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AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR …‡ÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR Eliane Maria Giacobo1 Evandra Hein Mendes2 RESUMO A avaliação por vezes centra-se apenas no produto

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AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Eliane Maria Giacobo1

Evandra Hein Mendes2

RESUMO

A avaliação por vezes centra-se apenas no produto final e não enfatiza o processo

de evolução dos alunos em relação ao conhecimento ou conteúdo. Todavia, a

avaliação processual, permite acompanhar e desenvolvimento dos alunos de forma

mais próxima e pedagógica. Sendo assim, pretende-se apresentar elementos

teóricos que possam demonstrar a importância e as possibilidades de realizar

avaliações processuais. Para tanto, foram desenvolvidos encontros com professores

e alunos do Colégio Estadual Carlos Drummond de Andrade, para discutir textos

digitalizados e online, livros, filmes, vídeos, mídias e outros que permitiram refletir

sobre a importância da avaliação na vida dos educandos. Totalizaram quatro

encontros de trabalho conjunto entre os professores de Educação Física na busca

de melhorias no sistema e nos procedimentos de avaliação em Educação Física. Já

no que se refere aos alunos o tema foi desenvolvido durante as aulas realizadas nos

meses de agosto e setembro envolvendo a apresentação de planilhas de avaliação,

as explicações de uso das mesmas, o desenvolvimento das ações avaliadas através

das planilhas comprovando sua instrumentalidade. Após a realização do projeto foi

possível identificar maior envolvimento dos alunos no processo avaliativo, pois

sentiam-se compromissados e responsáveis por suas próprias avaliações. Isso

permitiu um novo tipo de formação, onde os alunos perceberam que a avaliação era

mais do que realizar provas, mas um processo contínuo e participativo que envolve

tanto o aluno quanto o professor. Desta forma, o desenvolvimento deste projeto PDE

contribuiu para verificar que a educação não pode ser medida pela avaliação em si

mesma, mas pelo comprometimento de melhorar a aprendizagem a partir dela.

Palavras-chaves: Avaliação. Educação Física. avaliação processual.

INTRODUÇÃO

No contexto educacional a avaliação é uma ação didática fundamental para a

realização do trabalho educativo, porém, por apresentar fatores complexos, não

pode se resumir à aplicação de provas e testes com a finalidade de atribuir notas,

1Professor PDE 2011, Colégio Estadual Carlos Drummond de Andrade, Foz do Iguaçu, PR. 2Mestre em Educação Física, professora de Educação Física da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE.

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pois a mensuração fornece dados quantitativos que necessitam ser apreciados

qualitativamente.

Costa, (2003) explica que a avaliação é um processo contínuo que necessita

ser interpretado e pesquisado visando perceber os conhecimentos, habilidades e

atitudes dos alunos, modificar comportamentos, propor objetivos educacionais,

decidir as alternativas do planejamento de trabalho do professor e da escola.

Assim, torna-se necessário definir o que se quer avaliar e por que,

estabelecendo os parâmetros válidos e objetivos da avaliação; estabelecendo

critérios para avaliar o referencial.

A tarefa de emitir um julgamento de valor é considerada extremamente difícil

para os professores, isso porque em muitos casos a sociedade reserva às

instituições escolares o poder de conferir notas e certificados que, supostamente,

atestam o conhecimento ou a capacidade do indivíduo, o que torna imensa a

responsabilidade de quem avalia.

Nos colégios, de maneira geral, há grande preocupação com a nota ou

conceito atribuído ao aluno, pois está ligada diretamente à aprovação ou reprovação

dos alunos, tornando-a um fim em si mesmo, ficando muito distanciada e sem

relação com as situações de aprendizagem.

Para Nogueira (2001), em todos os processos aplicados para avaliação do

aproveitamento do aluno, deverá ser observado os aspectos quantitativos e

qualitativos. Dentro de uma concepção pedagógica moderna, baseada na psicologia

genética a educação é concebida como experiência de vivência multiplicada e

variada, tendo em vista o desenvolvimento motor, cognitivo e social do educando.

Nessa abordagem o educando é um ser ativo e dinâmico, que participa da

construção de seu próprio conhecimento.

Cabe ressaltar que nessa visão, em que educar é formar e aprender é

construir o próprio saber, que a avaliação contempla dimensões, e não se reduz

apenas em atribuir notas e conceitos.

Nessa perspectiva, de acordo com Hoffmann (2000), a avaliação assume uma

dimensão orientadora, pois permite que o aluno tome consciência de seus avanços e

dificuldades, para continuar progredindo na construção de conhecimentos. Em

termos gerais a avaliação é um processo de coleta e análise de dados, tendo em

vista verificar se os objetivos propostos foram atingidos, sempre respeitando as

características individuais e o ambiente em que o educando vive. A Avaliação

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necessita ser integral considerando o aluno como um ser total e integrado e não de

forma fragmentada.

Diante disso, vem a comprovar a interação do aluno no processo ensino-

aprendizagem em que cada um tem a ensinar para o outro, sendo que a avaliação é

um elo entre sociedade, as escolas e os estudantes. É necessário que ocorra uma

conscientização de todos estes segmentos, onde a avaliação deve ser repensada

para que a qualidade do ensino não fique comprometida.

Nessa visão, a avaliação serve apenas para julgar e classificar, preocupando-

se mais com o produto final do que com o processo de desenvolvimento do aluno.

Da mesma forma, identifica-se que a participação do aluno nesse processo é

pequena, pois em muitas vezes ele desconhece a clareza dos resultados obtidos.

A avaliação não pode priorizar apenas o resultado ou o processo, mas como

prática de investigação, interrogar a relação ensino aprendizagem e buscar

identificar os conhecimentos construídos e as dificuldades de uma forma dialógica.

(FREIRE, 2006 p.38).

