, de forma isolada, se
deveria dar mais atenção à qualidade de vida da sociedade em si.
Deste modo, a idéia básica que permeia o desenvolvimento deste trabalho é
contribuir para despertar um questionamento sobre um novo paradigma, um novo
rearranjo social, que pode ser sintetizado pela idéia de que todas as pessoas, na
5
condição de cidadãos, devem não só ter o direito, mas a vivência, de ter os seus
desejos e necessidades respeitados.
Esta intenção é direcionada para as duas pontas: para o cidadão que ainda
não internalizou o seu verdadeiro papel como cliente, consumidor ou usuário e
para as organizações que ainda não internalizaram este novo papel do cidadão.
Ainda neste mesmo enfoque, o presente estudo pretende contribuir para a
compreensão dos conceitos de Qualidade considerando três particularidades: (a) o
caso em que a organização prestadora de serviços é uma empresa de economia
mista; (b) o caso em que a prestação do serviço dá-se internamente à organização e
(c) o caso em que a prestação de serviços dá-se na atividade de informática.
Considerando a situação em que a prestadora de serviços é uma empresa de
economia mista, prestar um serviço de qualidade é, antes de tudo, um dever. A
responsabilidade social dessas organizações é enorme e a sociedade exige uma boa
gestão dos recursos do Estado. No entanto, quando se pensa em Gestão da
Qualidade nessas organizações, não se pode esquecer que a legislação específica e
a conseqüente falta de flexibilidade imposta pela mesma, dificulta, muitas vezes, a
adoção de medidas mais adequadas em termos de negócio.
Já com relação à prestação de serviços interna a uma organização, pode-se
perceber inúmeros problemas inerentes a essa situação. Não haver, em geral, opção
de escolha de fornecedor (cliente cativo) e não se pagar pelos serviços prestados
internamente podem ser consideradas duas das causas de alguns desses problemas.
6
Finalmente, compreender os problemas envolvidos na prestação de serviços
de informática é vital para a sobrevivência de qualquer organização. Principalmente
se o negócio da empresa se basear fortemente em tecnologia avançada. Neste
momento em que as transformações têm ocorrido em ritmo acelerado, dispor das
informações corretas, na forma desejada e no tempo necessário, são condições
essenciais para um gerenciamento de sucesso.
1.3 Objetivos do estudo
O presente trabalho tem como objetivo tomar disponível uma nova
contribuição de estudo na área de qualidade em serviços. O estudo, conforme
mencionado anteriormente, considera as particularidades de que a organização é
uma empresa de economia mista, de que o serviço é prestado internamente à
organização e de que o serviço dá-se na atividade de informática. Ele vem ao
encontro de outras tentativas semelhantes, dentro de um escopo maior, de se
tentar, cada vez mais, buscar atender os interesses dos usuários, com níveis de
qualidade sempre crescentes.
O objetivo será atingido através da investigação de possíveis discrepâncias
entre as reais necessidades dos usuários de um setor de informática de uma grande
empresa brasileira e aquilo que o setor de informática imagina que sejam as reais
necessidades de seus usuários. Ou seja, avaliando o hiato existente entre o serviço
esperado pelos usuários e as percepções gerenciais sobre o que seriam as
expectativas desses usuários, pode-se descobrir aqueles atributos mais relevantes,
aos quais se deveria dar mais atenção e concentrar esforços.
7
Além disso, pretende-se investigar o nível de satisfação dos usuários com os
serviços prestados por esse mesmo setor de informática, ou seja, avaliar a diferença
entre o serviço esperado por estes usuários e o serviço percebido pelos mesmos.
1.4 Delimitação do estudo
o estudo foi desenvolvido em uma grande empresa brasileira, de economia
mista, sediada no Rio de Janeiro. Sua missão é garantir o abastecimento do
mercado nacional de um determinado conjunto de recursos energéticos.
A empresa está presente em todos os estados brasileiros, bem como em
alguns outros países, diretamente ou através de alguma de suas subsidiárias. Conta
com aproximadamente 5 1 .000 empregàdos, em janeiro de 1994, e é uma das
maiores empresas do Brasil, em termos de faturamento.
Sua estrutura departamentalizada está baseada no seu conjunto de atividades.
As áreas-fim da companhia englobam, entre outras, atividades industriais,
comerciaís e de transporte. Em adição, outros departamentos são responsáveis
pelas atividades de apoio, taís como: engenharia, informática e telecomunícações,
material, jurídico, recursos humanos, comunícação social e planejamento.
Maís especificamente no que diz respeito à atividade de informática, foco do
estudo, a mesma está estruturada de forma descentralizada. Existe um
departamento de gerência da informação responsável pelos sistemas de informação
corporativos e pelos serviços de comunícação, bem como pela normatização das
atividades de informática e telecomunícações. Em paralelo, outros departamentos,
de mesmo nível hierárquico que o departamento de gerência da informação,
8
apresentam estruturas próprias de informática, voltadas para suas atividades
específicas. Este modelo de estrutura faz com que o parque computacional da
companhia forme uma grande rede de comunicação, através da interligação dos
diversos centros de computação.
Com relação a este estudo, cogitou-se, inicialmente, desenvolver o trabalho
junto ao departamento de gerência da informação. Todavia, esse departamento já
vinha realizando pesquisas semelhantes no âmbito da empresa. Além disso, haviam
algumas dificuldades e restrições para a operacionalização da pesquisa nesse
departamento, em função do porte e das caracteristicas da organização. Assim
sendo, optou-se por se pesquisar a área de informática de um outro departamento
da organização, responsável por uma das atividades-fim da companhia. Acredita-se
que os resultados da pesquisa não ficaram comprometidos, em decorrência dessa
escolha, uma vez que o departamento selecionado apresenta, por si só, uma
estrutura de informática de porte médio, representativa de outros departamentos da
empresa . .
Deve-se destacar que o presente estudo foi desenvolvido junto ao Setor de
Informática da sede do departamento. Em uma segunda etapa, em consonância
com o Programa de Qualidade que vem sendo desenvolvido no departamento, os
responsáveis pela atividade desenvolverão trabalhos semelhantes junto aos setores
regionais de informática.
A estrutura do departamento pesquisado e as principais atividades
desenvolvidas pelo Setor de Informática serão descritas a seguir. Esta descrição
objetiva uma melhor avaliação e compreensão dos resultados da pesquisa, a serem
apresentados no Capítulo 4.
9
o Departamento
No que concerne ao departamento escolhido, as atividades normativas estão
centralizadas na sede, no Rio de Janeiro, enquanto que as atividades operacionais
são desenvolvidas em cinco órgãos regionais distribuídos pelo pais.
o departamento é responsável por uma das principais atividades-fim da
companhia. Tanto na sede quanto nos órgãos regionais, em apoio a essa atividade,
são executadas, ainda, atividades ligadas as seguintes áreas: contratação,
documentação técnica, equipamentoslcompras, engenharia, inspeção,
planejamento, recursos humanos, transporte e informática.
Deve-se destacar que três dessas atividades de apoio (engenharia, inspeção e
transporte) estão diretamente atreladas à atividade principal desenvolvida, enquanto
que as demais são típicas de qualquer outro departamento da companhia ou até
mesmo de outras organizações.
Com relação à estrutura computacional de todo o departamento, a mesma era
formada, no início de 1994, por seis redes padrão ETHERNET, localizadas na sede
e em cada um dos órgãos regionais.
Todas essas seis redes do departamento, voltadas sobretudo para atender as
necessidades específicas do órgão, estão ligadas aos centros de computação dos
demais departamentos, compondo a grande rede de computação da companhia.
10
Especificamente com relação à rede da sede do departamento, a mesma era
composta, no período anteriorm�nte citado, por 186 microcomputadores (modelos
386 e 486) e 42 terminais. O servidor da rede, que também atendia aos bancos de
dados e à automação de escritórios, apresentava 128Mb de memória e 7Gb de área
em disco. Nessa mesma época, 29 profissionais estavam envolvidos com a
prestação de serviços na área de informática, para os cerca de 260 usuários da
sede.
No que diz respeito aos Sistemas de Informação, pode-se destacar que
algumas atividades de apoio do departamento são atendidas, total ou parcialmente,
por sistemas "corporativos" desenvolvidos e administrados pelo departamento de
gerência da informação ou pelo departamento da área afim. Nesse caso,
encontram-se as atividades de contratação, documentação técnica, planejamento e
recursos humanos.
Por sua vez, as necessidades de informação relacionadas à atividade-fim e às
atividades de apoio a ela diretamente atreladas são atendidas pela área de
informática do próprio departamento.
o Setor de Infonnática
O Setor de Informática está organizacionalmente estruturado com base em
suas áreas de atuação. São estas: Suporte Técnico e Operação,
Desenvolvimento/Adaptação de Aplicativos e Apoio ao Usuário, além das
atividades de Planejamento e Apoio Administrativo.
II
A atividade de Apoio ao Usuário é aquela que atua, de fonna mais próxima e
constante, junto ao conjunto de usuários. A equipe, composta de cinco técnicos
experientes, conta com o reforço de um grupo de estagiários. Estes estagiários,
supervisionados pelos técnicos, geralmente são os responsáveis pelo primeiro
atendimento das solicitações.
Entre as principais atribuições desses profissionais pode-se destacar o
gerenciamento das chaves de acesso aos diversos ambientes computacionais, a
pesquisa tecnológica, a compra de hardware e software de microinfonnática, o
treinamento, o atendimento geral aos usuários de microcomputador e a
organização da biblioteca técnica.
Já com relação à equipe responsável pelo Suporte Técnico, a mesma é
composta de quatro profissionais. Esta equipe, pela própria natureza da atividade,
nonnaImente não interage com os usuários. Sua atuação está relacionada ao
planejam�nto e à gerência da rede de computação do departamento. Esta gerência
envolve manutenção de aplicativos, apoio à atividade de Administração de Banco
de Dados e aquisição de software e hardware para a rede, entre outras.
A lista de atribuições da atividade denominada Operação é extensa. Os três
profissionais alocados à área são responsáveis, entre outros, pelos seguintes
serviços:
- controle do cadastro de equipamentos do departamento;
- recebimento, instalação, remanejamento e devolução de equipamentos;
- controle da transmissão e recepção de dados entre a sede e os órgãos
operacionais;
12
- ligações remotas entre os órgãos operacionais;
- atendimento a usuários quanto a problemas de assistência técnica dos
equipamentos.
Por fim, a atuação dos demais técnicos que compõem o grupo responsável
pelo Desenvolvimento/Adaptação de aplicativos pode ser subdividida em quatro
áreas: Gerência de Informação, Administração de Banco de Dados,
Desenvolvimento e Manutenção.
A Gerência da Informação atua, principalmente, na detecção de novas
informações a serem disponibilizadas, na construção e manutenção da Arquitetura
de Informações e na aferição do grau de satisfação dos usuários com relação a
estas informações.
A Administração de Banco de Dados gerencia o ambiente fisico associado ao
banco de dados, através da elaboração do projeto fisico, do controle de utilização,
da otimização de desempenho, da implantação de procedimentos de segurança, da
criação de documentação etc.
A equipe alocada ao Desenvolvimento define padrões e requisitos dos bancos
de dados e sistemas, desenvolve, implanta e fornece treinamento nesses produtos,
além de aferir a satisfação dos usuários quanto a sua utilização.
Com relação à Manutenção, a mesma é desenvolvida com o objetivo de
adequar os sistemas, bancos de dados, dicionário de dados e documentação às
eventuais mudanças ocorridas no ambiente.
13
1.5 Ambiente do estudo
1.5.1 Introdução
Conforme mencionado anteriormente, o presente estudo foi desenvolvido em
uma empresa de economia mista. Toma-se necessário conhecer e compreender
algumas especificidades dessas organizações, a fim de se melhor perceber as causas
que podem impedir, ou dificultar, a prestação de um serviço reconhecido como
satisfatório.
No tópico a seguir serão relacionadas algumas particularidades que podem
ajudar a explicar um comportamento não voltado para a satisfação de clientes, que
algumas dessas organizações apresentàm. As informações apresentadas estão
baseadas no trabalho A Empresa Estatal, elaborado pela empresa MACROPLAN.
1.5.2 As �mpresas de economia mista e suas especificidades
As sociedades de economia mista, ou empresas estatais, foram criadas como
uma alternativa de modelo organizacional aos organismos públicos tradicionais.
Conceitualmente, pode-se considerá-Ias um meio termo entre as repartições
públicas clássicas e as empresas privadas. Com sua criação, pretendia-se a obtenção
de maior agilidade, flexibilidade e eficácia.
Todavia, a Administração Pública não adaptou, para este novo modelo de
instituição, o modelo até então adotado para a gestão da coisa pública. Mantendo
se os mesmos procedimentos administrativos praticados anteriormente, inúmeras
falhas foram sendo cometidas.
14
Entre estas falhas, pode-se destacar a crença de que a adoção pura e simples
do modelo de gestão do setor privado, sem a devida consideração das diferenças
inerentes aos dois ambientes, seria suficiente para superar as ineficiências públicas.
Uma outra falha cometida está relacionada a algumas tentativas de se obter maior
eficiência e eficácia através da adoção de controles e medidas centralizadoras. Ora
buscava-se impor modelos e instrumentos próprios de empresas privadas, ora se
procurava controlar, a partir do Governo Central, uma instituição que se pretendia
ágil, flexível e eficiente.
É importante destacar que as instituições estatais possuem certas
características e estão submetidas a determinadas restrições que decorrem de sua
própria vinculação ao setor público e que são inerentes à sua própria natureza.
Dentre estas restrições, pode-se destacar a questão da submissão a um poder
político que lhe é externo e que pode perseguir objetivos distintos, e até mesmo
conflitantes, dos seus interesses empresariais. Este poder político externo pode
legitimamente impor às suas empresas qualquer objetivo de interesse geral ou
público, mesmo se isso contrariar a racionalidade e eficiência da gestão interna.
Adicionalmente, pode-se considerar que, normalmente, a empresa estatal
convive com as seguintes situações:
. a exístência de uma contradição lógica entre constituir-se instrumento de
política pública e de atendimento aos interesses gerais e ser cobrada e avaliada por
desempenho, eficiência e comportamentos empresariais;
15
. a existência de supervisão e controle gerencial externos, que reduzem
fortemente seu grau de autonomia empresarial;
. a ausência ou insuficiência de instrumentos efetivos de política e
planejamento, em termos de orientações específicas ao seu planejamento e atuação;
Além disso, percebe-se a exigência de se atender e se cumprir, de uma forma
absoluta, um conjunto de imperativos permanentes. Estes imperativos, tais como
Respeito ao Direito, Atendimento às Exigências Éticas, Transparência etc., são
específicos da sua condição de entidade pública e geralmente não são requeridos,
pelo menos com a mesma intensidade, das instituições do setor privado.
Outrossim, pode-se apresentar um conjunto de características que ger� nas
estatais uma dinâmica e uma cultura organizacional muito peculiar e que implica
sérios reflexos sobre a sua administração geral e gestão setorial. Algumas destas
características estão discorridas abaixo:
· elevada rotatividade do corpo dirigente das estatais e, conseqüentemente,
de suas estratégias e políticas;
· falta de condições e/ou de disposição para cobrança de resultados e
empenho;
· tratamento igualitário e indiferenciado dos seus recursos humanos,
dificultando a avaliação por mérito e a existência de um sistema de remuneração
compatível com o desempenho individual;
· comportamentos voltados predominantemente para o estrito cumprimento
de normas e regulamentos formais;
16
. a administração pública, inclusive as estatais, toma-se campo de disputa
partidária, não apenas pela ocupação de cargos, mas também pela própria
condução e gestão dos negócios.
Isto posto, percebe-se que o não atingimento dos mesmos padrões de
qualidade e produtividade das empresas privadas, por parte das empresas estatais,
pode se dar em função de algumas das variáveis acima mencionadas. Assim sendo,
ao se avaliar a qualidade do serviço prestado por essas organizações, não se pode
deixar de considerar as características do ambiente na qual estão inseridas.
1.6 Organização do estudo
o presente estudo está organizado em cinco capítulos: este capítulo
introdutório, a revisão de literatura, a metodologia da pesquisa, os resultados e as
conclusões.
No primeiro capítulo, discorremos sobre a importância do tema, o objetivo
do trabalho, delimitamos o escopo do estudo e analisamos as particularidades
inerentes a uma empresa de economia mista.
No capítulo dois, revemos alguns conceitos de qualidade de serviço
discorridos na literatura, explicitamos o modelo de medição de Qualidade adotado
e relacionamos um conjunto de atributos de Qualidade para a atividade de
informática.
17
o terceiro capítulo apresenta a metodologia da pesquisa efetuada e no quarto
capítulo são descritos os resultados da pesquisa e é apresentada uma análise dos
mesmos.
Finalmente, no quinto capítulo discorremos sobre as conclusões do trabalho e
apresentamos algumas recomendações para pesquisa futura.
18
19
CAPITuLo 2
. -I .... ,
2 REVISÁO DE LITERATURA
2.1 Introdução
Quando se discute a questão da Qualidade na atividade de prestação de
serviços, diversas abordagens são apresentadas, por variados autores. Em geral,
são apresentados conceitos sem os quais acredita-se não ser possível atingir e
manter um serviço reconhecido como de qualidade. Além disso, é possível
encontrar na literatura correspondente algumas sugestões de modelos de medição
da qualidade de um serviço genérico, bem como uma relação de atributos
específicos para a atividade dé informática.
Isto posto, o interesse, neste capítulo, é o de apresentar e abordar estes
tópicos, procurando destacar, principalmente, aquelas idéias mais relacionadas ao
ambiente objeto de estudo.
Inicialmente, serão descritos alguns conceitos relacionados à prestação de
serviços em geral, de forma que se possa perceber um conjunto de variáveis
mínimas e comuns a qualquer área de serviços. Em seguida, serão analisadas as
questões da qualidade em um ambiente de prestação interna de serviços. Será
abordada, ainda, a questão de como se pode efetivamente medir a qualidade de um
serviço prestado e será apresentada a descrição do modelo escolhido como
instrumento básico de medição da qualidade de serviço. Por último, será
apresentada uma lista de atributos, sugeridos como representativos da atividade de
informática, os quais terão sua importância e grau de satisfação investigados,
posteriormente, junto aos prestadores de serviços e aos usuários.
20
2.2 O Conceito de Oualidade de Servicos e sua importância para as
organizações
Ao se analisar diversas tentativas de se definir Qualidade de Serviço, nota-se
uma grande dificuldade por parte dos autores em fazê-Io, uma vez que a
característica principal que permeia este conceito é a subjetividade. A idéia básica
do que seja Qualidade de Serviço pode ser compreendida a partir do comentário de
Berry et ai. (Op.cit., p.27), de que "um serviço de qualidade não é 'ajustar-se às
especificações', como ás vezes se define, senão ajustar-se às especificações do
cliente". Horovitz (Op. cit.) sugere a mesma idéia quando visualiza que a
organização deve satisfazer ao máximo seus clientes, sabendo antecipar suas
necessidades e responder às suas expectativas.
A partir daí, pode-se compreender porque parece ser uma unanimidade a
idéia de que alcançar um nível de excelência de qualidade na área de serviços' é
bastante mais dificil do que na área de produção de bens. Isto se dá, entre outros,
porque a filosofia de qualidade se originou no setor de produtos, onde é maior a
facilidade de mensuração, bem como devido ao alto grau de incerteza envolvido
nesta atividade, na área de serviços, decorrente da dificuldade de se controlar os
processos, o ambiente e as pessoas envolvidas.
.,
Algumas. características peculiares à atividade de serviços também poderiam
justificar a dificuldade de se atingir um bom nível de Qualidade de Serviço.
Sasser et ai. (1978), Berry et ai. (Op.cit.) e Parasuraman et ai. (1985), entre
outros autores, destacam o desafio de se alcançar um nível de excelência de
Qualidade quando se considera os conceitos de intangibilidade do serviço,
21
heterogeneidade, perecibilidade do serviço e simultaneidade entre produção e
consumo.
A importância da tangibilização do serviço decorre do fato de que é a partir
desta que o cliente se sentirá apto a efetuar o seu julgamento do serviço prestado.
A heterogeneidade se refere à grande variabilidade existente na prestação do
serviço por parte dos prestadores, uma vez combinadas as caracteristicas
individuais do prestador, a natureza intangivel dos serviços e a presença do
consumidor durante o processo de prestação do serviço. Daí, a dificuldade de se
estabelecer padrões para a produção em uma empresa de prestação de serviços.
Com relação ao aspecto da perecibilidade, a dificuldade decorre do fato de
que os serviços não podem ser estocados. Como conseqüência, o planejamento das
atividadés de prestação dos serviços se torna mais complexo, pois, neste caso,
como sugere Sasser et ai. (Op.cit.), perde-se o beneficio do uso do mecanismo de
manipulação das flutuações de demanda.
Já quanto à simultaneidade, Grõnroos (1984) destaca que serviços são
produtos que, além de serem basicamente imateriais, requerem alto grau de
envolvimento durante o processo em que produção e consumo ocorrem
simultaneamente. Esta questão torna-se vital, uma vez que o consumidor, ao fazer
parte do processo, passa a influenciar diretamente na qualidade do serviço
prestado. E será com base no impacto causado no consumidor, quando da
experimentação do serviço, que este consumidor vai detenninar seu grau de
satisfação.
22
Como conseqüência dos quatro conceitos acima descritos, dois pontos
merecem ser destacados. O primeiro, conforme sugere Parasuraman et ai. (Op. cit.),
refere-se ao fato de que a qualidade do serviço não dependerá só do resultado
obtido, mas também do próprio processo. O segundo, ressaltado por Boothe
( 1990), é que a qualidade do serviço passa a estar relacionada á percepção do
cliente e não mais á do prestador do serviço.
2.2.1 Qualidade e a definição do serviço sob a perspectiva do cliente
Ao se pensar em atingir um nível de excelência de Qualidade, está se
pensando, em última instância, em como satisfazer adequadamente as necessidades,
desejos e aspirações dos consurnídores.
Deste modo, deve-se pensar na definíção do serviço propriamente dito. Berry
et ai. (Op.cit.) ressaltam a importância de se (re)definír o serviço desde a
perspectiva do cliente. Desatníck (Op.cit.) comenta que algumas organizações
parecem ter descoberto uma fórmula mágica de sucesso á medida em que adotaram
uma filosofia de orientação para o cliente. Grõnroos (Op. cit.) sugere que a
estratégia de prestação de serviço requer um conhecimento claro do que realmente
os clientes estão buscando. Este posicionamento torna-se claro quando se
considera que o cliente é o úníco juiz da qualidade do serviço.
2.2.2 Qualidade, a cultura e o clima organizacionais
Uma outra questão a ser também considerada refere-se a como o conceito de
Qualidade de Serviço está inserido na cultura da organízação. Segundo Albrecht et
ai. (1985), a menos que os valores, normas e procedimentos da organização - a
23
cultura da organização - estejam voltados para o cliente, será quase impossível que
a organização esteja apta a oferecer um serviço consistente.
Assim sendo, a cultura de serviço só existe quando esta orientação é uma das
mais importantes normas da organização e quando os empregados sentem o real
compromisso da alta gerência para com este objetivo. Os empregados devem estar
convencidos da qualidade do serviço proporcionado pela organização e da
importância de seus papéis na prestação deste serviço, para poderem ser capazes de
convencer seus clientes. Devem atentar para a importância do trabalho em equipe,
porque as pessoas, na atividade de prestação de serviços, normalmente, dependem
umas das outras. E só após a internalização do conceito de Qualidade por parte dos
empregados, a organização poderá voltar-se para a 'venda' do conceito de
Qualidade para seus clientes.
Considerando o caso em que a ênfase em Qualidade de Serviços não faça
parte da cultura organizacional, Berry et ai. (Op.cit.) comentam que a tarefa de
conscientização terá de ser iniciada pelos altos escalões da organização. Nesta
situação de mudança comportamental, a inserção do conceito de Qualidade na
cultura da organização não se dá, em geral, de modo laci!. Muitas vezes, os
valores, tradições, crenças, interesses e até mesmo a formação profissional de
algumas pessoas impedem que sejam adotadas atitudes e comportamentos voltados
para a Qualidade de Serviço. Daí, a conceituação sugerida por Schneider (1984),
quanto à classificação dos empregados de uma organização de serviços: os
entusiastas do serviço, voltados para o atendimento dos clientes, e os burocratas do
serviço, voltados para a rotina e a rigidez das normas e procedimentos.
24
Por outro lado, deve-se considerar a possibilidade de existir fatores de
bloqueio dentro da própria cultura organizacional. Neste caso, as pessoas agem de
forma cautelosa, preocupam-se apenas consigo mesmas e tornam-se passivas em
suas atividades do dia-a-dia. Os membros de uma organização, ao se sentirem
pessimistas ou temerosos, em função de circunstâncias correntes, ficam tão
preocupados com a própria sobrevivência que a idéia da sobrevivência da
organização se torna algo muito distante. Schneider (Op.cit.) alerta para a questão
de que, nas organizações de serviços, a dinâmica organizacional tem um impacto
direto no desempenho e atitude dos empregados. Deve-se lembrar, ainda, que os
empregados estão, quase sempre, no meio de um conflito entre as demandas da
gerência e as demandas dos clientes a quem servem. Além do mais, para se
conseguir que as pessoas elevem seus padrões individuais e suas expectativas
quanto a si próprias e quanto aos outros, é necessário existir uma atmosfera
adequada.
2.2.3 Qualidade e o elemento humano nas organizações
Uma questão fundamental para uma prestação de serviços satisfatória está
relacionada ao fato de que a busca da Qualidade Total pelas empresas não poderá
ter como único objetivo a satisfação dos clientes. Atingir este objetivo está
condicionado, também, à satisfação do seu pessoal.
