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AVALIAÇÃO ESTADUAL DECULTIVARES DE MILHOSEGUNDA SAFRA 2015
AVALIAÇÃO ESTADUAL DECULTIVARES DE MILHOSEGUNDA SAFRA 2015
Pedro Sentaro ShiogaPedro Sentaro Shioga
Antonio Carlos GerageAntonio Carlos Gerage
Pedro Mário de AraújoPedro Mário de Araújo
Rodolfo BiancoRodolfo Bianco
Adriano Augusto de Paiva CustódioAdriano Augusto de Paiva Custódio
Pedro Sentaro Shioga
Antonio Carlos Gerage
Pedro Mário de Araújo
Rodolfo Bianco
Adriano Augusto de Paiva Custódio
Pedro Sentaro ShiogaPedro Sentaro Shioga
Antonio Carlos GerageAntonio Carlos Gerage
Pedro Mário de AraújoPedro Mário de Araújo
Rodolfo BiancoRodolfo Bianco
Adriano Augusto de Paiva CustódioAdriano Augusto de Paiva Custódio
Pedro Sentaro Shioga
Antonio Carlos Gerage
Pedro Mário de Araújo
Rodolfo Bianco
Adriano Augusto de Paiva Custódio
CARLOS ALBERTO RICHAGovernador do Estado do Paraná
NORBERTO ANACLETO ORTIGARASecretário de Estado da Agriculturae do Abastecimento
INSTITUTO AGRONÔMICO DO PARANÁ - IAPAR FLORINDO DALBERTODiretor-Presidente
TIAGO PELLINIDiretor de Pesquisa
ALTAIR SEBASTIÃO DORIGODiretor de Administração e Finanças
ADELAR ANTONIO MOTTERDiretor de Gestão de Pessoas
JOSÉ ANTÔNIO TADEU FELISMINODiretor de Inovação e Transferência de Tecnologia
INSTITUTO AGRONÔMICO DO PARANÁLondrina
2015
AVALIAÇÃO ESTADUAL DE CULTIVARES DE MILHOSEGUNDA SAFRA 2015
Pedro Sentaro ShiogaAntonio Carlos GeragePedro Mário de Araújo
Rodolfo BiancoAdriano Augusto de Paiva Custódio
BOLETIM TÉCNICO Nº 86NOVEMBRO/2015
ISSN 0100-3054
8 Livro_Milho_Segunda Safra_2015 - 02-12-15.indb 1 07/12/2015 09:51:36
Comitê EditorialDalziza de OliveiraSolange Monteiro de Toledo Piza Gomes CarneiroLuciano Grillo GilEdmilson Gonçales LiberalÁlisson Néri
Editor ExecutivoÁlisson Néri
RevisãoCarla Maria do Prado Machado
Editor de Layout/DiagramaçãoMultCast
CapaCelso B. B. Junior
DistribuiçãoÁrea de Difusão de Tecnologia - [email protected] / (43) 3376-2373
Tiragem: 800 exemplares
Trabalho realizado em parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento do Agronegócio (FAPEAGRO).
Impresso na Gráfica do IAPAR.
Todos os direitos reservados.É permitida a reprodução parcial, desde que citada a fonte.É proibida a reprodução total desta obra.
INSTITUTO AGRONÔMICO DO PARANÁ
Impresso no Brasil / Printed in Brazil2015
Avaliação estadual de cultivares de milho segunda safra 2015por Pedro Sentaro Shioga e outros. Londrina: IAPAR, 2015.101 p. il. (IAPAR. Boletim técnico, 86)
ISSN 0100-3054
1. Zea mays. 2. Avaliação de cultivar. 3. Produtividade. 4. Doenças. 5. Insetos-pragas. 6. Brasil - Paraná. I. Shioga, Pedro Sentaro. II. Gerage, Antonio Carlos. III. Araújo, Pedro Mário de. IV. Bianco, Rodolfo. V. Custódio, Adriano Augusto de Paiva. VI. Instituto Agronômico do Paraná, Londrina, PR. VII. Série.
CDD 633.15
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AUTORES
Pedro Sentaro ShiogaEngenheiro-agrônomo, M. Sc.
Pesquisador [email protected]
Antonio Carlos GerageEngenheiro-agrônomo, M. Sc.
Pesquisador melhorista [email protected]
Pedro Mário de AraújoEngenheiro-agrônomo, D. Sc.
