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Avaliação em ambientes virtuais de aprendizagem Laguardia, J.; Portela, M.C.; Vasconcellos, M.M. Fundação Osvaldo Cruz Educação e Pesquisa, São Paulo, v.33. n.3, p. 513-530, set/dez 2007

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Avaliação em ambientes virtuais de aprendizagem

Laguardia, J.; Portela, M.C.; Vasconcellos, M.M.

Fundação Osvaldo CruzEducação e Pesquisa, São Paulo, v.33. n.3, p.

513-530, set/dez 2007

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Por que ?

Avaliação: Reflexão “espontânea” – desafios,

dificuldades na prática como docente. Reflexão “provocada” – forum.

Conservadorismo. Esse texto: ao acaso, proximidade. Mais

amplo do que procurava e mais útil em nosso contexto justamente por isso.

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Objetivos

Apresentar aspectos conceituais e metodológicos que norteiam os protocolos de estudo de avaliação dos ambientes de aprendizagem virtual e da aprendizagem nesse meio.

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Resumo

A crescente oferta de cursos de EaD e a crescente demanda governamental por cursos de EaD não tem se acompanhado por avaliações adequadas dessas iniciativas.

A estreita relação que se estabelece entre comunicação e educação dentro da EaD de terceira geração, utilizando as novas Tecnologias de Comunicação e Informação (TIC), requer o emprego de conceitos e métodos que transcendem a área de educação.

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Resumo – cont...

O texto apresenta tópicos relativos à avaliação das TIC e à aprendizagem nos ambientes virtuais onde elas vem sendo utilizadas, nos cursos de EaD.

Introdução Avaliação da TIC Tipos de avaliação em ambientes virtuais Modelos de avaliação em ambientes virtuais

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Introdução Mudanças de ordem econômica, técnicas, sociais e

culturais que servem de base para o aparecimento de e demanda para EaD.

Economia pós-industrial baseada no conhecimento. Processos de trabalho exigindo habilidades

metacognitivas, de aprendizado contínuo e cooperativo.

Novas Tecnologias de Informação e Comunicação – comunicação mediada pelo computador.

Características da EaD – flexibilidade, abertura. Autonomia individual, liberdade intelectual.

Ausência de estudos avaliativos – tempo e falta de conhecimento especializado.

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Avaliação de TIC

Avaliação : “aplicação sistemática de procedimentos metodológicos para determinar, a partir dos objetivos propostos e com base em critérios internos e/ou externos, a relevância, a efetividade e o impacto de determinadas atividades com a finalidade de tomada de decisão.”

“Julgamento de valor a respeito de uma intervenção ou sobre qualquer um de seus componentes...”

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Avaliação de TIC

Repercussões – natureza benéfica ou adversa de suas consequências.

Correlação potencial tecnológico e capacidade de preencher as necessidades e os desejos econômicos e sociais.

Não deve se restringir apenas à tecnologia em si, mas focar a interação entre a TIC e os usuários.

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Avaliação de TIC

Investigações quantitativas x qualitativas. Tipos de abordagens: experimental (ensaio clínico),

pragmática (estudo de caso), econômica (custo-benefício, custo-efetividade), naturalista (interação dos indivíduos).

Desenhos de estudos: objetivistas e subjetivistas. (parte mais difícil do texto...)

Metodologias híbridas – quali e quantitativas.

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Tipos de avaliação de ambientes virtuais de aprendizagem

Investigação das condições em que a aprendizagem acontece (estrutura), modos pelos quais os estudantes são capazes de interagir (processos) e alcance de objetivos e metas propostos (resultados).

Poucos indicadores específicos ou adequados de educação digital a distância. Indicadores de países desenvolvidos.

Níveis de interação aluno-tutor-conteúdo-interface – fator crítico para o sucesso da aprendizagem baseada na tecnologia.

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Tipos de avaliação de ambientes virtuais de aprendizagem

Desenho do currículo, ambiente de aprendizagem e interface de aprendizagem devem ser avaliados – satisfação do usuário e usabilidade (avaliação ergonômica).

Carga de trabalho mental e prático exigida. Aspectos cognitivos, funcionalidade.

Avaliação externa com enfoque no ambiente sociocultural – custo-benefício, custo-efetividade.

Avaliação externa com enfoque nos coordenadores e promotores – conflitos de interesses, participação.

Avaliação do processo de avaliação do curso. Certificação ISO.

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Tipos de avaliação de ambientes virtuais de aprendizagem

Kirkpatrick – 1975/1998 – avaliação de aprendizagem em programas de treinamento empresarial. 4 níveis:

1 – reação e ação planejada – relatórios de progresso, auto-avaliação, satisfação, como pretende usar conhecimento.