O fenômeno da avaliação em Educação Física, de acordo com Bratifische

(2003), precisa abranger a utilização de novos paradigmas, que não podem ser

fundamentados na quantificação de habilidades desenvolvidas, na performance ou

na estética de seus praticantes, mas em como estes corpos “dicotomizados” como

cognitivos e motores recebem e percebem a real importância desta disciplina no seu

cotidiano.

A avaliação no ensino da Educação Física deve acompanhar o processo

educativo realizando um diagnóstico que permita ao professor identificar o que os

alunos já sabem para estabelecer o que eles precisam aprender e as suas

necessidades de aprendizagem. Neste caso, a avaliação se realiza de forma

contínua, acompanhando a trajetória e as estratégias de aprendizagem, deve-se

considerar que cada aula possui uma intenção e as ações pedagógicas necessitam

ser planejadas considerando a sua realização em curto, médio ou longo prazo.

Nessa perspectiva, identifica-se que a avaliação “Processual” na disciplina de

Educação Física pode trazer contribuições mais significativas do que aquela voltada

para o produto final, visto que busca a qualidade de um desenvolvimento global dos

alunos envolvidos com o processo ensino-aprendizagem.

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Contudo, para que ela seja incorporada na prática pedagógica escolar é

preciso que os professores percebam sua importância no processo de

aprendizagem e avaliação dos conteúdos desenvolvidos nas aulas.

Sendo assim, o presente estudo visa analisar e discutir as possíveis ações

para o desenvolvimento das práticas avaliativas Processuais de Educação Física.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Avaliação: Conceitos

Importante iniciar esta reflexão com a seguinte concepção, tão pertinente para

nossos contextos escolares:

O termo avaliar tem sua origem no latim provindo da composição a-valere, que quer dizer dar valor a. Porém, o conceito, avaliação, é formulado a partir das determinações da conduta de atribuir um valor ou qualidade a alguma coisa, ato ou curso de ação... que por si implica um posicionamento positivo ou negativo em relação ao objeto, ato ou curso de ação avaliado (LUCKESI, 1996, p. 93-93).

Ainda segundo Luckesi (1996, p. 33), “a avaliação é um julgamento de valor

sobre manifestações relevantes da realidade, tendo em vista uma tomada de

decisão”. Por julgamento de valor compreende-se que o objeto avaliado será tanto

mais satisfatório quanto mais se aproximar do ideal estabelecido. O julgamento se

faz com base no objeto da avaliação e esta tem como finalidade conduzir a uma

tomada de decisão e posicionamento sobre o objeto avaliado, no caso da

aprendizagem.

Concebida como um instrumento tanto de diagnóstico como de retroalimentação, a avaliação apresenta-se necessária em todas as etapas do ensino, já que aponta os erros ocorridos no momento em que acontecem permitindo uma recuperação imediata, tanto para o aluno como para o professor. Na avaliação, percebe-se imprescindível que a preocupação precisa centrar-se no educando de uma maneira globalizada, avaliando o aluno, sujeito atuante no processo de construção do conhecimento. (MENDES, 2010, p.112).

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A avaliação escolar na disciplina de Educação Física tem possibilitado o

desenvolvimento de pesquisas e estudos na tentativa de buscar alternativas para

avaliar os alunos em um contexto significativo. Entre as diversas discussões que

hoje pairam sobre avaliação processual a escola, vem delineando uma dimensão de

mudança de paradigma. Trata-se de uma mudança, redefinição e nova configuração,

que ultrapassa os muros da escola e da Educação Física, pois aponta uma nova

realidade social cuja perspectiva é a consolidação da formação pessoal e social do

indivíduo.

“A Educação Física atualmente caracteriza-se por sua diversidade no que diz

respeito aos conteúdos, métodos de ensino e avaliação, refletida nas inúmeras

tendências pedagógicas construídas no decorrer da evolução da prática pedagógica

dessa disciplina na escola. “ (MENDES, 2010, p. 107).

Conforme a autora fica claro que, para compreender as práticas vigentes é

necessário conhecer as diversas tendências pedagógicas e os critérios adotados

como parâmetros irão dimensionar as relações do processo ensino/aprendizagem e

avaliativos na Educação Física.

O fato de se dispor de testes, medidas e observações, entre outros, sem

reflexão e análises contextualizadas, tende a atitudes seletivas, classificatórias e

discriminativas, geralmente inoperantes. Independentemente, então, da utilização de

quaisquer instrumentos de avaliação, devem-se considerar as consequências

pedagógicas, políticas e sociais advindas da ação avaliativa, sendo que é importante

atentarmos para as possíveis limitações nas finalidades, formas e conteúdos da

avaliação (COLETIVO DE AUTORES, 1992).

Sendo assim para Luckesi (2002 apud SANTOS; VARELA, 2007, p.02)

“Avaliação diferencia-se da verificação, pois nesta há apenas uma coleta da

informação, e na avaliação alem da coleta de dados existe uma tomada de decisão,

para direcionar o objeto da avaliação.”

Portanto, as discussões passam a ter sentido e significado na formação do

indivíduo, no momento em que seu viés de discussão sustenta suas intenções no

atual cenário histórico.

“A avaliação é uma reflexão sobre o nível de qualidade do trabalho escolar

tanto do professor como dos alunos.” (BARBOSA, 2008 p.01).

Para Barbosa (2008) as teorias de aprendizagem atualmente apontam a

avaliação como um processo educativo importante, abrindo portas para que o aluno

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relacione os conhecimentos numa atitude interdisciplinar. Para pensar nesse

processo, identifica-se importante prevalecer na hora de emitir juízos de valor sobre

o desempenho dos alunos o processo e não apenas o produto.