Este ponto de vista é corroborado por Smith (1990, p.20), quando afirma
que "nós aprendemos há algum tempo que a satisfação do empregado é o pré
requisito para a satisfação do cliente". Smith (Op.cit.) e Desatnick (Op.cit.)
concordam, ainda, que o relacionamento dos empregados com os clientes é um
espelho do relacionamento da organização com os empregados. Sendo assim, é
25
importante que as organizações repensem sua relação psicológica com seus
empregados, uma vez que esta afeta a relação psicológica dos empregados com os
clientes. Os clientes seriam melhor servidos se as organizações estivessem
estruturadas para encontrar e satisfazer as necessidades dos empregados.
Deste modo, avaliar o grau de motivação dos empregados, particularmente
daqueles mais diretamente envolvidos com o ato de prestar o serviço, toma-se
importante à medida em que se percebe que o empenho contínuo de cada um dos
membros da organização contribui para o sucesso da companlúa em uma economia
global e competitiva. As organizações devem considerar como fatores de satisfação
dos empregados aqueles relacionados à auto-realização, ao reconhecimento, ao
trabalho em si, à responsabilidade, ao progresso individual, à política e
administração da empresa, à supervisão, ao salário, às relações humanas e às
condições de trabalho.
Relacionado a estes fatores, A1brecht (1992, p. 78) comenta que "as pessoas
que fazem parte de organizações reagem à realidade das recompensas e sanções
que recebem, e não a apelos idealizados da administração". Assim sendo, para a
satisfação do pessoal, Berry et ai. (Op.cit.), Peters et ai. (1986) e novamente
A1brecht et ai. (Op.cit.) comentam que as organizações devem ter a preocupação
com o desenvolvimento dos empregados. Devem pensar, ainda, em treinamento
adequado, na delegação de responsabilidades, especialmente para o pessoal de linha
de frente, no reconhecimento profissional e na existência de um ambiente de
trabalho que estimule a performance e a criatividade das pessoas. E, também,
devem promover uma comunicação permanente em duas vias, para a transmissão
de metas, objetivos e filosofias e para conhecer os problemas, sugestões e
solicitações.
26
De qualquer modo, percebe-se que um empregado com alto grau de
motivação não é condição suficiente para se atingir um nível ideal de serviço. O
indivíduo pode estar habilitado e motivado e, mesmo assim, por diferentes razões,
alocar seu esforço em direção distinta daquela esperada e apontada pela
organização. Uma possível explicação para esta situação decorre do fato que, em
geral, os indivíduos têm um posicionamento próprio de como deverão desempenhar
uma deterrnínada tarefa.
2.2.4 Qualidade e a lealdade do cliente
Um outro conceito bastante relevante ao se pensar na excelência da prestação
de serviço foi ressaltado por Reichheld ét ai. (Op.cit.), quando analisaram algumas
questões relacionadas aos motivos que levam os clientes a não mais procurarem
uma organização. Aqueles autores destacam que a descoberta das causas pelàs
quais os. clientes abandonam a organização é fundamental como feedback para
correção de eventuais pontos fracos existentes. Principalmente, porque o motivo de
abandono de um cliente pode vir a ser o motivo de abandono de muitos outros. Os
autores observam, ainda, que alguns estudos mostraram que a retenção de não mais
de cinco porcento dos clientes que não voltaram poderia fazer com que os lucros
dobrassem. E que o lucro com um cliente cresce com o tempo que ele já estiver
experimentando o serviço. Isto se dá pois, a longo prazo, quanto mais satisfação
com o serviço, maior a utilização do mesmo.
Heskett et ai. (1990) corroboram esta última idéia ao afinnarem que é menos
custoso atender clientes antigos, pois estes já conhecem o serviço prestado, já têm
um nível de expectativas estabelecido e, mais importante, já sabem o papel que se
27
espera que desempenhem no processo de prestação de serviços e sabem como
desempenhá-lo. Os autores afirmam ainda que, ao contrário do que normalmente
acontece, deve-se fazer todo o esforço possível no sentido de se instruir os clientes
com relação ao que devem esperar e fazer, pois usuários esclarecidos utilizam o
serviço de modo mais benéfico para ambos.
2.2.5 Qualidade e o planejamento, o controle e a padronização do serviço
Shostack (1984), ao analisar algumas possíveis alternativas de insucesso de
um serviço, visualizou que, além daquelas atribuídas à incompetência humana, uma
outra poderia ser destacada: a falta de um método sistemático de projeto e controle
de um serviço. Segundo o autor, é dificil assegurar qualidade ou uniformidade na
ausência de um projeto detalhado. Ele acredita que o estabelecimento de
procedimentos que permitam visualizar o processo, auxiliando na sua definição e
manipulação, pode ser bastante útil na medida em que possa identificar pontos
críticos e. alternativas de ação e permitir a antecipação da correção de problemas.
Além disso, a partir da preocupação com as particularidades, os clientes poderiam
perceber o serviço oferecido como diferente daquele oferecido pela concorrência.
Horovitz (Op.cit.), por sua vez, afirma que a inconsistência na prestação do
serviço pode se dar devido à falta de padronização destes serviços. E, no caso de
haver padrões, devido à falta de comunicação interna dos mesmos. Aquele autor
sugere, ainda, que todos os membros da organização devem possuir uma definição
comum do que seja a qualidade pretendida bem como o conhecimento do padrão
de como atingí-Ia.
28
Stratton (1991), ao analisar a prestação de serviços na Disneyland, afirma
que, embora cada trabalho individual seja diferente, todos devem falar a mesma
linguagem.
No entanto, esta questão de padronização do serviço é muito delicada pois,
como os clientes apresentam comportamentos individualizados, os serviços não
podem ser totalmente padronizados ou pré-detenninados.
2.3 Qualidade e a prestação interna de serviços
2.3.1 Introdução
Quando se pensa nos objetivos de uma organização, ou seja, nos motivos que
justificam a sua existência, via de regra associa-se tais objetivos à idéia de
fabricação de algum produto ou à de prestação de algum serviço voltado para
atender um detenninado mercado externo. A estratégia de marketing desenvolvida
é então calcada no relacionamento esperado entre a organização e esses clientes
externos.
Em uma economia de livre concorrência é comum que diversas organizações
disputem entre si a atenção dos clientes. É, em geral, uma situação mais vantajosa
para o consumidor, uma vez existirem alternativas de fornecedor, de serviço, de
preço, de modelo etc.
No presente estudo, a organização objeto de análise também tem como
objetivo final fabricar produtos e prestar serviços ao seu mercado externo. Todavia,
o interesse desse trabalho não é o de analisar a qualidade deste serviço prestado ao
29
público externo e sim, ao contrário, avaliar a qualidade do seTVIço prestado
internamente entre os diversos órgãos da organização.
A importância desta análise deve-se ao fato de que os problemas, conflitos e
divergências existentes internamente a uma organização acabam refletindo, em
última instância, na qualidade do serviço prestado externamente. Dai a necessidade
de se atentar para o que está ocorrendo dentro das fronteiras da empresa.
Assim sendo, pretende-se destacar, nesta seção, algumas questões
reconhecidas como possíveis causadoras de conflitos internos e que podem implicar
um mal funcionamento da organização.
2.3.2 A Prestação interna de serviços
Um primeiro aspecto que pode ser destacado, quando se pensa em prestação
interna de serviços, está relacionado à estrutura organizacional. Conforme alerta
A1brecht (1990), pode-se perceber que a qualidade dos serviços prestados
internamente é diretamente afetada pela forma através da qual a organização está
estruturada e as responsabilidades delegadas. Qualquer que seja a organização, a
ausência de uma direção clara pode gerar dúvidas sobre que papéis cada
departamento ou unidade deve e pode desempenhar e que contribuições deve
oferecer. Pode gerar conflitos, desintegração e desarmonia que impliquem na busca
de um espaço próprio individual. Considerando�se que as unidades de uma
organização desenvolvem atividades inter-relacionadas, interdependentes e
complementares, a perda da concentração conjunta de esforços para a consecução
dos objetivos maiores pode levar ao não cumprimento da missão da organização.
30
Motta (1991, p. IS) alerta para a idéia de que "a cooperação simples se refere
a todas aquelas operações que não permitem por natureza a decomposição em
partes, mas que, por outro lado, só podem ser realizadas por muitas mãos".
Albrecht (Op. cit.) comenta que muitas vezes as regras, procedimentos, disputas
internas e niveis de responsabilidade departamentais impedem que os diversos
grupos trabalhem em conjunto, visando o objetivo maior. Competições, atritos
internos, brigas por recursos ou responsabilidades, por motivos variados, podem
configurar as grandes barreiras para uma adequada prestação de serviços.
Albrecht ressalta, ainda, que esta situação pode levar as diversas unidades
funcionais a adotarem posturas prejudiciais ao bom andamento das atividades da
organização. Esse autor descreve algumas situações típicas assumidas dentro das
organizações, através do que denominou Os sete pecados da prestação interna
de serviços, conforme as idéias abaixo descritas:
- uma unidade funcional opera, em geral, dentro de suas próprias prioridades,
ignorando os pedidos recebidos das demais unidades, exceto aquelas de instâncias
supenores;
- uma unidade está quase sempre abandonando o bom senso e rejeitando
pedidos de serviços, com base em detalhes burocráticos;
- uma unidade define e comunica o que fará ou deixará de fazer, ignorando
os interesses alheios;
- uma unidade se preocupa em policiar outras unidades, na busca de erros ou
violação de regras;
- uma unidade pode deter o poder de vetar qualquer solicitação de uma outra
unidade, ao invés de tentar procurar uma maneira de atendê-Io;
3 \
- uma unidade não consegue solucionar um problema, sem muita burocracia
envolvida;
- uma unidade não cumpre com suas atribuições e também não deixa que os
outros o façam, para ter seus próprios problemas resolvidos.
Outro aspecto importante a ser considerado quando se pensa na busca da
Qualidade de Serviços refere-se à questão da imagem da organização. Grõnroos
(Op. cit.) afirma que a imagem da organização representa o valor que os clientes ou
qualquer outro grupo de pessoas associa à mesma. A imagem pode variar conforme
o grupo de pessoas que está sendo considerado e pode ser determinada em vários
niveis. Segundo esse autor, a imagem é função tanto de experiências passadas
quanto de expectativas futuras.
Dentro de uma organização, a imagem de uma unidade funcional pode afetar
a imagem das outras unidades individualmente e/ou a imagem da própria
organização. Esta situação é delicada uma vez que a imagem tem um grande
impacto na percepção do consumidor e nas atitudes dos empregados. Vale destacar
a idéia de Horovitz (Op.cit.), de que o cliente, ao julgar o serviço como um todo,
faz prevalecer o conjunto e não o êxito relativo de uma ação específica.
Em decorrência disso, a comunicação formal e informal entre as unidades de
uma organização assume uma grande importância. A troca de informações, através
de uma linguagem e abordagem comuns, refletirá positivamente na percepção dos
clientes.
Neste particular, AIbrecht (Op.cit.), ao citar exemplos de como algumas
unidades de uma organização eram percebidas pelas demais unidades, comenta que,
32
no caso da infonnática, esta atividade é geralmente taxada de insensível e
indiferente às pressões de tempo e aos objetivos e necessidades maiores dos
usuários. Aquele autor alerta que os profissionais dessa área são freqüentemente
acusados de possuir uma cultura técnica interna muito arraigada, o que os faria ter
uma maior preocupação com a tecnologia e com o produto em si do que com a
finalidade efetiva do produto. Esta idéia é sugerida por Gil (1992, p.31), de fonna
semelhante, quando afinna que "os usuários são voltados para sua atividade - fim
ou meio - segundo a perspectiva da contribuição ou do papel que sua função
desempenha nos negócios da organização" e "os profissionais da infonnática são
voltados para a tecnologia de computação, buscando sua satisfação profissional na
contínua atualização tecnológica em processamento eletrônico de dados". Gil
(Op.cit.) apresenta uma justificativa para esta situação, com base na idéia de que,
na área de infonnática, as mudanças tecnológicas vêm se dando mais rapidamente e
de fonna mais intensa, do que nas demais áreas empresariais.
Finalmente, uma questão mencionada anterionnente e que reforça a diferença
entre as situações em que os clientes são internos ou externos, refere-se à ausência
de concorrência de prestador dos serviços. Neste caso a clientela é cativa, pois, em
uma organização, alguns serviços devem obrigatoriamente, pelas suas próprias
características, ser prestados por uma outra unidade da organização.
Desta fonna, pode-se considerar o grau de lealdade espontânea do cliente um
bom indicador do nível do serviço prestado. Ao se acompanhar se um determinado
serviço está sendo solicitado, se o mesmo está sendo utilizado ou abandonado, ou
ainda, se existe a intenção de se buscar outras alternativas de solução para os
problemas, pode-se aferir o quanto um determinado serviço está sendo percebido
de fonna satisfatória pelos clientes.
33
2.4 A Medido da qualidade de serviço
2.4.1 Introdução
Ao se analisar a questão de como se pode mensurar a qualidade de um
serviço, nota-se poucas tentativas de sugestão de modelos de medição de
qualidade, dadas as dificuldades de delimitar e quantificar este conceito. Percebe-se
que algumas das dificuldades existentes para a sugestão de tais modelos decorrem
da impossibilidade de se contar, medir, testar ou verificar as características de um
serviço, antes da prestação do mesmo. Outras decorrem da inconsistência e
eventual despadronização do serviço oferecido, característica da situação em que o
desempenho do empregado varia de prestador para prestador. Como produção e
prestação, na maioria dos casos, são acontecimentos simultâneos, a qualidade do
serviço não pode ser planejada e controlada previamente, da mesma forma como é
feita para a qualidade do produto na fabrica. Adicionalmente, percebe-se, com
freqüência, que o conceito de Qualidade não é facilmente articulado pelos
consumidores.
Todavia, reconhece-se que a tentativa de definição de algum método de
medição é fundamental, uma vez conhecido o quanto a1'questão da gerência da
qualidade contribui para as estratégias das organizações.
Parasuraman et ai. (Op.cit.), Sasser et ai. (Op.cit.), Grônroos (Op.cit.) e
Boothe (Op.cit.) são alguns dos autores que apresentam modelos para a medição
da Qualidade de Serviço. Ao se analisar algumas destas sugestões, percebe-se que,
devido às peculiaridades da atividade de serviços, a compreensão do que seja um
34
serviço de qualidade passa não só pela qualidade dos produtos envolvidos, mas
também pelo cuidado com as características particulares do serviço -
intangibilidade, heterogeneidade e simultaneidade.
Daí, ser importante se considerar quando da elaboração de um modelo de
Qualidade de Serviço que:
- o consumidor tem mais dificuldade em avaliar qualidade de serviços do que
qualidade de produtos;
- a percepção de qualidade de serviços resulta da comparação entre a
expectativa do consumidor e o serviço realmente prestado;
- a avaliação da qualidade do serviço prestado não deve se restringir ao
resultado final, devendo envolver, também, o processo de execução/entrega do
serviço; ou seja, a preocupação deve não só recair sobre o que é entregue ao
cliente, mas também sobre a maneira pela qual o serviço é entregue;
- Os clientes são fortemente influenciados por recomendações externas, pelas
suas necessidades pessoais, por suas experiências passadas e pela comunicação
externa da empresa.
o penúltimo conceito citado é bem retratado por Grõnroos (Op.cit.), quando
sugere as conceituações de qualidade técnica (o que o consumidor recebe) e
qualidade funcional (a maneira como o serviço é entregue).
A1brecht, por sua vez, alerta para uma questão bastante importante: conhecer
a necessidade do consumidor e oferecer um bom serviço é crucial para o sucesso
de um service oriented business. Todavia, segundo o autor, isto não é suficiente. É fundamental que o cliente perceba que está recebendo um bom serviço.
35
No caso do presente trabalho, optou-se por se adotar, dentre os autores
anteriormente citados, o modelo proposto por Parasuraman et 01. (Dp.cit.). Esta
escolha deve-se ao fato que, além de atender com bastante propriedade os
objetivos do estudo realizado, o mesmo vem sendo utilizado com freqüência, em
pesquisas semelhantes, o que permite eventuais comparações de resultados.
Sendo assim, será apresentada, abaixo, a descrição completa do modelo
adotado.
2.4.2 O Modelo de Parasuraman et ai.
o modelo de Parasuraman et ai. (Dp.cit.) teve como base um estudo
exploratório qualitativo, calcado na investigação do que seria o conceito de
Qualidade de Serviços para uma amostra de consumidores e executivos de quatro
distintas áreas da atividade de prestação de serviços, quais sejam, o serviço
bancário, administração de cartões de crédito, corretagem de ações e assistência
técnica de produtos. A intenção do estudo era de, partindo da avaliação da
discrepância existente entre as percepções dos consumidores e dos executivos
sobre quais seriam os atributos de qualidade de serviços relevantes para aquelas
atividades especificas, tentar combinar ambas as percepções em um modelo
genérico que pudesse explicar a qualidade do serviço, a partir do ponto de vista do
consumidor.
A pesquisa efetuada identificou quatro hiatos dentro das organizações que
individualmente ou em diferentes combinações, produzem um quinto hiato,
conforme esquema apresentado no Anexo I. Este quinto hiato é aquele que retrata,
36
efetivamente, a qualidade do serviço recebido na visão do consumidor. A descrição
de cada hiato é a que segue:
hiato 1 : a diferença entre o que desejam os clientes e o que a organização
pensa que seus clientes desejam.
Quando a organização fracassa no seu entendimento do que seja os desejos
do cliente, muito provavelmente seus esforços resultarão em uma série de erros,
uma vez toda a estratégia de atendimento ao consumidor ter sido baseada em falsas
considerações. Segundo os autores, três razões que possivelmente poderiam
explicar tal posição por parte da organização são: (a) os gerentes das organizações
são, em geral, muito diferentes de seus clientes; (b) a direção da organização não se
dedica, com muita freqüência, a falar diretamente com seus clientes e empregados e
( c) existe um demasiado número de níveis hierárquicos que dificulta a obtenção de
uma visão clara das expectativas dos clientes, por parte da alta gerência
(distanciaptento entre direção e clientes e empregados).
hiato 2: a diferença entre a percepção da organização do que sejam as
expectativas dos consumidores e as especificações da qualidade do serviço a ser
oferecida pela organização.
Esta questão é importante por envolver a possibilidade de que a organização
tenha percebido a real necessidade do consurnídor, embora este entendimento
possa não se traduzir em especificações consistentes para a realização do serviço.
Este hiato pode decorrer, entre outros, de um insuficiente compromisso por parte
da direção da organização com a prestação de um serviço de qualidade, de uma
37
dificuldade de se estabelecer nonnas precisas para a prestação do serviço elou da
crença de que seria efetivamente impossível atender aos desejos dos clientes. ,
, hiato 3: a diferença entre a especificação da qualidade do serviço e o serviço
efetivamente prestado! oferecido.
Mesmo quando a organização compreende realmente as expectativas do
cliente e estabelece planos apropriados, ainda assim o serviço oferecido pode
resultar insuficiente, sob o ponto de vista do cliente. Isto se dá pois o nível de
serviço efetivamente prestado pode ser inferior àquele que foi especificado pela
organízação. O principal fator causador deste \liato está relacionado à perfonnance
das pessoas envolvidas com a prestação do . serviço, já que estas podem estar
desmotivadas com o serviço ou com a organiza�ão ou, por outro lado, podem estar
despreparadas para a prestação do serviço. Além disso, quaisquer outros problemas
internos à organização também poderiam contribuir para a ocorrência de tais
distorções.
hiato 4: a diferença entre o serviço ofer�ido e as comunícações externas
sobre o serviço.
O cuidado com aquilo que é comunicado ao cliente é vital para a adequada
avaliação do serviço prestado, pois não se deve prometer um serviço o qual não se
pode efetivamente oferecer. Berry et ai. (Op.cit., p.56) acreditam que "clientes com
altas expectativas do serviço têm mais capacidade para a desilusão do que aqueles
cujas expectativas são mais moderadas".
38
hiato 5: a diferença entre o serviço esperado pelo consumidor e o serviço
percebido pelo mesmo.
, ,
As organizações, ao se preocuparem em ass'egurar a prestação de um serviço
de boa qualidade, devem atentar para a necessidade de, no mínimo, corresponder -
e como ideal ultrapassar - aquilo que os consumidores esperam do serviço.
Parasuraman et 01. ressaltam que a qualidade do serviço percebido pelo I
consumidor dependerã do tamanho e da direção do hiato 5, que por sua vez ,
dependerã da natureza dos demais hiatos associados. A magnitude e a direção de
cada hiato pode impactar a qualidade d9 serviço prestado e pode constituir um
grande obstãculo para a prestação de um serviço reconhecido pelos clientes como
de qualidade. Deste modo, para a satisfàção do cliente, é necessãrio que se acabe,
ou que pelo menos se minimize, tais hiatos, jã que:'
(a) quando se espera mais de um serviço dó que se percebe ter recebido, a
qualidade percebida é insatisfatória e inaceitãvel;
(b) quando ambas se igualam, a qualidade percebida é satisfatória;
(c) quando se percebe mais de um serviço do que se esperava do mesmo, o
serviço é avaliado como mais do que satisfatório, com tendência para a qualidade I
ideal; mas, nesse caso, deve-se avaliar até que ponto a magnitude do
reconhecimento e dos ganhos adicionais proporcionados por essa excelência estão
compensando os custos envolvidos.
39
Nesse ponto, é importante destacar uma idéia citada por Parasuraman et aI. ,
idéia essa na qual o modelo está baseado.
Esses autores destacam que os consumidores tendem a utilizar critérios
similares na avaliação da qualidade de um serviço, qualquer que seja a área de I
atividade do serviço prestado. Esses critérios seriam formados por uma série de
atributos, agrupados em dimensões determinantes da qualidade do serviço.
Dessa forma, o julgamento dos clientes se daria com base nesses atributos,
consideradas as questões específicas de cada serviço.
Nesse sentido, no presente estudo serão considerados os atributos
relacionados à atividade de informática, os quais serão descritos a seguir.
2.5 Atributos de qualidade na atividade de inforinática
2.5.1 Introdução
De uma maneira geral, pode-se perceber a existência de inúmeros conflitos
entre o departamento de informática e os demais departamentos de uma
organização. Duas questões importantes abordadas por Gil (Op.cit.) podem
contribuir para o entendimento desses problemas inerentes à prestação de serviços
de informática. A primeira questão está relacionada'ao fato que "na verdade, a área
de informática absorveu trabalho das áreas usuárias, tomando-as dependentes do
centro de computação central e colocando no ambiente usuário a responsabilidade I
pela boa ou má utilização da informática nas atividades de suas áreas
organizacionais" (p.22). O segundo ponto aborda a idéia de que "o problema
40
crucial, em termos de informática, continua sendo, desde os primórdios dessa
tecnologia, até que nível os usuários devem conhecer informática e até que ponto
os profissionais de informática devem conhecer aS atividades dos usuários e suas
linhas de negócios/produtos/serviços" (p.23).
Seja como for, conforme mencionado anteriormente, para se medir o nível de
satisfação dos usuários, qualquer que seja o model\> proposto para a medição desta
satisfação, é fundamental a identificação criteriosa dos atributos que comporão o ,
modelo. Esta idéia também é sugerida por Pearson (1977), ao citar as duas
condições em que seu modelo se baseia: (a) especificação dos fatores/atributos que
compõem o conceito 'satisfação do usuário' e (b) medição do posicionamento ou ,
atitude dos usuários com relação a estes atributos.
Pearson (Op.cit.), Pearson et ai. (1983), Ives et ai. (1983), Ienkins et aI.
(1985), Rushinek et ai. (1986), Wan et ai. (1990), Igbaria et ai. (1990) e Carr ,
(1992) são alguns dos autores que analisaram a questão da qualidade do serviço I
prestado e a satisfação dos usuários na atividade de informática. Em geral, estes
autores se restringem a avaliar a qualidade do sistema desenvolvido e sua facilidade
de uti1ização. No entanto, o interesse envolvido I neste estudo extrapola este
reducionísmo, uma vez que a intenção é a de avaliar um conjunto de atributos
relacionados a uma variada linha de serviços dentro da atividade de prestação de
serviços de informática. Isto ocorre porque o ambiente alvo do estudo engloba,
além das atividades de desenvolvimento e manutenção de sistemas, o planejamento,
o apoio, o treinamento e a consultoria aos usuários, a contratação de serviços
ligados a informática, os serviços de processamento de dados, entre outros.
41
Assim sendo, o propósito que será perseguido nesta seção consiste em
identificar um conjunto amplo de atributos, propostos pelos autores acima
mencionados para o caso da atividade de informática especificamente e por ,
Parasuraman et aI. (Op.cit.) e Horovitz (Op.cit.) para o caso de um serviço
genérico.
É importante destacar, todavia, que achou-se conveniente adequar algumas
das definições e conceituações sugeridas pelos vários autores, tendo em vista a
intenção de se considerar idéias e conceitos semelhantes, independentemente do
rótulo ou detalhamento atribuído.