2 – aprendizagem – pré e pós testes, simulações, jogos, detectar mudanças de atitude.

3 – aplicação – após término do curso. “Knowledge x Know-how”. Verificar aplicação no ambiente de trabalho.

4 – resultado – repercussões na empresa, retorno do investimento, redução absenteísmo, melhora motivação etc.

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Métodos de avaliação de ambientes virtuais de aprendizagem

Modelo sugerido – Benigno, V. & Trentin, G. – The evaluation of on line courses. J. Computer Assisted Learning, 2000; 16: 259-270.

Elemento central nos cursos online: interação. Indicadores: alguns do ensino presencial e outros

ligados à sociabilidade do processo (participação, interação com tutor, níveis de colaboração).

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Modelo proposto – Benigno & Trentin Elementos chave (9):

1. Características individuais – competência inicial, experiências, motivação, logística de participação, habilidades de manuseio computador, expectativas. Questionário de entrada.

2. Análise quantitativa da participação – números entradas, mensagens, participações em discussões síncronas / asssíncronas. Análise automática (algoritmos de técnicas sociométricas) / estatística.

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Modelo proposto

3. Análise qualitativa das mensagens - Conteúdo e contribuição colaborativa. Problema de “quantificar a qualidade”. Impressões pessoais do tutor - metodologia inadequada. Sugere-se usar 4 elementos básicos (grid qualitativo): número de mensagens, características de interatividade das mensagens, extensão na qual as mensagens cobrem os tópicos sugeridos, profundidade na qual os tópicos são explorados – de modo a avaliar qualidade da participação e conteúdo. Ter previamente um “check-list” de tópicos que deveriam ser abordados. Produção de trabalho de grupo. Relatórios de progresso ao tutor. Agentes de interface, tecnologia de mineração de dados.

4. Desenvolvimento de projeto final.

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Modelo proposto

5. Análise da comunicação – dinâmica de interação, interação com tutor, estratégias de ensino e/ou operacionais.

6. Ambiente de aprendizagem – características que influenciam positiva ou negativamente o aprendizado. Acesso, clima etc.

7. Material utilizado – livros, artigos, softwares.8. Tecnologia de comunicação – facilidade de uso, efetividade. Questionário final – visão do participante: conteúdo,

aspectos educacionais, materiais, aspectos organizacionais, logística de participação, aspectos técnicos (TIC), atuação de tutores e “experts”, satisfação.

Ficha final de participação do aluno preenchida pelo tutor: compilando a participação.

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Modelo proposto

9. Retorno do investimento – comparação com cursos presenciais. Avaliar uso do conhecimento no ambiente de trabalho.

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Segundo a modalidade de avaliação:

Avaliação diagnóstica – questionário inicial, características do aluno.

Avaliação formativa – avaliação tradicional (testes), ferramentas síncronas (chat) e assíncronas (forum), mapeamento conceitual, portfólios.

Avaliação somativa – questionários de satisfação, testes pré e pós, análise de artigos, produções finais, auto-avaliação.

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Conclusões do artigo

A escolha da metodologia para avaliar um curso em ambiente virtual depende da proposta educacional e dos interesses dos grupos envolvidos especificamente no curso em questão. Há inúmeras possibilidades e o processo deve ser individualizado.

É necessário que instituições promotoras de cursos de EaD discutam e implementem metodologias de avaliação que permitam reve-los, adequa-los, aprimora-los.

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Conclusões pessoais sobre o artigo

Apresenta questões técnicas e metodológicas importantes para a “prática” da EaD de terceira geração / digital.

Avaliação dos ambientes virtuais é fundamental – estabelecimento de padrão de qualidade.

Avaliação do aprendizado faz parte da avaliação da qualidade do curso.

Avaliar o aluno é importante para avaliar a qualidade do curso e sua relevância (através do impacto).

Avaliação já faz parte do processo de ensino –aprendizagem – avaliações ruins estimulam aprendizagem ruim !

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Conclusões pessoais após o artigo

Multidisciplinaridade da EaD ficou muito evidente. A leitura dos textos me exigiu procura de conceitos e definições de áreas as mais variadas: pedagogia (ou melhor andragogia?), psicologia, antropologia, filosofia, informática, etc.

Não é possível dominar todas as áreas em “uma só vida”....mas é imprescindível conhecer alguns conceitos de outras áreas. Professor é conteudista e tutor, mas para melhor desempenho nesse ambiente, deve ampliar seus conhecimentos.