Pesquisador melhorista [email protected]
Rodolfo BiancoEngenheiro-agrônomo, D. Sc.Pesquisador entomologista
Adriano Augusto de Paiva CustódioEngenheiro-agrônomo, D. Sc.Pesquisador fitopatologista
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EQUIPE TÉCNICA
Técnicos agrícolas Antônio Alves Ferreira, Dionathan Willian Lujan, Luiz Eduardo Garcia Forteza e Nelcir Aparecido Rodrigues.
AGRADECIMENTOS
À Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento do Agronegócio (FAPEAGRO), pela parceria na organização e administração dos trabalhos desenvolvidos com o IAPAR e com as empresas obtentoras de cultivares de milho.
Ao departamento técnico das seguintes cooperativas, pela parceria e total apoio: Cooperativa Agroindustrial de Campo Mourão (COAMO), Cooperativa Agroindustrial de Maringá (COCAMAR) e Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola (COODETEC).
Ao pesquisador Alberto Sérgio do Rego Barros, pelo apoio técnico e sugestões que muito contribuíram na elaboração desse trabalho.
Ao técnico agrícola do IAPAR Londrina, Antônio Alves Ferreira, pela disponibilidade sempre pronta e imediata na tabulação dos dados, análises estatísticas e elaboração de gráficos e tabelas.
Aos agricultores Adilson de Oliveira (Primeiro de Maio), Milton Martinez (Sertanópolis) e Lauro Sehn (Santa Helena), pelo apoio na implantação e condução dos experimentos em suas propriedades agrícolas.
Ao Comitê Editorial do IAPAR, pelas críticas e empenho.À equipe de apoio técnico e aos administradores das Estações
Experimentais do IAPAR nos municípios de Londrina, Cambará e Santa Helena.
Ao pesquisador Pablo Ricardo Nitsche, pela elaboração dos gráficos de precipitação mensal do Monitoramento Agroclimático realizado pelo IAPAR.
A todos que, direta ou indiretamente, colaboraram para a realização deste trabalho.
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Precipitação total mensal no Paraná de fevereiro a agosto de 2015.................................................................................... 25
Figura 2. Precipitação e temperatura do ar, de fevereiro a agosto de 2015, em Londrina. IAPAR, Segunda safra 2015........................................................................................... 26
Figura 3. Precipitação e temperatura do ar, de fevereiro a agosto de 2015, em Cambará. IAPAR, Segunda safra 2015........................................................................................... 27
Figura 4. Precipitação e temperatura do ar, de fevereiro a agosto de 2015, em Campo Mourão. IAPAR, Segunda safra 2015........................................................................... 28
Figura 5. Precipitação e temperatura do ar, de fevereiro a agosto de 2015, em Palotina. IAPAR, Segunda safra 2015........................................................................................... 29
Figura 6. Precipitação e temperatura do ar, de fevereiro a agosto de 2015, em Santa Helena. IAPAR, Segunda safra 2015........................................................................................... 30
Figura 7. Desempenho produtivo do grupo de cultivares superprecoces geneticamente modi�cadas nas diferentes localidades (PRL, Tabela 30). IAPAR, Segunda safra 2015.............................................................. .............. 99
Figura 8. Desempenho produtivo do grupo de cultivares precoces geneticamente modi�cadas nas diferentes localidades (PRL, Tabela 31). IAPAR, Segunda safra 2015.......................................................................... 100
Figura 9. Desempenho produtivo do grupo de cultivares de milho convencional nas diferentes localidades (PRL, Tabela 32). IAPAR, Segunda safra 2015........................................ 101
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Região, localidade de implantação, altitude, data, colaborador, tipo e número de ensaio. IAPAR, Segunda safra 2015........................................................ .............. 31
Tabela 2. Características das cultivares de milho. IAPAR, Segunda safra 2015............................................................................ 32
Tabela 3. Resultados médios obtidos para o grupo de cultivares superprecoces geneticamente modi�cadas em Londrina. IAPAR, Segunda safra 2015............................................................................................... 39
Tabela 4. Resultados médios obtidos para o grupo de cultivares precoces geneticamente modi�cadas em Londrina. IAPAR, Segunda safra 2015.................................. 41
Tabela 5. Resultados médios obtidos para o grupo de cultivares convencionais em Londrina. IAPAR, Segunda safra 2015............................................................................ 43
Tabela 6. Resultados médios obtidos para o grupo de cultivares superprecoces geneticamente modi�cadas em Sertanópolis. IAPAR, Segunda safra 2015............................................................................................... 45