No entanto, ter a avaliação apenas como uma ferramenta para aprovar

reforça o lado desumano da escola. Além de julgar o desenvolvimento dos alunos

nos aspectos cognitivos de forma parcial e inadequada, a escola, muitas vezes, usa

a nota para controlar a disciplina dos alunos e enquadrá-los em regras e normas que

consideram desejáveis, revelando total ausência de reflexão sobre o significado da

avaliação.

Nesta perspectiva avaliar tem sido sinônimo fazer prova fazer exame, atribuir

notas, repetir ou passar de ano. Nesta vertente a educação é imaginada como

simples transmissão e memorização do conteúdo e o aluno é visto apenas como um

ser receptivo.

A perspectiva tradicional de avaliação cometeu uma série de equívocos, tais como: a noção de que a avaliação consiste em aplicar testes em prazos determinados, que avaliação consiste somente no final de um prazo, que avaliar é atribuir uma nota ou um conceito, que a avaliação é punitiva, que avaliação pode tomar o lugar do ensino, que avaliação só é possível se for quantitativas e envolver medição e que avaliação é um mero cumprimento de uma exigência burocrática (DARIDO, 1990 apud MENDES, 2010, p.108).

Tendo uma leitura de concepção pedagógica moderna, a educação é

concebida como experiência de vivências múltiplas, promovendo o desenvolvimento

total. Nessa abordagem o educando deixa de ser passivo e passa a ser ativo e

dinâmico, participando da construção do seu conhecimento intrínseco e a avaliação

aceita um significado cooperativo e orientador.

A avaliação da aprendizagem é constituída de forma contínua, sistemática e

acumulativa na escola, com a intenção de fornecer um diagnóstico à situação de

aprendizagem de cada educando na programação curricular.

As relações sociais entre as crianças na aula de Educação Física (...) não

podem ser avaliadas a não ser levando-se em conta aspectos qualitativos das

relações, ou seja, uma análise qualitativa daquilo que o professor observa nas

relações entre as crianças, inclusive nas verbalizações entre elas e com o professor

(FREIRE, 2006, p. 198).

Ainda, para o autor a avaliação assume a função de analisar os

conhecimentos prévios dos alunos, considerada a avaliação de entrada, uma função

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diagnóstica, do dia-a-dia, a fim de verificar quem absorveu todos os conhecimentos

e adquiriu as habilidades previstas nos anseios estabelecidos.

Compreende-se que através da função diagnóstica se pode verificar as reais

causas que impedem a aprendizagem do aluno para desenvolver assim a noção de

responsabilidade e uma postura crítica. Para tanto é preciso oportunizar a pratica da

autoavaliação, começando pela apreciação de si mesmo, de seus erros e acertos,

assumindo a responsabilidade por seus atos. Então, a necessidade de uma

educação dialógica, fundamentada na troca de opiniões e ideias, de uma conversa

colaborativa.

2.2 Avaliar: Por quê?

Avaliar em Educação Física tem por finalidade realizar uma sondagem de

conhecimentos e experiências já disponíveis no aluno, bem como a existência de

pré-requisitos necessários à aquisição de um novo saber. Permite ainda identificar

progressos e dificuldades de alunos e professores diante do objetivo proposto.

Nesse sentido, na opinião de Freire (2006), o errar passa a ser considerado

como um sinal que indica como o aluno está relacionando os conhecimentos que já

possui com os novos conhecimentos que vão sendo adquiridos, admitindo uma

melhor compreensão dos conhecimentos solidificados, interação necessária em um

processo de construção e de reconstrução. O erro, neste caso deixa de representar

a ausência da construção intelectual. A resposta, seja certa ou errada, é um ponto de

chegada, por mostrar os conhecimentos que já foram constituídos e assimilados,

gerando um novo ponto de partida, para um reinicio oportunizando novas tomadas

de decisões.

Cabe salientar que erroneamente estipulou-se como função do ato de avaliar

na atual prática da avaliação a classificação, que se constitui num instrumento

estático do processo de crescimento, quando deveria ter a função diagnóstica, ou

seja, deveria ser o instrumento dialético do avanço, sendo instrumento da

identificação de novos caminhos a serem trilhados. O objetivo maior da avaliação é

a transformação social e a tomada de posição do professor, que observará através

da avaliação a eficiência ou não de seu trabalho.

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O incentivo e desenvolvimento de práticas avaliativas em que alunos e professores compartilhem responsabilidades no decorrer de todo o processo, possibilita ao aluno, dentro das suas possibilidades ser um elemento ativo, avaliando os companheiros, os professores, as atividades ensinadas e a si mesmo, o que contribui para formação pessoal do educando. (MENDES, 2010 p.109)

2.3 Modalidades de Avaliação

Existem três modalidades de avaliação, a diagnóstica, a formativa e a

somativa. Na primeira o aluno poderá descobrir em que nível de aprendizagem se

encontra, dentro de sua atividade escolar, conhecendo seu limite e percebendo suas

necessidades de avanços. Portanto, a avaliação como um instrumento de

diagnóstico para o avanço terá as funções de autocompreensão do sistema de

ensino, de autocompreensão do professor e de autocompreensão do aluno.

A modalidade Formativa de avaliação tem por finalidade proporcionar a

realimentação para o professor e para o aluno, durante o desenvolvimento do

processo ensino/aprendizagem. Sendo assim possibilita aos envolvidos

(professor/aluno, a correção de falhas, esclarecimentos de dúvidas e estímulo à

continuação do trabalho para alcance do objetivo. Nogueira (2001, p.145).

E finalmente a avaliação somativa tem o propósito de oferecer subsídios para

o registro das informações relativas ao desempenho do aluno.

Segundo Rosales (1992) a avaliação somativa é uma das mais conhecidas e

aplicadas, no contexto escolar, tem lugar no final de um processo didático.

A Avaliação Somativa contemplará em seu interior também, tudo aquilo que foi visualizado na função diagnóstica e formativa. Portanto, é preciso que fique bem claro que provas testes, trabalhos e pesquisas são instrumentos utilizados na avaliação para colher informações e estabelecer medidas, desta forma, não podendo ser identificados como métodos de avaliação (NOGUEIRA, 2001, p. 145).