2.5.2 Atributos na atividade de informática
Os atributos selecionados como aqueles mais: representativos da atividade de
informática estão listados e definidos nesta seção. Estes atributos estão agrupados I
com base. em uma categorização proposta por Peárson (Op.cit.), com o objetivo
único de tornar mais clara a representação do relaciOnamento entre os usuários e os
produtos e serviços que são prestados. Tenta-se, deste modo, abranger outras
variáveis, além daquelas diretamente envolvidas na relação entre prestador e
usuário, que também possam exercer alguma influência na qualidade do serviço
prestado pela área de informática. Neste sentidO, o seguinte agrupamento é
sugerido:
. atributos associados ao contexto organizacional; I
. atributos associados à área de informática, ao corpo técnico e às políticas de
serviço;
42
· atributos associados às interfaces entre os usuários e os serviços de
informática;
· atributos associados à qualidade dos sistem�s;
· atributos associados aos aspectos comportainentais dos usuários. I
2.5.2.1 Atributos associados ao contexto organizacional
Os atributos associados ao contexto organizacional são aqueles que
representam os aspectos políticos do posicioname1tto da área de informática dentro
da organização e perante as demais áreas. Neste caso, serão considerados: nível do
relacionamento entre o órgão de informática e o 'órgão do usuário e política de
alocação de recursos.
Relacionamento entre o 6rgão de informática e o 6rgão do usuário
Stone et ai. (1972) citam o nível do relacionamento entre o órgão de
informática e o órgão do usuário como atributo relevante, uma vez que disputas e ,
conflitos internos por recursos ou responsabilidades podem vir a ter como
conseqüências fracassos em negociações onde existam interesses de ambas as
partes.
A importância desse atributo se refere ao fato que os contenciosos nos níveis
hierárquicos superiores podem se refletir nos níveis inferiores, onde, em geral, os
serviços são efetivamente prestados. Neste caso, é de se. supor que os clientes não
reconheçam o serviço percebido como de qualidade.
43
Alocação de recursos
Constant (1973), Pearson (Op.cit.) e Ives et ai. (Op.cit.) destacam as
políticas e os procedimentos de alocação de recursos e de serviços entre os
diversos órgãos, como um atributo a ser consideiado quando da avaliação do nível
de satisfação dos clientes.
A relevincia que este atributo assume, perante os usuários, deve-se ao fato
que caso estes percebam que tais políticas e procedimentos de alocação de recursos ,
não são justos e claros, o julgamento quanto : ao serviço percebido estará
comprometido, uma vez a existência de insa�isfação com uma eventual
discrirnínação no atendimento.
2.5.2.2 Atributos associados à área de informática, ao seu corpo técnico e às
políticas de serviço
Este agrupamento congrega os atributos relacionados à área de informática, ,
quer do ponto de vista comportamental (posicionamento perante os usuários), quer
do ponto de vista técnico (políticas de serviço). Os atributos considerados são os
seguintes: relacionamento com os usuários, comunicação com os usuários,
competência técnica demonstrada pelos profissionais da área, atitude dos
profissionais perante os usuários, tempo de desenvolvimento de novos
serviços/atendimento de solicitações e consultas, ' tempo e forma de
atualização/manutenção de procedimentos/sistemas e ' tipo e qualidade do
atendimento por parte de fornecedores externos.
44
Relacionamento com os usuários
Fitts ( 197 1 ), Constant (Op.cit.), Pearson (Op. cit.), Ives et ai. (Op.cit.), Wan
et ai. (Op.cit.), Igbaria et ai. (Op.cit.) e Horovitz (Op.cit.) destacam o nível de
cordialidade demonstrada pelo pessoal da área de informática, no atendimento dos
clientes, como atributo a ser medido. Parasuraman et ai. (Op. cit.), por sua vez,
concordam com esta idéia quando comentam o , conceito de cortesia, educação,
consideração, respeito e amizade parà com os ., usuários. É, portanto, razoável
supor, que eventuais conflitos decorrentes de i um mal relacionamento entre
prestador e cliente influenciam o nível de satisfação destes clientes,
Comunicaçio com os usuários
o estabelecimento dos meios para troca de informações entre usuários e a
área de informática é citado por Teichroew (1971), ,Powers et ai. (1973), Pearson
(Op.cit.), Ives et ai. (Op.cit.), Parasuraman et ai. (Op.cit.), Wan et ai. (Op.cit.) e
Igbaria et ai. (Op.cit.) como um fator importante a ser avaliado. Pode-se considerar
que a existência de adequados canais de comunicação permite que os clientes sejam
melhor informados dos serviços disponíveis e da res�ectiva maneira de utilização,
além de proporcionar maior facilidade para a expressão de necessidades,
solicitações e problemas, Com relação à linguagem da comunicação, é importante
que a mesma seja adequada ao público a que se destina a mensagem, Parasuraman ,
et ai. destacam, ainda, a importância da facilidade do', acesso aos prestadores de ,
serviços, quer seja devido a uma boa estrutura de telecomunicações, quer seja '.
devido a horário de atendimento e localização convenie*es.
45
Capacitação técnica
o atributo competência técnica, citado por Colton (1973), Parasuraman et ai.
(Dp.cit.), Pearson (Dp.cit.), Wan et ai. (Dp.cit.) e, Ives et ai. (Dp.cit.), representa o
nivel do conhecimento, das habilidades e da capacitação técnica demonstradas , ,
pelos profissionais da área de informática, para a prestação do serviço. A
percepção da competência técnica inspira a confiança nos clientes quanto à
qualidade dos serviços prestados, além da crença em soluções mais rápidas para os
problemas surgidos.
Atitude perante os usuários
,
Constant (Dp.cit.), Pearson (Dp.cit.), Parasuraman et ai. (Dp.cit.), Ives et ai.
(Dp.cit.), Wan et ai. (Dp.cit.) e Igbaria et ai. (Dp.át.). destacam a atitude assumida
pela área.de informática perante os usuários, ou seja, o grau de interesse e do real
compromisso do prestador de serviços em acompanhar, conhecer, compreender e
atender as necessidades dos usuários, como uma da,s variáveis passiveis de interferir ,
no nivel da qualidade do serviço prestado.
Tempo de desenvolvimento/atendime�to de novas solicitações e
consultas
Refere-se ao tempo decorrido entre uma consulta ou uma solicitação de um ,
novo serviço e a efetiva prestação, resposta ou atendimento. A possibilidade de se I
atender às solicitações em tempo considerado razoável tem um grande impacto no I
julgamento do serviço pelo usuário. Este atributo foi citado por Neuschel (1971),
46
Stone et ai. (Op.cit.), Colton (Op.cit.), Pearson (Op.cit.), Ives et ai. (Op.cit.),
Igbaria et ai. (Op.cit.) e Wan et ai. (Op.cit.)
Tempo de atualização de sistemas d.e informação elou serviços
Constant (Op.cit.), Fitts (Op.cit.), Pearson (Op.cit.), Ives et ai. (Op.cit.),
Wan et ai. (Op.cit.) e Igbaria et ai. (Op.cit.) incluiram uma variável relacionada ao
tempo necessário para se proceder as alteraçõJs solicitadas pelos usuários em ,
sistemas de informação ou serviços existente�. A necessidade de eventuais ,
alterações em sistemas em produção decorre do próprio dinamismo do cotidiano
em que as pessoas e as organizações estão inseridos.
Assim sendo, considera-se que o ' atendimef\to de tais necessidades em um
prazo que satisfaça aos usuários seja condição para uma boa avaliação desse
atributo.
Atendimento por parte de fornecedores externos
Na área de informática, inúmeros serviços l)ão são prestados diretamente
pelo órgão responsável pela atividade. Em inúmeros casos, os serviços são
prestados por fornecedores externos, sob a administração e controle do órgão.
Hobbs et ai. (1974) consideram que a forma pela qu� esses serviços prestados por
terceiros são administrados pode refletir no nivel de satisfação dos usuários. Isto se
dá pois, na visão do usuário, é o prestador de serviços e não o fornecedor externo, , ,
aquele que continua a ser o responsável pelo , bom atendimento de suas
necessidades.
47
2.5.2.3 Atributos associados às interfaces ent,re os usuários e os serviços de
informática
Os atributos abaixo relacionados se referem às variáveis que dizem respeito à
interface entre os usuários e os equipamentos de ,informática, São estes: tempo de
resposta/processamento dos sistemas e conveniência de acesso. I
Tempo de resposta/processamento dos sistemas
Fimberg (1973), Colton (Op.cit.), Testa (1974), Pearson (Op.cit.), Carr
(Op.cit.), Ives et ai. (Op.cit.), Parasuraman et ai. (Op.cit.), Horovitz (Op.cit.),
Rushinek et ai. (Op.cit.), Wan et ai. (Op.cit.) e Jenkins et ai. (Op.cit.) comentam,
sob enfoques ligeiramente distintos, a importância que assume o tempo de resposta
a uma consulta/solicitação feita pelo usuário.
No caso em que se analisa a interface dos usuários com os sistemas de
informação elou qualquer outro aplicativo, estál se considerando o tempo de
resposta de uma consulta via terminal ou o tempo· de submissão e processamento
de uma determinada aplicação pelo computador.
, Este atributo é bastante significativo, na formação do conceito que o usuário
faz sobre o nível do serviço prestado, tendo em vista que a sensação de perda de
tempo em frente a um terminal, causada por uma possível lentidão do sistema, pode ,
gerar um sentimento de desconforto e de impaciência ao usuário.
48
Conveniência do acesso aos r�unos computacionais
Fimberg (Op.cit.), Carr (Op.cit.), Pearson r(Op.cit.), Jenkins et aI. (Op.cit.),
Ives et al. (Op.cit.), Parasuraman et aI. (Op.cit.) e Wan et al. (Op.cit.)
relacionaram a questão da conveniência de acesso aos recursos computacionais
como um atributo a ser investigado. Pearson definiu a conveniência de acesso I
como "a facilidade ou dificuldade de acesso com que o usuário se depara para
utilizar as potencialidades dos sistemas" (p.86).
Com relação a este atributo, pode:se supor que a existência de um número ,
insuficiente de equipamentos, bem como a localização inadequada dos mesmos,
deve implicar em uma má percepção dos usuários com relação aos serviços
prestados.
2.5.2.4 Atributos associados à qualidade dos sistemas
Este agrupamento é formado por aqueles atributos relacionados
especificamente aos sistemas de informação desenvolvidos, visando mostrar o grau ,
de adequabilidade destes sistemas às necessidades dos usuários. Nesse sentido,
Rocha (1987, p. 1 1) menciona que "Qualquer que seja o sistema em questão, ele ,
deve atingir um nivel satisfatório de qualidade e, para que este nível seja atingido,
precisa ser claramente definido pelos desenvolvedpres. ( . . . ) Qualidade de software
é, portanto, um conjunto de propriedades a serem satisfeitas em determinado grau,
de modo que o software satisfaça as necessidades de seus usuários".
49
Os atributos que compõem este grupo são: acurácia, precisão, consistência,
disponibilidade das informações, flexibilidade, apresentação dos dados, linguagem,
relevância, correção de erros, segurança dos dados, documentação e integração
dos sistemas.
I Acurácia, Precisão e Consistência das informações
As diferenças percebidas entre as defi�ções de acurácia, precisão e
consistência sugeridas pelos diversos autores são pouco expressivas. Deste modo,
optou-se por agrupá-los em um mesmo atributo,: tendo em vista atenderem, neste
caso, ao objetivo maior de medir o grau de exatidão e ausência de erros das
informações.
Todavia, é interessante destacar as sugestões dos autores. Stone et ai. I
(Op.cit.), Pearson (Op.cit.), earr (Op.cit.), Horovitz (Op.cit.), Parasuraman et ai.
(Op.cit.), Jenkins et ai. (Op.cit.), Ives et ai. (Op.Cit.), Wan et ai. (Op.cit.) e Igbaria , ,
et ai. (Op.cit.): referem-se a acurácia como o gi-au de exatidão das informações
disponiveis.
Adams et ai. (1973) e novamente Pearson (Op.cit.), Jenkins et ai. (Op.cit.),
Ives et ai. (Op.cit.), Wan et ai. (Op.cit.) e Igb,aria et al. (Op.cit.). relacionam
precisão à idéia do quanto as informações disponiveis variaram efetivamente
daquilo que se dispunham a medir. Por último, esses mesmos autores destacam a I
questão da consistência das informações disponíveis, através de um sistema sem
erros ou perda de informação.
50
Disponibilização da$ informações
Pearson (Op.cit.) menciona o atributo' relacionado à idéia de que as
informações devem estar disponíveis no exato momento que forem necessàrias. I . .
Assim sendo, os usuários, sempre que necessitam efetuar alguma consulta, esperam
que os computadores não estejam parados e que os sistemas não estejam em
manutenção. Este atributo interfere diretamente no grau de satisfação dos usuários,
uma vez que a não disponíbilização das info�ações, no momento necessário,
prejudica o bom andamento do trabalho e a con�equente tomada de decisões.
Grau de Oexibilizaçã" dos sistemas i
Pearson (Op.cit.), Ives et aI. (Op.cit.), Rushinek et aI. (Op.cit.) e Wan et aI.
(Op.cit.) apoiaram a consideração do atributo que mede o grau de flexibilização de
um sistema, quanto à necessidade de modificJções e de ajustes, em resposta a
novas situações, necessidades e circunstâncias. Carr (Op.cit.) sugere a idéia de
flexibilização relacionada ao grau de adaptação dos sistemas ao estilo pessoal dos
usuários. Deve-se destacar que este atributo po�e ser de dificil avaliação, por parte
dos usuários, uma vez estar relacionado à aspectos técnícos dos sistemas. Sendo
assim, talvez o principal critério a que os usuários recorram para este julgamento
seja o tempo de atendimento às modificações solicitadas. I
ApresentaçãolFormatilção dos dados
Adams et aI. (Op.cit.), Jenkins et aI. (Op.cit.), Carr (Op.cit.), Pearson I I
(Op.cit.) e Wan et aI. (Op.cit.) abordaram a questão do formato das telas e
51
relatórios de apresentação dos dados e resultados. Um formato adequado de
apresentação das informações pode facilitar o uso e a consulta ao sistema e,
conseqüentemente, favorecer a satisfação do usuário.
Linguagem para acesso aos recursos computacionais
o conceito de linguagem está representando o grau de simplicidade do
vocabulário, sintaxe e regras utilizados para a interação com os sistemas. A clareza
e versatilidade da linguagem de interação com os sistemas pode gerar um efeito
bastante positivo na percepção do usuário pois é, .Sobretudo, com base na
simplicidade e na clareza, que estes efetuarão seus julgamentos. Este atributo foi
mencionado por Gruenberger et ai. (1973), earr (Op.cit.), Pearson (Op.cit.) e
Rushinek et ai. (Op.eit.).
Relevância! Adequação dos sistemas e bancos de dados às necessidades
dos usuários
Gupta ( 1974), Pearson (Op.eit.), Ives et ai. (Op.eit.), Jenkins et ai. (Op.eit.),
Wan et aL (Op.cit.) e Igbaria et aL (Op.eit.) mencionám o atributo relativo ao nível
de adequação entre as informações que o usuário necessita ou solicita e aquelas
que são fornecidas pelos sistemas. Esta é uma medida crucial de eficácia da I
prestação do serviço, uma vez que os usuários ;desprezarão informações não
relevantes para seus processos de decisão.
52
Correção de erros
Fimberg (Op.cit.), Ives et ai. (Op.cit.), Pearson (Op.cit.) e Carr (Op.cit.)
identificam a importância, quando da avaliação de um serViço de qualidade na área
de informática, da existência de procedimentos de correção e recuperação das . I
informações incorretas. E razoável supor que os usuário$ valorizam a existência de
procedimentos que garantem a consistência das informaç·ões.
Segurança dos dados
Pearson (Op. cit.) cita a questão de ser necessária a proteção das informações
contra acesso e alteração indevidos e não autorizados; bem como contra perdas. Já
earr (Op.cit.) aborda a questão da proteção dos dados contra erros intencionais e ,
não intencionais. Parasuraman et ai. (Op.cit.) também comentam sobre a segurança ,
fisica das informações e sobre a manutenção da confidencialidade das mesmas.
Considera-se que a utilização de senhas e códigos ,de segurança para controle do
acesso aos dados é bem vista pelos usuários.
Documentação
Um atnbuto a ser apurado junto aos :usuários envolve a questão da . ,
documentação dos sistemas e serviços prestados! ou seja, a descrição detalhada das
características e das instruções de utilização. Um maior conhecimento do sistema
implica uma maior familiaridade e, conseqüentemente, maior facilidade e frequência
de uso. Este atributo foi sugerido por Smith et ai. (1973) e mantido,
posteriormente, nos estudos desenvolvidos por Pearson et ai. (Op.cit.), Ives et ai. ,
(Op.cit.) e Wan et ai. (Op.cit.).
53
�ntegração dos sistemas
Pearson et ai. (Op.cit.), Ives et ai. (Op.cit.) e Wan et ai. (Op.cit.)
identificaram a capacidade de comunicação e transmissão de dados entre sistemas ,
de diferentes áreas funcionai� da organização como um fator relevante a ser
investigado. Pode-se compr�ender a importância deste atributo quando se
considera o relacionamento existente entre as diversas áreas de uma organização.
Os usuários percebem que a integràção de diversos sistemas é benéfica, uma ,
vez que esta característica pode evitar a existência de informações redundantes e I
pode agilizar seus procedimentos de consulta e de atualização dos dados.
I 2.5.2.5 Atributos associados aos aspectos comportamentais dos usuários
I
Os atributos relacionados ao comportamento dos usuários caracterizam os . I
aspectos psicológicos destes usuários, ou seja, o quanto estes usuários se sentem
atendidos, confortáveis, 'confiantes e participantes do processo. Os atributos I I
considerados são os seguintes: compreensão dos sistemas, utilidade percebida,
confiabilidade, sentimento de participação, sentimento de controle e nivel de
treinamento.
Compreensão dos sistemas, bancos de dados e software pelos usuários
Pearson (Op.cit.); Ives et ai. (Op.cit.), Igbaria et ai. (Op.cit.) e Wan et ai. I
(Op.cit.) comentam sobre o grau de compreensão que o usuário possui sobre os
sistemas e serviços que são oferecidos. earr (Op.cit.) corrobora esta idéia, quando ,
54
I I I I
fom'" w, """" lo, o qomlo o. o,..;no. poL oom_"', o q� o •• =.
como um todo pode realizar, antes de ter que aJrender como fazê-lo. Considera-se
que uma maior compreensão do sistema parecei gerar uma sensação confortável de
segurança e de independência no usuário.
Utilidade percebida para ajformUlaçãO de soluções
Jenkins et ai. (Op.cit.) e Rushinek t al. (Op.cit.) comentam sobre a
contribuição de um sistema de informações pka a formulação de soluções para os
problemas dos usuários e para a melhoria I da performance individual. Pearson
(Op.cit.), Ives et ai. (Op.cit.) e Wan et ai. (Op.cit.) destacam esta idéia abordando
a questão da percepção do usuário quanto J comparação entre custos e beneficios
recebidos pelo uso dos sistemas e serviçOs.
Sentimento de confiabilidade com relação aos serviços/produtos I
disponibilizados
N"""'" (Op.'I<), p"",," (O?J, I� " ol (Op.á<) • W� " oI
(Op.cit.) abordaram a questão da COnfianJ dos usuários com relação aos sistemas
e serviços prestados. No que tange eJte atributo, deve-se considerar que a I
confiança no prestador de serviços é pré-iequisito indispensável para que o usuário nh
. . ., I , . possa reco ecer um sefV1ço como satlslatono.
55
I I I I I I
S .. dm .... .. P''"''p.ção • • M.1m .... '� . oi;';"" ••
informática
Pearson (Op.cit.), Ives el ai. (Op.cit.), Igbaria el ai. (Op.cil.). e Wan el ai. I
(Op. cit.) definiram esse atributo como o grau d� envolvimento e compromisso que
o usuário compartilha com a área de infobátiCa, no que diz respeito ao
funcionamento dos sistemas e serviços. É paslível de consideração que usuários
. . . d d I d I ' d ' que partIcIpam, como parte mteressa a, e um esenvo Vlmento e sIstemas, por
I ai· . d ' Id d " . . . exemp o, av lem o conjunto e servtços presta os e lorma maIs posItIva.
Tnm.L.Io
E .. ""'.10, cito'o poc """'" (opL), ,,,' " 0/. (0.."'.), w� " 01.
(Op. cit.) e Igbaria et ai. (Op. cit.), diz respeiJo ao treinamento específico fornecido
, . b" d I Ih d . aos usuanos, com o o �ettvo e aumentar e me orar o uso os recursos
computacionais. A importância deste atribuJo pode ser verificada ao se considerar
que os usuários percebem que a melhor Jilização dos recursos disponíveis está
diretamente relacionada ao gráu de ConheciLento e familiaridade com os mesmos.
56
QUADRO l
Resumo dos Atributos Pesquisados na .J4tivid.�de de Informática
3- Relacionamento com os usuários
4- Comunicação com os usuários
perante os
7-atendimento de novas solicitações e consultas .
8- Tempo de atualização de sistemas de infonnação e/ou serviços
por parte
10- Tempo resposta I processamento dos sistemas
1- Conveniência de acesso aos recursos computacionais
12-das infonnaÇÕe5
(1973), Pearson (1977), Ives et
Constant (1973), Fitts (1971), i (1977), Ives et a/o (1983), Wan et aI.
el a/.
Pearson (1977), Ives et aI. (1983), Parasuraman et aI. (1985), Jenkins el aI. (1985), Wan el aI. (1990), Igbaria el a/o
57
13- Disponibilização das infonnações
14- Grau de flexibilização dos sistemas
15- Apresentação/fonnatação dos dados
16- Linguagem para acesso aos recursos computacionais 17- Relevância
1 8- Correção de erros
19- Segurança dos dados
20- Documentação
21- Integração dos sistemas
22- Compreensão dos sistemas, bancos de dados e software
23- Utilidade percebida para a fonnulação de soluções
24- Sentimento de confiabilidade
25- Sentimento de participação
26- Treinamento
I I I
I I
Pearsbn (1977), Ives et ai. (1983), Paras�raman et ai. (1985), Jenkins et aI. I (1985), Wan et aI. (1990), Horovitz (l99ll. Carr (1992) PearSon (1977), Ives et ai. (1983),
I . Rushinek et ai. (1986), Wan et ai. (1990), Cart (1992) AdaIns et 01. (1973), Pearson ( 1977), Jenkms et ai. (1985), Wan et ai. ( 1990), Ca.!r (1992) GrUenberger et 01. (1973), Pearson (1977), Ru�hinek et ai. (1986}, Carr (1992) Glipta (1974), Pearson (1977), Ives et 01. (1983), Jenkins et ai. ( 1985), Wan et ai. (990) Fi,inberg (1973), Pearson (1977), Ives et 0/' (1983), Wan et 01. (1990), Carr ( 1992) P�rson (1977), Parasuraman et 01.
11985), Wan et 01. (1990), Carr (1992) Smith et aI. (1973), Pearson (1977), Ives �I 01, (1983), Wan et aI. (1990) Pearson (1977), Ives el ai. (1983), Wan el J/, (1990) Pearson (1977), Ives et 01. ( 1983), Wan el 6/. (1990), Igbaria et 01. ( 1990), Carr :0992) IPearson (1977), Ives el aI. (1983), Jenkins lei ai. (1985), Rushinek el ai. ( 1986), Wan
, el al, (1990) , Neuschel (1971), Pearson ( 1977), Ives et
ai. (1983), Wan el ai. ( 1990)
I Pearson (1977), Ives et 01. (1983), Igbaria
J et 01. (1990), Wan et ai, ( 1990) Pearson (1977), Ives et ai. (1983), Wan el 01. (1990), Igbaria et aI. (1990)
58
-
I I I I
2. 6 Mode l o Conce i tua l da Pesqu i sa
DETEJIIIIILINTES DA DUALIDADE DO SERYltO
1. RaACIOMAIEIIIU ElmE ORCAO IIIF0RllATICl E ORCAO USUAR I o
2. ALOCAÇAO DE RECURSOS 3, RELACIDNAIENTO CDII OS USUlRlOS •• COMUNICAÇlO COY OS USUARIOS 5. CAPAtlTACAO TEtNICA 6. ATITUDE PERANTE OS USUARIOS 7. TEYPO DE DESENYOLYIIENTO E ATENDIIENTO
DE NOYAS SDLICITACOES E CONSULTA 8. ATUALIZAÇAO DE PRDCEDIIEIITOS EXISTENTES 9. ATEIIJIIEIITD POR FORNECEDORES EXTERNOS 10. TEYPO RESPOSTAIPRDCESSAIEIIIU DOS S ISTEllAS 11. COII'IENIENCI A DE ACESSO AOS SISTEllAS 12. ACURAC IA. PRECISAD E CONSISTENCIA
DAS IIIFORIlACOES 13. DISPONIBILIZAÇAO DAS INFORIlAÇDES 1 •. GRAU DE FLEX IBILIZAÇAO DOS SISTEllAS 16. APRESEIITAÇAOIFORYlTAÇAO DOS DADOS 16. L I NCUACEY PARA ACESSO AOS RECURSOS
COYPUTAC I ONA I S 17. RELEYANCIA 18. CDRREÇAO DE ERROS 19. SEGURANÇA DOS DADOS 20. DOCUIENTAÇAO 21. IHTECRAÇAO DOS SISTEllAS 22. CDYPREENSAO DOS SISTEIIAS, B. DADOS
E SDFTlARE PELOS USUARIOS 23. UTIL IDADE PERCEBIDA PARA A FDRIIL\ÇAO
DE SDLUCDES U. SENTlIEIIIU DE CONFIABILIDADE 25. SEIITIIENTO DE PlRTlCIPAÇAO 26. TRE I HAlEIIIU
I RECOIENDACOES
mOCA A BOCA) I I I
MECESS IDADES EXPER I �HC IA
PESSOAIS PASSADA
SERYICO r - - - - - - - - - - - -I _
HIATO
,.---i ESPERADO , I
I HIATO 5 I
SERYICO L----1 PERCEBIDO
PERtEPCOES CERENC IAI S SOBRE AS EXPECTATIYAS DO CLIEIITE
DO SERYlCO
5 9
60
. , I CAPITULO 3
3 METODOLOGIA
Neste capítulo são descritas as etapas envolvidas na pesquisa realizada para a
avaliação da qualidade do serviço prestado �ela área de informática de uma
empresa brasileira de grande porte.