Tabela 7. Resultados médios obtidos para o grupo de cultivares precoces geneticamente modi�cadas em Sertanópolis. IAPAR, Segunda safra 2015........................... 47
Tabela 8. Resultados médios obtidos para o grupo de cultivares convencionais em Sertanópolis. IAPAR, Segunda safra 2015............................................................................ 49
Tabela 9. Resultados médios obtidos para o grupo de cultivares superprecoces geneticamente modi�cadas em Cambará. IAPAR, Segunda safra 2015............................................................................................... 51
Tabela 10. Resultados médios obtidos para o grupo de cultivares precoces geneticamente modi�cadas em Cambará. IAPAR, Segunda safra 2015.................................. 53
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Tabela 11. Resultados médios obtidos para o grupo de cultivares convencionais em Cambará. IAPAR, Segunda safra 2015............................................................................ 55
Tabela 12. Resultados médios obtidos para o grupo de cultivares superprecoces geneticamente modi�cadas em Floresta. IAPAR, Segunda safra 2015........................................................................................... 57
Tabela 13. Resultados médios obtidos para o grupo de cultivares precoces geneticamente modi�cadas em Floresta. IAPAR, Segunda safra 2015.................................... 59
Tabela 14. Resultados médios obtidos para o grupo de cultivares convencionais em Floresta. IAPAR, Segunda safra 2015............................................................................ 61
Tabela 15. Resultados médios obtidos para o grupo de cultivares superprecoces geneticamente modi�cadas em Campo Mourão. IAPAR, Segunda safra 2015............................................................................................... 63
Tabela 16. Resultados médios obtidos para o grupo de cultivares precoces geneticamente modi�cadas em Campo Mourão. IAPAR, Segunda safra 2015..................... 65
Tabela 17. Resultados médios obtidos para o grupo de cultivares convencionais em Campo Mourão. IAPAR, Segunda safra 2015.............................................................. 67
Tabela 18. Resultados médios obtidos para o grupo de cultivares superprecoces geneticamente modi�cadas em Palotina. IAPAR, Segunda safra 2015........................................................................................... 69
Tabela 19. Resultados médios obtidos para o grupo de cultivares precoces geneticamente modi�cadas em Palotina. IAPAR, Segunda safra 2015.................................... 71
Tabela 20. Resultados médios obtidos para o grupo de cultivares convencionais em Palotina. IAPAR, Segunda safra 2015............................................................................ 73
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Tabela 21. Resultados médios obtidos para o grupo de cultivares superprecoces geneticamente modi�cadas em Santa Helena/IAPAR. IAPAR, Segunda safra 2015............................................................................ 75
Tabela 22. Resultados médios obtidos para o grupo de cultivares precoces geneticamente modi�cadas em Santa Helena/IAPAR. IAPAR, Segunda safra 2015........................................................................................... 77
Tabela 23. Resultados médios obtidos para o grupo de cultivares convencionais em Santa Helena/IAPAR. IAPAR, Segunda safra 2015.............................................................. 79
Tabela 24. Resultados médios obtidos para o grupo de cultivares superprecoces geneticamente modi�cadas em Santa Helena/Linha Buricá. IAPAR, Segunda safra 2015............................................................................ 81
Tabela 25. Resultados médios obtidos para o grupo de cultivares precoces geneticamente modi�cadas em Santa Helena/Linha Buricá. IAPAR, Segunda safra 2015............................................................................................... 83
Tabela 26. Resultados médios obtidos para o grupo de cultivares convencionais em Santa Helena/Linha Buricá. IAPAR, Segunda safra 2015............................................... 85
Tabela 27. Resultado médio estadual do grupo de cultivares superprecoces geneticamente modi�cadas. IAPAR, Segunda safra 2015............................................ .............. 87
Tabela 28. Resultado médio estadual do grupo de cultivares precoces geneticamente modi�cadas. IAPAR, Segunda safra 2015............................................................................ 89
Tabela 29. Resultado médio estadual do grupo de cultivares convencionais. IAPAR, Segunda safra 2015............................... 91
Tabela 30. Resultado médio de rendimento de grãos local (RML) e rendimento médio de grãos estadual (RME), em quilos por hectare, e posição relativa local (PRL) do desempenho produtivo do grupo de cultivares superprecoces geneticamente modi�cadas. IAPAR, Segunda safra 2015................................... 93
