26
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETARUA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS DIVISÃO DE TECONOLOGIA EDUCACIONAL ATIVIDADE: PESQUISA: PRINCÍPIO CIENTÍFICO E EDUCATIVO MEDIADORA: CRISTIANE OLIVEIRA CURSISTA: MARCOS SILVA RIBEIRO

Avaliação e pesquisa marcos

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Avaliação e pesquisa marcos

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE

SECRETARUA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS

DIVISÃO DE TECONOLOGIA EDUCACIONAL

ATIVIDADE: PESQUISA: PRINCÍPIO CIENTÍFICO E EDUCATIVO

MEDIADORA: CRISTIANE OLIVEIRACURSISTA: MARCOS SILVA RIBEIRO

Page 2: Avaliação e pesquisa marcos

A atual instituição universitária está em decomposição histórica.

A universidade é capaz de produzir um “professor” de ensino básico que nunca pisou numa sala de aula ou que nunca deu uma aula.

É mister superar ironias do nosso destino, como a de jogar no mercado um “professor” que não sabe dar aulas.

Page 3: Avaliação e pesquisa marcos

Pesquisa seria fermento apto a recolocar a universidade no caminho das esperanças sociais nela depositadas.

A pesquisa, por ser não só conhecimento mas sobretudo a sua produção, precisa dialogar direto com a realidade.

Do lado do professor temos a visão empobrecida do ministrador de aulas.

Esta caricatura se adensa mais ainda no professor biscateiro, marcado por condições negativas.

Page 4: Avaliação e pesquisa marcos

Repassador de conhecimento alheio, “picaretagem”, marcas expressam a impropriedade flagrante da função de professor, banalizada na condição de repassador barato de conhecimento alheio.

Professor é aquela figura que, tendo graduação, é contratada para dar aulas. Pior que isso, há instituições de ensino superior que assim se definem: apenas dão aula e têm como professor típico esse biscateiro instrutor.

Page 5: Avaliação e pesquisa marcos

Assim, vale perguntar: o que é professor?

pesquisador, socializador de conhecimentosmotivador

Page 6: Avaliação e pesquisa marcos

É impossível ser professor “de qualquer coisa”.

Professor-papagaio, que sempre diz a mesma coisa.

O professor tem seu lugar, como pesquisador e orientador, para motivar no aluno o surgimento do novo mestre.

Page 7: Avaliação e pesquisa marcos

O primeiro passo é aprender a aprender, que significa não imitar, copiar, reproduzir.

A verdadeira aprendizagem é aquela construída com esforço próprio através de elaboração pessoal.

Page 8: Avaliação e pesquisa marcos

No plano da teoria, é mister exigir capacidade própria de elaboração, e, no plano da prática, capacidade de recriar teoria e de unir saber & mudar.

Page 9: Avaliação e pesquisa marcos

Se a pesquisa é a razão do ensino, vale o reverso: o

ensino é a razão da pesquisa

Page 10: Avaliação e pesquisa marcos

Podemos colocar para o professor exigências tais como:

Pesquisa;possuir domínio teórico;habilidade de manuseio de dados empíricos;possuir versatilidade metodológica; possuir experiência prática;criar espaços alternativos de compreensão e intervenção;estabelecer atitude de diálogo;

Agente de mudança na sociedade

Page 11: Avaliação e pesquisa marcos

O aluno é “estudante”, resumido no discípulo que indigere pacotes instrutivos.

O aluno leva para a vida não o que decora,mas o que cria por si mesmo.

Os “professores” se dizem “ensinadores”, porque na universidade foram obrigados a apenasaprender.

Page 12: Avaliação e pesquisa marcos

Vê-se que a miséria do professor é a mesma do aluno, o qual será, em seguida, o professor, dentro da mesma engrenagem reprodutiva.

O professor é sobretudo motivador, alguém a serviço da emancipação do aluno

Page 13: Avaliação e pesquisa marcos

Muitas vezes é proibido fazer perguntas, fechando-se o ensino em certas apostilas, que não passam de simplificação barata e deturpante da ciência.