As etapas a serem abordadas na pesquisa São as seguintes:
1 . definição das hipóteses da pesquisa;
2. determinação da população e da amost}a;
3 . escolha do método de coleta de dados; I 4. elaboração do questionário;
5. tratamento e análise dos dados.
3. 1 Hipóteses da pesquisa
Duas hipóteses nulas foram definidas para o estudo. Elas estão associadas
aos hiatos 1 e 5, respectivamente, do modelo �nceitual.
Hl: Não é possível discriminar o serviço que é esperado pelos usuários de
um setor de infornuítica de uma empresa � grande porte do serviço que os
'A",ado de . • .1 pr�. res ,SeTVIÇO pensam que os usuanos esperam.
H2: Não é possível discriminar os jerviços esperado e percebido pelos
usuários de um setor de informática de unui empresa de grande porte.
61
Para a operacionalização da pesquisa, no caso das duas hipóteses, procedeu
se a substituição das variáveis "serviço esperJdo" e "serviço percebido" pelas
variáveis "expectativas" e "percepções" dos usu�os com relação a um conjunto de
atributos específicos do serviço de informática.
Com relação aos atributos pesquisados, estes foram identificados na revisão
de literatura. Em virtude de uma necessidade dJ adequação de alguns deles à uma
nova realidade tecnológica e também ao ambientl objeto de estudo, foi conveniente
uma adaptação de algumas das definições teóricas dos atributos para as
correspondentes definições operacionais adotadas na pesquisa.
A seguir, será relembrada a lista completa dos atributos identificados na
literatura:
1 .
2. 3 . 4.
5.
6.
7.
8.
9.
10. 1 1 .
12 .
13 .
14.
1 5.
16.
Relacionamento entre o órgão de iJormática e o órgão do usuário
Alocação de recursos
Relacionamento com os usuários
Comunicação com os usuários
Capacitação técnica
Atitude perante os usuários I Tempo de desenvolvimento/atendimento de novas solicitações e
consultas I Tempo de atualização de sistemas de informação elou serviços
Atendimento por parte de fornecedJres externos I
Tempo de resposta/processamento de sistemas
Conveniência de acesso aos recurs+ computacionais
Acurácia, Precisão e Consistência das informações
Disponibilização das informações
Grau de flexibilização dos sistemas
Apresentação e formatação dos dados
Linguagem para acesso aos recurso� computacionais
62
17. Relevância! Adequação dos sistemas e bancos de dados às necessidades
dos usuários
18 .
19. 20.
2 1 .
22.
23 .
24.
25.
26.
Correção de erros
Segurança dos dados
Documentação
Integração dos sistemas
Compreensão dos sistemas, bancos de dados e software pelos usuários
Utilidade percebida para a formulaçãb de soluções
Sentimento de confiabilidade co� relação aos serviços/produtos
disponibilizados I Sentimento de participação e enrolvimento com a atividade de
informática
Treinamento
3.2 Determinação da população e da amostra
I
Conforme mencionado anteriormente, a plsqUisa foi desenvolvida na Sede de I
um dos departamentos de uma grande empresa brasileira. Com relação à
deterrnin�ção da população alvo, a intençãl inicial era a de proceder-se a I
investigação junto à totalidade dos emp�egados lotados na Sede desse
departamento, o que corresponderia a 3 1 1 eIhpregados. Essa decisão deveu-se, I
sobretudo, à facilidade com que se poderia contatar aquelas pessoas. ,
Todavia, o número de empregados conlltados se reduziu a 263, uma vez
que 48 empregados encontravam-se em uma das seguintes situações: licença para I
curso de mestrado ou doutorado, licença médica, cessão temporária para outras I
empresas do grupo ou alocação temporária em órgão regional.
63
Foram enviados questionários aos 263 empregados, sendo 234 usuários e 29 I
prestadores de serviço. Não houve um proces�o de seleção da amostra, ou seja, I
todos os questionários respondidos constituiriam a amostra do estudo. O total de
questionários respondidos foi de l i O, sendo 9011 de usuários e 20 de prestadores de
serviços. \ I
A representatividade da amostra ficou assegurada, tendo em vista que os 90 usuários participantes da pesquisa estão lotldos em todas as atividades do
1 departamento. Pode-se verificar que existe lima boa correspondência entre o
percentual relativo à lotação de cada atividad� do departamento e o percentual I
relativo ao número de respóndentes por ativjdade, conforme demonstrado no
quadro 2 a seguir.
QUADR9 2 Comparativo dos percentuais da lo(ação dos empregados e dos
respondentes, por ativi� do departamento
64
I I
I I I
Uma análise do perfil da amostra, englobándo uma possível explicação para a I
existência de algumas pequenas diferenças nessh percentuais, será apresentada em I
4. 1 - Caracterização da amostra. \ I
3.3 Método de coleta de dados
I O levantamento dos dados deu-se através de questionários encaminhados
diretamente a cada um dos respondentes. Os àados referentes aos respondentes
(nome, cargo, lotação e sala) foram pesquisados\diretamente no banco de dados de
pessoal da empresa. As orientações de preenchimento constavam do próprio I
material distribuído. I I
I Optou-se por se encaminhar diretamente los questionários, ao invés de se
I proceder a entrevistas pessoais, tendo em vista que o número de respondentes
I potenciais e o número de perguntas da versão fi�al do questionário eram elevados
(263 respondentes e 52 perguntas, respectivamen�e) e o tempo disponível limitado.
I A aplicação dos questionários foi precedidal de uma aplicação piloto em uma
I amostra intencionalmente selecionada. Tal amostra foi composta de 10 usuários e 3
i prestadores de serviço, escolhidos de forma a se buscar uma boa representatividade
do público investigado. A escolha direcionada lelou em consideração o grau de
instrução, a familiaridade com informática, o nível �erencial e o cargo funcional dos
entrevistados. \ I I
I A finalidade do teste piloto foi verificar o ,nível de objetividade, clareza e
I simplicidade das perguntas, bem como levantilr quaisquer comentários que
I I I
I I \
65
, pudessem colaborar na confecção da versão final do questionário. Deve-se destacar
I que apesar da formulação do questionário ier sido bem avaliada pelos
I respondentes, algumas sugestões apresentadas foram incorporadas ao mesmo, uma
vez terem sido consideradas pertinentes.
A segunda etapa da pesquisa constou da a�licação da versão definitiva do
questionário junto aos demais 250 empregados da /Sede do departamento. . I 3.4 Questionários I
i . I , . O processo de elaboração dos questlonanos envolveu inúmeras fases, I
conforme relatado abaixo: I I
a) levantamento dos atributos citados na IiJeratura especializada; I I I
b) formulação das perguntas, através da �dequação dos atributos levantados I
ao ambiente objeto de estudo e à atual realidade tecnológica da Informática; , I I
, I E importante destacar o motivo pelo qual procedeu-se à adequação das I
definições de alguns dos atributos levantados ria literatura especializada, quando da
elaboração do questionário. Trata-se do fat� de que as principais referências I
bibliográficas uti1izadas no levantamento dos : atributos datam de 1977 e 1983 e, I
desde então, a informática vem passando por ihúmeras transformações e evoluções; I I
assim sendo, na opinião do pesquisador, alguns dos' atributos não seriam bem , .
compreendidos pelos respondentes, caso mantidas as definições originais, tendo em I
vista a realidade organizacional do ambiente ,6bjeto do estudo e os atuais recursos I
computacionais disponiveis. I I I I I I ,
66
I I
I I I
c) elaboração das duas versões do question�o - usuários e prestadores de , I
seTVIço - para o teste piloto, contendo perguntas relativas aos 26 atributos I
selecionados; I I
Para a medição das variáveis anteriormente ditadas, junto aos usuários, foram I
geradas duas afirmativas para cada um dos atriputos. A primeira afirmativa se
refere às expectativas dos usuários quanto a prdstação de serviços por parte de
excelentes setores de informática, de uma forma Jenérica. A segunda afirmativa se I
refere à percepção dos usuários com relação ao serviço efetivamente prestado pelo I
setor de informática objeto de estudo. I I I
Já para a investigação junto aos prestadores de serviço, foi gerada uma única I
afirmativa para cada um dos atributos sugeridos. Esta afirmativa se refere à
percepção dos prestadores sobre quais seriam r expectativas dos usuários com
relação a excelentes serviços de informática. .
I I
A avaliação das variáveis por parte dos utários e prestadores de serviço se
baseou em uma escala de 7 valores, conforme shgeridO por Parasuraman et a/o em I
seu modelo para medição da satisfação de c1ientbs. O valor 1 da escala corresponde I ! .
à discordância total com relação à afirmativa apresentada, o valor 7 à concordância I
total e os valores intermediários, de 2 a 6, co�espondem à transição dos niveis de I
maior discordância até os niveis de maior concordância. A letra N era a opção I
indicada no caso em que o respondente não �e sentisse em condições de avaliar
d . d , . d . O I d ' d' uma eterrruna a caractenstlca escnta. s respon entes In Icavam o grau que I
melhor representasse suas opiniões com relação às afirmativas apresentadas. I
I I I I
67
A seguir, são apresentados dois
compreensão do procedimento adotado.
I exemplos ' 1
de afirmativas, para melhor
1) Excelentes setores de informática devem tornar disponíveis os . equipamentos maís avançados tecnologicamentt.
I ... 1 ... 2 ... 3 ... 4 ... 5 ... 6
Discordo totalmente
2) O Setor de Informática torna avançados tecnologicamente.
�d2i�·N di l . I ' . spomve os equipamentos maIS
... 1 .. . 2 ... 3 ... 4 ... 5 Discordo
... 6 ... 7 ... N
totalmente Cdncordo totalmente
I
d) elaboração das duas versões fin�is do qLstiOnáriO - usuários e prestadores
de serviço - com base nos resultados do teste pilbto; I I
As . duas versões dos questionários aplicados encontram-se no Anexo 11. I
Deve-se destacar que em razão de o conteüdo da seção 1 do questionário
destinado aos prestadores de serviço ser idêAtico ao conteúdo da seção 1 do
questionário destinado aos usuários, optou-se pbr não repetí-Io no anexo. I
3.5 Tratamento e análise de dados
Neste item, serão explicitados os procelmentos adotados para análise dos
dados da pesquisa e serão descritas as caradterísticas dos testes e das análises I
estatísticas efetuadas.
68
I
Conforme mencionado no item 3.2 - Determihação da população e da
amostra, dos 263 questionários distribuídos nas duas f�es da pesquisa, retomaram
1 1 0 (42% de respostas). Destes, 90 questionários se re�eriam a usuários (38% dos
234 distribuídos) e 20 a prestadores de serviço (69% dJs 29 distribuídos). I I
Todos os questionários foram devidamente ta�ulados, obedecendo-se aos
padrões dos software EXCEL versão 4.0 e SPSS forlwindows Release 5, ambos I
utilizados no tratamento e na análise das informações. Houve o cuidado de se I
garantir a consistência dos dados digitados, a fim de se evitar distorções
I I
inesperadas.
I Conforme apresentados no capítulo 4, os res�ltados foram avaliados com
. I base na caracterização da amostra, na frequência dps atributos e nos testes das
I hipóteses. I
I I
Inicialmente, procedeu-se uma avaliação dos : dados do perfil da amostra,
tendo em vista que tal conhecimento é fundame�tal para se compreender os
diversos aspectos envolvidos na prestação de serviçols.
I I
Com relação às avaliações dos atributos, forJm analisadas suas frequências,
médias e medianas. Dessa forma, foi possível uma cbmparação entre os atributos e
um mapeamento da situação estudada. I
Deve-se ressaltar que em função da pesquisai ter sido estruturada em termos I
de variáveis ordinais, este pesquisador optou por apresentar, além das avaliações I
das médias das variáveis, as avaliações relativas àli medianas. Apesar da literatura I
I I I I
69
I I I I
I I
especializada sugerir a análise das médias, a segunda altJrnativa apresentada parece I
ser a mais adequada, em função da caracteristica citada. I I
J á para o teste das hipóteses I e 2, utilizou-se �o procedimento estatístico
multivariado da Análise Discriminante. A razão pela q�al optou-se por este teste
deve-se ao fato que, segundo Hair Jr. et ai. (1979), � análise discriminante é a I
técnica estatística apropriada para testar hipóteses de I que as médias de dois ou
mais grupos são iguais. I Pode-se destacar três objetivos deste procedimento :
I
I - determinação da existência de diferenças eJtatisticamente significativas
. I entre as médias de dois (ou mais) grupos previamente definidos; i - estabelecimento de procedimentos para classificação de observações em
grupos, com base em determinado critério; I I - determinação das variáveis independentes que mais contribuem para a
existência de diferença entre as médias de dois ou mai� grupos.
I . I Em resumo, a análise discriminante é útil quando se está interessado tanto na
compreensão das diferenças entre grupos, quanto I na classificação correta de
observações em grupos ou classes. I I
A á1. 'd' . . - d ' d'� I . d d an Ise Iscrurunante pressupoe OIS l1erentes meto os que po em ser
I utilizados: o método direto/simultâneo e o método 'passo a passo (stepwise). No
primeiro caso, todas as variáveis são consideradas Jnjuntamente e sua aplicação é I
recomendável quando não se deseja avaliar que variáveis mais contribuem para a I
existência das diferenças. Na segunda alternativa, a análise considera cada variável I I
I I I
70
isoladamente, de forma a detetar o poder discrimilant� de cada uma delas I
individualmente. A utilização dessa última alternativa � sugerida para o caso em
que haja interesse de se considerar um menor número d� variáveis.
I Hair Ir. et ai. (Op.cit.) alertam que seria desejátel o atendimento de certas
I condições para uma melhor aplicação do procedimerlto. Para a determinação da
função discriminante, seria recomendável que as distriJuições fossem multivariadas I I
normais e que as dispersões e as estruturas de covariância fossem desconhecidas I
(porém iguais). Todavia, segundo os próprios autores) existem evidências de que a I
análise discriminante não é muito sensível à Violação dessas condições, I
particularmente no caso de grandes amostras, a menos que tais violações sejam I
extremadas. I I
Com relação ao critério de classificação das ob�ervações, o mesmo se baseia
na medida da distância quadrática generalizada. Estel critério utiliza as matrizes de
covariância individuais de cada grupo ou a matJ de covariância única. Neste
estudo, optou-se por se utilizar as matrizes de covlância individuais, no caso da I
hipótese 1 , tendo em vista a existência de dois grupos distintos, quais sejam, I
usuários e prestadores de serviço. lá no caso da hipótese 2, optou-se por se utilizar I
as duas alternativas (única e individuais), uma veZ não ter sido efetuado teste I
prévio que indicasse a opção mais conveniente. I I
O procedimento adotado para os testes foi o I módulo Análise Discriminante, I
do software SPSS. Este procedimento foi aplicadd, neste caso, para um conjunto . I de 16 variáveis quantitativas e uma variável I de classificação, esta última
responsável pela definição dos grupos de Observares, conforme exposto em 4.3 -
Teste das hipóteses.
71
As variáveis quantitativas foram defildas como atributos dos serviços
esperado e percebido e assumiram um valor nhmérico inteiro entre 1 e 7, conforme I
o julgamento dos respondentes.
No que tange a variável de c1assificaçãb, a mesma assumiu os valores 1 e 2, I
para representar os julgamentos de usuários b prestadores de serviço, no caso da I
hipótese 1 e para representar expectativas e percepções dos usuários,
respectivamente, no caso da hipótese 2. I O poder discriminante da análise poJ ser avaliado através do coeficiente
I Lambda de Wilks, cujo valor se situa entre lo e 1 . Quanto mais próximo a zero,
melhor o poder discriminante do modelo.
3.6 Limitações
Ao se avaliar a pesquisa realizada, deve-se atentar para algumas questões que I I
podem, eventualmente, ter limitado a generalização dos resultados obtidos.
I I
Um primeiro ponto que pode ser abOrdadO se refere à frequente menção, na
literatura especializada sobre a atividade de serviços, que são os clientes menos
insatisfeitos com a prestação dos serviços �ueles que mais se manifestam quando • I
de uma pesquisa de avaliação de qualidade. I I I
Deste modo, caso esta constatação tertha se repetido neste estudo, a ausência I
de manifestação por parte dos cliente� insatisfeitos tomaria os resultados
enviesados, uma vez que não se levantariLn, de forma mais abrangente, alguns
I f I I
72
problemas que estariam acontecendo e que JOderiam estar atingindo essa parcela
importante dos clientes.
Complementando a idéia acima, tam�ém pode-se considerar que, por se
tratar de uma pesquisa de prestação internai de serviços, os respondentes tenham
evitado emitir seus julgamentos de forma totalmente isenta. Tal idéia está
relacionada à questão de que os profissionJis evitam, em geral, criticar, direta e I explicitamente, seus colegas de trabalho. I I
Uma outra restrição que se apresent� está relacionada ao fato de que o
modelo de pesquisa desenvolvido estava �OltadO para avaliar a qualidade do
serviço prestado pelo setor de informãtica da sede de um determinado . I departamento de uma empresa. Assim sendo, mesmo considerando-se
I características ambientais e organizacionais e capacitações tecnológicas I
semelhantes, deve-se ter cautela ao generalli:ar as conclusões obtidas, uma vez qu�
d b· . l" d d 1 I , . ca a am I.ente pOSSUI pecu lan a es e cu tuf!lS propnas.
I Por fim, deve-se destacar uma
operacionalização da pesquisa.
lirhltação I I
decorrente de problemas de
Não se deu oportunidade para Jue os respondentes pnonzassem a
importância dos atributos, dada a grande: quantidade de atributos investigados.
Caso os respondentes tivessem atribuído Jma distribuição de pontos, poder-se-ia
estabelecer prioridades quando da ocorrêÁcia de empates nos resultados. Como I
conseqüência, um planejamento de serviços com base nos resultados dessa pesquisa . I
poderia exigir uma análise complementar pÁra esses casos específicos.
73
I I I I I I . I I I
11
I \ I \ I I I I
I I I
CAPÍTuL0 4 \ I I I I
I I I
I \ I I I I \ I \ \ 11
I \
74
4 RESULTADOS
I I I I I
I \ I
Serão apresentados, no presente capítulo, o� resultados da pesquisa e suas
respectivas análises. I1 A apresentação desses resultados se dar� de acordo com a seguinte
sequência:
4. 1 - Caracterização da amostra
4.2 - Frequência dos atributos
4.3 - Testes das hipóteses
4.1 Caracterização da amostra
I I
I I I
I I I
Com base nos dados preenchidos na seção 3 �os questionários, foi possív�1
identificar o perfil da amostra. Tal identificação é Jndamental em uma avaliação I
deste gênero, tendo em vista que as características, J necessidades, as expectativas I
e as percepções dos diversos segmentos que compÕem a população podem ser
bastante diferentes. E tais diferenças devem ser levad� em consideração quando de
sua avaliação e quando do planejamento do atendibento das necessidades dos
usuários. I I I
Cabe relembrar que na análise do perfil da amostra foram considerados os 90 I
questionários respondidos pelos usuários e não somente os 71 considerados válidos
para os testes estatísticos. I \ I I
75
Os dados foram tabulados com base nos rguintes critérios: exercício de
função gerencial, área de contato no Setor de Informática, área de atividade do
usuário e relação 'respondentes por atividade versJs total de empregados alocados
à atividade' . I I
A importância que se dá ao exercício de furtção gerencial, está relacionada I
aos aspectos políticos da gestão de um negócio. Pelo cargo que ocupam, estes I
profissionais não só devem possuir uma avaliação \ particular do serviço prestado
pelo Setor de Informática, bem como devem ter suas considerações avaliadas de
forma distinta do conjunto. I I •
Com relação à área de contato no Setor de Informática, pretende-se verificar . I .
como vem se dando o atendimento dos usuários, tendo em vista que, na atividade
de serviços, a estruturação da equipe de linha de fr�nte é vital para satisfação dos
clientes . . I •
I A identificação da área de atividade do ushário, bem como da relação
I 'respondentes por atividade versus total de empregados alocados à atividade' é
I muito importante, uma vez que o atendimento a essas áreas não se dá da mesma
forma. Assim sendo, é razoável supor que os re�ultados indiquem problemas
localizados, notadamente naquelas atividades não PriJritárias.
Os quatro gráficos correspondentes e
apresentados a seguir:
\ suJ respectivas análises serão
I
I I I I
76
67
NÃO GERENTES �--� 74-1.
GERENTES Z6',I,
Gráfico 1- Respondentes por [unção gerencial I
I I
A partir do gráfico 1 , percebe-se que a partiCipação dos empregados com I .
função gerencial dentre o total de respondentes foi de 26%. Este índice é superior ,
ao percentual que representa o número de gerentes �bre o total de empregados da J
Sede do Departamento (14%). I I I ,
Tal constatação permite se considerar que talvez os gerentes estejam mais I
conscientes da importância da Informática para I uma melhor gestão de suas I
atividades. Como consequência, estariam mais sertsibilizados para exporem seus
julgamentos. . I I I
De qualquer forma, deve-se avaliar as expe<!tativas e opiniões dos gerentes I
quanto às atividades de informática com atenção especial, uma vez a grande I I
capacidade influenciadora que esse gerentes costumam ter junto às suas respectivas I .
equipes. I I I I I I I
77
DESENVOLV. VAX 6-.4
DESENVOLV. MICRO
I E
�, SUPORTFJ REDE OP RA'r"O 19% ; 7%
, (Obs.: TOTAL DE RESPONDENTES SuPERIOR A lO, EM FU� DE ALGUNS DESTES MANTEREM
CONTATO COM MAIS DE UMA ÁREA DE ATIVlDADE�
Gráfico 2 - Respondentes por área de contaio no Setor de Informática
o gráfico 2 demonstra que a atividade de Apoio é a mais solicitada em
termos de atendimento direto aos usuários (52% dos contatos). Considerando-se as
atribuições de cada uma das atividades do Setor de Informática, expostas em 1 .4 -•
Delimitação do estudo, tal resultado era de se esperar.
A importância de tal resultado pode ser verificada quando se considera as
frequentes menções, na literatura dedicada ao tema da Prestação de Serviços, que é , I
fundamental uma perfeita estruturação e capacitação do pessoal de linha de frente, ,
já que será sobretudo a partir deste contato que os usuários irão formar suas
opiniões sobre os serviços prestados.
78
10%
2%
8%
32%
• CONTRATAÇÃO
. DOCUMENT. TÉCNIcA
I!i EQUIPAMENT. /COMPRAS
DATMDADE FIM DO DEPTO
• PLANEJAMENTO
111 QUALIDADE • RECURSOS HUMANOS
19% . SUPERlNTENDtNCIAS
• TRANSPORTE
• ENGENHARIA
• INSPEÇÃo
Gráfico J - Respondentes por atividade do departamento
o Sráfico 3 mostra que, com relação à participação das diversas áreas do
Departamento na pesquisa, três dessas áreas (Atividade-fim,
Equipamentos/Compras e Transportes) foram responsáveis por 61,8% dos
questionários devolvidos, índice este superior ao percentual de empregados
alocados a essas atividades (49,6% do total de empregados da Sede do
Departamento).
79
No. Empreg. 80 r-------------------4�-------_"T 100 % -70 90
80 90 -----------------f-�------__4 70 80 80 � 80 � �
U � U
10 10 O O
AJMDAOI CcwntAlOS DOe. BIJI,..... .......... ..-.;lo P'lA'iI5ao GIJ.tLIDJCII 1ll1CU1II_ &lJIIIItIn'IIiN. TIUfII .. .. TtadcA TQlCc...u. IIINTO HUllMOS D&taA POftTl
IIIIIIIIZlIiILOTACAo _RESPONDENTES -+-% RESPONDENTESILOTAcAol
Gráfico " - Respondentes por total de empregados (lotação) na atividade
o gráfico 4 corrobora estas afinnações ao indicar o percentual de
respondentes de uma atividade em relação ao total de empregados alocados à
mesma. Pode-se constatar que, com exceção das três atividades acima citadas e da
área de qualidade, na qual o número de empregados diretamente alocados é muito
reduzido, todas as demais áreas apresentaram percentuais inferiores a 35%.
Esta infonnação é bastante relevante, uma vez poder sinalizar o grau de
envolvimento de cada uma das áreas com a atividade de infonnática. Deve-se
lembrar que tão importante quanto conhecer os atuais clientes, é investigar junto
aos ex-clientes os motivos pelos quais deixaram de sê-lo. Confonne mencionado
anterionnente, o motivo de abandono de um cliente pode vir a ser o motivo de
abandono de muitos outros.
Uma justificativa para tal comportamento talvez se deva ao fato que estas são
as três áreas que hoje recebem mais atenção, em tennos de Sistemas e Banco de
Dados. As demais áreas são atendidas por sistemas corporativos não gerenciados
pelo Setor de Infonnática ou não necessitam de algum sistema específico ou, por
fim, talvez não estejam tendo a atenção desejada.
80
Esta omissão de respostas pode vir ao encontro da idéia que clientes
insatisfeitos, em geral, não se pronunciam sobre os serviços. Simplesmente se
omitem.
Este resultado alerta, ainda, para a necessidade de se investigar os não
clientes, ou seja, aqueles que nunca solicitaram qualquer tipo de serviço. Nesse
caso, descobrir as razões de tal desinteresse facilitaria o trabalho de aproximação,
por parte do Setor de Informática.