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Tabela 31. Resultado médio de rendimento de grãos local (RML) e rendimento médio de grãos estadual (RME), em quilos por hectare, e posição relativa local (PRL) do desempenho produtivo do grupo de cultivares precoces geneticamente modi�cadas. IAPAR, Segunda safra 2015................................... 95
Tabela 32. Resultado médio de rendimento de grãos local (RML) e rendimento médio de grãos estadual (RME), em quilos por hectare, e posição relativa local (PRL) do desempenho produtivo do grupo de cultivares convencionais. IAPAR, Segunda safra 2015............................................................................................. 97
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................................... 13
MATERIAL E MÉTODOS................................................................................. 16
RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................ 20
CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................. 23
REFERÊNCIAS.................................................................................................... 23
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13Avaliação Estadual de Cultivares de Milho Segunda Safra 2015
INTRODUÇÃO
No início da safra, as projeções indicavam excesso de oferta, estoques elevados e baixos preços do milho no mercado interno. A manutenção das exportações, ao redor de 20 milhões de tonela-das por ano, tem sido fundamental para o equilíbrio da oferta/de-manda. No acumulado de janeiro a setembro de 2015, as vendas externas de milho alcançaram cerca de 12,3 milhões de toneladas (BRASIL, 2015). Dessa forma, o desafio até o final do ano será ex-portar pelo menos mais 7,7 milhões de toneladas de milho.
A forte desvalorização cambial do real ocorrida de janeiro a outubro tornou o milho nacional mais barato para os impor-tadores, estimulou as exportações de grãos e proporcionou a elevação dos preços no mercado interno. Apesar da perspectiva negativa no início do ano em relação ao preço do milho, a área de cultivo foi de 1,93 milhão de hectares. No entanto, a produti-vidade média foi recorde (5.863 kg ha-1), o que também resultou na produção recorde de milho, estimada em 11,29 milhões de toneladas (PARANÁ, 2015).
O fenômeno El Niño teve sua forte influência caracterizada apenas a partir de julho de 2015. Portanto, a maior parte do pe-ríodo de cultivo do milho segunda safra não teve essa influência. Nesta safra, não ocorreram geadas e o volume e a distribuição de chuvas durante o ciclo da cultura favoreceram o desenvolvimen-to das plantas, o que eleva o potencial produtivo das lavouras. As temperaturas máximas e, especialmente, as mínimas foram mais elevadas no outono-inverno, o que também favoreceu o de-senvolvimento das plantas. Como registro negativo, houve fortes vendavais provocados por frentes frias, que causaram danos por acamamento e quebramento de plantas nas regiões de cultivo do milho na segunda safra.
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O grande volume e a distribuição de chuvas favoreceram o surgimento de doenças foliares e de espiga. Foram registradas epidemias de ferrugem polissora nas Regiões Oeste, Centro-Oeste e Noroeste do Paraná, especialmente em cultivares mais susce-tíveis em plantios do “cedo”. Esse quadro de epidemia foi seme-lhante ao ocorrido no milho segunda safra de 1998 na Região Norte e, em 2008, na Região Centro-Oeste do Estado. Também houve alta ocorrência de grãos ardidos originários de podridão da espiga nessas regiões, em função, principalmente, da época de plantio e da cultivar utilizada, cujos ciclos coincidiram com altas precipitações nas fases de florescimento à colheita. A presença de grãos ardidos tem sido um grande problema para as cooperativas, devido aos crescentes padrões de qualidade estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) na comercialização do milho.
A ferrugem polissora (causada pelo fungo Puccinia polysora) requer temperaturas elevadas, de 27 °C a 34 °C, e alta umidade relativa do ar, condição que prevalece mais nos plantios iniciais do milho de segunda safra. Esse fungo é biotrófico, ou seja, neces-sita de hospedeiros vivos para sua sobrevivência e multiplicação. Como se cultiva milho o ano todo, as lavouras de segunda safra, plantadas após o cultivo de verão, já apresentam os esporos do fungo no ambiente. Com a condição climática altamente favorável (temperatura elevada e alta umidade relativa do ar) associada à utilização de cultivares muito suscetíveis, estão caracterizadas as condições ideais para epidemias. Por isso, recomenda-se a utiliza-ção de cultivares com altos níveis de resistência genética para fer-rugem nos plantios iniciais da segunda safra como medida efetiva de controle, evitando que os esporos do fungo se alastrem para as semeaduras subsequentes.