Aula é momento de preleção discursiva, que tem seu lugar adequado, mas que jamais pode ser expediente didático predominante, muito menos exclusivo.

Page 14: Avaliação e pesquisa marcos

Para motivarmos o elaborador científico, são necessárias condições didáticas, tais como: indução do contato pessoal do aluno com as teorias, manuseio de produtos científicos transmissão de alguns ritos formais do trabalho científico destaque da preocupação metodológica, cobrança de elaboração própria.

Page 15: Avaliação e pesquisa marcos

A avaliação pode não respeitar o ritmo de cada um em seu desenvolvimento intelectual e social como não adianta mascarar a desigualdade social, a avaliação acaba tornando-se inevitável

A avaliação é um dos desafios científicos que mais escancaram os limites da ciência, Avaliar é pesquisar, se bem compreendido.

Page 16: Avaliação e pesquisa marcos

O conceito de pesquisa leva a dizer que a avaliação do aluno precisa ser radicalmente revista, para ser coerente com o desafio de gestação do novo mestre.

Page 17: Avaliação e pesquisa marcos

A lógica subjacente é a valorização da elaboração própria,na direção do pesquisador.

mais difícil é essa avaliação qualitativa, que desde logo nãoé passível de ser traduzida em dados mensuráveis.

A avaliação apenas formal é fuga, porque atesta quenão sabemos avaliar conteúdos.

Page 18: Avaliação e pesquisa marcos

A pesquisa como principio educativo

Page 19: Avaliação e pesquisa marcos

Em nome da pesquisa, todo “professor” deve ser cientista.

Emancipação é o processo histórico de conquista eexercício da qualidade de ator consciente e produtivo.

A compreensão adequada da emancipação somente éviável no quadro da desigualdade social, quer dizer recuperar o espaço próprio queoutros usurparam,

Page 20: Avaliação e pesquisa marcos

Pobreza não é sina, mau-jeito, azar, mas injustiça. Sem tal conscientização não aparece o reclamo emancipatório, porque o ser social ainda é objeto.

Conceber e executar projeto emancipatório supõe de modo geral dois suportes mais visíveis, que são a busca de auto-sustentação e de autogestão,

Page 21: Avaliação e pesquisa marcos

Nessas condições, a escola é tipicamente reprodutiva, mas não precisa reduzir-se a isso. Pode ser o signo da imbecilização popular, mas pode ser instância fundamental de formação da cidadania de um povo.

Page 22: Avaliação e pesquisa marcos

A primeira preocupação é repensar o “professor” e na verdade recriá-lo. De mero “ensinador” — instrutor no sentido mais barato — deve passar a “mestre”.

há lugar para a aula, como expediente informativo, para introduzir temas e unidades, para ouvir-se recado do professor.

“Tomar nota” é preciso, mas é pouco. Toma-se nota, para poder reelaborar, não para decorar. “Decorar” deveria ser riscado do mapa,

Page 23: Avaliação e pesquisa marcos

A escola continua curral formal, onde o gado é tratado.

Aluno, como discípulo, é gado. Numa analogia forte, é como penico, que tudo aceita sem reclamar, e acha que não passa disso.

Page 24: Avaliação e pesquisa marcos

O desafio da qualidade política está emfomentar a iniciativa do aluno

Page 25: Avaliação e pesquisa marcos

Do ponto de vista da pesquisa, seriam desafios da escola:

A escola precisa assumir papel de espaço culturalcomunitário

A presentar-se como referência pertinente de mobilizações comunitárias caminhar na direção da oferta integral cultivar a noção de patrimônio social e comunitário

acatar o controle democrático constituir-se patrimônio do professor público, atualizar-se sempre.

Page 26: Avaliação e pesquisa marcos

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

DEMO, Pedro. Metodologia da Investigação em Educação. Curitiba. Ibpex, 2005.