4.2 Freguência dos atributos
Nesta seção serão apresentadas as tabelas das frequências dos atributos, as
tabelas dos hiatos de qualidade e as respectivas análises.
Considerando-se que nem todos os 90 usuários que preencheram os
questionários responderam todas as perguntas formuladas, no caso dos quadros 3 e
7, o número de respostas contabilizadas varia de atributo para atributo.
Os vários quadros são apresentados a seguir.
8 1
82
QUADRO 3
Expectativas dos usuários quanto a um excelente setor de informática
7- Tempo desenvolvimento/atendimento de 3 I 4
de 1 I e/ou
resposta/processamento
1 1- Conveniência de acesso aos recursos 2 5 I I 14 58 6.3
Acurácia, Precisão e das 3 4 9 74 6.7
de
de com relação 1
1
Com relação aos dados apresentados no quadro 3, percebe-se que todos os
atributos apresentam resultados superiores a 6, ou seja, em média, os usuários
praticamente concordam totalmente que um excelente setor de informática deve
apresentar tais características ou comportamentos ou disponibilizar produtos e
serviços respeitando tais condições. Tal resultado é perfeitamente compreensível,
uma vez que clientes e usuários esperam o melhor atendimento possível.
Todavia, apesar dos resultados terem se aproximado bastante, pode-se
destacar os seis atributos que apresentaram as maiores médias: relacionamento com
os usuários, comunicação com os usuários, atitude perante os usuários, linguagem
para acesso aos recursos computacionais, adequação dos sistemas e bancos de
dados às necessidades dos usuários e sentimento de confiabilidade com relação aos
serviços/produtos disponibilizados.
Observa-se que dos seis atributos, cinco pertencem a apenas duas das
categorias propostas por Pearson (Op.cit.), apresentadas em 2.5.2 - Atributos da
atividade de informática: a categoria associada à área de informática, ao corpo
técnico e às políticas de serviço e a categoria associada à qualidade dos sistemas. A
primeira categoria congrega os atributos relacionados à área de informática, quer
do ponto de vista comportamental (posicionamento perante os usuários), quer do
ponto de vista técnico. O segundo agrupamento é formado pelos atributos
relacionados aos sistemas de informação desenvolvidos. O sexto atributo citado
pertence à categoria associada aos aspectos comportamentais dos usuários.
Esse resultado mostra que os usuários desejam, sobretudo, que os
prestadores de serviço os atendam com cordialidade, cortesia e educação e que
possuam um real compromisso em satisfazê-los. Por outro lado, os usuários
83
acreditam que para uma boa prestação de serviços é necessário a existência de
canais de comunicação adequados para troca de informações. Desta forma, os
usuários poderiam expor suas reivindicações, de uma forma mais sistematizada.
Com relação ao acesso aos recursos computacionais, os usuários esperam
que a linguagem disponivel seja simples e não exija maiores esforços e
conhecimentos. Por fim, espera-se que os produtos disponibilizados estejam
adequados ás suas necessidades e não definidos conforme as prioridades dos
próprios prestadores.
No que diz respeito ao quadro 4, esta apresenta os dados referentes à
percepção dos prestadores de serviço quanto às expectativas dos usuários com
relação a um excelente setor de informática.
As médias encontram-se distribuídas entre os valores 6,2 e 7,0.
De forma clara, os prestadores percebem que os usuários concordam quase
que totalmente que um excelente setor de informática deve apresentar as
características e os comportamentos ou disponibilizar os produtos e serviços,
relacionados aos atríbutos pesquisados, tendo em vista o grande número de
julgamentos pelo grau máximo.
84
QUADRO 4
Percepções do Setor de Informática quanto às expectativas dos usuários
8- Tempo de atualização de sistemas de elou
10- Tempo resposta/processamento dos sistemas
de
1 1- acesso aos recursos
12- Acurácia, Precisão e Consistência das
e bancos
24- Sentimento de com relação aos 25- Sentimento participação
com a
I
I
I
I 3
3 16
2 5 13
I 2 17
85
6.8
6.6
6.8
6.3
QUADRO S
Hiatos entre expectativas dos usuários (A) e a percepção dos prestadores quanto às expectativas dos usuários (B) (hiato das médias)
de e consultas
de sistemas de 6.6 -0. 1
de acesso aos recursos 6. -0.5
6. 6.5
6.8 6.9 -0. 1
23- Utilidade percebida para a fonnulação de 6.6 -0.1
de com 6.8 6.8 o
6.3 -0.1
86
QUADRO 6
Hiatos entre expectativas dos usuários (A) e a percepção dos prestadores quanto às expectativas dos usuários (B) (hiato das medianas)
e consultas de sistemas de 7 7 o
acesso aos recursos 7 7 o
7 7 o
sistemas, usuários
23- Utilidade percebida para a formulação de 7 7 O
com 7 7 O
de participação e 7 7 O envolvimento com a atividade de informática
87
7
8,76
8,6
li) 8,26 OI 00 8 ... . !l!
6,76 J li 6,& '" li " 6,2&
.!l! " 6 ... �
4,76
4,6
4,26
4
1 2 3 4 & 6 7 8 8 10 11 12 13 14 16 18 17 18 18 20 21 22 23 24 2& 26
Atributos
Gráfico 5 - Hiatos entre expectativas dos usuários (A) e a percepção dos prestadores quanto às expectativas dos usuários (B) (biato das médias)
88
Os quadros 5 e 6 e o gráfico 5 apresentam os hiatos de qualidade referentes à
hipótese 1 - hiato entre as expectativas dos usuários quanto à um excelente setor de
informática e a percepção dos prestadores quanto à tais expectativas.
A análise desse resultado indica que os profissionais do Setor de Informática
percebem perfeitamente quais seriam as expectativas dos usuários, uma vez que os
hiatos entre as médias se encontram entre -0.5 e 0,3. Dos 26 hiatos apresentados,
19 são negativos ou nulos.
Análise semelhante pode ser efetuada no caso dos hiatos entre medianas, já
que dos 26 resultados, 24 são nulos.
Uma possível explicação para a não existência do hiato 1 seria devido ao fato
que o conjunto dos prestadores de serviço consultados na pesquisa está bastante
próximo dos usuários. Não se caracteriza, neste caso, a situação em que exista um
distanciamento grande entre os níveis gerenciais responsáveis pela atividade e os
clientes. A existência desse distanciamento poderia dificultar a obtenção de uma
visão clara das expectativas dos clientes.
Este resultado é muito importante, tendo em vista que, caso os usuários não
estejam satisfeitos com os serviços recebidos, não é por falta de compreensão das
suas expectativas que isso ocorre. Neste · caso, as possíveis causas do
descontentamento poderiam ser a má especificação dos serviços, a falta de
compromisso em prestar um bom serviço, uma prestação distinta do serviço
corretamente especificado, o despreparo dos prestadores de serviço ou uma
prestação distinta do serviço prometido.
89
QUADRO 7
Percepção dos usuários sobre os serviços prestados pelo setor de informática
1 1 - de acesso aos recursos 3
12- Acurácia, Precisão e Consistência das 2
para a de
24- Sentimento de confiabilidade com relação
de com
e de infonnática
90
4.6
4.8
4.8
A partir do quadro 7, pode-se perceber que os julgamentos com relação ao
serviço prestado encontram-se em patamar distinto daquele em que se situaram as
expectativas dos usuários. Apesar de que os resultados estão distribuídos dentro de
uma pequena faixa cujos extremos são os valores 4,1 e 6,2, deve-se considerar que
não há uma percepção homogênea com relação a todos os atributos.
De qualquer forma, tais resultados indicam que, em média, os usuários
tendem a concordar, mesmo que não totalmente, que o Setor de Informática
apresenta as características e comportamentos pesquisados, bem como disponibiliza
os produtos e serviços mencionados.
Os seguintes atributos apresentaram as piores médias:
. tempo de atualização de sistemas de informação e/ou serviços;
· disponibilização das informações;
· grau de flexibilização dos sistemas;
· compreensão dos sistemas, bancos de dados e software pelos usuários.
Já com relação aos atributos que apresentaram as maiores médias, vale
ressaltar que dois deles - relacionamento com os usuários e segurança dos dados-,
se destacaram positivamente dos demais, com médias iguais a 6,2 e 6,0,
respectivamente. Esse resultado indica que os usuários reconhecem que os
prestadores de serviço os atendem com cortesia, educação, consideração e respeito
e se preocupam com a proteção das informações contra acessos e alterações
indevidos, bem como com a perda dos mesmos.
91
Os resultados da percepção dos usuários poderão ser melhor compreendidos,
quando analisados em conjunto com as expectativas, nos quadros 8 e 9 e no
gráfico 6, apresentados a seguir,
92
Os atributos excluídos foram os seguintes:
2 - Alocação de recursos
8 - Tempo de atualização de sistemas de informação e/ou serviços
9 - Atendimento por parte de fornecedores externos
12 - Acurácia, Precisão e Consistência das informações
14 - Grau de flexibilização de sistemas
1 5 - Apresentação e formatação dos dados
18 - Correção de erros
19 - Segurança dos dados
20 - Documentação
2 1 - Integração dos sistemas
Os resultados dos testes são apresentados no Anexo IV.
4.3.1 Tes.te da hipótese 1
Com base na análise visual dos quadros 5 e 6 e do gráfico 5, apresentados na
seção anterior, pode-se considerar que os primeiros resultados não indicam a
existência do hiato de qualidade, no caso da hipótese I da pesquisa. Esta hipótese
diz respeito ao hiato entre o serviço esperado pelos usuários do setor de
informática e o. serviço que os prestadores pensam que os usuários esperam.
100
Para comprovar esta suposição, recorreu-se ao procedimento estatístico da
Análise Discriminante, conforme descrito em 3 .5 . *
Para a avaliação do hiato, será considerada uma única alternativa para a
matriz de covariância, qual seja, a opção de matrizes de covariância individuais.
Isto se deve ao fato de que os dois grupos são formados por pessoas distintas
(usuários e prestadores de serviços).
Com relação ao método do teste, serão consideradas as duas alternativas:
direto/simultâneo e passo a passo.
No que diz respeito às probabilidades a priori de cada grupo, considerou-se
os percentuais de 78% (71 observações) e 22% (20 observações), respectivamente,
para usuários e prestadores de serviços.
Os resultados verificados foram os seguintes:
Direto/simultâneo: Lambda de Wilks- 0.878303
Nível de sígnificância- 0.8386
• Em paralelo à Análise Discriminante, foi realizado o teste estatístico univariado de Mann-Whitney U-Wilcoxon Rank Swn W Test, disponlvel no SPSS, para avaliar a existência ou não do hiato I, para as mesmas 16 variáveis testadas. O resultado do teste indicou que para apenas uma das 16 variáveis, qual seja, linguagem de acesso aos recursos computacionais, não se pode rejeitar a hipótese ao nível de significância de 7%.
101
Passo a passo: nenhum resultado foi apresentado para essa opção, tendo
em vista a inexistência de qualquer variável ou combinação de variáveis que se
destacasse das demais, apresentando um maior poder discriminante e indicando
uma eventual diferença entre os grupos de observações.
Pode-se verificar que a hipótese não pode ser rejeitada, ao nível de
significância adotado, ou seja, pode-se considerar que não existe diferença
significativa entre as expectativas dos usuários e aquilo que os prestadores pensam
que sejam essas expectativas.
o fato do valor do coeficiente Lambda de Wilks estar bastante próximo de 1
indica que o teste não apresenta, realmente, um bom poder discriminante.
4.3.2 Teste da hipótese 2
Com base nos dados apresentados nos quadros 8 e 9 da seção anterior,
acredita-se que a hipótese 2 da pesquisa - hipótese que diz respeito à discriminação
entre os serviços esperado e percebido pelos usuários do setor de informática - seja
rejeitada.
Para a confirmação, ou não, dessa suposição, também recorreu-se ao
procedimento estatístico da Análise Discriminante.
Serão apresentados resultados para quatro diferentes rodadas dos testes, uma
vez ser este o número de possíveis combinações entre as duas alternativas para
matriz de covariância (conjunta ou individuais) e as duas alternativas para o
método do teste (direto/simultâneo ou passo a passo).
102
Deve-se relembrar que a apresentação dos resultados referentes às duas ,
alternativas de matriz de covariância deve-se, neste caso, ao fato de não ter sido
efetuado teste prévio para indicação da opção mais adequada.
Com relação às probabilidades a priori de cada grupo, considerou-se o
percentual de 50% (71 observações de expectativas e 7 1 observações de
percepções) .
QUADRO 10
Resultados da Análise Discriminante para o teste da hipótese 2
L.W.-0,357821
N.S.
L.W.-0,357821
N.S.-
onde: L. W. - coeficiente Lambda de Wilks N .S. - nível de significância
L.W.-0,384509
Os resultados desse teste indicam que, independente da opção referente à
matriz de covariância, que neste caso não teve interferência alguma, a hipótese 2
realmente não pôde ser aceita, para nenhuma das quatro combinações, aos níveis de
significância adotados. Assim sendo, a análise revela a existência de diferença
significativa entre o serviço esperado pelos usuários e a percepção do serviço
prestado aos mesmos.
103
Com relação ao coeficiente Lambda de Wilks, os 4 valores apresentados no
quadro 10 encontram-se mais próximos de zero, o que avaliza o bom poder
discriminante do teste.
No que tange à seleção passo a passo (Stepwise Variable Selection), ambos
os métodos indicaram os mesmos atributos cuja combinação apresenta o maior
poder discriminante.
Estes atributos são os seguintes:
- Atitude perante os usuários;
- Linguagem para acesso aos recursos computacionais;
- Compreensão dos sistemas, bancos de dados e software pelos usuários;
- Treinamento.
Deve-se ressaltar que esta última afirmação tem sua validade limitada, dentro
de um escopo maior do estudo, tendo em vista que para este teste foram
considerados somente 16 dos 26 atributos identificados na literatura.
104
105
CAPÍTULO 5
5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES PARA PESQUISAS FUTURAS
5.1 Conclusões
Este estudo procurou medir a qualidade do serviço internamente prestado pela
área de informática de uma grande empresa brasileira.
o objetivo era o de contribuir com um estudo que identificasse os diversos
aspectos, situações e problemas envolvidos quando se consideram três
peculiaridades: (a) o fato de a empresa prestadora de serviços ser de economia
mista; (b) o fato de se avaliar o serviço prestado internamente à organização e (c) o
fato de o serviço prestado ser na atividade de informática.
Para tal, procedeu-se uma pesquisa junto a 263 empregados de um
determinado departamento da empresa (234 usuários e 29 prestadores de serviços),
na qual buscava-se comprovação para dois questionamentos fundamentais:
a) existência de hiato entre as expectativas dos usuários quanto a um serviço
de excelente qualidade e aquilo que o prestador de serviços pensa que seriam tais
expectativas;
b) existência de hiato entre as expectativas dos usuários quanto a um serviço
de excelente qualidade e as percepções desses mesmos usuários quanto aos
serviços oferecidos pelo prestador de serviços.
106
Inicialmente, procurou-se conhecer o perfil da amostra, uma vez que este
conhecimento poderia contribuir para a compreensão de inúmeros resultados
encontrados e para justificar algumas das situações em que o nível do serviço
prestado era ou não reconhecido como satisfatório.
Com relação a esta verificação, deve-se destacar o resultado relacionado ao
nível de participação das diversas áreas do departamento na pesquisa. Constatou-se
que algumas áreas não tiveram urna participação maciça. As que tiveram, podem
ser consideradas como aquelas que hoje recebem mais atenção, por parte do setor
de informática responsável pela prestação dos serviços, em termos de sistemas
desenvolvidos. Esta informação tem grande importância, quando se considera a
idéia de Reichheld et ai. (Op.cit.), que comentaram sobre a necessidade de se
descobrir as causas pelas quais os clientes abandonam uma organização. Segundo
eles, o motivo de abandono de um cliente pode vir a ser o motivo de muitos outros.
Dessa forma, ao se acompanhar se um determinado serviço está sendo solicitado
ou se o mesmo está sendo utilizado ou abandonado, pode-se aferir o quanto o
serviço está sendo percebido de forma satisfatória pelos clientes.
No que tange os resultados relativos ao primeiro questionamento da pesquisa,
pode-se concluir, inicialmente, com relação às expectativas dos usuários, que estes
praticamente concordam totalmente que um excelente setor de informática deve
apresentar as 26 características (atributos) consideradas na pesquisa.
Dentre os 26 atributos, pode-se considerar que os seis que apresentaram as
maiores médias são aqueles que esses usuários devem dar maior importância,
quando avaliam a prestação de serviços de informática. São eles: relacionamento
com os usuários, comunicação com os usuários, atitude perante os usuários,
107
linguagem para acesso aos recursos computacionais, adequação dos sistemas e
bancos de dados às necessidades dos usuários e sentimento de confiabilidade com
relação aos serviços/produtos disponibilizados.
o destaque dado ao atributo Relacionamento com os usuários vem ao
encontro da mesma importância dada por Smith (Op.cit.) e Desatnick (Op.cit.),
pois estes chegam a afirmar que o relacionamento dos empregados com os clientes
é um espelho do relacionamento da organização com os empregados. Nesse mesmo
sentido, Takeuchi et ai. (Op.cit.) também comentam sobre a necessidade do
atendimento cordial, mas alertam para a questão da eficiência em primeiro lugar.
Esses autores mencionam que, embora não sejam mutuamente exclusivos, os
consumidores privilegiam o atendimento eficiente ao atendimento puramente
simpático.
Já com relação ao atributo Comunicação com os usuários, Berry et ai.
(Op.cit.), Peters et ai. (Op.cit.) e A1brecht et ai. (Op.cit.) comentam que
efetivamente as organizações devem promover uma comunicação permanente em
duas vias, para a transmissão de metas, objetivos e filosofias e para conhecimento
dos problemas, sugestões e solicitações. Nesse mesmo enfoque, ainda, pode-se
considerar que a troca de informações, através de uma linguagem e abordagem
comuns, refletirá positivamente na percepção dos clientes.
No que diz respeito ao real compronusso dos prestadores de serviço em
atender as expectativas dos clientes, o destaque atribuído pelos usuários se associa
ao comentário de A1brecht et ai. (Op.cit.), quando sugere que a menos que os
valores, as normas e os procedimentos estejam voltados para o cliente, será quase
impossível que a organização esteja apta a oferecer um serviço consistente.
108
Segundo os autores, a cultura de serviço só existe quando esta orientação é uma
das mais importantes normas da organização e quando os empregados sentem o
real compromisso da alta gerência para com este objetivo.
Os usuários destacaram, entre os diversos atributos, aquele que se refere à
adequação dos serviços às suas necessidades. Nesse enfoque, Berry et ai. (Op.cit.,
p.27) reconhecem a importância da questão ao afirmar que a prestação de "um
serviço de qualidade não é 'ajustar-se às especificações', como às vezes se define,
senão ajustar-se às especificações do cliente". A1brecht (Op.cit.), por sua vez,
alertou que os profissionais da área são frequentemente acusados de possuirem
uma cultura técnica muito arraigada, o que os tornaria mais preocupados com a
tecnologia e o produto em si do que com a finalidade efetiva do produto.
De forma análoga, os prestadores de serviço avaliaram, de maneira bastante
homogênea, quais seriam as expectativas dos usuários quanto aos serviços
prestados .por um excelente setor de informática. Os resultados indicam que os
prestadores de serviço percebem claramente quais seriam tais expectativas.
Esta informação é bastante relevante, uma vez que, caso os usuários não
estejam satisfeitos com o serviço prestado, e a insatisfação não decorra de eventual
desconhecimento das expectativas, as possíveis causas do descontentamento
poderiam ser, segundo Parasuraman et ai. (Op.cit.), a má especificação dos
serviços, a falta de compromisso em prestar um bom serviço, uma prestação
distinta do serviço corretamente especificado, o despreparo dos prestadores de
serviço ou uma prestação distinta do serviço prometido.
109
É interessante constatar que, nesse estudo, pode-se perceber uma associação
entre essas possíveis causas sugeridas pelos autores e os comentários dos usuários
quanto aos serviços prestados pelo Setor de Informática. As afirmações de que
seria necessária a existência de maior número de profissionais, de que faltam
atendentes de plantão no apoio, de que se deveria pesquisar e divulgar novidades e
dicas de informática, de que se deveria dar maior orientação quanto ao uso dos
recursos, sugerem a existência dos hiatos 2 e 3 do modelo adotado, que se referem
justamente ao hiato existente entre a percepção das expectativas e a
correspondente especificação dos serviços e ao hiato existente entre a especificação
do serviço e a consequente prestação do mesmo.
De qualquer forma, o fato de o Setor de Informática reconhecer as
expectativas dos usuários vem ao encontro do comentário de Grônroos (Op.cit.),
de que a estratégia de prestação de serviço requer um conhecimento claro do que
realmente os clientes estão buscando.
Na seqüência, no que diz respeito ao segundo questionamento da pesquisa, os
usuários consideram que os serviços oferecidos estão aquém das suas expectativas,
ou seja, observou-se a existência de diferenças entre o serviço esperado e o serviço
percebido. Considerando este resultado em conjunto com a conclusão anterior,
constata-se que apesar dos prestadores de serviços estarem identificando
corretamente as expectativas dos usuários, não as estão atendendo. Esta situação
diverge do sugerido por Horovitz (Op.cit.), que afirma que a organização deve
satisfazer ao máximo seus clientes, sabendo antecipar suas necessidades mas
principalmente responder às suas expectativas.
1 10
Os resultados da Análise Discriminante, procedimento estatístico adotado para
o teste das hipóteses, corroboraram a análise visual efetuada a partir das tabelas de
frequência.
Deve-se destacar que a análise discriminante foi efetuada para um conjunto de
16 das 26 variáveis identificadas na revisão de literatura, tendo em vista a exigência
de inexistência de missing values.
Dentre os 1 6 atributos testados, os quatro atributos cUJa combinação
apresentou o maior poder discriminante, ou seja, que mais contribuiram para a
existência da diferença entre expectativas e percepções, foram os seguintes: atitude
perante os usuários, linguagem para acesso aos recursos computacionais,
compreensão dos sistemas, bancos de dados e software pelos usuários e
treinamento.
Isto posto, este pesquisador gostaria de sugerir algumas contribuições, de
forma a colaborar com o Setor de Informática na busca da excelência na prestação
de serviços.
Nesse sentido, será considerado a figura abaixo, que mostra a relação dos
atributos por ordem decrescente do hiato 5, associados aos respectivos graus de
importância dados pelos usuários.
I I I
112
QUADRO I I
Quadro associativo entre o hiato 5 e a respectiva importância
2.4 6 .5
7- Sentimento de confiabilidade com relação
6.
10- Atendimento por parte de fornecedores 1 .9 6.6
percebida para a de 1 .9 6.5
13- Adequação dos sistemas e bancos de 1 .8 6.8
para acesso aos recursos 6.8
16- Tempo resposta/processamento dos 1 .8 6.6
de acesso aos recursos
22- Sentimento de participação e 1 .4 6.2
1 . 1 6.
o Setor de Infonnática poderia prover um treinamento específico a cada área,
de fonna que os usuários tivessem maior conhecimento e facilidade para acessar as
infonnações e para utilizar os recursos que lhe são necessários.
o estabelecimento de novos meios de comunicação com os usuários, tais
como jornais, palestras e seminários, para divulgação pennanente de infonnações
genéricas ou de infonnações sobre os serviços específicos, seria muito bem
reconhecido pelos usuários, tendo em vista o grau de importância atribuido.
o setor poderia, ainda, passar a · prestar consultoria, com a finalidade de
vislumbrar, em conjunto com os usuários, onde a infonnática poderia proporcionar
melhorias no desenvolvimento das atividades.
o Setor de Infonnática poderia reestruturar a atividade de apoio ao usuário,
colocando seus técnicos mais experientes para o atendimento, orientação · e
esclarecimento de dúvidas.
o desenvolvimento de um trabalho de aproximação junto aqueles setores hoje
não atendidos poderia ser efetuado, para se tentar descobrir possíveis causas para o
distanciamento e, por fim, considerando o papel de coordenador da atividade de
infonnática no departamento, o setor poderia apoiar os órgãos regionais na
implementação de projetos similares voltados para a satisfação dos usuários.
Nesse momento, convém comentar três conclusões relacionadas à condição de
estatal da organização objeto de estudo, uma vez o interesse em se tentar verificar
se e como tal condição interferiria na qualidade da prestação dos serviços. De uma
fonna geral, percebe-se que algumas das questões apresentadas no item 1 . 5 -
1 13
Ambiente do estudo, estão presentes e interferem, como um todo, na prestação dos
serviços por parte da organização.
Entre estas questões, pode-se destacar a obrigatoriedade de submissão a
inúmeras restrições legais, as quais tiram muito da agilidade e da capacidade de
resposta rápida a solicitações ou oportunidades e que dificultam, muitas vezes, a
adoção das melhores decisões, em termos de negócio.
Uma segunda conclusão se refere ao fato de que a manutenção de um nivel de
serviço que satisfaça às expectativas dos usuários se torna complexa em função da
dificuldade de se efetuar um planejamento de médiollongo prazos consistente,
baseado nas reais necessidades da organização e que não tenha que ser revisto com
frequência.
Por fim, um aspecto que impacta diretamente a percepção dos clientes quanto
aos serviços prestados está relacionado à questão dos recursos humanos. Verifica
se, muitas vezes, que não há disposição para se cobrar resultados e para se exigir
maior comprometimento dos empregados. Por outro lado, percebe-se que a falta de
flexibilidade dessas organizações para administrar suas políticas de pessoal acaba
comprometendo o nivel dos serviços prestados, uma vez o tratamento igualitário e
a falta de políticas de recompensa que considerem os méritos, as responsabilidades
e os comprometimentos individuais. Esta situação está de acordo com a observação
de A1brecht (Op.cit. , p.78), quando comenta que "as pessoas que fazem parte de
organizações reagem à realidade das recompensas e sanções que recebem, e não a
apelos idealizados da administração ".