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15Avaliação Estadual de Cultivares de Milho Segunda Safra 2015
A ocorrência de grãos ardidos originários de podridão da es-piga está relacionada principalmente às precipitações elevadas desde a fase de fecundação até a colheita dos grãos. Além disso, fatores como danos às espigas e estresses bióticos e abióticos du-rante o ciclo da cultura as predispõem ao ataque de doenças da espiga. Esse problema deve ser manejado desde o planejamento da lavoura, pois as ações preventivas podem minimizar bastante os percentuais de grãos ardidos. A maioria desses patógenos são fungos necrotróficos, que sobrevivem em restos culturais no solo. Portanto, uma medida de controle efetiva consiste na adoção da rotação de culturas, que contribui na redução desses patógenos.
O manejo e o controle eficiente de lagartas também auxiliam no combate à doença, pois evitam a entrada de fungos causado-res de podridão da espiga. Qualquer outra medida preventiva que reduza os estresses bióticos e abióticos também contribuirá para diminuir o ataque desses patógenos. À medida que ocorram atrasos na colheita, mais expostas estarão as espigas do milho às variações climáticas. Por isso, quanto mais rapidamente os grãos forem retirados do campo, menos riscos haverá de perda da qua-lidade do produto.
Dentre as várias medidas de controle de doenças do milho disponíveis, a utilização de cultivares resistentes é a mais econô-mica, segura e ambientalmente sustentável. Muitas vezes, os agri-cultores negligenciam a resistência genética às doenças e fazem suas escolhas unicamente pela alta produtividade da cultivar e utilizam apenas o recurso do controle químico como manejo. Por exemplo, pequenos erros de monitoramento e avaliação, aliados ao clima favorável à ocorrência de uma doença muito agressiva, como a ferrugem polissora, são fatores que podem comprometer o controle da doença, resultando em perdas irreparáveis. Nessa
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situação, fazer somente o controle químico não resultará na inter-rupção da doença. É necessário o uso da resistência das cultivares para melhor manejo.
No processo de escolha, a produtividade é um dos fatores mais relevantes, mas não se deve analisá-lo isoladamente e sim dentro de um contexto amplo e sustentável, buscando melhor rentabilidade e segurança na atividade. Além disso, deve-se asso-ciar não apenas uma, mas a adoção de várias medidas de controle que atuem na interação desses três fatores (hospedeiro, patógeno e ambiente) para que ocorra o mínimo de danos causados pelas doenças foliares e de espiga.
Este trabalho objetivou avaliar o comportamento agronômi-co de cultivares de milho convencionais e geneticamente modifi-cadas na segunda safra de milho 2015 no Estado do Paraná.
MATERIAL E MÉTODOS
Para assegurar diferentes condições edafoclimáticas das prin-cipais regiões produtoras do milho segunda safra no Estado, os en-saios foram implantados e avaliados em oito municípios, seguindo a época de plantio e o sistema de cultivo da região (Tabela 1). Em Santa Helena, os ensaios foram implantados em duas localidades: IAPAR e Linha Buricá. A avaliação estadual de cultivares de milho foi dividida em três grupos, cada um constituindo um experimento (Tabela 2):
• Cultivares superprecoces geneticamente modificadas;• Cultivares precoces geneticamente modificadas; e,• Cultivares convencionais.
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17Avaliação Estadual de Cultivares de Milho Segunda Safra 2015
O delineamento experimental foi em blocos ao acaso com três repetições. As parcelas foram constituídas por duas fileiras de cinco metros de comprimento, espaçadas 0,80 m entre linhas e com cinco plantas por metro linear após o desbaste. Na coleta dos dados, exceto para doenças foliares, quando foram consideradas apenas as plantas centrais da parcela, as duas fileiras foram inte-gralmente consideradas como área útil (8,00 m2).
Os tratos culturais como adubações de plantio e cobertura e controle de plantas daninhas foram efetuados conforme recomen-dações técnicas para a cultura do milho. As sementes foram tra-tadas para proteção contra percevejos com produto comercial à base de neonicotinoides. Para controle químico dos percevejos via aplicação foliar, foram utilizados produtos à base de Tiametoxam + Lambdacialotrina (200 ml ha-1 do produto comercial). O controle foi efetuado apenas quando houve média de um percevejo por me-tro linear de plantio. Não foi efetuado controle químico para doen-ças de parte aérea do milho, exceto em Sertanópolis e Floresta.