2.4 Avaliação processual na Disciplina de Educação Física

A partir dessa reflexão é relevante dizer que a avaliação escolar tem o

propósito de recolher informações que possibilitem estabelecer uma

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correspondência entre os dados obtidos e os objetivos propostos, a fim de que o

professor possa verificar o desenvolvimento dos alunos.

Da mesma forma indica ao professor o momento da aprendizagem dos alunos

que já compreenderam seus avanços, suas dificuldades, dando possibilidade de

intervenção no sentido da superação de tais dificuldades e indicando ao professor a

necessidade de rever seu planejamento e fazer ajustes na sua prática educacional.

Essas considerações exprimem que avaliar nesse contexto é dinamizar

oportunidades de ação reflexão, num acompanhamento permanente do professor e

este propiciar ao aluno em seu processo de aprendizagem, reflexões acerca do

mundo, formando seres críticos libertários e participativos na construção de

conceitos elaborados e reelaborados.

Portanto, cabe ressaltar que a Instituição Escolar desenvolva um projeto

educativo que dê unidade, direção de trabalho, clareza nos objetivos, do papel da

Instituição Escolar e do professor na sociedade atual, garantindo espaço de trabalho

coletivo na escola para a construção de critérios comuns, para a integração

curricular e a reflexão crítica sobre a prática escolar da Educação Física.

Na Educação Física os professores precisam verificar o conhecimento prévio

de seus alunos, planejar seus conteúdos e detectar o que o aluno aprendeu nos

anos anteriores buscando identificar as dificuldades de aprendizagem,

diagnosticando e percebendo as possíveis causas.

De acordo com Nogueira (2001), não existe consenso nos critérios de

avaliação, ao contrário, existe o consenso de que a avaliação, hoje, é um grande

desafio, é um grande problema, pois há diferentes compreensões sobre o processo

de avaliar. As respostas que normalmente escutamos dos professores a respeito de

avaliação, são:

Os alunos são desinteressados, imaturos, carentes, preguiçosos, só

pensam em notas e não se preocupam em aprender;

Os pais trabalham foram, não acompanham os filhos, ou são analfabetos,

alcoólatras, etc.;

Outros apontam questões técnicas: como preparar instrumentos

adequados, como avaliar, como dividir bem o tempo, que peso dar como

transformar nota em conceito, que tipo de avaliação fazer, corrigir ou não

erros de português, etc.;

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Alguns acham que o problema está na estrutura: número de alunos por

sala de aula, número de aulas que o professor tem que assumir para

sobreviver, o sistema exige notas;

Os que já fizeram certa caminhada questionam “como avaliar o aluno como

um “todo” ou “como ser justo na avaliação“.

Nesta abordagem, esses são problemas da avaliação, mas o grande entrave

é o seu uso como instrumento de controle ideológico e de exclusão social. A

avaliação necessita ser um acompanhamento do processo educacional e tornou-se

o objetivo desse processo, na prática dos professores, alunos e da escola.

Segundo Nogueira (2001) a grande maioria dos professores afirma que

avaliar é “coisa do sistema”, mas não percebe o seu próprio envolvimento com essa

realidade. O professor, de modo geral, não tem consciência de que é mais um

agente desse jogo de discriminação e dominação social. Faz simplesmente aquilo

que “sempre foi feito” na escola e, além do mais, recebeu essa mesma

fundamentação na sua graduação.

Percebe-se que nesse viés o problema central da avaliação é o seu uso como

instrumento de exclusão e seleção social, na medida em que assume a tarefa de

separar os “aptos” dos “inaptos”, os “capazes” dos “incapazes” de que, se não

atingiu os objetivos, foi por sua própria responsabilidade.

Nesse contexto a avaliação da aprendizagem não pode constituir-se

unicamente na forma de verificação do que o aluno aprendeu, antes de qualquer

coisa, necessita servir como parâmetro de avaliação do trabalho do próprio

professor.

De acordo com Santos; Varela, (2007) estabelecer critérios mais ou menos

rigorosos de avaliação não é tarefa difícil. Difícil é saber trabalhar com os resultados

obtidos, de modo a construir instrumentos de análise que permitam intervir no

processo de ensino e aprendizagem no momento em que o mesmo está ocorrendo.

A avaliação não pode ocorrer somente após ter-se concluído um período letivo

(bimestres, semestre, etc.), mas é um processo, sem o uso do qual, compromete-se

irremediavelmente a qualidade de ensino.

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2.5 Avaliação da aprendizagem na educação física- instrumentos

Os meios utilizados para coletar dados e informações sobre o processo de

aprendizagem, são representados por diversos instrumentos, entre eles observações

sistemáticas, entrevistas escritas e orais, questionários, vídeos e fotos, testes e

provas escritas e orais, autoavaliação e pesquisas.

A entrevista caracteriza-se como um encontro entre duas ou mais pessoas, a

fim de que uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto,

mediante uma conversação de natureza metódica (MARCONI e LAKATOS, 2006).

Os objetivos de uma entrevista consistem na averiguação de fatos, nas

opiniões sobre fatos, sentimentos, planos de ação e na investigação de conduta. Os

tipos de entrevista variam de acordo com o interesse da pesquisa. Elas podem,

portanto, ser estruturada, semi-estruturada e não-estruturada. Para dar início ao

processo de entrevistas, é necessário preparar e direcionar o que se pretende

investigar. A preparação de uma entrevista requer planejamento, conhecimento

prévio, agendamento, sigilo, liderança e um roteiro. As diretrizes são necessárias

para um bom êxito e para isso, são requisitos importantes: o contato inicial, a

formulação de perguntas, o registro das respostas e o término da entrevista

apresentando resultados (LIMA, 2008).