1 14
Todavia, é importante afirmar que, apesar das colocações apresentadas, este
pesquisador não acredita que a condição de estatal da organização possa justificar,
sozinha, uma eventual má prestação de serviços. Esta opinião decorre da percepção
de que a mesma apresenta características típicas da maioría das grandes
organizações, sobretudo quando se pensa em prestação interna de serviços.
Conflitos, disputas e brígas por poder, entre outros, são situações inerentes às
organizações em geral e á natureza humana.
Da mesma forma, acredita-se que alguns dos resultados verificados na
pesquisa independam de características específicas dessa organização, decorrendo
do fato de estarem relacionadas à atividade de informática.
Assim sendo, cabería destacar que a busca por uma melhor prestação de
serviços, qualquer que seja a natureza desse serviço ou da organização, deve ser
constante e urgente, tendo em vista ser condição de sobrevivência em um mercado
cada vez mais competitivo e, sobretudo, devido à necessidade de se respeitar os
desejos, interesses, necessidades e expectativas de clientes, de usuários, de
empregados, enfim, da sociedade em geral.
Apesar de ainda haver um longo caminho a ser seguido, pode-se perceber que
a organização junto a qual este estudo foi desenvolvido vem se esforçando para,
cada vez mais, atender as necessidades de todos aqueles que, direta ou
indiretamente, dela dependem. Conhecer o nível de satisfação e expectativa de seus
clientes internos é um primeiro passo nessa direção.
1 15
Finalmente, espera-se que a partir dos temas abordados, da metodologia
adotada e das idéias discutidas este estudo possa ter contribuído para a
compreensão da abrangência dessa temática e para que as organizações
reconheçam sua enorme responsabilidade perante a sociedade.
5.2 Recomendacões para pesquisas futuras
A nivel da organização objeto de estudo, poder-se-ia proceder pesquisas
semelhantes, a partir dos setores de informática dos outros departamentos. Como
esta organização está implantando um amplo projeto de GQT - Gerência pela
Qualidade Total, e cada departamento encontra-se em estágio diferente da
implementação, estas pesquisas poderiam contribuir na avaliação desse projeto,
associando o estágio da implementação com os resultados obtidos e com a cultura
de cada departamento.
Já a nivel do departamento onde efetivamente se desenvolveu a pesquisa,
sugere-se que os órgãos regionais de informática distribuídos pelo pais também
efetuem pesquisas semelhantes. Desse modo, seria possível um mapeamento
completo da atividade de informática no departamento, a partir da qual poderia se
vislumbrar tanto necessidades e expectativas comuns como demandas localizadas.
A nível do departamento, poder-se-ia, ainda, desenvolver uma pesquisa voltada
para a área de Sistemas de Informação. Como nem todos os empregados do
departamento são usuários dos sistemas de informação desenvolvidos pelo Setor de
Informática, conforme explicado anteriormente, abre-se a oportunidade de se
investigar este segmento específico.
1 16
Finalmente, seria interessante que pesquisas similares fossem efetuadas em
organizações de porte equivalente, de capital totalmente privado. Desse modo, se
poderia cruzar os resultados obtidos, avaliando-se o quanto a situação societária da
empresa afeta a prestação interna de serviços, particularmente na atividade de
informática.
1 17
118
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124
125
ANEXOS
CL I ENTE
ANEXO I
O MODELO CONCE I TUAL . DE PARASURAMAN ET AL
P R O P A G A N D A
" BO C A A B OC A "
L-----i) r - - - - - >
H I A T O 5
NECESS I D ADES
I ND I V I DU A I S
lSERV I C O ESPERADO I �
I '\7
ISERV I CO PERC EB I Do l
EXPER I 1:N C I A S
ANTER I O RES
1 2 6
- - - - - - - - - - - - - - - - r - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
PRESTADOR DO
SERV I CO
H I A T O 1
P R E S T A C A O
SERV I C O
DO � H I A T O 4 � - - - - - - - - - - - - -
I H I A T O 3 I
H I A T O 2
- - - - - �
T R ADUCÃO DE PERCEPCOES
EM ESPEC I F I C ACOES DE
Q U A L I D A DE D O SERV I CO
PERCEPCOES GERENC I A I S
D A S E X PECT A T I V A S
C L I ENTES
DOS
COMUN I C ACOES
E X TE R N A S COM
C L I ENTES
ANEXO 11
QUESTIONÁRIOS DA PESQUISA
PESQUISA SOBRE A AVALIAÇÃO DO SERVIÇO PRESTADO PELO SETOR DE INFORMÁTICA
Caro(a) colega,
o Setor de Informática está realizando uma pesquisa para avaliação da qualidade do serviço que vem prestando aos demais órgãos do Departamento.
2. Nesta pesquisa, todos os empregados lotados na Sede do Departamento estão sendo convidados a responder o questionário anexo. O preenchimento deste questionário é voluntário. Além disso, cabe informar que os resultados individuais não serão divulgados.
3 . Consideramos esta pesquisa de grande importância, uma vez que os resultados obtidos poderão ser úteis para um melhor gerenciamento e planejamento das atividades de informática do Departamento, tendo em vista o conhecimento das necessidades, expectativas e opiniões dos nossos usuários com relação ao assunto.
4. Deste modo, solicitamos que os questionários respondidos sejam devolvidos ao Setor de Informática (sala XXXX), até o dia XXIXXJXX, aos cuidados de Eduardo Felberg , com quem poderão ser dirimidas quaisquer dúvidas com relação ao preenchimento ou à pesquisa.
Contando com sua colaboração,
Chefe do Setor de Informática
Anexo: o citado
127
DEPARTAMENTO DE XXXXXXXXX
SETOR DE INFORMÁTICA
QUESTIONÁRIO
Você está sendo convidado a responder este questionário, que faz parte de uma pesquisa sobre a qualidade do serviço prestado pelo Setor de Informática aos demais órgãos do Departamento. ResPQnda com tranqüilidade e franqueza. Sua colaboração é voluntária e os resultados individuais não serão divulgados.
o tempo a ser despendido no preenchimento do questionário é cerca de 40 minutos. É indiferente o uso de lápis ou caneta. Se Você quiser corrigir alguma resposta, apague ou risque a que estiver errada, de modo que a sua intenção fique cIara. O questionário é composto de 4 seções e xx páginas. Responda a todas as questões. Você encontrará instruções no início de cada seção.
128
SEÇÃO 1
Prezado(a) colega,
Estamos fazendo uma pesquisa sobre a qualidade de serviço prestado por um setor de informática ideal.
Com base em sua experiência como usuário de serviços de informática, pense em um tipo de setor de informática que preste serviços de excelente qualidade. Um setor com o qual se sentiria satisfeito de se relacionar. Pense nos fatores que Você considera importantes quando avalia a qualidade dos serviços daquele setor de informática ideal.
Por favor, mostre como Você pensa que os setores de informática deveriam se comportar para apresentar a excelência na qualidade de seus serviços, atribuindo uma nota para cada afirmativa descrita a seguir. Se Você discordar totalmente de alguma afirmativa, dê nota 1 . Se Você concordar totalmente, dê nota 7. Se Você não discorda e nem concorda totalmente, dê uma das notas intermediárias entre I e 7. Caso Você acredite não ter condições de avaliar uma característica descrita, marque a letra N.
Não existem respostas certas ou erradas. Nós só estamos interessados no número que represente suas expectativas a respeito de setores de informática que prestam um serviço de excelente qualidade.
EXEMPLO
A. Excelentes setores de informática devem tomar disponíveis os equipamentos mais avançados tecnologicamente .
... 1 Discordo totalmente
••• 2 . . . 3 ••• 4 ... 5 ••• 6 ••• 7 ••• N Concordo totalmente
SOLUÇÃO DO EXEMPLO
Se Você espera que excelentes setores de informática acompanhem as tendências tecnológicas mas não necessariamente estejam sempre atualizando o parque instalado, então Você poderia assinalar, por exemplo, o número 5 .
•.• 1 Discordo totalmente
..• 2 . . . 3 ... 4 .X.S ... 6 ... 7 ... N Concordo totalmente
129
1 . Excelentes setores de informática devem manter um relacionamento harmonioso e cooperativo com o órgão do usuário, sem conflitos, atritos ou contenciosos.
... 1 ... 2 • • • 3 ••• 4 ••• 5 ••• 6 Discordo totalmente
. .. 7 ... N Concordo totalmente
2. Excelentes setores de informática devem adotar políticas e procedimentos justos, precisos e consistentes para alocação dos recursos disponiveis entre os diversos órgãos usuários.
... 1 • • . 2 .. . 3 ... 4 • • • 5 • • • 6 Discordo totalmente
. •. 7 • . . N Concordo totalmente
3 . Os profissionais de excelentes setores de informática devem atender e se relacionar com os usuários com cordialidade, cortesia, educação, consideração e respeito.
... 1 . .. 2 ... 3 ... 4 ... 5 .. . 6 Discordo totalmente
.•• 7 • • • N Concordo totalmente
4. Excelentes setores de informática devem estabelecer meios adequados de comunicação com os usuários, para troca e divulgação de informações .
... 1 ... 1 ... 3 ... 4 ... 5 ... 6 Discordo totalmente
... 7 ... N Concordo totalmente
5. Os profissionais de excelentes setores de informática devem apresentar alto nivel de capacitação técnica .
... 1 .. . 2 . .. 3 .. . 4 ... 5 ... 6 ... 7 ... N Discordo totalmente
Concordo totalmente
6. Os profissionais de excelentes setores de informática devem possuir um real interesse e compromisso em acompanhar, conhecer, compreender e atender as necessidades de seus usuários.
... 1 ... 2 ... 3 ... 4 . . . 5 ... 6 Discordo totalmente
. •. 7 •.• N Concordo totalmente
130
7. Excelentes setores de informática devem atender as novas solicitações de serviço e responder às consultas dos usuários dentro de um prazo previamente acordado ou pré-estabelecido.
... 1 ... 2 ••• 3 • • .4 .. . 5 ••• 6 Discordo totalmente
• •• 7 • • . N Concordo totalmente
8. Excelentes setores de informática devem atender as solicitações de desenvolvimento/alteração de sistemas e/ou bancos de dados dentro de um prazo previamente acordado ou pré-estabelecido.
... 1 ... 1 ... 3 ... 4 ... 5 ... 6 Discordo totalmente
. .. 7 ••• N Concordo totalmente
9. Excelentes setores de informática devem acompanhar e controlar os serviços prestados por fornecedores externos, de forma a manter em boas condições de uso os equipamentos e programas utilizados pelos usuários .
... 1 ... 2 ... 3 . .. 4 ... 5 ... 6 Discordo totalmente
..• 7 ••. N Concordo totalmente
1 0. Excelentes setores de informática devem disponibilizar sistemas e/ou bancos de dados cujos tempos de resposta ás consultas sejam aceitáveis e satisfatórios.
... 1 . .. 2 ... 3 ... 4 ... 5 . .. 6 Discordo totalmente
... 7 ... N Concordo totalmente
1 1 . Excelentes setores de informática devem disponibilizar sistemas e/ou bancos de dados de lacil acesso e utilização, que não exijam muitos esforços e conhecimentos para se usufiuir das potencialidades dos mesmos .
••• 1 ... 1 ... 3 ... 4 ... 5 ... 6 Discordo totalmente
... 7 ... N Concordo totalmente
12. Excelentes setores de informática devem disponibilizar sistemas e/ou bancos de dados que não apresentem erros ou perda de informações e cujos dados sejam exatos, confiáveis e consistentes .
... 1 ... 2 ... 3 ... 4 .. . 5 ... 6 ... 7 ... N Discordo totalmente
Concordo totalmente
131
13 . Os usuários de excelentes setores de informática devem poder dispor das informações dos sistemas e/ou dos bancos de dados a qualquer momento que necessitem.
... 1 ...2 ... 3 ... 4 ... 5 ... 6 Discordo totalmente
... 7 ... N Concordo totalmente
14. Os sistemas e/ou bancos de dados disponibilizados por excelentes setores de informática devem ser flexíveis e facilmente adaptáveis a modificações e ajustes .
... 1 ••• 2 • • • 3 • • • 4 • • • 5 ••• 6 Discordo totalmente
... 7 ... N Concordo totalmente
1 5 . Os sistemas e/ou bancos de dados disponibilizados por excelentes setores de informática apresentam as informações dentro de uma formatação que facilite o uso e a consulta.
... 1 ... 2 ... 3 ... 4 ... 5 ' ... 6 . Discordo totalmente
. .. 7 ... N Concordo totalmente
16. O acesso aos recursos computacionais (sistemas, bancos de dados, correio eletrônico etc) disponibilizados por excelentes setores de informática deve se dar através uma linguagem clara e "amigável", com vocabulário e sintaxe simples.
... 1 . .. 2 ... 3 ... 4 ... 5 ... 6 Discordo totalmente
... 7 ... N Concordo totalmente
1 7. Excelentes setores de informática devem disponibilizar sistemas e/ou bancos de dados adequados às necessidades de informação dos usuários .
... 1 • • • 2 ••• 3 • • • 4 ••• 5 • • • 6 Discordo totalmente
... 7 ... N Concordo totalmente
18 . Excelentes setores de informática devem disponibilizar sistemas e/ou bancos de dados com procedimentos de correção e recuperação de informações .
... 1 ... 2 ... 3 ... 4 ... 5 ... 6 Discordo totalmente
... 7 ... N Concordo totalmente
132
19. Excelentes setores de infonnática devem se preocupar com a segurança fisica, confidencialidade e proteção das infonnações (acessos não autorizados, alterações indevidas ou perdas).
... 1 ... 2 ••• 3 ••• 4 ••• 5 ••• 6 Discordo totalmente
• •• 7 ••• N Concordo totalmente
20. Excelentes setores de infonnática devem se preocupar com a documentação dos sistemas e/ou dos bancos de dados disponibilizados e dos serviços prestados, através da descrição detalhada das caracteristicas e das instruções de utilização e acesso.
... 1 ... 2 ... 3 ... 4 ... 5 ... 6 Discordo totalmente
. .. 7 ... N Concordo totalmente
2 1 . Excelentes setores de infonnática devem disponibilizar sistemas e/ou bancos de dados com capacidade de comunicação e integração com sistemas e/ou bancos de dados de diferentes áreas funcionais da organização/do Departamento .
... 1 • • • 2 ••• 3 • • • 4 ••• 5 ••• 6 Discordo totalmente
•.• 7 .•• N Concordo totalmente
22. Excelentes setores de infonnática devem facilitar e estimular uma maior compreensão e conhecimento, por parte dos usuários, dos sistemas, dos bancos de dados e dos software disponibilizados e dos serviços prestados .
... 1 ... 2 ... 3 ... 4 ... 5 ... 6 Discordo totalmente
... 7 ... N Concordo totalmente
23. Excelentes setores de infonnática devem disponibilizar sistemas e/ou bancos de dados e prestar serviços que contribuam para a fonnulação de soluções para os problemas dos usuários .
... 1 ... 2 ••• 3 ••• 4 ••• 5 ••• 6 Discordo totalmente
... 7 ... N Concordo totalm'ente
24. Os usuários de excelentes setores de infonnática devem se sentir seguros e confiantes com relação aos sistemas e/ou bancos de dados disponibilizados e aos serviços prestados .
... 1 ••• 2 •.• 3 ••• 4 ••• 5 ••• 6 Discordo totalmente
... 7 . .. N Concordo totalmente
133
25. Os usuanos de excelentes setores de infonnática devem se sentir envolvidos e comprometidos com a atividade de infonnática, no que diz respeito aos sistemas, aos bancos de dados e à prestação dos serviços em geral.
... 1 ... 2 • • • 3 ••• 4 ••• 5 ••• 6 Discordo totalmente
... 7 ... N Concordo totalmente
26. Excelentes setores de informática devem prover treinamento aos usuários, com o objetivo de aumentar e melhorar o uso dos recursos computacionais e o conhecimento dos serviços disponíveis .
... 1 ... 2 . . . 3 ... 4 ... 5 ... 6 Discordo totalmente
. • . 7 ... N Concordo totalmente
FIM pA SEÇÃO 1
134
SEÇÁ0 2
Ao contrário da seção anterior, as afinnativas a seguir referem-se as suas experiências com relação ao serviço prestado pelo Setor de Informática.
Por favor, para cada afinnativa, mostre o quanto Você acredita que o Setor de Infonnática tem das características descritas pelas afinnativas.
Se Você discordar totalmente de alguma afinnativa, dê nota 1 . Se Você concordar totalmente, dê nota 7. Se Você não concorda e não discorda totalmente, dê uma das notas intennediárias entre I e 7. Caso Você acredite não ter condições de avaliar uma característica descrita, marque a letra N.
Lembre que não existem respostas certas ou erradas. Nós estamos interessados somente em conhecer sua avaliação com relação ao serviço prestado pelo Setor de Infonnática.
135
1 . O Setor de Infonnática mantém um relacionamento hannonioso e cooperativo com o seu órgão, sem maiores conflitos, atritos ou contenciosos .
... 1 • • • 2 ... 3 ... 4 ... 5 ... 6 Discordo totalmente
... 7 ... N Concordo totalmente
2. O Setor de Infonnática adota políticas e procedimentos justos, precisos e consistentes, para alocação dos recursos disponiveis entre os diversos órgãos usuários.
... 1 . .. 2 ... 3 ... 4 ... 5 ... 6 Discordo totalmente
... 7 ... N Concordo totalmente
3. Os profissionais do Setor de Infonnática atendem e se relacionam com os usuários com cordialidade, cortesia, educação, consideração e respeito .
... 1 ... 2 ... 3 ... 4 ... 5 ... 6 Discordo totalmente
... 7 ... N Concordo totalmente
4. O Setor de Infonnática estabelece meios adequados de comunicação com os usuários, para troca e divulgação de infonnações .
- ... 1 ... 2 ... 3 ... 4 ... 5 ... 6 Discordo totalmente
... 7 ... N Concordo totalmente
5. Os profissionais do Setor de Infonnática apresentam alto nivel de capacitação técnica .
... 1 ... 1 ... 3 ... 4 ... 5 ... 6 Discordo totalmente
... 7 ... N Concordo totalmente
6. Os profissionais do Setor de Infonnática possuem um real interesse e compromisso em acompanhar, conhecer, compreender e atender as necessidades de seus usuários.
... 1 . .. 1 ... 3 ... 4 ... 5 ... 6 Discordo totalmente
... 7 ... N Concordo totalmente
136
7. Os profissionais do Setor de Informática atendem as novas solicitações de serviço e respondem às suas consultas dentro de um prazo previamente acordado ou pré-estabelecido .
... 1 ... 2 ... 3 ... 4 ... 5 .. . 6 Discordo totalmente
.•• 7 .•. N Concordo totalmente
8. Os profissionais do Setor de Informática atendem as solicitações de desenvolvimento/alteração de sistemas e/ou bancos de dados dentro de um prazo previamente acordado ou pré-estabelecido.
.
... 1 ... 2 ... 3 ... 4 ... 5 . .. 6 Discordo totalmente
••. 7 ••• N Concordo totalmente
9. O Setor de Informática acompanha e controla os serviços prestados por fornecedores externos, de forma a manter em boas condições de uso os equipamentos e programas utilizados pelos usuários .
... 1 ... 2 . . . 3 .. . 4 ... 5 ... 6 Discordo totalmente
... 7 ... N Concordo totalmente
10. O Setor de Informática disponibiliza sistemas e/ou bancos de dados cujos tempos de resposta às consultas são aceitáveis e satisfatórios .
... 1 ... 2 ... 3 . . . 4 . . . 5 ... 6 Discordo totalmente
... 7 ... N Concordo totalmente
1 1 . O Setor de Informática disponibiliza sistemas e/ou bancos de dados de fácil acesso e utilização, que não exigem muitos esforços e conhecimentos para se usufruir das potencialidades dos mesmos .
... 1 ••• 2 ••• 3 ••• 4 ••• 5 ••• 6 Discordo totalmente
... 7 ... N Concordo totalmente
12. O Setor de Informática disponibiliza sistemas e/ou bancos de dados que não apresentam erros ou perda de informações e cujos dados são exatos, confiáveis e consistentes.
... 1 • •• 2 ••• 3 ••• 4 ••• 5 ... 6 Discordo totalmente
... 7 ... N Concordo totalmente
137
13 . Você, usuano do Setor de Infonnática, dispõe das infonnações dos sistemas e/ou dos bancos de dados a qualquer momento que necessite .
... 1 ... 2 ... 3 ... 4 ... 5 ... 6 Discordo totalmente
••• 7 . • • N Concordo totalmente
14. Os sistemas e/ou bancos de dados disponibilizados pelo Setor de Infonnática são flexíveis e facilmente adaptáveis a modificações e ajustes .
... 1 ... 2 ... 3 ... 4 ... 5 ... 6 Discordo totalmente
••• 7 ... N Concordo totalmente
1 5. Os sistemas e/ou bancos dI? dados disponibilizados pelo Setor de Infonnática apresentam as infonnações dentro de uma fonnatação que facilita o uso e a consulta.
... 1 ... 2 ... 3 ... 4 ... 5 ... 6 Discordo totalmente
. .. 7 ... N Concordo totalmente
16. O acesso aos recursos computacionais (sistemas, bancos de dados, correio eletrônico etc) disponibilizados pelo Setor de Infonnática se dá através uma linguagem clara e "amigável", com vocabulário e sintaxe simples .
... 1 ... 2 ... 3 ... 4 ... 5 ... 6 ... 7 ... N Discordo totalmente
Concordo totalmente
17. O Setor de Infonnática disponibiliza sistemas e/ou bancos de dados adequados às suas necessidades de infonnação . .
... 1 ... 1 ... 3 ... 4 ... 5 ... 6 Discordo totalmente
... 7 ... N Concordo totalmente
18 . O Setor de Infonnática disponibiliza sistemas e/ou bancos de dados com procedimentos de correção e recuperação de infonnaçôes .
... 1 ... 2 ... 3 ... 4 ... 5 ... 6 Discordo totalmente
... 7 ... N Concordo totalmente
138
19. O Setor de Infonnática se preocupa com a segurança fisica, confidencialidade e proteção das infonnaçóes (acessos não autorizados, alterações indevidas ou perdas).
... 1 ... 1 . . . 3 ... 4 ..• 5 ... 6 Discordo totalmente
. .. 7 . . . N Concordo totalmente
20. O Setor de Infonnática se preocupa com a documentação dos sistemas e/ou dos bancos de dados disponibilizados e dos serviços prestados, através da descrição detalhada das características e das instruções de utilização e acesso .
... 1 ... 2 .. . 3 ... 4 ... 5 ... 6 Discordo totalmente
... 7 ... N Concordo totalmente
21 . O Setor de Wonnática disponibiliza sistemas e/ou bancos de dados com capacidade de comunicação e integração com sistemas e/ou bancos de dados de diferentes áreas funcionais da organização/ do Departamento .
... 1 ... 1 . . . 3 . . .4 .. . 5 .•. 6 Discordo totalmente
... 7 ... N Concordo totalmente
22. O Setor de Wonnática facilita e estimula sua maior compreensão e conhecimento dos sistemas, dos bancos de dados e dos software disponibilizados e dos serviços prestados.
... 1 ... 2 ... 3 ... 4 ... 5 ... 6 Discordo totalmente
. .. 7 ... N Concordo totalmente
23. O Setor de Infonnática disponibiliza sistemas e/ou bancos de dados e presta serviços que contribuem para a fonnulação de soluções para os seus problemas.
... 1 ... 2 ... 3 ... 4 ... 5 ... 6 Discordo totalmente
. .. 7 ... N Concordo totalmente
24. Você, usuário do Setor de Wonnática, se sente seguro e confiante com relação aos sistemas e/ou bancos de dados disponibilizados e aos serviços prestados.
... 1 ••• 2 ••• 3 ••• 4 ••• 5 ••• 6 Discordo totalmente
. •. 7 •.. N Concordo totalmente
139
25. Você, usuano do Setor de Infonnática, se sente envolvido e comprometido com a atividade de infonnática, no que diz respeito aos sistemas, aos bancos de dados e à prestação dos serviços em geral .
•.. 1 ... 2 ... 3 ... 4 ... 5 ... 6 Discordo totalmente
... 7 ... N Concordo totalmente
26. O Setor de Infonnática provê seu treinamento, com o objetivo de aumentar e melhorar o uso dos recursos computacionais e o conhecimento dos serviços disponíveis.
... 1 ... 2 ... 3 ... 4 ... 5 ... 6 Discordo totalmente
...7 ... N Concordo totalmente
FIM DA SEÇÃO 2
140
SEÇÃO 3
A fim de que possamos perceber particularidades de urna determinada atividade e vislumbrar ações genéricas e ações específicas, toma-se necessário relacionar as perguntas das seções anteriores ao perfil do respondente, bem corno às características do órgão usuário. Sendo assim, solicitamos a Você que responda as perguntas abaixo, corno urna complementação da avaliação da qualidade do serviço prestado pelo Setor de Informática.