Nos ensaios de cultivares de milho geneticamente modifica-das foi realizado o controle químico da lagarta-do-cartucho so-mente nas parcelas em que houve furos nas folhas do cartucho em 15-20% das plantas. Os inseticidas preferencialmente utilizados foram à base de:
• Espinosade (100 ml ha-1 de produto comercial);• Lufenuron (300 ml ha-1 de produto comercial);• Clorantraniliprole (125 ml ha-1 de produto comercial);• Nuvaluron (200 ml ha-1 de produto comercial); e,• Metomil (800 ml ha-1 de produto comercial).
As variáveis avaliadas para comparação entre os tratamentos foram:
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• Altura da planta (cm): da superfície do solo à curvatura da folha bandeira;
• Altura da espiga (cm): da superfície do solo até o ponto de inserção da espiga superior;
• Estande final (plantas ha-1): a partir das plantas colhidas na área útil das parcelas;
• Plantas acamadas (%): determinadas pela contagem das plantas que, na colheita, apresentavam ângulo de incli-nação igual ou superior a 45° em relação à vertical;
• Plantas quebradas (%): determinadas pela contagem das plantas que, na colheita, apresentavam colmo que-brado abaixo da inserção da espiga;
• Índice de espigas: determinado pelo número de espigas colhidas dividido pelo estande final da parcela;
• Floração (dias): período decorrido da emergência das plantas ao florescimento feminino (emissão do estilo-es-tigma) em 50% das plantas;
• Grau de umidade (%): teor de água nos grãos, determi-nado imediatamente após a colheita;
• Peso de grãos: com o grau de umidade corrigido para o padrão de 14,5%, a partir da pesagem dos grãos de todas as espigas colhidas na área útil das parcelas; e,
• Severidade de doenças foliares (%): avaliação das doen-ças foliares com ocorrência natural no campo, realizada 40 dias após o florescimento. O método direto de esti-mação visual foi realizado com o auxílio de um diagrama de doenças (AGROCERES, 1996; CAPUCHO et al., 2010; VIEIRA et al., 2014; WARD et al., 1997) com representa-ções de níveis selecionados de severidade.
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19Avaliação Estadual de Cultivares de Milho Segunda Safra 2015
As doenças avaliadas foram:
• Ferrugem polissora, causada por Puccinia polysora;• Ferrugem comum, causada por Puccinia sorghi;• Mancha de Cercóspora, causada por Cercospora zeae-
-maydis;• Mancha de Turcicum, causada por Exserohilum turcicum;• Mancha branca, causada por Pantoea ananatis e/ou
Phaeosphaeria maydis.
Os dados de peso de grãos de milho nas parcelas experimen-tais foram transformados em rendimento de grãos (kg ha-1) (Ta-belas 3 a 26).
O rendimento médio de grãos local (RML) foi o valor médio de rendimento de cada cultivar, em quilos por hectare, dentro de cada grupo e para cada ambiente de avaliação (Tabelas 27 a 29).
O rendimento médio de grãos estadual (RME) foi o valor mé-dio da produtividade de cada cultivar, em quilos por hectare, em todas as localidades avaliadas no Estado (Tabelas 30 a 32).
A posição relativa local (PRL) foi a classificação da cultivar (1 º, 2 º e 3 º lugar, sucessivamente) em função do seu rendimento médio de grãos para cada local (RML), dentro de cada grupo (cul-tivares de milho geneticamente modificadas e convencionais), para cada localidade avaliada (Tabelas 30 a 32).