No que diz respeito aos questionários Marconi e Lakatos (2006) afirmam que

são instrumentos de pesquisa mais adequados à quantificação, porque são fáceis de

codificar e tabular e propiciam comparações com outros dados relacionados ao tema

pesquisado. A elaboração dos questionários deve ser ordenada e conter perguntas

das mais simples às mais complexas; devendo essas perguntas referir-se a uma

ideia de cada vez e possibilitar uma única interpretação, sempre respeitando o

conhecimento prévio dos informantes. Os questionários são instrumentos de coleta

de dados que são preenchidos pelos informantes, sem a presença do pesquisador.

Na elaboração do questionário é importante determinar quais são as questões mais

relevantes a serem propostas, relacionando cada item da pesquisa que está sendo

feita. Um questionário pode ser composto por questões abertas, fechadas e

relacionadas entre si.

Em relação aos vídeos e fotos, este tipo de registro de atividades dedica-se a

registrar eventos importantes organizados pelo professor em conjunto com os

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alunos, servindo para que os próprios alunos avaliem a sua atuação dedicando ao

registro de imagens uma visão crítica dos acontecimentos, serve principalmente para

decidir sobre os processos de mudanças e adequação dos planejamentos (GIL,

2002).

No que se refere aos testes e provas escritas e orais, elas variam em sua

forma e podem ser estruturadas de forma dissertativa, compreendendo questões

abertas, com respostas livres e testes do tipo ensaio (SANT’ANNA, et al., 1997).

Conforme Hoffmann (2001) as questões da prova dissertativa se apresentam

não-estruturadas, com itens abertos e de resposta livre. O tamanho das respostas

pode variar desde algumas frases até algumas páginas escritas em forma de texto.

Os itens da dissertação possibilitam ao aluno expressar-se em sua própria

linguagem, demonstrando criatividade, por isso sua elaboração requer definição

clara do objetivo que se deseja avaliar, observando a precisão da linguagem na

formulação da questão, de modo a orientar claramente ao aluno sua realização.

Os enunciados muito amplos ou muito sucintos podem determinar

dificuldades na avaliação, são barreiras intransponíveis que podem dificultar o

julgamento do professor. Outro problema a ser considerado é a quantidade de

questões dependendo do conteúdo e dos objetivos que abrangem devendo conter

de 1 a 10 questões abertas observando a extensão da avaliação que pode dificultar

ao aluno responder e ao professor fazer a correção (SANT’ANNA et al., 1997).

As provas escritas de forma objetiva são consideradas provas de respostas

breves, onde o professor tem o trabalho mais demorado na elaboração e menor na

correção, que pode ser realizada através de um gabarito com as respostas prontas.

As provas objetivas não possuem característica de subjetividade nas

respostas, pois exige que sejam respostas simples, objetivas e precisas, onde o

aluno apenas completa o raciocínio do professor formulador, em questões de

respostas curtas são comuns questões de resposta simples (sim ou não), completar

frases, escolha de verdadeiro ou falso ou associação entre colunas de alternativas.

Nas provas onde as questões são de múltipla escolha o aluno seleciona a

resposta entre várias alternativas propostas, desta forma são questões de resposta

única ou múltipla, onde há mais possibilidades de associação, porém com

afirmações incompletas ou lacunas, onde a interpretação é uma exigência

relacionada à razão, assim o aluno só tem uma possibilidade de acerto dificultando

uma avaliação real do conhecimento (HOFFMANN, 2001).

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Segundo Sant’Anna (1997) a construção de uma prova objetiva é um

processo mais demorado, pois requer conhecimento, habilidade e técnica, além

disso, para sua aplicação, são necessárias boa apresentação, condições

padronizadas e instruções claras das oralmente ou por escrito. A computação dos

resultados é realizada por escores e devem ser compradas com os resultados de

outros testes objetivos culminando com uma estatística do aproveitamento, para que

sejam reelaborados os planejamentos de forma a atingir os objetivos propostos.

Portanto, provas objetivas são proporcionalmente muito mais trabalhosas no sentido

de apresentar resultados reais da aprendizagem educacional.

Paim (1974) citado por Sant’Anna (1997) apresenta um roteiro de referência

para a elaboração de provas objetivas:

Tabela 1: Roteiro para elaboração de Prova Objetiva

Especificação de dados de identificação ou estabelecimento das características da população-

alvo.

Seleção de conteúdos e objetivos

Preparação de tabela de especificação

Seleção de tipos e elaboração de questões

Montagem da prova

Elaboração de instruções e chaves de correção

Aplicação e correção da prova

Revisão e análise das questões

Comunicação dos resultados

Fonte: Adaptado pela autora de (SANT’ANNA,1997, p.222)

Quanto a autoavaliação, proporciona aos alunos informação, tanto do

processo de aprendizagem que estão seguindo, quanto da qualidade do

conhecimento que estão construindo.

Segundo Masetto (2000) é necessário que o educando registre suas

atividades a partir de uma autoavaliação para adquirir o hábito de refletir sobre as

ações que desempenha, pois esta atividade de registro pode se constituir na melhor

informação e motivação para a aprendizagem, porque vem do próprio aprendiz:

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ninguém melhor que ele próprio e ninguém melhor do que ele saberá onde mexer

para corrigir ou para avançar.

A autoavaliação pode seguir indicadores mediados pelo professor de forma a

mostrar o que, como e onde o aluno necessita desenvolver sua reflexão para que

possa apresentar resultados satisfatórios.

Os roteiros de autoavaliação devem considerar as relações estabelecidas

entre o aluno e os aspectos avaliados como: Convivência social, pontualidade e

ética, responsabilidade, práticas de leitura e de escrita, organização e compromisso.