I . Idade:
1 . ( ) Menos de 20 4. ( ) 40 a 49
11. Área de atividade:
DADOS PESSOAIS
2. ( ) 20 a 29 5 . ( ) 50 a 59
3. ( ) 30 a 39 6. ( ) 60 ou mais
I . ( ) Contratos 6. ( ) Qualidade 2. ( ) Documentação Técnica 3 . ( ) Suprimento 4. ( ) Atividade fim do Depto 5. ( ) Planejamento
7. ( ) Recursos Humanos 8. ( ) Superintendências 9. ( ) Transporte 10. ( ) Engenharia
ill. Áreas de maior contato no Setor de Informática:
1 . ( ) Apoio ao Usuário 2. ( ) Desenvolv. micro 3 . ( ) Operação de computador
4. ( ) Chefia 5. ( ) Desenvolv. grande porte 6. ( ) SuportelRede
IV. Função gerencial: Sim ( ) Não ( )
INFORMAÇÕES OPCIONAIS:
Nome: ______ �----�-----------Lotação: __ ....:1 __ --'1 __ _ Cargo: __________________ __
FIM DA SEÇÃO 3
14\
SEÇÃO 4
Nesta seção, Você poderá fazer qualquer comentário que julgar relevante, não só com relação à pesquisa em si mas, também, com relação ao questionário e ao tema da qualidade em informática. Comente suas idéias e sugestões e emita suas opiniões a respeito do Setor de Informática.
Não esqueça que será a partir das criticas e dos comentários recebidos que poderemos planejar um atendimento que Você julgue de melhor qualidade.
Lembre-se que Você pode se basear nas avaliações efetuadas sobre o Setor de Informática como subsídio para seus comentários.
FIM DA SEÇÃO 4
FIM DO QUESTIONÁRIO
Favor encaminhar o questionário para o Setor de Informática, sala XXX)(, aos cuidados de Eduardo Felberg. Agradecemos a colaboraç40.
142
DEPARTAMENTO DE XXXXXXXXXXX
SETOR DE INFORMÁTICA
QUESTIONÁRIO
Você, enquanto prestador de serviços do Setor de Informática, está sendo convidado a responder este questionário, que faz parte de uma pesquisa sobre a qualidade do serviço prestado pelo Setof de Informática aos demais órgãos da Sede do Departamento. Responda com tranqüilidade e franqueza. Sua colaboração é voluntária e os resultados individuais não serão divulgados.
O tempo a ser despendido no preenchimento do questionário é cerca de 30 minutos. É indiferente o uso de lápis ou caneta. Se Você quiser corrigir alguma resposta, apague ou risque a que estiver errada, de modo que a sua intenção fique clara. O questionário é composto de 2 seções e X páginas. Responda a todas as questões. Você encontrará instruções no início de cada seção.
143
SEçAo 1
Prezado(a) colega,
Estamos fazendo uma pesquisa sobre a qualidade do serviço prestado pelo Setor de Informática.
Com base em sua experiência como prestador de serviços de informática, responda quais devem ser, em sua opinião, as expectativas e necessidades dos usuários com relação a um setor de informática que preste serviços de excelente qualidade.
Por favor, responda as diversas questões apresentadas, atribuindo uma nota para cada afirmativa descrita a seguir. Se Você discordar totalmente de alguma afirmativa, dê nota 1 . Se Você concordar totalmente, dê nota 7. Se Você não discorda e nem concorda totalmente, dê uma das notas intermediárias entre I e 7. Caso Você ache que não sabe avaliar uma caracteristica descrita, marque a letra N.
Não existem respostas certas ou erradas. Nós só estamos interessados no número que represente suas percepções a respeito do que seriam as expectativas dos usuários do Setor de Informática, quando estes imaginam um serviço de excelente qualidade.
EXEMPLO
A. Excelentes setores de informática devem tomar disponiveis os equipamentos mais avançados tecnologicamente .
... 1 ... 2 ... 3 ... 4 . . . 5 ... 6 Discordo totalmente
••. 7 ..• N Concordo totalmente
SOLuçA0 DO EXEMPLO
Se Você acredita que os usuários esperam que excelentes setores de informática acompanhem as tendências tecnológicas mas não necessariamente estejam sempre atualizando o parque instalado, então Você poderia assinalar, por exemplo, o número 5 .
... 1 ••. 2 ... 3 ... 4 .X. 5 ... 6 Discordo totalmente
... 7 ... N Concordo totalmente
144
SEÇÃO 2
Nesta seção, Você poderá fazer qualquer comentário que julgar relevante, não só com relação à pesquisa em si, mas, também, com relação ao questionário e ao tema da qualidade em informática. Comente suas idéias e sugestões e emita suas opiniões a respeito do Setor de Informática.
Não esqueça que será a partir das criticas e dos comentários recebidos que poderemos planejar um atendimento que Você julgue de melhor qualidade.
Lembre-se que Você pode se basear nas avaliações efetuadas como subsídio para seus comentários.
FIM DA SEÇÃO 2
Atividade no Setor de Informática:
( ) Apoio administrativo ( ) Desenvolvimento micro
( ) Apoio ao usuário ( ) Operação
( ) Desenvolvimento ( ) SuportelRede
Preenchimento opcional: Nome: _______ . __ _
FIM DO QUESTIONÁRIO
Favor etlclUltÍnhar o questü",ário ao EdMardo Felberg. Grato pela co/oboraçiIo.
145
ANExo m
MINUTA DA MENSAGEM DE DIVULGAÇÃO DA PESQUISA
Cidade, 00100100
Setor de Infonnática - XXl94
Para: Órgãos destinatários
Assunto: Pesquisa de Qualidade em Infonnática
Comunicamos a V.Sa. que o Setor de Infonnática está iniciando uma ampla pesquisa junto aos usuários da Sede para avaliar a qualidade dos serviços que vem prestando.
Serão distribuídos questionários a todos os empregados lotados na Sede do Departamento. Após a análise das infonnações, os resultados apurados serão divulgados.
Assim sendo, solicitamos a V.Sa. proceder à ampla divulgação desta iniciativa nos respectivos órgãos, bem como a efetiva colaboração no sentido de incentivar o preenchimento dos questionários.
Ressaltamos, que, somente com um grande retorno de respostas, poderemos reavaliar e planejar uma prestação de serviços baseada nas expectativas dos usuários e reconhecida como de melhor qualidade.
Agradecemos, antecipadamente, a colaboração.
Atenciosamente,
xxxxxxxxx:xxxx: Chefe do Setor de Infonnática
146
147
ANEXO IV
RESULTADOS DOS TESTES DAS HIPÓTESES
HIATO ]:
MA TRIZES INDIVIDUAIS
- - - - - - - - D I S C R I M I N A N T A N A L Y S I S - - - - - - - -
On groups defined by GV
91 (Unweighted) cases were processed. O of these were excluded from the analysis. 91 (Unweighted) cases will be used in lhe analysis.
Number of cases by group
Number of cases . GV Unweighted Weighted Labe\
1 71 71.0 2 20 20.0
Total 9\ 91.0
Covariance matrix for group I,
24 25 26 1
24 .7195 25 .0252 1.5412 26 ' . 1235 -.0082 .6274 1 .0565 -.0221 .0187 .4885 3 .0616 -.0425 .0056 .0412 4 .0964 -.0042 -.0020 -.0117 5 .0922 -.1449 .0861 .0938 6 .0026 . 1769 .0618 .0497 7 .0930 .0799 .0040 .os 19 10 .2016 .0209 . 1072 .0306 1 1 .2640 .2318 .045 1 .0586 13 .1819 .0360 .0614 .0702 16 -.0095 .0485 .0789 .0489 17 -.0032 -.0704 .0141 . 1245
148
22 . 1624 .0394 .0521 .0565 23 .1284 -.0598 .D205 -.0038
3 4 5 6
3 . 1070 4 .0189 . 1586 5 .0505 .0054 .7618 6 .0022 -.0161 . 1032 .2085 7 .0336 -.0028 .0606 .0465 10 .0091 .0549 .3119 .0294 1 1 .0135 .0942 . 1 183 .0034 13 .0231 .0070 .3414 .0909 16 -.0157 .0076 . 1928 .0596 17 .0390 .0330 .0477 .0127 22 .0187 . 1 107 .0207 .0312 23 .0185 .1485 .4074 .1213
7 10 1 1 13
7 1 .7771 10 . 1473 .6708 1 1 . 1260 .5296 1. 1936 13 . 1573 .5318 . 5423 1. 1352 16 . 1561 . 1839 . 1887 .2668 17 .0340 -.01Jl . 1408 .0364 22 .0930 . 1 302 .2497 . 1 105 23 .0459 .5054 .4052 .5710
16 17 22 23
16 .2946 17 . .0608 .3119 22 .0191 .0539 .3 195 23 .3163 .0606 .2569 1. 1368
Covariance matrix for group 2,
24 25 26 I
24 .5132 25 .3816 1.2500 26 . 17 1 1 -.0132 .4500 1 . 1053 .6316 .0421 .7789 3 -.0132 .0658 -.0184 .02 1 1 4 . 171 1 .0395 . 1026 .0632 . 5 .4737 . 1579 .2842 -.1368 6 .4079 .4868 . 1 184 .2632 7 . 17 1 1 .3026 .0079 -.03 16 10 -.0132 -.0395 .0132 .2105 l i . 1447 -.0395 . 1 184 -.0526 13 .3816 .4605 . l i 32 -.0316 16 .2632 . 1 579 . 1684 .0632 17 -.0395 .0921 .0500 .0105 22 -.0132 . 1 184 .0132 .2105 23 .0921 .0132 .2026 -.02 1 1
3 4 5 6
3 .0500 4 -.0079 . 1342 5 .0105 . 1368 1 .1 158 6 -.0132 . 1 184 .2632 .4079 7 . 1289 .0184 .4316 .0658 10 -.0132 . 1 184 -.1053 -.0132 1 1 -.0132 .0658 . 1053 .0921 13 .0763 .07 1 1 .4316 .2763 16 .0842 .1474 .4526 . 1579 17 .0974 -.0237 .0842 -.0395 22 -.0132 .0132 -.0526 -.0132 23 -.0237 .0868 . 1474 .0395
7 10 1 1 13
7 .8921 10 -.0395 .3026 1 1 -.0395 -.0132 .3026 13 .4711 -. 1447 . 1 184 .6816 16 .4000 .0526 .0526 .3474 17 .2816 -.0395 -.0395 .1763 22 -.0395 . 1447 -.0132 -. 1447 23 -.1026 .0921 .0921 -.0500
16 17 22 23
16 .4632 17 .2000 .2395 22 -.0526 -.0395 .3026 23 .0737 -.0184 . 1447 .4711
RESULTADOS PELO MÉTODO DIRETO
- - - - - - - - D 1 S C R I M I N A N T A N A L Y S I S
On groups'defined by GV
Analysis number 1
Direct melhod: ali variables passing lhe tolerance tesl are entered.
Minimum tolerance leve!... ............... . 00100
Canonical Discriminant Functions
149
Maximum number of functions. . . . . . . . . . . . . . 1 Minimum cumulative percen! ofvariance . . . 100.00 Maximum significance of Wilks' Lambda . . . . 1.0000
Classification function coefficients (Fisher's linear discriminan! functions)
GV = 1 2
24 -6.8195539 -6.7800880 25 -.1263057 -. 1652607 26 4.6358523 4.6395191 1 -3.5%2106 -4.0791649 3 70.8213041 71 .1204246 4 34.4922862 34.0537372 5 -3.5809456 -3.7790866 6 29.2313827 29.3940095 7 -2. 1313484 -1.8720284 10 12.7628512 13. 1036134 1 1 -2.3946294 -1.8844627 13 -2.0480197 -2.1424255 16 17.0163375 15.7870800 17 6.8930862 7.4508850 22 14.6537674 14.2957008 23 -11 .9181074 -1 1.7101620 (Constant) -546.4002694 -543.3659966
Canonical Discriminan! Functions
Pct of Cum Canonical Afier Wilks' Fcn Eigenvalue Variance Pct Corr Fcn Lambda Chi-square df Sig
: 0 .878303 10.51 1 16 .8386 I " . 1386 100.00 100.00 .3489 :
" Marks lhe 1 canonical discriminan! functions remaining in lhe anaIysis.
Standardized canonical discriminan! function coefficients
Flinc 1
24 .03649 2S -.05329 26 .00317 I -.40309 3 . 10364 4 -.19319 5 -.203% 6 .09166 7 .36761 10 .29499
150
1 1 .57485 13 ·. 10821 16 ·.79502 17 .34162 22 ·.22639 23 .23329
Strueture matrix:
Pooled within·groups eorrelations between discriminating variables and canonical discriminant functions
(Variables ordered by size oí correlation within function)
Fune 1
1 1 .47846 16 ·.42437 1 ·.37582 5 ·.27356 6 ·.24507 10 .21 102 7 .20052 17 .12659 3 . 12603 26 ·. 12072 4 ·.10721 25 ·.08142 22 .06342 24 .04337 13 .01477 23 .00079
Canonical discriminant functions evaluated at group means (group centroids)
Group Fune 1
1 ·.19538 2 .69360
• • • • • • • • D I S C R I M I N A N T A N A L Y S I S • • • • • • • •
On groups defined by GV
91 (Unweighted) cases were processed. O oí tbese were exeluded from tbe anaIysis. 91 (Unweighted) cases will be used in tbe anaIysis.
Number oí cases by group
151
Nurnber of cases GV Unweighted Weighted Label 1 71 71.0 2 20 20.0
Total 91 91.0
RESULTADOS PELO MtTODO PASSO A PASSO
- - - - - - - - D I S C R I M I N A N T A N A L Y S I S - - - - - - - -
On groups delined by G V
AnaIysis nurnber 1
Stepwise variable selection Selection ruJe: minimize WiIks' Lambda Maximurn nurnber of steps.... ... . . . ....... . 32 Minimurn tolerance leve!... ............... . 00100 Minimurn F to enter . . ..... . . . . ....... . . . . . 3 .. 84000 Maximurn F to remove . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.71000
Canonical Discriminaol Functions
Maximurn nurnber of functiODS ............. . Minimurn eurnulative percent ofvariance... 100.00 Maximurn significance of WiIks' Lambda.... 1.0000
Prior probabilities
Group Prior Label
1 .78022 2 .21978
Total 1.00000
---- Variables nol in the Analysis after Slep O ----
Minimurn Variable Tolerance Tolerance F lo Enter WiIks' Lambda
24 25 26 1 3 4 5 6
1.0000000 1.0000000 1 .0000000 1.0000000 1.0000000 1.0000000 1 .0000000 1 .0000000 1 .0000000 1.0000000 1 .0000000 1 .0000000 1.0000000 1.0000000 1.0000000 1.0000000
.0232003
.0817525
. 1797042 1.7417045 .1958654 .1417504 .9228659 .7406455
.9997394
.9990823
.9979849 .9808059 .9978041 .9984098 .9897371 .9917468
152
153
7 1.0000000 1.0000000 .4958646 .9944594 10 1.0000000 1.0000000 .5491532 .9938676 I I 1 .0000000 1.0000000 2.8230787 .9692552 13 1.0000000 1 .0000000 .0026905 .9999698 16 1.0000000 1.0000000 2.2208703 .9756539 17 1 . 0000000 1 .0000000 . 1976095 .9977846 22 1.0000000 1 .0000000 .0496054 .9994429 23 1.0000000 1 .0000000 .0000078 .9999999
F levei or tolerance or VIN insufficient for further computation.
No variables qualified for the aualysis, so it is being abandoned.
HIATO 5:
A) MA TRIZ DE COVARIÂNCIA ÚNICA/TOTAL
• • • • • • • • D I S C R I M I N A N T A N A L Y S I S • • • • • • • •
On groups defined by GV
142 (Unwcighted) cases wcre processed. O of these were excluded from the aualysis.
142 (Unweighted) cases will be used in the aualysis.
Number of cases by group
Number of cases GV Unwcighted Weighted Label 1 71 71.0 2 71 71.0
Total 142 142.0
Total covariance matrix with 141 degrees offreedom
24 25 26 1
24 2.4147 25 1.4338 2.9408 26 1 .6736 1.6754 3.3248 1 1.2638 .9604 1 . 1662 1.9078 3 .5744 .5256 .7847 .5990 4 1 .3806 1.2390 1.6138 l .oo l l 5 .8837 .4479 .7528 .8086 6 1.4428 1.3653 1.5632 1.5113 7 1 .4645 1.3976 1.5555 1.2605 10 1.3625 1 .0078 1.4526 .8389 1 1 1 .3602 1 . 1 184 1.2569 .9466
154
13 1.6812 1.2955 1.5465 1 .0256 16 1.3097 1 .1468 1.4791 .9302 17 1.3705 1.0644 1.2410 .8801 22 1 .8766 1.6749 2.0967 1.2944 23 1 .4492 1.2078 1.5032 .8890
3 4 5 6
3 .7895 4 .8140 2.6709 5 .4615 .8772 1.3048 6 .8011 1.6453 1.0129 2.3958 7 .6501 1.6233 .7981 1.6984 lO .4852 1.4951 .8258 1.3145 1 1 .5451 1 .5292 .8160 1.4033 13 .63 14 1.7708 .8212 1 .4832 16 .5374 1.6354 .9056 1 .4325 17 .5496 1.4101 .5518 1.3101 22 .6672 2.1326 .7658 1.6902 23 .5264 1 .8114 .8107 1.4221
7 10 1 1 13
7 3.3605 10 1.3809 2.3882 1 1 1.3967 1.7739 2.3786 13 1.6384 1.6012 1.4924 3.0207 16 1.3467 1.4951 1.5434 1 .6644 17 1.5301 1.2415 1.3219 1.5569 22 1.8194 1 .5208 1.5288 2. 1049 23 1.5753 1.5688 1.4956 1.8605
16 17 22 23
16 2.4014 17 1.4314 2.1604 22 1 .6432 1.65 1 1 2.9182 23 1.4568 1.4693 2.0767 2.653 1
A.I) RESULTADOS PELO MtTODO DIRETO
- - - - - - - - D I S C R I M I N A N T A N A L Y S I S . .. .. - - - .. -
On groups defined by GV
Analysis number I
Direct melhod: all variables passing lhe tolerance test are entered.
Minimum tolerance leve!.. . . . . . . . . . . . . . . . . . 00100
Canonical Discriminant Functions
Maximum number of functions ......... ..... 1 Minimum cumulative percenl of variance ... 100.00
Maximum significance of Wilks' Lambda.... 1 .0000
Prior probability for each group is .50000
Classification function coefficients (Fisher's linear discriminant funetions)
GV 1 2
24 -. 1 109882 -.21 15076 25 .7514178 .9644357 26 .2415225 -.3802489 I .8745799 1.0473407 3 8.6040983 8.6680061 4 -.9887820 -1.2257338 5 2.3409580 2.5166928 6 -1.3547562 -1.9355173 7 -. 1340207 -.2521271 10 2.1914436 1.7053417 1 1 -1.0861605 -.7728959 13 -.3525085 -.5323986 16 1 .7303957 1 . 1689605 17 2. 1627475 1.7466309 22 2.2407148 1.1621498 23 -.0947514 .3834962 (Constant) -58.3462412 -41.5882884'
Canonical Discriminant Functions
Pct of Cum Canonical After WiIks' Fen 'Eigenvalue Variance Pct Corr Fcn Lambda Chi-square df Sig
: 0 .357821 135.659 16 .0000 1* 1.7947 100.00 100.00 .8014 :
• Marks the I canonical discriminant functions remaining in the anaIysis.
Standardized canonical discriminant function coefficients
Fone I
24 .04752 25 -.12340 26 .32879 1 -.07966 3 -.01934 4 . 1 1224 5 -.06993 6 .26702 7 .06955 10 .23 160 1 1 -.15592 13 .09419 16 .25504 17 . 18356
155
22 .47945 23 -.24522
Structure matrix:
Pooled within-groups correlations between discriminating variables and canonical discriminanl functions
(Variables ordered by size of correlation within function)
Func 1
22 .78341 4 .62175 26 .62094 16 .60453 6 .58430 17 .56841 13 .56248 24 .54721 10 .52627 23 .49290 7 .45961 1 1 .45180 I .39273 25 .37101 3 .35501 5 .31006
Canonical discriminanl functions evaluated aI group means (group centroids)
Group Func 1
I 1.33019 2 -1.33019
A.2) RESULTADOS PELO MÉTODO PASSO A PASSO
- - - - - - - - D I S C R I M I N A N T A N A L Y S I S - - - - - - - -
On groups defined by GV
Analysis nlimber 1
Slepwise variable selection Selection rule: minimize Wilks' Lambda Maximum number of steps.. . . . . . . . . . . . .. . .. 32 Minimum lolerance leve!... . . . . . . . . . .. ... . . 00100 Minimum F lo enler .. . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . 3.84000 Maximum F 10 remove .. . .. . . . . .. . . . . . . .. .. . 2.71000
Canonical Discriminant Functions
Maximum number of functions.. . . . . . . .. .... I
156
Minimum cumulative percent ofvariance ... 100.00 Maximum significancc of Wilks' Lambda.... 1.0000
Prior probability for each group is .50000
-------- Variables not in lhe Analysis after Step O -----------
Minimum Variable Tolerancc Tolerance F to Enter Wilks' Lambda
24 25 26 I 3 4 5 6 7 10 1 1 13 16 17 22 23
1.0000000 1.0000000 1.0000000 1.0000000 1.0000000 1.0000000 1 . 0000000 1 .0000000 1 .0000000 1. 0000000 1 .0000000 1.0000000 1.0000000 1.0000000 1 .0000000 1.0000000 1 .0000000 1.0000000 1.0000000 1 .0000000 1.0000000 1.0000000 1.0000000 1 .0000000 1.0000000 1.0000000 1 .0000000 1.0000000 1.0000000 1.0000000 1 .0000000 1.0000000
75.2353091 34.5848865 96.8762708 38.7531756 3 1 .6661496 97. 1291017 24. 1543986 85.7820065 53.0753464 69.5879775 51 .2870094 79.4939859 91.8225651 81.1775018 154.20443 10 61.0418'169
.6504509
.8019022
.5910259
.7832029
.8155364 .5903957 .8528556 .6200671 .7251055 .6679772 .7318845 .6378307 .6039101 .6329758 .4758596
.6963724
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
At step I, 22 was included in lhe analysis.
Degrees ofFreedom Signif. Between Groups Wilks' Lambda Eqnivalent F
.47586 1 1 140.0 154.20443 1 140.0 .0000
---- Variables in lhe Analysis after Step I
Variab1e Toleranee F to Remove WiJks' Lambda
22 1.0000000 154.2044
----- Variables not in lhe Analysis after Step 1 ---
Minimum Variable Toleranee Toleranee F to Enter WiJks' Lambda
24 25 26 1 3
.7486780 .7486780
.8368716 .8368716
.8429802 .8429802
.8799688 .8799688
.9573929 .9573929
3.7832389 .4228085
13.5772458 1.9853512 4.6329869
.4632510 .4744165
.4335147 .4691586 .4605104
IS7
4 .6785557 .6785557 5.5172162 .4576928 5 .96757 19 .9675719 3.5032598 .4641612 6 .8738012 .8738012 12.7209396 .4359615 7 .8824429 .8824429 4.9076915 .45963 13 10 .9205459 .9205459 12.0310448 .4379529 I I .8788864 .8788864 4.3354735 .4614662 13 .7539851 .7539851 4.7618173 .4600977 16 .9051643 .9051643 17.3069777 .423 1704 17 .8408245 .8408245 9.2416764 .4461936 23 .6358 1 14 .6358 1 14 .0755998 .4756009
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
AI step 2, 16 was included in the analysis.
Degrees ofFreedom Signif. Between Groups Wilks' Lambda Equivalenl F
.42317 2 1 140.0 94.73645 2 Ü9.0 .0000
---- Variables in the Analysis after Slep 2 ---
Variable Tolerance F 10 Remove Wilis' Lambda
16 .9051643 17.3070 .4758596 22 .905 1643 59.3681 .6039101
----- Variables nOI in the Analysis after Slep 2 -------
Minimum Variable Tolerance Tolerance F lo Enter Wilks' Lambda
24 25 26 I 3 4 5 6 7 10 1 1 1 3 17 23
.7328509 .7172266
.8272654 .7860394
.8358280 .7889084 .8691 136 .8214895 .9446472 .8808096 .6189357 .6189357 .8537079 .7986444 .8140059 .8140059 .8685419 .8253086 .8037331 .7903034 .7243456 .7243456 .6941623 .6941623 .7561 107 .7561107 .6041151 .604 1 151
1.6199727 .0373597
9.7058428 .8016048
2.5027474 1.2049259 . 1977713
5.8212738 2.5716191 3.9908824 . 1221661 .9788872
2.9029302 .3973199
.4182604 .4230558 .3953636
.4207265 .4156325 .4195075
.4225648 .4060422 .4154289 .41 12765
.422796.1
.4201898 .4144521
.4219555
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
AI step 3, 26 was included in the ana1ysis.
Degrees ofFreedom Signif. Between Groups
158
Wilks' Larnbda .39536 3 1 140.0 Equivalent F 70.34860 3 138.0 .0000
------- Variables in lhe Analysis after Step 3 ------
Variable Tolerance F to Remove Wilks' Larnbda
26 .8358280 9.7058 .423 1704 16 .8974845 13.3165 .4335147 22 .7889084 26.5678 .4714792
-------- Variables not in lhe Analysis after Step 3 ---------
Minimum Variable Tolerance Tolerance F to Enter Wilks' Larnbda
24 .71 15255 .6691952 .5250263 .3938542 25 .7810753 .7289193 .2895094 .3945299 I .8578975 .7393448 .2754330 .3945703 3 .8915429 .7848027 .6989721 .3933567 4 .6183883 .5996632 1 .3153768 .3916037 5 .8488613 .7875698 .04 1 1284 .3952449 6 .8014746 .7495633 3.8673995 .3845092 7 .8652025 .7357874 1 .8522982 .3900894 10 .7933031 .7758609 2.5361583 .3881776 1 1 .7243167 .7243167 . 1009161 .3950726 13 .6912600 .6469054 1.3208215 .3915883 17 .7519362 .7076503 3.4931572 .3855335 23 .6038616 .5641194 .2978021 .3945060
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
AI step 4, 6 was included in lhe analysis.