Para elaborar as Figuras de 7 a 9 referentes ao desempenho produtivo de cada grupo de cultivares de milho, considerou-se a posição relativa local (PRL). Após realizada a classificação da po-sição relativa local, as cultivares de cada experimento foram divi-didas em três subgrupos e, por ordem, classificadas como de:
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• Desempenho ótimo: no terço superior;• Desempenho bom: no terço médio;• Desempenho regular: no terço inferior. Quando o número de cultivares do experimento não era múl-
tiplo de três, o excedente foi agrupado nos terços inferiores.Dados diários de precipitação (mm) e temperatura máxima e
mínima do ar (°C) foram obtidas das estações meteorológicas do Simepar e do IAPAR (Figuras 1 a 6).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Durante a segunda safra de milho 2015, as chuvas ocorre-ram em volumes elevados concentrados em períodos curtos, seguidos por períodos mais longos de ausência de chuvas ou precipitações em volumes insignificantes. Em função dos gran-des volumes, a ausência de chuvas em períodos mais longos ou precipitações em baixos volumes não trouxeram prejuízos ao desenvolvimento das plantas de milho (Figuras 1 a 6). As tempe-raturas máximas e, especialmente, as mínimas foram mais ele-vadas que a média para o outono-inverno, o que também favore-ceu o desenvolvimento das plantas. Além disso, não ocorreram geadas nas regiões de cultivo nesta safra. Apenas como registro negativo, em alguns locais houve fortes vendavais, provocados por frentes frias, que causaram danos por acamamento e que-bramento nas plantas.
Por outro lado, essa mesma condição climática que favore-ceu o desenvolvimento ótimo das plantas também proporcionou condições ideais para a ocorrência de um complexo de doenças
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(foliares, colmos e espiga), que reduziram o potencial produtivo das plantas. Por exemplo, os experimentos localizados na Região Oeste como Santa Helena (Tabelas 21 a 26) e Palotina (Tabe-las 18 a 20) foram mais severamente afetados pelo complexo de doenças do milho e por acamamento e quebramento causa-dos por fortes vendavais, com redução no rendimento médio de grãos. Por sua vez, os experimentos localizados na Região Norte, em Londrina (Tabelas 3 a 5), Cambará (Tabelas 9 a 11), Serta-nópolis (Tabelas 6 a 8) e Floresta (Tabelas 12 a 14) e, na Região Centro-Oeste, em Campo Mourão (Tabelas 15 a 17), apresenta-ram rendimentos médios de grãos elevados.
Verificou-se clima mais seco na Região Norte, o que limitou o desenvolvimento das doenças e favoreceu a obtenção de me-lhores rendimentos médios de grãos. Em Campo Mourão, apesar da alta severidade das doenças e do acamamento, o rendimento médio de grãos se manteve semelhante aos obtidos nas localida-des situadas na Região Norte. Os altos rendimentos médios de grãos podem ser explicados pela maior pressão de doenças so-mente no final do ciclo e ao acamamento ter ocorrido na fase fi-nal do enchimento dos grãos. Nos experimentos de Sertanópolis e Floresta foi realizado controle químico para doenças foliares com a mistura de estrobilurina + triazol, com uma aplicação no estádio de pré-florescimento da cultura. Contudo, analisando os experimentos de Londrina e Cambará, onde não houve controle químico, verificou-se também baixa severidade das doenças.
Os experimentos implantados em Umuarama e Primeiro de Maio foram descartados por problemas de ataque de pássaros e deriva de herbicidas, ocorridos durante a sua condução.
As principais doenças foliares observadas nesta safra fo-ram: ferrugem polissora, ferrugem comum, mancha de Turci-
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cum, mancha branca e mancha de Cercóspora (Tabelas 3 a 26). Alta severidade da ferrugem polissora ocorreu nos experimen-tos de Palotina e Santa Helena/IAPAR enquanto menor severi-dade ocorreu em Campo Mourão e Santa Helena/Linha Buricá. A mancha branca apresentou alta severidade apenas em Campo Mourão (Tabelas 15 a 17) enquanto houve menor severidade em Palotina e Santa Helena/IAPAR.
Com base apenas na posição relativa por rendimento de grãos (kg ha-1) das cultivares em cada local (PRL), foi realiza-da a classificação dos genótipos de milho em cada experimento, em três grupos, segundo seu desempenho produtivo. Adotou-se como critério de classificação para ótimo, bom e regular a posi-ção de cada cultivar no terço superior, intermediário ou inferior, respectivamente, em cada local. Entre as cultivares superpre-coces de milho geneticamente modificadas foram classificadas com desempenho ótimo aquelas posicionadas, segundo o PRL de 1 a 5, com desempenho bom as cultivares com PRL de 6 a 10 e com desempenho regular as cultivares com PRL de 11 a 15 (Ta-bela 30). Entre as cultivares precoces de milho geneticamente modificadas, foram classificadas com desempenho ótimo as com PRL de 1 a 6, com desempenho bom as com PRL de 7 a 13 e com desempenho regular as com PRL de 14 a 20 (Tabela 31). Entre as cultivares de milho convencional foram classificadas com de-sempenho ótimo as com PRL de 1 a 8, com desempenho bom as com PRL de 9 a 16 e com desempenho regular as com PRL de 17 a 24 (Tabela 32). Essa estratificação das cultivares foi utilizada para produzir as Figuras de 7 a 9, as quais fornecem importante indicativo para a análise da estabilidade e da adaptabilidade da cultivar nos diferentes ambientes avaliados.