As questões colocadas para a autoavaliação devem estar organizadas de forma a

permitir uma forma positiva de intermediar a prática de estudo à construção do

conhecimento, de maneira crítica e responsável, afinal a sua função é promover

reflexão e tomada de decisão para impulsionar o aluno às conquistas e não para

depreciá-lo (DEMO, 1993).

Atualmente, uma categoria muito utilizada pelos educadores para avaliar o

conhecimento do aluno é a atividade de pesquisa, para o qual o professor

recompensa o aluno com uma nota, no entanto a metodologia da pesquisa necessita

ser muito bem preparada para proporcionar ao aluno a construção de

conhecimentos e não apenas a reprodução ou cópia da pesquisa realizada por outra

pessoa.

A base do planejamento metodológico da pesquisa é a realização de

relatórios de pesquisa seguindo determinações da ABNT, onde o pesquisador, no

caso o aluno, deve selecionar o conteúdo de sua pesquisa considerando os

princípios básicos para elaboração de textos científicos sobre os assuntos

pesquisados.

O professor deve fornecer o roteiro da pesquisa e os instrumentos

metodológicos para sua realização ou receberá como resposta a sua solicitação uma

cópia de textos já publicados.

Além dos instrumentos anteriormente citados, a Observação Sistemática,

também identificada como planejada ou controlada, tem o intuito de coletar dados ou

fenômenos observados. O observador sabe o que procura e os elementos mais

importantes a serem observados. Geralmente, esse tipo de observação é realizado a

partir de anotações específicas realizadas em material de registro próprio, em forma

de relatórios, até mesmo no livro de chamada, ou em fichas de avaliação

construídas especificamente para este fim.

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Mendes (2010, p.117) afirma:

(...) para eliminar ou minimizar as diferenças interpretativas e pessoalidades na avaliação torna-se necessário que se definam claramente os objetivos, determinando o foco e delimitando o campo de observação, ou seja, onde efetuar e a quem observar, tornando o instrumento o mais objetivo possível e livre da dependência ou interferência do ponto de vista e da análise do próprio professor.

O sistema de avaliação proposto por Mendes (2008) compreende uma ficha

de avaliação atitudinal que pode ser utilizada por professores de qualquer área do

conhecimento e todos os segmentos da educação, embora seja mais útil na

avaliação atitudinal da disciplina de Educação Física.

A ficha parte do sistema da escala Lickert3 que quantifica as informações

subjetivas como pode ser observada a seguir:

- Participa ativamente nas aulas de E. F.? ( ) sempre [1,0] ( ) na maioria das vezes [0,8] ( ) as vezes [0,4] ( ) nunca [00]

- Mostra-se interessado em aprender os diversos conteúdos da E. F.? ( ) sempre [1,0] ( ) na maioria das vezes [0,8] ( ) as vezes [0,4] ( ) nunca [00]

- Demonstra atitudes de respeito para com o professor? ( ) sempre [1,0] ( ) na maioria das vezes [0,8] ( ) as vezes [0,4] ( ) nunca [00]

- Coopera com os colegas durante a realização das atividades? ( ) sempre [1,0] ( ) na maioria das vezes [0,8] ( ) as vezes [0,4] ( ) nunca [00]

- Cumpre os horários de chegada e saída das aulas? ( ) sempre [1,0] ( ) na maioria das vezes [0,8] ( ) as vezes [0,4] ( ) nunca [00]

- Apresenta-se para a aula trajado adequadamente para a prática? ( ) sempre [1,0] ( ) na maioria das vezes [0,8] ( ) as vezes [0,4] ( ) nunca [00]

- Durante as atividades, de que forma resolve os atritos ou perdas? ( ) com violência física [00] ( ) com violência moral/reclamações [0,3] ( ) com diálogo [1,0]

- Possui atitudes discriminatórias em relação aos menos habilidosos, ou obesos ou de etnias e gêneros diferentes? ( ) sempre [0,0] ( ) na maioria das vezes [0,4] ( ) as vezes [0,8] ( ) nunca [1,0]

- Colabora no cuidado e preservação do material de E. F? ( ) sempre [1,0] ( ) na maioria das vezes [0,8] ( ) as vezes [0,4] ( ) nunca [00] 20

- Coopera com o professor durante a realização e na organização das atividades? ( ) sempre [1,0] ( ) na maioria das vezes [0,8] ( ) as vezes [0,4] ( ) nunca [00]

Fonte: (MENDES, 2010, p. 118).

3Escala de classificação concebida para avaliar atitudes ou opiniões.

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A avaliação atitudinal tem como objetivo analisar a participação nas aulas, o

interesse nos conteúdos, o respeito e os princípios éticos observados, a

assiduidade, a convivência em grupo e outras atitudes (MENDES, 2010). Este é

apenas um exemplo de observação estrutural que pode ser adaptado para diferentes

possibilidades nos processos de avaliação.

Torna-se evidente que cada instrumento possui uma utilização específica,

porém com a mesma finalidade, a coleta de dados a serem organizados em

categorias que permitam analisar o aproveitamento dos alunos, a ação dos

professores, a atuação da escola e a participação da família, assim pode configurar

uma leitura crítica do processo de aprendizagem.

3 PROCEDIMENTOS E ETAPAS DA INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

O projeto foi implementado no Colégio Estadual Carlos Drummond de

Andrade com alunos e professores de 7ª série do Ensino Fundamental, os

instrumentos utilizados foram: um questionário para professores de Educação Física

de 7ª série, um questionário para os alunos da 7ª série B e a ficha de avaliação

atitudinal proposta por Mendes (2010) indicada como instrumento de avaliação

processual.

Inicialmente, no dia 12 de agosto de 2011 o projeto foi apresentado à direção,

equipe pedagógica e corpo docente do Colégio Estadual Carlos Drummond de

Andrade.

No dia 19 de agosto após a aprovação do projeto, em conjunto com os

professores de Educação Física do colégio, foram convidados a participar do projeto

os alunos da sétima série, sendo que 26 deles aceitaram o convite.