Wi\ks' Larnbda Equivaleot F
Degrees ofFreedom Signif. Between Groups .3845 1 4 1 140.0
54.82459 4 137.0 .0000
---- Variables in lhe Analysis after Step 4 ----
Variable Tolerance F to Remove Wilks' Larnbda
26 6 16 22
.8229607
.8014746 .8404664 .7495633
7.6722 3.8674 8.4735 19.0299
.4060422
.3953636 .4082912 .4379191
.---- Variables no! in lhe Analysis after Step 4 ----
159
Minimum Variable Tolerance Tolerance F to Enter Wilks' Lambda
24 .6851067 .656592 1 . 1 1979 1 1 .3841708 25 .7534201 .7081164 .8253817 .3821897 1 .6139861 .5736050 .3700836 .3834657 3 .7636947 .6865423 .0094027 .3844826 4 .5846321 .584632 1 .4825746 .383 1497 5 .7302124 .6894492 .318 1545 .3836118 7 .7849465 .7197391 .6179668 .3827699 10 .7790596 .7425252 1 .7364438 .3796617 1 1 .6845733 .6845733 .0208839 .3844502 13 .6872269 .6275602 .9692848 .3817882 17 .7347357 .6876806 2.4403022 .3777314 23 .5947681 .5548561 .6071728 .3828002
F levei or tolerance or VlN insufficient for further computation.
Summary Table
Action Vars Wilks' Step Entered Removed in Lambda Sigo Label
1 22 1 .47586 .0000 2 16 2 .42317 .0000 3 26 3 .39536 .0000 4 6 4 .38451 .0000
Classification function coefficients (Fisher's linear discriminant functions)
GV = 1 2
26 1 .6092510 1.0313641 6 2.3679545 1.8833757 16 2.7745701 2.0769563 22 2.3018503 1.2095025 (Constant) -31.4205438 -15.2682308
Canonical Discriminant Functions
Pc! of Cum Canonical After Wilks' Fcn Eigenvalue Variance pC! Corr Fcn Lambda Chi-square df Sig
: O .384509 131.899 4 .0000 1· 1 .6007 100.00 100.00 .7845 :
• Marks lhe 1 canonical discriminant functions remaining in lhe anaIysis.
Standardized canonical discriminant function coefficients
Func l
26 .32357 6 .23591
160
16 .33556 22 .51416
Structure matrix:
Pooled within-groups correlations between discriminating variables and canonica\ discriminant functions
(Variables ordered by size of correlation within function)
Fune 1
22 .82952 26 .65749 16 .640 1 1 6 .61870 4 .60029 23 .58759 24 .54810 1 3 .50638 1 1 .49146 25 .47904 1 .46795 17 .45551 10 .43012 7 .41054 5 .38099 3 .36664
Canonica\ discriminant functions evaluated at group means (group eentroids)
Group Fone 1
1 1.25625 2 -1.25625
B) MATRIZES DE COVARIÂNCIA INDIVIDUAIS
- - - - - - - - D I S C R I M I N A N T A N A L Y S I S - - - - - - - -
On groups delined by GV
142 (Unweighted) cases were processed. O oflhese were exeluded from lhe analysis.
142 (Unweighted) cases wiIl be used in lhe analysis.
Number of cases by group
Number of cases GV Unweighted Weighted Label 1 7 1 71.0 2 71 71.0
161
162
Total 142 142.0
Covariance rnatrix for group 1,
24 25 26 1
24 .7195 25 .0252 1.5412 26 . 1235 -.0082 .6274 1 .0565 -.0221 .0187 .4885 3 .0616 -.0425 .0056 .0412 4 .0964 -.0042 -.0020 -.0117 5 .0922 -.1449 .0861 .0938 6 .0026 .1769 .0618 .0497 7 .0930 .0799 .0040 .0519 10 .2016 .0209 . 1072 .0306 1 1 .2640 .2318 .0451 .0586 13 . 1819 .0360 .0614 .0702 16 -.0095 .0485 .0789 .0489 17 -.0032 -.0704 .0141 . 1245 22 . 1624 .0394 .0521 .0565 23 . 1284 -.0598 .0205 -.0038
3 4 5 6
3 . 1070 4 .0189 . 1586 5 .0505 .0054 .7618 6 .0022 -.0161 .1032 .2085 7 .0336 -.0028 .0606 .0465 10 .0091 .0549 .3119 .0294 1 1 .0135 .0942 . 1 183 .0034 13 .023 1 .0070 .3414 .0909 16 -.0157 .0076 .1928 .0596 17 .0390 .0330 .0477 .0127 22 .0187 . 1 107 .0207 .0312 23 .0185 . 1485 .4074 . 1213
7 10 1 1 13
7 1.7771 10 . 1473 .6708 1 1 .1260 .5296 1. 1936 13 . 1573 .5318 .5423 1 . 1352 16 . . 1561 .1839 . 1887 .2668 17 .0340 -.0131 . 1408 .0364 22 .0930 .1302 .2497 . 1 105 23 .0459 .5054 .4052 .5710
16 17 22 23
16 .2946 17 .0608 .3119 22 .0191 .0539 .3195 23 .3163 .0606 .2569 1 . 1368
163
Covariance matrix for group 2,
24 25 26 1
24 2.4443 25 1.4505 3.2089 26 1.0895 1.5901 3.3308 1 1.2990 .9680 .8197 2.5211 3 .3891 .5145 .6787 .6710 4 .7489 .8920 .7960 .6732 5 .8771 .3734 .4010 .9674 6 1 .1380 1. 1064 .8461 1.7586 7 1 .0783 1 .2575 .8716 1.2421 10 .8950 .6400 .7272 .5056 1 1 .9980 .7932 .6109 .8137 13 1.2688 .9654 .5970 .6406 16 .8427 .7622 .6097 .5614 17 1 .1 159 .8455 .3942 .4948 22 1.3290 1.4328 1.2664 .9487 23 1 . 1298 1 .1 127 .8992 .63 18
3 4 5 6
3 1.1899 4 .8167 3.0177 5 .5423 .8384 1.4797 6 .8781 1.3201 1 .0950 2.7839 7 .5370 1.2477 .6988 1 .5276 10 .2837 1 .0805 .5656 .9070 1 1 .4706 1.3036 .8205 1.2885 13 .4447 1.3561 .3895 .8865 16 .3485 1.2318 .7706 .9517 17 .3835 .9314 .2779 .9149 22 .3744 1.5793 .4302 .9966 23 .3519 1.6093 .4334 1.0183
7 10 1 1 13
7 3 . 1312 10 .9103 2.5425 1 1 1. 1412 1.6113 2.3131 13 1 . 1 179 .8175 .7813 2.7457 16 .6684 1.0783 1.3513 1.0310 17 1.3241 .9167 1.0895 1.2235 22 1. 1775 .7149 .8402 1.5237 23 1.3895 1.0447 1 . 1636 1.2855
16 17 22 23
16 2.6266 17 1.0732 2.4427 22 .8612 1.0535 2.4777 23 .8549 1.2891 1.6901 2.5847
B.1) RESULTADOS PELO MÉTODO DIRETO
- - - - - - - - D I S C R I M I N A N T A N A L Y S I S - - - - - - - -
On groups defined by GV
Analysis nurnber I
Direct melhod: ali variables passing lhe tolerance test are entered.
Minimurn tolerance levei.................. .00 100
Canonica1 Discriminaot Functions
Maximurn nurnber of functions....... . . . . . . . I Minimum curnulative percent ofvariance .. . 100.00 Maximurn significance of Wilks' Lambda.... 1.0000
Prior probability for each group is .50000
Classification function coefficients (Fisher's linear discriminaot functions)
GV = I 2
24 -. 1 109882 -.2115076 25 .7514178 .9644357 26 .2415225 -.3802489 I .8745799 1.0473407 3 8.6040983 8.6680061 4 -.9887820 -1.2257338 5 2.3409580 2.5 166928 6 -1.3547562 -1.9355173 7 -.1340207 -.2521271 10 2 .1914436 1.7053417 1 1 -1.0861605 -.7728959 13 -.3525085 -.5323986 16 1.7303957 1. 1689605 17 2.1627475 1.7466309 22 2.2407148 1. 1621498 23 -.0947514 .3834962 (Constaot) . -58.3462412 -41.S882884
Canonica1 Discriminaot Functions
Pct of Curn Canonica1 After Wilks' Fcn Eigenvalue Variance Pct Corr Fcn Lambda Chi-square df Sig
: 0 .357821 135.659 16 .0000 I· 1.7947 100.00 100.00 .8014 :
• Marks lhe I canonica1 discriminaot functions remaining in lhe analysis.
164
Standardized canonical discriminant function coefficients
Func 1
24 ,04752 25 -.12340 26 .32879 1 -.07966 3 -.01934 4 . 1 1224 5 -.06993 6 .26702 7 .06955 10 .23160 1 1 -.15592 13 .09419 16 .25504 17 . 18356 22 .47945 23 -.24522
Structure matrix:
Pooled within-groups correlations between discriminating variables and canonical discriminant functions
(Variables ordered by size of correJation within function)
Func I
22 .78341 4 .62175 26 .62094 16 .60453 6 .58430 17 .56841 13 .56248 24 .54721 1 0 .52627 23 .49290 7 .45961 1 1 .45180 1 .39273 25 .37101 3 .35501 5 .3 1006
Canonical discriminant functions evaluated at group means (group centroids)
Group Func 1
1 1.33019 2 -1.33019
165
- - - - - - - - D I S C R I M I N A N T A N A L Y S I S - - - - - - - -
On groups delined by GV
142 (Unweighted) cases were processed. O oflhese were excluded from lhe anaIysis.
142 (Unweighted) cases will be used in lhe anaIysis.
Number of cases by group
Number of cases GV Unweighted Weighted Label 1 71 71.0 2 71 71.0
Total 142 142.0
8.2) RESULTADOS PELO MÉTODO PASSO A PASSO
- - - - - - - - D I S C R I M I N A N T A N A L Y S I S - - - - - - -
On groups delined by GV
Analysis number 1
Stepwise variable selection Selection rule: minimize Wilks' Lambda Maximum number of steps... . . . . . . . . ... .. . . 32 Minimum tolerance leve!... . . . . . .. . . . . . . . . .00 100 Minimum F to enter . . .... . . . . . .. . . . . . . . . . . 3.84000 Maximum F to remove ... . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 2.71000
Canonical Discriminant Functions
Maximum number of functions.... . . . . . . . . . . 1 Minimum cumulative percent ofvariance . . . 100.00 MaximUin significance of Wilks' Lambda.... 1 .0000
Prior probability for each group is .50000
----- Variables not in lhe Analysis after Step O ---------
Minimum Variable Tolerance Tolerance F to Enter Wilks' Lambda
24 25 26 1
1 .0000000 1 .0000000 1.0000000 1.0000000 1.0000000 1.0000000 1 .0000000 1 .0000000
75.2353091 34.5848865 96.8762708 38.7531756
.6504509
.8019022
.5910259
.7832029
166
3 1 .0000000 1.0000000 3 1.6661496 .8155364 4 1 .0000000 I. 0000000 97.1291017 .5903957 5 1 .0000000 1.0000000 24.1543986 .8528556 6 1.0000000 1.0000000 85.7820065 .620067 1 7 1.0000000 I . 0000000 53.0753464 .7251055 10 1.0000000 1.0000000 69.5879775 .6679772 1 1 1 .0000000 1.0000000 51 .2870094 .73 18845 13 1.0000000 1.0000000 79.4939859 .6378307 16 1 .0000000 1 .0000000 91.8225651 .6039101 17 1.0000000 1.0000000 81. 1775018 .6329758 22 1.0000000 1.0000000 154.2044310 .4758596 23 1 .0000000 1 .0000000 61.0418469 .6963724
• • • • • • • • • * • • • ., • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
AI step I, 22 was included in lhe anaIysis.
Wilks' Lambda Equivalenl F
Degrees of Freedom Signif. BelWeen Groups .47586 I I 140.0
154.20443 1 140.0 .0000
----- Variables in lhe Analysis after Slep 1 ----
Variable Tolerance F 10 Remove Wilks' Lambda
22 1 .0000000 154.2044
'---- Variables not in lhe Analysis after Step I ----
Minimum Variable Tolerance Tolerance F lo Enler Wilks' Lambda
24 25 26 1 3 4 5 6 7 10 1 1 13 16 17 23
.7486780 .7486780
.8368716 .8368716
.8429802 .8429802 .8799688 .8799688 .9573929 .9573929 .6785557 .6785557 .9675719 .9675719 .8738012 .8738012 .8824429 .8824429 .9205459 .9205459 .8788864 .8788864 .7539851 .7539851 .9051643 .9051643 .8408245 .8408245 .63581 14 .6358 1 14
3.7832389 .4228085
13.5772458 1.9853512 4.6329869 5.5172162 3.5032598 12.7209396 4.9076915 12.03 10448 4.3354735 4.7618173 17.3069777 9.2416764 .0755998
.46325 10 .4744165
.4335147 .4691586 .4605104 .4576928 .4641612 .4359615
.45963 13 .4379529
.4614662
.4600977 .423 1704
.4461936 .4756009
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
167
AI step 2, 16 was inc1uded in lhe anaiysis.
Degrees of Freedom Signif. Between Groups Wilks' Lambda Equivalenl F
.423 17 2 I 140.0 94.73645 2 139.0 .0000
------- Variables in lhe Analysis afier Slep 2 -------
Variable Tolerance F lo Remove Wilks' Lambda
16 .9051643 17.3070 .4758596 22 .9051643 59.3681 .6039101
.--- Variables nol in lhe Analysis afier Slep 2 -------
Minimum . Variab1e Tolerance Tolerance F 10 Enler Wilks' Lambda
24 25 26 1 3 4 5 6 7 10 I I 13 17 23
.7328509 .7172266
.8272654 .7860394
.8358280 .7889084
.8691 136 .8214895
.9446472 .8808096 .6189357 .6189357 .8537079 .7986444 .8140059 .8140059 .8685419 .8253086 .8037331 .7903034 .7243456 .7243456 .6941623 .6941623 .7561107 .7561107 .6041I51 '6041I51
1.6199727 .0373597
9.7058428 .8016048
2.5027414 1.2049259 . 19777 13
5.8212738 2.5716191 3.9908824 . 1221661 .9788872
2.9029302 .3973199
.4182604 .4230558 .3953636
.4207265 .4156325 .4195075 .4225648 .4060422 .4154289 .4112765
.4227961
.4201898 .4144521
.4219555
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
AI step 3, 26 was included in lhe anaiysis.
Wilks' Lambda Equivalent'F
Degrees of Freedom Signif. Between Groups .39536 3 I 140.0
70.34860 3 138.0 .0000
---- Variab1es in lhe Analysis afier Slep 3 ----
Variable To1erance F lo Remove Wilks' Lambda
26 16 22
.8358280 .8974845 .7889084
9.7058 13.3165 26.5678
.423 1704 .4335 147 .4714792
168
--------- Variables nol in lhe Analysis after Slep 3 ---------------
Minimurn Variable Tolerance Tolerance F lo Enler Wilks' Lambda
24 25 1 3 4 5 6 7 10 1 1 13 17 23
.7115255 .6691952
.7810753 .7289193
.8578975 .7393448
.8915429 .7848027
.6183883 .5996632 .8488613 .7875698 .8014746 .7495633 .8652025 .7357874 .7933031 .7758609 .7243167 .7243167 .6912600 .6469054 .75 19362 .7076503 .6038616 .5641 194
.5250263
.2895094
.2754330
.6989721 1.3153768 .0411284
3.8673995 1.8522982 2.5361583 .1009161 1.3208215 3.493 1572 .2978021
.3938542
.3945299
.3945703
.3933567 .3916037
.3952449 .3845092 .3900894 .3881776
.3950726 .3915883 .3855335
.3945060
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
AI step 4, 6 was inc1uded in lhe anaIysis.
Degrees ofFreedom Signif. Between Groups Wilks' Lambda Equivalenl F
.38451 4 I 140.0 54.82459 4 137.0 .0000
------ Variab1es in lhe Analysis after Slep 4 ___ o
Variab1e To1erance F lo Remove WiIks' Lambda
26 6 16 22
.8229607
.8014746 .8404664 .7495633
7.6722 3.8674 8.4735 19.0299
.4060422
.3953636 .4082912 .4379191
---- Variab1es nOI in lhe Analysis after Slep 4 ---
Minimurn Variab1e To1erance To1erance F IO Enler Wilks' Lambda
24 25 1 3 4 5 7 10 1 1 13
.6851067 .6565921
.7534201 .7081 164
.6139861 .5736050
.7636947 .6865423
.5846321 .5846321
.7302124 .6894492
.7849465 .7197391 .7790596 .7425252 .6845733 .6845733 .6872269 .6275602
. 1 1979 1 1
.8253817
.3700836
.0094027
.4825746
.3 181545
.6179668 1.7364438 .0208839 .9692848
.3841708
.3821897 .3834657 .3844826 .383 1497 .3836118 .3827699
.3796617 .3844502 .3817882
169
17 23
.7347357 .6876806
.5947681 .5548561 2.4403022 .37773 14 .6071728 .3828002
F leveI or tolerance or VJN insufficicnt for further computation.
Summary Table
Aetion Vars WiJks' Step Entered Removed in Lambda Sigo Label
I 22 I .47586 .0000 2 16 2 .42317 .0000 3 26 3 .39536 .0000 4 6 4 .38451 .0000
Classifieation function coefficients (Fisher's linear discriminant funetions)
GV = I 2
26 1.6092510 1.0313641 6 2.3679545 1.8833757 16 2.7745701 2.0769563 22 2.3018503 1 .2095025 (Consta0\) -31.4205438 -15.2682308
CanorticaJ Discriminant Funetions
PeI of Cum CanorticaJ After WiIks' Fcn Eigcnvalue Variance PeI Corr Fcn Lambda Chi-square df Sig
: 0 .384509 13 1.899 4 .0000 I · 1.6007 100.00 100.00 .7845 :
• Marks lhe I canortica1 discriminant funetions remairting in lhe anaIysis.
Standardized canorticaJ discriminant function coefficients
Func I
26 .32357 6 .23591 16 .33556 22 .51416
Structure matrix:
Pooled wilhin-groups correlations between discriminating variables and canortica1 discriminant fuiletions
(Variables ordered by size of correlation wilhin function)
Func l
170
22 .82952 26 .65749 16 .640 1 1 6 .61870 4 .60029 23 .58759 24 .54810 13 .50638 1 1 .49146 25 .47904 1 .46795 17 .45551 10 .43012 7 .41054 5 .38099 3 .36664
CanolÚca1 discriminant functions evaluated at group means (group centroids)
Group Fone 1
1 1 .25625 2 -1.25625
171
QUADRO 8
Hiatos entre expectativas e percepções dos usuários (hiato das médias)
de sistemas de
10- Tempo resposta/processamento dos
1 1- Conveniência de acesso aos recursos
das
24- Sentimento de confiabilidade com relação . .
de participação e envolvimento com a atividade de informática
6.5 4.1
6.6 4.8
6.3 4.7
4,7
6.5 4.6
6.2 4.8
93
2.4
1 .8
1 .6
2.0
1 .9
1 .4
94
QUADRO 9
Hiatos entre expectativas e percepções dos usuários (hiato das medianas)
1 1- Conveniência de acesso aos recursos 7 5 2
12 - Acurácia, Precisão e Consistência das 7 5 2
7 5 2
7 5 2
23- Utilidade para a
24- Sentimento de confiabilidade com relação 7 5 2 aos 25- e 5 2
de informática
'" .. 00 ... . !!! 'li � '" li 'U li 'ã ... �
7
8,78
8,5
8,28
6
5,76
5,6
5,25
8 4,71
4,5
4,25
4
1 2 3 4 5 8 7 8 8 � 11 U 13 U U H U H H � � u n N H H
Atributos
!--<>-sorvlço E�o -o-Servlço Percebido!
Gráfico 6 - Hiatos entre as expectativas e as percepções dos usuários (hiato das médias)
95
Os quadros 8 e 9 e o gráfico 6 apresentam os hiatos de qualidade referentes à
hipótese 2 - hiato entre as expectivas dos usuários quanto à um excelente setor de
informática e as percepções desses usuários quanto ao serviço prestado pelo Setor
de Informática.
Pode-se perceber que os hiatos entre as médias se situam entre 0,7 e 2,5, com
uma maior concentração entre os valores 1,0 e 2,0 (19 hiatos), o que caracteriza
que os serviços oferecidos estão aquém dos serviços esperados.
A análise dos hiatos entre as medianas evidencia um resultado semelhante, já
que dos 26 hiatos apresentados, 24 são de valor igual a 1 ou 2.
Estes resultados, apesar de razoáveis quando comparados à pior situação
possível, devem ser avaliados de uma forma bastante crítica, uma vez demonstrar
um certo' grau de insatisfação dos clientes.
Os cinco atributos que apresentaram os maiores hiatos são os seguintes:
- compreensão dos sistemas, bancos de dados e software pelos usuários;
- tempo de atualização de sistemas de informação elou serviços;
- grau de flexibilização de sistemas;
- treinamento;
- disponibilização das informações;
É interessante perceber que a nenhum desses cinco atributos foram atribuídos
os maiores graus de importância, por parte dos usuários. Esses graus indicativos da
importância do atributo, referentes a expectativa dos usuários quanto a um
96
excelente setor de informática (quadro 3), foram 6.7, 6.5, 6.5, 6.7 e 6.4,
respectivamente.
Por outro lado, deve-se destacar que o atributo Relacionamento com os
usuários apresentou o menor hiato entre todos os 26 atributos identificados. Nesse
particular, Takeuchi et ai. (1983, p. 144) comentam que as organizações devem ser
eficientes antes de tudo, uma vez que "a maioria dos consumidores preferem uma
solução eficiente para seu problema à uma expressão sorridente".
Neste instante, deve-se buscar as possíveis justificativas para essas ,
avaliações. Para tal, serão apresentados a seguir alguns dos inúmeros comentários
efetuados pelos próprios usuários, na seção 4 dos questionários, a partir dos quais
será possível complementar a análise. Senão vejamos:
"Desconhecimento e consequente aproveitamento insuficiente dos recursos
que podem ser obtidos através do micro ou terminais";
"Maior número de profissionais na área de desenvolvimento e manutenção de
sistemas'" ,
"O ramal do apoio não tem plantonista";
"A rede apresenta frequentes quedas e é lenta";
"A rede deveria funcionar nos fins de semana e feriados";
"Pesquisar e divulgar novidades na área de informática";
"Criação de informativos e boletins contendo dicas que facilitem a vida do
usuário";
"O usuário faz um enorme esforço para extrair os dados que precisa dos
sistemas e bancos de dados";
97
"O Setor de Informática deveria, entre outros, orientar o usuário quanto a
melhor solução de seus problemas e auxiliar o Setor de Treinamento na elaboração
dos programas dos cursos";
"A responsabilidade sobre treinamento em informática se confunde entre o
Setor de Informática e o Setor de Treinamento";
"O apoio aos bancos de dados corporativos é nulo".
Com base nos comentários acima apresentados, pode-se compreender os
motivos pelos quais alguns atributos foram mal avaliados.
A manifestação de que há um conhecimento insuficiente dos recursos
disponiveis, de que o usuário deve fazer um grande esforço para a extração dos
dados, de que o Setor de Informática deveria orientar o usuário quanto à melhor
solução para seus problemas e de que não há apoio para o uso dos bancos de dados
corporativos podem justificar a má avaliação do atributo 'compreensão dos
sistemas, bancos de dados e software pelos usuários'.
Estes mesmos comentários também estão relacionados ao atributo
'treinamento', uma vez que é através deste que os usuários podem melhor utilizar e
conhecer os recursos disponiveis. Com relação a este atributo, ainda, percebe-se
que inúmeros usuários se manifestaram sobre a falta de definição do responsável
pelo treinamento em informática.
Com relação ao tempo de atualização de sistemas de informação e/ou
serviços, os usuários apontaram a existência de número insuficiente de profissionais
em algumas das áreas e falta de organização na estruturação da atividade de apoio
ao usuário.
98
No que diz respeito ao grau de flexibilização dos sistemas, pode-se
considerar que a avaliação dada a esse atributo deve estar relacionada à avaliação
dada ao atributo Tempo de atualização de sistemas de informação e/ou serviços.
Tal associação deve-se ao comentário efetuado quando da descrição do atributo
em 2.5.2.4., que em virtude de sua característica essencialmente técnica, os
usuáríos deveriam basear seus julgamentos quanto à flexibilização dos sistemas no
tempo de atendimento às modificações solicitadas.
Por fim, os usuários manifestaram um descontentamento com a
disponibilização das informações, uma vez que, com uma certa regularidade, a rede
vinha apresentando problemas, ficando fora do ar.
4.3 Testes das hipóteses
Conforme mencionado anteriormente, dos 90 usuários que responderam à
pesquisa efetuada, alguns não souberam avaliar a totalidade das perguntas
constantes dos questionários, optando pela alternativa N.
Considerando que o teste estatístico adotado - análise discriminante, não
admite a existência de missing values, para a execução do mesmo foi necessária a
exclusão das respostas referentes a 19 usuários e 10 atributos. Assim sendo, os
resultados a serem apresentados a seguir consideram as respostas de 71 usuários e
de 16 atributos.
99