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23Avaliação Estadual de Cultivares de Milho Segunda Safra 2015
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em função do clima favorável, a ferrugem polissora apresen-tou alta severidade nesta safra nas Regiões Noroeste, Centro-Oes-te e Oeste do Paraná. Assim, plantios do milho segunda safra com cultivares suscetíveis têm alto risco de epidemias de ferrugem polissora devido aos esporos produzidos nos primeiros plantios serem fonte de inóculo para os plantios subsequentes.
Nesta safra, também houve muitos relatos de grãos ardidos de milho em níveis elevados, em função da alta concentração de chuvas e elevados índices de acamamento entre o florescimento e a colheita. Como consequência, houve problemas de grãos ardidos na comercialização do milho. Nessa situação, adotar um conjunto de medidas de manejo é fundamental, desde a prática da rotação de culturas, escolha de cultivares com espigas bem empalhadas, dobradas e com alta resistência genética até a colheita da lavoura de milho na época indicada.
REFERÊNCIAS
AGROCERES. Guia Agroceres de sanidade. 2. ed. São Paulo: Sementes Agroceres, 1996. 72 p.
BRASIL. Ministério da Agricultura. Secretaria do Comércio Exterior. Principais produtos por fator agregado: acumulado (US$ e kg). Disponível em: <http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=4625>. Acesso em: 21 out. 2015.
CAPUCHO, A. S. et al. Influence of leaf position that correspond to whole plant severity and diagrammatic scale for white spot of corn. Crop protection, v. 29, n. 9, p. 1015-1020, 2010.
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INSTITUTO AGRONÔMICO DO PARANÁ – IAPAR. Monitoramento agroclimático: mapas climáticos. Disponível em: http://www.iapar.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=983. Acesso em: 30 out. 2015.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. Estimativa da safra. Disponível em: www.seab.pr.gov.br. Acesso em: 11 set. 2015.
VIEIRA, R. A. et al. A new diagrammatic scale for the assessment of northern corn leaf blight. Crop protection, v. 56, n. 1, p. 55-57, 2014.
WARD, J. M. J.; LAING, M. D.; RIJKENBERG, F. H. J. Frequency and timing of fungicide application for the control of gray leaf spot in maize. Plant disease, v. 81, n. 1, p. 41-48, 1997.
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Fevereiro de 2015 Março de 2015
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Figura 1. Precipitação total mensal no Paraná de fevereiro a agosto de 2015.
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Junho de 2015 Julho de 2015
Fonte: IAPAR (2015)
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71Avaliação Estadual de Cultivares de Milho Segunda Safra 2015
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97Avaliação Estadual de Cultivares de Milho Segunda Safra 2015
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99Avaliação Estadual de Cultivares de Milho Segunda Safra 2015
Figura 7. Desempenho produtivo do grupo de cultivares superprecoces geneticamente modificadas nas diferentes localidades (PRL, Ta-bela 30). IAPAR, Segunda safra 2015.
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Figura 8. Desempenho produtivo do grupo de cultivares precoces ge-neticamente modificadas nas diferentes localidades (PRL, Tabela 31). IAPAR, Segunda safra 2015.
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Locais
Figura 9. Desempenho produtivo do grupo de cultivares de milho conven-cional nas diferentes localidades (PRL, Tabela 32). IAPAR, Se-gunda safra 2015.
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CARLOS ALBERTO RICHAGovernador do Estado do Paraná
NORBERTO ANACLETO ORTIGARASecretário de Estado da Agriculturae do Abastecimento
INSTITUTO AGRONÔMICO DO PARANÁ - IAPAR FLORINDO DALBERTODiretor-Presidente
TIAGO PELLINIDiretor de Pesquisa
ALTAIR SEBASTIÃO DORIGODiretor de Administração e Finanças
ADELAR ANTONIO MOTTERDiretor de Gestão de Pessoas
JOSÉ ANTÔNIO TADEU FELISMINODiretor de Inovação e Transferência de Tecnologia
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