No dia 26 de agosto foi apresentada e distribuída aos alunos a ficha de

avaliação atitudinal como instrumento de avaliação processual, que parte do sistema

de Lickert, apresentando uma escala de classificação concebida para avaliar

atitudes e opiniões e que contribui para quantificar as informações subjetivas sobre a

participação e o interesse dos alunos.

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No dia 02 de setembro foi realizada uma análise dos objetivos do projeto

pelos professores e alunos com a intenção de conscientizar da importância da

participação na pesquisa.

No dia 09 de setembro os alunos reuniram-se com a professora para

desenvolver trabalhos de pesquisa, debates, leituras, vídeos buscando ampliar os

horizontes dos educandos em relação à avaliação, refletindo sobre os valores

implícitos na ação de avaliar criticamente e de maneira construtiva.

Após essa etapa, foi aplicado um questionário às professoras de Educação

Física que atuavam na 7ª série no Colégio Carlos Drummond, que são identificadas

neste artigo como P1 e P2.

4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Em primeiro momento investigou-se junto às professoras os Instrumentos ou

estratégias que elas utilizavam para avaliar os alunos nas aulas de Educação Física,

em que foi possível identificar que eram utilizadas provas, trabalhos e observações ,

como pode ser melhor analisado nas seguintes afirmações:

“A avaliação é contínua, sendo o aluno avaliado de forma prática e teórica, de acordo com seu interesse em aprender os conteúdos propostos (provas, trabalhos, assiduidade, respeito, tudo é material avaliativo)”. P1 “Pelo comportamento, pela avaliação do desempenho do aluno”. P2

Em seguida, procurou-se identificar a opinião dos professores sobre o

significado da nota do aluno e o que ela representava. Nesse sentido, foi possível

perceber que um professor criticava essa exigência burocrática, já o outro professor

acreditava que ela realmente refletia o desenvolvimento do aluno, como pode ser

compreendido nas seguintes falas:

“Infelizmente um método ultrapassado de tentar ‘medir’ o conhecimento adquirido pelo aluno.” P1 “Ela representa o comportamento do aluno.” P2

Da mesma forma, procurou-se verificar a percepção dos professores de

Educação Física a respeito do problema das notas abaixo da média. Sendo assim,

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identificou-se que tanto para o professor 1 quanto para o professor 2, as notas

abaixo da média eram atribuídas aos alunos que não se esforçaram e se mostravam

desinteressados em aprender ou realizar as atividades propostas.

Para os professores a função da avaliação escolar é atingir um desempenho

satisfatório dos alunos durante as aulas podendo classificar o aproveitamento e

também contribuir para que o aluno possa melhorar as suas relações com o

conhecimento e com os colegas.

Ao serem questionados se consideravam a prova uma forma de reorientar

suas ações nas aulas de Educação Física, os professores justificaram que a prova é

um feedback do conteúdo, pois é através dela que o professor pode se auto-avaliar,

buscando novos métodos de ensino, considerando também que a prova é estímulo

para que eles estudem mais.

Também investigou-se junto às professoras se a avaliação era realizada da

mesma maneira para os alunos mais habilidosos ou menos habilidosos,

especialmente no que se refere aos critérios de análise. Nesse sentido, tanto a

Professora 1 quanto a 2 afirmaram não fazer distinção entre os mais habilidosos e

outros menos habilidosos, pois consideravam mais importante a participação e o

desejo de aprender.

Após a averiguação junto aos professores procurou-se identificar junto aos

alunos algumas informações sobre o processo de avaliação na Educação Física.

Para tanto, foi aplicado um questionário a 26 alunos das 7ª séries.

A primeira questão solicitou que os alunos informassem como era realizada a

avaliação nas aulas de Educação Física. As respostas dos alunos esclareceram que

as avaliações eram diversificadas, sendo realizadas em forma de provas práticas e

teóricas, trabalhos e observação do comportamento.

Em seguida, os alunos foram questionados sobre a importância da nota da

prova e da aprendizagem dos conteúdos de Educação Física. Sobre isso, os alunos

apresentaram opiniões diversas, pois alguns alunos ponderaram que a nota era

conseqüência da aprendizagem, outros alunos ainda afirmaram que o mais

importante era a nota, porém a maioria considerou a aprendizagem como o fator

mais importante.

Além disso, os alunos expressaram as suas percepções sobre a utilidade da

avaliação escolar, em que a maioria respondeu que a avaliação servia para verificar

se o aluno aprendeu os conteúdos ensinados.

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Por fim, procurou-se verificar a visão dos alunos sobre o processo de

avaliação implementado pelo professor de Educação Física, especialmente se havia

distinção dos alunos mais habilidosos dos que não possuíam habilidade na

execução das atividades. A maioria dos alunos afirmou que a avaliação era realizada

de forma globalizada para todos os alunos, sem distinguir as habilidades dos alunos,

porém alguns alunos observaram que a professora se dedicava mais aos alunos que

tinham menos habilidade, cobrando tarefas e dando trabalhos para que eles

aprendessem melhor os conteúdos teóricos.

Após identificar as características do processo de avaliação da aprendizagem

na Educação Física a partir das percepções de professores e alunos, identificaram-

se as opiniões acerca da ficha de avaliação atitudinal.

A ficha de autoavaliação atitudinal escolhida para ser utilizada no Colégio

Estadual Carlos Drummond de Andrade, elaborada por Mendes (2010) pretendia

esclarecer os pontos relevantes das atitudes dos alunos observando aspectos

subjetivos como cooperação, atitudes discriminatórias, assiduidade, comportamento,

interesse, apresentação pessoal, participação e superação de dificuldades. Para

cada atitude avaliada foram colocados três parâmetros representados por números

de (0,0 – 0,5 – 1,0), estes números representam os valores da autoavaliação e

somados apresentam um total final que equivale à média de avaliação atitudinal que

se junta às outras avaliações realizadas pelo professor durante o bimestre. O

modelo de ficha apresentado para os alunos (Apêndice I) permitiu-lhes realizar uma

autoreflexão sobre as suas atitudes durante as aulas de Educação Física, cada um

aferia uma nota equivalente às suas atitudes e no final apresentava uma soma que

equivalia à nota que seria somada com as notas que o professor já tinha obtido em

outras avaliações.

Pode-se perceber que os alunos passaram a refletir melhor sobre atitudes

simples como vir uniformizado de acordo para práticas esportivas, ser assíduo às

aulas, etc.,

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O gráfico 1 apresenta os resultados obtidos pelos alunos na autoavaliação.

Gráfico 1 – Representação da autoavaliação

As fichas foram respondidas por 25 alunos da 7ª série B com notas somadas

que variavam de 0,0 a 1,0, o que representou que 56% se autoavaliaram com notas

entre 8,0 e 9,0; 32% se autoavaliaram com notas entre 5,0 e 7,9; 12% se

autoavaliaram com notas menores que 5,0. Nenhum aluno se autoavaliou com a

nota máxima, isso demonstra autocrítica formada.

Analisando os resultados e a mudança de atitude dos alunos em relação á

avaliação percebe-se que uma avaliação a partir de fichas atitudinais é de grande

valia nas aulas de Educação Física, por serem também um meio de permitir

autocrítica e reflexão sobre as ações realizadas, contribuindo para que os alunos

tornem-se mais responsáveis e compromissados durante a realização das aulas.

Os outros professores da mesma disciplina que acompanharam a realização

da aplicação dessa avaliação atitudinal perceberam as mudanças atitudinais nos

alunos e passaram a estudar meios de realizar esse tipo de avaliação durante todo

ao ano letivo, isso é gratificante à medida que permite a toda a escola refletir sobre

as práticas de avaliação, além de imprimir nos alunos um compromisso maior com

sua própria aprendizagem.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A realização do projeto de avaliação em Educação Física permitiu que fossem

perseguidos alguns objetivos como formar nos alunos um compromisso responsável

com sua própria avaliação. Isso permitiu um novo tipo de formação, onde os alunos

perceberam que a avaliação é bem mais do que realizar provas, passando a

perceber que tanto o aluno quanto o professor necessitam de tais resultados

avaliativos para implementar o planejamento criando novas oportunidades de

aprendizagem.

Esse enriquecimento de postura diante da avaliação envolve tanto os

professores quanto os alunos, trazendo para o ambiente escolar mais tranquilidade,

pois o aluno passa a perceber que as notas são uma consequência das ações que

participou e da aprendizagem que conseguiu desenvolver. Igualmente os

professores percebem que as aulas e as avaliações são importantes para os alunos,

mas também o são para os professores pois permitem conhecer os pontos que

necessitam ser enfatizados na construção de conhecimentos, essa consciência leva

ao crescimento da cumplicidade entre os professores e os alunos, demonstrando

que onde há comprometimento mútuo não tem espaço para indisciplina, reprovação

e evasão.

Desta forma, o desenvolvimento deste projeto PDE contribui para verificar que

a educação não pode ser medida pela avaliação em si mesma, mas pelo

comprometimento de melhorar a aprendizagem a partir dela.

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APÊNDICE I – Ficha de autoavaliação da dimensão atitudinal para Educação

Física.

Cooperação com o professor

Sempre colaborei na organização e no andamento das aulas (1,0) Às vezes colaborei na organização e no andamento das aulas (0,5) Nunca colaborei na organização e no andamento das aulas (0,0)

Cooperação com os colegas

Sempre cooperei com os colegas durante as atividades (1,0) Às vezes cooperei com os colegas durante as atividades (0,5) Nunca cooperei com os colegas durante as atividades (0,0)

Atitudes discriminatórias

Sempre discriminei os menos habilidosos, obesos, de etnias e gêneros diferentes (1,0) Às vezes discriminei os menos habilidosos, obesos, de etnias e gêneros diferentes (0,5) Nunca discriminei os menos habilidosos, obesos, de etnias e gêneros diferentes (0,0)

Pontualidade

Fui sempre pontual (1,0) Às vezes me atraso (0,5) Frequentemente chego atrasado (0,0)

Assiduidade Nunca faltei (1,0) Faltei a poucas aulas (0,5) Faltei a muitas aulas (0,0)

Comportamento

Cumpri sempre as regras de funcionamento da aula (1,0) Cumpri na maior parte das aulas as regras de funcionamento (0,6) Perturbei frequentemente o funcionamento das aulas (0,3) Perturbei sempre o funcionamento das aulas (0,0)

Interesse Empenho

Fui sempre muito empenhado e interessado nas tarefas (1,0) Às vezes fui empenhado e interessado nas tarefas (0,5) Nunca fui empenhado e interessado nas tarefas (0,0)

Vestimenta adequada

Sempre participei das aulas com roupas adequadas (1,0) Às vezes participei das aulas com roupas adequadas (0,5) Nunca participei das aulas com roupas adequadas (0,0)

Participação nas aulas

Participei ativamente das aulas (1,0) Às vezes participei das aulas (0,5) Nunca participei das aulas (0,0)

Superação das dificuldades

Sempre procurei superar as minhas dificuldades e enfrentar novos desafios nas atividades desenvolvidas nas aulas (1,0) Às vezes procurei superar as minhas dificuldades e enfrentar novos desafios nas atividades desenvolvidas nas aulas (0,5) Nunca procurei superar as minhas dificuldades e enfrentar novos desafios nas atividades desenvolvidas nas aulas (0,0)

RESULTADO

TOTAL

Fonte: (MENDES, 2010, p. 135)